Matrizes Históricas do

Constitucionalismo Moderno

 Constitucionalismo Inglês

Superioridade crono – chega primeiro (antes do séc. XIV)

Superioridade lógica – rasga o caminho indestrutível que virá a ser seguido

mais tarde por todo o ocidente

Superioridade na força dos elementos em que se baseia, nos principais

agentes em que se recorre e no fim que tem em vista.
Elementos: tradição e pragmatismo; revolução e reforma
Agentes: Rei; Parlamento; supremacia da lei;
Fim: expansão da liberdade

Contributo britânico: liberdade pessoal; direito de circulação; direito de

acesso à justiça; garantia da proporcionalidade da pena (Magna Carta)

As liberdades dos ingleses são a base da sua Constituição, sendo produto

do direito ordinário e aplicadas pelos juízes, e não proclamações ou
direitos apenas inscritos nas Constituições (caso português e francês)

Henry Bracton: dois poderes – o poder governativo compete ao rei; poder

de declarar o Direito é obra do Rei no Parlamento

Thomas Smith: Parlamento como lugar de representação de todo o reino,

com ascendente por isso sobre o Rei

Edward Coke e John Locke: defesa do ancient common laws and customs
of the realm – ideia de que as leis, pactos e costumes constituem o direito
comum, tendo precedência sobre a lei do Parlamento

Marcas da constituição britânica: histórica, não escrita e, sobretudo,

consuetudinária
Histórica: repousa na tradição e num tempo longo, conseguindo preservar
a imagem do governo misto
Não escrita: não há um documento escrito ou texto chamado Constituição
Consuetudinária: prevalência do costume como fonte do Direito
constitucional

Constituição mista, expressa na soberania, na rue of law, e na relevância

das convenções constitucionais

Dada a natureza e o carácter da constituição e o princípio da supremacia

do Parlamento, não há nem pode haver fiscalização da constitucionalidade
das leis no Reino Unido

Não se pode falar de direitos fundamentais, porque não há ́

constitucionalização de direitos

Não há́ controlo da constitucionalidade das leis