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Evolução: força >> Autotutela > família > tribos > sociedade primitiva
Povos antigos > surgem as 1ªs Leis: inicialmente morais e depois jurídicas
As primeiras leis marcam o início do processo civilizatório: 1as civilizações – Egito, Babilônia,
Pérsia. ----- Hebreus: monoteísmo, lei assume dimensão simbólica > Ato Divino: Deu e povo
escolhido
Síntese sumária: “a cultura ocidental, em geral, e a jurídica, em particular, têm sua matriz ética
– religiosa na teologia judaico cristã e seu fundamento racional-legal na cultura greco-romana.
Termo Constitucionalismo: data de pouco mais de 200 anos. Associado aos processos
revolucionários francês e americano.
Mas as ideias centrais remontam à Antiguidade Clássica > Polis Grega – Séc. V. a.C
Ditaduras: Ex. América Latina, podem ter > mas não tem os atributos que lhe confiram
LEGITIMIDADE > a adesão voluntária e espontânea de seus destinatários
ATENAS > primeiro grande precedente de limitação de poder político – governo de leis e não de
homens – e de participação de cidadãos nos assuntos públicos
ROMA – c/ implantação da República em 529 a.C – limitação de poder e Lei das XII Tábuas
Porém >> com a tomada de poder pelos generais > Império 29 a.C, o constitucionalismo
desaparece da sociedade ocidental por mais de 1000 anos, até o fim da Idade Média
Rousseau e Revolução Francesa e Americana > a soberania passa nominalmente para o povo
II – CONSTITUCIONALISMO MODERNO E CONTEMPORÂNEO
SÉC. XIII – Parlamento começa a ganhar força – convocado pelo rei e por ele controlado
Conflito com o Parlamento: James I (1603) e Charles I (1625) – reis não contavam com exército
permanente, burocracia organizada e sustentação financeira própria
FRUTO DE LONGO AMADURECIMENTO HISTÓRICO com raízes tão profundas que o regime inglês
pode prescindir de uma CONSTITUIÇÃO ESCRITA
A REVOLUÇÃO INGLESA projetou um modelo que, ao lado da Francesa, influencia grande parte
do mundo – liberalismo inglês
SEC XXI – poder no Reino Unido > INSTITUIÇÕES: PARLAMENTO, COROA E GOVERNO
Parlamento tem o poder de indicar e destituir o 1º MINISTRO; que por sua vez, pode dissolver o
PARLAMENTO e convocar eleições
CONVENÇÕES – são práticas consolidadas ao logo dos séculos sobre o exercício do poder
político. Ex. Papéis do Primeiro Ministro, do Gabinete e do Monarca
LEIS CONSTITUCIONAIS – são atos do Parlamento que têm natureza constitucional não em razão
da forma de votação, mas do seu conteúdo, por lidarem com matérias afetas ao poder político
e aos direitos fundamentais. Ex. MAGNA CHARTA, PETIÇÃO DE DIREITOS E A DECLARAÇÃO DE
DIREITOS
CONSTITUIÇÃO INGLESA – considerada FLEXÍVEL – pois não fundada em direito legislado, pode
ser modificada por ato do Parlamento. Decorre do PRINCÍPIO DA SUPREMACIA PARLAMENTAR,
conceito-base da democracia de Westminster.
i) HUMAN RIGHTS ACT – 1998 – incorporou ao direito inglês os direitos previstos na Convenção
Europeia de Direitos Humanos;
1.2. EUA
SÉC XVII – consta leste da América do Norte – início do povoamento. Primeira Colônia foi
Virgínia, fundada em 1606 por uma CIA de comércio international.
Pennsylvania – quakers
Georgia – endividados
Meados do SEC XVIII > iniciaram os conflitos com a coroa, lealdade abalada, antes havia uma
razoável autonomia para as colônias.
Tensão DÉC. 1760 – agravada p/ STAMP ACTI (1765), pelo Massacre de Boston (1770), e o Boston
TEA PARTY (1773).
Culminou no:
Confederação frágil – não havia um executivo central, nem um Judiciário Federal, Congresso s/
poderes para instituir tributos, ou regular o comércio entre os Estados.
BIIL OF RIGHTS – declaração de direitos que já constavam nas Constituições de vários Estados:
liberdade de expressão, religião, reunião e direito ao devido processo legal e a um julgamento
justo
Modelo jurídico dos EUA fundado na Common law – importante atuação dos tribunais.
Constituição tem plasticidadade.
Escolha por via indireta do voto de delegados partidários designados por cada um dos Estados,
de acordo com o voto popular ali manifestado.
Com a aprovação do Senado, nomeia os principais agentes públicos do país:os juízes federais e
os ministros da Suprema Corte, inclusive designando seu presidente (o Chief Justice).
No processo legislativo> envia projetos e exerce o poder de veto à legislação aprovada pelo
Legislativo.
Poder Legislativo > Congresso, sistema bicameral: Câmara dos Representantes e o Senado.
A Câmara > 435 membros, sendo a representação de cada Estado proporcional ao número de
seus habitantes, mandato de dois anos, pelo sistema majoritário distrital.
Senado representa os Estados, cada com dois senadores> total de cem, mandato de seis anos.
Senado é presidido pelo Vice-presidente da República > deliberação final acerca dos tratados
firmados pelo Poder Executivo.
Estados exercem os poderes remanescentes, a maior parte da legislação que rege o dia a dia das
pessoas é estadual: normas de direito penal, comercial, contratos, responsabilidade civil,
sucessões etc.
A brevidade do texto constitucional e suas cláusulas gerais e abertas deram à Suprema Corte um
papel privilegiado na interpretação e definição das instituições e dos valores da sociedade
americana.
Sem embargo de sua indisputada relevância histórica, Marbury v. Madison (1803) foi uma
decisão pragmática de sobrevivência política da Suprema Corte. Ao considerar inconstitucional
a lei que lhe dava competência para julgar o caso, evitou o confronto com o Presidente Thomas
Jefferson. Não é desimportante assinalar que Jefferson obtivera do Congresso, onde detinha a
maioria, a suspensão do funcionamento da Suprema Corte no ano de 1802, bem como
ameaçava com impeachment os juízes que votassem contra ele. Em 1936, em meio a intensa
disputa com o Presidente Franklin Roosevelt, o Executivo enviou ao Congresso o denominado
court packing plan, pelo qual seria aumentado o número de juízes da Suprema Corte, com o
intuito de atenuar sua oposição às políticas do New Deal. A inovação não foi aprovada, mas a
Corte recuou na sua jurisprudência restritiva às leis de proteção do trabalho, como visto na nota
anterior. (Nota 76)
Enfim, o modelo americano deve ser visto como uma situação especial, não um paradigma,
passou por uma construção histórica e não pode ser transposto simplesmente para outros
países.
FRANÇA
Converteu o Estado de absolutista para liberal / sociedade não mais feudal e aristocrática, mas
burguesa
A hora era da burguesia, mas em 14.07.1789 – os pobres saíram as ruas e derrubaram a Bastilha.
Saíram da escuridão pela primeira vez, desafiando a crença de que miséria era destino, não
consequência da exploração e dos privilégios das classes dominantes.
Nobreza não queria renunciar aos seus privilégios gerais > crise acarretou a convocação da
assembleia dos Estados Gerais (composta por 1º Estado nobreza, 2º clero e o 3º restante da
sociedade), como cada classe representava um voto, a hegemonia estava garantida aos
privilegiados.
Restauração monárquica de 1814-1815, mas o Antigo Regime estava derrotado, o mundo não
era mais o mesmo.
Após, unificação da Itália e da Alemanha, exacerbação dos diversos nacionalismos – séc. XIX e
XX até culminar nas Guerras Mundiais.
A ele sempre foi vedado apreciar atos do Parlamento ou do governo. Foram criadas, assim, duas
ordens de jurisdição totalmente distintas: a) a jurisdição judicial, em cuja cúpula está a Corte de
Cassação; e b) a jurisdição administrativa, em cujo topo está o Conselho de Estado, com
atribuição de julgar, em última instância, os litígios entre os particulares e o Estado ou qualquer
outra pessoa pública.
Reafirmação dos valores democráticos, enuncia os direitos fundamentais logo em sua abertura,
com foco nos tradicionais direitos de liberdade, como a inviolabilidade corporal, a liberdade de
locomoção, de expressão e de consciência, dentre outros. O art. 1º diz respeito à proteção da
dignidade da pessoa humana, considerada inviolável. Não há previsão clara de direitos sociais,
mas a sua existência tem sido reconhecida, sobretudo com base na cláusula do Estado Social,
aliada à eficácia irradiante dos direitos fundamentais e à teoria dos deveres de proteção.
b) o Conselho Federal (Bundesrat) é o órgão de representação dos Estados; seus membros são
nomeados (e destituíveis) pelos governos estaduais, em número proporcional à população.
Sistema eleitoral é o distrital misto, no qual o eleitor tem dois votos simultâneos: o primeiro é
dado a um candidato que concorre no distrito, em uma eleição pelo sistema majoritário,
realizada no âmbito de cada circunscrição eleitoral; e o segundo dado a um partido, em lista
fechada, em uma eleição proporcional.
a) o controle abstrato de constitucionalidade, que tem por objeto a discussão em tese de norma
federal ou estadual impugnada em face da Lei Fundamental. A legitimação para suscitar essa
modalidade de controle é extremamente restrita, limitando-se ao Governo Federal, aos
Governos estaduais e a pelo menos 1/3 (um terço) dos membros do Parlamento. O controle
abstrato tem sido utilizado com parcimônia na prática constitucional alemã;
Nos últimos anos, com a retração da Suprema Corte americana, fruto de uma postura mais
conservadora e de autocontenção, o Tribunal Constitucional Federal alemão aumentou sua
visibilidade e passou a influenciar o pensamento e a prática jurisprudencial de diferentes países
do mundo.