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LIBERALISMO E EDUCAÇÃO: UMA ANÁLISE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO


CONTEXTO BRASILEIRO

Maria Lúcia Rodrigues1

Resumo: O presente texto trata de um estudo sobre os reflexos do Liberalismo voltado para
as políticas públicas da educação no Brasil. Como metodologia de pesquisa, imputou-se um
estudo de cunho bibliográfico com base nos conhecimentos teóricos de Teixeira (1977)
Merquior (1991), Rousseau (1996), Locke (1998), Freitas (2018), dentre outros. Nessa
perspectiva, o resultado da pesquisa demonstrou, a partir dos clássicos, e em uma breve
reflexão, que a historicidade na qual o liberalismo foi forjado representa um cenário
instigante e que através de articulações políticas uma nova história para as políticas públicas
educacionais foi sendo desvelada aos olhos do cidadão, o que levou, por conseguinte, a
refletir sobre os aspectos da educação contemporânea na perspectiva do Estado Brasileiro.
Por fim,foi verificado que esse estudo possibilitou uma discussão e visualização de
desdobramentos sobre a realidade educacional, atentando-se para as mudanças da política
social na educação, atribuídas à política do Estado liberal.

Palavras-chave: Liberalismo; Estado; Políticas Públicas; Educação no Brasil

Abstract: This text deals with a study on the reflexes of Liberalism focused on public
education policies in Brazil. As a research methodology, a bibliographic study was applied
based on the theoretical knowledge of Teixeira (1977) Merquior (1991), Rousseau (1996),
Locke (1998), Freitas (2018), among others. In this perspective, the result of the research
demonstrated, from the classics, and in a brief reflection, that the historicity in which
liberalism was forged represents an instigating scenario and that through political articulations
a new history for educational public policies was being unveiled. in the eyes of the citizen,
which led, therefore, to reflect on aspects of contemporary education from the perspective of
the Brazilian State. Finally, it was verified that this study made possible a discussion and
visualization of developments on the educational reality, paying attention to the changes in
social policy in education, attributed to the policy of the liberal State.
Keywords: Liberalism; State; Public policy; education in Brazil

Introdução

A temática escolhida justifica-se pelos fatos ocorridos na contemporaneidade do


Brasil, e principalmente, devido às mudanças nas políticas públicas da educação, saúde e
habitação.Há três anos que a nova política econômica implantada no Brasilé de corte de
investimentos nos mais variados setores ao país. O Governo Federal vem implantando um
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Maria Lúcia Rodrigues é mestre em Ensino na Educação Básica (Universida de Federalde Goiás- UFG), Bacharelada
em Ciências Sociais (Universidade Federal de Goiás –UFG) licenciada em História (Universidade Estadual de Goiás –
UEG) Professora na rede Estadual de Educação de Goiás, lotadana (EEPEM) E.E.P. Esmeraldo Monteiro. Contato:
ml.rigues@hotmail.com
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discurso e prática de não apoio aos setores primordiais para uma nação, como ocorre na
educação que está sendo violentamente ultrajada por politicas que desmerecem o trabalho do
professor, a ciencia e as pesquisas cientificas.
A educação do Brasil carece de reformas que diminuam os altos e incongruentes
níveis de não qualificação, no entanto, a atenção que lhe é dada por meio das políticas
públicas ainda não alcançou os patamares necessários para dizimar essa incongruência, a qual
certamente tende a ser intensificada com o novo modelo de política econômica.
O objetivo geral desta pesquisa é analisar como o modelo Liberal tem opoder de
refletir nas políticas públicas educacionais no Brasil. Os objetivos específicos foram
definidos: compreender a construção teórica do liberalismo clássico e o avanço do Estado
Liberal frente ao neoliberalismo;identificar a adição das políticas públicas e ducacionais
iniciadas com Anísio Spinola Teixeira frente ao direito constitucional da educação no Brasil.
A atenção se apresenta apenas nos termos gerais por estudos feitos em uma
bibliografia mais restrita com autores que irão teoricamente ensejar subsídios para as referidas
análises, sendo eles: Teixeira (1977) Merquior (1991), Rousseau (1996) Locke (1998), Freitas
(2018) dentre outros. Cabe mencionar ainda que, para compreender as vertentes sobre a
educação é necessário refletir nessa pesquisa, uma breve referência ao neoliberalismo, já que
o mesmo se apresenta com uma “nova roupagem” do liberalismo, implicando nas políticas
públicas sociais no Brasil. O estudo advém de leituras centradas no Liberalismo Clássico, cuja
bibliografia possibilita a reflexão do “direito natural” do século XVII e XVIII, sendo o
arcabouço para a compreensão das políticas sociais na educação no Brasil, considerando as
reflexões nos documentos do site do Ministério da Educação e Cultura (MEC), para
compreensão das mudanças do objeto investigado.

1. Liberalismo: Breve Apanhado Histórico

Para compreender parte do conjunto histórico do liberalismo é preciso uma reflexão


sobre os estudos clássicos acerca do que ele representa. Talvez a nossa primeira percepção
seja que, enquanto processo, que tem como princípio os direitos naturais do homem,
reproduz as preferências dos indivíduos de propriedade e liberdade em uma sociedade.
Segundo Merquior (1991), o liberalismo é um “fenômeno histórico com muitos
aspectos, dificilmente pode ser definido”(MERQUIOR,1991,p.15). Entendendo essa
dificuldade de definir o liberalismo, recorre-se a percepção para uma aproximação desse
fenômeno histórico, refletindo o que ele representa em Merquior (1991), Rousseau (1996)
Locke (1998).
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Em Rousseau (1996 ) uma das questões que se observa nesse contexto, é a liberdade
natural do homem, todos nascem livres. Segundo esse autor, para resguardar e garantir a
liberdade e a segurança em sociedade, o homem deveria juntar-se por meio de um contrato
social, sendo esse viável da soberania ou da vontade do povo.
A liberdade pode ser reconstituída pelo povo através de suas escolhas, por meio de
uma convenção. Segundo Rousseau (1996, p. 21) “cada um , dando-se a todos , não se dá a
ninguém, e, como não existe um associado sobre o qual não se adquira o mesmo direito que
se lhe cede sobre si mesmo, ganha-se o equivalente de tudo o que se perde e mais força para
conservar o que se tem”. Ressalta ainda Rousseau:

Trata-se de saber que convenções são essas [...] a força não faz o direito e que só
se é obrigado a obedecer aos poderes legítimos [...] visto que homem algum tem
autoridade natural sobre seus semelhantes e que a força não produz nenhum
direito, só restam as convenções como base de toda a autoridade legítima
existente entre os homens [...] encontrar uma forma de associação que defenda e
proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda a força comum, e pela qual
cada um, unindo-se a todos, só obedece contudo a si mesmo, permanecendo
assim tão livre quanto antes, esse é o problema fundamental cuja solução o
contrato social oferece (ROUSSEAU, 1996, p. 53-70).

O estado de natureza em Rousseau é um estado original, os homens poderiam


viver sem um governo, sendo os embates resultantes das lutas individuais pela preservação
dos direitos de liberdade e segurança. O ato de ceder seus direitos individuais em nome do
bem de todos, o leva a uma composição política da sociedade. O pacto sendo válido, leva o
homem após perder a liberdade individual a ter direitos limitados , mas em troca ganha a
liberdade civil e a propriedade de seus domínios. Quando sai do estado de natureza o
homem se torna pelo pacto um ser social.
O pensador John Locke (1998, p. 382) expõe que o estado de natureza é o“estado
de perfeita liberdade em que todos estão”, ao mesmo tempo o descreve como o julgamento
do certo e do errado como algo que precisa ser observado em contraponto à vontade dos
atos humanos.
Este Estado também é de igualdade, ressalta Locke (1998, p. 382-384) que“todo o
poder e jurisdição deve ser mútuo por serem da mesma espécie e usufruírem da mesma
faculdade natural.
O pensamento político de Locke e Rousseau se corroboram no “liberalismo”
quando observamos que ambos acreditam que o homem é naturalmente livre, tendo essa
liberdade um direito inalienável, bem como o direito à propriedade.
Quanto ao liberalismo do homem moderno, Merquior (1991) observa que a
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economia de mercado é vista como saída conveniente para o liberalismo, sendo a


igualdade importante nesse processo. Para ele, nesse sentido a democracia política como
pensa Rousseau (1996) era de extrema importância. A dimensão democrática eleva-se da
doutrina que está contida no contrato social.
Seguindo esse pensamento quanto ao liberalismo como fenômeno histórico,
vislumbra-se que o termo liberalismo abrange muitos aspectos e reflete ideias filosóficas do
momento histórico entre os séculos XVII e XVIII, com algumas ideologias cunhadas no
iluminismo. Logo, o autor Merquior (1991) mencionado anteriormente, afirmou que: “O
iluminismo presenteou o liberalismo com o tema progresso, principalmente teorizado pela
economia clássica”. (MERQUIOR,1991, p. 59).
Por ser uma doutrina política, havia uma visão de mundo que assegurava a notória
confiança no desenvolvimento mediante o “comércio que prosperava na liberdade civil
individual e moderna” (MERQUIOR, 1991, p. 59). Assim, uma das ideias que reflete
regularidade entre os clássicos é o direito e a liberdade.
De forma geral, para Merquior (1991, p. 36) “a luta formativa do liberalismo foi a
reivindicação de direitos religiosos, políticos e econômicos - e a tentativa de controlar o
poder político”.
A união das doutrinas naturalistas e do contrato social são teorias gerais que
representam a singularidade das pessoas na sociedade, mas que, primeiramente opta pelo
indivíduo e seus respectivos interesses e privações, apoderando-se deste modo de princípios
e normas por conta do assentimento em uma suposta lei natural, posterior à sociedade e não
ao contrário.
Segundo Merquior, (1991, p. 15), no geral, o liberalismo representou o
emolduramento de “grande parte do nosso mundo moderno, o liberalismo reflete a
diversidade da história moderna, a mais antiga e a recente, remonta o período pós Revolução
Fracesa (1789) que trouxe consigo as doutrinas e ideias políticas e econômicas que
defendiam os conceitos de liberdade e autonomias individuais, tendo suas raízes remetidas
ao pensamento de Locke e à Revolução Gloriosa (1688-1689).
Em termos gerais, na modernidade para mediar e articular as ligações do político, e
o econômico, o religioso e o social, para nomear alguns, o liberalismo foi aceito de modo
que se tornou nesse contexto detentor de determinados preceitos, nos quais se tem a
propriedade, a liberdade e o governo constitucional restringido.
O estado deve prestar-se em garantir a legalidade e o desenvolvimento sem
imposições ao direito de liberdade econômica e religiosa. E sua função se esgota em
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sustentar a ordem e deter a maldade e a violência que destrói os indivíduos que vivem em
sociedade. Logo, não pode violar o direito um do outro, inibindoou coagindo.
O termo liberal como processo histórico e filosófico teve diversos pensadores
teóricos representantes das ideias no período da razão (Iluminismo), na modernidade e na
contemporaneidade, inúmeras fases. Muitos deles ou quase todos estavam e estão
defendendo a tese do equilíbrio entre a liberdade e a justiça, e das vezes o direito dos
homens e das mulheres e suas autonomias individuais protegidas por leis. Como ressalta
Paiva (2021, p. 147) “O cidadão necessita, enquanto viver, de Leis, Instituições e Governo,
amplamente fundamentados na Vontade Geral e no poder soberano do povo”.
E toda essa ideia do liberalismo ou seu termo em uso, coloca-se ligado a processos
históricos e filosóficos, porque, existe a compreensão de que a sociedade, principalmente a
moderna e logo mais à frente a contemporânea, tem interesses e carências e que, o “ser”
humano necessita ainda de justiça, benefícios, igualdade de direitos e livre comércio, e
porque ainda vivemos com base em um sistema capitalista-gerador das desigualdades entre
as classes, cabendo ao Estado Neoliberal resguardar os direitos e deveres dos cidadãos.

2. O Liberalismo e o Estado Brasileiro na Educação

Segundo Anísio Teixeira, um dos pensadores da escola nova no Brasil na década de


1930, o ponto importante do liberalismo é a necessidade da alteração da liberdade do
indivíduo em um direito instituído a cada um dentro das condições do jogo social, e a
educação como direito nesse processo é importante para assegurar a participação autônoma,
política e consciente do indivíduo. Ressalta o autor Anísio Spinola Teixeira (1977, p. 214)
que a educação é instrumento de liberdade, e vários dos conflitos poderiam ser resolvidos
pela educação, que como última instância se torna um ponto de manutenção social. E que o
Estado, precisaria gerar formento(escolas democraticas) para empreender socialmente um
projeto liberal democrático. Previsto como dever do Estado, a educação se tornaria um
direito de todos os indivíduos sem distinção.
O liberalismo do século XVIII para Anísio Spinola Teixeira (1977) se apresenta
defendendo o pensamento de que a natureza individual do homem é o bastante para
assegurar a sua participação social, dependendo exclusivamente do seu esforço e desejo.
Sendo esse pensamento condizente com os princípios liberais da emergente sociedade
democrática, o mesmo não foi o suficiente,como apregoa Anísio Teixeira, de mudar a
realidade exigida pelo indivíduo que teria que aderir-se a uma nova sociedade que
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germinava nesse momento com novas imposições. Ainda obeserva o educador que, essa
liberdade do indivíduo acabou por deixá-lo aflito e incapaz, não sobrando espaço para sua
integração adequada, na emergente sociedade democrática.
Destarte, o liberalismo econômico, que vigorou nos séculos XVIII e XIX, com
pressupostos ideais de uma economia próspera de concentração de riqueza, acumulação de
capital, sem normatização do Estado, foi modificando, aos poucos nos séculos seguintes por
novas dinâmicas econômicas. O Neoliberalismo se apresenta com pretensões de diminuir a
presença do Estado cada dia mais, ponderando privatizações, circulação de capital
estrangeiro, entrada de empresas estrangeiras em um certo país.
O Estado interferiria de forma ativa e dinâmica na política das indústrias, ajustando
os modelos de ordenamento coletivo, edificando uma organização diversificada que traria
cuidados e satisfação na economia e na sociedade. Quanto ao desempenho neoliberal e
desenvolvimento do Estado no mundo pós 1930, Freitas (2018, p. 13-14) ressalta que, no
período de 1930 a 1970, a abordagem tida no modelo neoliberalista se reinventou por meio
das concepções democráticas trazidas pela preservação do bem-estar social dos cidadãos, e
que logo mais tarde, com uma alteração econômica, este cenário passou a ser hegemônico
em países como a Inglaterra, por exemplo.
No ano de 1990, a expansão do neoliberalismo na América Latina passou por várias
reformas econômicas, sendo implantados métodos ideológicos de liberalismo econômico,
como na situação do livre mercado (FREITAS, 2018).
Freitas (2018, p. 14), explica que a situação democrática, neste sentido, fica sendo
como processo ambicionado, uma vez que não é um caso de favorecimento ao
neoliberalismo. Logo, o consentimento dado no caso da política, reverbera que não dispõe
da comprovação absoluta ao abrigo do “novo liberalismo econômico”. Na direção das
políticas neoliberais, as garantias carecem de inclusão do conjunto de normas reguladoras,
sendo estas normas inalteráveis, no caso de um ensejo que conseguisse revelar a ruptura
com a proposição da democracia liberal, destruindo, assim, os lampejos de desejo de uma a
vida social e livre para os indivíduos e educação de qualidade.
A política neoliberal busca a cada dia, mais e mais não contrariar as questões
econômicas de um livre mercado, às custas de políticas impostas pelo neoliberalismo que
geram aniquilação e destruição da proteção social. O Estado demonstra sua necessidade de
dependência quanto a economia monopolista que são ditadas pelos grupos empresariais,
que se expõe minimamente como ampliação do privado.
Privilegiam-se informações de uma iniciativa privada desfavorecendo o público,
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retirando e menosprezando o compromisso do Estado com o crescimento econômico e


social do país. Essa visão de educação que envolve a meritocracia deprecia outras
qualidades (autonomia e liberdade) dos envolvidos no processo educacional no chão da
escola. O neoliberalismo despreza a função pública do professorado.

3. A Educação no Brasil e a Inserção das Políticas Públicas: O direito à educação no


Brasil como fundamental

Há na Constituição Federal Brasileira de 1988 o direito à educação para todos,


saúde, moradia, direitos trabalhistas, inclusive, prevê para aquelas pessoas (etnias ciganas,
negras e indígenas - comunidades tradicionais) que não obtiveram acesso a direitos
específicos antes dessa Constituição. Sendo assim, no Brasil, é dever do Governo Federal,
assim como dos Estados e Municípios garantir a oferta pública e gratuita de educação,
escola, moradia e saúde para todos. Para melhor compreender sobre esse direito à educação
é importante realizar uma análise de partes do histórico legal voltado para o aumento deste
ensino.
Essa luta por uma educação gratuita que abrangesse todos os brasileiros, inicia no
Brasil com mais ênfase com “O manifesto dos pioneiros da educação nova de 1932”. Entre
os pioneiros, um destaca-se pelo pensamento e atuação: Anísio Spinola Teixeira, tem uma
trajetória de luta em defesa da escola pública, gratuita e de qualidade. Esteve ao lado de 25
signatários do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Esse documento é de grande
importância para a educação brasileira nesse contexto, sendo respeitado e admirado e
representa a baliza no movimento que busca a modernização para o sistema educacional no
Brasil dos anos 1930.
A escola nova deveria estar baseada na centralidade do educando no processo
educativo, o professor educador caberia intermediar, ser um mediador de aprendizagem,
criando pontes para a construção do conhecimento. Conhecimento esse que deveria partir
também do interesse do aluno, de sua realidade, experiências e curiosidades.
Anísio Teixeira levado pelas ideais de John Dewey se torna o reformador da
educação nova, e, chama a atenção para o desenvolvimento humano por meio de uma
educação democrática. Contribui nas discussões sobre critérios, função do Conselho
Estadual de Educação, Educação Universitária de qualidade e Educação Infantil etc.Seu
legado está ligado à construção de uma escola nova desvencilhada da educação tradicional.
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Essa escola deveria ser pública de qualidade, gratuita, obrigatória, laica e que atendesse a
todos, independente de situação financeira, étnica ou credo. Segundo Teixeira (1977, p.
209-219)

A escola democrática é, por sua vez, a escola que põem em prática esse ideal
democrático e procura torna-lo a atitude fundamental do professor, do aluno e da
administração.(...) A sociedade democrática é uma sociedade de pares, em que os
indivíduos, a despeito de diferenças individuais de talento, aptidão, ocupação,
dinheiro, raça, religião e, mesmo, posição social, se encontrem associados, como
seres humanos fundamentalmente iguais, independentes mas solidários.

O primeiro documento a destacar a questão empreendida pelo manifesto dos


pioneiros da educação nova de 1932, quanto a obrigatoriedade e gratuidade, foi a
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 que, em seu Art 208° relata a “[...]
educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade
própria” (BRASIL, 1988). Por derradeiro, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional -LDBEN nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996, que permanece vigente até
hoje, com algumas alterações que foram feitas durante todo esse tempo desde a sua data de
sanção, veio a discorrer sobre a positivação do direito à educação de modo mais
abrangente.
Ainda sobre a LDBEN nº 9.394/96, vale ressaltar que ela, surgiu com o objetivo de
continuar as lutas pelo direito a uma educação de boa qualidade. É considerada a lei
brasileira mais importante no que tange à educação.
Além disso, ela também se preocupa com a formação do profissional, ou seja, do
professor que estará à frente das salas de aula, pois ele precisa atender aos requisitos
mínimos exigidos para poder exercer sua função de docente. Foi justamente pelo cenário
voltado para a conquista do direito à educação, que a alfabetização e o letramento no
Ensino Fundamental I se tornaram um tema importante. Conforme a LDBEN 9.394/96, este
ensino apresenta como objetivo:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o


pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente
natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que
se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de
aprendizagem, tendo em vistaa aquisição de conhecimentos e habilidades e a
formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos
laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida
social (BRASIL, 1996).
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A LDBEN nº 9.394/96 estabelecia que a criança teria que começar o seu processo
de alfabetização e letramento, ou seja, tinha que ingressar no ensino fundamental, aos seus 7
(sete) anos de idade e terminar aos 14 (quatorze) anos, sendo assim, considerado um tempo
de 8(anos) deste ensino.Com a finalide de “[...] assegurar a todas as crianças um tempo mais
longano convívio escolar, mais oportunidades de aprender e um ensino de
qualidade.”(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2004, p. 7), foram surgindo ideias e
especulações para o aumento da duração do Ensino Fundamental I, ele passaria a ter 9
(nove)anos, ao invés de 8 (oito). Esse assunto começou a ser discutido no Brasil por volta de
2004, porém, esse programa Ensino Fundamental de Nove anos, só começou a ser posto em
prática a partir de 2005, quando a Lei nº 11.114 de 16 de maio de 2005, alterou o Art 32° da
LDBEN nº 9.394/96 e tornou obrigatória a matrícula das crianças de seis anos de idade no
Ensino FundamentalI.
Vale ressaltar que, a implantação da proposta do Ensino Fundamental de 9 anos
ocorreu de forma gradual, tanto para as redes públicas estaduais, municipais e privadas. Em
Goiás, amparada pelas Resoluções do Conselho Estadual de Educação -CEE/Go nº 186/2004
e 258/2005, a proposta teve início em 2004 sendo implantada por meio do Projeto Aprender,
tendo as chamadas turmas transitórias a partir do 2º ano escolar. Para as escolas isto
significou um grande desafio, pois teve que trabalhar com duas propostas curriculares,
reagrupar turmas, analisar documentação de alunos para atender às diretrizes das resoluções
e inseri-los na turma adequada, promover formação e capacitação aos seus docentes para
atuarem com a nova proposta. Sobre as mudanças ocorridas na organização pedagógica,
quatro itens sofreram alterações: o primeiro deles foi o currículo, o qual é associado a
diferentes concepções, sejam elas sociais, econômicas, políticas e culturais. Para auxiliar as
escolas durante esse período de transição curricular, foram desenvolvidos alguns
documentos que possuíam uma coletânea de textos.Um desses se denomina Ensino
Fundamental de Nove Anos: orientações pedagógicas para a inclusão das crianças de seis
anos de idade, o qual apresenta como textos:“Letramento e a alfabetização no Ensino
Fundamental: pensando a prática pedagógica; a organização do trabalho pedagógico:
alfabetização e letramento como eixo. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 2004).
O segundo é sobre as elaborações e/ou reestruturações dos projetos pedagógicos das
escolas, pois com o ensino fundamental ampliado, cada escola individualmente precisou
desenvolver o seu, fazendo as alterações necessárias.
A Lei nº 9.424/96 tornou obrigatório que os Estados e Municípios investissem
anualmente um determinado percentual de suas receitas em educação no ano de 1998 em que
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começam a ser publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s). O Exame


Nacional do Ensino Médio (ENEM), foi criado também em 1998 e posteriormente o
Programa Universidade Para Todos (Prouni) e o Financiamento Estudantil (Fies), os quais
consistem em programas que asseveram a afirmação das políticas públicas educacionais no
Brasil. Em 2012, foram publicados ainda as Diretrizes Curriculares Nacionais da educação
brasileira, iniciando em 2016 a estruturação de um currículo nacional , chamado de Base
Nacional Comum Curricular (BNCC).
Segundo o Censo escolar (2020), que é o principal instrumento de coleta de
informações da educação básica, coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INPE), em regime de colaboração entre as secretarias
estaduais e municipais de Educação, com a participação de todas as escolas públicas e
privadas do país, constatou que as diferentes etapas e modalidades da educação básica:
ensino regular, educação especial, EJA e educação profissional. Os dados recentes do Censo
escolar indicam os efeitos primários da pandemia da Covid-19, aliada ao contexto de
violação de direitos subjacentes em nosso país, como exemplo a falta de vacina para todos,
bem como o descaso com o ensino remoto(falta de aparelhos de informática para estudantes,
internet etc.)
A EJA registrou a queda mais acentuada no número de matriculados entre todas as
modalidades de educação, com redução de 8,3% em relação a 2019, o que corresponde a
quase 270 mil estudantes a menos. Além disso, o Censo indica que 1,5 milhões de estudantes
entre 14 e 17 anos não frequentam a escola. O principal programa para aumentar a
escolarização entre as pessoas que abandonaram os estudos foi deixado de lado pelo governo
do presidente Jair Bolsonaro. Em 2019 e também em 2020 o Ministério da Educação (MEC),
comandado por Abraham Weintraub, investiu apenas R$ 16,6 milhões na área, o que
corresponde a 22% dos R$ 74 milhões previstos.
Dentro desse contexto, é previsto que as Políticas educacionais devem ser
caracterizadas pelas diversas políticas públicas, direcionadas para a sociedade no Brasil,
visando assegurar o direito universal à educação de qualidade e o desenvolvimento integral
do educador e do educando.
Existe uma previsão de direitos e deveres constitucionais que já se passaram mais de
30 anos, o documento carrega vários progressos nos direitos dos cidadãos brasileiros como
bem foi exposto anteriormente que, desde Anísio Spinola Teixeira 2 no seculo XX, a luta se
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Algumas das ações do pioneirismo de Anísio Teixeira na educação e na cultura:
A escola pública universal e gratuita. A colocação da educação e da cultura na agenda política nacional deve-se a
seu esforço pessoal e é sua obra que fundamenta, a partir de 1924, a luta pela universalização de nossa escola
pública gratuita; Líder na renovação do panorama educacional brasileiro, a partir da década de 1920, sintetizada
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reafirma no ensino de qualidade, para todos, sem discriminação para com as classes menos
favorecidas. Esses avanços apresentam em seus bojos direitos imprescindíveis para o povo:
Educação e Saúde para todos, contudo, não se mostram eficientes na atualidade.

3.1 A Educação no Brasil Contemporâneo e a Ineficácia de Direitos

Na Constituição Federal 1988 encontram-se diversos direitos, dividindo-os em


capítulos no que couber cada categoria, e, dentre eles estão as garantias fundamentais. Há um
grande desequilíbrio, no que se refere àqueles que realmente têm acesso a todas as
oportunidades e direitos que lhes são devidos, e à queles que mesmo possuindo tais direitos,
além de não ter conhecimento acerca disso, também vivem em condições precárias,
provando que o Estado não ampara a todos.
No mundo de hoje, que visa o capital, a desigualdade social se torna uma das
motivações para haver tanta violência no país. O constitucionalismo, através da fixação de
direitos e garantias fundamentais buscou amenizar tais desigualdades e distanciamentos,
entretanto,o desequilíbrio ainda é latente.
Ademais, direitos fundamentais simbolizam a evolução,buscando positivar o
respeito entre os indivíduos e estimular a cidadania. Assim, a nossa sociedade precisa
assegurar às crianças, aos idosos, mulheres, aos negros, ciganos e à comunidade LGBTQIA+
uma vida digna, e a Constituição Federal, nesse sentido, através dos direitos fundamentais já
deram um passo importante.
O jurídico como sistema garantidor possui algumas falhas, que tem como
consequência a desigualdade social que marca o Brasil e da carência de políticas públicas
que realmente sejam eficientes. Assim, a violência, e desigualdade além de trazerem marcas
profundas para o país, também traz prejuízo à vida de quem habita num ambiente que tenha
esses marcadores sociais, de modo que isso representa direitos violados e falta de condições
de vida dignas.
Os direitos fundamentais embora busquem abarcar toda a sociedade, não têm todos
os direitos elencados para toda a sociedade. Ocorre que, a pobreza presente no país é um
grande óbice para a concretização desses direitos, isso porque embora o Estado tente
assegurar todas as garantias,sempre haverá alguma falta, seja na área da segurança pública,

no “Manifesto dos Educadores pela Educação Nova”, de 1932, do qual é signatário, junto com mais 25
personalidades do mundo educacional e cultural brasileiro; Pioneiro da questão ambiental, ao instituir na Bahia,
em 1924, o Dia da Árvore (inicialmente 13 de maio);Inspirador do atual Programa Mais Educação, do MEC,
iniciado no governo Lula, em 2007.Contribuições de Anísio Teixeira para a renovação da educação brasileira -
(apub.org.br)
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alimentação, educação e também a saúde.


É importante dizer que, infelizmente existem pessoas que se tornam invisíveis para
o Estado, sendo que a Constituição Federal garante o direito à saúde e moradia, mas quem
mais sofre com a falta desses direitos é a população mais pobre e os moradores de rua, que
são de fato invisibilizados no cotidiano.
Essas garantias estão positivadas e são direitos inquestionáveis, pautados nos
direitos humanos,está a nível global,visando salvaguardar uma existência digna para as
pessoas, entretanto, a maior parte dos indivíduos sofrem com essas faltas em detrimento de
uma minoria que detém alto poder aquisitivo.
Na ineficácia do Estado em fazer valer as normas que foram criadas para tutelar
direitos de acentuada importância, verifica-se que,a ineficácia se trata da incapacidade da
norma em produzir e alcançar os efeitos que lhes foram previstos. Assim, são inúmeros os
motivos, seja por desvio de verbas ou por ser uma população extremamente negligenciada e
esquecida, que na maioria das vezes essas normas nao produzem todos os efeitos que
deveriam.
Tratando-se de normas constitucionais, espera-se então, que a mesma seja efetiva,
para que possa realmente garantir todos os direitos do povo, os quais elenca, e seja aplicável
a toda sociedade. Saliente-se que, em relação aos direitos fundamentais, estes devem ter uma
maior atenção e cuidado do Estado, já que são prerrogativas essenciais para que todo
indivíduo possa ter acesso a uma vida minimamente digna.
É possivel enxergar que a educação é um instrumento transformador, como
“gritou”Anísio Spinola Teixeira, junto aos 25 signatários do Manifesto dos Pioneiros da
Educação Nova nos anos 1930, sendo esta capaz de alavancar um país, porém, para que isso
seja possível é indispensável a atuação constante de todos como a do Estado, da família e da
sociedade, e também, dos docentes como agentes influenciadores e formuladores de Políticas
Públicas Educacionais. Desta forma “O homem necessita, enquanto viver, amanhar seu
espírito, preparar-se cada vez mais para dar respostas aos desafios que o processo histórico
promove. E isso é o que na atualidade chamamos de educação permanente”[...] (PAIVA,
2021, p 147)

Considerações Finais

O presente estudo demonstrou que a educação constitucionalmente no Brasil é um


direito de todos. Portanto, não se restringe a uma mera doação. O Estado é falho em
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apresentar a promoção de uma educação de qualidade, sendo essa obrigação prevista na


Carta Magna.
Nesse aspecto, isso não deve servir de caminho para baluarte de crítica a uma
privatização do ensino que possa trazer uma melhoria nos índices de escolarização e uma
diminuição das taxas de analfabetismo no Brasil. É preciso repensar a Educação Básica no
Brasil.
Destarte, foi visto que, é necessária a criação de novas políticas públicas
educacionais que sejam assentadas, em princípios democráticos, em respeito à dignidade da
pessoa enquanto ser humano, tencionando a participação cidadã de todos, em um
conhecimento emancipatório/crítico que possa proporcionar uma educação participativa,
visto que o Estado deverá assumir a responsabilidade de fato da escolarização obrigatória.
Sabendo-se que, o neoliberalismo não respeita e nem é capaz de ter uma visão que
identifica o estudante de forma geral, há uma redução de identidade ao contexto
mercadológico, induzindo-o positiva e passivamente num modelo educativo útil ao
capitalismo neoliberal, que não gera autonomia do indivíduo.
Nessa concepção, constata-se que o neoliberalismo, evidencia as desigualdades
socio econômicas que infestam o Brasil desde tempos idos da colonização, os quais
constituem a base que sustenta o capitalismo, no qual a população se vê diminuída a simples
propulsora dos motores que constitui o mercado, sendo o contexto da educação básica, e a
Educação de Jovens e Adultos (EJA) esquecidos. As políticas públicas retrocedem e
penalizam os estudantes, em sua maioria da EJA, por não terem tido o acesso à educação na
faixa etária apropriada.
A forma de ensino voltada para mão de obra capitalista se organiza em uma seleção
em que todos são tratados de forma única, e a matriz curricular da EJA se coloca
inconsistente para suprir sua escolarização. Assim como, não os vê como pessoas que tem
suas particularidades como indivíduos, que necessitam ser respeitados como cidadãos de
direitos, a sua dignidade humana se torna ultrajada, estreitando mais a carência em termos de
políticas públicas educacionais.
As estatísticas no Brasil não deixam dúvidas sobre os desafios enfrentados pelo país
para assegurar a educação e saúde de todos, em especial,daqueles que tiveram seus direitos
transgredidos. Educação e saúde são setores primordiais para a evolução de uma sociedade,
porém, nos deparamos com vários retrocessos pela ausência de políticas públicas em todas
as esferas, e em decorrência da pandemia da Covid-19 vimos o agravamento das
desigualdade se regressão de direitos dos trabalhadores. Do mesmo modo, pode-se dizer do
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enfrentamento das escolas públicas mediante este cenário pandêmico. Precária em suportes
tecnológicos, precisou se reinventar para garantir um mínimo de qualidade educacional ao
seu alunado.
A educação procura assentir a função reparadora quando se busca resgatar o ser
humano que não obteve a oportunidade de aprender a ler e escrever e, principalmente,
quando assume a responsabilidade de diminuir o número dea nalfabetos ou pessoas sem o
ensino completo, além de oferecer também a capacitação de aperfeiçoamento para o
trabalho.
É preciso garantir e devolver o sentimento de dignidade a estas pessoas que estão
sendo privadas de seus direitos. No Brasil o neoliberalismo é excludente, desassistindo os
indivíduos da saúde, do bem-estar social e educação de qualidade e muitos outros benefícios,
para que todos possam contribuir com seu trabalho, assegurando sua cidadania e seu
conhecimento para o crescimentodo país.
Por fim, cabe mencionar que o referido texto demonstrou-se importante quando a
compreensão teórica fomentada e baseada em conceitos de liberalismo e neoliberalismo, ao
passo que foi possível de se enxergar, dificuldades enfrentadas no atual sistema educacional
do Brasil, que podem servir como ponte para futuras pesquisas, eis que se colocam como
lacunas a serem investigadas com rigor.

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