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MÚSICA COMO AGENTE EDUCATIVO NO

PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Autor: Renan Franzon Goetten


Orientador: Cleide Mara Bittencurt
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (TURMA) – Licenciatura em Música (FLC3238LMU) Projeto de Ensino (16581)
22/11/2023

RESUMO

O presente projeto de ensino abordou a temática da música no contexto educacional,


visando ampliar o conhecimento sobre os processos de ensino-aprendizagem
relacionados à música. Os objetivos foram alcançados por meio de observação em salas
de aula e da delimitação da área de concentração, seguidos por uma extensa pesquisa
bibliográfica que fundamentou o projeto. A metodologia envolveu a análise de diversas
fontes, como artigos, dissertações, livros e vídeos, resultando em uma sólida
fundamentação teórica. As aulas propostas para aplicação exploraram diversos conceitos
com música, jogos musicais, paródias e debates sobre preferências musicais. A pesquisa
contribuiu significativamente para a formação do acadêmico, promovendo uma
compreensão aprofundada dos recursos pedagógicos na educação musical. As
dificuldades enfrentadas durante a pesquisa ressaltam a complexidade do tema, exigindo
cuidadosa busca por referências e informações concretas. Acredita-se que esta pesquisa
proporcionou uma contribuição valiosa ao campo educacional, oferecendo reflexões para
aprimorar a prática docente na área musical, promovendo assim uma educação mais rica
e inclusiva.

Palavras-chave: Música. Aprendizagem. Ensino.

1 INTRODUÇÃO

A música está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento cultural e


cognitivo dos indivíduos, desempenhando assim um papel crucial no cenário
educacional, especialmente focando em sua utilização em salas de aula. Este
presente projeto de ensino propõe-se a explorar e aprofundar o tema de processos
de aprender e ensinar música. Ao concentrar-se nestes processos, busca-se
compreender as dinâmicas subjacentes à transmissão e assimilação do
conhecimento musical. Este estudo reconhece a valiosa contribuição de atividades
lúdicas, brincadeiras e jogos musicais como estratégias pedagógicas
enriquecedoras para as práticas educacionais de forma dinâmica e atrativa.
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A utilização de atividades musicais no processo de ensino-aprendizagem é


reconhecida como uma estratégia pedagógica valiosa. Estas práticas não apenas
tornam as aulas mais dinâmicas e atrativas para os alunos, como também
desempenham um papel crucial no desenvolvimento de habilidades cognitivas.
Diante deste contexto, o presente projeto explora a influência positiva dessas
atividades no aprendizado, proporcionando uma abordagem inovadora e
envolvente para o ensino de música.

Diante da reconhecida eficácia das atividades lúdicas, brincadeiras e jogos


musicais, surge a seguinte indagação: como pode-se potencializar o aprendizado
musical, considerando a aplicação sistemática destas práticas, e de que maneira
elas influenciam no desenvolvimento cognitivo dos alunos? Esta questão
norteadora fundamenta a pesquisa, direcionando o olhar para uma compreensão
mais aprofundada dos processos de ensino e aprendizado musical.

Os objetivos desta pesquisa incluem a análise da influência das atividades


lúdicas no processo de ensino de música, a identificação de estratégias eficazes
para a incorporação dessas práticas e a proposição de diretrizes para maximizar os
benefícios cognitivos oferecidos por essa abordagem inovadora. Assim, almeja-se
não apenas compreender a música como objeto de ensino, mas também explorar
como ela pode ser habilmente trabalhada, desenvolvida e aplicada no contexto
educacional.

A partir disso, busca-se oferecer uma visão abrangente e motivadora do


projeto de ensino, ressaltando a relevância do tema escolhido e delineando as
questões que orientarão a pesquisa, em especial, explorando a música como uma
ferramenta didática enriquecedora.

Este trabalho está estruturado de forma a proporcionar uma compreensão


abrangente e aprofundada sobre o papel da música no processo de
ensino-aprendizagem. No próximo capítulo, será apresentada uma visão sobre a
literatura especializada do assunto, explorando os fundamentos teóricos e
conceituais que embasam esta pesquisa. Na seção seguinte, será detalhada a
metodologia utilizada, descrevendo os procedimentos adotados para coleta e
análise dos dados. Os resultados obtidos serão minuciosamente discutidos no
capítulo subsequente, proporcionando uma visão crítica das descobertas. Na
última seção, serão exploradas as considerações finais, destacando as
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contribuições da pesquisa para a formação docente e refletindo sobre os objetivos


alcançados, condensando os principais pontos abordados ao longo deste trabalho.
Ao seguir essa estrutura, buscamos oferecer ao leitor uma experiência fluida e
informativa, permitindo que escolha os tópicos de maior interesse e relevância para
sua apreciação.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A utilização de atividades lúdicas e brincadeiras musicais pode potencializar


o estímulo que a música exerce em diversas áreas do cérebro, assim promovendo
o desenvolvimento cognitivo e emocional.

Além disso, ao adotar brincadeiras aliadas ao ensino a sala de aula se torna


um ambiente mais inclusivo, permitindo a participação ativa de todos os alunos,
independentemente de suas habilidades musicais iniciais. Isso promove um
ambiente de aprendizado mais democrátivo e enriquecedor, onde cada aluno tem a
oportunidade de se expressar e contribuir de maneira significativa.

A combinação dessas teorias e conceitos ressalta a importância crucial das


atividades lúdicas e brincadeiras musicais no processo de ensino-aprendizagem da
música. Ao adotar essas práticas, os educadores musicais têm a oportunidade de
proporcionar uma experiência de aprendizado mais envolvente, inclusiva e eficaz
para seus alunos, promovendo não apenas o desenvolvimento de habilidades
musicais, mas também o crescimento cognitivo, emocional e social de cada
indivíduo.

Como afirma Piaget (1973), “o aprendizado musical é um processo ativo, no


qual o aluno constrói seu conhecimento a partir da interação com o ambiente
sonoro”. Caseiro e Cury (2015) demonstraram que a inclusão de brincadeiras
musicais no currículo escolar resultou em uma melhoria significativa no
desempenho e na motivação dos alunos em relação à música.

Já Vygotsky (1978) expôs que o aprendizado é otimizado quando recebem o


apoio e orientação adequados. Ao incorporar atividades lúdicas, o professor atua
como um facilitador, auxiliando os alunos a alcançar um nível de compreensão e
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habilidades musicais que inicialmente estariam além do seu alcance individual.


Essa abordagem colaborativa promove um ambiente de aprendizado mais eficaz.

Gardner (1996) demonstra que a inteligência musical está atrelada à


capacidade de organizar sons de maneira criativa e da discriminação dos
elementos que constituem a música. Segundo Gainza (1988):

Cada um dos aspectos ou elementos da música corresponde a um aspecto humano


específico que mobiliza com exclusividade ou mais intensamente, o ritmo musical induz ao
movimento corporal. A melodia estimula a afetividade, a ordem ou a estrutura musical (na
harmonia ou na forma musical) contribui ativamente para a afirmação ou para a restauração
da ordem mental do homem (GAINZA, 1988, p.36).

Fica nítido, portanto, que a música de modo geral, possibilita a ampliação


do universo cultural e dos conhecimentos dos alunos, favorecendo o
desenvolvimento e o entendimento da ampla gama de diversidade das
manifestações artísticas e culturais e sua relação interligada com o
desenvolvimento social e histórico de uma sociedade. A integração da música no
dia a dia escolar é de extrema importância e pode desenrolar-se a partir das mais
variadas formas. Bréscia (2003, p.2) aponta que,

A inserção da música na escola pode ser entendida como um processo de educação musical,
para melhor entendimento do conteúdo, cujo papel de importância ao ser humano, constrói
conhecimentos em música, desperta o gosto musical para o desenvolvimento da
sensibilidade, o pensar, a criatividade, a imaginação, o respeito pelo outro.

No contexto pedagógico atual existem diversos instrumentos que ajudam no


desenvolvimento da aprendizagem do indivíduo, dentre os quais pode-se destacar
a música. Para isso, é necessário ressaltar o motivo da importância de se trabalhar
com a música na educação. Esse instrumento tem sido utilizado com frequência na
sala de aula como um agente educativo, facilitador da aprendizagem. Através da
música, procura-se compreender a realidade diversificada do mundo e das
sociedades que nele vivem. Dentro disso, Júnior e Cipolo evidenciam:

A música como auxílio para o desenvolvimento cognitivo, afetivo, motor e convívio


social é incontestável. Quando bem trabalhada é capaz de facilitar o processo de
ensino aprendizagem, pois ela chama a atenção das crianças, promovendo um
ambiente agradável e satisfatório a aprendizagem do educando. Por isso ela se
transforma num excelente e dinâmico recurso didático (JUNIOR; CIPOLO; 2017,
p.136).
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Dessa maneira, a música estimula o pensamento, o raciocínio, a atenção;


além de ser uma ferramenta importante dentro do processo de ensino
aprendizagem, pois colabora para o desenvolvimento de habilidades, conceitos e
vivência social dos alunos (MOREIRA; SANTOS; COELHO, 2014).

No cotidiano escolar, a música está presente em diversas atividades:


ensinando valores morais e éticos, auxiliando a aprendizagem, entre tantas outras
finalidades; a música é uma atividade corporal que envolve vários sentidos
diferentes. Portanto, pode ser desenvolvida pelos mais variados meios, se
tornando também, importante agente inclusivo.

O trabalho com a música deve considerar, portanto, que ela é um meio de expressão e
forma de entendimento acessível para as crianças. A linguagem musical é excelente meio
para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da autoestima e autoconhecimento,
além de poderoso meio de integração social (BRASIL, 1998, p.49).

Outra função da música na educação infantil é de indagar o conjunto de


documentos e leis, no âmbito da educação, tais como o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA, 1990); A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
9394/96 (LDBEN); a Constituição de 1988; O Referencial Curricular Nacional para
a Educação Infantil (RCNEI, 1998). De acordo com o Referencial Curricular para a
Educação Infantil:

Um expoente a ser analisado dentro da linguagem musical é a falta de ações pedagógicas


que atendam as reais necessidades do educando. Apesar de fazer parte do planejamento e
ser considerada fundamental na cultura da infância, a música tem atendido a propósitos
alheios às suas reais especificações. Ela é tratada como algo que já vem pronto, servindo
como objeto de reprodução e formação de hábitos na rotina escolar, o que acaba por
deixá-la em defasagem junto às demais áreas de conhecimento, quando poderia atender a
um propósito interdisciplinar (BRASIL, 1998, p.47).

Dentro desse contexto da educação básica no Brasil é de extrema


importância o trabalho docente guiado pelas propostas do MEC, a integração da
música no dia a dia escolar pode ocorrer dos mais variados modos. Bréscia (2003,
p.2) considera que,

A inserção da música na escola pode ser entendida como um processo de educação musical,
para melhor entendimento do conteúdo, cujo papel de importância ao ser humano, constrói
conhecimentos em música, desperta o gosto musical para o desenvolvimento da
sensibilidade, o pensar, a criatividade, a imaginação, o respeito pelo outro.
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Assim, evidencia-se a importância da música no ambiente escolar, pois


além de um bem cultural, não pode ser privilégio de uma parcela da população;
todos devem ter acesso a ela. Em contrapartida, os professores além de serem
agentes estimuladores desses processos, necessitam também aperfeiçoar-se
nessa técnica de ensino. Portanto, é essencial integrar a música no planejamento
educacional para o aprimoramento da socialização, da comunicação e da liberdade
de expressão do aluno. Novamente, segundo o Referencial Curricular da Educação
Infantil:

Integrar a música à educação infantil implica que o professor deva assumir uma postura de
disponibilidade em relação a essa linguagem. Considerando-se que a maioria dos
professores de educação infantil não tem uma formação específica em música, sugere-se
que cada profissional faça um contínuo trabalho pessoal consigo mesmo. (BRASIL, 1998,
p.67).

Dentro do âmbito escolar, existem várias propostas metodológicas de


aprendizagem utilizando a música como recurso didático, assim a aprendizagem
pode ser desenvolvida por meio de letras de canções, deixando o ensino mais
dinâmico e interativo; afinal, as crianças são instigadas pela curiosidade. Dentro
desse contexto, Siqueira e Bonfim (2017, p.5) mencionam a utilização da música
na Educação Infantil como “criadora e facilitadora de diversas atividades na área
do conhecimento''.
Quando bem desenvolvida, a música auxilia o raciocínio, criatividade e
outras habilidades, por isso, deve-se aproveitar esta importante atividade
educacional dentro das salas de aula. Na educação, a música ao longo da história
vem atendendo a diversos propósitos, como criação de hábitos, comportamentos e
atitudes: escovar os dentes, lavar as mãos, memorizar conteúdos, letras e
números, etc; que são levados nas letras de canções.
Ensinar música deve ter total ligação com a sensibilidade e percepção do
professor, em como ela pode auxiliar em suas aulas, relacionando o que as
crianças querem trabalhar com o que o professor planejou. Ele pode propor
diferentes atividades e conduzi-las, porém é necessário que os alunos tenham
grande influência, escolhendo as atividades ou as músicas a serem trabalhadas.
Nesse contexto, é de extrema importância que o professor leve em conta os
conhecimentos prévios do aluno sobre a música, tomando isso como ponto de
partida; instigando a criança a mostrar o que ela já conhece sobre o assunto. O
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professor precisa ter uma postura de aceitação em relação à cultura que a criança
traz.

A linguagem musical é um meio excelente para o desenvolvimento da


expressão, do equilíbrio, da autoestima e autoconhecimento das crianças. O
professor, ao levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos, adota uma
postura de aceitação em relação à cultura trazida pelas crianças. A presença da
música no cotidiano escolar vai além de atividades específicas; ela ensina valores
morais e éticos, auxilia na aprendizagem e atua como um importante agente
inclusivo. A música é uma atividade corporal que envolve diversos sentidos,
tornando-se um meio inclusivo e integrador (Brasil, 1998).

No entanto, apesar da importância reconhecida da música na educação, há


desafios a serem superados. O trabalho docente deve considerar as propostas do
Ministério da Educação (MEC), conforme destacado por Bréscia (2003), para
integrar a música no dia a dia escolar de maneira alinhada às diretrizes
educacionais. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998)
aponta para a necessidade de ações pedagógicas que atendam às reais
necessidades do educando, evitando que a música seja tratada como algo pronto e
desvinculado de propósitos interdisciplinares.

Levando isso em conta, ao longo da história a música tornou-se um


elemento extremamente relevante e importante para todas as faixas etárias,
viabilizando a sua utilização como um recurso pedagógico na expansão de
alternativas dentro do processo de ensino aprendizagem.

Nesse sentido, a música oferece aos professores uma vasta gama de


opções para qualquer disciplina. Pode e deve ser utilizada nas mais diversas áreas
de estudo, tanto para a memorização de conteúdos, quanto para a idealização de
valores e atitudes, além do amadurecimento do pensamento crítico do indivíduo.

Analisando as informações levantadas, conclui-se que a música pode ser


utilizada como instrumento fundamental no ensino aprendizagem, abrangendo
tanto áreas cognitivas e criativas como culturais e sociais do indivíduo.

2.1 PROPOSTA DE PLANOS DE AULA PARA SEREM APLICADOS VISANDO O


ENSINO DE MÚSICA
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● Primeira Aula: Introdução a conceitos musicais, explorando ritmo, intensidade,


duração, altura e timbre. Desenvolvimento da percepção musical através da
audição concentrada dos sons do ambiente.
● Segunda Aula: Exploração das diferenças rítmicas da música, utilizando sons
percussivos do corpo e de objetos ao redor. Análise e debate sobre os timbres
graves e agudos.
● Terceira Aula: Estímulo à imaginação dos alunos através da criação de ilustrações
relacionadas à música. Destaque para o poder da música sobre a mente humana.
● Quarta Aula: Demonstração da importância da música para a fixação de conteúdos
diversos por meio do uso de paródias. Escolha dos temas e músicas feita pelos
alunos.
● Quinta Aula: Debate sobre os gostos e influências musicais pessoais de cada
estudante, promovendo a inclusão e demonstrando a diversidade cultural presente
na sala de aula

2.2 INTRODUÇÃO AOS CONCEITOS MUSICAIS: EXPLORANDO A ESSÊNCIA


SONORA

A primeira aula tem como foco proporcionar aos alunos uma introdução aos
fundamentos musicais, explorando elementos como ritmo, intensidade, duração,
altura e timbre. Essa abordagem não apenas fornece bases conceituais sólidas,
mas também estimula a percepção auditiva dos estudantes, incentivando-os a
ouvir atentamente os sons ao seu redor, promovendo uma apreciação mais
profunda da música no contexto cotidiano.

2.3 DIFERENÇAS RÍTMICAS E TIMBRES: EXPLORANDO A VARIEDADE MUSICAL:

A segunda aula concentra-se na exploração das diferenças rítmicas na


música. Utilizando sons percussivos do próprio corpo e de objetos disponíveis, os
alunos são desafiados a compreender as nuances e sutilezas dos timbres
musicais. Esse exercício prático não apenas enriquece a compreensão dos alunos
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sobre a diversidade musical, mas também estimula o debate sobre a percepção


subjetiva de timbres graves e agudos.

2.4 EXPRESSÃO ARTÍSTICA COM ILUSTRAÇÕES: A MÚSICA COMO INSPIRAÇÃO


VISUAL

A terceira aula tem como propósito estimular a criatividade e expressão


artística dos alunos. Através da música, os estudantes são convidados a criar
ilustrações, proporcionando uma interconexão entre a expressão musical e visual.
Essa abordagem ressalta a capacidade da música de inspirar outras formas de
arte, como também promove uma compreensão mais holística da linguagem
artística como um todo.

2.5 PARÓDIAS PARA FIXAÇÃO DE CONTEÚDO: UNINDO O LÚDICO AO


PEDAGÓGICO

A quarta aula adota uma abordagem lúdica ao ensino, destacando a


importância da música na fixação de conteúdos diversos. A criação de paródias,
onde os alunos escolhem temas e músicas, fortalece a compreensão dos
conteúdos de forma divertida e incentiva a participação ativa e colaborativa,
demonstrando a versatilidade da música como ferramenta educacional.

2.6 DEBATE SOBRE INFLUÊNCIAS MUSICAIS: PROMOVENDO A DIVERSIDADE


CULTURAL

A quinta e última aula focalizou-se em aspectos mais amplos, promovendo


um debate sobre as influências e gostos musicais pessoais de cada estudante.
Essa atividade não apenas proporcionou uma compreensão mais profunda das
experiências individuais, mas também evidenciou a diversidade cultural presente
na sala de aula, enfatizando o papel inclusivo da música como meio de expressão
cultural e social.
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3 MATERIAIS E MÉTODOS/METODOLOGIA

A pesquisa teve início por meio de uma observação abrangente da literatura


existente sobre a interseção entre música e processos de ensino-aprendizagem.
Utilizando fontes como artigos científicos, livros acadêmicos, dissertações e vídeos
educacionais, buscou-se compreender as diversas abordagens e perspectivas que
envolvem a utilização da música como ferramenta pedagógica.

Após isso, a pesquisa foi direcionada para a delimitação da área de


concentração e tema. Essa fase envolveu uma análise criteriosa das opções
disponíveis, destacando aquelas mais significativas para o acadêmico.

Posteriormente, foi realizada uma análise detalhada das políticas


educacionais vigentes, explorando documentos como o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA, 1990), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
9394/96 (LDBEN), a Constituição de 1988 e o Referencial Curricular Nacional para
a Educação Infantil (RCNEI, 1998). Essa etapa visou contextualizar a música no
cenário normativo e identificar lacunas ou desafios enfrentados na prática
educacional.

A coleta de dados foi conduzida por meio de pesquisa bibliográfica, análise


documental e levantamento de dados online. Essa abordagem permitiu a
construção de um arcabouço teórico consistente, embasando as reflexões sobre o
papel da música no contexto educacional. A fundamentação teórica foi construída a
partir das informações coletadas, utilizando referências de diversos autores e
artigos analisados durante a pesquisa. Esse embasamento teórico foi essencial
para desenvolver o projeto de estágio de maneira consistente.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa revelou uma sólida fundamentação teórica sobre o papel da


música no processo de ensino-aprendizagem. A revisão bibliográfica abordou
diversas perspectivas, destacando a presença histórica da música na educação
desde os tempos antigos, especialmente evidenciada na Grécia clássica. O
reconhecimento da música como um elemento fundamental para a formação dos
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cidadãos e sua inclusão obrigatória no currículo infantil na Grécia ressalta a longa


tradição de valorização da música como ferramenta educacional.

Os estudos também enfatizaram a importância da música na formação


humana, destacando sua influência nas dimensões ética, estética e cognitiva da
vida. As teorias de Gardner e Gainza contribuíram para a compreensão da
inteligência musical e dos elementos que constituem a música, demonstrando
como a música pode mobilizar aspectos específicos do ser humano, como o ritmo,
a melodia e a estrutura musical.

Além disso, a pesquisa ressalta a relevância da música no desenvolvimento


cognitivo e emocional dos alunos. A integração da música no cotidiano escolar foi
abordada como um processo de educação musical, capaz de despertar o gosto
musical, desenvolver a sensibilidade, o pensamento, a criatividade, a imaginação e
o respeito pelo outro.

As dificuldades durante a realização foram diversas, pois é um assunto


muito complexo e extenso para ser explicado tão brevemente em alguns
parágrafos. A pesquisa para fundamentação teórica também mostrou-se
extremamente desafiadora, pois era de extrema importância trazer informações de
autores renomados desse tema; assim como dados concretos, trazidos de
pesquisas e censos desta área; e para realização destes pontos, foram
necessárias vários dias de análise de vídeos, procura por referências bibliográficas,
leitura de livros e artigos e coleta das demais informações.

A análise das propostas pedagógicas e dos documentos legais relacionados


à educação infantil, como o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Referencial Curricular Nacional para
a Educação Infantil, evidenciou a necessidade de uma abordagem pedagógica
mais alinhada às especificidades da linguagem musical. O reconhecimento da
música como uma linguagem que vai além da mera reprodução de hábitos na
rotina escolar destaca a importância de integrá-la de maneira interdisciplinar.

A pesquisa concluiu que a música, como expressão humana rica e universal,


oferece amplas possibilidades para enriquecer o universo cultural e os
conhecimentos dos alunos. A inclusão da música em diversas áreas de estudo,
seja para a memorização de conteúdos, a idealização de valores e atitudes, ou o
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estímulo ao pensamento crítico, destaca seu potencial como um recurso


pedagógico versátil.

Nesse sentido, a pesquisa proporcionou uma compreensão abrangente do


papel da música na educação, enfatizando sua influência multifacetada no
desenvolvimento integral dos alunos. A discussão teórica consolidada ao longo da
pesquisa fornece uma base sólida para a continuidade das reflexões sobre as
práticas pedagógicas envolvendo a música no contexto educacional.

As questões levantadas neste projeto devem ser consideradas ao se pensar


na aprendizagem musica, pois o contato intuitivo e espontâneo com a expressão
musical desde os primeiros anos de vida é um importante ponto de partida para o
processo de musicalização (REFERENCIAL CURRICULAR DE EDUCAÇÃO
INFANTIL, 1998).

Com isso, pode-se notar características muito favoráveis ao processo de


ensino aprendizagem. Um dos principais benefícios com essa aplicação da música
é a possibilidade de utilizar-se de um caminho comunicativo não verbal, que é
utilizado na grande maioria das vezes. Com a música é possível despertar e
desenvolver nos alunos habilidades mais aguçadas com esse intuito. Ferreira
(2006) evidencia:

A música é um tipo de expressão humana dos mais ricos e universais e também


dos mais complexos e intrincados. Portanto, valerá muito ao professor utilizar a
música em suas aulas, mas é preciso dedicar-se ao seu estudo, procurando
compreendê-la em sua amplitude, desenvolvendo o prazeroso trabalho de sempre
escutar os mais variados sons em suas combinatórias infinitas, com “ouvidos
atentos”, e também ler o que for possível a respeito (FERREIRA, 2006, p.13).

Ainda assim, é importante ressaltar a necessidade de adaptação e


flexibilidade na implementação dessas práticas, considerando as particularidades
de cada grupo de alunos. A constante reflexão sobre os métodos e a busca por
aprimoramento são elementos essenciais para garantir a eficácia contínua das
estratégias de ensino musical.

Em síntese, os resultados obtidos reforçam a relevância da música como


ferramenta educativa e o potencial das atividades lúdicas no enriquecimento do
processo de ensino-aprendizagem. A pesquisa permitiu não apenas atingir os
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objetivos propostos, mas também abrir caminho para futuras investigações e


aprimoramentos nas práticas pedagógicas voltadas para o ensino musical.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa realizada trouxe uma valiosa contribuição para a compreensão


aprofundada da área investigada, fornecendo um conhecimento substancial sobre
os temas relacionados à educação, aprendizagem e ensino musical. Cada autor
explorado no estudo apresentou perspectivas e ideias diversas, enriquecendo a
fundamentação teórica e a análise dos dados coletados.

Acredita-se que os objetivos propostos foram alcançados, uma vez que a


pesquisa abordou informações cruciais sobre o tema, respaldando-se em uma
ampla investigação e na fundamentação teórica proveniente de diversos artigos e
autores. As diversas fontes consultadas permitiram uma visão abrangente e
detalhada da problemática, possibilitando uma análise crítica e reflexiva dos
resultados obtidos.

Entretanto, as dificuldades encontradas durante a realização da pesquisa


foram diversas, considerando a complexidade e a extensão do assunto. A busca
por informações de autores conceituados na área e por dados concretos
provenientes de pesquisas e censos específicos representou um desafio
significativo. Essa etapa demandou vários dias de pesquisa bibliográfica, leitura de
livros e artigos, além da coleta de informações adicionais.

No processo de desenvolvimento da pesquisa, destacou-se a importância de


explorar diferentes fontes e abordagens, visando a construção de um
conhecimento sólido e embasado. A diversidade de perspectivas apresentadas
pelos autores consultados permitiu uma análise mais abrangente dos temas
abordados, enriquecendo a compreensão sobre a problemática investigada.

Dessa forma, a pesquisa desempenhou um papel fundamental na ampliação


do entendimento sobre os temas discutidos, fornecendo subsídios para uma
reflexão crítica e uma análise aprofundada. A superação das dificuldades
encontradas durante o processo de pesquisa reforçou a importância do
comprometimento e da dedicação na realização de estudos acadêmicos,
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contribuindo para o desenvolvimento profissional e pessoal dos pesquisadores


envolvidos.

REFERÊNCIAS

PIAGET, J. Psicologia e Pedagogia. Forense Universitária, 1973.

VYGOTSKY, L. S. Mind in society: The development of higher psychological


processes. Harvard University Press, 1978.

GARDNER, H. Estruturas da mente:a teoria da inteligência múltipla. Porto Alegre:


Artes Médicas Sul, 1994.

GAINZA, V. H. de. Estudos de psicopedagogia musical. São Paulo: Summus, 1988.

BRÉSCIA, V. L. P. Educação musical: bases psicológicas e ação preventiva. São


Paulo: Átomo, 2003.

JUNIOR, Ademir Pinto Adorno; CIPÓLO, Eva Sandra Monteiro. Musicalização no


processo de aprendizagem infantil. Revista científica unar (issn 1982-4920), Araras
(SP), 2017

MOREIRA, Ana Claudia; HALINNA, Santos; COELHO, Irene S. A música na sala de


aula: a música como recurso didático. UNISANTA Humanitas, 2014.

BRASIL, Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para a Educação


Infantil. Forense Universitária, 1973.

SIQUEIRA, Cláudio Alves; BONFIM, Evandro Luiz Soares. A música como estratégia
utilizada na educação infantil e promotora da interdisciplinaridade um olhar
singular. EFACEQ: Revista dos discentes da Faculdade Eça de Queirós, 2017.

FERREIRA, Martins. Como usar a música em sala de aula São Paulo: Contexto, 2006.

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