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PRESCRIÇÃO, FARMACOLOGIA

E FITOTERAPIA APLICADA À
ESTÉTICA
UNIDADE III
CELULITE E FLACIDEZ NA FITOTERAPIA
Elaboração
Juliana Tironi Machado

Juliana Lopez de Oliveira

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE III
CELULITE E FLACIDEZ NA FITOTERAPIA..........................................................................................................................5

CAPÍTULO 1
HIDROLIPODISTROFIA GINOIDE................................................................................................................................. 5

CAPÍTULO 2
FITOTERAPIA EM FLACIDEZ CUTÂNEA.................................................................................................................. 35

REFERÊNCIAS.........................................................................................................................................39
CELULITE E FLACIDEZ NA
FITOTERAPIA
UNIDADE III

Capítulo 1
HIDROLIPODISTROFIA GINOIDE

1.1. Fisiopatologia
A “celulite” representa um dos maiores desafios da medicina nos últimos anos, sendo
agravado pelos padrões atuais de beleza feminina que exigem uma solução para o
problema. Estima-se que 90% das mulheres apresentam este distúrbio. (MURAD, 2009)

Termos para descrever esta patologia:

» hidrolipodistrofia ginoide;

» lipoesclerose nodular;

» paniculopatia edematofibroesclerótica;

» paniculose;

» fibroedema geloide

» mesenquimatose;

» lipodistrofia segmentar;

» lipoesclerose nodular;

» linfostase cutânea regional.

A ausência de uma base fisiopatogênica definida leva à impossibilidade de se estabelecer


uma forma terapêutica adequada e elaboração de protocolos de atendimento. O
descrédito sobre as propostas terapêuticas da celulite, tanto por parte dos profissionais

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UNIDADE iii | Celulite e Flacidez na Fitoterapia

como pelos pacientes, é unânime. Por outro lado, ilustrações mostram que desde os
tempos remotos as mulheres já apresentavam celulite, fazendo parte da história da
humanidade. (GODOY, 2003)

A insulina estimula a lipogênese e a sua afinidade é aumentada pelo estrogênio e


pela prolactina. O estímulo a lipogênese provoca hipertrofia adipocitária, aumento da
viscosidade da substância fundamental e alteração na microcirculação, dificultando as
trocas metabólicas e a oxigenação. Evolui para fibroesclerose e encapsulamento de
adipócitos. (SEGERS, 1984; CURRI, 1991; CIPORKIN; PASCHOAL, 1992; MARTIN, 1994)

1.1.1. Consequências

» Edema. O líquido intersticial geleificado comprime a circulação linfática dificultando


a escoagem.

» Déficit circulatório. Ocorre compressão das arteríolas dificultando a difusão de


O2 e de nutrientes do vaso para as células, assim como o retorno dos exudatos.

» Lipogênese e hipertrofia do adipócito. Devido à dificuldade de trocas metabólicas


o adipócito acumula reservas no seu interior e aumenta a resistência de sua
membrana (encarcerando as reservas) tornando-se um micronódulo.

» Acúmulo de líquido. A matriz intersticial geleificada, com acúmulo de exudatos


aumenta a pressão oncótica e retém mais líquido no seu interior.

» Proliferação desordenada de fibras de elastina. Ocorre um agrupamento dos


micronódulos tornando-os macronódulos adipocitários.

Segundo Guirro (2002), no FEG (Fibroedema giloide) as alterações causadas nos


fibroblastos, especialmente pelo estrógeno, promovem modificações estruturais
nas GAGs com hiperpolimerização, aumentando o seu poder hidrofílico e a pressão
osmótica intersticial. Esse mecanismo gera acúmulo de líquido entre os adipócitos com
consequente deposição de colágeno na matriz-intersticial.

A não uniformidade na deposição dessas fibras de colágeno acarreta uma esclerose


irregular de tamanhos variados, tanto ao redor dos adipócitos quanto dos vasos
sanguíneos. As mudanças no tamanho dos capilares levam quase sempre à formação
de microaneurismas, por seu estrangulamento, permitindo o extravasamento de
plasma para o interstício em conjunto com algumas citocinas e linfócitos, reforçando
essa desordem.

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Celulite e Flacidez na Fitoterapia | UNIDADE iii

O estrógeno é responsável pelo desequilíbrio da matriz, desencadeando comprometimento


vascular e levando ao aparecimento de citocinas pró-inflamatórias.

Howard Murad propõe a teoria do “Princípio da água”, que propõe tratar a lipodistrofia
ginoide como doença sistêmica e evolutiva, baseada nos 3 pontos-chave: reparar,
reidratar e revitalizar as células.

Com o envelhecimento, as células perdem a capacidade de se hidratar e entram em


colápso e se tornam incapazes de reter água, tornando-se ineficientes em suas funções.

A causa real da celulite é o dano infligido pela água às células da pele e do tecido
conjuntivo, bem como pelo enfraquecimento dessas. A pele se deteriora a ponto
das células gordurosas flutuantes serem capazes de passarem pela derme e atingir a
superfície. (MURAD, 2006)

Os componentes básicos da formação são:

» ruptura dos vasos sanguíneos;

» danos à derme;

» acúmulo de água “desperdiçada” (edema);

» hiperplasia e hipertrofia dos adipócitos;

» afinamento da epiderme.

Para escolha e eficácia nos tratamentos mais modernos contra a celulite é


importantíssimo conhecer seus estágios, causas e fatores desencadeantes.

Para Ribeiro (2010) a “celulite” consiste em uma desordem do tecido adiposo, com
presença de edema (hidro) e com a função venolinfática alterada, visivelmente
identificada por distúrbio topográfico na região ginoide. Em 2009, houve nova
classificação: a escala da celulite pode variar da “casca de laranja”, casos mais leves;
“queijo cottage” com “covinhas” irregulares e o pior caso quando se parece com “colchão
acolchoado”, conforme abaixo.

Estágio 1

» discreta dilatação dos vasos;

» aumento da temperatura provocada por edema e hiperpermeabilidade dos


capilares;

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» ausência de alteração circulatória;

» aumento de volume das células do tecido gorduroso na região afetada ocasionado


por acúmulo de gordura dentro da célula;

» acúmulo de gordura no local.

Estágio 2

» aumento da gordura local;

» início do aparecimento da fibrose;

» aumento dos volumes das células que geram microcompressão nos vasos linfáticos,
causando alteração circulatória;

» acúmulo de toxinas com formação de edema.

Estágio 3

» microvarises e vasos;

» sensação de peso e cansaço nas pernas;

» agravamento de problemas circulatórios;

» fibrose (alteração tripla hélice);

» desordenação do tecido e aparecimento de nódulos, que apesar de profundos


são vistos como irregularidades na superfície;

» presença de nódulos na apalpação “aspecto de saco de nozes”.

Estágio 4

» aumento de edema desordenado das células gordurosas;

» pernas inchadas, pesadas e doloridas;

» aparecimento de fibroesclerose;

» depressões;

» perda acentuada da circulação.

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Figura 24. Estágios da lipodistrofia ginoide.

Fonte: Rossi e Vergnanini, 2000.

Godoy e Godoy (2010) sugerem causa vascular da celulite, especificamente com maior
envolvimento do sistema linfático, comprometimento linfático regional e linfostase
cutânea regional. A abordagem vascular, enfatizando o sistema linfático, abre nova
perspectiva no tratamento da celulite (lipedema).

Lipedema é uma doença vascular crônica que acomete principalmente mulheres.


Caracterizado pelo depósito anormal de gordura nas pernas e próximo do quadril,
a pele se apresenta em hipotermia e a terapia é difícil. Nunca se deve confundir com
linfedema. Edema com formação de cacifo pode ser proveniente de hipotiroidismo,
hipoproteinemia severa. Estudos apresentam excelentes resultados com utilização de
rutina e castanha da índia, além do uso de meias de compressão.

Emanuele e cols. (2010) avaliaram, por meio da coleta salivar de DNA, 200 mulheres com
IMC 25 kg/m2 apresentando celulite com grau maior ou igual a 2 com o objetivo de
encontrar uma base genética para a celulite. Os genes apontados pelo estudo são os da
enzima conversora de angiotensina 1(ECA) e gene do fator indutor de hipóxia (1HIF1A).

Pacientes com alteração genética no gene da ECA tem concentração aumentada


de ECA no sangue e tecidos, consequentemente maior vasoconstrição. Apresentam
também baixos níveis de bradicinina (vasodilatador), resultando em maior

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vasoconstrição local, maior distúrbio de oxigenação tecidual. Altos níveis do fator


alfa indutor de hipóxia (1HIF1A) desequilibram o tecido fibroso e aumentam a
inflamação. (EMANUELE et al., 2010)

Com o aumento da ingestão calórica, aumenta a hipóxia por interferir na rede vascular,
desregulando a função endócrina do adipócito. Mais de 50% dos pacientes com celulites
em graus mais avançados apresentaram estímulo do fator de indução de hipóxia-1alfa
(HIF1A) - HIF1A. (EMANUELE et al., 2010)

Emanuele et al. (2011) constataram que a expressão da adiponectina no tecido adiposo


subcutâneo é reduzida em mulheres com celulite. A adiponectina apresenta importantes
efeitos protetores, anti-inflamatórios e vasodilatadores.

Figura 25. Alterações endócrinas da lipodistrofia ginoide.

Fonte: Rossi e Vergnanini, 2000.

1.1.1.1. Resumo das causas

As principais causas da celulite são os hormônios, principalmente o estrogênio, distúrbios


vasculares e a genética. Existem também fatores predisponentes (idade, obesidade,
distúrbios circulatórios), determinantes (estresse, fumo, desequilíbrios glandulares,
diabetes, maus hábitos alimentares e disfunção hepática), além de condicionantes
(aumento da pressão capilar, dificuldade de reabsorção linfática e acúmulo de água
nos espaços intercelulares).

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1.2. Importância da destoxificação hepática


O estilo de vida moderno impõe um ritmo de vida com exposição constante a
diversos xenobióticos. O termo xenobiótico é definido com uma substância estranha e
normalmente prejudicial ao organismo vivo. São também conhecidos como poluentes
orgânicos persistentes (POPs), produtos químicos que contém carbono, introduzidos
no ambiente em número cada vez maior, decorrente da atividade industrial. Estima-se
que mais de 80 mil desses produtos químicos foram introduzidos no ambiente desde
a Segunda Guerra Mundial. (CARVALHO; MARQUES, 2008)

Sabe-se que mulheres acometidas por “celulite” em graus elevados, apresentam um


nível considerável de toxinas e xenobióticos no organismo. Isso se deve ao fato de estar
associado ao aumento da permeabilidade intestinal e baixa capacidade de drenagem
linfática nas regiões afetadas.

O fígado é o órgão responsável por cerca de 60% desse processo, seguido pelo intestino
(20%). Portanto, para garantir a destoxificação adequada devemos suprir as necessidades
hepáticas e condições intestinais adequadas. Otimizar os sistemas de destoxificação do
organismo humano é de extrema importância para redução do acúmulo de toxinas em
tecidos adiposos e fígado. É através de um complexo sistema hepático que o organismo
consegue metabolizar e eliminar esses xenobióticos. Processo que depende a ação de
diversos nutrientes para as suas reações químicas.

As principais rotas de eliminação de toxinas são pela urina e bile, mas o suor, o leite,
as lagrimas, o ar exalado e outras secreções também atuam na eliminação de toxinas
do nosso organismo.

Muitos fitoterápicos apresentam compostos biativos capazes de dar suporte enzimático


para as reações relacionadas ao processo de destoxificação hepática, contribuindo, assim,
para a biotransformação de xenobióticos que poderão ser eliminados do organismo
por via renal.

Mecanismos envolvidos na destoxificação:

» Eliminam químicos lipofílicos estranhos, que ficam na membrana celular e que são
de difícil quebra e excreção.

» Habilitam o organismo a eliminar xenobióticos, as substâncias lipofílicas são


transformadas em hidrofílicas, facilitando sua excreção.

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1.2.1. Fases da destoxificação

O processo de destoxificação é composto por duas fases:

1.2.1.1. Fase I – biotransformação

São reações catalisadas por uma grande variedade de enzimas, sendo a família do
citocromo P450 a mais significativa. O resultado das reações da fase I é um intermediário
reativo, que deverá sofrer reação de conjugação (fase II) para que não possa agir como
radical livre, ligando-se facilmente ao DNA, proteínas e ao RNA, causando efeitos
irreversíveis ao funcionamento celular. Esse intermediário reativo é solúvel em água,
porém normalmente não são diretamente eliminados.

Reações de fase I: oxidação, redução, hidrólise e hidratação.

Nutrientes que estimulam as reações de fase I: vitaminas B2, B3, B6, B12, ácido fólico,
glutationa, BCAA, flavonoides, fosfatidilcolina e molibdênio.

1.2.1.2. Fase II – Conjugação

Reações que transformam o intermediário reativo em uma molécula hidrossolúvel


atóxica. Essas reações devem acontecer o mais rápido possível.

Reações de conjugação: sulfatação, glicuronidação, acetilação, acilação, metilação.

Nutrientes que estimulam as reações de fase II: glicina, taurina, glutamina, n-acetilcisteína,
cisteína, metionina, sulfato e vitamina B5.

As enzimas que atuam nesse processo têm sua atividade influenciada por alguns
fatores como, genética, gênero, idade, estado de saúde, e nutrição, além do controle da
quantidade de xenobióticos absorvidos. A maioria das enzimas envolvidas no processo
são expressas mediante o contato com o xenobióticos. Desequilíbrios e disfunções
hepáticas ocorrem muitas vezes pelo excesso de xenobióticos versus a falta de substrato
para metabolização. A fitoterapia é mais uma ferramenta importante, pois fornece
fitoquímicos que agem como destoxificantes e como hepatoprotetores.

Algumas estratégias são importantes para garantir a eliminação adequada de tóxicos


químicos (álcool, hormônios, alérgenos, micróbios, metabólitos microbianos etc.), como
restaurar as funções hepáticas:

» redução do uso e exposição a agentes que têm um efeito adverso sobre a função
hepática;

» restauração da flora intestinal, com particular atenção ao trânsito e permeabilidade


intestinal conservada e presença de microrganismos benéficos;

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» estímulo para destoxificação hepática. A ingestão de alguns fitoquímicos


e nutrientes pode auxiliar esse processo: silimarina (Sylibum marianum),
bioflavonoides, catequinas (Camellia sinensis), selênio, cisteína, vitamina C etc.

1.3. Fitoterapia aplicada ao tratamento da lipodistrofia


ginoide
No tratamento da lipodistrofiaginoide é importante atuarmos em várias frentes:
suporte para destoxificação hepática, melhora das condições de trânsito intestinal
e permeabilidade intestinal, estímulo para redução de gordura corporal, melhora
da permeabilidade capilar e redução do edema, suprimento de antioxidantes e
substâncias anti-inflamatórias. Veremos a seguir as principais plantas que atuam
nessas diversas frentes.

1.3.1. Suporte para a destoxificação hepática

Conforme destacado anterioremente, o suporte para destoxificação hepática é um


processo importante no tratamento da hidrolipodistrofia ginoide. A seguir serão
destacadas algumas plantas medicinais que apresentam ação detoxificante e/ou
hepatoprotetora.

1.3.1.1. Cardo mariano (Silybum marianum L.)

O Silibium marianum L. pertence à família Asteraceae e suas folhas, flores, raízes e frutos
são utilizados em fitoterapia. Seu principal efeito é o hepatoprotetor e antioxidante,
que está associado à presença de flavonoides, como a Silimarina. (TIEN et al., 2011;
GALHARDI, 2009)

O cardo mariano tem sido utilizado como medicamento desde o século IV a.C para
tratar náuseas, mordidas de serpentes, problemas menstruais e indutores da lactação.
Relatos encontrados na literatura indicam que no século XVI o cardo mariano passou a
ser utilizado no tratamento de doenças hepatobiliares, sendo hoje indicado para esse
fim em todo o mundo. (FERREIRA, 2011)

Estudos científicos revelaram que o Silibium marianum apresenta ação antioxidante,


antiperoxidação lipídica, antifibrótica, anti-inflamatória da membrana, além de estabilizar
mecanismos imunomoduladores de regeneração do fígado. Atualmente, suas principais
aplicações referem-se ao tratamento da hepatite, cirrose e proteção hepática contra
substâncias tóxicas. (LOGUERCIO; FESTI, 2011)

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Dentre os isômeros da silimarina estão a silibina, que é o composto mais ativo e o que
apresenta maior quantidade (60%-70%), seguida da silicristina (20%), silidianina (10%)
e a isosilibidina (5%). (PRADHAN; GIRISH, 2006)

Os mecanismos de ação da silimarina envolvem diferentes rotas bioquímicas, tais como


(WELUNGTON; ARVIS, 2001):

» estimulação da taxa sintética de RNA ribossomal (rRNA) por meio da estimulação


da transcrição da polimerase 1 e do rRNA, protegendo as membranas celulares
de danos induzidos por radicais e bloqueando a recaptação de toxinas, como a
alfa-amanitina;

» aumento dos níveis séricos de glutationa e de glutationa S-transferase;

» a silimarina pode facilitar a conjugação da bilirrubina com o ácido glicurônico


(reação de fase II) ou ainda inibir a enzima gama-glucuronidase frente a toxinas
patogênicas de bactérias intestinais.

Além disso, a silibina também é um potente inibidor da beta-glucuronidase intestinal


humana, bloqueando a liberação e reabsorção de xenobióticos livres e seus metabólitos
conjugados de glicuronídeo. (LOGUERCIO; FESTI, 2011)

É importante destacar que a silibina interage com algumas enzimas do grupo enzimático
P450, o que pode interferir no metabolismo de determinados fármacos, dependendo da
enzima necessária para a sua metabolização. Portanto, é fundamental que o profissional
prescritor verifique se o fitoterápico e os outros fármacos utilizados concomitantemente
pelo paciente fazem uso da mesma via.

A administração de silimarina já foi testada em diferentes concentrações e em diversos


estudos científicos. Wu et al. (2008) administraram silimarina em doses diferentes em
ratos. A silimarina exerceu efeitos benéficos em estágios iniciais de danos hepáticos
e alterações gordurosas, além de reduzir a histopalotogia das células desse órgão,
impedindo a formação de carcinoma hepatocelular durante o estado pré-carcinogênico.
A silimarina também foi capaz de bloquear a progressão do câncer após a formação de
nódulos, recuperou a estrutura de hepatócitos e, de maneira dose-dependente, reduziu
a formação de radicais livres.

Em outro estudo, Bonifaz (2009) analisou o efeito da silimarina sobre o vírus da hepatite
C e a expressão gênica de células de hepatoma humano. Os resultados sugerem que a
silimarina exerceu um efeito benéfico, porém, enfatizaram que ainda é necessário mais
estudos prospectivos, randomizados e controlados para se comprovar esse benefício.

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Celulite e Flacidez na Fitoterapia | UNIDADE iii

Além disso, outros pesquisadores mostraram os benefícios da silimarina como protetor


contra a lesão hepática grave após envenenamento pelo cogumelo Amanita phalloides
e como agente protetor contra a medicação utilizada no tratamento da tuberculose.
(SALHANICK et al., 2008; BEDI et al., 2009)

Usualmente, o Silubum marianum L é prescrito na forma de extrato seco padronizado


(70%-80%) em cápsula, com uma dosagem de 100 mg-300 mg, 3 vezes ao dia (dosagem
para adulto). A prescrição da silimarina de forma isolada é restrita aos médicos. Efeitos
adversos são raros, porém doses acima de 1.500 mg por dia podem exercer efeito
laxativo e aumentar a secreção de bile.

1.3.1.2. Alcachofra (Cynara scolymus)

Oriunda do mediterrâneo, a Cynara scolymus pertence à família Compositae e suas


folhas, brácteas e raiz são utilizadas mundialmente para fins medicinais. Em suas folhas
as principais substâncias químicas encontradas são os ácidos fenólicos, flavonoides e
sesquiterpenos, sendo a cinarina (ácido monocafeioilquínico) o princípio ativo da planta.
(NOLDIN; CECHINEL, 2003)

Diversos estudos utilizando o extrato de alcachofra em diversas concentrações indicam


que a infusão das folhas secas dessa planta apresentam ação hepatoprotetora,
antioxidante, colerética, colagoga, antidespéptica, diurética, antibacteriana, redutora
de colesterol e estimulante do sistema hepatobiliar (PITTLER et al., 2003). Além disso,
a alcachofra é indicada contra náuseas, indigestão e aterosclerose. (HOLTMANN et al.,
2003)

Küçukgergin et al. (2010), em estudo utilizando extrato de folha de alcachofra em ratos


alimentados com uma dieta rica em gordura e colesterol, durante um mês, demonstraram
que após o tratamento houve diminuição dos níveis séricos de colesterol e triglicérides,
porém não no fígado, mas ocorreu redução significativa da disfunção hepática e níveis
de malondialdeído cardíaco, além de aumentar a vitamina E no fígado e a atividade da
glutationa peroxidase.

Mehmetçik et al. (2008), em um modelo de estresse oxidativo induzido em ratos por


tetracloreto de carbono (CCI4), avaliaram a capacidade hepatoprotetora do extrato
de folha de alcachofra. Os ratos tratados com o extrato de alcachofra apresentaram
reduções significantes nas atividades das transaminases plasmáticas, melhoria das
alterações histopatológicas no fígado, diminuição dos níveis de malondialdeído e dieno
conjugado e aumento na atividade da glutationa peroxidase e glutationa redutase. Os
resultados sugerem que a administração in vivo de extrato de alcachofra pode ser útil
para a prevenção de hepatotoxicidade induzida pelo estresse oxidativo.

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UNIDADE iii | Celulite e Flacidez na Fitoterapia

Outro grupo de pesquisadores estudou os efeitos de um extrato feito da parte comestível


da alcachofra. O extrato foi capaz de proteger os hepatócitos do estresse oxidativo, além
de evitar a diminuição de glutationa e o aumento de malondialdeído e ainda induzir a
apoptose de células cancerígenas. (MICCADEI et al., 2008)

É importante ressaltar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adverte


que o uso da Cynara scolymus deve ser feito com cautela em pacientes com doenças
da vesícula biliar, hepatite grave, falência hepática e câncer no fígado.

1.3.1.3. Alho (Allium sativum)

O Allium sativum é um fitoterápico pertencente à família Liliaceae e seus bulbos são


utilizados com finalidades medicinais e culinárias desde a antiguidade

A alicina é o principal composto bioativo encontrado no alho e exerce ação


antiviral, antifúngica e antibiótica, seguido da aliina que exerce efeito hipotensor e
hipoglicemiante. O alho também contém selênio agindo como antioxidante.

Iciek et al. (2011), em modelo de ratos, mostraram que os componentes ativos do alho
reduzem as espécies reativas de oxigênio e malonialdeído, com aumento na glutationa
S-transferase, sugerindo uma ação hepatoprotetora, pela indução de enzimas de fase II.

O extrato de alho pode alterar as enzimas citocromo P450 no fígado, sendo


essas responsáveis pela metabolização de compostos químicos exógenos, como
medicamentos. Estudos mostraram que a ingestão de um suplemento de alho em pó
reduziu as concentrações sanguíneas de Saquinavir e Ritonavir (medicamentos utilizados
no tratamento antirretroviral de pacientes portadores do vírus HIV) e esse efeito foi
atribuído à estimulação das isoenzimas P450 e toxicidade gastrointestinal grave. Por
outro lado, estudos realizados com os compostos ativos dialil sulfeto e dialil disulfeto,
derivados do alho, não apresentaram estímulo das isoenzimas P450 e nem toxicidade
gastrointestinal grave. (GALLICANO et al., 2003)

Cox et al. (2006), em estudo que avaliou a influência da suplementação de alho sobre a
farmacocinética do Docetaxel, fármaco utilizado no tratamento de câncer, revelou que,
apesar de alguns estudos terem mostrado que a alicina pode interferir na atividade da
enzima CYP3A4, o alho não afetou significativamente a disposição de Docetaxel.

A Anvisa adverte que o alho na forma de fitoterápico não deve ser utilizado por
indivíduos menores de três anos e pessoas com gastrite e úlcera gástrica, hipotensão,
hipoglicemia, hemorragia e em pessoas que fazem uso de anticoagulantes.

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Celulite e Flacidez na Fitoterapia | UNIDADE iii

1.3.1.4. Boldo (Peumus boldus)

O Peumus boldus pertence à família Moniiniaceae e tem sua origem nas regiões
montanhosas do Chile, por isso é conhecido no Brasil como boldo ou boldo-do-Chile.
Em suas folhas encontramos alcaloides pertencentes à classe dos benzoquinolínicos
(0,4%-0,5%), sendo a boldina o principal deles (cerca de 12%-19%), além de taninos,
óleo essencial, flavonoides e glicolipídicos. (SCHWANZ et al., 2008)

Os principais efeitos relacionados ao boldo são: estimulação de secreções gástricas,


antidispéptico, colerético, colagogo, antiespasmódico, tratamento de cálculos biliares,
cistite e colelitíase acompanhada de dor e diurético. (SCHWANZ et al., 2008)

Estudos revelam que a boldina apresenta baixa toxicidade, não exerce efeito sobre
a atividade do citocromo P450, mas sim promove forte inibição da peroxidação das
microssomas do fígado humano, a boldina por ser considerada um valioso antioxidante,
agente hepatoprotetor e anti-inflamatório agudo. (LANHERS et al., 1991; KRINGSTEIN
et al., 1995)

Apesar dos efeitos benéficos, em alguns casos, mediante outros resultados obtidos na
literatura a respeito da toxicidade do extrato hidroalcoólico de folha seca de boldo,
sugere-se moderação e cuidado na administração de boldo, principalmente quanto ao
uso prolongado e também durante o primeiro trimestre da gravidez, principalmente
pela falta de conhecimento de mecanismos. (ALMEIDA et al., 2000)

Em acordo com esses estudos a Anvisa orienta que o uso desse fitoterápico deve ser
cauteloso e monitorado, principalmente em pessoas com doença hepática aguda
ou severa, colecistite séptica, espasmos do intestino e íleo e câncer no fígado. É
contraindicada para indivíduos que apresentem obstrução das vias biliares, doenças
severas no fígado e gestantes.

1.3.2. Estímulo para a lipólise

1.3.2.1. Metilxantinas

As metilxantinas são classificadas como β-agonistas. As principais metilxantinas obtidas


a partir de extratos botânicos são cafeína, teobromina e teofilina. A mais utilizada
é a cafeína, normalmente utilizada na concentração de 1% a 2%. Ela penetra na
pele facilmente, facilitando sua ação. A cafeína atua diretamente na célula adiposa,
promovendo a lipólise, inibindo a fosfodiesterase e aumentando AMPc. Diversas plantas
medicinais contêm metilxantinas. (HEXSEL et al., 2005)

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UNIDADE iii | Celulite e Flacidez na Fitoterapia

Tabela 6. Composição de metilxantinas em plantas medicinais.

METILXANTINA PLANTA
Café/Coffea arábica (Rubiaceae)
Chá verde/Camelia sinensis (Theaceae)
Cafeína Cacau/Theobroma cacao L. (Sterculiaceae)
Guaraná, Paullinea cupana (Spindaceae)
Erva mate, Ilex paraguariensis (Aquifoliaceae)
Chá verde/Camelia sinensis (Theaceae)
Cacau/Theobroma cacao L. (Sterculiaceae)
Teobromina
Erva mate, Ilex paraguariensis (Aquifoliaceae)
Chá preto/ Thea sinensis R. (Theaceae)
Chá verde/Camelia sinensis (Theaceae)
Cacau/Theobroma cacao L. (Sterculiaceae)
Teofilina
Erva mate, Ilex paraguariensis (Aquifoliaceae)
Chá preto/ Thea sinensis R. (Theaceae)

Fonte: Adaptado de Hexsel et al., 2005.

1.3.2.2. Chá verde (Camellia sinensis)

As catequinas do chá verde inibem a enzima que degrada a norepinefrina, prolongando


sua ação no SNS.

Além disso, a cafeína, também presente no chá verde, influencia a atividade do SNS
inibindo a fosfodiesterase, enzima que rapidamente degrada o cAMP intracelular, e que
é sinal para degradação de norepinefrina.

O aumento da oxidação lipídica tem sido relacionado também à capacidade de


“upregulation” de genes que envolvem a beta-oxidação hepática (estudo feito com
ratos) e ao decréscimo da expressão da síntese de ácidos graxos pelo fígado. Esses
resultados apareceram 24 horas depois da ingestão das catequinas de chá verde.

Autores mostram que os resultados positivos da suplementação com catequinas de chá


verde em relação à perda de peso e maior sobre condição de elevadas concentrações
de norepinefrina, assim como durante o exercício. (MURASE et al., 2002)

O consumo de chá verde pode melhorar a sensibilidade à insulina e o perfil lipídico


de animais, além de alterar a expressão de genes envolvidos na homeostase de
glicose e lipídios.

As catequinas diminuem a atividade da proteína IKK, envolvida na fosforilação do IKB-α


induzida pela ativação mediada pelo TNF- α. Como consequência, temos a inibição
do fator de transcrição NF-kB. As catequinas também reduzem a expressão gênica da
proteína JNK e do fator de transcrição AP-1, ativados pelo TNF- α. (SERISIER et al., 2008;
TSUNEKI et al., 2004)

18
Celulite e Flacidez na Fitoterapia | UNIDADE iii

1.3.2.3. Cereus Sp (Koubo)

É um ativo natural com ação moderada do apetite, lipolítica, hipocolesterolênica,


diurética e antioxidante. Atribui-se seus efeitos a betalaína e indicaxantina presente no
extrato de Koubo, além da perda de peso devido à eliminação de líquidos em excesso
e de toxinas, ao mesmo tempo em que preserva e repõe os minerais. (GUEDES et al.,
2009; DA SILVA et al., 2008).

A tiramina e a N-metiltiramina são consideradas marcadores da espécie, que ao sofrerem


hidroxilação, originam dopamina, neurotransmissor endógeno da noradrenalina e
adrenalina (catecolaminas), que atuam como agonista de receptores b3, estimulando
a liberação do glucagon, desencadeando o processo de quebra de gordura (lipólise).
(GUEDES et al., 2009; DA SILVA et al., 2008)

1.3.2.4. Rubus idaeus (Framboesa – Raspberry)

Segundo Wang et al., (2012) os efeitos da Rubus idaeus são:

» efeito lipolítico e redução de peso corporal em ratos e camundongos;

» redução de esteatose hepática induzida por dieta hiperlipídica em ratos;

» melhora da circulação;

» aumento da adiponectina no tecido adiposo;

» ação antioxidante e aumento da resistência capilar (rico em flavonoides).

Doses usuais: de 50 a 300 mg

1.3.2.5. Crocus sativus L (Açafrão verdadeiro)

O açafrão verdadeiro contém carotenoides (crocinas), lactonas sesquiterpênicas


(picrocina), óleo essências (safranal e cineol), triterpenos pentacíclicos (derivados do
ácido oleanoico) e flavonoides.

Efeitos (SHEMSHIAN et al., 2014):

» anti-inflamatório;

» antidepressivo (comparado à fluoxetina);

» redução dos sintomas da TPM;

» anti-hipertensivo;

» efeitos cardiovasculares (redução da oxidação de lipoproteínas plasmáticas);

19
UNIDADE iii | Celulite e Flacidez na Fitoterapia

» Alzheimer;

» melhora da memória;

» lipólise (aumento do metabolismo hepático - enxaqueca).

Apesar de seus diversos efeitos benéficos já documentados, sua toxicidade é alta,


principalmente para o fígado, portanto, doses altas devem ser evitadas, bem como seu
uso prolongado.

Doses usuais: de 30 a 50 mg dia (depressão, TPM, melhora da memória).

1.3.2.6. Aronia melanocarpa (Chokeberry)

Recentemente os efeitos benéficos do consumo de suco orgânico chokeberry (JOC) no


tratamento da celulite foram investigados (SAVIKIN et al., 2014). Vinte e nove mulheres
com idade entre 25-48 com um grau de celulite 2 de acordo com a escala Nurnberger-
Muller consumiram 100 ml do suco ao dia, durante 90 dias. Os resultados indicaram
uma redução do tecido subcutâneo de ± 1.9 mm em 97% das mulheres e redução do
edema em 55,2%. Essas evidências indicam que o suco orgânico chokeberry (Aronia
melanocarpa) pode contribuir significativamente no tratamento da celulite.

1.3.3. Ação antioxidante e anti-inflamatória

1.3.3.1. Açafrão (Curcuma longa)

O açafrão (Curcuma longa) possui várias atividades farmacológicas documentadas,


sendo a hipoglicemiante uma delas. Em coelhos diabéticos, a incorporação de 0,5% de
curcumina em um período de 8 semanas produziu redução não apenas da glicemia,
mas também do colesterol, triglicerídeos e fosfolipídios do sangue. A curcumina modula
alvos moleculares como o NF-kB e consequentemente a indução dos genes induzidos
por este fator de transcrição como mediadores inflamatórios. (BABU; SRINIVASAN, 1998;
SIDHU et al., 1999)

1.3.3.2. Gengibre (Zingiber officinale)

Potencial atividade moduladora da insulina foi identificada em estudos com o suco de


gengibre (gengibre fresco) em ratos diabéticos tipo I, produzindo o aumento dos níveis
de insulina e o decréscimo dos níveis de glicose rápida plasmática. Os efeitos estão
ligados aos receptores do tipo 5-HT (envolvido no controle da glicemia). O gengibre
possui potencial efeito antiglicante. O 6-gingerol bloqueia a translocação da subunidade
do NF-kB do citoplasma para o núcleo e, consequentemente, a indução dos genes
induzidos por este fator de transcrição como mediadores inflamatórios. (SARASWAT
et al., 2010; AKHANI et al., 2004; AL-AMIN et al., 2006)

20
Celulite e Flacidez na Fitoterapia | UNIDADE iii

Posologia indicada na literatura de referência (BOORHEM; LAGE, 2009; HUANG, 1999;


PANIZZA, 2012):

» Decocção: de 0,5 a 1 g (1 a 2 col de café) em 150 ml de água, 1 xícara de chá de


2 a 4 vezes ao dia (RDC n. 10/2010 - ANVISA).

» Extrato seco: uma dose de 125 a 250 mg, 2 a 4 vezes ao dia.

» Tintura 20%: de 15 a 25 gotas, 2 a 4 vezes ao dia, em água.

1.3.3.3. Chlorella pyrenoidosa (Chlorella)

A Chlorella apresenta efeito destoxificante, imunoestimulante, ajuda na recuperação


de tecidos lesados, melhora processos digestivos e apresenta ação anti-inflamatória
(inibe expressão de mediadores pró-inflamatórios), antifúngica, antiaterogênica (reduz
lipoperoxidação) e antioxidante.

Doses normalmente utilizadas (ALONSO, 1998; BOORHEM; LAGE, 2009):

» De 1 a 10 gramas ao dia para adultos.

» Planta em pó: ingerir 2 a 3 cápsulas de 500 mg 2 vezes/dia.

Deve-se começar com doses menores e ir gradualmente aumentando. Essas algas


apresentam ação nutritiva destoxificante, portanto, a dose deve ser estabelecida de
acordo com cada caso.

1.3.3.4. Syzygium aqueum (Jambu)

Syzygium aqueum é uma espécie da família Myrtaceae, comumente chamado de


jambu de água, é nativo da Malásia e Indonésia. Está bem documentado como planta
medicinal, e várias partes da árvore são usadas na medicina tradicional, por exemplo,
como um antibiótico. O extrato da folha de S. aqueum apresenta uma composição
significativa de compostos fenólicos. O extrato apresenta atividade antioxidante e
também exibiu outras atividades, considerando-o um ingrediente cosmético ideal.
Observou-se, in vitro, efeito de inibição da tirosinase e capacidade para provocar a
ativação da lipólise dos adipócitos (células de gordura). Além disso, o extrato não
foi citotóxico para as linhagens de células utilizadas em estudos e foi demonstrado
que tem boas propriedades cosmecêuticas. Portanto, a utilização desse extrato,
isolado ou em combinação com outros princípios ativos, é de grande interesse para
a indústria de cosméticos. (PALANISAMY et al., 2011)

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UNIDADE iii | Celulite e Flacidez na Fitoterapia

1.3.3.5. Vaccinium myrtillus (Mirtilo)

Efeitos (KALUF, 2008):

» Antioxidante e vasorregulador.

1.3.4. Redução do edema e da permeabilidade capilar

1.3.4.1. Hibiscus (Hibiscus sabdariffa)

O hibiscus possui atividade diurética e favorece a digestão lenta e difícil. Além disso,
devido à presença de ácidos orgânicos, possui ação levemente laxante. Em cultura de
células estimulada por uma mistura de hormônios, o hibiscus inibiu significativamente
o acúmulo de partículas de gordura. (KIM et al., 2007)

Posologia indicada na literatura (PANIZZA, 2012):

» Infusão: utilizar 3 g (1 colher de sopa) da planta seca em 150 ml de água (1 xícara


de chá). Utilizar 3 vezes ao dia.

» Tintura: 75 gotas, 3 vezes ao dia, em meio copo de água.

1.3.4.2. Borago officinales (Borragem)

Os principais efeitos relacionados à borragem é a ação diurética (melhora a filtração


glomerular e a excreção urinária), efeito anti-inflamatório e redução do acúmulo de
gordura corporal por meio do aumento da expressão gênica da proteína desacopladora
1 no tecido adiposo marrom.

Posologia indicada na literatura de referência (HOFFMAN, 1987):

» Infusão: 2 colheres de 5 ml cheias de planta seca para uma xícara de água fervente,
3 vezes ao dia.

» Tintura: 1 a 4 ml, 3 vezes ao dia.

1.3.4.3. Centella asiatica (Centela)

A centela apresenta ação anti-inflamatória e melhora a insuficiência venosa, além de


exercer efeito no tropismo dos tecidos conjuntivos e favorece a cicatrização de feridas.

Posologia indicada na literatura de referência (BRITISH HERBAL PHARMACOPOEIA,


1983):

» Folha desidratada: 0,6 g, na forma de infusão, 3 vezes ao dia.

22
Celulite e Flacidez na Fitoterapia | UNIDADE iii

1.3.4.4. Aesculus hippocastanum (Castanha-da-Índia)

A castanha-da-Índia contém principalmente cumarinas, flavonoides, saponinas, taninos.


Seus principais efeitos são a melhora do edema e da microcirculação, redução da
fragilidade capilar e da insuficiência venosa (hemorroidas e varizes).

A castanha-da-Índia pertence à família Hippocastanaceae e suas sementes apresentam,


principalmente, os seguintes constituintes: cumarinas, flavonoides (canferol, quercetina,
isoquercetina e rutina são os principais), saponinas (escina de 3% a 10%), taninos,
além de alantoína, aminoácidos adenina, adenosina e guanina, ácido cítrico, colina e
fitoesterol. (BARNES, 2012)

Seu uso tradicional está relacionado ao tratamento de varizes, hemorroidas, flebite,


diarreia, febre e aumento da próstata. A German Commission E aprovou o seu uso para
o tratamento da insuficiência venosa crônica nas pernas. (BLUMENTHAL et al., 1998)

Estudos in vitro e in vivo documentaram efeitos anti-inflamatórios e aumento do tônus


venoso induzido por escina associado a um aumento da síntese de PGF2α (prostaglandina
relacionada à contração nesse tecido) no tecido venoso. (FARNSWORTH; CORDELL, 1976;
VOGEL et al., 1970; LONGIAVE et al., 1978)

Diversos ensaios clínicos validaram o efeito do extrato da semente de Aesculus


hippocastanum em pacientes com insuficiência venosa crônica. Uma análise sistemática
reuniu 17 ensaios duplo-cegos randomizados e controlados que aplicaram o extrato
para insuficiência venosa e compararam com grupos placebo e com o medicamento
de referência (O-β-hidroxietilrutosídeos, picnogenol). Os ensaios utilizaram o extrato
equivalente a 50 - 150 mg de escina ao dia, durante 2 a 16 semanas e mostraram
redução quanto à dor nas pernas, edema e prurido resultantes de insuficiência venosa
crônica. Quando comparado com o medicamento de referência, o extrato da semente
de Aesculus hippocastanum teve a mesma eficácia no alívio dos sintomas. (PITTLER et
al., 2006)

Posologia indicada na literatura de referência (BLUMENTHAL et al., 2000; BRASIL, 2010b;


PANIZZA et al., 2012):

» Tintura: ingerir 20 a 30 gotas em ½ xícara d’água (100 ml) após o café da manhã
e o jantar.

» Decocção: 1,5 g (1/2 col sopa) em 150 ml (xíc chá). Utilizar 1 xícara de chá, 2 vezes
ao dia, logo após as refeições.

23
UNIDADE iii | Celulite e Flacidez na Fitoterapia

1.3.4.5. Equisetum arvense (cavalinha)

A cavalinha apresenta ação diurética, remineralizante (silício, potássio, magnésio,


alumínio, cálcio, flúor, fósforo, sódio) e adstringente. (PANIZZA et al., 2012)

Posologia indicada na literatura (BOORHEM; LAGE, 2009; BRASIL 2009d):

» Infusão: 3 g (1 col sopa) em 150 ml de água, de 2 a 4 vezes ao dia.

1.3.4.6. Ruscus aculeatus (Gilbarbeira)

Efeitos (SHULZ et al., 2002):

» Altera a permeabilidade vascular, melhorando o edema, incrementa a função renal


e venosa.

1.3.4.7. Melilotus officinalis (Trevo cheiroso)

Efeitos (KALUF, 2008):

» Aumenta a drenagem linfática, diminui a permeabilidade capilar e estimula os


histiócitos do tecido conjuntivo.

1.3.4.8. Taraxacum officinale (dente-de-leão)

O Taraxacum officinale pertence à família Asteraceae e seu rizoma, flores, inflorescência,


sementes são muito utilizadas na medicina popular. Os principais efeitos relatados são
para o tratamento da dispepsia, azia, distúrbios no baço e fígado (hepatite), anorexia,
inflamações, câncer de mama e útero.

O dente-de-leão é rico em terpenoides e princípios amargos (principalmente


taraxacin e taraxacerin), além de conter compostos esteroides, incluindo beta-amirina,
taraxasterol e etaraxero que estão relacionados com a bile; um terpeno antialérgico
(desacetylmatricarina); polissacarídeos (principalmente fructosanos e inulina) e pequenas
quantidades de pectina, resina, mucilagem e flavonoides. Em toda a planta são
encontrados os ácidos hidroxicinâmicos, chicórico, monocafeil-tartárico e clorogênico
e a cumarina nas folhas. Além disso, o Taraxactun officinale também é fonte de clorofila e
uma variedade de vitaminas e minerais, tais como β-caroteno, vitaminas C e D, vitaminas
do complexo B, colina, silício, ferro, sódio, magnésio, potássio, zinco, cobre, manganês
e fósforo.

Choi et al. (2010), em estudo realizado com coelhos alimentados com uma dieta
hipercolesterolêmica, demonstraram que o uso da folha e raiz de Taraxacum officinale

24
Celulite e Flacidez na Fitoterapia | UNIDADE iii

aumenta a atividade da glutationa, da glutationa peroxidase e a superóxido dismutase.


Por outro lado, a atividade da enzima glutationa S-transferase diminuiu com o uso da
raiz, bem como da catalase. No que diz respeito à peroxidação lipídica no fígado, o
tratamento com a raiz do dente de leão resultou em redução significativa no nível de
TBARS (um produto da peroxidação lipídica), mas o mesmo não ocorreu com a folha.
Outros estudos confirmam o efeito do dente-de-leão sobre o aumento da atividade
da glutationa, com consequente diminuição da peroxidação lipídica hepática. (PARK
et al., 2010)

O efeito protetor do extrato de raiz de dente-de-leão foi testado em lesões hepáticas


induzidas por álcool in vivo e in vitro. Em células hepáticas tratadas com etanol 39% na
presença do extrato aquoso de raiz de dente-de-leão (TOH), nenhum dano foi observado,
enquanto que o extrato alcoólico de dente-de-leão (TOE) não apresentou atividade
hepatoprotetora potente. No mesmo estudo, os camundongos que receberam TOH
(lg/kg de peso corporal/dia) apresentaram uma redução significativa de transaminases
hepáticas e aumento das atividades antioxidantes das enzimas catalase, glutationa
S-transferase, glutationa, glutationa peroxidase e glutationa redutase, além de
apresentarem melhora nos níveis de malondialdeído. Os autores concluíram que a
administração de TOH protegeu contra a hepatotoxicidade induzida pelo etanol. Esses
resultados sugerem que o extrato aquoso de dente-de-leão tem ação hepatoprotetora
contra a toxicidade induzida pelo álcool, elevando o potencial antioxidante e diminuindo
a peroxidação lipídica. (YOU et al., 2010)

Por outro lado, outros estudos em linhagem de hepatoma humano Hep G2, relatam
evidências de citotoxicidade e produção de citocinas (fator de necrose tumoral
(TNF)-alfa e interleucina (IL)-1 alfa) em comparação aos controles. Além disso, a
apoptose de células Hep G2 foi fortemente induzida, pelo aumento da quantidade
de TNF-α e IL-lα. (KOO et al., 2004)

» Contraindicações: de acordo com a ANVISA o uso desse fitoterápico deve ser


evitado na presença de obstrução dos ductos biliares e do trato intestinal.

O dente-de-leão apresenta ação anti-inflamatória e diurética (melhora a filtração


glomerular e a excreção urinária), estimula o metabolismo hepático e linfático,
atua na produção de óxido nítrico e, portanto, estimula a lipólise. Seus principais
constituintes são ácidos e fenóis (ácido cafeico, ácido clorogênico), cumarinas;
flavonoides minerais (potássio).

Posologia indicada na literatura de referência (BRADLEY, 1992; BRITISH HERBAL


PHARMACOPOEIA, 1983, BOORHEM; LAGE, 2009; BRASIL, 2011):

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UNIDADE iii | Celulite e Flacidez na Fitoterapia

» Folha seca: 4 a 10 g, na forma de infuso, 3 vezes ao dia.

» Folha, extrato líquido: 4 a 10 ml (1:1), 3 vezes ao dia.

» Raiz, tintura: 5 a 10 ml (1:5) 3 vezes ao dia.

» Decocção da raiz: 3 a 4 g (3 a 4 col de chá) em 150 ml de água. Utilizar 1 xícara 3


vezes ao dia.

1.3.4.9. Echinodorus macrophyllus (Chapéu de couro)

Efeito (GILBERT et al., 2005):

» Redução de edemas por retenção de líquido e processos inflamatórios.

1.3.5. Fitoterápicos termogênicos

Os termogênicos são outro recurso que pode ser utilizado para aumento do gasto
energético e, consequente redução do tecido adiposo.

O tecido adiposo marrom (TAM) é especializado para o gasto de energia, um processo


chamado termogênese adaptativa. Estudos recentes demonstraram a existência de
TAM metabolicamente ativo em seres humanos adultos. Além disso, diversas evidências
recentes indicam que reduzidos tamanhos de TAM estão presentes em indivíduos com
maior adiposidade, sendo negativamente correlacionada com o índice de gordura
corporal e gordura visceral (VIRTANEN et al., 2009). O aumento da quantidade ou da
atividade do TAM tornou-se uma grande promessa para o tratamento da obesidade e
suas doenças associadas.

A prevalência do TAM diminui com a idade, sendo mais de 50% aos vinte anos e menos
de 10% aos cinquenta e sessenta anos. É muito provável que a diminuição da atividade
do TAM esteja associada ao acúmulo de gordura corporal que ocorre com o avançar
da idade. (YONESHIRO et al., 2011)

No tratamento da celulite, a redução de gordura corporal é uma etapa importante e o


uso de fitoterápicos com efeito termogênico é uma conduta a ser considerada.

Um número grande de compostos ativos e plantas medicinais tem sido proposto


como ferramentas para aumentar o gasto energético e reduzir a gordura corporal. Os
principais são:

» cafeína e outras metilxantinas;

» agonistas de receptores β2-adrenérgicos;

26
Celulite e Flacidez na Fitoterapia | UNIDADE iii

» polifenóis do chá verde;

» capsaicinoides e capsinoides.

Principais efeitos celulares relacionados ao uso de termogênicos:

» atividade de catecolaminas;

» ativação enzimática;

» ativação mitocondrial da beta-oxidação;

» ativação das proteínas desacopladores (UCP´s).

A seguir está uma relação de plantas que apresentam efeito termogênico e suas
características.

1.3.5.1. Undaria pinnatifida (fucoxanthina)

Existem cerca de 6.000 espécies de algas divididas em três classes principais: verdes
(clorofíceas), vermelhas (rodofíceas) e marrons (feofíceas). As algas foram colhidas
durante séculos em muitos países, especialmente na Ásia, para várias utilizações. A
fucoxantina é um dos principais carotenoides presentes nos cloroplastos das algas
marrons, sendo o mais abundante de todos os carotenoides e desempenhando um papel
importante no processo de fotossíntese. (MIYASHITA et al., 2011; MATSUNO et al., 2001)

O teor de lípidos das algas é relativamente baixo, porém os lípidos de algas castanhas
contêm muitos tipos de compostos bioativos, tais como PUFAs, ômega-3, fucoxantina,
fucosterol e polifenóis. Entre esses, a fucoxantina tem se destacado nos últimos anos,
pois muitos estudos recentes indicam que sua ingestão promove importante efeito
anti-obesogênico e anti-diabético. (SHAHIDI, 2008)

Ratos que receberam suplementação de lipídios da Undaria pinnatifida, apresentaram


redução do tecido adiposo branco, além de prover aumento da expressão gênica
da proteína UCP1 em WAT. Esse resultado indicou que a fucoxantina pode regular
positivamente a expressão de UCP1 em WAT, sugerindo que a sua ingestão pode
contribuir para a redução de peso corporal, impulsionando o desenvolvimento de mais
pesquisas. (MAEDA et al., 2005)

Em 2009, Woo e cols. investigaram em camundongos com obesidade induzida por


dieta rica em gordura (20% de gordura, peso/peso) os efeitos anti-obesogênicos de
fucoxantina. Os camundongos foram dividos em três grupos experimentais, o primeiro
grupo recebeu somente a dieta, o segundo recebeu a dieta acrescida de 0,05% de

27
UNIDADE iii | Celulite e Flacidez na Fitoterapia

fucoxantina e o terceiro recebeu dieta acrescida de 0,02% de fucoxantina durante 6


semanas. Os resultados indicaram redução do peso corporal, da gordura visceral e
tamanhos dos adipócitos, além do aumento da expressão de mRNA UCP-1 e UCP-3
em tecido adiposo marrom e de UCP-2 no tecido adiposo branco. (WOO et al., 2009)

Recentemente, um estudo duplo-cego, placebo-controlado, randomizado, realizado com


151 mulheres em pré-menopausa com estatose hepática não alcoólica, confirmou os
resultados já obtidos em experimentos realizados com animais. Os resultados revelaram
que a ingestão diária de 600 mg do extrato de Undaria pinnatifida, contendo 2.4 mg
de fucoxantina e óleo de romã, por 16 semanas, promoveu redução de peso corporal,
gordura corporal e hepática, melhora do perfil lipídico e aumento do gasto energético.
(ABIDOV et al., 2010)

1.3.5.2. Coleus forskohlii (Forskolin)

É uma planta indígena que pertencente à família Labiatae e cresce em regiões áridas e
semiáridas da Índia e Tailândia. Forskolin é um extrato que contém no mínimo 10% de
Forskolin, um composto diterpênico encontrado nas raízes de Coleus forskohlii.

Alguns estudos evidenciaram um aumento da utilização da gordura corporal, da taxa


metabólica basal e regulação da resposta termogênica com o uso de Forskolin. Em
animais, Forskolin promoveu diminuição significativa da ingestão de alimentos. (GODARD
et al., 2005; HANLK et al., 2005)

Godard e cols. (2005) em estudo controlado por placebo, randomizado, duplo-cego


examinaram o efeito do Forskolin sobre a composição corporal, a testosterona, a taxa
metabólica e pressão arterial em homens com sobrepeso e obesidade (IMC ≥ 26 kg/m2).
Trinta homens foram divididos em dois grupos, Forskolin (n=15) e placebo (n=15).
O grupo tratado recebeu 250 mg do extrato a 10% de Coleus forskohlii durante 12
semanas. Após o período de tratamento foi observada uma significativa redução de
gordura corporal no grupo tratado com Forskolin, quando comparado ao placebo. Além
disso, os autores relatam uma tendência ao aumento de massa magra e níveis séricos
de testosterona, porém sem diferença estatística.

Outro grupo de pesquisadores analisou os efeitos da suplementação Coleus forskolhii


sobre a composição corporal em mulheres com sobrepeso. As mulheres receberam 250
mg do extrato a 10% de Coleus forskohlii (n=7) ou placebo (n=12), duas vezes ao dia,
durante 12 semanas. Os autores concluíram que não houve diferença significativa entre
os dois grupos de mulheres em relação ao peso e gordura corporal ou em termos de
média de consumo diário de energia, gordura, carboidrato e proteína. (HENDERSON
et al., 2005)

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Celulite e Flacidez na Fitoterapia | UNIDADE iii

As evidências sobre C. forskohlii como um supressor do apetite e perda de peso são


inconsistentes. Dessa forma, é necessário uma maior quantidade de pesquisas sobre o
assunto para elucidar a farmacoterapia e bioatividade do extrato.

1.3.5.3. Aframomum melegueta (grão-do-paraíso)

Aframomum melegueta é uma espécie da família do gengibre (Zingiberaceae). Na


nomenclatura popular é denominado como grãos-do-paraíso, pimenta melegueta,
aligátor e grãos de pimenta da Guiné. (AKENDENGUE et al., 1994)

Melegueta é comumente empregado na culinária do Ocidente e do Norte da África,


onde tem sido tradicionalmente importado por meio de rotas de caravanas pelo deserto
do Saara, e de onde foram distribuídos para a Sicília e Itália. Os italianos chamaram de
“grãos-do-paraíso” devido ao alto valor do produto, bem como o sigilo de seu país
de origem. A Europa adquiriu um gosto para o tempero como um substituto para a
pimenta real. (AKENDENGUE et al., 1994)

Suas sementes são utilizadas como um tempero para aromatizar alimentos e tem
uma ampla gama de utilizações terapêuticas, tais como, para o tratamento de dores
de estômago, diarreia e picada de insetos, analgésico e anti-inflamatório periférico.
(AKENDENGUE et al., 1994)

Aframomum melegueta é rica em compostos pungentes não voláteis, como 6-paradol,


6-gingerol, 6-shogaol e outros compostos relacionados. Assim como a capsaicina,
esses compostos ativam TRPV1 (Receptor de Potencial Transitório do tipo Vaniloide 1),
aumentando o gasto energético por meio da ativação do BAT em​​seres humanos e ratos.
(YONESHIRO et al., 2012; ONO et al., 2011)

Estudo realizado em ratos revelou que a administração intragástrica de um extrato


alcoólico de Aframomum melegueta ou de 6-paradol, composto pungente isolado da
semente, promoveram efeito simpaticomimético dose-dependente. A administração
do 6-paradol isolado promoveu aumento da temperatura no tecido adiposo marrom,
indicando que ele é um dos compostos responsáveis pela ação termogênica de
Aframomum melegueta. (IWAMI et al., 2011)

Sugita e cols. (2013) realizaram um estudo duplo-cego, controlado por placebo,


com o objetivo de avaliar o efeito do extrato de Aframomum melegueta sobre o
gasto energético. Após análise tomográfica realizada com protocolo específico para
identificação de tecido adiposo marrom, 19 voluntários saudáveis do
​​ sexo masculino com
idade entre 20 e 32 anos foram divididos em quatro grupos: BAT positivo (indivíduos que
apresentavam tecido adiposo marrom) + placebo, BAT positivo + 40 mg de extrato, BAT

29
UNIDADE iii | Celulite e Flacidez na Fitoterapia

negativo (indivíduos que não apresentavam tecido adiposo marrom) + placebo e BAT
negativo + 40 mg de extrato. Em um segundo momento, os extratos e placebo foram
administrados aos grupos experimentais e a análise do gasto energético foi realizada
por calorimetria indireta até 2 horas após a administração. Os resultados demostraram
que a administração de 40 mg do extrato de Aframomum melegueta aumentou o gasto
energético, porém, somente no grupo BAT positivo. Tais resultados sugerem que o
extrato pode ser uma ferramenta potencial para aumentar a termogênese no tecido
adiposo marrom.

O mesmo grupo de pesquisadores, em estudo cego, randomizado e controlado por


placebo realizado com 19 voluntárias do sexo feminino não obesas com idades entre
20 a 22 anos, avaliou o efeito da ingestão oral do extrato de Aframomum melegueta
sobre o peso e a gordura corporal. O extrato (30 mg/dia, 1 dose de 10 mg antes
das principais refeições) ou placebo foi ingerido pelo grupo de mulheres durante
quatro semanas. Os resultados indicaram que ambos os grupos não tiveram alteração
do conteúdo de gordura subcutânea, porém houve redução de gordura visceral
e aumento do gasto energético no grupo tratado com o extrato de Aframomum
melegueta. (SUGITA et al., 2014)

Até o momento, as evidências científicas indicam que o extrato de “grãos-do-paraíso”


pode ser uma promissora e eficaz ferramenta para aumentar o gasto energético e reduzir
a gordura corporal, porém mais estudos devem ser realizados para estabelecer doses
seguras e eficazes para humanos.

1.3.5.4. Pausinystalia yohimbe (Ioimbina)

Árvore nativa da África Central, Pausinystalia yohimbe pertencente à família Rubiaceae,


gênero Pausinystalia L. A ioimbina, um antagonista do receptor alfa-2, é o principal
constituinte ativo da casca da Pausinystalia yohimbe. Utilizada inicialmente como uma
droga para disfunção erétil, a ioimbina passou a ser introduzida em suplementos para
emagrecimento e melhora da performance esportiva. (ERNEST; PITTLER, 1998; OSTOJIC,
2006; PITTLER et al., 2005)

Os riscos envolvidos no uso da ioimbina já foram bem documentados pela comunidade


científica. Estudos alertam para seus efeitos adversos, que incluem a hipertensão, a
ansiedade e agitação. Há também relato de caso de dor de cabeça aguda grave e
hipertensão. (ERNEST; PITTLER, 1998; PITTLER et al., 2005)

Em 2007/2008, o Centro Nacional para Medicina Complementar e Alternativa (NCCAM)


constatou que, de acordo com os estudos disponíveis até o momento, não se sabe se
a ingestão de ioimbina pode afetar a saúde de alguma maneira e, portanto, não existe
segurança para sua utilização.

30
Celulite e Flacidez na Fitoterapia | UNIDADE iii

Tabela 7. Outros fitoterápicos com efeito termogênico.

FITOTERÁPICO EFEITO
Aumento da taxa de oxidação de gordura durante um período de
Camelia sinensis (Chá verde) 24 horas após a ingestão. Tais efeitos estão relacionados ao EGCG
e não à cafeína.
Aumento do gasto energético basal e redução de gordura
Capsaicina (chili pepper, cayenne)
corporal.
Redução de gordura corporal e visceral. Aumento do gasto
Aframomum melegueta (grãos-do-paraíso)
energético.
Como efedra, Citrus aurantium contém alcalóides que são
Citrus aurantium (Laranja amarga) agonistas adrenérgicos. Os efeitos já indicados pela litertura são
aumento do gasto energético, da termogênese e da lipólise.

Fontes: HURSEL et al., 2011; MAEDA et al., 2007; HAN et al., 2005.

1.3.6. Obstipação e permeabilidade intestinal

Por fim, outro ponto importante a ser cuidado no tratamento da hidrolipodistrofia


ginoide é o funcionamento intestinal. Lembrando que o intestino também é uma via de
eliminação de xenobióticos, não podemos esquecer de que auxilia a regular o trânsito
intestinal do paciente e reduz a permeabilidade.

A constipação do intestino é um sintoma frequente que afeta entre 2% e 27% da


população de países ocidentais, dependendo do grupo estudado, sendo mais frequente
em mulheres e idosos (COFRE et al., 2008). O critério mais utilizado para definição de
constipação crônica são os critérios de Roma II, com a presença de dois ou mais dos
seguintes sintomas, por pelo menos 12 semanas (não necessariamente consecutivas)
nos últimos 12 meses (LOCKE et al., 2000):

» esforço excessivo em mais de 25% das evacuações intestinais;

» fezes duras ou muito volumosas em mais de 25% das evacuações;

» sensação de evacuação incompleta em mais de 25% das vezes;

» sensação de bloqueio ano-retal em mais de 25% das evacuações;

» necessidade de manobras manuais para facilitar a evacuação em mais de 25%


das vezes;

» menos de 3 evacuações semanais;

» critérios insuficientes para diagnosticar a síndrome do intestino irritável.

Para tratamento da constipação, a ingestão de água, o uso de pré e probióticos para


restauração da microbiota intestinal e o consumo adequado de fibras são fundamentais.
A fitoterapia pode ser bastante útil visto que diversas matérias-primas vegetais possuem
ação laxativa e prebiótica. Laxantes fazem parte da lista de medicamentos mais utilizados

31
UNIDADE iii | Celulite e Flacidez na Fitoterapia

pelos pacientes sem prescrição médica e, portanto, frequentemente são utilizados


de maneira inadequada e de forma abusiva. O abuso no uso de laxante, sendo eles
compostos por plantas medicinais ou não, pode causar efeitos indesejáveis, como
desequilíbrio eletrolítico e da composição bacteriana intestinal, desordens da motilidade
e pseudomelanose coli, uma alteração colônica benigna. (CASASNOVAS et al., 2011)

Os laxantes podem estimular o peristaltismo intestinal, como as espécies vegetais que


contém derivados antraquinônicos que alteram a motilidade colônica, acelerando o trânsito
intestinal; e alteram a absorção colônica e secreção resultando no acúmulo de fluidos.

É importante ressaltar que os antranoides provocam a destruição das células epiteliais


por meio de perdas celulares, reduzem as criptas mucosas e aumentam a proliferação
celular, levando a mudanças na absorção, secreção e motilidade. Portanto, não devem
ser utilizados com frequência ou de forma crônica.

Tabela 8. Plantas medicinais utilizadas no tratamento da obstipação por efeito estimulante


do peristaltismo intestinal.

PLANTA (NOME FAMÍLIA/PARTE


EFEITOS/CONTRAINDICAÇÕES
POPULAR/CIENTÍFICO) UTILIZADA
Efeito laxativo:
- Os componentes responsáveis por esse efeito são aloinas A
e B, emodina e antraquinonas livres como aloe emodina.
- Melhor efeito terapêutico é obtido a partir do uso do gel
fresco da planta, mas o uso do gel estabilizado processado a
frio consegue manter as mesmas propriedades benéficas.
Contraindicações:
- O aloe vera pode reduzir os níveis glicêmicos e isso pode ser
Liliaceae/ Seiva das especialmente perigoso em pacientes que tomam medicações
Aloe vera/ Aloe barbadensi
folhas hipoglicemiantes.
- Em pacientes com uso de medicamentos glicosídicos para o
coração devido à depleção de potássio.
- O aloe vera inibe o tromboxano A2 e prostaglandinas, e
pode reduzir a agregação plaquetária e prolongar o tempo
de sangramento, por isso deve ser suspenso antes de
procedimentos cirúrgicos.
- Alguns trabalhos ainda apontam seu efeito na indução de
abortos e estimulo à menstruação.
O conteúdo de antraquinonas do sene é de 2% a 5%
destacando-se os senosídeos a e b, também possuindo
antraquinonas livres e, portanto, apresenta efeito estimulante
do peristaltismo intestinal.
Contraindicações:
- Não há evidências de risco de câncer de cólon ou efeito
tóxico para pacientes que usam laxantes a base de extratos de
sene ou senosídeos. Porém, o uso contínuo pode até causar
Sene/Cassia angustifólia Fabaceae/ Folhas constipação paradoxal.
- O efeito colateral do uso do sene é diarreia com perda de
potássio.
- É contraindicado nas obstruções intestinais, enterites e
colites, hipocalemia.
- Não deve ser usado na gravidez, lactação e em crianças com
menos de 7 anos. Os constituintes do sene passam para o leite
materno e também podem aumentar o fluxo menstrual.

32
Celulite e Flacidez na Fitoterapia | UNIDADE iii

PLANTA (NOME FAMÍLIA/PARTE


EFEITOS/CONTRAINDICAÇÕES
POPULAR/CIENTÍFICO) UTILIZADA
- Efeitos antidiarreico ou laxante, dependendo da dose.
As doses mais altas, devido à quantidade de compostos
antraquinonicos e de antraquinonas livres, é responsável pelo
Ruibarbo/ Rheum seu efeito laxativo, no entanto, em doses pequenas (0,3 g/dia)
Polygonaceae/raiz exerce efeito antidiarreico e digestivo (por ação predominante
palmatum
dos taninos).
Contraindicação: o alto conteúdo de oxalato de cálcio não o
torna recomendável em casos de litíase renal.
A casca da frângula contém de 6% a 9% de glicosídeos de
antraquinona, entre os quais os mais importantes são a
glucofragulina A e B. Dos laxantes antraquinônicos, é o que
possui efeito mais suave.
Contraindicações:
Frângula/Frangula alnus
Rhamnaceae/Casca - Na gestação e na lactação não deve ser utilizada por mais de
Mill
2 semanas contínuas, assim como outros laxantes da mesma
classe.
- Devido à perda de potássio que pode ocorrer com uso de
doses altas por tempo prolongado, pode potencializar os
efeitos das drogas antiarrítmicas.
A cáscara sagrada contém pelo menos 8% de antranoides.
Preparações na forma de extratos e extratos líquidos são
usadas, mas não é adequado seu uso como chá devido ao seu
odor desagradável. Recomenda-se utilizá-la à noite para que
as bactérias intestinais possam converter os glicosídeos neste
período e proporcionar um efeito cerca de 8 horas depois.
Contraindicações/efeitos adversos:
- Doses acima de 8 g/dia pode provocar hipovolemia por
desidratação.
Rhamnacea/ Casca - Evitar seu uso na gestação e lactação, pois pode provocar
Cáscara sagrada/Rhamnus efeito oxitóxico, cólicas e diarreia no lactente.
dos caules e dos
purshiana
ramos - Nunca usar em processos de obstrução intestinal.
- Pode causar cólicas e diarreias dependendo da dose e da
sensibilidade de cada indivíduo.
- Outros efeitos colaterais descritos são deficiência de
vitaminas e minerais, esteatorreia, melanose do cólon e
pigmentação da urina.
- Seu uso também está contraindicado em esofagite por
refluxo, abdômen agudo, íleo paralítico, cólon irritável, doença
inflamatória intestinal, apendicite, diverticulite ou doença
diverticular do cólon.
O funcho contém óleos essenciais (2% a 6%), dos quais 50%
a 70% são constituídos de trans anetol e mais de 20% de
funchona.
Umbelliferae/ Folha, - Efeito laxativo por ter atividade estimulatória sobre a
Funcho/Foeniculum vulgare
fruto e raiz motilidade.
Efeitos adversos: não foram vistas diferenças significativas em
relação a efeitos adversos, apenas uma discreta redução de
potássio sérico durante o tratamento.

Fontes: Casasnovas et al., 2011; Thompson et al., 1999; Morales et al., 2009; Lemli, 1988; Benedicte, et al.,
2005; Alonso et al., 2004; Picon et al., 2010.

Outros laxantes podem agir como formadores de massa. São constituídos pelas fibras
naturais ou, mais recentemente, as sintéticas, e são a base para o tratamento inicial
da constipação. Os agentes formadores de massa e volume possuem efeitos laxativos
suaves de baixo risco que estimulam os efeitos fisiológicos de uma dieta rica em fibra.
Os laxantes formadores de massa apresentam também capacidade de retenção de água,

33
UNIDADE iii | Celulite e Flacidez na Fitoterapia

o que os torna úteis para tratamento sintomático de diarreia em alguns pacientes. São
amplamente reconhecidos por seu valor no controle em longo prazo do cólon irritável
e diverticulite crônica. (CARVALHO, 2005)

É importante ressaltar que é necessário ingerir os agentes formadores de massa com uma
quantidade suficiente de líquidos, para que não haja obstrução intestinal. Seu efeito não
é imediato e pode demorar de 12 a 24 horas para ocorrer. Os principais constituintes
desse grupo são as gomas e mucilagens.

Tabela 9. Plantas medicinais com efeito laxante por aumentar o volume da massa fecal.

PLANTA MEDICINAL DOSE DIÁRIA RECOMENDADA


Sementes de linho 30 g-50 g (sementes inteiras esmagadas)
Plantago 5 g-lOg (Quando utilizar a casca reduzir a dose diária para 3 g)
Agar 5 g-lOg

Fonte: adaptado de Schultz et al., 2011.

34
Capítulo 2
FITOTERAPIA EM FLACIDEZ CUTÂNEA

A flacidez é uma sequela decorrida da falta de atividade física, emagrecimento abrupto e


envelhecimento fisiológico. Também chamada de hipotonia, a flacidez se refere à perda
de tonicidade. Após a terceira década de vida, inicia-se uma progressiva e contínua
perda de massa muscular que é substituída por gordura. Esse processo é consequência
de alterações hormonais e metabólicas características da idade. As fibras da derme
se tornam mais grossas, as fibras elásticas perdem parte de sua elasticidade e há um
decréscimo gradual da gordura depositada no tecido subcutâneo. Todas essas alterações
desencadeiam o aparecimento da flacidez.

2.1. Causas da flacidez


» Genética;

» Constituição física;

» Falta de exercícios;

» Obesidade;

» Efeito sanfona;

» Má postura.

2.2. Nutrientes mais importantes no combate da


flacidez

2.2.1. Colágeno

O colágeno é uma proteína estrutural básica encontrada na matriz extracelular e nos


tecidos conectivos, representando cerca de 30% do total de proteínas no corpo humano.
(VARGAS et al., 1997)

Bioquimicamente, a molécula de colágeno é formada quase inteiramente por glicina,


que representa um terço da sequência, além de prolina e lisina. Os aminoácidos prolina e
lisina são modificados a hidroxiprolina e hidroxilina por meio de processos enzimáticos,
que requerem oxigênio, ascorbato e ferro como cofatores para as enzimas. A prolina
e hidroxiprolina são vitais para a biossíntese de colágeno, estrutura e força. (BARBUL
et al., 2008)

35
UNIDADE iii | Celulite e Flacidez na Fitoterapia

No artigo de revisão de Zagh, a autora infere o estudo de Matsuda et al., os quais


investigaram o efeito da ingestão de colágeno hidrolisado na matriz extracelular
da derme de suínos. Os autores administraram diariamente, por via oral, 0,2 g de
colágeno hidrolisado por quilo de peso, durante 62 dias, sendo comparado ao grupo
controle que recebeu água e lactoalbumina. Essa pesquisa encontrou como resultados
diâmetros e densidade de fibroblastos, bem como densidade das fibras de colágeno
significativamente maiores no grupo que recebeu colágeno hidrolisado, comparado
ao grupo controle. Os autores consideram que o efeito foi dependente de proteínas
específicas e não apenas do aumento da ingestão de aminoácidos. (MATSUDA et al.,
2006; ZAGUE et al., 2008)

Outro estudo citado nesta revisão de Zagh, foi o de Sumida et al., que avaliou o efeito
da ingestão diária de 10 g de colágeno hidrolisado sobre a hidratação da pele de 20
mulheres saudáveis de origem oriental, comparado ao grupo placebo. Foi observado uma
melhora gradual, mas não significativa, na capacidade de absorção de água durante 60
dias, no grupo suplementado com colágeno hidrolisado. O estudo ressalta que ambos
os suplementos continham adição de 0,4 g de vitamina C, sugerindo que o colágeno
tenha efeito quando associado ao ácido ascórbico. Novas pesquisas são necessárias
para comprovar esses efeitos e identificar os possíveis mecanismos de ação do colágeno
hidrolisado em relação ao tecido cutâneo. (SUMIDA et al., 2004; ZAGUE et al., 2008)

Estudo recente, realizado por Furuzawa-Carballeda et al. avaliou o efeito da adição de


1% de colágeno polimerizado em culturas de cartilagem e tecido sinovial obtidos de
indivíduos com osteoartrite de joelho. A pesquisa revelou que a adição de colágeno
induziu ao aumento da proliferação de condrócitos na cartilagem da matriz extracelular,
bem como elevação da produção de citocina anti-inflamatória (IL-10) e modulação das
citocinas pró-inflamatórias (IL-1b e TNF-alfa). Os autores concluem que é possível que
este mecanismo possa contribuir para regeneração tecidual e estabelecer regulação da
inflamação na osteoartrite. (FURUZAWA-CARBALLEDA et al., 2009)

Vários estudos demonstraram que o colágeno hidrolisado atravessa a barreira da mucosa


do intestino delgado como um peptídeo completo que não está sujeito a clivagem
enzimática, sendo difundido na corrente sanguínea, atingindo concentração máxima
em 6 h. Esse peptídeo se acumula na cartilagem tecidual, estimulando a produção de
colágeno tipo II e proteoglicanos na matriz extracelular da cartilagem. (KRUG et al., 1999)

Clark et al. (2008) avaliaram o efeito de 10 g de colágeno hidrolisado, diluído em 5


ml de líquido, durante 24 semanas, na atividade da articulação em atletas fisicamente
ativos e sem evidência de doença articular. Os resultados do estudo apontaram que
o uso de colágeno hidrolisado é seguro nos indivíduos com articulações saudáveis e

36
Celulite e Flacidez na Fitoterapia | UNIDADE iii

que possivelmente esse suplemento reduz o risco de deterioração das articulações em


grupos de alto risco. Os autores sugerem que novas pesquisas devem ser realizadas
para oferecer suporte a esses achados. (CLARK et al., 2008)

2.3. Fitoterapia

2.3.1. Utilização de óleos

Os óleos são ricos em vitamina E e ácidos graxos essências. Apresentam ação benéfica
no tratamento e prevenção da flacidez de pele por meio do seu uso tópico ou ingestão
na dieta.

2.3.1.1. Óleo de framboesa (raspberry oil) (PARRY et al., 2005)

» rico em ômega-3, ω-6 e ω-9;

» baixa razão ω-6/ω-3;

» importante ação anti-inflamatória;

» fonte de vitamina E e gama-tocopherol (ação antioxidante com função de reparar


e condicionar a pele).

2.3.1.2. Óleo de semente de abóbora (pumkin seed oil)

» rico em ácidos linoléico, oléico, palmítico e esteárico;

» fonte de vitamina E;

» importante ação antioxidante e anti-inflamatória;

» tem a capacidade de reter água, deixando a pele macia e hidratada;

» é ideal para peles secas, ásperas e danificadas, ajuda a prevenir o surgimento de


linhas finas de expressão e a atenuar as já existentes. (CAILI et al., 2006)

2.3.1.3. Óleo de macadâmia

A barreira epidérmica é uma proteção normal formada por esfingolipídios, esteróis


e ácidos graxos livres sintetizados pelas próprias células da epiderme que, por sua
natureza hidrofóbica, promove a hidratação cutânea por impedir a perda de água.
O óleo de macadâmia apresenta os seguintes benefícios (MOODLEY et al., 2007;
MAGUIRE et al., 2004):

» rico em ácidos oléico, linoléico, linolênico e palmitoléico;

» fonte de alfa-tocoferol, esqualeno, beta-sitosterol, campesterol e stigmasterol.

37
UNIDADE iii | Celulite e Flacidez na Fitoterapia

2.3.1.4. Isoflavonas da soja

Possuem propriedades antioxidantes. A isoflavona é um composto da soja, também


chamado de fitoestrogênio, sua estrutura química é semelhante ao estrógeno. São
conhecidas como fitohormônios.

2.3.1.5. Antocianinas e proantocianidinas

Alta capacidade antioxidante, principalmente para radicais superóxido e peroxil. Os


compostos antioxidantes podem entrar nas células humanas de uma maneira funcional,
agindo na extinção do oxigênio, mesmo em baixas doses. É um importante inibidor da
COX-1 e COX-2, por exemplo, o açaí. (SCHAUSS et al., 2006)

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