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ICTERÍCIA

 Maior produção da Bilirrubina


Ex: Anemias hemolíticas.
-Anemia hemolítica é quando o paciente apresentará elevação da bilirrubina,
como consequência da degradação da porção heme.

 Menor captação e no transporte de bilirrubina nos hepatócitos


Ex: Defeitos genéticos.
 Menor conjugação com o ácido glicurônico:
Ex: Carência de enzimas\ doenças genéticas.
 Menos excreção celular de bilirrubina
 Obstrução biliar intra ou extra-hepática:
Ex: Cálculos ou tumores.
 Combinação de lesões:
Ex: hepatite ou cirrose hepática.

Formação da bilirrubina conjugada:


1. O processo de hemocaterese realizado pelos macrófagos do baço, fígado e medula óssea
degrada as hemácias liberando o grupamento heme da hemoglobina.
2. Essa última sofre um processo de oxidação realizado pela enzima heme oxigenase
produzindo biliverdina.
3. A biliverdina sofre um processo de redução pela biliverdina redutase, produzindo a
bilirrubina não conjugada, a qual é exocitada pelos macrófagos para a corrente sanguínea.
4. . Ao se ligar a albumina a bilirrubina conjugada é transportada ao fígado, onde sofre o
processo de conjugação com o ácido glicurônico nos hepatócitos pela ação da enzima
glicuroniltrasnferase.

 Icterícia = Excesso de qualquer uma das duas bilirrubinas


 colúria = Excesso de bilirrubina conjugada na urina
 acolia = Falta da estercobilina nas fezes.
Como ocorrência acolia associada a presença de cálculos nas vias biliares?
A acolia ocorre como consequência da obstrução das vias biliares. Devido a não
chegada da bilirrubina conjugada ao duodeno a formação do urobilinogênio e sua
conversão em estercobilina ficam impossibilitadas.

Mulher, 36 anos, Natural de Belém\ PA, residente de Mauá há 10 anos, é atendida na


unidade de Pronto atendimento (UPA) com queixa de colúria e acolia. Aos resultados da
admissão para investigação diagnóstica, evidenciaram os seguintes resultados:
Bilirrubinas totais: 5,5 mg\dL (VR:<1,2mg\dL); bilirrubina direta: 3,8 mg\dL (VR:<0,5
mg\dL); bilirrubina indireta: 1,7 mg\dL (VR:<0,9mg\dL).

Como explicar as mudanças na pigmentação das fezes e da urina


citadas no caso?
-Dificuldade de transporte da bilirrubina direta dos hepatócitos para as vias biliares
-Diminuição da quebra de bilirrubina direta no intestino e redução na formação da
estercobilina a partir do urobilinogênio
-Hiperbilirrubinemia devido ao acúmulo principalmente de bilirrubina direta
-Aumento de bilirrubina direta na urina;

NECROSE COAGULATIVA
Causas: Isquemia
Mecanismo: Diminuição do pH>>desnaturação e coagulação enzimática
Morfologia: Área pálida, com halo hiperêmico
Microscopia: Manutenção do arcabouço tecidual
Comum nas áreas isquêmicas.

Cariólise –digestão da cromatina, desaparecimento da afinidade tintorial do núcleo a ponto de


não ser mais possível identifica-lo em colorações de rotina (ausência dos núcleos nas células).

METAPLASIA:
É uma alteração tecidual para outro de mesma linhagem
Ex: Epitélio pavimentoso não queratinizado -> Epitélio pavimentoso queratinizado
Epitélio brônquico em pavimentoso
 É uma resposta protetora\adaptativa
 Localização e etiologia:
- Esôfago e Barret
-Traquéia, brônquios, bronquíolos – ag. Químicos\físicos
-Vesícula biliar – cálculos biliares
Leucoplasia
Tecido conjuntivo -> cartilagem\osso
- Ossificação de tendões e cartilagens -ap. ortopédicos.
 A deficiência de vitamina A (ácido retinoico) induz metaplasia escamosa no
epitélio respiratório
 A metaplasia do tipo escamoso para colunar também pode ocorrer, como no
esôfago de Barrett, no qual o epitélio escamoso do esôfago é substituído por
células colunares tipo intestinais, sob a influência do refluxo do ácido gástrico.
 A metaplasia não resulta de uma alteração no fenótipo de um tipo celular já
diferenciado; ao contrário, ela é o resultado de uma reprogramação de células-
tronco que sabidamente existem nos tecidos normais ou de células
mesenquimais indiferenciadas presentes no tecido conjuntivo.

DISPLASIA:
 Alteração celular na proliferação e diferenciação
 Ocorre principalmente em epitélios
 Associadas a metaplasia
 Crescimento desordenado que pode modificar a arquitetura do tecido
 Geralmente antecede o câncer, mas podem ser reversíveis.
HEMOSTASIA:
Hemostasia primária: Está envolvida com adesão e agregação plaquetária.
A formação do tampão plaquetário. A descontinuidade do endotélio expõe o fator de
von Willebrand (vWF) e o colágeno subendotelial, que promovem a adesão e ativação
das plaquetas. A ativação plaquetária resulta em uma alteração importante de sua forma
(de pequenos discos arredondados para placas achatadas com protuberâncias
espiculadas que aumentam sensivelmente a sua área de superfície), bem como na
liberação de grânulos de secreção. Dentro de minutos, os produtos secretados recrutam
mais plaquetas, que sofrem agregação e formam um tampão hemostático primário
1. O vWF funciona como uma ponte de adesão entre o colágeno e o receptor
plaquetário Ib.
2. A agregação é realizada através de pontes de fibrinogênio entre receptores
GpIIb-IIIa de plaquetas diferentes.
3. As deficiências congênitas em várias moléculas receptoras ou de ligação cruzada
produzem doenças.
Defeitos na hemostasia primária:
 Plaquetas ou deficiência de Von Willebrand (vWF)
 Trombocitopenia (redução do número de plaquetas);
 Trombocitopatia (alterações funcionais de plaquetas);
 Capilares na pele e mucosas com formação de petéquias (até 3mm), púrpuras
(até 1cm de diâmetro);
 Podem se manifestar como epistaxe, hemorragias, gastrointestinais e menorragia
prolongada;
Hemostasia secundária: deposição de fibrina. A lesão vascular também expõe o fator
tecidual no local da lesão. O fator tecidual é uma glicoproteína pró-coagulante, envolta
por membrana, normalmente expressa pelas células subendoteliais na parede dos vasos,
como as células musculares lisas e os fibroblastos. O fator tecidual liga-se e ativa o fator
VII que desencadeia a cascata de reações que culminam na geração da trombina. A
trombina cliva o fibrinogênio circulante formando fibrina insolúvel, o que gera uma
malha de fibrina e também é um potente ativador adicional de plaquetas, que servem
para potencializar o tampão hemostático. Essa sequência, denominada hemostasia
secundária, consolida o tampão plaquetário inicial.
Defeitos nos:
 Fatores de coagulação
 O tampão não é estabilizado pela formação da fibrina, que depende dos fatores
plasmáticos da coagulação.
 Manifestação de sangramentos em tecidos moles e articulações (hemartrose);
 Pele e tecido subcutâneo equimoses (> que 1cm);
 Hemorragias em cavidades;
Deficiência congênita de fatores plasmáticos:
 Hemofilia A (defeito na produção de fator VIII)
 Hemofilia B (defeito na produção de fator IX)
VIA INTRÍNSECA: exposição de colágeno subendotelial
VIA EXTRÍNSECA: Pelo fator tecidual liberado de células lesadas.

ESTEATOSE HEPATICA:
Esteatose é o acúmulo de gorduras neutras no citoplasma de células que não as
armazena:
-Monoglicerídeos;
-Diglicerídeos;
-Triglicerídeos;
Mecanismo associado a esteatose:
o Maior ingestão de ácidos graxos ou lipólise;
o Maior síntese de ácidos graxos a partir do excesso de acetil-CoA
o Menor utilização de triglicerídeos\ácidos graxos para a síntese de lipídeos
complexos:
-Carência de fatores nitrogenados e ATP.
o Menos formação de lipoproteínas:
- Diminuição na síntese de apoproteínas.
o Prejuízo no transporte de lipoproteínas.
ETILISMO:
 Mesmo com a ingestão moderada de álcool, múltiplas gotículas de gordura se
acumulam no citoplasma dos hepatócitos (degeneração gordurosa ou esteatose
hepática).
 Quantidades moderadas de álcool (uma dose por dia) foram relacionadas com o
aumento dos níveis séricos das lipoproteínas de alta densidade (HDL) e a
inibição da agregação plaquetária, evitando, em consequência, o surgimento de
doença arterial coronariana. Contudo, o consumo abusivo de álcool, na presença
de lesões hepáticas, resulta na redução dos níveis de HDL, aumentando a
probabilidade de desenvolvimento de doença cardíaca. O etilismo crônico
também está associado ao aumento da incidência de hipertensão.

1. NAD é necessário para a oxidação de lipídeos; na sua carência, ocorre


acúmulo de lipídeos.
2. O excesso de acetil-CoA induz a síntese de ácidos graxos, que se acumulam
na célula
3. No Radicais livres causam lesão mitocondrial, reduzindo a beta-oxidação de
gorduras.
4. Radicais livres + acetaldeído interfere no transporte de lipoproteínas no
citosol.
Morfologia -> Peso aumentado; volume aumentado; amarelado; túrgido; consistência
amolecida; bordas arredondadas.

AGENTES CARCINOGÊNICOS:
Qualquer agente químico, físico ou biológico que possa causar câncer
- Tabagismo (QUÍMICO)
-Alimentos processados (QUÍMICO)
-Radiações (UV; ionizantes) (FÍSICOS)
-Infecções (vírus) (BIOLÓGICO)
-Compostos químicos(asbesto)
ETAPAS DA CARCINOGÊNESE:
Iniciação -> alterações genômicas que permitem multiplicar de modo autônomo.
Promoção-> proliferação celular
Progressão -> crescimento do tumor e aparecimento de células com potencial
metastatizaste.
Carcinógenos químicos:
o São deficientes em elétrons
o Principais alvos:
- DNA (gene RAS e gene TP53)
-RNA
-Proteínas
Carcinogênicos direto substâncias químicas que não requerem conversão metabólica
Ex: Alquilantes: doam um grupo alquila (metila ou etila); promovem erros de
replicação; usados no tratamento de câncer e como imunossupressores; aumenta o risco
de desenvolver leucemias e linfomas; mutações puntifomes no códon 12 do gene RAS.

Carcinogênicos indiretos  substâncias que requerem conversão metabólica.


Ex: Aflatoxinas: são produzidas por cepas do fungo Aspergillus flavus (cereais: arroz,
milho e amendoim); Mutação no códon 249 do gene TP53.
Carcinógenos físicos:
Radiação ultravioleta: UVB (280-320 nm) e a formação de dímeros de timina
-Ligações que distorcem a dupla hélice e causam erros na replicação do DNA
Mutações nos genes Ras e TP53.
Falha no sistema de reparo do DNA.
Radiação ionizantes: Causa a ruptura do cromossomo; translocações e mutações
pontuais.
Carcinógenos biológicos:
Vírus do papiloma humano (HPV): Vírus de DNA com tropismo pelo epitélio escamoso
da pele e de mucosa; associação com lesões displásicas e malignas do colo uterino;
Efeitos transformadores das proteínas E6 e E7 o que vai gerar uma imortalização,
aumento da proliferação celular e instabilidade genômica.
Helicobacter pylori : adenocarcinomas gástricos e dos linfomas gástricos; Maior
proliferação de células epiteliais e indução de inflamação crônica; Gene associado a
citotoxina A que vai penetrar nas células epiteliais gástricas e iniciar uma cascata de
sinalização que mimetiza a estimulação desregulada de fatores de crescimento.
● Proliferações de células B policlonais que podem dar origem a um tumor de células B
monoclonal, como resultado do acúmulo de mutações.
CARDIOPATIA ISQUÊMICA E HIPERTENSIVA
Cardiopatia isquêmica: Desequilíbrio entre o suprimento miocárdico (perfusão) e a
demanda cardíaca por sangue oxigenado.
- Ela reduz a disponibilidade de nutrientes e a remoção de resíduos metabólicos.
- Fator de risco significativo é as lesões ateroscleróticas obstrutivas nas artérias
coronarianas epicárdicas
Síndromes clínicas na cardiopatia isquêmica:
o Infarto agudo do miocárdio (IAM): no qual a isquemia causa franca necrose
cardíaca.
o Angina pectoris: na qual a isquemia não é grave suficiente para provocar
infarto mas, apesar disso, os sintomas apontam para o risco de infarto.
o Cl crônica com insuficiência cardíac.
o Morte súbita cardíaca (MSC).
o A causa dominante nas síndromes da CI é a perfusão coronariana
insuficiente em relação à demanda miocárdica; na grande
maioria dos casos, isso é decorrente de um estreitamento
aterosclerótico crônico e progressivo das artérias coronárias
epicárdicas, e de vários graus de alteração aguda da placa
sobreposta, trombose e vasoespasmo.
o Embora apenas um único vaso coronariano epicárdio principal
possa estar afetado, duas ou todas as três artérias coronárias —
a DAE, a CE e a ACD — estão frequentemente envolvidas na
aterosclerose obstrutiva.

1. A angina estável resulta de aumentos na demanda miocárdica por


oxigênio que ultrapassam a capacidade das artérias coronárias estenosadas
de elevar a passagem de oxigênio; ela geralmente não está associada à
ruptura de placas.

2. A angina instável é causada pela ruptura de placas que resulta em


trombose e vasoconstrição e leva a reduções graves, mas transitórias,
do fluxo sanguíneo coronário. Em alguns casos, microinfartos podem
ocorrer distais às placas rompidas devido à tromboembolia.

• A cardiopatia hipertensiva (CH) é uma consequência das demandas


aumentadas induzidas ao coração pela hipertensão, causando
sobrecarga de pressão e hipertrofia ventricular.
 A CH pulmonar isolada, ou cor pulmonale, se origina da sobrecarga de
pressão do ventrículo direito. O cor pulmonale crônico é caracterizado
pela hipertrofia do ventrículo direito, dilatação e, potencialmente,
insuficiência direita.

INFLAMAÇÃO AGUDA:
 leva os elementos inflamatórios, como leucócitos e proteínas plasmáticas, para a
lesão.
 As células expressam receptores na membrana plasmática (para microrganismos
extracelulares), os endossomos (para microrganismos ingeridos) e o citosol
(para microrganismos intracelulares), que permitem que as células percebam a
presença de invasores estranhos em qualquer compartimento celular. A
principal família destes receptores é as do Toll-like receptors (TLR).
 A principais aminas vasoativas que tem participação crucial na inflamação ativa
são a serotonina e histamina.
 A inflamação aguda tem três componentes principais: vasodilatação, aumento
da permeabilidade capilar e migração de leucócitos para o tecido lesado.
 No reparo tecidual está envolvido a TGF-beta e fibroblastos

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