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“CELULITE” “FEG” FIBRO

EDEMA GELÓIDE” ???


Prof. Isabela Villegas
(GUIRRO & GUIRRO, 2003; TAVARES et al., 2016)

• “Fibro edema geloide (FEG),


conhecido popularmente como
‘celulite’ ou pele com aspecto de
“casca de laranja”. Essa disfunção
afeta o tecido conjuntivo, pode ser
visualizada externamente, e apesar
do sufixo “ite”, não possui etiologia
inflamatória. Essa queixa atinge
cerca de 95% das mulheres e pode
também comprometer a saúde.”
(ANDRADE, F.R. ; SOUZA, R.C., 2020)

• “A denominação correta e adequada para essa condição ainda está


em discussão, por isso inclui diversos termos como lipodistrofia
ginoide,fibro edema geloide, paniculopatia edemo
fibroesclerótica, entre outros”
• .
(TASSINARY, J. 2019)

• “Celulite é uma palavra de origem francesa e foi introduzida na


literatura por volta de 1923 para definir uma condição de pele
ondulada e localizada, mais comum nas regiões de coxas, glúteos
e abdomem.”
O TERMO FIBRO EDEMA GELOIDE (FEG)

• É o termo mais utilizado no Brasil, mas ainda não apresenta


consenso na literatura!!

(BACELAR; VIEIRA,2006;VOLPI et al., 2009)


FEG

• É uma infiltração edematosa no tecido subcutâneo, ou seja,


devido acúmulo de líquido entre os adipócitos, assim eles
tracionam os septos fibrosos do tecido conjuntivo ocasionando as
depressões indesejáveis na estrutura da pele (MILANI et al., 2006).
• dependendo do grau do seu acometimento, ocasiona dor;
Epidemiologia

• Acomete principalmente as mulheres (90%M e 0,2%H);


• Aparece após a puberdade e tende a ser duradoura, afetando as
mulheres de qualquer etnia, de qualquer país, e sendo rara em
homens;
• Multicausal;
Fatores que influenciam o seu aparecimento
ou agravamento
• A retenção de líquido pode piorar os sinais da FEG, assim como a
alteração na oxigenação da pele, diminuição na elasticidade do tecido
conjuntivo tornando o FEG evidente (BORGES et al., 2006)
• Arquitetura do tecido conjuntivo;
• Ação do estrogênio (regulação do processo de metabolismo das gorduras,
circulação linfática e venosa, retenção de líquidos);
• Idade;
• Alterações microvasculares;
• Pré disposição genética ao acúmulo de adipócitos com distribuição
periférica;
Fisiopatologia da “celulite”

• 1. arquitetura subcutânea do tecido conjuntivo;


• 2. alterações vasculares;
• 3. Processo inflamatório
ARQUITETURA SUBCUTÂNEA DO TECIDO
CONJUNTIVO

• Diferenças anatômicas entre


homens e mulheres;
• Camada adiposa mais espessa →
aumento dos septos fibrosos
perpendiculares a superfície da
pele;
• “Fenômeno de colchão”.
ALTERAÇÕES VASCULARES

• Formação de fibrose e proliferação de fibroblastos que contornam as


células adiposas;
• Redução circulatória;
• Insuficiência metabólica tecidual;
• A região afetada pela “celulite” pode apresentar diminuição do fluxo
sanguíneo em até 35%;
ALTERAÇÕES VASCULARES

Aumento da Espessamento das


Diminuição da
quantidade e fibras colágenas
circulação e
localizadas entre
volume das adipócitos demais
drenagem dos
tecidos!
células adiposas tecidos

Aumentando o
Se o quadro Os vasos linfáticos acúmulo de líquido
sofrem um processo no tecido conjuntivo
persiste.. de compressão e aumentando a
pressão no local

Isto leva a um
fenômeno A presença de Induzindo os septos
resíduos desencadeia entre os lóbulos e
chamado uma resposta de aumento das fibras
“fenômeno de defesa... de colágeno,
bloqueio”
ALTERAÇÕES VASCULARES
INFLAMAÇÃO REINCIDENTE

• Fatores inflamatórios → septo fibroso;


• Atividade hormonal do ciclo menstrual da mulher;
• A cada ciclo menstrual → produção de colagenases e gelatinases
→ atuam no sistema reprodutor feminino e na derme!
• Colagenases na derme → destroem as fibras de colágeno!
• Gelatinase B → papel pró-inflamatório estimulando leucócitos
polimorfonucleares, macrófagos e eosinófilos.
→ Ciclo menstrual mensal

→ Processo inflamatório de destruição de colágeno

→ Enfraquecimento da derme

→ Invasão do tec adiposo subcutâneo


IMPORTANTE!

• Há evidências de que em mulheres com celulite há diminuição da


adiponectina (hormônio produzido pelos adipócitos e possui ação
anti-inflamatória, antifibrótica e vasodilatadora);

• Ainda há muita divergência sobre a presença ou não de um


processo inflamatório, porém a diminuição da adiponectina deve
ser levada em consideração!!
CLASSIFICAÇÃO
(“CELLULITE SEVERITY SCALE”) 0-3
• Número e profundidade de depressões;
• Aspecto das áreas elevadas da celulite;
• Presença de lesões elevadas;
• Presença de flacidez;
• Graus da antiga classificação
*********************************************************************************
• Leve (1 a 5 pontos);
• Moderada (6 a 10 pontos);
• Grave (11 a 15 pontos).
(SBD,2017)
CLASSIFICAÇÃO POR
Nürenberger e Müller (1978)

• Grau 0: sem alterações da superfície cutânea;


• Grau I: a superfície da área afetada é plana quando o indivíduo
está deitado ou em pé, mas as alterações podem ser vistas quando
se pinça a área com os dedos ou sob contração da musculatura
local;
• Grau II: aspecto em pele de laranja ou acolchoado é evidente
quando o indivíduo está em pé sem nenhuma manipulação
(pinçamento ou contração muscular);
• Grau III: as alterações descritas em II estão presentes e associadas
a sobrelevações e nodulações.
“FEG” / “CELULITE”

• Origem multifatorial → tratamento???


• → Fibrose?
• → Acúmulo adiposo?
• → Flacidez muscular?
• → Tônificação cutânea?
• → Edema?
RACIOCÍCIO CLINICO APLICADO

• IDENTIFICAÇÃO E MUDANÇA DO FATOR CAUSAL;


• REORGANIZAÇÃO/RESLUÇÃO DAS DISFUNCÕES JÁ INSTALADAS;
• EDUCAÇÃO DO PACIENTE PERANTE OS FATORES CAUSAIS;
• DESMISTIFICAÇÃO DO ‘MILAGRE”;
• TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO SATISFATÓRIO!!

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