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Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências Sociais e Humanidades


Curso de Ciências Económicas

Curso de Economia
Economia Industrial e de Inovação
Código - Tipo de disciplina ou módulo - Especifica

Nível da disciplina ou módulo – 4º Ano Académico – 4º

Semestre – 7º Número de Créditos – 5

Número total de horas – 148

1. Objectivos gerais da disciplina ou módulo:


 Desenvolver um contraponto da análise microeconómica tradicional mediante sua crítica e a apresentação de algumas teorias
alternativas da organização e funcionamento dos mercados, particularmente aquelas que se organizam em torno da ideia de
barreiras à entrada e que focalizam o oligopólio.
 Traçar um paralelo referente à evolução da teoria da economia industrial;
 Analisar os conceitos referentes à concentração, centralização e acumulação de capital;
 Observar as estratégias de crescimento no âmbito da economia industrial;
 Investigar a internacionalização do capital;
 Apresentar e analisar a importância da tecnologia na indústria;
 Analisar a importância das políticas públicas no contexto da economia industrial;
 Compreender a importância das fontes de informação.

3. Conteúdos da disciplina ou módulo de acordo com a seguinte tabela:

UNIDADES Conteúdo Programático

I A evolução da teoria da economia industrial

II Crescimento da firma

III Estratégias de crescimento

IV A internacionalização do capital

V Tecnologia na indústria

VI Políticas públicas

VII Fontes de informação sobre a indústria moçambicana


6. PLANO ANALÍTICO

Horas Unidade Conteúdos Estratégias Avaliação Bibliografi Obs.


Temática a
(Colocar
H. H. Actividade Activid Do tempo Do tempo número
C. E.I s das horas ades de Cont. de Trab. equivalente
de das Indep. da lista no
horas fim)
Contacto
de
Estudo
Indepe
ndente
Apresentação
da disciplina

A evolução da 1.1 Introdução -Expositivo Revisão Avaliação Avaliação 1; 2; 8;


dialogado da aula contínua somativa
teoria da 1.2 Os antecedentes da Teoria
-Aula
economia da Economia Industrial interativa
-Trabalho
industrial 1.3 O advento da teoria
independen
contemporânea te
1.4 A crítica à abordagem do
equilíbrio
1.5 Inovação e desequilíbrio
2.1 Concentração, centralização -Expositivo Avaliação Avaliação 1; 2; 8;
dialogado contínua somativa
e acumulação de capital
-Aula
2.2 O crescimento da firma. interativa
Crescimento Da -Trabalho
Firma 2.3 Objetivos e organização do
independen
crescimento das firmas. te
2.4 O mercado de produtos

3.1 Introdução -Expositivo Revisão Avaliação Avaliação 1; 2; 8;


dialogado da aula contínua somativa
3.2 O processo de destruição
-Aula
criadora interativa
-Trabalho
3.3 A diferenciação do produto
Estratégias De
independen
Crescimento e o esforço de venda te
3.4 A diversificação da
produção
3.5 A integração vertical ou
terceirização como estratégia
4.1 Introdução -Expositivo Revisão Avaliação Avaliação 1; 2; 8;
dialogado da aula contínua somativa
A 4.2 A análise neoclássica
-Aula
Internacionaliza 4.3 As ideias marxistas interativa
ção Do Capital
-Trabalho
4.4 As empresas multinacionais
independen
te
Preparação -Expositivo Avaliação Avaliação
para o teste dialogado contínua somativa
-Aula
interativa
-Trabalho
independen
te
Realização do -Expositivo Avaliação
1o teste escrito dialogado somativa
-Aula
Correção e interativa
entrega do -Trabalho
teste independen
te

Tecnologia Na -Expositivo
5.1 A estática versus dinâmica Avaliação Avaliação 1; 2; 8;
Indústria dialogado contínua somativa
5.2 Determinantes do avanço
-Aula
tecnológico interativa
-Trabalho
5.3 O learning by doing
independen
5.4 Caracterização do avanço te
tecnológico
5.5 Tipos de progresso
tecnológico
5.6 Mudanças na técnica
5.7 Avanço tecnológico e
aumento da produção

5.8 As técnicas paralelas -Expositivo Avaliação Avaliação 1; 2;7;8;


dialogado contínua somativa
5.9 Inovação e difusão -Aula
5.10 Eficiência e avanço interativa
-Trabalho
tecnológico independen
te
5.11 Avanço tecnológico em
oligopólio
5.12 O sistema de patentes

Exercício de aplicação

Políticas 6.1 Introdução -Expositivo Revisão Avaliação Avaliação 1; 2;7; 8;


Públicas dialogado da aula contínua somativa
6.2 Instrumentos de política
-Aula
industrial interativa
-Trabalho
6.3 Regulação e desregulação
independen
6.4 A empresa pública e a te
privatização
6.5 A política pública industrial
em Moçambique

Fontes De 7.1 Introdução -Expositivo Revisão Avaliação Avaliação 1; 2;7; 8;


dialogado da aula contínua somativa
Informação 7.2 Conceitos básicos nas
-Aula
Sobre A estatísticas industriais interativa
-Trabalho
Indústria 7.3 Fontes de informações sobre
independen
Moçambicana a indústria moçambicana te
7.4 Outras Fontes.
Seminarios O senario actual da Industria -Trabalho Revisão Avaliação Avaliação 1; 2;5;7;8;
Mocambicana. independen da aula contínua somativa
te
Seminarios a industria moçambicana -Expositivo Revisão Avaliação Avaliação 1; 2;5;7;8;
versus o senário dialogado da aula contínua somativa
internacional -Aula
interativa
-Trabalho
independen
te
Seminarios Desafios para a industria -Expositivo Revisão Avaliação Avaliação 1; 2;5;7; 8;
Moçambicana dialogado da aula contínua somativa
-Aula
interativa
-Trabalho
independen
te
Preparação para o segundo teste Revisão Avaliação Avaliação
escrito da aula contínua somativa

Realização do segundo teste


escrito

Total de
horas:
7. Métodos de ensino-aprendizagem:
O programa será desenvolvido através de exposições participativas, contando com o envolvimento efectivo dos alunos, através de
actividades de leituras, estudos de caso, debates, trabalhos individuais e em grupos, seminários e pesquisas.
Os temas serão abordados oralmente nas aulas teóricas. Nas aulas práticas os estudantes serão chamados a resolver exercícios de
aplicação de modo a aprofundarem os conceitos introduzidos nas aulas teóricas. Para o efeito serão previamente disponibilizadas as
correspondentes fichas de exercícios que deverão ser resolvidos ou estudados antes de cada aula prática ou seminário. Fora das
bibliografias recomendadas pelo docente, poderar-se-á preparar fichas teóricas das matérias para que o estudante venha às aulas com
algum conhecimento da matéria, possibilitando que as aulas sejam de carácter participativo pelos estudantes.
Quando se afigurar oportuno, os estudantes beneficiarão de palestras, filmes versando assuntos da actualidade nas organizações
nacional e internacional que eventualmente poderão estar relacionadas aos temas expostos nas aulas teóricas, cujos oradores serão
convidados a partir do sector real da economia para virem transmitir as suas experiências.

8. Métodos de avaliação:
O papel atribuído a avaliação em qualquer sistema de ensino esta necessariamente relacionado com as finalidades e objectivos do
próprio sistema. Nesta óptica, será usada a avaliação de diagnóstico para detectar o seu estado em relação a matéria a leccionar e para
ter uma visão das suas possibilidades e deficiências. Por outro lado, a avaliação também se realiza no decurso da unidade. De outro
lado, a avaliação formativa, implicara uma atenção constante a evolução do aluno e tem como finalidade a autocorrecção do aluno e
professor. Por último, a avaliação sumativa, referente a apreciação dos resultados finais que se pode traduzir numa classificação.

9. Língua de ensino: Lingua portuguesa


Bibliografia

1. KON, Anita. Economia industrial.São Paulo -SP: Nobel, 2003.

2. KUPFER, David; HASENCLEVER, Lia (Org.). Economia industrial: fundamentos teóricos e práticos no Brasil.Rio de
Janeiro -RJ: Campus, 2002.

3. MCGUIGAN, James R. Economia de empresa: aplicações, estratégias e táticas. Tradução de RabeloGalman; Colaboração de
Frederich H. de B. Harris, R.Charles Moyer. São Paulo -SP: Pioneira Thomson Learning, 2006.

4. MONTAÑO, Carlos. Microempresa na era da globalização: uma abordagem histórico - crítica. São Paulo - SP: Cortez,
1999. v. 69. 120 p. (Questões da Nossa Época.).

5. SANTOS, Andreia Aquino. Ciclo de vida económica das microempresas no setor de confecções no município de
Imperatriz - MA. Imperatriz - MA: [s.ed.], 2008.

6. SALINAS, Dulciliede Oliveira Gonçalves (Org.). Empreendedores maranhenses. Estudo de casos. Colaboração de Rosilene
Almeida Cardoso. São Luis - MA: SEBRAE/MA, 2006.

7. SANDRONI, Paulo. Dicionário de Economia do Século XXI. Rio de Janeiro, Recorde.

8. SOUSA, Luiz Gonzaga de. Economia Industrial. Edição digital a texto completo em eumed.net/(2005).
Beira, Fevereiro de 2024

A Docente

_________________

(Dick Alberto Maguengue)


UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE CIENCIAS SOCIAIS E HUMANIDADES

CURSO DE ECONOMIA
Economia Industrial

Resumo do Capitulo 1

Contextualização
A teoria da Economia Industrial evolui com a época, estado de arte (tecnologia) e a ideologia vigente em cada período, limitada apenas pela
circunstância histórica de cada momento.

A firma consiste na unidade primária de acção, actuando como unidade de consumo intermediário dos factores de produção para obtenção de
bens e serviços que são vendidos no mercado.

Segundo Marshall, a indústria constitui um conjunto de firmas que elaboram produtos idênticos quanto à constituição física.

Antecedentes da Teoria da Economia Industrial


Os fisiocratas, representados por François Quesney, foram os primeiros cientistas económicos, no século XVII, que tentaram explicar o
comportamento das indústrias.
Eles valorizavam a actividade económica, dividindo os cidadãos em três classes:

Produtiva: composta pelos agricultores.


Proprietários: compreendia os possuidores de terra e os dizimeiros, que subsistiam com a renda da classe produtiva.
Estéril: cidadãos que se ocupavam de outras actividades, diferente da agricultura.

No final do século XVIII e princípio do século XIX, com a Revolução Industrial desenvolve-se a ideologia do liberalismo clássico e do capitalismo,
baseadas na doutrina do laissez-faire, segundo a qual caberia exclusivamente aos governos assumirem as funções que estimulassem actividades
lucrativas.

A visão clássica, defendida por Smith, Ricardo, Malthus e Say. Onde Adam Smith, analisando as empresas no mercado, desenvolveu as ideias do
laissez-faire e da mão invisível equilibradora. Procurou explicar a formação de preços com base em duas teorias de organização do mercado:
monopólio e concorrência perfeita.

Jean Baptiste Say distingue três tipos de indústria:

Indústria agrícola.
Indústria manufactureira.
Indústria do comércio/comercial.

O socialista, Marx descreve o processo global da produção capitalista, salientando o desenvolvimento da maquinaria e a grande indústria, a
divisão do lucro em juro e ganho empresarial, a formação da mais-valia e a acumulação e reprodução do capital.

O Advento da Teoria Contemporânea


No inicio dos anos 50, Andrews discrimina a Economia Industrial da Microeconomia. Na década de 20, Marshall já discutia as ideias centrais do
campo de estudo da actual Economia Industrial, enfocando os graus de monopólio, oligopólio, discriminação de preços, importância da
inovação. Dando mais ênfase no conhecimento empírico mais detalhado sobre as condições institucionais das firmas individuais.
Críticas à Abordagem de Equilíbrio
Sraffa, em 1926 divulgou suas dúvidas quanto à existência de apenas dois tipos de mercado ao afirmar que existem outros factores que levam
um consumidor a preferir um vendedor em relação ao outro. Para Sraffa, na concorrência perfeita existem várias firmas com preços diferentes.

Joan Robinson define concorrência imperfeita quando o mercado não é mais homogéneo e quando há imperfeições neste mercado, assumindo
também que há outros factores que mantêm a relação entre a firma e o comprador.

Chamberlin assumia que cada firma possuía seu mercado especial devido à diferenciação. As firmas não têm mesmas curvas de custo.

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