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Índice pág.
1. Introdução.................................................................................................................................5
1.1. Objetivos............................................................................................................................6
1.1.1. Geral...........................................................................................................................6
1.1.2. Específicos..................................................................................................................6
1.2. Metodologias de Pesquisa..................................................................................................6
2. Contextualização: O empreendedorismo..................................................................................7
2.1. Conceitos e definições.......................................................................................................7
2.2. Importância Do Empreendedorismo Nos Países Em Vias De Desenvolvimento............10
2.2.2. Empreendedorismo em Moçambique.......................................................................16
3. Considerações finais................................................................................................................19
4. Referencias bibliográficas.......................................................................................................20
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1. Introdução
Muitos países ainda possuem uma série de barreiras institucionais que atravancam o
desenvolvimento do empreendedorismo, isto é, impacta diretamente na criação de novos
negócios. Referindo-se ao caso PVDs, convém destacar a dificuldade de abertura de um novo
negócio, decorrente da enorme burocracia, a regulamentação estatal, a dificuldade de acesso ao
crédito bancário, a alta carga tributária, entre outros fatores
1.1. Objetivos
1.1.1. Geral
Estudar o efeito do empreendedorismo nos países em vias de desenvolvimento.
1.1.2. Específicos
Contextualizar e definir o termo empreendedorismo;
Destacar a importância do empreendedorismo nos países em vias de desenvolvimento;
Discutir sobre o empreendedorismo na economia de Moçambique.
1.2. Metodologias de Pesquisa
2. Contextualização: O empreendedorismo.
2.1. Conceitos e definições
O empreendedorismo tem vindo a suscitar cada vez mais atenção por parte dos
académicos e, os estudos sobre o empreendedorismo resultaram numa variedade de definições e
pontos de vista. Contudo, apesar da atualidade do tema, Thurik e Wennekers (1999) sublinham
que o empreendedorismo teve origem no termo francês “entrepreneur” e a sua primeira utilização
terá surgido nos finais do século XVII e é atribuída a Cantillon (1755).
Schumpeter foi um dos autores destacados na área da economia, que ficou muito
conhecido pelos seus trabalhos nas questões ligadas ao empreendedorismo. Em 1934, publicou a
obra “The theory of economic development”, em que enfatiza o papel do empreendedorismo
como o principal motor do desenvolvimento económico, e que inspirou muitos estudos neste
campo de investigação. Ele considera o empreendedor como um criador de instabilidade e de
destruição criativa, já que este muda as "regras de concorrência" para a indústria (Schumpeter,
1934). A peça fundamental da destruição criativa é a inovação, que o autor considera como a
principal fonte de crescimento económico. Ela revoluciona a estrutura económica a partir de
dentro, incessantemente destruindo o antigo, criando um novo (Schumpeter, 1934). A inovação é
uma parte importante deste processo e sem ela o empreendedorismo gera pouco benefício para a
economia. Daí um dos pontos mais relevantes da sua posição, o conceito da inovação. Dois
aspetos devem ser relevados desta definição:
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A segunda doutrina, teve origem em Knight (1921) e foi aprofundada mais tarde por
Schultz (1975). Este segundo autor apoia-se no capital humano para explicar o
empreendedorismo. A sua abordagem através do capital humano rejeita a ideia das recompensas
empresariais, assim como do retorno do risco assumido. Ainda de acordo com este autor, o risco
não é um atributo exclusivo dos empreendedores, já que os não empreendedores também podem
assumir riscos (Schultz, 1980). A contribuição deste autor articula-se essencialmente em torno de
dois aspetos:
Tais pesquisas têm mostrado ainda uma diferença na natureza do empreendedorismo nos
países considerados desenvolvidos e em desenvolvimento, que consiste no fato de que os países
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desenvolvidos possuem menores Taxa Total Empreendedora (TEA), e esta taxa é caracterizada
pelo empreendedorismo por oportunidade e que os países em desenvolvimento possuem uma
maior TEA, e nestes países esta taxa é formada por uma proporção maior de empreendedorismo
por necessidade do que nos países desenvolvidos (De Souza, 2021 p.3).
Entretanto, sua importância vai além do mero aumento da produção e da renda per capita,
mas também impulsionar e constituir mudanças na estrutura do negócio e da sociedade.
Já no que concerne ao plano de negócios, este é visto por muitos autores como a principal
ferramenta para o sucesso empreendedor e do novo empreendimento (Dornelas, 2008; Baggio;
Baggio, 2014). Assinala Pereira (2021, p. 1) que o plano de negócios contém:
De acordo com Pereira, (2022) o empreendedorismo em África é visto como uma peça
central do desenvolvimento económico no continente. O empreendedorismo tem um papel
positivo na criação de emprego, no aumento do rendimento e na melhoria da qualidade de vida.
Reconhece-se que “o potencial do empreendedorismo em África reside na possibilidade de se
transformar a ingenuidade e a desenvoltura dos indivíduos em poderosos agentes de progresso
para as sociedades africanas.
Este tipo particular de empreendedorismo é antes de mais moldado pela austeridade, uma
austeridade causada, entre outros fatores, pela enorme escassez de recursos e pelas significativas
limitações estruturais que caracterizam o continente, tais como a prevalência de uma base de
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capital humano pouco qualificado para quem pretenda lançar um negócio e o consequente
predomínio de parentes e amigos nas iniciativas empreendedoras.
É ainda afetado pela falta de densidade e de eficiência dos mercados locais e dos
acrescidos riscos de investimento que lhes estão associados, e pelo padrão estabelecido dos
empreendedores desenvolverem compulsivamente vários negócios ao mesmo tempo, chamados
de “empreendedores de carteira”1 (Mol et al., 2017).
rendimento; enorme diversidade cultural, linguística e étnica; pesado legado colonial; fortes
desequilíbrios políticos; significativa diversidade climatérica; estruturas sociais fortemente
autoritárias e hierarquizadas; elevado controlo governamental sobre a economia; esmagadora
burocracia; excessiva quantidade de empresas públicas; falta de empresas privadas de grande
dimensão; exponencial desemprego jovem; insignificante oferta de cursos de gestão e de
empreendedorismo; baixa valorização social do empreendedorismo; e fracas instituições4 da
sociedade civil.
Assim sendo, somos forçados a concluir que “os sistemas políticos e económicos em
muitas zonas de África têm sido incompatíveis com o empreendedorismo porque o foco está no
governo e não nas empresas privadas” (Ratten & Jones, 2018, p. 12).
Apesar da relevância da sua área e da sua população, Moçambique é ainda um país pouco
estudado no âmbito do empreendedorismo. Nunca foi objeto de qualquer investigação exaustiva
sobre esta temática e não encontrámos qualquer registo de trabalhos sobre empreendedorismo de
“topo da pirâmide” (Pereira, 2022 p.26).
Moçambique tem dependido muito de fontes externas para financiar o seu orçamento do
estado, apesar de ter experimentado, entre 1993 e 2019, um período de crescimento económico
contínuo, só interrompido em 2020 pela pandemia da Covid-19, e apesar também da forte bolha
especulativa que se instalou no país na última década como resultado da descoberta de
impressionantes reservas de gás natural na bacia do rio Rovuma, na província nortenha de Cabo
Delgado, perto da fronteira com a Tanzânia.
regulatório sobre o lançamento de empresas, o chamado efeito “red tape”, que é extremamente
difícil de remover devido a todas as ineficiências do sistema, à falta de experiência apropriada
dos atores públicos e também por causa da corrupção.
Moçambique necessitava que fosse dada mais ênfase à melhoria do quadro regulatório
para favorecer uma intervenção mais apoiada do governo em matéria de empreendedorismo e
lançamento de novas empresas, uma vez que este quadro regulatório é mais determinante no país
do que o apoio governamental (Pereira, 2022 p.112).
3. Considerações finais
Através da implementação de dois modelos empíricos, demonstramos tal como Stel et al.
(2005) que apesar do empreendedorismo conduzir ao crescimento económico nos países
desenvolvidos, o mesmo não acontece nas economias subdesenvolvidas, das quais fazem parte os
membros da nossa amostra. A atividade empreendedora nestes países é mais motivada pela
necessidade do que propriamente por uma oportunidade apercebida, criando pouco valor e
riqueza para a economia.
4. Referencias bibliográficas