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DO EU NA MODERNIDADE - Cap 1, 2 e 3
Há natureza humana
Na era do Renascimento, a natureza humana é caracterizada por uma valorização
da liberdade e da capacidade de autotransformação. Os indivíduos são vistos como
livres para explorar suas potencialidades e moldar seus destinos por meio de
escolhas conscientes. Embora a fé em Deus permaneça, a relação do homem com
o divino muda, com Deus sendo visto como o criador que deu ao homem a
liberdade de dominar o mundo. Essa liberdade traz consigo uma busca incessante
pelo conhecimento e autodescoberta, embora também gere um sentimento de
incerteza e solidão diante da responsabilidade de criar seu próprio caminho na vida.
Subjetividade privada
Subjetividade privada ao longo da história, especialmente durante a transição da
Idade Média para o Renascimento. Na Idade Média, a concepção de individualidade
era quase inexistente, com as pessoas submersas em uma estrutura social e
religiosa rígida. No Renascimento, o humanismo valorizava o ser humano como
centro do universo, surgindo a ideia de subjetividade privada, onde o indivíduo era
reconhecido como autônomo e capaz de formar sua própria identidade. Isso
influenciou a relação do homem com o mundo, permitindo uma maior expressão
pessoal, mas também gerando desafios, como a responsabilidade moral e a
incerteza.
História da mentalidade
No primeiro capítulo, é destacado como na Idade Média predominava uma
concepção de mundo centrada na autoridade divina, onde o indivíduo era parte de
uma ordem superior, não possuindo liberdade ou privacidade. A ênfase estava na
submissão aos preceitos religiosos e sociais, com Deus como centro do universo e
regulador da vida humana.
No segundo capítulo, durante o Renascimento, ocorre uma mudança significativa na
concepção do homem e do mundo. O humanismo renascentista surge com a
valorização do ser humano como centro do universo, o reconhecimento da liberdade
individual e a busca pela formação e desenvolvimento pessoal. A ideia de "cuidado
de si" ganha destaque, indicando uma preocupação crescente com o
desenvolvimento pessoal e a educação para a liberdade.
No terceiro capítulo, vemos como a visão humanista influencia a relação do homem
com o mundo. Deus é percebido como um criador distante, deixando o mundo
operar por suas próprias leis naturais. Isso dá ao homem uma sensação de
liberdade, mas também o coloca diante da responsabilidade de definir seu próprio
destino e moralidade. A ideia de que o homem está no centro do mundo o leva a
considerar todas as coisas como objetos para seu uso e contemplação, o que pode
resultar em uma atitude de exclusão em relação ao mundo e aos outros seres.
Santo Agostinho
Santo Agostinho influenciou essa transição ao introduzir a ideia de interioridade da
alma e a busca por Deus dentro de nós mesmos. Agostinho desvalorizou o corpo e
destacou a importância da alma como algo interno, iniciando uma experiência
subjetiva altamente individualizada e dependente de nós. Essa visão contrasta com
a compreensão medieval, onde o homem estava intimamente ligado à ordem divina
externa. O humanismo renascentista posterior desenvolveu ainda mais essa ideia,
destacando a liberdade e a responsabilidade do indivíduo na formação de sua
identidade e na gestão de sua própria existência.
o canto gregoriano
o canto gregoriano como uma expressão musical exemplar do espírito medieval,
caracterizado por sua uniformidade melódica e a repetição de textos sagrados
conhecidos. Ele é associado à contemplação espiritual e à ausência de novidades,
levando os ouvintes a se perderem em um mar sonoro. Comparado à música grega,
atribuída a Dionísio e vista como excitante e diabólica, o canto gregoriano, atribuído
ao Papa Gregório, é mais contemplativo e espiritual, com foco na pura emissão
vocal e na ausência de elementos rítmicos. O canto gregoriano refletia a
mentalidade medieval, marcada pela uniformidade e pela contemplação espiritual.
O corpo social
Ele compara diferentes partes do corpo humano com diferentes grupos sociais,
como religiosos, governantes, comerciantes, camponeses, entre outros. Essa
analogia é usada para ilustrar a interdependência e a hierarquia na sociedade
medieval. Cada grupo desempenha um papel específico, como membros do corpo
humano, contribuindo para o funcionamento e o bem-estar do todo. Essa concepção
reflete uma compreensão orgânica e estática da sociedade, na qual as pessoas têm
papéis atribuídos e interconectados, sem espaço para a mobilidade social ou a
liberdade individual.
Uma das características mais marcantes do Renascimento foi a abertura para novas
ideias e perspectivas. Com o aumento do comércio e das viagens, houve um maior
contato entre diferentes culturas e civilizações, o que levou a uma multiplicidade de
ideias e influências. As feiras e mercados desempenharam um papel fundamental
nesse processo, servindo como locais de encontro e intercâmbio cultural.
Hieronymus Bosch:
Bosch foi um pintor holandês do século XV conhecido por suas obras surrealistas e
muitas vezes perturbadoras.
Suas pinturas frequentemente retratavam paisagens fantásticas e cheias de
simbolismo, povoadas por figuras grotescas, criaturas híbridas e cenas de tormento.
Bosch explorava temas religiosos, morais e filosóficos, e suas obras muitas vezes
continham críticas à corrupção, à hipocrisia e ao pecado na sociedade de sua
época.
Sua obra mais famosa é "O Jardim das Delícias Terrenas", uma pintura tripla que
retrata a criação, o paraíso e o inferno em uma série de imagens intricadas e
enigmáticas.
Giuseppe Arcimboldo:
Arcimboldo foi um pintor italiano do século XVI conhecido por seus retratos feitos
com objetos e elementos naturais.
Ele criou retratos compostos por frutas, legumes, flores e outros objetos,
organizados de forma a criar uma imagem reconhecível quando vista de longe.
Arcimboldo era conhecido por sua habilidade em jogar com a percepção visual e
criar ilusões que desafiavam as expectativas do espectador.
Seus retratos muitas vezes tinham significados simbólicos, refletindo temas como a
natureza, a temporada do ano ou as características do indivíduo retratado.
Música polifonia
A polifonia é uma técnica musical que combina várias vozes independentes,
cada uma com sua própria melodia, ritmo e harmonia, para criar uma
composição complexa e harmoniosa. Diferente da monofonia, onde há
apenas uma linha melódica principal, a polifonia permite que múltiplas linhas
melódicas coexistam simultaneamente, interagindo de forma harmoniosa.
Esta técnica é comumente associada à música clássica ocidental,
especialmente nos períodos do Renascimento e Barroco, e oferece uma
riqueza de texturas musicais e profundidade emocional às composições.
Em conjunto, esses capítulos destacam como o poder político e social atua não
apenas de maneira coercitiva e repressiva, mas também através de técnicas
disciplinares e discursivas que moldam os corpos, identidades e subjetividades dos
indivíduos, perpetuando assim relações de poder assimétricas na sociedade.
Continuidade do Processo Civilizador (Capítulo Final): Por fim, Elias enfatiza que o
processo de civilização é contínuo e dinâmico, e que as sociedades modernas ainda
estão em processo de transformação. Ele argumenta que as normas sociais e os
padrões de comportamento continuam a evoluir em resposta a mudanças sociais,
culturais e históricas.
O Monólogo "Ser ou não ser" (Ato 3, Cena 1): Neste monólogo icônico, Hamlet
reflete sobre a natureza da existência e da morte. Ele pondera se é mais nobre
suportar os sofrimentos da vida ou se deve buscar a paz através da morte. Este
monólogo ilustra a melancolia de Hamlet, sua angústia existencial e sua luta para
encontrar significado em um mundo cheio de injustiça e traição.
A Ambivalência e a Indecisão de Hamlet: Ao longo da peça, Hamlet é atormentado
por dúvidas e incertezas, incapaz de agir decisivamente em relação à vingança pela
morte de seu pai. Sua indecisão é uma expressão da sua angústia interna e da sua
luta para reconciliar seus sentimentos de raiva e desejo de justiça com suas
preocupações morais e éticas.