Você está na página 1de 21

Dia 3 / 2

nunca inferior ao mínimo, para que preverá indenização com- IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando
os que percebem remuneração pensatória, dentre outros direi- de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio
variável; tos; do sistema confederativo da representação sindical respectiva, in-
• 13° salário • Seguro-desemprego dependentemente da contribuição prevista em lei;
• Proteção do salário • FGTS
na forma da lei, constituindo • Remuneração do tra- Contribuição CONFEDERATIVA Contribuição SINDICAL
crime sua retenção dolosa balho noturno superior à do
• Duração do trabalho diurno Prevista na 1ª parte do art. 8º, Prevista na 2ª parte do art. 8º,
normal não superior a oito ho- • Salário-família IV, da CF/88. IV, da CF/88.
ras diárias e quarenta e quatro • Assistência gratuita
Também chamada de Também chamada de
semanais, facultada a compen- aos filhos e dependentes desde
“contribuição de assembleia”. “imposto sindical”, expressão
sação de horários e a redução o nascimento até 5 anos de
incorreta porque não é
da jornada, mediante acordo idade em creches e pré-escolas
imposto.
ou convenção coletiva de tra- • Seguro contra aci-
balho; dentes de trabalho, a cargo do NÃO é tributo. ERA considerada um TRIBUTO.
• Repouso semanal re- empregador, sem excluir a in- ERA uma contribuição
munerado, preferencialmente denização a que este está obri- parafiscal (ou especial).
aos domingos; gado, quando incorrer em dolo
Fixada pela assembleia geral do Era instituída por meio de lei
• Remuneração do ser- ou culpa
sindicato (obrigação ex (obrigação ex lege).
viço extraordinário superior, no
voluntate).
mínimo, em 50% à do normal;
• Férias anuais + 1/3 É VOLUNTÁRIA. ERA COMPULSÓRIA.
• Licença à gestante DIREITOS REGULAMENTA- A contribuição confederativa é ERA paga por todos aqueles
• Licença-paternidade DOS PELA LC 150/15 considerada como voluntária que faziam parte de uma
• Aviso prévio porque somente é paga pelas determinada categoria
• Redução dos riscos pessoas que resolveram econômica ou profissional, ou
inerentes ao trabalho, por meio (optaram) se filiar ao sindicato. de uma profissão liberal, em
de normas de saúde, higiene e A contribuição confederativa de favor do sindicato
segurança que trata o art. 8º, IV, da representativo da mesma
• Aposentadoria Constituição, só é exigível dos categoria ou profissão ou,
• Reconhecimento das filiados ao sindicato respectivo inexistindo este, à Federação
convenções e acordos coletivos (SV 40): correspondente à mesma
de trabalho Súmula vinculante 40: A categoria econômica ou
• Proibição de diferen- contribuição confederativa de profissional.
ça de salários, de exercício de que trata o artigo 8º, IV, da Não havia jeito: se o indivíduo
funções e de critério de admis- Constituição Federal, só é fosse metalúrgico, p. ex., ele
são por motivo de sexo, idade, exigível dos filiados ao sindicato tinha que pagar a
cor ou estado civil; respectivo. contribuição sindical, mesmo
• Proibição de qual- que não fosse filiado ao
quer discriminação sindicato. ERA um tributo.
• Proibição de trabalho
São compatíveis com a Constituição Federal os dispositivos
noturno, perigoso ou insalubre
da Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) que
a menores de dezoito e de
extinguiram a obrigatoriedade da contribuição sindical e
qualquer trabalho a menores
condicionaram o seu pagamento à prévia e expressa
de 16 anos, salvo na condição
autorização dos filiados. STF. Plenário. ADI 5794/DF, Rel. Min.
de aprendiz, a partir de 14
Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgado em 29/6/2018 (Info
anos
908).
*Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o
seguinte:
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a
I - a lei NÃO PODERÁ exigir autorização do Estado para a fun-
sindicato;
dação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competen-
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações
te, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na
coletivas de trabalho;
organização sindical;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical ,
organizações sindicais;
em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do
econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos tra-
registro da candidatura a cargo de direção ou representação sin-
balhadores ou empregadores interessados, não podendo ser in-
dical e, se eleito, ainda que suplente, até 1 ano após o final do
ferior à área de um Município;
mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à orga-
ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou ad-
nização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, aten-
ministrativas;
didas as condições que a lei estabelecer.
Dia 3 / 3

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos traba- so ou tácito.


lhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os in- A pessoa se torna nacional naturalizado.
teresses que devam por meio dele defender.
*Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá
sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da
houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos
lei.
os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empre-
§ 2º A lei NÃO PODERÁ estabelecer distinção entre brasileiros
gadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interes-
natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constitui-
ses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e
ção.
deliberação.

Art. 11. Nas empresas de mais de 200 empregados, é assegura- § 3º São PRIVATIVOS DE BRASILEIRO NATO os cargos:
da a eleição de um representante destes com a finalidade exclu- I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
siva de promover-lhes o entendimento direto com os empre- II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
gadores. III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do STF;
CAPÍTULO III V - da carreira diplomática;
DA NACIONALIDADE VI - de oficial das Forças Armadas.
Art. 12. São brasileiros: VII - de Ministro de Estado da Defesa
I - natos:
O Conselho da República tem em sua composição 6 brasileiros
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de
natos
pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu
país (JUS SOLI); § 4º - Será declarada a PERDA DA NACIONALIDADE do brasilei-
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasi- ro que:
leira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em
Federativa do Brasil (JUS SANGUINI); virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe bra- II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
sileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei es-
competente OU venham a residir na República Federativa do trangeira;
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a mai- b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao
oridade, pela nacionalidade brasileira (JUS SANGUINI); brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição
II - naturalizados: para permanência em seu território ou para o exercício de di-
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, reitos civis;
exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas
residência por 1 ano ininterrupto e idoneidade moral; Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Fede-
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Re- rativa do Brasil.
pública Federativa do Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e § 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o
sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade hino, as armas e o selo nacionais.
brasileira. § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter
símbolos próprios.
É aquela que resulta de um fato natural (o
CAPÍTULO IV
nascimento).
DOS DIREITOS POLÍTICOS
A pessoa se torna nacional nato.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio univer-
Critérios para atribuição da nacionalidade ori-
sal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e,
ginária:
Nacionalidade nos termos da lei, mediante:
a) Critério territorial (jus soli): se a pes-
ORIGINÁRIA I - plebiscito;
soa nascer no território do país, será
(primária, II - referendo;
considerada nacional deste.
atribuída ou III - iniciativa popular.
b) Critério sanguíneo (jus sanguinis): a
involuntária)
pessoa irá adquirir a nacionalidade de seus
ascendentes, não importando que tenha REFERENDO PLEBISCITO
nascido no território de outro país.
Formas de consulta popular sobre determinado assunto.
No Brasil, adota-se, como regra, o critério
do jus soli, havendo, no entanto, situações Autorizado pelo Congresso Convocado pelo Congresso
nas quais o critério sanguíneo é aceito. Nacional (art. 49, XV, CF). Nacional (art. 49, XV, CF).

Nacionalidade É aquela decorrente de um ato voluntário Decreto legislativo.


SECUNDÁRIA da pessoa, que decide adquirir, para si, uma
Primeiro faz a lei ou ato Primeiro pergunta-se ao
(derivada, nova nacionalidade. A isso se dá o nome
administrativo e depois povo para depois fazer a lei
adquirida ou de naturalização.
pergunta para o povo. ou ato administrativo.
voluntária) Atenção: esse ato voluntário pode ser expres-
Dia 3 / 4

Lei 9709/98. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o


o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o 2° grau ou
Art. 2 Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao
por adoção, do Presidente da República, de Governador de Esta-
povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevân-
do ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os
cia, de natureza constitucional, legislativa ou administrati-
haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, salvo se
va.
já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
§ 1o O PLEBISCITO é convocado com anterioridade a ato le-
gislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto,
aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido. Súmula 6, TSE: São inelegíveis para o cargo de chefe do Execu-
tivo o cônjuge e os parentes, indicados no § 7º do art. 14 da
§ 2o O REFERENDO é convocado com posterioridade a ato le-
Constituição Federal, do titular do mandato, salvo se este, ree-
gislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva
legível, tenha falecido, renunciado ou se afastado definitiva-
ratificação ou rejeição.
mente do cargo até seis meses antes do pleito.
Art. 3o Nas questões de relevância nacional, de competência
do Poder Legislativo ou do Poder Executivo, e no caso do §
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condi-
3o do art. 18 da Constituição Federal, o plebiscito e o referen-
ções:
do são convocados mediante decreto legislativo, por propos-
I - se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da
ta de 1/3, no mínimo, dos membros que compõem qualquer
atividade;
das Casas do Congresso Nacional, de conformidade com esta
II - se contar mais de 10 anos de serviço, será agregado pela
Lei.
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no
Art. 10. O plebiscito ou referendo, convocado nos termos da
ato da diplomação, para a inatividade.
presente Lei, será considerado aprovado ou rejeitado por
§ 9º LC estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos
MAIORIA SIMPLES, de acordo com o resultado homologado
de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a
pelo Tribunal Superior Eleitoral.
moralidade para exercício de mandato considerada vida pregres-
Art. 11. O referendo pode ser convocado no prazo de 30
sa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições con-
dias, a contar da promulgação de lei ou adoção de medida
tra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de
administrativa, que se relacione de maneira direta com a con-
função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
sulta popular.
§ 10. (AIME) O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a
Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias contados da diplomação,
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,
I - obrigatórios para os maiores de 18 anos; corrupção ou fraude.
II - facultativos para: § 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo
a) os analfabetos; de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou
b) os maiores de 70 anos; de manifesta má-fé.
c) os maiores de 16 e menores de 18 anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, du- Art. 15. É VEDADA A CASSAÇÃO de direitos políticos, cuja perda
rante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. ou suspensão só se dará nos casos de:
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em
I - a nacionalidade brasileira; julgado (em virtude de atividade nociva ao interesse nacio-
II - o pleno exercício dos direitos políticos; nal);
III - o alistamento eleitoral; II - incapacidade civil absoluta;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição (6 meses antes do III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto du-
pleito); rarem seus efeitos;
V - a filiação partidária (6 meses antes do pleito); IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
VI - a idade mínima de: alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
a) 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Se- V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
nador;
b) 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do
Súmula 9, TSE: A suspensão de direitos políticos decorrente de
Distrito Federal;
condenação criminal transitada em julgado cessa com o cum-
c) 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Dis-
primento ou a extinção da pena, independendo de reabilita-
trital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
ção ou de prova de reparação dos danos.
d) 18 anos para Vereador.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis (estrangeiro e conscrito) e A suspensão de direitos políticos prevista no art. 15, III, da
os analfabetos. Constituição Federal, aplica-se no caso de substituição da
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos. STF.
Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou subs- Plenário. RE 601182/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.
tituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um Min. Alexandre de Moraes, julgado em 8/5/2019 (repercussão
único período subsequente. geral) (Info 939).
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repúbli-
ca, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 meses antes na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que
do pleito. ocorra até 1 ano da data de sua vigência.
Dia 3 / 5

SÚMULA SOBRE DIREITOS POLÍTICOS b) tiverem elegido pelo menos 11 Deputados Federais distribuí-
dos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação;
Súmula vinculante 18-STF: A dissolução da sociedade ou do
III - na legislatura seguinte às eleições de 2026:
vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibi-
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no
lidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal
mínimo, 2,5% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos
1/3 das unidades da Federação, com um mínimo de 1,5% dos
CAPÍTULO V votos válidos em cada uma delas; ou
DOS PARTIDOS POLÍTICOS b) tiverem elegido pelo menos 13 Deputados Federais distribuí-
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de parti- dos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação.
dos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime demo-
crático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana e observados os seguintes preceitos: DIREITO A RECURSOS DO APOIAMENTO MÍNIMO PARA
I - caráter nacional; FUNDO PARTIDÁRIO E REGISTRAR O ESTATUTO
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de enti- ACESSO GRATUITO AO
dade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; RÁDIO E À TELEVISÃO
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 3% dos votos válidos para CD Período de 2 anos
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 1/3 das unidades da Federa- Eleitores NÃO filiados
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir ção, com um mínimo de 2% 0,5% votos dados na para a CD
sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação OU 1/3 dos Estados (9E), com um
e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua pelo menos 15 Deputados Fe- mínimo de 0,1% do eleitorado
organização e funcionamento e para adotar os critérios de esco- derais em cada um
lha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, 1/3 das unidades da Federa-
VEDADA A SUA CELEBRAÇÃO NAS ELEIÇÕES PROPORCIO- ção.
NAIS, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas
em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organiza-
seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade parti-
ção paramilitar.
dária.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos
EC97/17 - Art. 2º A vedação à celebração de coligações nas previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facul-
eleições proporcionais, prevista no § 1º do art. 17 da Constitui- tada a filiação, SEM PERDA DO MANDATO, a outro partido
ção Federal, aplicar-se-á a partir das eleições de 2020. que os tenha atingido, NÃO SENDO essa filiação CONSIDERA-
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade ju- DA para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário
rídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no TSE e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e
acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os parti-
dos políticos que alternativamente: ______Codigo Civil______
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no
mínimo, 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 CAPÍTULO III
das unidades da Federação, com um mínimo de 2% dos votos DA AUSÊNCIA
válidos em cada uma delas; ou Seção I
II - tiverem elegido pelo menos 15 Deputados Federais distribu- Da Curadoria dos Bens do Ausente
ídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação. Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela
haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador
EC97/17 a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de
Art. 3º O disposto no § 3º do art. 17 da Constituição Federal qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a au-
quanto ao acesso dos partidos políticos aos recursos do fundo sência, e nomear-lhe-á curador.
partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão apli-
car-se-á a partir das eleições de 2030. Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador,
Parágrafo único. Terão acesso aos recursos do fundo partidário e quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não pos-
à propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos políti- sa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem
cos que: insuficientes.
I - na legislatura seguinte às eleições de 2018:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e
mínimo, 1,5% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for
1/3 das unidades da Federação, com um mínimo de 1% dos aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.
votos válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos 9 Deputados Federais distribuí- Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado
dos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação; judicialmente, ou de fato por mais de 2 anos antes da declaração
II - na legislatura seguinte às eleições de 2022: da ausência, será o seu legítimo curador.
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no § 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente in-
mínimo, 2% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 cumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não haven-
das unidades da Federação, com um mínimo de 1% dos votos do impedimento que os iniba de exercer o cargo.
válidos em cada uma delas; ou
Dia 3 / 6

§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais § 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge (CAD), uma
remotos. vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independen-
§ 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a es- temente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente.
colha do curador.
Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo
JDC97 No que tange à tutela especial da família, as regras do por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para
Código Civil que se referem apenas ao cônjuge devem ser es- lhes evitar a ruína.
tendidas à situação jurídica que envolve o companheiro,
como, por exemplo, na hipótese de nomeação de curador dos Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão
bens do ausente representando ativa e passivamente o ausente, de modo que con-
tra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele
forem movidas.
Cônjuge (não separado judicialmente ou de
fato por mais de 2 anos)/companheiro Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge (CAD) que for su-
CURADOR DOS cessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e rendi-
Pais
BENS DO mentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores,
AUSENTE Descendentes porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimen-
Curador nomeador pelo juiz tos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representan-
te do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz
competente.
Seção II
Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a au-
Da Sucessão Provisória
sência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do su-
Art. 26. Decorrido 1 ano da arrecadação dos bens do ausente,
cessor, sua parte nos frutos e rendimentos.
ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando 3
anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência
Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá,
e se abra provisoriamente a sucessão.
justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade
dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria.
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se con-
sideram interessados:
Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do
I - o cônjuge não separado judicialmente;
falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a su-
II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários;
cessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo.
III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito depen-
dente de sua morte;
Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, de-
IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.
pois de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as
vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obriga-
Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão pro-
dos a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega
visória SÓ PRODUZIRÁ EFEITO 180 DIAS DEPOIS DE PUBLICA-
dos bens a seu dono.
DA pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-
se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e
Seção III
partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.
Da Sucessão Definitiva
§ 1o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo inte-
Art. 37. 10 anos depois de passada em julgado a sentença que
ressados na sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público
concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interes-
requerê-la ao juízo competente.
sados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das
§ 2o Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o
cauções prestadas.
inventário até 30 dias depois de passar em julgado a sentença
que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à arreca-
Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, pro-
dação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts.
vando-se que o ausente conta 80 anos de idade, e que de 5 da-
1.819 a 1.823.
tam as últimas notícias dele.
Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, orde-
Art. 39. Regressando o ausente nos 10 anos seguintes à abertura
nará a conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a
da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascen-
extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União.
dentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no esta-
do em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o
Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do au-
preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebi-
sente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores
do pelos bens alienados depois daquele tempo.
ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.
Parágrafo único. Se, nos 10 anos a que se refere este artigo, o
§ 1o Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não pu-
ausente não regressar, e nenhum interessado promover a su-
der prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído, man-
cessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio
tendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do
do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas res-
curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste
pectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da Uni-
essa garantia.
ão, quando situados em território federal.
Dia 3 / 7

_____Codigo de Proçesso Civil____ III - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proi-
bida pela lei brasileira.

CAPÍTULO II Art. 31. A autoridade central brasileira comunicar-se-á direta-


DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL mente com suas congêneres e, se necessário, com outros órgãos
Seção I estrangeiros responsáveis pela tramitação e pela execução de pe-
Disposições Gerais didos de cooperação enviados e recebidos pelo Estado brasileiro,
Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por trata- respeitadas disposições específicas constantes de tratado.
do de que o Brasil faz parte e observará:
I - o respeito às garantias do devido processo legal no Estado Art. 32. No caso de auxílio direto para a prática de atos que, se-
requerente; gundo a lei brasileira, não necessitem de prestação jurisdicional, a
II - a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, re- autoridade central adotará as providências necessárias para seu
sidentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tra- cumprimento.
mitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária
aos necessitados; Art. 33. Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade
III - a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo pre- central o encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá
vistas na legislação brasileira ou na do Estado requerente; em juízo a medida solicitada.
IV - a existência de autoridade central para recepção e transmis- Parágrafo único. O Ministério Público requererá em juízo a medi-
são dos pedidos de cooperação; da solicitada quando for autoridade central.
V - a espontaneidade na transmissão de informações a autorida-
des estrangeiras. Art. 34. Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser exe-
§ 1o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional cutada a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que
poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por demande prestação de atividade jurisdicional.
via diplomática.
§ 2o NÃO SE EXIGIRÁ A RECIPROCIDADE referida no § 1 o para Seção III
HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA. Da Carta Rogatória
§ 3o Na cooperação jurídica internacional não será admitida a Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o STJ É DE
prática de atos que contrariem ou que produzam resultados in- JURISDIÇÃO CONTENCIOSA e deve assegurar às partes as ga-
compatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado rantias do devido processo legal.
brasileiro. § 1o A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento
§ 4o O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro
central na ausência de designação específica. produza efeitos no Brasil.
§ 2o Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do
Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por objeto: pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária
I - citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial; brasileira.
II - colheita de provas e obtenção de informações;
III - homologação e cumprimento de decisão; Seção IV
IV - concessão de medida judicial de urgência; Disposições Comuns às Seções Anteriores
V - assistência jurídica internacional; Art. 37. O pedido de cooperação jurídica internacional oriundo
VI - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida de autoridade brasileira competente será encaminhado à autori-
pela lei brasileira. dade central para posterior envio ao Estado requerido para lhe
dar andamento.
Seção II
Do Auxílio Direto Art. 38. O pedido de cooperação oriundo de autoridade brasileira
Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida NÃO DECORRER competente e os documentos anexos que o instruem serão enca-
DIRETAMENTE de decisão de autoridade jurisdicional estran- minhados à autoridade central, acompanhados de tradução para
geira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil. a língua oficial do Estado requerido.

Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo ór- Art. 39. O pedido passivo de cooperação jurídica internacional
gão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Es- será recusado se configurar manifesta ofensa à ordem públi-
tado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedi- ca.
do.
Art. 40. A cooperação jurídica internacional para execução de
Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz decisão estrangeira dar-se-á por meio de carta rogatória ou de
parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos: ação de homologação de sentença estrangeira, de acordo com
I - obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento o art. 960.
jurídico e sobre processos administrativos ou jurisdicionais
findos ou em curso; Art. 41. Considera-se autêntico o documento que instruir pedido
II - colheita de provas, salvo se a medida for adotada em pro- de cooperação jurídica internacional, inclusive tradução para a lín-
cesso, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de gua portuguesa, quando encaminhado ao Estado brasileiro por
autoridade judiciária brasileira; meio de autoridade central ou por via diplomática, dispensando-
se ajuramentação, autenticação ou qualquer procedimento de
legalização.
Dia 3 / 8

Parágrafo único. O disposto no caput não impede, quando neces- também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qual-
sária, a aplicação pelo Estado brasileiro do princípio da reciproci- quer foro.
dade de tratamento. § 4o Havendo 2 ou mais réus com diferentes domicílios, serão de-
mandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.
TÍTULO III § 5o A EXECUÇÃO FISCAL será proposta no foro de domicílio do
DA COMPETÊNCIA INTERNA réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
CAPÍTULO I
DA COMPETÊNCIA Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre IMÓVEIS
Seção I é competente o foro de SITUAÇÃO DA COISA.
Disposições Gerais § 1o O autor pode optar pelo foro de DOMICÍLIO DO RÉU ou
Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz pelo FORO DE ELEIÇÃO se o litígio NÃO RECAIR sobre direito
nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação
de instituir juízo arbitral, na forma da lei. de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de si-
Art. 43. Determina-se a competência no MOMENTO DO RE- tuação da coisa, cujo juízo tem COMPETÊNCIA ABSOLUTA.
GISTRO OU DA DISTRIBUIÇÃO da petição inicial, sendo irrele-
vantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorri- AÇÕES FUNDADAS EM DIREITO REAL SOBRE IMÓVEIS
das posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciá-
rio ou alterarem a competência absoluta. REGRA EXCEÇÃO
Foro de SITUAÇÃO DA COISA Foro de DOMICÍLIO DO RÉU
Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição ou pelo foro DE ELEIÇÃO se o
Federal, a competência é determinada pelas normas previstas litígio NÃO RECAIR sobre:
neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organi- - Direito de propriedade
zação judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos - Vizinhança
Estados. - Servidão
- Divisão e demarcação de ter-
FPPC236. (art. 44) O art. 44 não estabelece uma ordem de preva- ras
lência, mas apenas elenca as fontes normativas sobre compe- -Nunciação de obra nova
tência, devendo ser observado o art. 125, § 1º, da Constituição
AÇÕES POSSESSÓRIAS: Foro de SITUAÇÃO DA COISA (com-
Federal
petência ABSOLUTA)

Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos se-


Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o
rão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a Uni -
competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o
ão, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações,
cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou
ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na quali-
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que
dade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:
o espólio for réu, AINDA QUE O ÓBITO TENHA OCORRIDO NO
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e aciden-
ESTRANGEIRO.
te de trabalho;
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
certo, é competente:
§ 1o Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apre-
I - o foro de situação dos bens imóveis;
ciação seja de competência do juízo perante o qual foi pro-
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
posta a ação.
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos
§ 2o Na hipótese do § 1o, o juiz, ao não admitir a cumulação de
bens do espólio.
pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer de-
les, não examinará o mérito daquele em que exista interesse
Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro
da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas
de seu último domicílio, também competente para a arrecada-
públicas.
ção, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições tes-
§ 3o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual SEM
tamentárias.
SUSCITAR CONFLITO se o ente federal cuja presença ensejou a
remessa for excluído do processo.
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro
de domicílio de seu representante ou assistente.
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real
sobre BENS MÓVEIS será proposta, em regra, no foro de domi-
Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas
cílio do RÉU.
em que seja autora a União.
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá
de qualquer deles.
ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele po-
do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa
derá ser demandado onde for encontrado ou no foro de do-
ou no Distrito Federal.
micílio do autor.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas
ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se o autor
em que seja autor Estado ou o Distrito Federal.
Dia 3 / 9

Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o deman- Súmula 235-STJ: A conexão não determina a reunião dos pro-
dado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do au- cessos, se um deles já foi julgado.
tor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda,
no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federa-
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 ou mais ações quando hou-
do.
ver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pe-
dido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver
reconhecimento ou dissolução de união estável:
sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação con-
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
tida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no anti-
go domicílio do casal;
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no
d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar,
juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente.
nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da
Penha) (LEI 13894/19)
Art. 59. O REGISTRO OU A DISTRIBUIÇÃO da petição inicial tor-
CFJ 108: A competência prevista nas alíneas do art. 53, I, do CPC na prevento o juízo.
não é de foros concorrentes, mas de foros subsidiários.
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em Determina a competência
que se pedem alimentos; REGISTRO/ DISTRIBUIÇÃO
III - do lugar: Previne o juízo
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, co-
pessoa jurídica contraiu; marca, seção ou subseção judiciária, a competência territorial do
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré socieda- juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel.
de ou associação sem personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe Art. 61. A ação acessória será proposta no juízo competente para
exigir o cumprimento; a ação principal.
e) de residência do idoso, para a causa que VERSE SOBRE DI-
REITO PREVISTO NO RESPECTIVO ESTATUTO; Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes.
reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;
IV - do lugar do ato ou fato para a ação: Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão
a) de reparação de dano; do valor e do território (COMPETÊNCIA RELATIVA), elegendo
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alhei- foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
os; § 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de ins-
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de trumento escrito e aludir expressamente a determinado ne-
reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de gócio jurídico.
veículos, INCLUSIVE AERONAVES. § 2o O foro contratual OBRIGA OS HERDEIROS E SUCESSORES
das partes.
Seção II § 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva,
Da Modificação da Competência pode ser reputada ineficaz DE OFÍCIO pelo juiz, que determina-
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela cone- rá a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
xão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção. § 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de
eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão.
Art. 55. Reputam-se conexas 2 ou mais ações quando lhes for
comum o pedido ou a causa de pedir. ABUSIVIDADE DA CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão
conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. ANTES DA CITAÇÃO APÓS A CITAÇÃO
§ 2o Aplica-se o disposto no caput: Pode ser reputada ineficaz DE Cabe ao réu alegar na contes-
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento re- OFÍCIO pelo juiz tação, sob pena de preclusão.
lativa ao mesmo ato jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
FPPC237. (art. 55, §2º, I e II) O rol do art. 55, § 2º, I e II, é exem- SÚMULAS SOBRE COMPETÊNCIA
plificativo. Súmula 1-STJ: O foro do domicílio ou da residência do
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que alimentando é o competente para a ação de investigação de
POSSAM GERAR RISCO DE PROLAÇÃO DE DECISÕES CONFLI- paternidade, quando cumulada com a de alimentos
TANTES OU CONTRADITÓRIAS caso decididos separadamente, Súmula 33-STJ: A incompetência relativa não pode ser
MESMO SEM CONEXÃO ENTRE ELES. [Teoria Materialista – declarada de ofício.
Conexão por Prejudicialidade] O CPC/2015 prevê uma exceção a essa súmula no § 3º do art. 63
“§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se
abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que
Dia 3 / 10

determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio Súmula 161-STJ: É da competência da Justiça Estadual autori-
do réu.” Assim, em regra, a incompetência relativa não pode zar o levantamento dos valores relativos ao PIS / PASEP e
ser reconhecida de ofício pelo juiz, ou seja, a própria parte FGTS, em decorrência do falecimento do titular da conta.
prejudicada é quem deverá alegar. EXCEÇÃO: o foro de eleição Súmula 218-STJ: Compete à Justiça dos Estados processar e
é uma regra de incompetência relativa. Mesmo assim, ela julgar ação de servidor estadual decorrente de direitos e
pode ser reconhecida de ofício pelo magistrado se o foro de vantagens estatutárias no exercício de cargo em comissão.
eleição for abusivo. Súmula 224-STJ: Excluído do feito o ente federal, cuja presença
Súmula 206-STJ: A existência de vara privativa, instituída por lei levara o Juiz Estadual a declinar da competência, deve o Juiz
estadual, não altera a competência territorial resultante das leis Federal restituir os autos e não suscitar conflito.
de processo. Súmula 270-STJ: O protesto pela preferência de crédito, apre-
Os Estados-Membros, suas autarquias e fundações, não possu- sentado por ente federal em execução que tramita na Justiça
em foro privilegiado (privativo) na capital, podendo ser deman- Estadual, não desloca a competência para a Justiça Federal.
dados em qualquer comarca do seu território onde a obrigação Súmula 363-STJ: Compete à Justiça estadual processar e julgar
tenha que ser satisfeita (art. 53, III, “d”, do CPC 2015). Assim, a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra
NÃO É VÁLIDA LEI ESTADUAL QUE PREVEJA FORO PRIVATI- cliente.
VO NA CAPITAL PARA AS DEMANDAS INTENTADAS CON- Súmula 505-STJ: A competência para processar e julgar as de-
TRA O ESTADO-MEMBRO. Vale ressaltar, no entanto, que se o mandas que têm por objeto obrigações decorrentes dos contra-
autor propuser a ação na capital do Estado, esta deverá tra- tos de planos de previdência privada firmados com a Fundação
mitar na Vara Especializada da Fazenda Pública. Rede Ferroviária de Seguridade Social – REFER é da Justiça es-
tadual.
SÚMULAS SOBRE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL Súmula 506-STJ: A Anatel não é parte legítima nas demandas
entre a concessionária e o usuário de telefonia decorrentes de
STF relação contratual.
Súmula vinculante 27-STF: Compete à Justiça Estadual julgar Súmula 553-STJ: Nos casos de empréstimo compulsório so-
causas entre consumidor e concessionária de serviço público de bre o consumo de energia elétrica, é competente a Justiça
telefonia, quando a Anatel não seja litisconsorte passiva ne- estadual para o julgamento de demanda proposta exclusiva-
cessária, assistente nem opoente. mente contra a Eletrobrás. Requerida a intervenção da União
Súmula 501-STF: Compete a justiça ordinária estadual o pro- no feito após a prolação de sentença pelo juízo estadual, os au -
cesso e o julgamento, em ambas as instâncias, das causas de tos devem ser remetidos ao Tribunal Regional Federal compe-
acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a união, tente para o julgamento da apelação se deferida a intervenção.
suas autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia
mista. SÚMULAS SOBRE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL
Súmula 508-STF: Compete a justiça estadual, em ambas as
STF
instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o Ban-
co do Brasil, S.A.. Súmula 517-STF: As sociedades de economia mista só tem foro
Súmula 516-STF: O Serviço Social da Indústria (SESI) está sujei- na justiça federal, quando a união intervém como assistente ou
to a jurisdição da justiça estadual. opoente.
Súmula 556-STF: É competente a justiça comum (justiça esta- Súmula 689-STF: O segurado pode ajuizar ação contra a insti-
dual) para julgar as causas em que é parte sociedade de eco- tuição previdenciária perante o juízo federal do seu domicílio
nomia mista. ou nas varas federais da Capital do Estado-Membro.
As sociedades de economia mista, ainda que mantidas pela Uni-
STJ
ão, não são julgadas pela Justiça Federal. Houve uma opção do
constituinte de não incluir tais empresas estatais no rol do art. Súmula 32-STJ: Compete à Justiça Federal processar justifica-
109 da CF/88. ções judiciais destinadas a instruir pedidos perante entidades
que nela tem exclusividade de foro, ressalvada a aplicação do
STJ
art. 15, II, da Lei 5010/66.
Súmula 15-STJ: Compete à Justiça Estadual processar e julgar Súmula 66-STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar
os litígios decorrentes de acidente do trabalho. execução fiscal promovida por conselho de fiscalização pro-
Válida, mas apenas nos casos de ação proposta contra o INSS fissional.
pleiteando benefício decorrente de acidente de trabalho. Súmula 82-STJ: Compete à Justiça Federal, excluídas as recla-
Súmula 34-STJ: Compete à Justiça Estadual processar e julgar mações trabalhistas, processar e julgar os feitos relativos à
causa relativa a mensalidade escolar, cobrada por estabeleci- movimentação do FGTS.
mento particular de ensino. Súmula 150-STJ: Compete à Justiça Federal decidir sobre a
Súmula 42-STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar existência de interesse jurídico que justifique a presença, no
e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de econo- processo, da união, suas autarquias ou empresas públicas.
mia mista e os crimes praticados em seu detrimento. Súmula 173-STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar o
Súmula 55-STJ: Tribunal Regional Federal não é competente pedido de reintegração em cargo público federal, ainda que o
para julgar recurso de decisão proferida por juiz estadual não servidor tenha sido dispensado antes da instituição do regime
investido de jurisdição federal. jurídico único
Súmula 137-STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar Súmula 254-STJ: A decisão do Juízo Federal que exclui da rela-
e julgar ação de servidor público municipal, pleiteando direitos ção processual ente federal não pode ser reexaminada no Juí-
relativos ao vinculo estatutário. zo Estadual.
Dia 3 / 11

Súmula 324-STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar FPPC488. (art. 64, §§3º e 4º; art. 968, §5º; art. 4º; Lei 12.016/2009)
ações de que participa a Fundação Habitacional do Exército, No mandado de segurança, havendo equivocada indicação
equiparada à entidade autárquica federal, supervisionada pelo da autoridade coatora, o impetrante deve ser intimado para
Ministério do Exército. emendar a petição inicial e, caso haja alteração de competên-
Súmula 349-STJ: Compete à Justiça Federal ou aos juízes com cia, o juiz remeterá os autos ao juízo competente
competência delegada o julgamento das execuções fiscais de
contribuições devidas pelo empregador ao FGTS. Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não
Súmula 365-STJ: A intervenção da União como sucessora da alegar a incompetência em preliminar de contestação.
Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) desloca a competência Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada
para a Justiça Federal ainda que a sentença tenha sido pro- pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
ferida por Juízo estadual.
Súmula 570-STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julga- Art. 66. Há conflito de competência quando:
mento de demanda em que se discute a ausência de ou o obs- I - 2 ou mais juízes se declaram competentes;
táculo ao credenciamento de instituição particular de ensino su- II - 2 ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um
perior no Ministério da Educação como condição de expedição ao outro a competência;
de diploma de ensino a distância aos estudantes. III - entre 2 ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião
ou separação de processos.
SÚMULAS SOBRE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada
deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo.
Súmula 368-STJ: Compete à Justiça comum estadual processar
e julgar os pedidos de retificação de dados cadastrais da Justiça CAPÍTULO II
Eleitoral. DA COOPERAÇÃO NACIONAL
Súmula 374-STJ: Compete à Justiça Eleitoral processar e julgar Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, es-
a ação para anular débito decorrente de multa eleitoral pecializado ou comum, em todas as instâncias e graus de jurisdi-
ção, inclusive aos tribunais superiores, incumbe o dever de recíp-
SÚMULAS SOBRE COMPETÊNCIA PELO FORO roca cooperação, por meio de seus magistrados e servidores.
DA SITUAÇÃO DA COISA
Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de coopera-
STF ção para prática de qualquer ato processual.
Súmula 363-STF: A pessoa jurídica de direito privado pode ser
demandada no domicílio da agência, ou estabelecimento, em Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser pronta-
que se praticou o ato. mente atendido, prescinde de forma específica e pode ser exe-
cutado como:
STJ I - auxílio direto;
Súmula 11-STJ: A presença da União ou de qualquer de seus II - reunião ou apensamento de processos;
entes, na ação de usucapião especial, não afasta a competên- III - prestação de informações;
cia do foro da situação do imóvel. IV - atos concertados entre os juízes cooperantes.
Súmula 238-STJ: A avaliação da indenização devida ao proprie- § 1o As cartas de ordem, precatória e arbitral seguirão o regime
tário do solo, em razão de alvará de pesquisa mineral, é proces- previsto neste Código.
sada no Juízo Estadual da situação do imóvel § 2o Os atos concertados entre os juízes cooperantes poderão
Súmula 376-STJ: Compete à turma recursal processar e julgar consistir, além de outros, no estabelecimento de procedimento
o mandado de segurança contra ato de juizado especial. para:
I - a prática de citação, intimação ou notificação de ato;
II - a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimen-
Seção III
tos;
Da Incompetência
III - a efetivação de tutela provisória;
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada
IV - a efetivação de medidas e providências para recuperação e
como questão preliminar de contestação.
preservação de empresas;
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer
V - a facilitação de habilitação de créditos na falência e na recu-
tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.
peração judicial;
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imedia-
VI - a centralização de processos repetitivos;
tamente a alegação de incompetência.
VII - a execução de decisão jurisdicional.
§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos se-
§ 3o O pedido de cooperação judiciária pode ser realizado entre
rão remetidos ao juízo competente.
órgãos jurisdicionais de diferentes ramos do Poder Judiciário.
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão
os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até
que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. FPPC4. (art. 69, § 1º) A carta arbitral tramitará e será proces-
[TRANSLATIO IUDICI] sada no Poder Judiciário de acordo com o regime previsto no
Código de Processo Civil, respeitada a legislação aplicável.
FPPC5. (art. 69, § 3º) O pedido de cooperação jurisdicional po-
FPPC238. (art. 64, caput e §4º) O aproveitamento dos efeitos
derá ser realizado também entre o árbitro e o Poder Judiciá-
de decisão proferida por juízo incompetente aplica-se tanto à
rio.
competência absoluta quanto à relativa. TRANSLATIO IUDICI
Dia 3 / 12

________Codigo Penãl________ socialmente reprovável.


OBS: para esta teoria, o dolo e a culpa
integram o fato típico (finalismo), mas
TEORIAS DA CONDUTA são novamente analisados no juízo da
culpabilidade (causalismo).
Idealizada por Von Liszt, Beling, Rad-
bruch. Ganham força e espaço na década de
Início do século XIX. 1970, discutidas com ênfase na Alema-
TEORIA Marcadas pelos ideais positivistas. nha.
CAUSALISTA Segue o método empregado pelas ciên- FUNCIONALISMO Buscam adequar a dogmática penal
(Causal-Naturalista/ cias naturais Teorias aos fins do Direito Penal.
Clássica/ Naturalísti- Crime: (Teoria tripartite) - Fato típico Funcionalistas Percebem que o Direito Penal tem neces-
ca/ Mecanicista) (conduta), Ilicitude e Culpabilidade sariamente uma missão e que seus insti-
Conduta: Movimento corporal voluntá- tutos devem ser compreendidos de acor-
rio que produz uma modificação no do com essa missão – (edificam o Direito
mundo exterior, perceptível pelos senti- Penal a partir da função que lhe é confe-
dos. rida).
Experimentação Conclusão: a conduta deve ser com-
preendida de acordo com a missão con-
Idealizada por Edmund Mezger. ferida ao direito penal.
Desenvolvida nas primeiras décadas do
TEORIA século XX. ROXIN (ESCOLA DE MUNIQUE)
NEOKANTISTA Tem base causalista CRIME: fato típico (conduta), ilícito e
(Causal-Valorativa/ Fundamenta-se em uma visão neoclássi- REPROVÁVEL (imputabilidade, poten-
Neoclássica/ ca, marcada pela superação do positi- FUNCIONALISMO cial consciência da ilicitude, exigibili-
Normativista) vismo, introduzindo a racionalização do TELEOLÓGICO dade de conduta diversa e necessidade
método (Dualista/ da pena).
Conduta: Comportamento humano vo- Moderado/ OBS: Roxin busca a reconstrução do Di-
luntário causador de um resultado. Da Política Criminal/ reito Penal com base em critérios po-
Valoração Valorativo) lítico-criminais.
Missão do Direito Penal: proteção de
Criada por Hans Welzel. bens jurídicos. Proteger os valores es-
Meados do século XX (1930 – 1960). senciais à convivência social harmônica.
Percebe que o dolo e a culpa estavam in- Conduta: Comportamento humano vo-
seridos no substrato errado (não devem luntário causador de relevante e intolerá-
integrar a culpabilidade). vel lesão ou perigo de lesão ao bem ju-
TEORIA FINALISTA Conduta: Comportamento humano vo- rídico tutelado.
(Ôntico- luntário psiquicamente dirigido a um fim
Fenomenológica) (toda conduta é orientada por um que- JAKOBS (ESCOLA DE BONN)
rer). CRIME: fato típico (conduta), ilícito e
OBS: Para Welzel, toda consciência é in- culpável (imputabilidade, potencial
tencional. consciência da ilicitude e exigibilidade
OBS: Retira do dolo seu elemento nor- de conduta diversa).
mativo (consciência da ilicitude). OBS: Para Jakobs, o Direito Penal deve vi-
OBS: Culpabilidade formada apenas sar primordialmente à reafirmação da
por elementos normativos (potencial FUNCIONALISMO norma violada e ao fortalecimento das
consciência da ilicitude, exigibilidade SISTÊMICO expectativas de seus destinatários.
de conduta diversa, imputabilidade). (Monista/ Missão do Direito Penal: Assegurar a
OBS: Dolo normativo (consciência da ili- Radical) vigência do sistema. Está relativamente
citude) passa a ser dolo natural/valora- vinculada à noção de sistemas sociais
tivamente neutro (dolo sem consciência (Niklas Luhmann).
da ilicitude). Conduta: Comportamento humano vo-
Dica: supera-se a cegueira do causalismo luntário causador de um resultado vio-
com um finalismo vidente. lador do sistema, frustrando as expecta-
tivas normativas.
Desenvolvida por Wessels, tendo como OBS: Ação é produção de resultado evi-
principal adepto Jescheck. tável pelo indivíduo (teoria da evitabili-
A pretensão desta teoria não é substituir dade individual).
as teorias clássica e finalista, mas acres- OBS: O agente é punido porque violou a
TEORIA SOCIAL DA centar-lhes uma nova dimensão, qual norma e a pena visa reafirmar a norma
AÇÃO seja, a relevância social do comporta- violada.
mento.
Conduta: Comportamento humano vo-
luntário psiquicamente dirigido a um fim, TEORIA Conduta: Movimento corporal voluntário
Dia 3 / 13

CAUSALISTA que produz uma modificação no mundo ex- CULPABILIDADE de motivos do CP.
terior, perceptível pelos sentidos. (prevalece no Apesar de previso no art. 20, §1° que o
Brasil) agente fica isento de pena, a conse-
TEORIA Conduta: Comportamento humano volun-
quência será a exclusão da tipicidade
NEOKANTISTA tário causador de um resultado.
(ausência de dolo e culpa).
TEORIA Conduta: Comportamento humano volun-
TEORIA EXTREMADA Equipara-se a erro de proibição. Se
FINALISTA tário psiquicamente dirigido a um fim (toda
DA CULPABILIDADE inevitável, isenta o agente de pena; se
conduta é orientada por um querer).
evitável, diminui a pena.
TEORIA SOCIAL Conduta: Comportamento humano volun-
TEORIA EXTREMADA De acordo com essa teoria, o art. 20,
DA AÇÃO tário psiquicamente dirigido a um fim, soci-
“SUI GENERIS” DA §1°, CP, reúne as duas teorias anteriores,
almente reprovável.
CULPABILIDADE seguindo a extremada, quando o erro é
FUNCIONALISMO Conduta: Comportamento humano volun- inevitável, e a limitada, quando o erro é
TELEOLÓGICO tário causador de relevante e intolerável le- evitável.
são ou perigo de lesão ao bem jurídico
tutelado. Erro determinado por terceiro
FUNCIONALISMO Conduta: Comportamento humano volun- § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
SISTÊMICO tário causador de um resultado violador Erro sobre a pessoa
do sistema, frustrando as expectativas nor- § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é prati-
mativas. cado NÃO ISENTA de pena. Não se consideram, neste caso, as
condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra
quem o agente queria praticar o crime.
Erro sobre elementos do tipo
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de
Erro sobre a ilicitude do fato (ERRO DE PROIBIÇÃO)
crime exclui o dolo (SEMPRE), mas permite a punição por cri-
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro so-
me culposo, se previsto em lei.
bre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitá-
vel, poderá diminuí-la de 1/6 a 1/3.
ERRO DE TIPO ERRO DE PROIBIÇÃO Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente
Inevitável: exclui dolo e culpa Inevitável: isenta o agente de atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quan-
pena do lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa
consciência.
Evitável: pune a culpa, se pre- Evitável: diminui a pena
vista em lei Coação irresistível e obediência hierárquica
O agente NÃO SABE o que O agente SABE o que faz, Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em
faz. mas pensa que sua conduta estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de su-
é lícita perior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.

Erro sobre os elementos objeti- Erro quanto à ilicitude da con-


Causa legal de EXCLUSÃO DA CULPABILIDADE por inexigibilida-
vos do tipo duta
de de conduta diversa.
Má interpretação sobre os FA- Afasta a POTENCIAL CONS-
TOS CIÊNCIA DA ILICITUDE. Exclusão de ilicitude
Não há erro sobre a situação Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato :
fática, mas não há a exata I - em estado de necessidade;
compreensão sobre os LIMI- II - em legítima defesa;
TES JURÍDICOS DA LICITUDE III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercí-
da conduta. cio regular de direito.
Exclui CRIME Exclui PENA Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses des-
te artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
Descriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justifi-
cado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se exis- O rol do art. 23 não é taxativo, pois admite causas supralegais,
tisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando como consentimento do ofendido.
o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. As fontes das causas de justificação são:
- A lei (estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de
direito),
O ERRO sobre os PRESSUPOSTOS FÁTICOS deve ser tratado
- A necessidade (estado de necessidade e legítima defesa)
como erro de tipo ou de proibição?
- A falta de interesse (consentimento do ofendido).
O erro sobre os pressupostos fáticos
Os efeitos das causas excludentes de antijuridicidade se es-
deve equiparar-se a ERRO DE TIPO. Se
tendem à esfera extrapenal. (CPP, art. 65. Faz coisa julgada
TEORIA LIMITADA inevitável, exclui dolo e culpa; se evitá-
no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato pratica-
DA vel, pune a culpa. Prevista na exposição
do em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito
Dia 3 / 14

cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito). ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável
exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha
RELAÇÃO ENTRE TIPICIDADE E ILICITUDE o dever legal de enfrentar o perigo.
VON BELING (1906) § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito
A tipicidade não tem qualquer re- ameaçado, a pena poderá ser reduzida de 1/3 a 2/3.
lação com a ilicitude.
TEORIA DA AUTONOMIA CUIDADO: excluída a ilicitude o Exige saída cômoda (commodus discessus).
OU ABSOLUTA fato permanece típico.
Perigo iminente não configura estado de necessidade.
INDEPENDÊNCIA Ex: Fulano mata Beltrano – temos
um fato típico. Comprovado que
Fulano agiu em legítima defesa, TEORIA DIFERENCIADORA TEORIA UNITÁRIA
exclui a ilicitude, mas permanece o CPM arts. 39 e 45 CP art. 24, §2°
fato típico.
Estado de necessidade justifi- Estado de necessidade justifi-
MAYER (1915) cante cante
A existência de fato típico gera Exclui a ilicitude Exclui a ilicitude
presunção de ilicitude. Bem jurídico: vale + ou = (vida) Bem jurídico: vale + ou = (vida)
- Relativa dependência. Bem sacrificado: vale – (patri- Bem sacrificado: vale – (patri-
CUIDADO: excluída a ilicitude, o mônio) mônio)
fato permanece típico.
Estado de necessidade excul- #E no caso do bem protegido
Ex: Fulano mata Beltrano. Compro-
pante valer menos que o bem sacri-
TEORIA DA va a tipicidade, presume-se a ilici-
Exclui a culpabilidade ficado? Pode servir como dimi-
INDICIARIEDADE OU tude. Fulano tem que provar que
Bem jurídico: vale - (patrimô- nuição de pena.
RATIO COGNOSCENDI agiu em legítima defesa. Compro-
nio)
Adotada no Brasil vando, desaparece a ilicitude, mas
Bem sacrificado: vale + (vida)
o fato continua típico.
De acordo com a maioria da dou-
trina, o Brasil seguiu a TEORIA DA Legítima defesa
INDICIARIEDADE, isto é, provada Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando MO-
a tipicidade, presume-se relati- DERADAMENTE dos MEIOS NECESSÁRIOS, repele injusta
vamente a ilicitude, provocando agressão, atual OU IMINENTE, a direito seu ou de outrem.
inversão do ônus da prova nas Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput des-
descriminantes. te artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de
segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a
MEZGER (1930) vítima mantida refém durante a prática de crimes. (LEI
TEORIA DA ABSOLUTA A ilicitude é essência da tipicida- 13964/19)
DEPENDÊNCIA OU de, numa relação de absoluta de-
RATIO ESSENDI pendência.
Não exige saída cômoda (commodus discessus).
CUIDADO: excluída a ilicitude, ex-
clui-se o fato típico (tipo total in- O uso moderado é dos meios necessários e não dos meios dis-
justo). poníveis.
Chega no mesmo resultado da 3ª
teoria, mas por outro caminho. TÍTULO III
De acordo com essa teoria, o tipo DA IMPUTABILIDADE PENAL
penal é composto de elementos Inimputáveis
positivos (explícitos) e elementos Art. 26 – [CRITÉRIO BIOPSICOLÓGICO] É isento de pena o
negativos (implícitos). agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
TEORIA DOS ELEMENTOS ATENÇÃO: para que o fato seja incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão,
NEGATIVOS DO TIPO típico, é preciso praticar os ele- inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
mentos positivos do tipo, e não determinar-se de acordo com esse entendimento. (Causa de ex-
praticar os elementos negativos clusão da culpabilidade)
do tipo. Redução de pena
Ex: matar alguém. Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de 1/3 a 2/3, se
Elementos positivos: matar alguém. o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por de-
Elementos negativos: estado ne- senvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteira-
cessidade/legítima defesa. mente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determi-
nar-se de acordo com esse entendimento.
Estado de necessidade
Menores de 18 anos
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pra-
Art. 27 - [CRITÉRIO BIOLÓGICO] Os menores de 18 anos
tica o fato para salvar de PERIGO ATUAL, que não provocou
são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas esta-
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio
belecidas na legislação especial.
Dia 3 / 15

TEORIA PLURALISTA A cada um dos agentes se atribui con-


Emoção e paixão (TEORIA DA duta, razão pela qual cada um responde
Art. 28 - NÃO EXCLUEM a imputabilidade penal: CUMPLICIDADE- por delito autônomo. Haverá tantos
I - a emoção ou a paixão; DELITO DISTINTO ou crimes quanto sejam os agentes que
Embriaguez TEORIA DA concorrem para o fato.
II - a embriaguez, VOLUNTÁRIA OU CULPOSA, pelo álcool AUTONOMIA DA Cada um responde pelo seu crime. Ado-
ou substância de efeitos análogos. CONCORRÊNCIA) tada pelo CP em casos excepcionais.
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez com-
pleta, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao Tem-se um crime para os executores
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de enten- do núcleo e outro aos que não o rea-
der o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com lizam, mas concorrem de qualquer
esse entendimento. TEORIA DUALISTA modo. Divide a responsabilidade dos
§ 2º - A pena pode ser reduzida de 1/3 a 2/3, se o agente, autores e dos partícipes.
por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não Crime único para autores principais
possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade (participação primária) e outro crime
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acor - único para os autores secundários/par-
do com esse entendimento. tícipes (participação secundária).

Quando se fala em embriaguez, trabalha-se com a TEORIA DA PUNIÇÃO DO PARTÍCIPE


AÇÃO LIVRE NA CAUSA (“ACTIO LIBERA IN CAUSA”), segun-
TEORIA DA Para punir o partícipe, basta que o
do a qual na embriaguez, o livre-arbítrio não é aferido no mo-
mento da prática da conduta, mas sim se ação foi livre no ACESSORIEDADE fato principal seja típico.
momento da ingestão da substância. MÍNIMA
TEORIA DA Para punir o partícipe, basta que o
TÍTULO IV ACESSORIEDADE fato principal seja típico e ilícito, in-
DO CONCURSO DE PESSOAS MÉDIA / LIMITADA dependentemente da culpabilidade e
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime
(PREVALECE) da punibilidade do agente.
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabi-
lidade. (TEORIA UNITÁRIA) TEORIA DA Para punir o partícipe, basta que o
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena ACESSORIEDADE fato principal seja típico, ilícito e cul-
pode ser diminuída de 1/6 a 1/3. MÁXIMA pável.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime
(EXTREMADA)
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será au-
mentada até 1/2 (metade), na hipótese de ter sido previsível o TEORIA DA Para punir o partícipe, o fato principal
resultado mais grave. HIPERACESSORIEDADE deve ser típico, ilícito, culpável e pu-
nível.
A codelinquência será configurada quando houver reconheci-
mento da prática da mesma infração por todos os agentes. Circunstâncias incomunicáveis
Depende de cinco requisitos para sua configuração: Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições
a) pluralidade de agentes culpáveis; de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
b) relevância causal das condutas para a produção do resultado;
c) vínculo subjetivo; Casos de impunibilidade
d) unidade de infração penal para todos os agentes; e Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio,
e) existência de fato punível. salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o
crime não chega, pelo menos, a ser tentado (PARTICIPAÇÃO
CONCURSO DE AGENTES IMPUNÍVEL)

O crime é único para todos os con- _____Codigo de Proçesso Penãl____


correntes.
Regra no CP.
TÍTULO III
A pena será aplicada na medida da
DA AÇÃO PENAL
culpabilidade de cada agente. O juiz
TEORIA MONISTA fixará a pena levando em consideração AÇÃO PENAL PÚBLICA AÇÃO PENAL PRIVADA
(UNITÁRIA OU circunstâncias relacionadas ao fato, à Divide-se em: Divide-se em:
IGUALITÁRIA) vítima e ao agente. a) ação penal pública incondi- a) ação penal privada persona-
Segundo Luiz Regis Prado, o CP adotou cionada; líssima;
a teoria monista de forma matizada b) ação penal pública condici- b) ação penal privada propria-
ou temperada, já que estabeleceu cer- onada; mente dita;
tos graus de participação e um verda- c) ação penal pública subsidiá- c) ação penal privada subsidiá-
deiro reforço do princípio constitucional ria da pública. ria da pública.
da individualização da pena.
A peça acusatória é a denún- A peça acusatória é a queixa-
Dia 3 / 16

cia. crime. do órgão a quem couber a sua representação judicial. (LEI


*Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
13964/19)

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida ARQUIVAMENTO MP deixa de oferecer a denúncia por en-
por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei INDIRETO tender que o juízo perante o qual oficia é
o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação incompetente.
do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
Se o arquivamento partir diretamente do
§ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado
PGR ou do PGJ, O TRIBUNAL NÃO PODE-
ausente por decisão judicial, o direito de representação passará
ARQUIVAMENTO RÁ INVOCAR O ART. 28 do CPP. Caberá,
ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CADI)
ORIGINÁRIO porém, no âmbito federal, recurso admi-
§ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detri-
nistrativo à Câmara de Coordenação e
mento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Municí-
Revisão.
pio, a AÇÃO PENAL SERÁ PÚBLICA.
MP oferece a denúncia em face de apenas
um ou alguns dos crimes nele narrados ou
A companheira, em união estável homoafetiva reconhecida,
ARQUIVAMENTO dos acusados, deixando de oferecer, sem
goza do mesmo status de cônjuge para o processo penal,
IMPLÍCITO OU motivo justificado, pelos outros.
possuindo legitimidade para ajuizar a ação penal privada.
TÁCITO STF: O sistema processual penal brasileiro
STJ. Corte Especial. APn 912-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em
não prevê a figura do arquivamento im-
07/08/2019 (Info 654).
plícito de inquérito policial.

Art. 25. A representação será irretratável, DEPOIS DE OFE-


RECIDA a denúncia. ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL

ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19


CPP LEI MARIA DA PENHA
MP requeria o arquivamento MP ordena o arquivamento e
A representação será irretra- Só será admitida a renúncia à ao juiz, que homologava ou remete os autos à instância de
tável, DEPOIS DE OFERECIDA representação perante o juiz não. revisão ministerial para fins de
a denúncia. ANTES DO RECEBIMENTO da homologação
denúncia
Arquivamento realizado na Arquivamento realizado no
justiça âmbito do MP
Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com
o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedi- STF suspendeu a eficácia da
da pela autoridade judiciária ou policial alteração do procedimento
de arquivamento do
inquérito policial (art. 28,
Processo judicialiforme. Artigo não recepcionado pela CF/88.
caput))

Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciati-


Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o
va do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública,
investigado confessado formal e circunstancialmente a
fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria
prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e
e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
com pena mínima inferior a 4 anos , o Ministério Público poderá
propor ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL, desde que
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime,
quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão
mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e
do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à
alternativamente: (LEI 13964/19)
autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de
I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na
revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.
impossibilidade de fazê-lo; (LEI 13964/19)
(LEI 13964/19)
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo
Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do
STF suspendeu a eficácia da alteração do procedimento de crime; (LEI 13964/19)
arquivamento do inquérito policial (art. 28, caput)). MEDIDA III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por
CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 6.298
período correspondente à pena mínima cominada ao delito
diminuída de 1/3 a 2/3, em local a ser indicado pelo juízo da
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de dezembro de 1940 (Código Penal); (LEI 13964/19)
30 dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do
revisão da instância competente do órgão ministerial, art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
conforme dispuser a respectiva lei orgânica. (LEI 13964/19) (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detri- indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente,
mento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquiva- como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos
mento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia aparentemente lesados pelo delito; ou (LEI 13964/19)
Dia 3 / 17

V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada § 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em pro-
pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível por o acordo de não persecução penal, o investigado poderá
com a infração penal imputada. (LEI 13964/19) requerer a remessa dos autos a órgão superior, na forma do
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se art. 28 deste Código. (LEI 13964/19)
refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas de
aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto. (LEI ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL
13964/19)
§ 2º O disposto no caput deste artigo NÃO SE APLICA nas RESOLUÇÃO 181/17 DEPOIS DA LEI 13964/19
seguintes hipóteses: (LEI 13964/19) Pena mínima inferior a 4 Pena mínima inferior a 4
I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados anos anos
Especiais Criminais, nos termos da lei; (LEI 13964/19)
II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos Crime não for cometido com Investigado confessado
probatórios que indiquem conduta criminal habitual, violência ou grave ameaça a formal e circunstancialmente
reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações pessoa, o investigado tiver a prática de infração penal
penais pretéritas; (LEI 13964/19) confessado formal e circuns- sem violência ou grave
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 anos anteriores ao tanciadamente a sua prática ameaça
cometimento da infração, em acordo de não persecução
CONDIÇÕES: CONDIÇÕES:
penal, transação penal ou suspensão condicional do processo;
I – reparar o dano ou restituir I - reparar o dano ou restituir
e (LEI 13964/19)
a coisa à vítima, salvo impos- a coisa à vítima, exceto na
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica
sibilidade de fazê-lo; impossibilidade de fazê-lo;
ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da
II – renunciar voluntariamen- II - renunciar
condição de sexo feminino, em favor do agressor. (LEI
te a bens e direitos, indicados voluntariamente a bens e
13964/19)
pelo Ministério Público como direitos indicados pelo
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por
instrumentos, produto ou pro- Ministério Público como
escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público,
veito do crime; instrumentos, produto ou
pelo investigado e por seu defensor. (LEI 13964/19)
II – prestar serviço à comuni- proveito do crime;
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal,
dade ou a entidades públicas III - prestar serviço à
será realizada audiência na qual o juiz deverá verificar a sua
por período correspondente comunidade ou a entidades
voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na presença
à pena mínima cominada ao públicas por período
do seu defensor, e sua legalidade. (LEI 13964/19)
delito, diminuída de 1/3 a correspondente à pena
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as
2/3, em local a ser indicado mínima cominada ao delito
condições dispostas no acordo de não persecução penal,
pelo Ministério Público; diminuída de 1/3 a 2/3, em
devolverá os autos ao Ministério Público para que seja
IV – pagar prestação pecuniá- local a ser indicado pelo juízo
reformulada a proposta de acordo, com concordância do
ria, a ser estipulada nos termos da execução, na forma do art.
investigado e seu defensor. (LEI 13964/19)
do art. 45 do Código Penal, a 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução
entidade pública ou de inte- 7 de dezembro de 1940
penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para que
resse social a ser indicada pelo (Código Penal);
inicie sua execução perante o juízo de execução penal. (LEI
Ministério Público, devendo a IV - pagar prestação
13964/19)
prestação ser destinada prefe- pecuniária, a ser estipulada
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não
rencialmente àquelas entidades nos termos do art. 45 do
atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a
que tenham como função pro- Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
adequação a que se refere o § 5º deste artigo.
teger bens jurídicos iguais ou dezembro de 1940 (Código
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao
semelhantes aos aparentemen- Penal), a entidade pública ou
Ministério Público para a análise da necessidade de
te lesados pelo delito; de interesse social, a ser
complementação das investigações ou o oferecimento da
V – cumprir outra condição indicada pelo juízo da
denúncia. (LEI 13964/19)
estipulada pelo Ministério Pú- execução, que tenha,
§ 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não
blico, desde que proporcional preferencialmente, como
persecução penal e de seu descumprimento. (LEI 13964/19)
e compatível com a infração função proteger bens jurídicos
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no
penal aparentemente pratica- iguais ou semelhantes aos
acordo de não persecução penal, o Ministério Público deverá
da. aparentemente lesados pelo
comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior
delito; ou
oferecimento de denúncia. (LEI 13964/19)
V - cumprir, por prazo deter-
§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal
minado, outra condição indi-
pelo investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério
cada pelo Ministério Público,
Público como justificativa para o eventual não oferecimento
desde que proporcional e com-
de suspensão condicional do processo. (LEI 13964/19)
patível com a infração penal
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não
imputada.
persecução penal não constarão de certidão de antecedentes
criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste NÃO CABÍVEL: NÃO CABÍVEL:
artigo. (LEI 13964/19) I – for cabível a transação pe- I - se for cabível transação
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, nal, nos termos da lei; penal de competência dos
o juízo competente decretará a extinção de punibilidade. (LEI II – o dano causado for supe- Juizados Especiais Criminais,
13964/19)
Dia 3 / 18

rior a 20 salários mínimos ou nos termos da lei; Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 e maior de 18 anos,
a parâmetro econômico diver- II - se o investigado for o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu re-
so definido pelo respectivo ór- reincidente ou se houver presentante legal.
gão de revisão, nos termos da elementos probatórios que
regulamentação local; indiquem conduta criminal Não existe mais representante legal de pessoa natural que já
III – o investigado incorra em habitual, reiterada ou completou 18 anos. Por consequência, não existe mais a
alguma das hipóteses previs- profissional, exceto se possibilidade de dupla legitimação para o oferecimento de
tas no art. 76, § 2º, da Lei nº insignificantes as infrações queixa: ou o ofendido é menor de 18 anos e só o seu
9.099/95; penais pretéritas; representante tem legitimação (art. 33, CPP); ou ele já
IV – o aguardo para o cum- III - ter sido o agente completou esta idade e o exercício do direito de queixa é
primento do acordo possa beneficiado nos 5 anos exclusivamente seu.
acarretar a prescrição da pre- anteriores ao cometimento *http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitu-
tensão punitiva estatal; da infração, em acordo de ra&artigo_id=143
V – o delito for hediondo ou não persecução penal,
equiparado e nos casos de in- transação penal ou Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito
cidência da Lei nº 11.340, de suspensão condicional do de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente
7 de agosto de 2006; processo; e mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, po-
VI – a celebração do acordo IV - nos crimes praticados no dendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o
não atender ao que seja ne- âmbito de violência domésti- querelante desista da instância ou a abandone.
cessário e suficiente para a ca ou familiar, ou praticados
reprovação e prevenção do contra a mulher por razões Art. 37. As fundações, associações ou sociedades legalmente
crime. da condição de sexo femini- constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser represen-
no, em favor do agressor. tadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem
ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes.
Caberá RESE da decisão, des-
---------------------------------- pacho ou sentença que recusar Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu
---------------------------------- homologação à proposta de representante legal, decairá no direito de queixa ou de repre-
-- acordo de não persecução sentação, se não o exercer dentro do prazo de 6 meses, conta-
penal, previsto no art. 28-A do do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no
desta Lei. caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o ofereci -
mento da denúncia.
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pú- Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de
blica, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Mi- queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos
nistério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denún- arts. 24, parágrafo único, e 31.
cia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, for-
necer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido,
no caso de negligência do querelante, retomar a ação como pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, me-
parte principal (AÇÃO PENAL INDIRETA) diante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Mi-
nistério Público, ou à autoridade policial.
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para repre- § 1o A representação feita oralmente ou por escrito, sem as-
sentá-lo caberá intentar a ação privada. sinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu represen-
tante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declara- ou autoridade policial, presente o órgão do Ministério Público,
do ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou quando a este houver sido dirigida.
prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descenden- § 2o A representação conterá todas as informações que pos-
te ou irmão (CADI) sam servir à apuração do fato e da autoria.
§ 3o Oferecida ou reduzida a termo a representação, a auto-
Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento ridade policial procederá a inquérito, ou, não sendo competente,
da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para remetê-lo-á à autoridade que o for.
promover a ação penal. § 4o A representação, quando feita ao juiz ou perante este
§ 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover reduzida a termo, será remetida à autoridade policial para que
às despesas do processo, sem privar-se dos recursos indispensá- esta proceda a inquérito.
veis ao próprio sustento ou da família. § 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito,
§ 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da autori- se com a representação forem oferecidos elementos que o ha-
dade policial em cuja circunscrição residir o ofendido. bilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a de-
núncia no prazo de 15 dias.
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mental-
mente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os
legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito juízes ou tribunais verificarem a existência de crime de ação públi-
de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, ca, remeterão ao Ministério Público as cópias e os documentos
de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz necessários ao oferecimento da denúncia.
competente para o processo penal.
Dia 3 / 19

Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a EXPOSIÇÃO DO § 2o O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias,
FATO criminoso, com todas as suas circunstâncias, a QUALIFICA- contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os
ÇÃO DO ACUSADO ou esclarecimentos pelos quais se possa autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, entender-se-
identificá-lo, a CLASSIFICAÇÃO do CRIME e, quando necessá- á que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos
rio, o ROL DAS TESTEMUNHAS. do processo.

No momento da denúncia, prevalece o PRINCÍPIO DO IN DENÚNCIA


DUBIO PRO SOCIETATE. STF. 1ª Turma. Inq 4506/DF, rel. Min.
RÉU PRESO RÉU SOLTO
Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em
17/04/2018 (Info 898). 5 dias 15 dias

Art. 42. O Ministério Público NÃO PODERÁ DESISTIR da Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários maiores
ação penal. esclarecimentos e documentos complementares ou novos ele-
mentos de convicção, deverá requisitá-los, diretamente, de quais-
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com po- quer autoridades ou funcionários que devam ou possam fornecê-
deres especiais, devendo constar do instrumento do mandato o los.
nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando
tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime
previamente requeridas no juízo criminal. obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará
pela sua INDIVISIBILIDADE.
Para o STJ, “menção ao fato criminoso” significa que, na
procuração, basta que seja mencionado o tipo penal ou o O PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE APLICA-SE TAMBÉM
nomen iuris do crime, NÃO PRECISANDO IDENTIFICAR A PARA A AÇÃO PENAL PÚBLICA (“DENÚNCIA”)?
CONDUTA.
SIM NÃO
Para o STF, “menção ao fato criminoso” significa que, na
procuração, DEVE SER INDIVIDUALIZADO O EVENTO O princípio da indivisibilidade O princípio da indivisibilidade é
DELITUOSO, não bastando que apenas se mencione o nomen é aplicado tanto para as ações aplicado apenas para as ações
iuris do crime. penais privadas como para as penais privadas, conforme
Caso haja algum vício na procuração para a queixa-crime, esse ações penais públicas. prevê o art. 48 do CPP.
vício deverá ser corrigido antes do fim do prazo decadencial
Havendo indícios de autoria Ação penal privada: princípio
de 6 meses, sob pena de decadência e extinção da
contra os coautores e da INdivisibilidade.
punibilidade.
partícipes, o Ministério Público Ação penal pública: princípio
STF. 2ª Turma. RHC 105920/RJ, Rel. Min. Celso de Mello, julgado
deverá denunciar todos eles. da DIvisibilidade.
em 8/5/2012 (Info 665).
É o entendimento de Renato É a posição que prevalece no
O vício na representação processual do querelante é sanável,
Brasileiro, Fernando da Costa STJ e STF.
desde que dentro do prazo decadencial. STJ. 5ª Turma. AgRg no
Tourinho Filho, Aury Lopes Jr.
REsp 1392388/MG, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em
e outros.
18/08/2015.
*Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
É desnecessário o reconhecimento de firma em procuração
outorgando poderes especiais para a defesa de interesses em O QUE ACONTECE SE A AÇÃO PENAL PRIVADA NÃO FOR
juízo. Precedentes. (HC 119.827/SC, Rel. Min. Jorge Mussi, PROPOSTA CONTRA TODOS?
Quinta Turma, julgado em 15/12/2009)
OMISSÃO VOLUNTÁRIA OMISSÃO INVOLUNTÁRIA
*Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br
(DELIBERADA)
Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa Se ficar demonstrado que o Se ficar demonstrado que a
do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a querelante (aquele que propõe omissão de algum nome foi
quem caberá intervir em todos os termos subsequentes do pro- ação penal privada) deixou, de involuntária, então, neste caso,
cesso. forma deliberada, de oferecer o Ministério Público deverá
a queixa contra um ou mais requerer a intimação do
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o autores ou partícipes, neste querelante para que ele faça o
réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do caso, deve-se entender que aditamento da queixa-crime e
Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 houve de sua parte uma inclua os demais coautores ou
dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se hou- renúncia tácita. partícipes que ficaram de fora.
ver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar- Se o querelante deixou, Se o querelante fizer o
se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público rece- deliberadamente, de oferecer aditamento: o processo
ber novamente os autos. queixa contra um dos autores continuará normalmente.
§ 1o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito poli- ou partícipes, o juiz deverá Se o querelante se recusar
cial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data rejeitar a queixa e declarar a expressamente ou
em que tiver recebido as peças de informações ou a representa- extinção da punibilidade permanecer inerte: o juiz
ção para todos (arts. 104 e 109, V, deverá entender que houve
Dia 3 / 20

do CP). renúncia (art. 49 do CPP). se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o
Assim, deverá extinguir a seu SILÊNCIO IMPORTARÁ ACEITAÇÃO.
punibilidade em relação a Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a pu-
todos os envolvidos. nibilidade.
*Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
Art. 59. A aceitação do perdão fora do processo constará de
Art. 49. A RENÚNCIA ao exercício do direito de queixa, em declaração assinada pelo querelado, por seu representante legal
relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá. ou procurador com poderes especiais.

Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração assinada Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante
pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com queixa, considerar-se-á PEREMPTA a ação penal:
poderes especiais. I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover
Parágrafo único. A renúncia do representante legal do o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
menor que houver completado 18 anos não privará este do II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua inca-
direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o direito pacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo,
do primeiro. dentro do prazo de 60 dias, qualquer das pessoas a quem cou-
ber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36 - CADI;
Art. 51. O PERDÃO concedido a um dos querelados apro- III - quando o querelante deixar de comparecer, sem moti-
veitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação vo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar pre-
ao que o recusar. sente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas ale-
gações finais;
Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se
anos, o direito de perdão poderá ser exercido por ele ou por extinguir sem deixar sucessor.
seu representante legal, mas o perdão concedido por um, ha-
vendo oposição do outro, não produzirá efeito. Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer
extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofício.
Parágrafo único. No caso de requerimento do Ministério Pú-
Extirpada do ordenamento jurídico a figura do representante
blico, do querelante ou do réu, o juiz mandará autuá-lo em apar-
legal do maior de 18 anos plenamente capaz, a legitimação para
tado, ouvirá a parte contrária e, se o julgar conveniente, concede-
conceder e aceitar o perdão, na vigência do novo Código Civil,
rá o prazo de 5 dias para a prova, proferindo a decisão dentro de
agora passa a ser exclusivamente do querelante e do querelado
5 dias ou reservando-se para apreciar a matéria na sentença final.
maior, respectivamente.
Nesse caso, só quem pode conceder ou aceitar o perdão é o
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à
ofendido que se encontra com 18 anos de idade, que é
vista da certidão de óbito, e depois de ouvido o Ministério Pú-
plenamente capaz para todos os atos, inclusive no âmbito
blico, declarará extinta a punibilidade.
processual penal. Do contrário, haverá, por força da lei processual
penal, um retrocesso social, ou seja, continuará o ofendido sendo
tratado como menor no processo penal e dependendo dos pais AÇÃO DE Aplica medida de segurança
para tudo, mas não mais o será e dependerá pelo NCC. (RANGEL, PREVENÇÃO PENAL
2005, p. 241) AÇÃO PENAL EX OFFICIO Processo judicial judicialiforme e
*http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitu- HC de Ofício
ra&artigo_id=143
Havendo inércia do MP, outro ór-
Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou retar- AÇÃO PENAL PÚBLICA gão oficial poderia promover a
dado mental e não tiver representante legal, ou colidirem os inte- SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA ação penal. Ex: no DL 201, se o
resses deste com os do querelado, a aceitação do perdão caberá MPE for inerte, o MPF pode iniciar
ao curador que o juiz lhe nomear. a persecução penal.
AÇÃO PENAL INDIRETA MP assume a ação penal privada
Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos, observar-se- subsidiária.
á, quanto à aceitação do perdão, o disposto no art. 52.
Primariamente o crime é processa-
Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador com AÇÃO PENAL do mediante ação privada e, secun-
poderes especiais. SECUNDÁRIA dariamente, por ação penal públi-
ca. Ex: S714/STF (crimes contra a
Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual expresso o honra de funcionário público)
disposto no art. 50. -MP propõe ação privada, quando
AÇÃO PENAL ADESIVA vislumbrar interesse público
Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão to- -Conexão entre delitos de ação pe-
dos os meios de prova. nal pública e ação privada.

Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa AÇÃO PENAL POPULAR HC e crimes de responsabilidade.
nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de 3 dias,
SÚMULAS SOBRE AÇÃO PENAL
Dia 3 / 21

STF
Súmula 594-STF: Os direitos de queixa e de representação po-
dem ser exercidos, independentemente, pelo ofendido ou
por seu representante legal.
Súmula 714-STF: É concorrente a legitimidade do ofendido,
mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à repre-
sentação do ofendido, para a ação penal por crime contra a
honra de servidor público em razão do exercício de suas
funções.
STJ
Súmula 234-STJ: A participação de membro do Ministério Pú-
blico na fase investigatória criminal NÃO ACARRETA O SEU IM-
PEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO para o oferecimento da denúncia.
Súmula 542-STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão cor-
poral resultante de violência doméstica contra a mulher É
PÚBLICA INCONDICIONADA.

Você também pode gostar