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Saúde Planetária
Módulo 2
Ondas de calor e estresse
por calor
Objetivos deste módulo:
do verão de toda a história de registros meteorológicos, chegando a 43ºC. Maria tem 70 anos, é
obesa, hipertensa, apresenta varizes nas pernas. Usa alguns remédios para diminuir sua pressão
de difícil controle - entre eles um diurético. Ela procura a Unidade de Saúde Guimarães do seu
bairro junto da filha, Marlene, por tonturas ao se levantar nos últimos dias. Num desses eventos,
teve uma queda da própria altura em seu quarto. Foi avaliada na Unidade de Pronto Atendimento
e recebeu alta com um remédio para labirintite e indicação de procurar sua Unidade de Saúde
Tuiuiú para encaminhá-la ao otorrinolaringologista para investigação. Marlene reclama que sua
mãe não ingere água suficiente: só toma um pouco de refrigerante “diet” no almoço. A paciente
apresenta um hematoma na fronte e edema nas pernas que passam um pouco dos tornozelos,
Pressão Arterial 100/60 mmHg (10 por 6) e uma Frequência Cardíaca de 64 batimentos por
minuto e Temperatura Axilar 37,°C. A Ausculta Cardíaca e Pulmonar estão normais. Quando
deita e levanta da maca, sente-se como se fosse desmaiar, em nenhum momento durante o exame
físico sente o ambiente girar. O profissional diagnostica lipotímia postural devido aos vários
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O que é uma onda de calor ou evento
extremo de calor?
Não existe uma definição universal do que é uma onda de calor, ou também chamada de
evento extremo de calor, porém de uma maneira geral uma onda de calor é um período de
tempo excepcionalmente quente que normalmente dura dois ou mais dias. A definição de
ondas de calor considera critérios climatológicos e de saúde pública, baseada no potencial de
condições climáticas quentes resultarem em um nível inaceitável de efeitos na saúde, incluindo
aumento da morbi-mortalidade, já evidenciado por diversos estudos.1 Para ser considerada uma
onda de calor, as temperaturas devem estar fora das médias históricas de uma determinada
Assista ao vídeo “Ondas de calor” produzido pelo Lancet para entender um pouco mais o assunto.
Todos os anos milhões de pessoas são expostas aos perigos dos extremos de calor e ondas
de calor que podem ser letais. Em 2017 aconteceu um aumento de mais de 18 milhões de
exposições a ondas de calor de pessoas vulneráveis em relação a 2016.5 As ilhas de calor,
criadas em centros urbanos densamente povoados, com telhados escuros, asfalto e outras
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infra estruturas tendem a concentrar o calor solar e impedir sua dispersão.6 Porém, as áreas
rurais são mais vulneráveis a essas mudanças, com menos acesso a água potável e serviços de
saúde em comparação com as áreas urbanas.6
Figura 1.
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Somente o impacto isolado de aumentar a exposição ao calor já reduz e reduzirá ainda mais
produtividade do trabalho - inclusive no Brasil.6 Por exemplo, aproximadamente 1 bilhão de
pessoas em todo o mundo serão expostas a calor extremo suficiente para impedir o trabalho
físico externo durante pelo menos o mês mais quente após um aumento na temperatura
global de cerca de 2,5 °C acima dos níveis pré-industriais.4
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Figura 2.
Além dos efeitos do calor sobre a capacidade de mão-de-obra, o setor agrícola enfrentará
múltiplos desafios com potencial de impactar a saúde humana e econômica. Podem ser
esperadas alterações na produtividade das culturas, fertilidade do solo e polinização, bem
como modificações na distribuição e dinâmica de pragas e doenças.4 Essas mudanças têm
consequências socioeconômicas a jusante para as populações rurais, agravando os impactos
diretos à saúde relacionados ao calor. Além disso, as áreas rurais são mais vulneráveis a essas
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mudanças, com acesso menos confiável a água potável e serviços de saúde, em comparação
com as áreas urbanas.
Ouça o áudio “Ondas de Calor e nossa saúde” para compreender o atual panorama
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Figura 3.
Exemplos de possíveis resultados para a saúde e vias de exposição que ligam as mudanças climáticas à saúde
humana, juntamente com fatores que podem influenciar a magnitude e o padrão dos riscos.
Quadro 1.
Desmaios por calor Causada pela perda de fluidos corporais através da transpiração e
pela pressão sanguínea reduzida devido à vasodilatação periférica e
hipoperfusão cerebral. Os sintomas incluem tonturas temporárias e
desmaios resultantes de um fluxo insuficiente de sangue para o cérebro
principalmente enquanto a pessoa está em pé (lipotimia/pré-síncope
postural).
Câimbras pelo ca- Causado por um desequilíbrio de eletrólitos resultante de uma falha na
substituição destes eletrólitos perdidos por transpiração excessiva. Os
lor sintomas são fortes dores musculares.
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Erupção por calor Popularmente conhecido como brotoeja é o resultado da inflamação das
glândulas sudoríparas obstruídas e acompanhada de pequenos pontos
(miliaria rubra) vermelhos na pele, o que pode causar uma sensação de formigamento.
Edema por calor O edema induzido pelo calor é frequentemente perceptível nos
tornozelos, pés e mãos, é mais frequentemente visto em pessoas que não
são expostas regularmente ao calor.
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Atletas e trabalhadores ao ar livre: A atividade exacerba a produção de
calor e pode ser mais difícil a perda de de calor através do suor no clima quente, especialmente
com aumento da umidade, podendo levar à insolação por esforço. Além disso, pode ser
necessário que atletas e trabalhadores usem equipamentos de proteção que permitam a
dissipação adequada do calor.10
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acima da média. Na véspera, a comunidade havia protestado e denunciado a falta de água
recorrente.14
Figura 4.
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Qual a diferença entre estresse por calor e
insolação?
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Figura 5.
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Condução é a transferência de calor para um objeto mais frio através do contato direto.
Convecção é a transferência de calor na superfície do corpo por circulação de ar. A radiação
ocorre através da transmissão de ondas eletromagnéticas. A evaporação esfria a superfície
da pele quando o suor muda de líquido para vapor (Figura 5).
Índice de calor?
Índice de calor visa determinar o efeito da umidade relativa sobre a temperatura aparente do ar.
Em outras palavras, é uma medida para definir qual a intensidade do calor que uma pessoa sente,
variando em função da temperatura e da umidade do ar. Humanos têm o suor como mecanismo de
perda de calor, evaporando com o calor da pele, e assim reduzindo sua temperatura. A água em forma
de vapor, pairando no ar, reduz a taxa de evaporação do suor da pele, e assim faz com que uma pessoa
sinta mais calor em um ambiente com umidade relativa elevada do que outra pessoa em um ambiente
seco de mesma temperatura.17
O índice de calor (Figura 6) pode ser utilizado para auxiliar o profissional e gestores a
tomar decisões sobre a gravidade dos eventos relacionados ao calor. Outro índice conhecido
como Temperatura de Bulbo e Globo úmido (Wet bulb globe temperature meters em inglês), que
leva em consideração temperatura, umidade e luz solar direta radiante para medir o estresse
ambiental causado pelo calor. A Temperatura de bulbo de globo úmido permite o planejamento
em situações de eventos para evitar calor excessivo, principalmente em atividades ao ar livre
e na luz do sol.18
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Figura 6.
Índice de Calor.
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Você conhece o projeto Porto Ar Alegre?
Esse projeto nasce a partir do II Simpósio de Saúde Planetária de Porto Alegre em 2018,
de uma parceria entre o Grupo Hospitalar Conceição, UFRGS (medicina e engenharia),
UFCSPA, e WONCA (Organização Mundial de Médicos de Família). Surgindo com o objetivo
de coordenar, organizar e implantar junto ao Município e entidades da sociedade civil de
Porto Alegre projetos, atividades e ações relativas ao monitoramento da qualidade do ar
e a conscientização dos males trazidos pela poluição atmosférica, estimulando a adesão
municipal a parâmetros de qualidade mínima do ar (segundo os padrões da OMS) para reduzir
a morbimortalidade por doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer em Porto Alegre
Figura 7.
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Como identificar estresse por calor / insolação?
E o que fazer inicialmente?
Quadro 2.
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Levar para local
Uso excessivo muscular Espasmos fresco e arejado,
Cãibras
por atividade física ou musculares, pele repouso, elevação das
musculares
similar, hiperatividade úmida e fria, pernas, alongamento,
associadas
neuromuscular, depleção temperatura massagem, reposição
ao exercício
de líquidos e eletrólitos corporal normal de eletrólitos /
líquidos por via oral
Erupção de pápulas
Vasodilatação dos ou pústulas
Erupção
vasos da pele com vermelhas, Retire a roupa, resfrie
por calor
dutos / poros de suor principalmente no por evaporação, evite
(miliaria
obstruídos; possibilidade pescoço, membros cremes tópicos
rubra)
infecção secundária superiores, tronco e
virilha
Descanse em
decúbito dorsal, eleve
Vasodilatação periférica as pernas, reidratação
Tontura, ortostase,
Colapso profunda, depleção de oral ou intravenosa;
perda transitória
associado volume e diminuição recuperação
de consciência
Moderada
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Importante: No CID 10 os códigos relacionados ao estresse por calor estão agrupados no
item T67.0 “Golpe de calor e insolação”.9 Os objetivos do tratamento são o resfriamento
rápido e o suporte para os órgãos em sofrimento. A urgência e o nível de tratamento são
ditados pela gravidade da doença.
• resfriamento pode incluir a movimentação para uma área mais fria próxima, removendo
o máximo de roupas possível ou o resfriamento ativo (como áreas ventiladas ou
• comece o resfriamento assim que a via aérea, a respiração e a circulação (se houver)
tiverem sido estabilizadas;
• a imersão em água fria é o método de resfriamento preferido, porém deve-se estar atento
para o fato do efeito de queda contínua da temperatura central mesmo após o paciente
ser removido da imersão. Para prevenir a hipotermia iatrogênica, os pacientes devem ser
removidos do banho de gelo quando sua temperatura central atingir 37,8 °C;
• em atletas, a imersão em água fria está associada à mais rápida taxa de resfriamento e à
menor morbidade e mortalidade;
• considere toalhas / lençóis encharcados de água gelada combinados com bolsas de gelo
na cabeça, região inguinal, axilas e extremidades quando a imersão em água não estiver
disponível;
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• pare o resfriamento quando a temperatura corporal atingir 37,8ºC para prevenir o
desenvolvimento de hipotermia;
• administrar fluidos por via oral ou intravenosa (a via é determinada pela capacidade do
paciente de tolerar líquidos orais) para restabelecer o volume circulante e promover a
transpiração;
• para pacientes com sintomas moderados (dor de cabeça, náusea ou vômito), considerar
• para os doentes com sintomas graves (confusão ou convulsões), considerar dar solução
salina hipertônica (tal como 3% de solução salina dada como 100 mL de bolus até 3
vezes, 10 minutos de intervalo) e transporte para o hospital;
• para pacientes com insolação, também monitore os níveis de pressão arterial, débito
urinário, pressão venosa central, lactato e creatinofosfoquinase (CPK).16
• para erupção cutânea, considere tratamento para prurido associado com medicações
tópicas e/ou compressas frias;
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Se os sintomas não se resolverem com o tratamento, considere outras condições que
se apresentem com aumento de temperatura e alteração do Sistema Nervoso Central. O
prognóstico depende de quanto tempo o paciente ficou exposto ao calor e às complicações
associadas, pacientes com histórico de insolação tem mais chances de ter um novo evento.19
Tanto o calor quanto a seca ampliam o risco de suicídio e as visitas aos serviços de saúde
mental aumentam durante as temperaturas mais quentes,20,21,22 principalmente em pessoas
Usando dados abrangentes de várias décadas para os Estados Unidos e o México, foi
descoberto que as taxas de suicídio aumentam 0,7% nos condados dos EUA e 2,1% nos
municípios mexicanos, com um aumento de 1°C na temperatura média mensal.22
O aumento da taxa de suicídio é parecido tanto em regiões mais quentes quanto mais frias
e não diminuiu ao longo do tempo.22 A análise das mídias sociais quando se tem eventos de
calor mostrou mais de 600 milhões de atualizações com linguagem depressiva demonstrando
como bem-estar mental se deteriora durante os períodos mais quentes.22
As projeções demonstram que se as mudanças climáticas não for mitigada ela poderia
resultar em um adicional combinado de 9 a 40 mil suicídios (intervalo de confiança de 95%)
nos Estados Unidos e no México até 2050.22 As projeções demonstraram que as mudanças
climáticas podem ser tão importantes quanto outros determinantes sociais ou políticos bem
estudados das taxas de suicídio, como recessão na economia, programas de prevenção de
suicídio ou leis de restrição de armas.22
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O que fazer para prevenir estresse por calor, in-
solação e até a morte por calor?
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Orientações comunitárias e individuais são aspectos chave para a prevenção primária
dos eventos relacionados ao calor:
• auxiliar o paciente a compreender o seu próprio risco e as ações preventivas que podem
tomar para reduzir os riscos durante eventos de calor extremos;
Deve-se estar atento e realizar recomendações para pacientes que já tiveram um evento
de insolação pelo risco mais elevado de um novo evento, bem como pacientes com alto risco
Foi analisada a ligação entre temperaturas médias diárias e hospitalização por desnutrição,
de acordo com a Classificação Internacional de Doenças.26 Os pesquisadores descobriram
que, para cada aumento de 1°C na temperatura média diária durante a estação quente, havia
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um aumento de 2,5% no número de hospitalizações por desnutrição, principalmente para
indivíduos com mais de 80 anos e entre 5 e 19 anos.26
Estima-se que 15,6% das hospitalizações por desnutrição possam ser atribuídas à exposição
ao calor durante o período do estudo.26 O estudo diz que o aumento do calor pode causar
doenças por desnutrição de várias maneiras:
• reduzindo apetite;
• prejudique a termorregulação.23
As mudanças climáticas são uma das maiores ameaças à redução da fome e da desnutrição,
especialmente nos países de baixa e média renda. Estima-se que a mudança climática reduzirá
a disponibilidade global de alimentos em 3,2% e, portanto, causará cerca de 30.000 mortes
relacionadas ao baixo peso até 2050.23
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O que pode ser feito para ajudar Maria?
Maria está com sintomas moderados de estresse por calor, com hipotensão e pré-síncope
postural, provavelmente agravado por polifarmácia. É fundamental o correto diagnóstico de
estresse por calor para poder manejar de acordo: pode-se colocar a paciente em decúbito
dorsal com pernas elevadas, reduzir e/ou suspender diuréticos, e outros anti-hipertensivos
se possível, além de suspender o fármaco “anti-labirintite”, oferecer hidratação vigorosa
com Soro de Reidratação Oral se via oral tolerada, ou endovenoso.
com Soro de Reidratação Oral se via oral tolerada, ou EV se necessário. Deve-se monitorar
a tensão arterial da paciente. Pode-se considerar exames complementares (Hemograma,
função renal e CPK) caso a paciente não apresente melhora com o manejo inicial. Ao liberar
a paciente para casa reforçar monitoramento da TA, hidratação abundante, e buscar ar-
condicionado e/ou lugares sombreados e ventilados. (nota - caso a pressão arterial de Dona
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Maria comece a se elevar em demasia pode-se considerar reiniciar anti-hipertensivos lenta
e gradualmente). Os profissionais de saúde que atenderam dona Maria podem ainda ajudar
a alertar e orientar a comunidade, visto que provavelmente outras pessoas também estão
sofrendo com o calor excessivo.
Assista ao vídeo do Le Monde Diplomatique Brasil Nesse debate se discute como o design urbano
discutindo sobre a crise ambiental com repercussão bem pensado pode aumentar a resiliência
Leia: Xu R, Zhao Q, Coelho M, Saldiva P, Abramson Este artigo (em inglês) analisou o impacto
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Equipe Responsável:
A Equipe de coordenação, suporte e acompanhamento do Curso é formada por
integrantes do Núcleo de Telessaúde do Rio Grande do Sul (TelessaúdeRS-UFRGS).
Jacqueline Ponzo
Responsável Teleducação
Enrique Falceto Barros
Ana Paula Borngräber Corrêa
Nelzair Araujo Vianna
Gestão Educacional
Projeto Gráfico
Ylana Elias Rodrigues
Iasmine Paim Nique da Silva
Coordenação do curso
Revisção Ortográfica
Mayara Floss
Angélica Dias Pinheiro
Carlos Augusto Vieira Ilgenfritz
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Normalização Desenho instrucional
Legendas e tradução
Amber Wheatley
Mayara Floss
Divulgação
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