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São Paulo e Rio de Janeiro

GAZETA LE CORDON BLEU


SP e RJ, 15 de agosto de 2022 – número 14

A comida
de afeto e
memórias
A difícil ruptura e
adaptação dos
estrangeiros à
cultura alimentar da
Imagem: talheres estilo real vintage. Disponível em: <https://produto.mercadolivre.com.br/>
nova morada.
Por Marina Queiroz – LCB SP Convenhamos, ser imigrante não é tarefa fácil. Os italianos, sem acesso à uma boa “mozzarella”, sem
Entre as mais diversas adaptações, muitas vezes de citar outros produtos essenciais aos portugueses,
A relação entre a vinda de clima, de costumes, de uma nova cultura, talvez, a franceses, alemães, árabes, entre outros. Em análise
imigrantes e a busca por que mais nos aperte o coração é a do hábito de cartas trocadas pelos imigrantes e seus parentes,
foi possível dimensionar a ligação indissolúvel destes,
alimentar. Haja vista, que a grande maioria dos
ingredientes similares no novo estrangeiros, num primeiro momento, corre ao
com as tradições alimentares. Devemos lembrar que
o azeite, o vinho e o chocolate, de alta qualidade, só
país, além de adaptações mercado, às feiras e outros setores de suprimentos ficaram acessíveis à população na década de 90, com
para buscar alimentos, que mais se aproximem
culinárias, deixa evidente que os daqueles velhos conhecidos e, ainda assim, não é
a abertura das importações. Se por um lado foi difícil
para os primeiros imigrantes se adaptarem à cultura e
hábitos alimentares são, garantia de sucesso. Vamos imaginar, o quanto foi à alimentação local, por outro, certamente
difícil aos diversos imigrantes que vieram ao Brasil contribuíram para diversificar também a nossa
provavelmente, o elo mais forte no último século. Os imigrantes japoneses sofreram culinária. Como pensar na alimentação do brasileiro
entre o estrangeiro e sua terra por não ter um arroz aglutinado, muito menos os sem uma sopa, um pão ou uma boa salada? Hábitos
que vieram com os primeiros imigrantes e que
mais variados tipos de verduras, o que aliás,
natal. acelerou o plantio e a diversidade por aqui, naquela ficaram tão incorporados, que até esquecemos de sua
real origem.
época!

Saiba mais!
Barreado: um prato Para prepará-lo, precisa-se de
um ou mais tipos de carne

representante da bovina de segunda e magra,


temperadas com cebola, alho,
banha, toucinho de porco,

miscigenação. pimenta-do-reino, cominho em


pó e louro e cozidas até
desmanchar. O preparo é
misturado à farinha de mandioca
Por Cris Leite – LCB SP grossa e servida com arroz e
banana-da-terra. O segredo na Imagem: Panela Barreado
Entre os mais diversos pratos, Segundo a historiadora Marly preparação é o tempo de Pinhão, saiba como o fruto da
resultantes da miscigenação de Garcia Correia, “É difícil cozimento na panela de barro, Para manter o sabor da carne, é Araucária, além de ser um ótimo
culturas no Brasil, o barreado é determinar a data certa do seu em torno de vinte horas, tempo alimento, foi importante para a
preciso vedar a panela com uma
um bom representante. De surgimento, mas é degustado há suficiente para desfiar toda a construção da história dos povos
massa de farinha e água para
origem açoriana, os portugueses mais de 200 anos. Sua origem se carne. Depois de cozida, as fibras nativos da região Sul do Brasil.
manter o vapor dentro do
trouxeram a preparação para o confunde com o surgimento do da carne se soltam, resultando caldeirão.
litoral do Paraná no século ‘entrudo’, hoje conhecido como em um caldo consistente,
XVIII. Os registros antigos carnaval, no qual, o cabloco saboroso e temperado. Para
indicam a Vila de Guaraqueçaba deixava de ir ao mar e ficava em acompanhar o prato, aguardente Leia mais em P3
como a disseminadora da receita. casa “cuidando” do barreado. de banana ou vinho.

O barreado é tradicional no Estado do Paraná, na cidade de Morretes, porém também se encontra nas cidades vizinhas Antonina e Paranaguá.

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Como a história das


Betsy Flanagan (Estados
Unidos, 1779): diz a lenda que
essa moça cunhou a palavra

bebidas também foi cocktail (coquetel) em sua


taverna em Yorktown.
Defensora da independência
escrita por mulheres americana, em 1779 ela
inventou uma nova bebida
mista, que foi incrivelmente
Por Luana Budel – LCB São Paulo
popular entre os oficiais
americanos e franceses do
Exército Revolucionário. Uma
Em homenagem ao Agosto Lilás, Foi assim com a inventora do noite, ela invadiu o galinheiro
apresentamos algumas mulheres café coado, Melitta Bentz premiado de seu vizinho, um
que abriram o caminho, que é (Alemanha, 1908), que se fiel inglês, e serviu-lhe
trilhado pelas mixologistas e irritava com os grãos que drinques guarnecidos com as
pesquisadoras modernas, assim ficavam em sua xícara. A penas da cauda de suas
como um peculiar dado solução foi fazer alguns furos galinhas. E, para fechar com a
histórico. Fatos que tornam o no fundo de uma panela de cereja do bolo, em um mês
atual mundo das bebidas mais latão, forrada com uma folha de considerado malicioso
interessante, equitativo e papel mata-borrão rasgada de (agosto): na Europa os
delicioso. um dos livros de seu filho. processos de fabricação de
cerveja e fermentação eram
vistos principalmente como
trabalho de mulheres até os
anos 1500. Até que as
“Os chapéus altos e pontudos mulheres cervejeiras foram
maldosamente difamadas e
serviam para identificá-las” acusadas de serem bruxas.
A iconografia das bruxas
também está repleta de
Barb-Nicole Ponsardin (França, Ada Coleman (Inglaterra, referências a mulheres
1805), ficou conhecida pelo 1903), foi a bartender mais cervejeiras: os chapéus altos e
nome impresso em uma das famosa de sua época, servindo pontudos serviam para seus
marcas de champanhe mais celebridades como Charlie clientes identificá-las
reconhecidas do mundo, Veuve Chaplin, Marlene Dietrich e facilmente no mercado lotado,
Clicquot. Após a morte Mark Twain. Ao se aposentar os caldeirões que usavam para
prematura de seu marido, em 1926, jornais londrinos a transportar suas cervejas e os Imagem: Mother Louse, uma taverneira em Oxford, Inglaterra,
convenceu seu sogro a deixá-la declaram como a “rainha dos gatos que tinham, não como em meados do século XVII, pelo gravador David Loggan.
assumir os negócios da família. misturadores de coquetéis”. familiares, mas como
dissuasores para ratos.

Drink: O Beijo da Mulher Abelha...


Por Luana Budel – LCB SP
Ingredientes: Modo de preparo:

Elaborado pela 50 ml de cachaça envelhecida em amburana 1. Bater a cachaça, creme de leite e mel numa
coqueteleira com gelo.
mixologista e 20 ml de creme de leite fresco
pesquisadora em 2. Servir em taça alta estilo martini ou maria
15 ml de mel de abelha nativa (o que tiver) antonieta.
brasilidades, Néli
Pereira, o drink foi 1 ramo de alecrim 3. Finalizar com a espuma que formou na
coqueteleira.
inspirado no clássico Semente de puxuri (“noz moscada” amazônica)
da coquetelaria Bee’s 4. Ralar um pouco de puxuri por cima da espuma.

Kiss, nesta versão, 5. Finalizar com o ramo de alecrim.


com ingredientes
nativos.

A FUNDADORA DO
LE CORDON BLEU
Marthe Distel, jornalista francesa com
um savoir-faire muito sutíl, fundou a
famosa escola de culinária.
Por Luana Budel – LCB SP

Em 1895, Distel começou uma L’École du Cordon Bleu que


revista que trouxe as artes hoje é a mais conhecida em
culinárias para os lares na todo o mundo, nasceu na
França. A publicação era tão França, berço da gastronomia
popular que Distel introduziu e da arte de comer, a partir da
aulas de culinária gratuitas para iniciativa de uma mulher.
seus leitores. As aulas se Entenda como tudo começou
transformaram em escola. e progrediu…

Marthe Distel e Henri-Paul Pellaprat com seus alunos em frente à l'École du Cordon Bleu em 1896. Continua em P3
Disponível em: < https://en.wikipedia.org/wiki/Marthe_Distel >

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Em 1895, a jornalista francesa Em 1897, a primeira estudante Madame Brassart administrou


Marthe Distel teve a ideia de
treinar mulheres em artes
culinárias, para uso na
russa foi recebida na escola, e
a primeira estudante japonesa
chegou em 1905. Com seu
a escola até 1984 e, aos 87
anos, decidiu que era hora de
se aposentar. A família
O significado do
cordão azul...
administração de suas casas. A falecimento na década de Cointreau, descendente das
1930, Distel deixou a escola
partir desta fagulha de ideia, famílias fundadoras dos
para um orfanato católico, o
ela começa a publicar uma qual lutou para administrá-la licores Rémy Martin e
revista chamada 'La Cuisinière e enfrentou muita dificuldade Cointreau, assumiu a
Cordon Bleu', que revolucionou para manter sua excelência. A presidência da escola após sua
o mundo das artes culinárias,
até então reservado aos
escola fechou durante a
Segunda Guerra Mundial e,
venda. Sr. André Cointreau,
atual presidente, trouxe à Como o termo cordão azul
homens. A revista fez tanto mais tarde, em 1945, foi escola uma nova dimensão
sucesso que Marthe Distel
decidiu oferecer às suas leitoras
comprada por outra mulher
francesa, Élisabeth Brassart.
internacional, acolhendo cada
vez mais estudantes
tornou-se referência para a
Madame Brassart, conseguiu
aulas de culinária, fundando a
escola de artes culinárias Le reerguer a escola trazendo
novamente sua excelência
internacionais e abrindo
diversas escolas fora da alta gastronomia francesa.
Cordon Bleu em Paris no França.
mesmo ano. A primeira aula culinária e atraiu muitos chefs
aconteceu em uma terça-feira, notáveis para ensinar no Le
15 de outubro, com o Chef Cordon Bleu. A escola se
Charles Driessens no Palais- tornou um endereço
Royal. Desde o início, a escola internacional sob sua
recebeu excelentes Chefs para liderança. Os alunos
fazer demonstrações culinárias, estrangeiros passaram a ser
incluindo nomes como os Chefs frequentes, vindos de vários
Henri-Paul Pellaprat, F. continentes.
Barthélémy, Charles Poulain e
Auguste Colombié, todos muito
La Cuisinère – Cordon Bleu
conhecidos na época. As
primeiras aulas no Le Cordon
Bleu se concentraram na
“A excelência das artes culinárias...”
culinária prática do dia a dia, Imagem: Rei Luís XIV recebe seu irmão, Duque de Anjou,
mas, à medida que o sucesso Julia Child foi uma estudante Repleto de história o Le Cavaleiro da Ordem do Espírito Santo.
continuava, as aulas estrangeira, que frequentou as Cordon Bleu evoluiu de uma Marguerita
começaram a incluir a alta aulas na escola de Paris em pequena escola de culinária
Em 1578, o rei Henrique III da Não demorou para a fita azul
cozinha francesa. 1948. A relação entre Madame para uma das principais
França estabeleceu a Ordem do também se tornar sinônimo de
Diante do resultado imediato a Brassart e Julia Child, instituições do mundo, com
Espírito Santo. Cavaleiros desta realizações notáveis em uma
reputação da escola de Paris inclusive, foi encenada no oferta de cursos de culinária,
ordem foram identificados por ampla variedade de temas. Mas,
rapidamente se espalhou por filme Julie & Julia de 2009. hospitalidade e gestão.
um pingente de cruz pendurado especialmente, para excelentes
vários países.
a uma fita azul. A Ordem do realizações culinárias. Tal
Espírito Santo, que existiu por circunstância deve-se,
mais de dois séculos, foi a mais provavelmente, aos fabulosos e
prestigiosa da realeza e seus extravagantes banquetes
cavaleiros eram conhecidos realizados para os cavaleiros da
como os "Cordons Bleus". ordem.

Pinha: o fruto da Araucária, e


Dentre os alimentos mais
A relação dos nativos com a representativos da alimentação
árvore símbolo da região Sul. brasileira, que provieram do

sua importância na região Sul.


O pinhão vem de uma arvore típica do sul do manejo ambienal indígena,
Brasil. A pinha é o verdadeiro fruto da araucária, e como a mandioca, o milho, a
suas sementes que são o pinhão. abóbora, a pimenta, podemos
citar também o pinhão,
Por Sheyla Batimarco – LCB SP alimento de suma importância
para os povos nativos que
habitavam a região Sul do
Brasil. Diversos eram os
preparos que utilizavam o
pinhão, que podia ser assado,
cozido ou mesmo fervido.
Devido também ao fato de ser o
único fruto, que era encontrado
nesta região, durante o período
de inverno, era a Araucária
angustifólia, uma árvore
considerada sagrada. Se por um
lado, os ancestrais dos povos
Kaingang e Xokleng, que
habitavam o planalto sul
brasileiro há cerca de quatro
mil anos, contribuíram para
disseminação das sementes da
araucária e consequentemente
para o adensamento da floresta,
pois, a árvore necessita de um
agente dispensor, sejam
homens, aves ou outros animais
para se desenvolver, por outro
lado, o colonizador e o homem
moderno contribuíram para a
quase total extinsão, resultante
das madeireiras clandestinas
instaladas no interior das terras
Imagem: araucária. Foto: Crizgabi/Pixabay indígenas.

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Em Entrevista – Bate-Papo na cozinha

Neste mês, o bate papo é com


Vitor Oliveira – Chef de Cuisine - LCB SP Pablo Peralta – Chef de Pâtisserie – LCB RJ
os chefs Vitor Oliveira e Pablo
Peralta, respectivamente das 1. Estamos iniciando nos Institutos do Rio e de São
Paulo o curso Plant Based. Conte um pouco do curso
1. Estamos iniciando nos Institutos do Rio e de São
Paulo o curso Plant Based. Conte um pouco do curso
Escolas de SP e RJ, que para nós. para nós.
tiveram o privilégio de VO: O Curso de Plant Based será lançado em SP agora em PP: É um curso, no qual, vamos abordar o conceito de
participar dos testes para o setembro. Introduziremos não somente essa filosofia de vida alimentação plant based desde um ponto de vista técnico,
novíssimo curso Plant Based, ao LCB e seus alunos, mas, também mostraremos um curso
moderno, alinhado com técnicas, texturas e cores, tão
respeitando a não utilização de produtos de origem animal.
Aplicaremos as técnicas clássicas francesas nos diferentes
que estreou em julho no RJ e fundamentais nesta cozinha. O programa é baseado no curso módulos do curso, realizando demonstrações e os alunos
será lançado em setembro no criado em Londres, porém, adaptado à nossa realidade, no
qual, mostraremos um pouco do mundo das PANC, produtos
aplicando na sala prática.

LCB SP. Eles contam como o brasileiros pouco conhecidos, alinhados com as técnicas
plant based tornou-se parte francesas do Le Cordon Bleu.
2. Qual é o maior desafio deste curso?
da vida deles. 2. Qual é o maior desafio deste curso?
PP: O maior desafio é que plant based é um curso que tem
VO: Acredito que o maior desafio proposto por esse curso é vida. Ao dar preferência a produtos orgânicos, teremos que
abrir a mente das pessoas para um mundo de novas compreender que trabalharemos com a safra e
possibilidades. Muitas pessoas têm preconceito ao que se diz disponibilidade dos legumes e frutas, os quais, deverão ser
a respeito do que é o Plant Based, sobre o que é cozinhar sem substituídos por outros disponíveis para manter a técnica que
nenhum derivado animal. Por exemplo, é muito gratificante desejamos transmitir.
ver que os chefs atuantes na cozinha clássica do LCB se
surpreendem positivamente com os resultados obtidos.

3. Consumir alimentos saborosos, nutritivos e mais 3. Consumir alimentos saborosos, nutritivos e mais
saudáveis fazem parte do conceito da alimentação saudáveis fazem parte do conceito da alimentação
Plant Based. Como você avalia o conceito deste estilo Plant Based. Como você avalia o conceito deste estilo
alimentar? alimentar?

VO: O conceito do Plant Based vai muito além de PP: Acredito no plant based como um caminho para melhorar
simplesmente cozinhar alimentos que não são derivados de a qualidade de vida de quem o pratica como também para o
animais. É entender sobre sustentabilidade, evitar perdas, resto da sociedade como consequência dos atos deste
utilizando o ingrediente como um todo, respeitar e preferir conceito. A consciência ecológica é um pilar de sustento do
ingredientes orgânicos, é entender que comer bem significa plant based e dessa forma diminui a agressão constante que
diminuir o consumo de alimentos ultra processados e buscar nosso planeta sofre nos dias de hoje.
por qualidade de vida por meio da alimentação.

4. Como a alimentação Plant Based pode influenciar 4. Como a alimentação Plant Based pode influenciar
no futuro da humanidade? no futuro da humanidade?

VO: Uma das bases do conceito Plant Based é buscar uma PP: A alimentação plant based pode gerar um futuro melhor
qualidade de vida a partir da alimentação e seguir a para todos nós por meio de uma alimentação saudável e
sazonalidade dos ingredientes. Seguindo com esses conceitos, sustentável, impactando de forma positiva no médio ambiente
acredito que se o mundo se conscientizar e aprender mais e na nossa saúde.
sobre isso, o futuro de muitas espécies de fauna e flora
mundial será preservado, pois, trata-se de uma dieta de baixo
impacto ambiental.
5. Como é a alimentação de um Chef Le Cordon
5. Como é a alimentação de um Chef Le Cordon Bleu?
Bleu?
PP: Hoje não tenho a prática plant based, mas sim, começando
VO: Uma dieta de um Chef Le Cordon Bleu é regada a pela minha casa, junto à minha esposa, escolhemos utilizar
manteiga e creme de leite. Brincadeiras à parte, é uma dieta produtos orgânicos preferivelmente e a diminuição dos
que varia de pessoa para pessoa. Eu pessoalmente busco uma produtos de origem animal e derivados. Começamos
dieta mais regrada já faz alguns anos, buscando olhar para o eliminando leite, manteiga e carnes vermelhas e selecionamos
valor nutricional dos alimentos e de uma forma mais proteínas vegetais. Acredito que todos temos a
balanceada, os quais, se encaixam totalmente no conceito que responsabilidade de fazer um planeta melhor e podemos
está sendo proposto pelo Plant Based. começar com pequenas mudanças em nossa alimentação.

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