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Livro Eletrônico

Aula 05

Conhecimento Didático-Pedagógicos p/ SEDUC-PA (Professor - Todas Áreas) -


Pós-Edital

Professor: Greisi Goulart

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Conhecimentos Didático-Pedagógicos para SEDUC-PA
Professor de todas as áreas
Prof.ª Greisi Goulart
Aula 05

APRESENTAÇÃO DO TEMA

AULA 05

Principais aspectos históricos da Educação


Brasileira.

Seja bem-vindo (a) à Aula 05 do Curso de Conhecimentos Didático-


Pedagógicos para SEDUC-PA, especialmente dedicado às diversas
especialidades do cargo de Professor.

Não deixe de acompanhar as novidades no canal do


aluno, por meio das nossas respostas no fórum de dúvidas e
dos nossos possíveis recados gerais com dicas
complementares, até a data da prova.

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APRESENTAÇÃO DA AULA 05

Assim como ocorrerá com as demais aulas deste curso, esta aula possui
um formato predominantemente teórico, conceitual e analítico.

A Aula 05 abordará os seguintes itens constante no tópico


“Conhecimentos Didático-Pedagógicos”, que serão exigidos para o cargo de
Professor Classe I, Nível A - todas as áreas:

“Principais aspectos históricos da Educação Brasileira”.

Organizamos esta aula de forma esquemática, com alguns tópicos de


destaque (itens e conceitos que consideramos mais relevantes) de modo a
facilitar o entendimento do assunto. Claro que, os temas que serão cobrados
na prova, da forma que foram elencados no Edital, são um tanto abstratos e
muito abrangentes, permitindo que a banca exija muitos conteúdos
relacionados.

Assim, seria impossível termos a pretensão de esgotar os temas


relacionados a estes itens. Nesse sentido, focaremos nos temas cuja intuição
indica como necessários à resolução das possíveis questões da prova vindoura.

No estudo desta aula, é necessário que você mantenha a “mente aberta”,


pois entraremos num conteúdo teórico associado às ciências sociais e
humanas, onde nem sempre existem conceitos únicos, nem respostas únicas
aos problemas apresentados.

“Cada sonho que você deixa para trás, é um pedaço do


futuro que deixa de existir”
Steve Jobs

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CONHECIMENTOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

Fundamentos da Educação: conceitos e concepções pedagógicas, seus fins e


papel na sociedade ocidental contemporânea. Principais aspectos históricos da
Educação Brasileira. Aspectos legais e políticos da organização da educação
brasileira: as Diretrizes Curriculares Nacionais e suas implicações na prática
pedagógica; Estatuto da Criança e do Adolescente; LDB Lei Federal nº 9394/96
e alterações posteriores; Parâmetros Curriculares Nacionais. Educação,
trabalho, formação profissional e as transformações da Educação Básica.
Função histórica e social da escola: a escola como campo de relações (espaços
de diferenças, contradições e conflitos), para o exercício e a formação da
cidadania, difusão e construção do conhecimento. Organização do processo
didático: planejamento, estratégias e metodologias, avaliação; Avaliação como
processo contínuo, investigativo e inclusivo; A didática como fundamento
epistemológico do fazer docente. O currículo e cultura, conteúdos curriculares
e aprendizagem, projetos de trabalho; Interdisciplinaridade e contextualização;
Multiculturalismo; A escola e o Projeto Político Pedagógico; O espaço da sala
de aula como ambiente interativo; a atuação do professor mediador; a atuação
do aluno como sujeito na construção do conhecimento. Planejamento e gestão
educacional. Gestão da aprendizagem. O Professor: formação e profissão. A
pesquisa na prática docente. A educação em sua dimensão teórico-filosófica:
filosofias tradicionais da Educação e teorias educacionais contemporâneas; As
concepções de aprendizagem/aluno/ensino/professor nessas abordagens
teóricas. Principais Teorias e práticas na educação; As bases empíricas,
metodológicas e epistemológicas das diversas teorias de aprendizagem;
Contribuições de Piaget, Vygotsky e Wallon para a psicologia e pedagogia.
Psicologia do desenvolvimento: aspectos históricos e biopsicossociais. Temas
contemporâneos: bullying, o papel da escola, a escolha da profissão,
transtornos alimentares na adolescência, família, escolhas sexuais. Ética
Profissional.

Temas explorados no Curso de Conhecimentos Didático-Pedagógicos (Normas


Educacionais) para SEDUC-PA (Professor – Todas as Áreas)

Tema(s) já estudado(s)

Tema(s) da Aula

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IMPORTANTE: Este curso não se trata de um curso integralmente


desenvolvido em videoaulas, pelo contrário, as videoaulas que poderão vir a
ser disponibilizadas servem como complemento às aulas escritas.

Observação importante: Além das aulas em PDF, estarei


disponível para retirar dúvidas dos alunos matriculados,
por meio do fórum virtual, e, sempre que entender
necessário, disponibilizaremos materiais extras aos
matriculados, visando contribuir neste processo de
preparação para a prova.

Observação importante II: este curso é protegido por


direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98,
que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos
autorais e dá outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei


e prejudicam os professores que elaboram os cursos.
Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos
honestamente através do site Estratégia Concursos.

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Principais aspectos históricos da


Educação Brasileira.
Na aula passada, estudamos as tendências pedagógicas que nos
permitiram conhecer as manifestações significativas do pensamento
pedagógico em vários períodos recentes da história brasileira. Para você
relembrar, trouxemos os quadros com o resumo do que estudamos na aula
passada:

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CORRENTES DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO LIBERAL

Características Pedagogia Pedagogia Pedagogia Pedagogia


Tradicional Liberal Liberal Tecnicista
Renovada Renovada Não-
Progressivista diretiva
Ênfase Conhecimento; Aprender a Formação de Eficiência; e
Desenvolviment aprender, ou atitudes Produtividade
o intelectual aprender
fazendo
Período em que Desde 1549 até Início do século Início do século Década de
se manifesta, início do século XX XX 1960
no qual as XX
ideias são mais
fortes, mais
evidentes
Centro Professor Aluno Aluno Método
Professor Autoritário; Auxiliar Facilitador Administrador
Dono do
conhecimento
Aluno Passivo; Ativo Realizado Produtivo
Receptor
Método Aula expositiva; Pesquisas; Relacionamentos Instrução
Exercícios Projetos; Autoaprendizagem programada;
repetitivos; e Experiências; Aprendizagem Microensino;
ações Trabalhos em significativa Uso de
mecanizadas grupo tecnologias
com foco na
memorização
Destaques Jesuítas; Piaget; Carl Rogers Skinner;
Herbart Dewey; Bloom
Anísio Teixeira
Estratégia Concursos

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CORRENTES DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO PROGRESSISTA

Características Libertadora Libertária Crítico-social dos


Conteúdos
Ênfase Conscientização e Participação crítica Conteúdo
transformação indissociável da
realidade
Período em que se Décadas de 1970 Década de 1980
manifesta, no qual
as ideias são mais
fortes, mais
evidentes
Centro Autogestão pedagógica Conteúdo e
sociedade
Professor Animador Orientador Mediador
Aluno Crítico e participativo Transformador
Método Temas geradores; Vivência grupal: Análise crítica;
Diálogo; reuniões, eleições, Teoria e prática;
Grupos de discussão etc. Experiência e saber
Destaques Paulo Freire Freinet; Snyders;
Miguel Arroio Dermival Saviani
Estratégia Concursos

Nesta aula, iremos dar uma passada por toda a história do pensamento
pedagógico brasileiro, citando alguns resultados práticos (criação de escolas,
leis, etc.). Trabalharemos no formato de linha do tempo, dando destaque a
alguns temas. Acreditamos que esse formato esquemático é um dos mais
interessantes para quem está se preparando para uma prova de concurso, pois
facilita a assimilação dos acontecimentos com os períodos históricos e
respectivas correntes predominantes no período, as quais vimos na aula
anterior. Faremos uma correlação com os estudos de Saviani, que se destaca,
entre vários autores, pelo estudo do pensamento pedagógico de forma crítica,
relacionado alguns de seus apontamentos a acontecimentos históricos e às
contribuições para nossa realidade atual. Eventualmente, será útil você
retornar às nossas tabelas das tendências para relacionar os acontecimentos

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históricos com as ideias que estavam se manifestando naquele momento e,


por isso, elas estão sendo disponibilizadas novamente nesta aula.
Lembramos que a organização do nosso sistema de ensino atual é
estudada a fundo no Curso de Conhecimentos Didático-Pedagógicos
(Normas Educacionais). Aqui traremos uma abordagem mais crítica,
relacionando questões mais práticas. Nesse sentido, é oportuno destacar que o
estudo de todas as matérias é fundamental para sua prova, pois os assuntos
se relacionam e se complementam. Naturalmente, como são séculos de
história, não iremos esgotar todo o assunto, traremos o que tem mais chance
de ser cobrado. Vamos lá!

Educação no Brasil Colônia – 1500 a 1822

1500 a O Brasil foi descoberto em 1500 por Pedro Alvares Cabral. Até
1547 1530, a exploração do Brasil (ou Terra de Santa Cruz, como era
chamado na época) era limitada a expedições para coleta de pau-
brasil, madeira considerada nobre. Em 1534, com a finalidade de
proteger o território, o sistema de Capitanias Hereditárias foi
criado pelo rei de Portugal, D. João III. Nesse período, nada
significativo foi feito no que se refere à educação.

1548 Foi expedido, o Regimento do Governador Geral da colônia, Tomé


de Sousa, também conhecido como Regimento de 17 de dezembro
de 1548: este foi criado por D. João III e apresentava a política
para a colônia portuguesa. Trazia questões relacionadas a
concessão de sesmarias, a defesa do território, a organização do
comércio, a instalação do governo, ao tratamento que deveria
ser dado aos índios e invasores, etc. Esse documento regeu o
Brasil, então colônia de Portugal, por mais de 100 anos.
1549 Com a autorização de D. João III, aportaram na Baia de Todos os
Santos, em 29 de março de 1549, seis representantes da
Companhia de Jesus (jesuítas): Padres Leonardo Nunes, Antônio
Pires, João de Azpilcueta Navarro, os Irmãos Vicente Rodrigues e
Diogo Jacomo, sendo estes chefiados pelo Padre Manoel da
Nóbrega. Os jesuítas vieram com o Governador Tomé de Sousa
para catequizar os nativos (índios) da Província de Santa Cruz.

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Os jesuítas

Os jesuítas são membros da Companhia de Jesus, que foi fundada


em 1543, em Paris, na França, sendo liderada por Inácio de Loyola.
Acreditavam que poderiam propagar a fé católica, por meio da educação.

No Brasil colonial, logo que chegaram, fundaram igrejas perto das


aldeias e, paralelamente à catequização dos índios, desenvolveram,
principalmente para os filhos dos portugueses e para os futuros membros
da própria Companhia, a educação formal, escolar.

Todavia, não demorou muito para que os jesuítas começassem a


falar a língua dos nativos (índios). Para facilitar a catequização e na
intenção de proteger os índios dos maus exemplos e da exploração do
homem branco, desenvolveram o sistema de aldeamento, também
conhecido por missões ou reduções jesuíticas. Percebendo que os
adultos tinham mais dificuldades no aprendizado e no aculturamento,
decidiram por priorizar a educação das crianças índias (os curumins).

As aulas das primeiras escolas, muitas vezes, eram realizadas em


cabanas improvisadas, ou mesmo ao ar livre. Cabe destacar que os
jesuítas se utilizaram de vários recursos didáticos para facilitar o
aprendizado, como o canto e o teatro.

Para Saviani (2007), podemos falar em pensamento pedagógico no


Brasil desde a chegada dos jesuítas, pois, ao fundarem escolas e
colégios, colocaram em prática determinadas ideias educacionais
configurando, de certa forma, um tipo de pensamento pedagógico.

1553 Chega no Brasil colônia, vindo na expedição do segundo


Governador Geral da Colônia, Duarte da Costa, um dos mais
conhecidos jesuítas, Padre José de Anchieta.

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1554 Fundação, no sertão de Piratininga, de um colégio pelos jesuítas.


Diversos outros colégios foram fundados pelos jesuítas, no geral,
tratavam-se de escola que ensinavam a ler, escrever e
contar. Os mais lembrados: Rio de Janeiro (1568), Olinda (1576),
Ilhéus (1604), Recife (1655), São Luís, Paraíba, Santos, Belém,
Alcântara (1716), Vigia (1731), Paranaguá (1738) e Desterro
(1750).

1555 Em 1555, o Padre José de Anchieta esboça uma gramática em


tupi, que será publicada em 1595, em Coimbra, Portugal, sob o
título de “Arte da gramática da língua mais usada na costa do
Brasil”.

1556 Fundação do Colégio da Bahia, com o curso de humanidades e o


noviciado. Diz-se que existiram várias investidas, religiosas e até
civis, visando tornar o Colégio uma universidade.

Padre José de Anchieta e a Ordem Jesuítica

Cabe destacar que o Padre José de Anchieta foi autor de diversas


gramáticas, além de catecismos e outras obras voltadas para a
catequização dos indígenas em tupi-guarani. Além de outras atividades
que desenvolveu, Anchieta foi mestre-escola do Colégio de Piratininga,
bem como Reitor do Colégio Espírito Santo.

Com relação aos colégios da Ordem, deve-se frisar que o ensino


era gratuito, visto que os colégios possuíam rendas estáveis vindas de
impostos sobre alguns gêneros alimentícios.

1599 Ficou pronto o documento “Ratio Atque Institutio Studiorum


Societatis Jesu”, ou apenas “Ratio Studiorum”, Plano de
Estudos da Companhia de Jesus. Esse documento
regulamentava todas as escolas e colégios administrados pelos
jesuítas.

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O Plano de Estudos da Companhia de Jesus

Inácio de Loyola, o fundador da Companhia, foi quem começou a


escrever o Plano de Estudos da Companhia de Jesus. O documento
continha orientações que nortearam as atividades das escolas e colégios
jesuíticos durante quase dois séculos e meio na Europa e nas regiões do
Novo Mundo onde havia atuação da Ordem.

O objetivo do Plano era uniformizar a formação dos


frequentadores das instituições jesuíticas de ensino, de todas as
partes do mundo.

É uma espécie de manual que detalha a conduta do corpo docente


e discente, as responsabilidades, o desempenho, o relacionamento entre
os membros da Companhia e entre os mestres e seus alunos. No Plano,
pode-se verificar, por exemplo, direcionamentos para o comportamentos
ante o Provincial, o Reitor, o Prefeito de Estudos, os professores e outros
funcionários. Também contêm orientações sobre a administração e a
organização das escolas, sugerindo materiais didáticos e metodologias,
com vistas a garantir a boa formação.

Considerando a dedicação dos membros da Ordem em


sistematizar sua pedagogia, as orientações contidas no Plano quase
não foram questionadas à época.

1623 Entra para a Ordem jesuítica Antônio Vieira, que ficará conhecido
como Padre Antônio Veira. Vieira será conhecido como
defensor dos novos-cristãos, dos cristãos-velhos, dos negros
escravizados e, principalmente, dos índios, tendo em vista sua
luta contra a exploração e escravização dos nativos.

Padre Antônio Vieira

O Padre Antônio Vieira foi grande crítico dos religiosos que atuavam
em favor do Santo Ofício. Seu posicionamento crítico fez com que a

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inquisição o acusasse de herege em 1649, embora, 26 anos mais tarde,


tenham-no absolvido.

1748 D. Luis da Cunha acreditava que o ensino de latim nas escolas


gerava desordem civil e impossibilitava o aprendizado de ofícios
úteis, criando, muitas vezes, eclesiásticos sem vocação. Dessa
forma, em 1748, D, Luis escreve o “Testamento Político” ou
“Carta Escrita pelo Grande D. Luis da Cunha ao Senhor Rei
D. José I”, documento que enfatiza “o mal” da propagação do
latim por meio das escolas. Opiniões como esta, irão incentivar
mais a frente, na Reforma Pombalina, a retirada do latim das
escolas.

1750 D. José I assumiu o trono português e nomeou como Ministro


Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal
(1699-1782).

O Iluminismo e o as reformas do Marquês de Pombal para a


educação

Na Europa, em especial, na França, em meados do século XVIII,


começou uma difusão de ideias que visavam combater o Regime
Absolutista. Os princípios básicos dos iluministas era a igualdade
jurídica, o racionalismo e a crença no progresso. Este grupo
acreditava que a sociedade deveria ser transformada e que a
educação seria um dos melhores instrumentos para promover
essa transformação.

Assim, os iluministas começaram a lutar por várias reformas em


todo o continente Europeu, incluindo Portugal. Os iluministas
portugueses queriam mudanças para o País e para todas as suas
colônias.

Na mesma época difundia-se o Liberalismo, que é uma doutrina


político-econômica e sistema doutrinário que teve início no século
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XVII, por meio dos trabalhos do filósofo inglês John Locke (que já era
considerado um iluminista) sobre política. Adam Smith, filósofo e
economista escocês, fortaleceu o liberalismo econômico no século XVIII.

O Liberalismo pode ser entendido como um conjunto de princípios e


teorias políticas, que tem como principal característica a defesa da
liberdade política e econômica.

Assim, tem-se que os princípios básicos do Liberalismo são liberais


são: o livre mercado (liberdade econômica), a defesa da propriedade
privada, a mínima participação do Estado nos assuntos econômicos do
país (combate ao absolutismo); e a igualdade perante a lei (estado de
direito).

Com base nos princípios que vinham sendo propagados, em


especial naqueles difundidos pelos iluministas, o Marquês de Pombal
decidiu promover mudanças em Portugal e nas suas colônias. Todavia,
enquanto nos outros países as mudanças vinham sendo realizadas
diminuindo poderes dos Monarcas, Pombal quis implementar suas
mudanças mantendo o poder com a Monarquia, os quais continuariam no
topo da hierarquia social.

Justamente por isso, o Marquês de Pombal passou a ser reconhecido


como um expoente do “despotismo esclarecido”, afinal, embora tenha
desenvolvido várias reformas na administração, estas eram vistas como
extremamente autoritárias.

As reformas de Pombal para a educação visavam formar o nobre


negociante, simplificando e abreviando os estudos, para que um maior
número fosse logo encaminhado a cursos superiores. Havia um incentivo
para que os brasileiros fossem completar seus estudos na Universidade
de Coimbra.

Uma das diretrizes da Reforma Pombalina era privilegiar o ensino


das Primeiras Letras em detrimento do latim. Seus métodos eram
baseados no “Verdadeiro Método de Estudar” (1746), de Luiz Antonio
Verney, e na obra da Congregação do Oratório intitulada o “Novo Método
de Gramática Latina” (1752).

No Alvará de 28 de junho de 1759 constava, em anexo, as


“Instruções para os Professores de Gramática Latina”, que valorizavam a
língua portuguesa e o conhecimento da sua gramática, sendo base para

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o aprendizado futuro de outras línguas.

A meta da difusão do ensino era civilizar costumes e tornar mais


ativa e produtiva a sociedade. Além disso, visava garantir a legitimidade
da monarquia, por meio da difusão do temor a Deus e da obediência ao
Rei. Dessa forma, percebe-se que as Reformas de Pombal não
pretendiam abolir a “pedagogia cristã”, já que esta asseverava a
importância das regras de civilidade, por meio do temor a Deus e da
obediência ao Rei.

Acabou que, embora, as Reformas Pombalinas tenham tido um


caráter despótico, acabaram contribuindo para que fosse se
desenvolvendo no Brasil uma elite letrada crítica, que criticava a
administração portuguesa, inclusive, no referente à educação.

1755 Foi escrito o Diretório para os Índios. Este documento foi


tornado público pelo Marquês de Pombal somente em 1757 e tinha
entre seus objetivos extinguir o trabalho missionário dos religiosos
junto aos indígenas e elevar os aldeamentos a condição de vilas ou
aldeias, que seriam administradas por um diretor. Este Diretório
buscava incorporar os índios a sociedade dos brancos. Assegura
uma escola, com um mestre para os meninos e outro para as
meninas. As aulas deveriam ser em português.

1759 O Marquês de Pombal expulsa os jesuítas do Brasil e cria as


Aulas Régias ou Avulsas de Latim, Grego, Filosofia e Retórica.
Essas aulas não eram articuladas. Cada aula régia ou avulsa era
autônoma e isolada, com um único professor. Cabe frisar que essas
aulas não impediram o funcionamento de colégios de ordens
religiosas.

Saviani chama esse período que vai de 1549 (chegada dos


jesuítas) a 1759 (expulsão dos jesuítas), de período da
pedagogia tradicional. O autor divide o período em duas fases:

• 1549-1599 - fase conhecida como pedagogia basílica ou

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pedagogia heroica; e

• 1599 a 1759 - fase conhecida como pedagogia jesuítica ou


pedagogia Ratio Studiorum.

1768 Foi criado em Portugal o Tribunal da Real Mesa Censória, que


unificou os Tribunais do Ordinário, do Desembargo do Paço e do
Santo Ofício, conhecidos como a Tríplice Censura, afastando
Portugal da Santa Sé. O “Índex Expurgatório”, que deveria ser
elaborado por esse Tribunal, deveria trazer os livros proibidos nos
territórios portugueses.

1771 Atribuída à Real Mesa Censória a administração das escolas de


Estudos Menores do Reino.

1772 Foi instituído o imposto “Subsídio Literário” para subsidiar as


escolas Menores. Todavia, a imposto era baixo, não foi cobrado
regularmente e foi mal utilizado, sendo desviado para o tratamento
de outras questões.

1787 O Tribunal da Real Mesa foi extinto, sendo substituído por um


tribunal civil e eclesiástico, chamado “Real Mesa da Comissão de
Exame sobre os livros e Censura dos Papéis Impressos”, que será
extinto em 1794.

1807 Em 30 de novembro, as tropas de Napoleão Bonaparte invadem


Lisboa.

1808 A Família Real chega no Rio de Janeiro em 7 de março de 1808


e o Brasil deixa de ser uma simples colônia para receber o título de
Reino Unido à Portugal.

A vinda da Família Real e as mudanças na educação

Com a vinda da Família Real, muitas mudanças sociais, econômicas


e políticas ocorrerão na colônia. Como muitos intelectuais e pessoas do
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meio político virão em busca de boa formação para si e seus filhos,


muitas mudanças na educação e na cultura também serão feitas. Com
isso a Colônia progredirá.

O ensino imperial será estruturado em três níveis: primário,


secundário e superior. Porém, como não havia exigência da frequência
ao curso primário para ingresso em outros níveis, muitas famílias da
elite decidiram por educar seus filhos em casa, afinal, nesse
período, há poucas escolas e muitas delas são particulares.

O príncipe decidiu seguir o modelo político educacional do


Marquês de Pombal, controlando o ensino por meio de sua
autorização para abertura de escolas e nomeações de professores.

No que se refere ao nível superior, muito pouco foi feito. Há


evidências de que os diretores eram, ao mesmo tempo, os professores
dos cursos, estando submetidos diretamente às ordens do governo
absolutista.

Com a chegada da Família Real, diversas organizações


educacionais e culturais serão abertas, a exemplo da Imprensa
Régia, que imprimia o Jornal Gazeta, da Biblioteca Nacional, do Museu
Nacional, das Academias de Guardas-Marinha.

1812 Foram criadas as escolas de serralheiros, oficiais de lima e


espingardeiros. No Rio de Janeiro foi criado o primeiro laboratório
de química.

1814 São criados cursos de formação técnica na área de agricultura.

1816 É criada a Escola de Belas Artes.

1817 É criado o Jardim Botânico, para estudos de botânica e análogos.


Também são criados cursos de química, abrangendo química
industrial, geologia e mineralogia.

1818 Cursos de desenhos técnicos são criados.

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Muitos desses cursos preparavam os alunos bem


rapidamente, somente para serem práticos e atenderem as demandas
emergenciais da sociedade que se formava. No entanto, já colaboraram
para o desenvolvimento local e o distanciamento de Portugal.

1820 Foi fundado o colégio da Caraça, em Minas Gerais, o qual formou


várias personalidades da elite intelectual do Brasil, tais como
presidentes, deputados, senadores, eclesiásticos, etc.

1821 Por conta da Revolução Constitucionalista ou Revolta do Porto que


vinha acontecendo desde 1820 em Portugal e pretendia acabar
com o absolutismo português, príncipe D. João VI retorna àquele
país.

Educação no Brasil Império – 1522 a 1889

1822 Dom Pedro I declara a independência do Brasil em 7 de


setembro.

1827 O método Lancaster foi oficialmente adotado no Brasil, por meio


de lei.

O método Lancasteriano

O método de ensino Lancasteriano foi desenvolvido no século XVIII,


na Inglaterra, pelo quaker Joseph Lancaster (1770-1838) e pelo pastor

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anglicano Andrew Bell (1753-1832). O método era baseado na difusão da


formação primária, a partir do aprendizado de muitos alunos, por um
único professor. Lancaster afirmava que podia ministrar o ensino a
centenas de alunos. Para isso, fazia com que os alunos mais adiantados
fossem monitores dos demais alunos, por esse motivo, o método de
ensino Lancasteriano também é conhecido como monitorial ou mútuo.

Como no século XIX, havia uma escassez de professores, este


método se demonstrou adequado. Assim, em 1823, o imperador, Dom
Pedro I, declara a iniciativa de implantar uma escola de ensino mútuo e,
em 1827, uma lei estabelece o método como oficial no Brasil. Todavia,
por volta das décadas de 1840 a 1870 diversos métodos e tendências
passaram a ser misturados nas escolas brasileiras, de modo que, no final
do século XIX, a partir de discussões voltadas para o processo
pedagógico, o método Lancasteriano desapareceu do sistema
educacional brasileiro.

Importante: O método mútuo não esperava que os alunos


desenvolvessem a capacidade crítica nas atividades pedagógicas; o
método exigia, apenas, que os alunos tivessem disciplina física e mental.

1824 Em 25 de março, é outorgada a primeira Constituição Política do


Império do Brasil. Essa constituição estabelecia governo
monárquico, hereditário, constitucional e representativo. Cabe
destacar que manteve o sistema escravocrata.

A primeira Constituição do Brasil já contemplava a


gratuidade do ensino a todos os cidadãos. Todavia, os recursos
eram muito escassos, não havendo professores preparados. Além disso,
aqueles que se dedicavam ao ensino quase não recebiam apoio. Assim,

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a gratuidade do ensino a todos teve pouco efeito prático.

1827 Em 15 de outubro, foi promulgada a primeira lei sobre


instrução primária. Esta lei determinava a criação de escolas de
primeiras letras, especificava critérios para a formação e
contratação de professores, instituía a instrução primária para o
sexo feminino em todos os povoados mais populosos, nas vilas e
nas cidades, visando a criação de uma rede escolar. Como
decorrência dessa Lei, foram criadas escolas em todas as capitais
para a formação de professor
e e, nestas aparece a proibição de
castigos corporais. Destaca-se que esta foi a única lei geral para o
ensino público elementar até 1946 e, devido a ela, que o dia 15 de
outubro acabou sendo destinado para a comemoração do “dia do
professor”.

1834 Aprovado o Ato Adicional que trouxe uma série de mudanças


para a Constituição vigente. O Ato descentralizou a
administração pública do Império e, no campo da educação,
tirava do Governo Central a responsabilidade pelas escolas
primárias e secundárias. De acordo com o Ato, as províncias
deveriam cuidar dessas escolas e a educação deveria ser gratuita
em todas as províncias. O Governo Central ficaria responsável
apenas pelo ensino superior.

1845 Vindos da Argentina, em 1845, os jesuítas voltam ao Brasil e


abrem um colégio na cidade do Desterro, atual Florianópolis.

1852 Em decorrência de um decreto legislativo de 1851 (Reforma


Couto Ferraz), que autorizava o Governo a reformar o ensino
primário e secundário no Município Neutro da Corte, foi criada, em
1852, a Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária.

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1854 Foi promulgado o decreto 1.331-A que instituiu uma série de


mudanças para a instrução primária e secundária da cidade
da Corte. O decreto falava da obrigatoriedade do ensino, colocava
as atribuições do Inspetor Geral da Instrução Pública que eram
fiscalizar os estabelecimentos de ensino públicos e particulares,
revisar os compêndios usados nas escolas públicas, autorizar a
abertura de escolas particulares, presidir exames para o
magistério, entre outras; estabelecia, ainda, que o Inspetor Geral
deveria estudar os modelos de educação das províncias para
compará-los com os da Capital. O município da capital deveria ser
modelo, assim, começa a ser delineado um sistema. Este
d
mesmo decreto estabeleceu o credenciamento dos professores e
que eles voltassem a ser fiscalizados oficialmente. Todas essas
mudanças também faziam parte da Reforma Couto Ferraz.

1856 Outra iniciativa que intencionava o estabelecimento de um sistema


foi apresentada em um relatório de César Borges, o Barão de
Macahubas, Diretor Geral dos Estudos da Província da Bahia. Ele
considerava que somente um sistema geral para a Instrução
Pública, devidamente formulado , permitiria a “nacionalização” da
Nação Brasileira.

A partir de ideias como as de Couto Ferraz e César Borges, o


Barão de Macahubas, vislumbrou-se a necessidade de
organização, pelo Estado, de um Sistema Nacional de Ensino para
o País. Essas ideias foram ganhando mais força nas décadas
finais do Império.

Embora existissem diversas iniciativas que intencionavam tornar o


ensino gratuito e acessível a todos, na maioria das vezes, essa abertura
não se estendia aos negros. Neste sentido, pode ser citada uma Lei de
1857, que estabelece a recusa de matrículas de crianças de cor negra,
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ainda que livres, no Colégio de Artes Mecânicas do Rio Grande do Sul.

1872 Há registros de que, em 1872, de um total de 10 milhões de


habitantes, apenas 150.000 alunos estavam matriculados nas
escolas primárias, sendo que 66,4% da população era
completamente analfabeta.

1879 Por meio do decreto nº 7247 de 19 de abril, foi instituída uma


reforma, que passou a ser aconhecida como Reforma Leôncio de
Carvalho. Essa reforma pretendia
1 mudanças nos ensinos primário
e secundário, como uniformizar a instrução primária pelo país,
mas, neste caso, não conseguiu atingir seu fim. No entanto,
houve um ganho, visto que ao começar a discutir questões
relacionadas a organização do ensino, abre portas para outras
iniciativas, tais como os pareceres de Rui Barbosa que foram
apresentados à Câmara em 1882 e que previa, pela primeira
vez, a organização geral do ensino.

A segregação no nosso país sempre foi tão grande que, apesar dos
avanços conquistados pela Reforma Leôncio de Carvalho”, havia quem
fizesse afirmações absurdas e defendesse ainda no final do século XIX
que alguns conteúdos não precisavam ser aplicados aos pobres, pois
estes deveriam ter noções mais simples.

1882 Os pareceres referentes à “Reforma do Ensino Primário e


Secundário e várias Instituições Complementares da Instrução
Pública”, foram apresentados por Rui Barbosa à Câmara dos
Deputados.

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A situação no final do Império

Rui Barbosa, influenciado pela Maçonaria Internacional, foi um dos


grandes defensores do ensino obrigatório, da liberdade do ensino e
da laicidade da escola pública.

Os pareceres apresentados por Rui Barbosa, em 1882,


d
constituíram o primeiro documento a aconselhar a implantação de um
órgão de coordenação e difusão do ensino, com vistas a formar um
sistema de educação que contemplasse a organização do ensino
desde os jardins de infância até o ensino superior.

O deputado maranhense Almeida de Oliveira apresentou ao


Parlamento do Império, no mesmo ano dos pareceres, um Projeto de
Reforma defendendo não ser lícito o governo não fazer nada diante da
precária difusão da instrução elementar nas Províncias.

Mas, apesar das tentativas de alguns estadistas, até o fim do


império, essas ideias, que recebiam pouco apoio do Parlamento, não se
estabeleceram. Assim, entende-se que, embora Dom Pedro II tenha sido
um homem culto e de boa vontade, acabou seu governo sem implantar
soluções eficazes para a educação.

Educação no Brasil República – 1889 até os


dias atuais

1889 Em 15 de novembro a República foi proclamada.

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1890 Foi criado o Ministério da Instrução Pública, Correios e


Telégrafos. Seu primeiro ministro era Benjamin Constant, que
logo iniciou várias mudanças (Reforma Benjamin Constant). A
Reforma Benjamin Constant era destinada ao Distrito Federal, que
na época era o Rio de Janeiro. Previa gratuidade, a liberdade e
a laicidade do ensino. Todavia, fracassou, diante da força dos
grupos defensores da desoficialização do ensino. Tendo a criação
do Ministério e as Reformas sido insuficientes para atender as
expectativas que se formavam, o Ministério acabou sendo extinto
em 1892.

2
1892 O Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos é
extinto e a responsabilidade por assuntos sobre educação são
transferidos para o Ministério da Justiça e Negócios Interiores.

1911 Ocorreu a Reforma Rivadávia Correia, inspirada nas ideias


positivistas de liberdade de ensino e decretada pela Lei
Orgânica do Ensino Superior e Fundamental da República. Essa lei
desoficializou a educação, retirando do Estado o poder de
interferência no ensino. A Reforma defendia, também, o fim do
diploma, o qual deveria ser substituído por um certificado.
Implantava exames para admissão no ensino superior. A Reforma
não alcançou seus objetivos, tendo sido considerada complexa
e contraditória em alguns pontos.

1915 Surge a Reforma de Carlos Maximiliano, com muitos objetivos


contrários à Reforma de Rivadávia Correia. Estabelece que o
ensino secundário e superior deve voltar a ser considerado
estabelecimento oficial (oficialização do ensino), propõe o
sistema de vestibulares, com preparatórios parcelados,
seguindo o modelo anglo-saxão, que irá perdurar até 1925.

1920 Foi criada a Universidade do Rio de Janeiro.

1924 Foi fundada a Associação Brasileira de Educação (ABE) com o


objetivo de reunir os profissionais de educação, para
compartilharem suas ideias em Conferências Nacionais de
Educação.

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1927 Júlio Prestes, Presidente do Estado de São Paulo, sanciona a Lei


nº. 1884, que permite a criação de escolas normais livres.
Assim surgem em várias partes do Estado escolas do governo e
particulares. Essa Lei possibilitou o crescimento da rede de
ensino primário, porém, esse crescimento ainda não chega à
zona rural. Nesse período, de forma geral, já existem muitos
professores, contudo, faltam recursos para a abertura das escolas
rurais.

Avanços da década de 1920

Cabe destacar que a década de 20 foi significativa para a educação,


pois nesse período, diversas reformas aconteceram nos estados. Pode-se
citar: a Sampaio Dória, que aconteceu em São Paulo; a Carneiro Leão e,
mais tarde, a Fernando Azevedo, no Rio de Janeiro; a Lourenço Filho, no
Ceará; a Anísio Teixeira, na Bahia; Francisco Campos e Mário
Casassanta, em Minas; e a Carneiro Leão, em Pernambuco.

Alguns autores consideram que o ensino primário em nível nacional,


iniciou-se sob a orientação do pedagogo Lourenço Filho, entre 1920 e
1930, pelo Método da Escola Nova, do filósofo americano John Dewey.

1930 A segunda República tem início com o governo de Getúlio Vargas.

A chamada segunda República tem início, um ano após estourar a


Crise Econômica Mundial, com Getúlio Vargas. O momento exigia que o
Brasil entrasse no modelo capitalista de produção. Mas, para isso, o país
precisará de mão-de-obra especializada.

Assim, o governo passa a investir significativamente no


desenvolvimento da produção industrial, no mercado interno, na
produção industrial e, concomitantemente na educação, afinal, ter
pessoas capacitadas passa a ser essencial para o atendimento dos outros
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objetivos.

1931 Ocorre a Reforma Francisco Campos, que, por meio de vários


decretos, busca organizar o ensino secundário e as
universidades brasileiras, que quase não existiam.

Saviani chama esse período que vai de 1759 (expulsão dos


jesuítas e Reforma Pombalina) à 1932, de período da pedagogia
tradicional leiga. Esse período também é dividido em duas fases:

✓ 1759-1827 – fase da pedagogia pombalina com disciplinas


isoladas, ministradas por um professor pago pela coroa
portuguesa com recursos do subsídio literário;

✓ 1827-1932 – fase da pedagogia leiga (ou laica), que previa


escola publica, gratuita, universal, obrigatória e laica.

1932 Acontece o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova que


influenciará na a aprovação da Primeira Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, em 1961. O Manifesto foi assinado por 26
educadores, estando Fernando Azevedo entre eles e à frente da
iniciativa. O Manifesto defende a educação gratuita,
obrigatória, e leiga, sendo dever do Estado implantá-la em
todo o território nacional. O documento, ainda, reivindica a
escola básica única, fazendo uma crítica ao sistema dual, o
qual destina uma escola para os ricos e outra para os pobres.

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1934 É promulgada a terceira constituição Brasileira, a segunda do


período republicano. Para a educação, a Constituição traz alguns
direcionamentos, destaca-se: a educação como direito de
todos, devendo ser ministrada pela família e pelos poderes
públicos; é estabelecido o subsídio do governo para o ensino
privado, o qual isenta as instituições de ensino particulares de
qualquer tributo, desde que idôneas; e surge, pela primeira vez, a
exigência de que o ensino fosse ministrado em português
em todos os estabelecimentos de ensino.

1937 Vargas dá um golpe de estado, em meio a instabilidade política e


instala o Estado Novo, outorgando uma nova Constituição.

A Constituição de 1937

Vargas mantém, na Constituição de 1937, os principais pontos da


Constituição de 34, cabendo ao governo federal traçar as diretrizes da
educação para todo o país e fixar o plano nacional de educação, embora
o ensino possa ser ministrado por instituições privadas.

É perceptível que a nova Constituição destaca o ensino pré-


vocacional e profissional, dizendo que o ensino técnico se destina às
classes menos favorecida (um tanto preconceituosa, né?!). Estabelece,
ainda, a obrigatoriedade do ensino de trabalhos manuais em todas as
escolas normais, primárias e secundárias. O ensino não precisa mais ser
feito em Português.

Para alguns críticos, o Estado Novo foi um período de estagnação


para da educação, pois muitos ganhos da Constituição de 1934 foram
perdidos, como a responsabilidade do governo pela educação.

Nessa conjuntura, algumas organizações são criadas, visando


defender questões educacionais, como a União Nacional dos
Estudantes (UNE) e o Instituto de Estudos Pedagógicos (INEP).

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1942 O Ministro de Estado da Educação, Gustavo faz uma reforma em


alguns ramos do ensino, por meio das Leis Orgânicas do Ensino ou
Lei Capanema.

1946 Estando na presidência Eurico Gaspar Dutra, em 18 de setembro


de 1946, foi promulgada a quarta Constituição brasileira. Tinha
uma vertente liberal e determinava que a União era a
responsável por legislar sobre diretrizes e bases para a
educação. Determinava a obrigatoriedade do ensino primário para
todos, sendo este gratuito, oficial e em português. Escolas
privadas poderiam existir, desde que respeitassem as leis da
educação. Pode-se perceber que a Constituição de 1946 foi um
instrumento importante para a democratização do ensino,
podendo-se destacar sua preocupação em servir à educação e os
princípios liberais.

1959 Estimulados pelo Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, um


novo grupo se reúne para fazer o Manifesto dos educadores
democratas em defesa do ensino público, que também
influenciará na LDB de 1961.

1961 Aprovada a Primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional.

A LDB de 1961

A LDB determina que a educação era um direito de todos, devendo


ser assegurado pelo poder público. Ela dá um destaque a necessidade do
ensino primário para todos, devendo a criança ser matriculada a partir
dos 7 anos. Reafirma a liberdade da iniciativa privada para atuação no
campo educacional, o que, na prática, faz com surjam diversas escolas
particulares, visto à incapacidade do Estado de atender as demandas da
população.

O Método de Educação Popular do professor Paulo Freire surge no

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mesmo período da aprovação da LDB. O Método teve início no Rio


Grande do Norte, sendo aplicado pela prefeitura de Natal, com a
Campanha de Alfabetização “De Pé no Chão também se Aprende a Ler”,
que pretendia alfabetizar adultos analfabetos.

1962 Foi implantado o Conselho Federal de Educação, que havia sido


previsto na Lei de Diretrizes e Bases. Este vem substituir o
Conselho Nacional de Educação. No mesmo ano são criados os
Conselhos Estaduais de Educação. O Ministério da Educação e
Cultura lança o Plano Nacional de Educação, e o Programa Nacional
de Alfabetização, ambos baseados no Método Paulo Freire. Nesse
período, várias instituições são vistas como subversivas, tendo seu
funcionamento proibido, como a União Nacional dos Estudantes
(UNE).

1964 Ocorre o Golpe Militar. No período militar, que se estende de 1964


a 1984, são comuns olheiros infiltrarem-se nas instituições de
ensino para observar tudo que era falado ou feito nelas. As
universidades foram os principais alvos dos militares.

1967 O governo militar lança o Movimento Brasileiro de Alfabetização ou


MOBRAL para substituir o MCP que usava o Método Paulo Freire.
Os militares defendiam que com o MOBRAL o analfabetismo
poderia ser erradicado. Todavia, o MOBRAL não atingiu os
resultados prometidos. Ainda em 1967 é lançada uma nova
Constituição.

1969 Em fevereiro de 1969, por meio do Decreto-lei nº. 477, todos os


professores, alunos e funcionários de escolas foram
proibidos de fazer qualquer manifestação de caráter
político”. Algumas propostas curriculares foram impostas pelo
governo militar, como o ensino de Educação Moral e Cívica para as
escolas em todos os graus e modalidade de ensino. O qual, no fim
do grau médio, passaria para Organização Social e Política
Brasileira (OSPB) e no curso de nível superior, para Estudos de
Problemas Brasileiros (EPB).

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Saviani chama esse período que vai de 1932 (marcado pelo


Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova) à 1969, de período da
pedagogia nova. O perído é dividido em duas fases:

a) 1947-1961 – fase da pedagogia nova; e

b) 1961-1969 – fase da crisa da pedagogia nova e articulação


com pedagogia tecnicista.

1971 O ministro da Educação e Cultura, Coronel Jarbas Passarinho, faz


uma reforma nos 1º e 2º graus, por meio da Lei 5.692. Entre
outras deliberações a Lei, aumentou a obrigatoriedade escolar
de quatro para oito anos, juntou o primário com o ginásio,
aboliu o exame de admissão e criou a escola única
profissionalizante. Frisa-se que por essa Lei todos os cursos de 1º
e 2º graus passaram a ser profissionalizantes. Para alguns
estudiosos, a intenção da lei era acabar com o preconceito que
havia em torno do trabalho técnico e manual.

O Neoliberalismo

O Neoliberalismo surgiu na década de 1970, por meio da Escola


Monetarista e do economista Milton Friedman. Na época, foi entendida
como uma possível solução para a crise mundial do petróleo, de 1973,
que afetou a economia de diversos países.

O Neoliberalismo foi baseado nas ideias liberais do século XVIII,


todavia, trazia ideias adaptadas aos novos tempos. Defendia: a mínima
participação do Estado na economia dos países; a livre a globalização; a
pouca intervenção do governo no mercado de trabalho; a privatização de
empresas estatais; a entrada de multinacionais; a desburocratização do

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Estado; o capitalismo; etc.

No Brasil, entende-se que as reformas neoliberais tiveram início no


governo do Presidente Fernando Collor de Melo (1990 – 1992), embora
já tenham influenciado na abertura democrática. Nesse contexto, cabe
salientar, ainda, que passaram a influenciar fortemente as reformas na
educação na década de 1990, as quais veremos a seguir.

Observa-se que, sendo o Neoliberalismo uma doutrina com foco no


desenvolvimento dos mercados e no capital, é comum que os neoliberais
subordinem também a educação ao mercado, valorizando o ensino
tecnicista em detrimento de disciplinas como Filosofia e Sociologia.

As avaliações sistemáticas, que serão instituídas no Brasil na


década de 1990, são valorizadas pela corrente neoliberal, bem como a
auditoria da educação. Afinal, esses sistemas geram uma competição
entre as instituições, seus docentes e seus alunos, criando um ranking
como de outros produtos e serviços disponibilizados pelo mercado.

Alguns críticos sintetizam a influência neoliberal como uma


corrente que valoriza a educação a partir de critérios mercadológicos em
vez de se basear em critérios de qualidade.

1984 Acontece a abertura democrática.

1985 Tancredo Neves foi eleito pelo Colégio, mas não tomou posse, pois
adoeceu, sendo substituído por José Sarney. Sarney foi
empossado em 15 de março de 1985. Assim, oficializou-se o fim
do regime militar.

1986 A partir da 4ª Conferência Brasileira de Educação, realizada


pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em
Educação (Anped), a Associação Nacional de Educação (Ande) e o
Centro de Estudos Educação e Sociedade (Cedes), em Goiânia,
surge uma lista de propostas para a Constituição que deveria ser
aprovada em breve. Entre as propostas, havia a indicação da
necessidade da efetivação do direito de todos os cidadãos ao
ensino e o dever do Estado em garantir esse direito.

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1988 É promulgada nova Constituição Federal.

A Constituição Federal de 1988

Segundo Aranha (2005) a Constituição foi outorgada em 5 de


outubro de 1988 e nos artigos referentes a educação destacam-se:
direito de todos e dever do Estado e da família; deve ser gratuita
nos estabelecimentos oficiais; oferecer igualdade de condições para o
aceso e permanência na escola; a escola será um espaço de
liberdade de aprender, ensinar, pesquisar, divulgar o
pensamento, a arte e o saber. Tudo isso deve acontecer com a
promoção, incentivo e colaboração da sociedade, visando o pleno
desenvolvimento da pessoa, a boa formação para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Pode-se dizer que a Constituição Federal de 1988 trouxe o


princípio da gestão democrática do ensino, pois estabelecia que
deveria haver igualdade de condições para o aceso e permanência na
escola e que a escola deveria ser um espaço plural e livre, mas, como
diversos instrumentos legais do passado, representou pouco na prática.
Alguns dos avanços trazidos pela Constituição estão mais
relacionados à administração educacional.

Embora a garantia a Constituição não garantisse a participação da


comunidade nas instâncias decisórias do sistema de ensino
propriamente, alguns avanços ocorrerão devido à participação social e
aos movimentos organizados, que também contribuirão para a
política educacional que se desenvolverá na década de 1990.

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1990 Ocorreu a Conferência Mundial sobre Educação para Todos em


Jomtien, na Tailândia. Como consequência dessa Conferência,
Fernando Collor de Mello criou o Programa Nacional de
Alfabetização e Cidadania (PNAC) para substituir a Fundação
Educar - versão democrática para o Movimento Brasileiro de
Alfabetização (MOBRAL) -, instituída cinco anos antes por Sarney.
Mas essa iniciativa durou apenas um ano. Inspirado nos Centros
Integrados de Educação Pública, criados no Rio de Janeiro, pelo
deputado Darcy Ribeiro, em 1982, Collor de Mello cria os Centros
Integrados de Apoio à Criança. Esses Centros passam a ser
chamados pela população de CIACs ou Brizolões.

1995 Fernando Henrique Cardoso assume a presidência do país.

As reformas do Governo FHC

Paulo Renato de Souza foi o ministro da Educação de 1 de janeiro de


1995 a 31 de dezembro de 2002 (governo Fernando Henrique Cardoso).
Logo no início de sua gestão várias mudanças começam a ser feitas. O
governo extingue, por medida provisória, o Conselho Federal de
Educação, criando, ao mesmo tempo, o Conselho Nacional de Educação,
ligado ao MEC.

Pretende-se tornar esse novo Conselho mais dinâmico e menos


burocrático na deliberação de assuntos de sua competência.

Além disso, o projeto de uma nova LDB que estava parado no


Congresso desde 1988, passa a entrar novamente para a pauta das
discussões políticas.

Pode-se destacar alguns projetos que foram desenvolvidos no


governo de Fernando Henrique: Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
(FUNDEF); Programa de Avaliação Institucional (PAUIB); Sistema

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Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB); Exame Nacional de


Cursos (ENC); Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM); Paramentos
Curriculares Nacionais (PCN).

1996 A atual LDB (Lei 9.394/96), com a relatoria do senador Darcy


Ribeiro foi sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.

Importante: Aqui colocamos a estrutura da LDB, já que estamos falando


apenas da História da educação, no entanto, como você já sabe, é necessário
que você conheça a LDB na íntegra para dar amparo a outros conteúdos que
serão cobrados na prova.

Estrutura da LDB de 1996

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação possui 92 artigos,


organizados da seguinte maneira:

Título I - Da educação

Título II - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional

Título III - Do Direito à Educação e do Dever de Educar

Título IV - Da Organização da Educação Nacional

Título V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino

Capítulo I - Da Composição dos Níveis Escolares

Capítulo II - Da Educação Básica

Seção I - Das Disposições Gerais

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Seção II - Da Educação Infantil

Seção III - Do Ensino Fundamental

Seção IV - Do Ensino Médio

Seção V - Da Educação de Jovens e Adultos

Capítulo III - Da Educação Profissional

Capítulo IV - Da Educação Superior

Capítulo V - Da Educação Especial

Título VI - Dos Profissionais da Educação

Título VII - Dos Recursos Financeiros

Título VIII - Das Disposições Gerais

Título IX - Das Disposições Transitórias

1998 É criado o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) para


avaliar a qualidade do ensino médio no país.

Saviani chama esse período que vai de 1969 a 2001, de período


da pedagogia produtivista.

Essa corrente prega que a educação é um bem de produção, e


não um bem de consumo. Essa visão teve influências do
desenvolvimento econômico. As análises que fundamentaram a
pedagogia produtivista foram sistematizadas principalmente pela
“teoria do capital humano”, a qual se expressa pelo positivismo
na versão estrutural-funcionalista.

Essa concepção pedagógica já começou a se desenvolver no país


a partir das décadas de 1950 e 1960, influenciada pela pedagogia
tecnicista. Embora seja notória uma diminuição do tecnicismo a
partir do final dos anos 1980, a pedagogia produtivista
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permaneceu com algumas variações, sendo que, na década de


1990, a organização do ensino teve por base predominantemente
o cognitivismo construtivista.

A pedagogia produtivista é caracterizada, externamente, pela


importância da educação no processo de produção econômica e,
internamente, pela tentativa de munir a escola do máximo de
produtividade, ou seja, a escola, dentro dessa concepção, deve
maximizar os investimentos nela feitos por meio da busca
constante do máximo de resultados com o mínimo de disperdício,
ou seja, tornando seus processos eficientes.

2003 É lançado o Brasil Alfabetizado, para substituir o Alfabetização


Solidária. Desde o Alfabetização Solidária, do Governo FHC, houve
um esforço contínuo para combater o analfabetismo, estendendo-
se no governo Lula. Todavia, embora esse esforço tenha trazido
resultados, diminuindo a taxa de analfabetismo das pessoas com
15 anos ou mais, a partir de 2012 a queda progressiva foi
descontínua e os motivos ainda estão sendo pesquisados.

2005 Alunos de 4ª e 8ª séries, hoje 5º e 9º anos, passaram a ser


avaliados na Prova Brasil.

2007 Criado o Fundef – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da


Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
(Fundeb). Ainda em 2007, o MEC criou o Mais Educação, que
custeou o aumento da carga horária em milhares escolas.

2009 Em algumas faculdades os vestibulares passam a ser substituídos


pelo Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Ainda em 2009, a
Emenda Constitucional nº 59 definiu o aumento da obrigatoriedade
escolar para 4 a 17 anos até 2016.

2010 É aprovado o piso salarial nacional para os docentes, devendo um


terço da jornada ser dedicada a formação e planejamento

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2017 A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para os


ensinos infantil e fundamental foi aprovada na sexta-feira (15/12)
em votação no Conselho Nacional de Educação (CNE).

A Base Nacional Comum Curricular - BNCC

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para os ensinos


infantil e fundamental foi aprovada em dezembro de 2017, em votação
no Conselho Nacional de Educação (CNE), sendo, logo após, homologada
pelo ministro da Educação, Mendonça Filho.

A BNCC traz diretrizes para a elaboração dos currículos das redes


municipais, estaduais e federal de ensino, das escolas públicas e
particulares. Mas, atenção! O novo documento não trata do ensino
médio. A base curricular para o ensino médio será avaliada
posteriormente pelo CNE.

Destaques e próximos passos

a) A BNCC apresenta um conjunto de orientações e referenciais

inédito na história brasileira.

b) O Ensino Religioso ganhou diretrizes sobre o que deve ser

ensinado do 1º ao 9º ano;

c) Os alunos devem estar alfabetizados até o segundo ano;

d) Redes municipais, estaduais e federal precisam iniciar a

reelaboração de seus currículos para a educação infantil e o

ensino fundamental de acordo com as orientações da Base

já em 2018;

e) Os materiais didáticos deverão ser desenvolvidos de acordo

com as novas diretrizes;

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f) A implementação deve ser iniciada em 2019 e estar

completa até início do ano letivo de 2020;

g) As orientações sobre identidade de gênero ainda devem ser

discutidas por comissão do CNE.

Atenção!

"A Base Nacional Comum Curricular não é currículo!

A BNCC apresenta um conjunto de referenciais para que as escolas e


sistemas de ensino, após um processo crítico e criativo, devem elaborar
suas propostas curriculares. Mas, atenção! Diferentemente dos
conhecidos Parâmetros Curriculares Nacionais, que traziam apenas
diretrizes mesmo, dando um norte para a escola e o professor, a Base
Nacional Curricular aprovada em 2017 apresenta de forma clara
competências por área de conhecimento, chegando a especificar
objetivos de aprendizagem e habilidades mínimas por disciplina para
cada ano (ou conjunto de anos em alguns casos) que a escola/ alunos
precisam desenvolver. Portanto, quanto a esse mínimo há uma certa
obrigatoriedade. Há que se pontuar, porém, que há margem para a
inclusão de conteúdos e adaptações à realidade de cada estado/ escola.

É necessário frisar ainda que os Parâmetros continuam valendo,


sendo uma fonte a ser utilizada pelo professor. Mas a Base inovou ao
fixar com clareza objetivos e habilidades mínimas. Nesse sentido, pode-
se entender que a Base busca garantir uma educação equânime para
todos os brasileiros.

Competências gerais da Base

Embora A BNCC aprovada esteja direcionada para a Educação Infantil e o


Ensino Fundamental, as competências gerais referem-se à Educação
Básica, de modo que se inter-relacionam e se desdobram no tratamento
didático proposto para suas três etapas (Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio), articulando-se na construção de
conhecimentos, no desenvolvimento de habilidades e na formação de
atitudes e valores, nos termos da LDB.

A seguir, veja as competências gerais previstas na Base:

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre

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o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a


realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de
uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das


ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a
imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar
hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive
tecnológicas) com base nos conhecimentos das iferentes áreas.

3. Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as


diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e
também para participar de práticas diversificadas da produção
artístico cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual motora, como


Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como
conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica para
se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem
ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e


comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e
coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar se


de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as
relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade,
autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para


formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões
comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a
consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local,
regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de
si mesmo, dos outros e do planeta.

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8. Conhecer se, apreciar se e cuidar de sua saúde física e emocional,


compreendendo se na diversidade humana e reconhecendo suas
emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com
elas.

9. Exercer a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,


fazendo se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos
humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos
e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade,


flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões, com base
em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e
solidários.

Outras questões para reflexão

É importante destacar que, além de todas as mudanças políticas que


interferiram na sala de aula, essas décadas incluíram uma grande
revolução tecnológica, marcada pelo desenvolvimento da internet, que
transformou as relações sociais e, claro, o ensino.

Apesar de algumas escolas de Ensino Fundamental não terem nem


mesmo computador, essa máquina está inserida na vida de professores e
alunos, dinamizando o acesso à informação. Mas será que o acesso à
informação e as inovações pedagógicas estão à disposição de todos?

Os últimos dois governos disseminaram laboratórios de informática,


laptops para alunos e tablets para docentes. Apesar disso, a realidade
ainda é plural. Existem escolas informatizadas, bilíngues e outras ainda
multisseriadas, com projetos pedagógicos bastante tradicionais.

Diante de tanta desigualdade, a reavaliação das políticas para a


educação deve ser repensada para garantir que, chegue o dia, em que
todos na prática tenham acesso à educação. Afinal, conforme vimos,
boas ideias vêm surgindo desde a chegada dos jesuítas, depois de muita

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luta, algumas destas chegam a se concretizar como leis, porém, na


prática, levam-se anos para visualizarmos algum avanço em nosso
sistema de ensino, isso quando chegamos a ver alguma efetividade.

Saviani, no seu artigo “O pensamento pedagógico brasileiro: da


aspiração à ciência à ciência sob suspeição”, de 2007, lembra-nos dos
momentos de luta dos professores ao longo de anos, em especial na
década de 1980, solicitando mais espaço nas decisões da escola. Hoje,
como resultado do atendimento desse pleito, temos que nos desdobrar
dando aulas em mais de uma escola, para várias classes, participando
dos estudos de educação continuada e, ainda, temos que nos envolver
na elaboração do PPP, na mobilização da comunidade para participação
na escola, etc. Embora tenha sido aberto esse espaço, como que o
professor pode participar de todas essas ações, de forma efetiva, se seu
tempo de dedicação a sala de aula não foi revisto? É nesse sentido que
temos que pensar na nossa realidade atual. Leis e políticas públicas são
elaboradas, mas até que ponto podem ter efetividade se são construídas
sem considerar todos os aspectos da realidade do nosso sistema
educacional deficiente? Fica aqui uma reflexão.

No que se refere ao nosso sistema de ensino atual (que prevê um


ensino laico, gratuito, uma escola inclusiva), você tem que levar para a
prova que tudo isso é resultado de anos de luta, do desenvolvimento do
pesamento pedagógico ao longo dos anos (tendências) e de inúmeros
pequenos fatos históricos, mas que contribuíram para estarmos onde
estamos hoje, em sentido positivo e negativo. Embora tenhamos tido
algum avanço, este acaba sendo muito pequeno perto do que poderia
ser, já que as mudanças ocorrem lentamente. A verdade é que há um
encadeamento um tanto lógico na nossa história. Anos de luta e, ao
mesmo tempo, anos de descaso, de postergação na aprovação de leis
por parte dos nossos governos e recorrentes fracassos das políticas
educacionais.

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As questões e seus comentários aprofundam e complementam os


conhecimentos vistos na aula. Por isso, trabalharemos com questões de várias
bancas, com vistas a explorar ao máximo o conteúdo. Além disso,
aproveitaremos para revisar assuntos estudados em aulas anteriores. Nesse
sentido, as três primeiras questões já foram trabalhadas na última aula, mas
iremos revê-las, por estarem relacionadas com o tema desta aula.
Em destaque, seguem algumas questões da sua Banca. Resolva todas as
questões e leia os comentários.

FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP

1) Desde o início da década de 1990, algumas perspectivas de


políticas sociais orientadas para as exigências do estágio atual do
capitalismo para a América Latina têm sido delineadas por
organismos internacionais. Na definição das políticas educativas
na América Latina assume papel decisivo o Banco Mundial e sua
posição de defesa explícita da vinculação entre educação e
produtividade, numa visão claramente economicista.

A influência do Banco Mundial gerou políticas educativas, na


América Latina, que priorizaram:

a) melhoria da eficiência interna, qualidade, equidade,


descentralização e privatização.

b) melhoria da qualidade do ensino, avaliação de competências e


desenvolvimento da cidadania.

c) universalização da educação básica e centralização de projetos


pedagógicos.

d) desenvolvimento integral do educando, formação de


professores e qualidade social.

e) integração dos sistemas educacionais e financiamento


específico para a educação dos excluídos.

Resposta: A. Conforme vimos, as políticas educacionais implantadas na década

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de 1990 tinham uma influência neoliberal. Muitos investimentos foram


patrocinados por organismos internacionais como Banco Mundial. Conforme
vimos, muitas políticas dessa época visavam medir, para demonstrar a
qualidade, a eficiência do ensino, também buscaram a descentralização e a
privatização. Isso não ocorreu por acaso. Ocorre que isso fazia parte da
exigência desses organismos para que houvesse a destinação de recursos.

FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP

2) Em relação à Educação Pública no Brasil, é correto afirmar que

I. o Manifesto dos Pioneiros da Educação, em 1932, teve grande


==ed1d2==

importância na defesa pela educação obrigatória, pública,


gratuita e laica como um dever do Estado.

II. a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei


no 4.024/61) atendeu também as escolas privadas, apesar das
pressões para que o Estado destinasse recursos apenas para a
educação pública.

III. o Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL (1970) é


considerado o movimento mais competente em termos de
qualidade para a alfabetização de jovens e adultos.

IV. historicamente a prática de pôr a Administração Pública a


serviço de grupos particulares, sejam econômicos, religiosos ou
político-partidários, garantiu um maior investimento financeiro
na educação pública de qualidade.

É correto o que consta APENAS em

a) II, III e IV.

b) III e IV.

c) I, II e III.

d) I, III e IV.

e) I e II.

Resposta: E. Os itens “I” e “II” estão corretos. O item “III” está errado,
porque, conforme vimos, embora os militares defendessem que com o
Movimento Brasileiro de Alfabetização, lançado em 1967, o analfabetismo
poderia ser erradicado, o MOBRAL não atingiu os resultados prometidos. O
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item “IV” está incorreto, pois, justamente pelo fato de nossa Administração
Pública ter, em muitos momentos, colocado-se a serviço de grupos
particulares, ao invés de trabalhar com foco no bem-comum, é que deixaram
de ser feitos investimentos consideráveis em educação.

FCC 2005 – PEDAGOGO – UFT

3) Esta situação marcou a educação no Brasil nos últimos 50


anos, mostrando-se ora conservadora, ora renovada. Enfatiza: o
preparo do indivíduo para o desempenho de papéis sociais, de
acordo com as aptidões individuais; os indivíduos precisam
aprender a adaptar-se aos valores e às normas vigentes da
sociedade de classes e, embora propague a idéia de igualdade de
oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições.

Estas ideias traduzem uma concepção de educação

a) libertária.

b) liberal.

c) tecnicista.

d) moderna.

e) crítica.

Resposta: B. As ideias apresentadas no enunciado traduzem a concepção de


liberal. Veja que a questão traz a pedagogia tecnicista na letra “c”, que é uma
das ramificações da tendência liberal. Porém as ideias apresentadas no
enunciado trazem ideias da corrente liberal de forma ampla, por isso o
candidato teria que escolher o item “mais completo”, “mais adequado” (como
sempre), que, no caso, é a opção “b”.

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FCC 2012 – ANALISTA JUDICIÁRIO - TJPE/PE

4)

A. reconhecer que todo aluno tem a capacidade de aprender e


neste sentido o educador é o responsável final pelo processo
de aprendizagem dos alunos.

B. considerar que o aluno traz poucos conhecimentos para a


escola e neste sentido o educador deve planejar sua aula de
maneira detalhada.

C. possibilitar que o aluno entre em contato com diversas


técnicas de produção de conhecimento, para que possam ser
desenvolvidas habilidades procedimentais.

D. considerar o aluno como centro do processo educativo, sendo


o educador o facilitador das aprendizagens a serem
desenvolvidas pelos alunos.

E. proporcionar conhecimento profissionalizante a todos os


alunos para integrar a instituição educativa à sociedade.

Resposta: D. No período do movimento da Escola Nova, o que predominava


nas escolas era a Teoria Tradicional, centrada no professor. Assim, uma das
principais características do movimento foi ter colocado os alunos no centro do
processo de ensino-aprendizagem.

FUNDEP 2017 – PEDAGOGO - UFVJM-MG

5) Saviani (2013) enfatiza o conflito existente entre o direito à


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educação e o dever de educar na história do Brasil.

Tendo como base as reflexões desse autor, é incorreto afirmar:

a) O Brasil chega ao final do século XX sem resolver o problema


da universalização do ensino fundamental, com a consequente
erradicação do analfabetismo.

b) Somente a partir do Primeiro Império, com o Ato Adicional à


Constituição do Império, promulgado em 12 de agosto de 1834, o
Estado passou a cumprir integralmente com o financiamento das
escolas primárias, retirando essa atribuição das Províncias.

c) Para além de se constituir em determinado tipo de direito, o


direito social, a educação caracteriza-se como condição
necessária, embora insuficiente, para o exercício de todos os
direitos – sejam eles civis, políticos, sociais, econômicos ou de
qualquer outra natureza.

d) A Constituição Brasileira de 1988 determina, entre outros, a


autonomia universitária; permanece com os princípios da
universalidade da educação; gratuidade e obrigatoriedade do
ensino fundamental; liberdade de ensino; e retoma a vinculação
orçamentária, aumentando os percentuais que passam para 18%,
no caso da União, e para 25% nos casos dos estados, Distrito
Federal e municípios.

Resposta: B. Na verdade, o Ato Adicional aprovado em 1834 descentralizou a


administração pública do Império e, no campo da educação, tirou do Governo
Central a responsabilidade pelas escolas primárias e secundárias. De acordo
com o Ato, as províncias deveriam cuidar dessas escolas e a educação deveria
ser gratuita em todas as províncias. O Governo Central ficaria responsável
apenas pelo ensino superior.

IFB 2017 – PROFESSOR – PEDAGOGIA – IFB

6) A questão educacional se tornou um problema para a realidade


brasileira apenas no processo de industrialização nos anos de
1920, quase um século atrás. Foram diferentes movimentos
sociais que reivindicavam a ampliação do atendimento escolar,
isso desencadeou, até os dias de hoje, algumas reformas.
Assinale a alternativa CORRETA:

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a) Em 1932 um grupo de educadores lançou um manifesto


conhecido como Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, foi
considerado a primeira tentativa de elaboração de um plano de
educação para o Brasil.

b) A Constituição Federal de 1934 incorporou todo o Manifesto


dos Pioneiros da Educação Nova, estabelecendo como principal
função do Conselho Nacional de Educação a criação do Plano
Nacional de Educação.

c) O Primeiro Plano Educacional de Educação ocorreu em 1975, e


teve suas orientações a partir da LDB de 1961.

d) Foi no Governo de Fernando Henrique Cardoso que a LDB n.


9394/96, que está em voga até hoje, foi promulgada.

e) Apesar da nova LDB trazer em seu Art. 9 que a União é


responsável pela elaboração do Plano Nacional de Educação, esse
foi elaborado pela Associação Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisas em Educação (Anped).

Resposta: A. Embora o primeiro Plano Nacional de Educação seja de 1962, o


manifesto dos Pioneiros da Educação Nova é considerado como uma primeira
tentativa de concretização de um plano nacional. Quanto às incorretas:
b) Em 1934 foi promulgada a terceira constituição Brasileira. Para a
educação, a Constituição trouxe alguns direcionamentos, como a educação
como direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos poderes
públicos; foi estabelecido o subsídio do governo para o ensino privado, o
qual isenta as instituições de ensino particulares de qualquer tributo, desde
que idôneas; mas não incorporou todas as diretrizes do manifesto.
c) Nosso primeiro plano nacional de educação foi elaborado pelo Conselho
Federal de Educação somente em 1962, como cumprimento do estabelecido
na Lei de Diretrizes e Bases, de 1961.
d) O erro está no “em voga”. Deveria ser “em vigor”. Em voga passa ideia
de moda, de algo que é passageiro.
e) é mesmo a União, em parceria com Estrados e Municípios, que elabora o
Plano Nacional de Educação (PNE). Este é aprovado como lei ordinária,
sendo previsto na Constituição Federal. O atual PNE entrou em vigência em
junho de 2014 e valerá por 10 anos.

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BIG ADVICE 2017 – PREFEITURA DE MARTINÓPOLIS – PROFESSOR PEB


I – EDUCAÇÃO ESPECIAL

7) Sobre a história da educação pública, no período do Brasil


colônia:

I. A educação se restringia ao ensino religioso, sob a


responsabilidade dos padres jesuítas, processo e situação que
durou até o século XVIII, quando a Companhia de Jesus foi
expulsa do País.

II. A primeira Constituição brasileira, promulgada no início do


século XIX (1824), foi o primeiro documento oficial a manifestar
o interesse do País pela educação de todos os cidadãos, ao
estabelecer a gratuidade da instrução primária.

III. A partir de 1961, os textos legislativos tornaram-se


gradativamente mais explícitos, especificamente no que se refere
à educação das pessoas com deficiência. De maneira geral, os
dispositivos legais se referem à educação desse segmento
populacional como um direito a ser usufruído, quando possível,
no sistema regular de ensino.

Assinale a alternativa correta:

a) I e II.

b) I e III.

c) Apenas a II.

d) II e III.

e) Todas estão corretas.

Resposta: E. todas estão corretas. Vale a releitura.

CONSULPLAN 2012 – AGENTE DE VIGILÂNCIA ESCOLAR – PREFEITURA


DE PORTO VELHO - RO

8) O desenvolvimento de capacidades do aluno é um(a)

a) eixo dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s).

b) obrigação exclusiva dos pais.

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c) compromisso isolado do aluno.

d) linha de atendimento que existe somente em escolas


especiais.

e) linha pedagógica sem relação com a realidade.

Resposta: A. Este é um dos eixos que norteiam todas as orientações dos PCNs.

CONSULPLAN 2006 – PEDAGOGO – CEFET-RJ

9) A abrangência nacional dos PCN's visa criar condições nas


escolas para garantir a toda criança ou jovem brasileiro:

A. A permanência na escola.

B. O ingresso na escola.

C. A participação nos projetos da escola.

D. Ao acesso ao conjunto de conhecimentos necessários à


cidadania.

E. Ao acesso aos conteúdos preparados e organizados pelo


professor.

Resposta: D. Os Parâmetros apontam para o professor e a escola metas de


qualidade com vistas a ajudar o aluno a enfrentar o mundo atual como cidadão
participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus direitos e deveres.
Essas metas, no entanto, de acordo com os PCNs, só serão alcançadas por
meio da oferta à criança do pleno acesso aos recursos culturais relevantes para
a conquista de sua cidadania. Nesses recursos se incluem os domínios do
saber tradicionalmente presentes na escola, bem como as preocupações
contemporâneas referentes ao meio ambiente, à saúde, à sexualidade e às
questões éticas relativas à igualdade de direitos, à dignidade do ser humano e
à solidariedade.

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Seguem as questões vistas nesta aula, sem os comentários.

Hora de praticar!

FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP

1) Desde o início da década de 1990, algumas perspectivas de


políticas sociais orientadas para as exigências do estágio atual do
capitalismo para a América Latina têm sido delineadas por
organismos internacionais. Na definição das políticas educativas
na América Latina assume papel decisivo o Banco Mundial e sua
posição de defesa explícita da vinculação entre educação e
produtividade, numa visão claramente economicista.

A influência do Banco Mundial gerou políticas educativas, na


América Latina, que priorizaram:

a) melhoria da eficiência interna, qualidade, equidade,


descentralização e privatização.

b) melhoria da qualidade do ensino, avaliação de competências e


desenvolvimento da cidadania.

c) universalização da educação básica e centralização de projetos


pedagógicos.

d) desenvolvimento integral do educando, formação de


professores e qualidade social.

e) integração dos sistemas educacionais e financiamento


específico para a educação dos excluídos.

FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP

2) Em relação à Educação Pública no Brasil, é correto afirmar que

I. o Manifesto dos Pioneiros da Educação, em 1932, teve grande


importância na defesa pela educação obrigatória, pública,
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gratuita e laica como um dever do Estado.

II. a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei


no 4.024/61) atendeu também as escolas privadas, apesar das
pressões para que o Estado destinasse recursos apenas para a
educação pública.

III. o Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL (1970) é


considerado o movimento mais competente em termos de
qualidade para a alfabetização de jovens e adultos.

IV. historicamente a prática de pôr a Administração Pública a


serviço de grupos particulares, sejam econômicos, religiosos ou
político-partidários, garantiu um maior investimento financeiro
na educação pública de qualidade.

É correto o que consta APENAS em

a) II, III e IV.

b) III e IV.

c) I, II e III.

d) I, III e IV.

e) I e II.

FCC 2005 – PEDAGOGO – UFT

3) Esta situação marcou a educação no Brasil nos últimos 50


anos, mostrando-se ora conservadora, ora renovada. Enfatiza: o
preparo do indivíduo para o desempenho de papéis sociais, de
acordo com as aptidões individuais; os indivíduos precisam
aprender a adaptar-se aos valores e às normas vigentes da
sociedade de classes e, embora propague a idéia de igualdade de
oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições.

Estas ideias traduzem uma concepção de educação

a) libertária.

b) liberal.

c) tecnicista.

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d) moderna.

e) crítica.

FCC 2012 – ANALISTA JUDICIÁRIO - TJPE/PE

4)

A. reconhecer que todo aluno tem a capacidade de aprender e


neste sentido o educador é o responsável final pelo processo
de aprendizagem dos alunos.

B. considerar que o aluno traz poucos conhecimentos para a


escola e neste sentido o educador deve planejar sua aula de
maneira detalhada.

C. possibilitar que o aluno entre em contato com diversas


técnicas de produção de conhecimento, para que possam ser
desenvolvidas habilidades procedimentais.

D. considerar o aluno como centro do processo educativo, sendo


o educador o facilitador das aprendizagens a serem
desenvolvidas pelos alunos.

E. proporcionar conhecimento profissionalizante a todos os


alunos para integrar a instituição educativa à sociedade.

FUNDEP 2017 – PEDAGOGO - UFVJM-MG

5) Saviani (2013) enfatiza o conflito existente entre o direito à


educação e o dever de educar na história do Brasil.

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Tendo como base as reflexões desse autor, é incorreto afirmar:

a) O Brasil chega ao final do século XX sem resolver o problema


da universalização do ensino fundamental, com a consequente
erradicação do analfabetismo.

b) Somente a partir do Primeiro Império, com o Ato Adicional à


Constituição do Império, promulgado em 12 de agosto de 1834, o
Estado passou a cumprir integralmente com o financiamento das
escolas primárias, retirando essa atribuição das Províncias.

c) Para além de se constituir em determinado tipo de direito, o


direito social, a educação caracteriza-se como condição
necessária, embora insuficiente, para o exercício de todos os
direitos – sejam eles civis, políticos, sociais, econômicos ou de
qualquer outra natureza.

d) A Constituição Brasileira de 1988 determina, entre outros, a


autonomia universitária; permanece com os princípios da
universalidade da educação; gratuidade e obrigatoriedade do
ensino fundamental; liberdade de ensino; e retoma a vinculação
orçamentária, aumentando os percentuais que passam para 18%,
no caso da União, e para 25% nos casos dos estados, Distrito
Federal e municípios.

IFB 2017 – PROFESSOR – PEDAGOGIA – IFB

6) A questão educacional se tornou um problema para a realidade


brasileira apenas no processo de industrialização nos anos de
1920, quase um século atrás. Foram diferentes movimentos
sociais que reivindicavam a ampliação do atendimento escolar,
isso desencadeou, até os dias de hoje, algumas reformas.
Assinale a alternativa CORRETA:

a) Em 1932 um grupo de educadores lançou um manifesto


conhecido como Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, foi
considerado a primeira tentativa de elaboração de um plano de
educação para o Brasil.

b) A Constituição Federal de 1934 incorporou todo o Manifesto


dos Pioneiros da Educação Nova, estabelecendo como principal
função do Conselho Nacional de Educação a criação do Plano

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Nacional de Educação.

c) O Primeiro Plano Educacional de Educação ocorreu em 1975, e


teve suas orientações a partir da LDB de 1961.

d) Foi no Governo de Fernando Henrique Cardoso que a LDB n.


9394/96, que está em voga até hoje, foi promulgada.

e) Apesar da nova LDB trazer em seu Art. 9 que a União é


responsável pela elaboração do Plano Nacional de Educação, esse
foi elaborado pela Associação Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisas em Educação (Anped).

BIG ADVICE 2017 – PREFEITURA DE MARTINÓPOLIS – PROFESSOR PEB


I – EDUCAÇÃO ESPECIAL

7) Sobre a história da educação pública, no período do Brasil


colônia:

I. A educação se restringia ao ensino religioso, sob a


responsabilidade dos padres jesuítas, processo e situação que
durou até o século XVIII, quando a Companhia de Jesus foi
expulsa do País.

II. A primeira Constituição brasileira, promulgada no início do


século XIX (1824), foi o primeiro documento oficial a manifestar
o interesse do País pela educação de todos os cidadãos, ao
estabelecer a gratuidade da instrução primária.

III. A partir de 1961, os textos legislativos tornaram-se


gradativamente mais explícitos, especificamente no que se refere
à educação das pessoas com deficiência. De maneira geral, os
dispositivos legais se referem à educação desse segmento
populacional como um direito a ser usufruído, quando possível,
no sistema regular de ensino.

Assinale a alternativa correta:

a) I e II.

b) I e III.

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c) Apenas a II.

d) II e III.

e) Todas estão corretas.

CONSULPLAN 2012 – AGENTE DE VIGILÂNCIA ESCOLAR – PREFEITURA


DE PORTO VELHO - RO

8) O desenvolvimento de capacidades do aluno é um(a)

f) eixo dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s).

g) obrigação exclusiva dos pais.

h) compromisso isolado do aluno.

i) linha de atendimento que existe somente em escolas


especiais.

j) linha pedagógica sem relação com a realidade.

CONSULPLAN 2006 – PEDAGOGO – CEFET-RJ

9) A abrangência nacional dos PCN's visa criar condições nas


escolas para garantir a toda criança ou jovem brasileiro:

A. A permanência na escola.

B. O ingresso na escola.

C. A participação nos projetos da escola.

D. Ao acesso ao conjunto de conhecimentos necessários à


cidadania.

E. Ao acesso aos conteúdos preparados e organizados pelo


professor.

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1 A

2 E

3 B

4 D

5 B

6 A

7 E

8 A

9 D

10

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Principais fontes:

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2013.

GHIRALDELLI, Paulo. História da educação brasileira. 5ª ed. São Paulo: Cortez,


2015.

SILVA, Delcio Barros da. As principais tendências pedagógicas na prática


escolar brasileira e seus pressupostos de aprendizagem. Disponível em:
http://coral.ufsm.br/lec/01_00/DelcioL&C3.htm

https://g1.globo.com/educacao/noticia/base-nacional-comum-curricular-bncc-e-
aprovada-em-conselho.ghtml

Aguardo-lhe na próxima aula.

Em caso de dúvidas:

Bons estudos!

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