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TEMA: O Metodo De Equivalência Patrimonial

SECÇÃO: Seminário de Contabilidade


ORGANIZADOR: Revicontas
DATA: 31/03/2024, às 18H
ORADOR: Félix Vieira
I. BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO

O tema do Método da Equivalência Patrimonial e doravante designado de MEP, está relacionado


com as concentrações de actividades empresariais e estas ocorrem por diversas razões:

• Crescimento
• Competitividade
• Obtenção de sinergias
• Diversificação de produtos
• Entre outros

Devido ao crescente aumento das relações entre grupos empresariais que se deu a partir dos anos
80/90, tornou-se imperativo alguma regulamentação não só do ponto de vista juridico mas
também do ponto de vista contabilistico (que é o que nos interessa). E sobre este ultimo ponto a
IASB (internationl Accounting Standards Board) decidiu criar a norma IAS 22 que posteriormente
actualizou para IFRS 3.

II. REALIDADE ANGOLA (PGC)

O tratamento contabilistico dos agrupamentos empresariais em Angola, faz-se socorrendo-se do


estabelecido pelo PGC (aprovado pelo Decreto Lei nº 82/2001, de 16 de novembro.

A aquisição de partes de capital de determinadas empresas são considerados como investimentos


financeiros e são divididas da seguinte forma:

- Empresas subsidiárias – participação de + de 50% no capital proprio


- Empresas associadas – participação entre 20% e 50% no capital proprio
- Outras empresas – participações inferiores a 20%

Entende-se como partes de capital as acções ou quotas detidas pela entidade. As partes de capital
são detidas com caracter de permanência, ou seja, com o objectivo de controlar ou influenciar a
gestão da empresa da qual se detém partes de capital e/ou de obter rentabilidade a médio e longo
prazo.

Seguidamente apresentamos alguns conceitos que são importantes e auxiliam na classificação:

GRUPO : é composto pela empresa-mãe e todas as suas subsidiárias

EMPRESA-MÃE: empresa que detém uma ou várias subsidiárias.

EMPRESA SUBSIDIÁRIA: empresa controlada por uma outra empresa

EMPRESA ASSOCIADA: empresa em que a detentora exerce uma influência significativa e


que não seja subsidiária.

INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA: é o poder para participar nas tomadas de decisões de


politicas operacionais e financeiras, mas que não possam ser consideradas como controlo das
mesmas. Presume-se que existe influência significativa quando a investidora detiver, directa ou
indirectamente, através das suas subsidiárias, mas de 20% do poder de voto da investida, a menos
que possa ser demonstrado que tal não se verifica.

OUTRAS EMPRESAS: são aquelas que não possam ser consideradas como empresas
subsidiárias nem como empresas associadas.

Quais são os Critérios para reconhecimento de Partes de Capital como Investimentos?

- Satisfaçam as condições para reconhecimento de um activo


- Tenham uma natureza realizavel superior a curto prazo

A. RECONHECIMENTO INICIAL

a) Pela subscrição da aquisição de quotas/acções

D: 13.1.1/13.2.1/13.3.1 – Investimentos financeiros, partes de capital,


subsidiárias/associadas/outras empresas

C: 35.2.1.1/35.2.2.1/35.2.3.1/35.2.4.1 – Entidades participadas, com subscrição,


Estado/Subsidiárias/Associadas/Outros

b) Pelo pagamento da compra de quotas/acções

D: 35.2.1.1/35.2.2.1/35.2.3.1/35.2.4.1 – Entidades participadas, com subscrição,


Estado/Subsidiárias/Associadas/Outros

C: 43.1.1/45.1 – Depósitos à ordem (Transferencias/ cheques ou outros meios de pagamentos


bancários) – Caixa (pagamentos em dinheiro)

c) Pela subscrição da aquisição de obrigações e titulos de participação

D: 13.1.2/13.2.2/13.3.2 – Investimentos financeiros, partes de capital,


subsidiárias/associadas/outras empresas

C: 35.2.1.1/35.2.2.1/35.2.3.1/35.2.4.1 – Entidades participadas, com subscrição,


Estado/Subsidiárias/Associadas/Outros

d) Pelo pagamento da aquisição de obrigações e titulos de participação

D: 35.2.1.1/35.2.2.1/35.2.3.1/35.2.4.1 – Entidades participadas, com subscrição,


Estado/Subsidiárias/Associadas/Outros

D: 37.9 – Outros valores a receber e a pagar (se houver juros decorridos até ao momento de
aquisição a receber na data de vencimento)

C: 43.1.1/45.1 – Depósitos à ordem (Transferencias/ cheques ou outros meios de pagamentos


bancários) – Caixa (pagamentos em dinheiro)
B. RECONHECIMENTO DE PROVEITOS E CUSTOS RELACIONADAS C/ INVEST. FINANCEIROS
EM PARTES DE CAPITAL DE OUTRAS ENTIDADES

a) Pelo reconhecimento do proveito

D: 35.2.1.3/35.2.2.3/35.2.3.3/35.2.4.3 – Entidades participadas, com subscrição,


Estado/Subsidiárias/Associadas/Outros

C: 67.1 – Rendimentos de participações de capital (para subsidiárias e associadas) ou

C: 66.5.3 – Rendimentos de participações de capital (acções/quotas em outras empresas)

b) Pelo recebimento dos lucros distribuidos:

D: 43.1.1/45.1 – Depósitos à ordem (Transferencias/ cheques ou outros meios de pagamentos


bancários) – Caixa (pagamentos em dinheiro)

C: 34.X. – Imposto de aplicação de capitais

D: 75.3.2.1 – Imposto de capitais

C: 35.2.1.3/35.2.2.3/35.2.3.3/35.2.4.3 – Entidades participadas, com subscrição,


Estado/Subsidiárias/Associadas/Outros

c) Pelo reconhecimento do custo (no caso de se imputar os prejuizos às Entidades


Participantes)

D: 77.1 – Custos de participações de capital (para subsidiárias e associadas) ou

D: 76.5.3 – Custos de participações de capital (acções/quotas em outras empresas)

C: 35.2.1.3/35.2.2.3/35.2.3.3/35.2.4.3 – Entidades participadas, com subscrição,


Estado/Subsidiárias/Associadas/Outros

d) Pelo pagamento da cobertura dos prejuizos

D: 35.2.1.3/35.2.2.3/35.2.3.3/35.2.4.3 – Entidades participadas, com subscrição,


Estado/Subsidiárias/Associadas/Outros

C: 43.1.1/45.1 – Depósitos à ordem (Transferencias/ cheques ou outros meios de pagamentos


bancários) – Caixa (pagamentos em dinheiro)

C. ALIENAÇÕES DE INVEST. FINANCEIROS EM PARTES DE CAPITAL DE OUTRAS ENTIDADES

Na alienação de investimentos financeiros, há várias etapas a seguir:

1º - Deve-se começar por apurar se há um ganho ou perda com a alienação:

Se no momento da venda o valor contabilistico for MENOR que o valor da venda existe um GANHO

Se no momento da venda o valor contabilistico for MAIOR que o valor da venda existe uma PERDA
a) Registo da alienação em caso de ganho

D: 37.2.3 – Vendas de imobilizado, investimentos financeiros, - Pelo valor da venda

C: 13.1.1/13.2.1/13.3.1 – Investimentos financeiros, partes de capital,


subsidiárias/associadas/outras empresas – Pelo valor de aquisição

C: 66.6.1 – Ganhos na alienação aplic. Financeiras - Pelo valor da mais-valia

b) Registo da alienação em caso de perda

D: 37.2.3 – Vendas de imobilizado, investimentos financeiros, - Pelo valor da venda

D: 76.6.1 – Perdas na alienação aplic. Financeiras - Pelo valor da menos-valia

C: 13.1.1/13.2.1/13.3.1 – Investimentos financeiros, partes de capital,


subsidiárias/associadas/outras empresas – Pelo valor de aquisição

c) Pelo recebimento da alienação

D: 43.1.1/45.1 – Depósitos à ordem (Transferencias/ cheques ou outros meios de pagamentos


bancários) – Caixa (pagamentos em dinheiro)

C: 37.2.3 – Vendas de imobilizado, investimentos financeiros, - Pelo valor da venda

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES FISCAIS A TERMOS EM CONTA:

Os rendimentos de capitais, que é o caso dos rendimentos obtidos pelas participações em partes
de capital de outras entidades estão sujeitos ao Imposto de Aplicação de Capitais (Decreto
Legislativo Presidencial nº 2/14, de 20 de Outubro.

A taxa de imposto a aplicar, para estes casos, é de 10%.

Acrescentar que para além dos rendimentos “habituais” como lucros são também tributados:

- O saldo positivo, apurado em cada ano, entre as mais-valias e menos-valias realizadas,


decorrentes da alienação de participações sociais ou de outros instrumentos financeiros
que gerem este tipo de rendimentos
- As despesas de transacção associadas à aquisição e à alienação de participações sociais
ou de outros instrumentos financeiros que gerem este tipo de rendimentos, passam a ser
consideradas no cálculo das mais-valias e menos-valias

De acordo com o art.º do mesmo código, estes rendimentos são sujeitos a retenção na fonte,
sendo a liquidação de imposto efectuada pelas entidades a quem incumbe o pagamento dos
rendimentos. A sujeição ao imposto ocorre nos termos do art.º 11º.

Referir que para efeito do cálculo do imposto industrial os rendimentos e gastos sujeitos ao IAC
não concorrem para o cálculo do referido imposto.
CONCLUSÕES:

Segundo o PGC, independentemente de qualquer situação de aquisição de partes de


capital o método utilizado é o de custo, não existe obrigação de fazer reflectir na conta de aquisição
das partes de capital as flutuações patrimoniais liquidas da participada.

O que é o metodo de custo? É um metodo de mensuração segundo o qual o investimento é


inicialmente reconhecido pelo seu custo o qual se mantém posteriormente sendo ajustado, se
justificavel, por eventuais imparidades no final de cada periodo.

Este método, segundo as normas internacionais só deveria ser utilizado no caso de aquisição de
partes de capital cujo percentual adquirido seja inferior a 50% ou seja, provado que a detentora
das partes de capital não exerce controlo na participada.

Nos casos em que se exerce controlo e o percentual do capital próprio detido é superior a 50%
deve-se, obrigatoriamente aplicar o Método de Equivalência Patrimonial.
III. O MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

Metódo de equivalência Patrimonial – a concepção e tratamento é previso na IFRS 3 –


Concentrações de Actividades Empresariais (antiga IAS 22)

Breve Resumo:

Basicamente consiste em avaliar investimentos em partes de capital de uma empresa em outras


atraves da proporção do investimento em relação ao capital próprio da entidade que recebeu o
investimento.

Consideremos o seguinte exemplo:

Um investimento de 1.000 u.m. em uma outra entidade equivalendo a 10% desta mesma
sociedade. A aplicação do MEP, significa que ao analisar o capital próprio da entidade na qual se
investiu estes 10% têm de ter sua equivalência no activo da empresa investidora e ajustar, caso
seja necessário, as 1.000 u.m. e todas as flutuações do patrimonio liquido da sociedade investida.

Grosso modo, deve-se, obrigatoriamente, aplicar este metodo sempre que:

• Qualquer empresa do mesmo grupo independentemente da sua participação


• Empresas subsidiárias

No caso de empresas associadas (entre 20% e 50%) e outras empresas (< 20%) pode-se utilizar o
método de custo.

O que é o MEP – é um metodo de contabilização pelo qual o investimento ou interesse inicialmente


reconhecido pelo custo e posteriormente ajustado em função das alterações verificadas, após a
aquisição, na quota parte do investido ou do empreendedor nos activos liquidos da investida ou da
entidade conjuntamente controlada. Os resultados do investidor ou empreendedor incluem a
parte que lhe corresponda nos resultados da investida ou da entidade conjuntamente controlada.

A IFRS3 refere que “o investimento numa entidade é inicialmente reconhecido pelo custo e a
quantia escriturada é aumentada ou diminuida para reconhecer a parte do investidor nos
resultados da investida depois da data de aquisição. A parte do investidor nos resultados da
investida é reconhecida nos resultados do investidor. As distribuições recebidas de uma investida
reduzem a quantia escriturada do investimento. Podem também ser necessários ajustamentos na
quantia escriturada, para alterações no interesse proporcional do investidor na investida
resultantes de alterações no capital próprio da investida que não tenham sido reconhecidas nos
resultados da investida (reavaliações e diferenças de transposição de moeda estrangeira). A parte
do investidor nessas alterações é reconhecida directamente no seu capital próprio.

A IFRS 3 também estipula que no reconhecimento inicial da aquisição do investimento por parte
do investidor, “qualquer diferença entre o custo do investimento e a parte do investidor no justo
valor liquido dos activos, passivos e passivos contigentes identificaveis da associada deverão ser Comentado [AS1]: O mesmo que se referir ao Capital
contabilizadas.” Próprio

Estas diferenças podem ser positivas ou negativas.


• uma mais-valia (goodwill) ou uma
• menos-valia (goodwill negativo ou badwill)

Portanto:

a) No reconhecimento inicial e em caso de existir uma diferença positiva (goodwill) este


deverá ser contabilizado como um investimento. Contudo, a amortização desse goodwill
não é permitida e não é portanto incluida na determinação da parte do investidor nos
resultados da associada; (CA1 > JV2)

b) Qualquer excesso da parte do investidor no justo valor liquido dos activos, passivos e
passivos contigentes identificaveis da associada acima do custo do investimento é
excluido da quantia escriturada do investimento é incluido como rendimento na
determinação da parte do investidor nos resultados da associada no periodo em que o
investimento é adquirido. (CA < JV)

Reconhecimentos após (subsequentes) – Nos exercicios seguintes, o custo de aquisição ou as


quantias ajustadas atrás referidas, conforme os casos, deverão:

1. Ser acrescidas:

a. Do lucro imputavel à participação;


b. Da cobertura de prejuizos da participação que tenham sido deliberadas;
c. Da quantia correspondente à proporção noutras variações positivas do capital
próprio da participada

2. Ser reduzidas:

a. Do lucro atribuido à participação


b. Do prejuizo imputavel à participação (até ao limite do saldo da conta)
c. Da quantia correspondente à proporção noutras variações negativas do capital
próprio da participada (até ao limite do saldo da conta)

De notar que depois de o interesse do investidor numa associada ser reduzido a zero, as perdas
adicionais são tomadas em consideração através do reconhecimento de uma provisão mas
apenas nos casos em que o investidor tenha incorrido em obrigações legais ou implicitas ou tenha
feito pagamentos em nome da associada. Se posteriormente a associada apresentar lucros, o
investidor retoma o reconhecimento da sua parte em tais lucros apenas depois de tal parte igualar
as perdas não reconhecidas.

Refira-se, por último, que dado que o goodwill incluido na quantia escriturada de um investimento
numa associada não é reconhecido separadamente, a totalidade de tal quantia é testada quanto
a imparidade comparando-a com quantia recuperavel, que é o mais elevado entre o valor de uso e
o justo valor, menos os custos para vender. Se existir imparidade relativamente ao investimento, a
mesma afecta em primeiro lugar a quantia respeitante ao goodwill implicito, a qual não é passivel
de ser objecto de reversão no futuro.

Seguidamente, veremos alguns exemplos:

1
Custo de Aquisição
2
Justo Valor
EXEMPLO 1

Em 31/12/n+1 a empresa Beta aplicou pela primeira vez o MEP a uma participação que detém 75%
do capital próprio da empresa Celta, SA. A participação foi aquirida há 10 anos por 100 u.m. sendo
presentemente possivel determina o eventual goodwill contido naquela quantia. Por outro lado,
sabe-se que o CP da empresa Celta, SA em 31/12/n0, era de 1000 u.m.

A. Aplicação pela primeira vez do MEP:

1º Passo, determinar a valorização nos activos da empresa Belta resultante do investimento feito
há 10 anos

- Aplicar o percentual da quota-parte que detém na empresa Celta (75%) sobre o valor do
capital Próprio 1.000 u.m. = 750 u.m.
- Considerando que já existe um registo inicial de 100 u.m. o valor do goodwill seria de 750 -
100 = 650

2º Passo, proceder aos registos:

13 Investimentos financeiros
13.1 IF em empresas subsidiarias
13.1.1 IF em empresas Sub – Partes de capital 650

56 Reservas de Reavaliação
56.2 Reservas de Reavaliação autonomas 650

Dando sequência ao exemplo, vamos admitir os seguintes cenários:

a) No ano n+1 a empresa Celta, SA obteve um lucro de 60


b) No ano n+1 a empresa Celta, SA apresentou um prejuizo de 20
c) No ano n+1 a empresa Celta, SA obteve um lucro de 80 e aumentou o seu capital social em
20 por incorporação de reservas livres

B. Resolução do cenário a)

Cálculo do ganho = 60 x 75% = 45

Registos:

13 Investimentos financeiros
13.1 IF em empresas subsidiarias
13.1.1 IF em empresas Sub – Partes de capital 45
67 Prov. Ganhos Financ.Filiais Assoc.
67.1 Rendimento de participações de Capital
67.1.1.1 Rend. De Part. Cap. em subsidiárias (MEP) 45

Registo do lucro, no caso de ser atribuido em n+2, (Imaginemos 40 u.m. dos 60 efectivamente
obtidos como lucros):

35 Entidades Part. E Participadas


35.1 Entidades participantes
35.1.2 Empresas do grupo-subsidiárias
35.1.2.3 Empresas do grupo-subsidiárias - lucro 30
81.x Resultados transitados 15

13 Investimentos financeiros
13.1 IF em empresas subsidiarias
13.1.1 IF em empresas Sub – Partes de capital 30
56 Reservas de Reavaliação
56.2 Reservas de Reavaliação autonomas 15

Nota: Desconsiderou-se as operações de recebimento dos lucros e retenções na fonte em sede de


IAC

C. Resolução do cenário b)

Cálculo da perda = 20 x 75% = 15

Registos:

77 Custos. Perdas Financ.Filiais Assoc.


77.1 Gastps de participações de Capital
77.1.1.1 Gastos. De Part. Cap. em subsidiárias (MEP) 15

13 Investimentos financeiros
13.1 IF em empresas subsidiarias
13.1.1 IF em empresas Sub – Partes de capital 15
Registo da cobertura do prejuizo, no caso de ser imputado em n+2:

13 Investimentos financeiros
13.1 IF em empresas subsidiarias
13.1.1 IF em empresas Sub – Partes de capital 15

35 Entidades Part. E Participadas


35.1 Entidades participantes
35.1.2 Empresas do grupo-subsidiárias
35.1.2.3 Empresas do grupo-subsidiárias - lucro 15

D. Resolução do cenário c)

Cálculo do ganho = 80 x 75% = 60

Registos:

13 Investimentos financeiros
13.1 IF em empresas subsidiarias
13.1.1 IF em empresas Sub – Partes de capital 60

67 Prov. Ganhos Financ.Filiais Assoc.


67.1 Rendimento de participações de Capital
67.1.1.1 Rend. De Part. Cap. em subsidiárias (MEP) 60

Pode-se perguntar, porque é que não existe nenhum registo na empresa BETA do aumento
do capital social da empresa Celta SA? Porque este aumento resultou entre contas do
capital próprio, tendo sido apenas um facto patrimonial permutativo do capital próprio.
E. CASO PRÁTICO 1

A Sociedadade ABC, SA detém 1 400 000 acções das 4 000 0000 acções que constituem o capital
social da XYZ, S.A. No ano de 2022, a sociedade XYZ, S.A. Obteve um resultado liquido no periodo
de 323 000 USD e pagou aos accionistas 127 000 USD de dividendos relativos a resultados
apurados em anos anteriores.

A sociedade ABC, S.A. mensura as participações financeiras pelo método da equivalência


patrimonial e, no inicio do ano de 2021, a participação na sociedade XYZ, S.A. estava reconhecida
contabilisticamente pela quantia de 2 100 000 USD.

Face ao exposto, a 31 de dezembro de 2021, aquela participação financeira deve figurar no balanço
da sociedade ABC, SA pelo valor de :

a) 2 550 000 USD


b) 2 168 600 USD
c) 2 257 500 USD
d) 2 100 000 USD

1º Passo – determinar a participação em termos percentuais da ABC na XYZ

1 400 0000 / 4 000 000 = 35%

2º Passo – Determinar o valor do resultado que terá de ser imputado nas contas da empresa ABC

323 000 USD x 35% = 113 050 USD

3º Passo – Determinar o valor dos lucros a serem atribuidos e sua quota-parte na empresa ABC

127 000 USD x 35% = 44 450 USD

4º Passo – Determinar o saldo da conta de investimentos financeiros relacionados com a


participação da empresa ABC na empresa XYZ

Saldo Inicial = 2 100 000

Aumento Imp. Resultados = 113 050

Diminuição pela Dist. Lucros = 44 450

Saldo final da conta de investimentos financeiros = 2 168 600 USD

R: a resposta certa é a alinea C)


CASO PRÁTICO 2

Em 01/01/n a empresa (sociedade M) subscreveu e realizou uma participação de 55% no capital


da sociedade A, a qual foi constituida com um capital social de 1.000 um

Em 31/12/n a sociedade A registou um resultado positivo de 500, e no decorrer do no N+1 distribuiu


dividendos no valor de 200

Em 31/12/n+1 a sociedade A registou um resultado negativo de 100

Pretende-se contabilização no diário da sociedade M dos factos anteriormente referidos,


considerando as hipóteses de a sociedade M contabilizaar as participações financeiras pelo
método do custo e da equivalência patrimonial.

Nota: considere que os dividendos são tributados em sede de IAC e a taxa é de 10%
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Marta Guerreiro (2015): Plano Geral de Contabilidade Explicado (Angola)

Carlos Baptista da Costa, Gabriel Correia Alves (2013): Contabilidade Financeira 8ª Edição

International Accounting Standards Board (IASB) (2014): Business Combinations IFRS 3

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