Você está na página 1de 41

Desafios 11.

o ano
- Biologia e Geologia (Vol. 2)

Página 6
Tendo presente a necessidade de manter a obra atual, científica e pedagogicamente, os autores agradecem, antecipadamente, todos os comentários e sugestões que os Professores considerem
essenciais. Para tal, disponibilizamos um e-mail que permite o contacto direto com os autores: biodesafios@googlemail.com
Pretendemos fomentar o contacto com as escolas, de forma a enriquecer o projeto e contribuir na delineação de estratégias que visam melhorar o ensino da Biologia e Geologia.
TRANSPARÊNCIA N.° 1 – APRESENTAÇÃO DA UNIDADE
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 7
SUGESTÃO METODOLÓGICA
A partir da situação-problema: ”Quais as principais áreas de intervenção da Geologia nas sociedades modernas”?, dever-se-ão promover atividades de discussão que permitam perspetivar a impor-
tância da Geologia nas sociedades atuais, nomeadamente ao nível da gestão dos riscos geológicos, no estudo dos materiais geológicos e na exploração sustentada dos recursos naturais.
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Identificar os elementos constitutivos da situação-problema.
RECORDAR E/OU ENFATIZAR…
A necessidade de identificar e compreender os principais materiais e fenómenos geológicos para prevenir e remediar muitos dos problemas ambientais (esta ideia deve ser transversal a todo
o programa).
Temas reveladores da importância do conhecimento geológico para a sociedade (procurando estabelecer, de imediato, uma relação com o processo de sedimentação).

Página 8
TRANSPARÊNCIA N.° 2 – APRESENTAÇÃO DO CAPÍTULO
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

APRESENTAÇÃO EM POWERPOINT
Manual Interativo – Versão do Professor

• PLANIFICAÇÃO A MÉDIO PRAZO


Guia do Professor
• PLANIFICAÇÃO A CURTO PRAZO
Guia do Professor

OBJETIVO DIDÁTICO
Analisar situações-problema relacionadas com aspetos de ordenamento do território e de risco geológico.
EM ANOS ANTERIORES…
Ao nível do Ensino Básico não é usual os professores abordarem a temática do ordenamento do território e o contributo da Geologia para a minimização dos impactes da ocupação antrópica.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Para cada assunto (bacias hidrográficas, zonas costeiras e zonas de vertente) deverão ser apresentadas algumas sugestões de situações-problema. Os professores devem escolher apenas uma das
sugestões ou formularem uma outra que se adapte aos temas propostos e que, simultaneamente, pela sua atualidade e/ou expressão local e nacional, seja significativa para os alunos.
O levantamento das situações-problema pode ser enquadrado com uma visita de estudo ou atividade de campo, com o objetivo de analisar in loco um caso de estudo.
Em alternativa, o professor pode projetar vídeos, diapositivos ou apresentações em powerpoint com a exposição de casos de estudo.

Página 9
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Estão previstos 3 blocos de aulas para lecionar esta temática.
Página 9 (cont.)
APROFUNDANDO…
Na literatura consultada pelos autores é frequente a referência a “movimentos de massa”, em detrimento de “movimentos em massa”.
Os movimentos de massa são uma expressão mais abrangente e que contempla os movimentos verticais. Todavia, optamos por manter a terminologia apontada
no programa, fazendo uma ressalva para os alunos.
COMPETÊNCIAS PROCEDIMENTAIS
Problematizar e formular hipóteses.
Testar e validar ideias.
Planear e realizar pequenas investigações teoricamente enquadradas.
Usar fontes bibliográficas de forma autónoma, pesquisando, organizando e tratando informação.
Utilizar diferentes formas de comunicação, oral e escrita.
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Assumir atitudes de rigor e flexibilidade face a novas ideias.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Para a realização da pesquisa os alunos podem procurar a informação na Internet, nos jornais ou em revistas. Deverão focar‑se nas causas e consequências dos casos de estudo com detalhe para
o papel da Geologia na prevenção e minimização dos impactes negativos. Sempre que possível, deverão consultar informação atualizada e recente sobre estes assuntos.

Página 10
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Reconhecer as contribuições da Geologia nas áreas da prevenção de riscos, ordenamento do território, gestão de recursos ambientais e educação ambiental.

Página 11
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Ver na investigação científica uma via importante que pode contribuir para a resolução de muitos problemas.
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
A escolha de três situações-problema associadas à ocupação antrópica de leitos de cheia e extração de inertes, à ocupação antrópica de zonas costeiras e à construção em zonas de vertente pode
fornecer um ponto de partida importante para o estudo dos processos e materiais geológicos, em paralelo com a construção de uma consciência ambiental necessária ao cidadão do século XXI.
Para cada assunto (bacias hidrográficas, zonas costeiras e zonas de vertente) são apresentadas algumas sugestões de situações-problema. Os professores devem escolher apenas uma das sugestões
ou formularem uma outra que se adapte aos temas propostos e que, simultaneamente, pela sua atualidade e/ou expressão local e nacional, seja significativa para os alunos.
EVITAR…
As designações dos diferentes troços dos rios, das fases de evolução dos rios e dos vários tipos de estruturas fluviais.

Página 12
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Algumas das temáticas em estudo foram exploradas de uma forma simplificada no 10.º ano e serão novamente abordadas com maior detalhe no capítulo 2. Assim, os professores podem optar por
detetar as ideias prévias dos alunos e tratar os assuntos de uma forma simplificada e na perspetiva do levantamento de situações-problema.
EVITAR…
As designações dos diferentes troços dos rios, das fases de evolução dos rios e dos vários tipos de estruturas fluviais.
TRANSPARÊNCIA N.° 3 – BACIAS HIDROGRÁFICAS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 13
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Descrever os perigos da construção em leitos de cheia, extração de inertes no leito dos rios e construção em zonas de risco de movimentos em massa.
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
RESOLVENDO…
1. No regime artificial, os caudais são, em média, mais constantes e menores, com redução dos picos de cheia, quando comparado com o regime natural.
2. Porque no inverno, após um outono geralmente chuvoso, a capacidade dos solos e das barragens reterem água é menor, pois encontram-se saturados. Assim, embora as barragens sejam eficazes
a controlar as cheias no outono, não impedem a ocorrência de cheias no inverno.
3. Como o rio Tejo possui uma planície de inundação muito grande, permite que os elevados caudais se espalhem pelo leito de cheia. Assim, a cheia prolonga-se por um período de tempo superior,
mas com um pico menor, não afetando as localidades a jusante, como, por exemplo, Lisboa.
Página 13 (cont.)
RESOLVENDO…
4. O transporte de sedimentos diminuiu com a construção das barragens, tendo-se verificado uma diminuição do número de dias com caudais abaixo da média
e 1/5 três vezes acima da média.
5. As barragens não foram eficazes para evitar as cheias de 1978-79, obrigando a manter e melhorar serviços permanentes de proteção civil, bem como apostar na
investigação científica para melhorar os mecanismos de previsão e defesa perante as cheias.
6. Como são cheias que afetam as planícies de inundação tendem a ocorrer de uma forma gradual e lenta, possibilitando a atuação das populações e serviços de
proteção. As cheias rápidas, que tendem a ocorrer nos cursos de água mais encaixados, sendo mais perigosas pelo seu caráter súbito e imprevisível.
APROFUNDANDO…
A construção de barragens em Espanha para a irrigação de elevadas áreas agrícolas levou à diminuição significativa do caudal e ao aumento do período de estiagem e irregularidade dos rios Douro,
Tejo e Guadiana.

Página 14
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Descrever os perigos da construção em leitos de cheia e da extração de inertes no leito dos rios e construção em zonas de risco de movimentos em massa.
DOC. “CAIXA AZUL – CONTROLA EXTRAÇÃO DE AREIAS”
Guia do Professor

Página 15
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Descrever os perigos da construção em leitos de cheia e da extração de inertes no leito dos rios e construção em zonas de risco de movimentos em massa.
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Reconhecer as contribuições da Geologia nas áreas da prevenção de riscos, ordenamento do território, gestão de recursos ambientais e educação ambiental.
DOC. “INUNDAÇÕES NA CIDADE DE LISBOA DURANTE O SÉCULO XX E SEUS FATORES AGRAVANTES”
Caderno de Atividades

Página 16
APROFUNDANDO…
No site do Instituto Nacional da Água (http://www.inag.pt) é possível encontrar informação detalhada e atual sobre aspetos muito variados, desde a dinâmica costeira (planos de ordenamento da
orla costeira) ao regime hidrológico dos rios (planos de ordenamento de bacias hidrográficas, caudais, qualidade da água, relatórios, etc.).

Página 17
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Para cada assunto (bacias hidrográficas, zonas costeiras e zonas de vertente) são apresentadas algumas sugestões de situações-problema. Os professores devem escolher apenas uma das sugestões
ou formularem uma outra que se adapte aos temas propostos e que, simultaneamente, pela sua atualidade e/ou expressão local e nacional, seja significativa para os alunos.
EVITAR…
As designações das formas de acumulação de sedimentos em zonas do litoral.
TRANSPARÊNCIA N.° 4 – OCUPAÇÃO ANTRÓPICA DA FAIXA LITORAL
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 18
TRANSPARÊNCIA N.° 4 – OCUPAÇÃO ANTRÓPICA DA FAIXA LITORAL
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

COMPETÊNCIAS ATITUDINAIS
Reconhecer as contribuições da geologia nas áreas da prevenção de riscos, ordenamento do território, gestão de recursos ambientais e educação ambiental.
Assumir opiniões suportadas por uma consciência ambiental com bases científicas.
Aceitar que muitos problemas podem ser abordados e explicados a partir de diferentes pontos de vista.
RECORDAR E/OU ENFATIZAR…
A necessidade do Homem intervir de forma equilibrada nas zonas costeiras, isto é, respeitando a dinâmica do litoral.
Página 19
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Reconhecer a necessidade do Homem intervir de forma equilibrada nas zonas costeiras, isto é, respeitando a dinâmica do litoral e as regras de ordenamento
do território.
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
RECORDAR E/OU ENFATIZAR…
A necessidade do Homem intervir de forma equilibrada nas zonas costeiras, isto é, respeitando a dinâmica do litoral.
RESOLVENDO…
1. Furadouro.
2. Região Norte.
3. Galgamento da linha de costa, com impactes graves ao nível das infraestruturas e populações, bem como nos ecossistemas litorais.
4. Possível subida do nível médio das águas do mar, redução do transporte de areias pelos rios, com diminuição da alimentação das praias.
5. a. A Norte dos esporões verifica-se uma acumulação de areia, enquanto que no setor a Sul de cada esporão ocorre intensa erosão e recuo da linha de costa.
b. Os esporões afetam a dinâmica costeira, pois interrompem o normal transporte e deposição de sedimentos.
c. A construção de esporões a Norte reduziu o transporte de areias para Sul, implicando a construção de mais esporões a Sul.
d. Para travar a erosão constroem-se mais esporões que, por sua vez, afetam ainda mais a dinâmica e obrigam a construir mais esporões, num ciclo vicioso.
6. São praias mais sensíveis à subida do nível do mar ou à redução da alimentação de areias, pois a erosão tem mais impactes quando comparada com a faixa litoral composta por arribas rochosas,
mais resistentes à erosão (pela sua composição e dimensão).

Página 20
APROFUNDANDO…
Os troços do litoral sujeitos a erosão marinha mais intensa no território continental correspondem às áreas de costa baixa arenosa. A maioria destas regiões são caracterizadas por uma elevada
densidade populacional e com muitas infraestruturas construídas.
Na região Norte e Centro do país verificam-se as mais intensas taxas de recuo da faixa litoral em Portugal. Em 2001, a extensão da erosão da costa portuguesa elevou-se a 28,5%, colocando Portugal
entre os países da UE mais afetados pela erosão costeira.
No site do Instituto Nacional da Água (http://www.inag.pt) é possível encontrar informação detalhada e atual sobre aspetos muito variados, desde a dinâmica costeira (planos de ordenamento da
orla costeira) ao regime hidrológico dos rios (planos de ordenamento de bacias hidrográficas, caudais, qualidade da água, relatórios, etc.).

Página 22
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Reconhecer a necessidade do Homem intervir de forma equilibrada nas zonas costeiras, isto é, respeitando a dinâmica do litoral e as regras de ordenamento do território.
COMPETÊNCIAS ATITUDINAIS
Assumir opiniões suportadas por uma consciência ambiental com bases científicas.
Aceitar que muitos problemas podem ser abordados e explicados a partir de diferentes pontos de vista.
Ver na investigação científica uma via importante que pode contribuir para a resolução de muitos problemas.

Página 23
COMPETÊNCIAS ATITUDINAIS
Reconhecer as contribuições da Geologia nas áreas da prevenção de riscos, ordenamento do território, gestão de recursos ambientais e educação ambiental.
Assumir opiniões suportadas por uma consciência ambiental com bases científicas.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Para cada assunto (bacias hidrográficas, zonas costeiras e zonas de vertente) são apresentadas algumas sugestões de situações-problema. Os professores devem escolher apenas uma das sugestões
ou formularem uma outra que se adapte aos temas propostos e que, simultaneamente, pela sua atualidade e/ou expressão local e nacional, seja significativa para os alunos.

Página 24
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
RESOLVENDO…
1. a. O clima, nomeadamente o regime pluviométrico, é um dos principais fatores associados aos movimentos em massa, pois a ocorrência de precipitação intensa pode causar a saturação do solo
e iniciar um movimento em massa.
b. As vertentes compostas por material não consolidado, como, por exemplo, os depósitos piroclásticos existentes em muitas vertentes dos Açores, são mais suscetíveis aos movimentos em massa,
quando comparadas com as vertentes formadas por material rochoso consolidado.
c. Quanto maior a inclinação da vertente, maior o risco de movimento de massa, como é percetível pelo facto de a maioria dos movimentos ocorrer em vertentes com desníveis superiores a 200 metros.
d. A ocupação dos solos influencia a ocorrência dos movimentos em massa, pois as regiões florestadas são menos suscetíveis. A ocupação humana de áreas de risco elevado tende a aumentar
os impactes negativos dos movimentos em massa.
Página 24 (cont.)
RESOLVENDO…
2. a. Os mapas de risco geológico permitem definir as áreas mais vulneráveis aos movimentos em massa, sendo essencial para o ordenamento do território.
b. Em caso de movimento de massa, os planos de proteção civil permitem uma atuação mais adequada, consoante as medidas previamente estabelecidas e que
devem ser do conhecimento das populações.
3. A erosão costeira, ao provocar a abrasão marinha na base das arribas, pode estar associada a movimentos em massa. Durante as cheias, a elevada precipitação
e o caudal volumoso dos rios podem provocar movimentos em massa.

Página 25
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Compreender a importância de alguns fatores naturais e antrópicos no desencadear de movimentos em massa.
RECORDAR E/OU ENFATIZAR…
A necessidade de não construir em zonas de risco de movimentos em massa, respeitando as regras de ordenamento do território.
A importância de alguns fatores naturais (gravidade, tipo de rocha, pluviosidade) e antrópicos (desflorestação, construção de habitações e de vias de comunicação, saturação de terrenos por excesso
de rega agrícola, ...) no desencadear de movimentos em massa.

Página 26
Os tópicos “natureza das rochas” e “posição dos estratos” presentes no programa não serão definidos como palavras-chave, pois, na realidade, não correspondem a conceitos ou termos que possam
ser facilmente definidos.
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Planear e realizar pequenas investigações teoricamente enquadradas.
RESOLVENDO…
1. As amostras de grão mais grosseiro possuem uma inclinação superior às amostras de grão médio. Assim, as primeiras possuem um ângulo próximo dos 45º, enquanto que as amostras mais finas
possuem um ângulo próximo dos 35º.
2. A água permite aumentar a consistência do material. No entanto, quando em excesso, impede a consolidação do material.
3. As vertentes não consolidadas formadas por material fino são mais suscetíveis aos movimentos em massa, principalmente quando se encontram saturadas com água.

Página 27
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Compreender a importância de alguns fatores naturais e antrópicos no desencadear de movimentos em massa.

Página 28
TRANSPARÊNCIA N.° 3 – ZONAS DE VERTENTE
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

APROFUNDANDO…
Existem diversas classificações para os movimentos em massa, cujas características dependem essencialmente do pendor da vertente, do conteúdo em água, dos materiais envolvidos e dos parâme-
tros ambientais, como a precipitação e a temperatura.
É usual considerarem-se três categorias principais:
• D eslizamentos – o material desloca-se em bloco e podem ser de dois tipos:
– Deslizamentos rotacionais – Ocorrem quando o material (rocha ou rególito) sofre rotação ao longo de uma superfície côncava. Podem ocorrer a diferentes escalas (desde os blocos de reduzidas
dimensões a grandes massas de material). Tendem a afetar principalmente material não consolidado ou pouco consolidado. Podem ser induzidos por precipitações elevadas e concentradas,
cheias ou sismos. A erosão marinha na base das arribas também pode originar estes deslizamentos rotacionais. A atividade humana (ex.: as escavações, a construção de taludes nas estradas),
ao afetar a estabilidade das vertentes, pode aumentar a probabilidade da ocorrência destes movimentos.
– Deslizamentos translacionais – vulgarmente designados por landslides, ocorrendo ao longo de planos preexistentes (planos de estratificação, diáclases, etc.). Diferem dos deslizamentos rota-
cionais pelo facto de a superfície de deslizamento ser plana e não côncava. A maioria destes movimentos ocorre quando a inclinação dos estratos é paralela ao plano de vertente.
• Quedas de detritos – correspondem a movimentos em massa súbitos, em que os fragmentos de material (blocos de rochas e areia, por exemplo) ficaram soltos devido à meteorização/erosão
ou em resultado da atividade sísmica. Geralmente ocorrem em vertentes muito íngremes, como, por exemplo, nas arribas litorais e nos taludes das vias de comunicação. Estes movimentos podem
dever-se à remoção do material que se encontra na base da vertente (erosão marinha, construção de infraestruturas) ou a fenómenos de meteorização como a que está associada às grandes
amplitudes térmicas.
• Fluxos sedimentares – as partículas movem-se independentemente umas das outras. Inclui fluxos granulares e os fluxos aquosos.
– Granulares – ocorrem sem a intervenção de água de uma forma lenta e gradual. Inclui-se neste tipo a:
– Reptação (creeping), que se verifica de uma forma lenta e permanente em muitas vertentes. As principais evidências deste movimento são a existência de árvores inclinadas de estradas
e vedações deslocadas.
– Aquosos – contêm elevadas quantidades de água misturada com sedimentos e são capazes de percorrer elevadas distâncias (por vezes dezenas de quilómetros).
• Fluxos de lama – a elevada quantidade e sedimentos finos em suspensão torna os fluxos aquosos muito densos, com grande potencial de erosão e capazes de transportar blocos de material de
elevadas dimensões. Estes fluxos aquosos tendem a estar associados a períodos de intensa precipitação e em vertentes pouco consolidadas e sujeitas a processos de desflorestação.
• Fluxos detríticos – distinguem‑se dos anteriores pela maior dimensão dos sedimentos transportados. São altamente destrutivos. Estes fluxos podem deslocar--se ao longo da rede de drenagem
existente e bloquear os vales, criando diques naturais.
Página 28 (cont.)
APROFUNDANDO…
• Lahar – correspondem a fluxos detríticos e de lama que ocorrem em vertentes de vulcões. São compostos por água e elevadas quantidades de sedimentos finos resul-
tantes das cinzas. A sua elevada densidade (consistência semelhante à do betão fresco) permite transportar blocos de elevadas dimensões para longas distâncias. Nos
Açores, em outubro de 1522, na sequência de um sismo violento, gerou-se um lahar que se deslocou ao longo de 6 km e destruiu a localidade de Vila Franca do Campo.

Página 30
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Embora não seja um conteúdo programático, a classificação apresentada na figura 26 pode ser útil na realização de trabalhos de pesquisa sobre os movimentos de vertente. A classificação apresen-
tada é muito simples, limitando-se à figura e permite aos alunos dominarem de uma forma muito resumida a classificação dos principais tipos de movimentos em massa.
COMPETÊNCIAS CONCEPTUAIS
Descrever os perigos da construção em leitos de cheia, extração de inertes no leito dos rios e construção em zonas de risco de movimentos em massa.
Compreender a importância de alguns fatores naturais e antrópicos no desencadear de movimentos em massa.
COMPETÊNCIAS ATITUDINAIS
Reconhecer as contribuições da Geologia nas áreas da prevenção de riscos, ordenamento do território, gestão de recursos ambientais e educação ambiental.
Assumir opiniões suportadas por uma consciência ambiental com bases científicas.
EVITAR…
A designação e a caracterização dos diferentes tipos de movimento de materiais nas zonas de vertente.
RECORDAR E/OU ENFATIZAR…
A necessidade de não construir em zonas de risco de movimentos em massa, respeitando as regras de ordenamento do território.
A importância de alguns fatores naturais (gravidade, tipo de rocha, pluviosidade) e antrópicos (desflorestação, construção de habitações e de vias de comunicação, saturação de terrenos por excesso
de rega agrícola, ...) no desencadear de movimentos em massa.

Página 31
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Os alunos poderão apresentar a informação resumida de uma forma esquemática, recorrendo, para tal, a um mapa de conceitos. Deverão usar todas as palavras-chave definidas no programa,
interligando os conceitos.
Os mapas de conceitos apresentados pelos alunos podem ser comparados com os mapas de conceitos presentes no Guia do Professor e no Manual Interativo – Versão do Professor.
FICHA DE AVALIAÇÃO
Manual Interativo – Versão do Professor

MAPA DE CONCEITOS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 32
RESOLVENDO…
1.1. A – 3; B – 2; C – 3; D – 1; E – 2; F – 1.
1.2. A construção de barragens tem regularizado os caudais dos rios, pois diminuem o número de dias com caudais muito altos ou muito baixos. Assim, o caudal tende a ser mais constante ao longo
do ano, apresentando um maior número de dias com caudais próximos da média.
1.3. Com barragens continuam a existir dias com caudais muito elevados, pelo que o risco de cheia continua elevado. Mantém-se assim a necessidade de evitar construir em leitos de cheia.
2.1. Do ponto mais alto da Ribeira até Monchique são aproximadamente 1870 m com um desnível de 375 m. O elevado desnível permite ampliar os efeitos da forte precipitação, originando uma
cheia com efeitos rápidos.
2.2. As cheias rápidas são difíceis de prever, enquanto que as cheias no Tejo e Douro são mais desfasadas dos períodos de precipitação e permitem implementar os planos de proteção e de emer-
gência, diminuindo os seus impactes. Quando a área drenada é muito pequena ocorre uma concentração rápida da precipitação, o que origina uma cheia rápida.
2.3. a. Como todo o escoamento superficial se concentra na Vila de Monchique, as fortes precipitações serão rapidamente convertidas em caudal. O caráter excecional destas cheias em termos de
caudais foi agravado pela canalização da ribeira que impossibilitou o escoamento dos elevados volumes de material e detritos. A construção de habitações transversais à ribeira aumentou
o bloqueio do escoamento e agravou a cheia. Assim, a ocupação antrópica intensificou o caráter destrutivo das cheias de 1997.
b. Evitar construir em leito de cheia; manter o leito natural dos rios e ribeiras; estabilizar as vertentes; preparar planos de emergência e proteção civil, etc.

Página 33
RESOLVENDO…
3.1. 1 – Esporão; 2 – Erosão; 3 – Deposição; 4 – Transporte de areias (deriva litoral); 5 – Quebra-mar; 6 – Paredão.
3.2. O-E. Porque ocorre acumulação de sedimentos na face Oeste de cada esporão e erosão na face Este.
3.3. Estas estruturas afetam a dinâmica costeira e, embora permitam defender alguns setores, podem originar problemas em áreas que não se encontravam afetadas pela regressão da linha de costa.
4.1. Corresponde a uma deslocação de material rochoso (ou solo) ao longo de uma vertente e sob o efeito da gravidade.
4.2. a. – F; b. – V; c. – F; d. – F.
a. – na figura são visíveis fatores de origem natural e antrópica. c. – a posição paralela e a inclinação dos estratos relativamente à vertente influenciaram o movimento em massa.
d. – o movimento em massa ocorre essencialmente pela ação da gravidade, embora a água tenha um papel importante.
Página 33 (cont.)
RESOLVENDO…
4.3. Reptação, aparecimento de fendas de tração e queda de blocos.
4.4. As raízes permitem segurar os terrenos e aumentar a sua estabilidade, protegendo o solo da ação direta da chuva.
4.5. A água em excesso diminui o atrito e a consistência do material, aumentando o volume e o peso.
4.6. c.
5.1. Os materiais movimentados apresentavam-se pouco consolidados (depósitos piroclásticos) e localizavam-se em vertentes com elevado declive.
5.2. Os materiais pouco consolidados são mais instáveis e propícios a gerarem movimentos em massa. Nas vertentes com elevado declive a gravidade excede mais facilmente o atrito do material,
pelo que são zonas mais sensíveis à ocorrência de movimentos em massa.
6. O estudo dos materiais que compõem a Geosfera e da relação deste subsistema com os restantes permite ao Homem compreender como funciona o sistema Terra e mais facilmente prevenir
e minimizar os impactes negativos dos fenómenos extremos que afetam as populações.

Página 34
OBJETIVOS DIDÁTICOS
Classificar as rochas com base em critérios genéticos e texturais.
Identificar a importância dos fósseis na datação das formações rochosas que os contêm.
Aplicar princípios estratigráficos na resolução de exercícios concretos.
Compreender a génese dos principais tipos de rochas (sedimentares, magmáticas e metamórficas).
Desenvolver atitudes de valorização do património geológico (memória da Terra).
APRESENTAÇÃO EM POWERPOINT
Manual Interativo – Versão do Professor

SUGESTÃO METODOLÓGICA
O programa oficial aponta para a lecionação de 12 aulas para a abordagem das principais etapas de formação das rochas sedimentares, sua classificação e importância enquanto arquivos históricos
da Terra.
• PLANIFICAÇÃO A MÉDIO PRAZO
Guia do Professor
• PLANIFICAÇÃO A CURTO PRAZO
Guia do Professor

EM ANOS ANTERIORES…
O estudo das rochas inicia-se no 3.º ciclo do Ensino Básico, aquando da abordagem do tema A TERRA EM TRANSFORMAÇÃO, na análise dos processos de dinâmica externa (rochas – testemunhos da
atividade da Terra; rochas magmáticas, sedimentares e metamórficas; ciclo das rochas – génese e constituição das rochas e paisagens geológicas. No 3.º ciclo também se estudam os fósseis, com
destaque para a sua importância na reconstituição do passado da Terra e abordam-se as grandes etapas na história da Terra.
Estas temáticas são abordadas de uma forma resumida no 10.º ano de escolaridade, no módulo inicial, com referência ao ciclo das rochas e aos principais tipos de rochas, aos princípios estratigráficos
e à importância dos fósseis na datação relativa dos estratos sedimentares.

Página 35
COMPETÊNCIAS PROCEDIMENTAIS
Planear e realizar pequenas investigações teoricamente enquadradas.
Usar fontes bibliográficas de forma autónoma, pesquisando, organizando e tratando informação.
Utilizar diferentes formas de comunicação, oral e escrita.
Problematizar e formular hipóteses.
Testar e validar ideias.
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Desenvolver atitudes e valores inerentes ao trabalho individual e cooperativo.
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
A maioria das competências do programa de Geologia do 11.° ano são transversais aos três capítulos.
Sugerimos a realização da atividade de pesquisa acerca da importância da Geologia, que permite aos alunos perspetivar a importância das Ciências da Terra nas sociedades modernas. No ano letivo
de 2008/2009 os alunos poderão realizar e participar em atividades programadas para a comemoração do Ano Internacional da Terra. A escola poderá ser inscrita no site http://www.terra. fc.ul.pt,
e a pesquisa em paralelo no site http://www.progeo.pt/aipt/ (recortes de jornais, etc.) poderá fornecer dados importantes para a análise da relevância da Geologia na nossa sociedade.
Os alunos deverão realizar um trabalho escrito e apresentá-lo sob a forma de um poster que seja exposto para a restante comunidade escolar.

Página 36
TRANSPARÊNCIA N.° 5 – APRESENTAÇÃO DO CAPÍTULO
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Ver na investigação científica uma via importante que pode contribuir para a resolução de muitos problemas.
Página 36 (cont.)
APROFUNDANDO…
A título de exemplo, os professores podem indicar aos alunos a importância do uso industrial de alguns minerais, como por exemplo:
– ouro, prata e diamantes – produção de peças de joalharia, eletrónica e instrumentos de corte;
– gesso e calcite – usados para a produção de materiais fundamentais na construção civil;
– cobre e hematite – compõem depósitos de metais muito importantes para a indústria da construção, eletrónica e manufatura;
– minerais de argila – indústria do papel e da construção.

Página 37
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Distinguir os principais tipos de rochas.
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Estão previstos 2 blocos de aulas para lecionar esta temática.
A figura respeitante ao ciclo das rochas pode ser usada para relembrar alguns dos conceitos lecionados no 10.º ano de escolaridade, durante o estudo da Terra e dos seus subsistemas em interação.
TRANSPARÊNCIA N.° 6 – PRINCIPAIS ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 38
TRANSPARÊNCIA N.° 6 – PRINCIPAIS ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

SUGESTÃO METODOLÓGICA
O Programa Nacional de Biologia e Geologia enfatiza a abordagem dos conceitos de mineral e rocha em paralelo com o estudo das rochas sedimentares. Consideramos este ponto importante, mas
optamos pedagogicamente por o abordar no início do estudo das rochas sedimentares, pois a experiência que possuímos a lecionar a disciplina levou-nos a decidir pela abordagem inicial de conceitos
fundamentais para o estudo das rochas.
A abordagem dos minerais e das principais propriedades que os permitem distinguir, a meio do estudo das rochas sedimentares, pode, no nosso entender, introduzir dificuldades e conceções erradas
nos alunos, já que a maioria dos minerais referidos (na Escala de Mohs, por exemplo) não é comum em rochas sedimentares.

Página 39
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Estão previstos 3 blocos de aulas para lecionar esta temática.
TRANSPARÊNCIA N.° 5 – APRESENTAÇÃO DO CAPÍTULO
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Compreender o conceito de mineral e de rocha.
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
ENFATIZAR…
A introdução dos conceitos de mineral e rocha em paralelo com o estudo das rochas sedimentares, mas considerando-os como conceitos transversais cuja construção deve ser progressiva e corres-
ponder a uma correção das ideias iniciais dos alunos através de um processo de enriquecimento conceptual.
RESOLVENDO…
1. Oxigénio e ferro.
2. O oxigénio e o silício são os dois elementos mais abundantes na crusta terrestre, o que permite que os silicatos sejam os principais minerais existentes na crusta.
3. O oxigénio é abundante na Terra (crusta e composição média da Terra), enquanto que o silício, o alumínio, o cálcio, o potássio e o sódio são mais abundantes na crusta. Em termos globais, a crusta
possui menores quantidades de magnésio, ferro, níquel e enxofre do que a Terra no global.
4. O ferro compõe 35% do planeta Terra, mas apenas 6% da crusta, o que indica que se encontra nas camadas mais internas do planeta, inacessíveis ao ser humano, não constituindo atualmente
reservas exploráveis.
APRESENTAÇÃO EM POWERPOINT
Manual Interativo – Versão do Professor

Página 40
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
TRANSPARÊNCIA N.° 7 – PROPRIEDADES DOS MINERAIS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor
Página 40 (cont.)
RESOLVENDO…
1. Talco.
2. Talco e gesso.
3. Como possuem uma dureza muito elevada, podem ser incorporados em lâminas de corte, pois riscam todos os restantes minerais.
4. a. 6.
b. Ortoclase.
c. Como o vidro apenas risca minerais com dureza inferior a 6 não riscaria a amostra em análise.
5. As superfícies antigas e alteradas não refletem a verdadeira dureza do mineral. Deve-se escolher uma superfície fresca para garantir que se determina com exatidão a dureza da amostra.

Página 41
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Em Portugal existem diversos museus onde são expostas importantes coleções de minerais e rochas, e que constituem locais privilegiados para o contacto dos alunos com amostras minerais diver-
sificadas, com exemplares de rara beleza.
Sugerimos, a título de exemplo, os seguintes museus:
– Museu do Quartzo, em Viseu – pensado no âmbito da rede de Exomuseus da Natureza (inseridos no Museu Nacional de História Natural). Constituirá um centro de investigação mineralógica
e de exposição de importantes amostras de quartzo. É o único museu a nível mundial dedicado a uma única espécie mineral. O museu nasceu no Monte de Santa Luzia, antiga exploração mineira,
o que permite abordar com os alunos a necessidade de explorar alguns dos recursos naturais que a Terra possui, mas de uma forma adequada, permitindo a recuperação posterior destas áreas.
Este museu constituirá um excelente exemplo de interesse pedagógico, científico e turístico-cultural.
– Museu Mineralógico e Geológico (Museu Nacional de História Natural) – o acervo é formado por amostras de Paleontologia, Mineralogia e Petrologia, provenientes de todo o mundo e formadas
desde o século XIX. Destaca-se um importante espólio com amostras provenientes das Minas da Panasqueira (http://www.mnhn.ul.pt/).
– Museu de Geologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – alberga coleções de minerais, rochas e fósseis, maioritariamente de origem nacional, com alguns exemplares inter-
nacionais (http://home.utad.pt/~geologia/museu/).
– Museu Mineralógico e Geológico da Universidade de Coimbra – possui diversas coleções de minerais e rochas de origem nacional e internacional. Apresenta uma ala dedicada à cartografia
geológica e uma secção com as principais rochas e minerais presentes em Portugal com a representação dos seus usos no nosso quotidiano. Exposição de registos fósseis que permitem a abordagem
das extinções em massa (http://www1.ci.uc. pt/mmguc).
– Museu de Mineralogia da Universidade do Porto – Este museu faz parte do Museu de História Natural da Universidade do Porto. Tem em exposição permanente mais de 700 amostras de
minerais, como, por exemplo, minerais fluorescentes à luz ultravioleta e ainda pedras preciosas e ornamentais.
– Museu Geológico do INETI – apresenta as mais ricas coleções presentes em território nacional.
É frequente os museus realizarem feiras de minerais, gemas, rochas e fósseis que permitem aos alunos adquirir amostras representativas.

Página 42
TRANSPARÊNCIA N.° 7 – PROPRIEDADES DOS MINERAIS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

RESOLVENDO…
1. A sua fratura concoidal e elevada dureza permitiu que fosse usado pelos primeiros hominídeos para a produção de instrumentos de corte, na caça, o que se refletiu num maior sucesso evolutivo
das espécies de hominídeos, a partir das quais a nossa espécie evoluiu até à atualidade.
2. Os minerais e as rochas foram essenciais como fontes de materiais para produzir utensílios e instrumentos de adorno que, por sua vez, foram essenciais no desenvolvimento biológico e social
da nossa espécie.
3. Os nossos antepassados conheciam o ambiente que habitavam, pois sabiam dar usos diversificados e adequados aos minerais e rochas, e sabiam onde os recolher, o que demonstrava um conhe-
cimento profundo do meio que os rodeava.

Página 43
APROFUNDANDO…
A cor do traço de um mineral é a forma mais correta de determinar a sua cor. O traço corresponde ao “pó” resultante da fricção do mineral contra a porcelana e permite determinar a cor real sem ter
a interferência das superfícies brilhantes ou alteradas, por se encontrarem em contacto com a atmosfera ou a água.

Página 44
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Desenvolver atitudes e valores inerentes ao trabalho individual e cooperativo.
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Planear e realizar pequenas investigações teoricamente enquadradas.
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Sugerimos a implementação da atividade laboratorial que permite aos alunos identificar os minerais baseando-se nas características que acabaram de ser abordadas, possibilitando a aplicação
e consolidação das temáticas estudadas.
As propriedades químicas serão abordadas com maior detalhe no estudo das rochas magmáticas, com referência aos diferentes grupos químicos. No entanto, consideramos importante introduzir
de uma forma breve e resumida o teste da efervescência ao ácido clorídrico, pois constitui um critério simples e rápido de distinguir algumas das formas minerais.
Página 45
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Os alunos poderão apresentar a informação resumida numa forma esquemática, recorrendo, para tal, a um mapa de conceitos. Deverão usar todas as palavras-chave
definidas no programa, interligando os conceitos.
Os mapas de conceitos apresentados pelos alunos podem ser comparados com os mapas de conceitos presentes no Guia do Professor e no Manual Interativo – Versão
do professor.
MAPA DE CONCEITOS
Manual Interativo – Versão do Professor

Página 46
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Na carta de exploração geral presente no programa oficial, sugerem-se alguns dos caminhos que poderão ser seguidos na análise dos diversos conteúdos programáticos. O programa deve ser sempre
iniciado pelo estudo das situações-problema, seguido, de imediato ou em simultâneo, pela análise da sedimentação. A partir desse ponto, porém, vários percursos podem ser escolhidos.
TRANSPARÊNCIA N.° 5 – APRESENTAÇÃO DO CAPÍTULO
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

TRANSPARÊNCIA N.° 8 – PRINCIPAIS ETAPAS DE FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES


Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 47
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Estão previstos 7 blocos de aulas para lecionar esta temática.
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
RESOLVENDO…
1. Quanto mais antigas as rochas, menor a sua percentagem à superfície.
2. Como as rochas sedimentares se formam perto da superfície e tendem a sofrer afundamento, as rochas sedimentares mais antigas podem ser recicladas com o metamorfismo, o que faz com que
as rochas sedimentares que se encontram à superfície sejam tendencialmente jovens, à escala do tempo geológico.
3. As rochas sedimentares formam-se essencialmente a partir de rochas metamórficas e magmáticas mais antigas. O facto de as rochas sedimentares sofrerem rapidamente metamorfismo quando
são afundadas na crusta justifica o reduzido tempo que permanecem estáveis, quando comparadas com outras rochas e tendo em conta a longa escala do tempo geológico.
APROFUNDANDO…
As rochas sedimentares apresentam uma espessura média de 1800 metros sobre os continentes. Esta espessura é muito variável, com algumas áreas dos continentes sem cobertura sedimentar
(escudos orogénicos canadianos, por exemplo) ou regiões com mais de 20 000 m de espessura, como por exemplo no Texas, EUA.
Todavia, aproximadamente 66% das áreas dos continentes possuem uma cobertura de sedimentos e rochas sedimentares.

Página 48
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
APROFUNDANDO…
A meteorização química e a mecânica ocorrem na interface entre o material da litosfera, da atmosfera e da biosfera. A região de meteorização estende-se em profundidade até ao nível da presença
de água, ar ou seres vivos. As rochas constituem, assim, a rede de material fraturado e poroso que se torna vulnerável à ação de diversos agentes.
RESOLVENDO…
1. Ocorre principalmente pelas diáclases.
2. Meteorização mecânica.
3. As diáclases incrementam a circulação de água, aumentando a área de contacto entre a água e os minerais.
4. Ao longo das diáclases.
5. Biotite e magnetite, seguidos dos feldspatos.
6. A erosão remove os materiais mais friáveis, que foram sujeitos a uma meteorização mais intensa.
7. A meteorização física aumenta a fraturação das rochas, facilitando a circulação de água, que, por sua vez, aumenta a meteorização química (mais evidente ao longo das diáclases). A meteorização
química dos minerais diminui a resistência da rocha à meteorização mecânica, pelo que estes dois tipos de meteorização complementam-se e atuam em conjunto.
8. Os caos de blocos resultam de uma meteorização mecânica que fratura a rocha em diversos planos que formam cubos, sujeitos a intensa meteorização química ao longo das arestas e vértices,
tornando-se sucessivamente mais arredondados.
9. Comparativamente a muitas outras rochas, é mais resistente à meteorização (pelo facto de possuir alguns minerais resistentes como o quartzo, por exemplo), mas quando se encontra sujeito
a uma intensa fraturação e em condições favoráveis à ocorrência de meteorização química revela-se pouco resistente, com formação de novos minerais mais estáveis.
10. A desagregação das rochas e a sua meteorização mecânica constituem um material solto, que combinado com matéria orgânica forma os solos (rególito).
Página 49
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Conhecer as principais etapas de formação das rochas sedimentares.
APROFUNDANDO…
O volume da água tende a aumentar 9% quando passa do estado líquido para o estado sólido, permitindo que a crioclastia seja um importante agente de meteo-
rização mecânica nos climas que possuem variações significativas da temperatura, com valores mínimos abaixo do ponto de congelação da água (principalmente
entre os -5 ºC e os -15 ºC). Conforme congelam, os cristais de gelo tendem a atrair as moléculas de água, formando partículas de gelo de elevadas dimensões e que exercem uma pressão intensa
ao nível das fendas das rochas. Este tipo de meteorização é comum nas regiões montanhosas.
No que toca ao efeito da expansão e contração térmica, não existem dados laboratoriais que permitam concluir com certeza absoluta a importância deste fator. No entanto, a maioria dos geólogos
considera que será importante, principalmente nos desertos onde se podem atingir extremos de 80 ºC medidos à superfície e valores negativos durante o período noturno.
Ainda assim, encontra-se descrito o efeito dos fogos intensos ao nível das rochas, principalmente nas camadas mais externas, que podem sofrer desagregação com a passagem de um incêndio.
EVITAR…
Descrições exaustivas e pormenorizadas de cada uma das principais etapas de formação das rochas sedimentares.

Página 50
COMPETÊNCIAS PROCEDIMENTAIS
Problematizar e formular hipóteses.
Testar e validar ideias.
Planear e realizar pequenas investigações teoricamente enquadradas.
Observar e interpretar dados.
COMPETÊNCIAS ATITUDINAIS
Desenvolver atitudes e valores inerentes ao trabalho individual e cooperativo.
Assumir atitudes de rigor e flexibilidade face a novas ideias.
Ver na investigação científica uma via importante que pode contribuir para a resolução de muitos problemas.
Aceitar que muitos problemas podem ser abordados e explicados a partir de diferentes pontos de vista.
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Observação comparativa de amostras de rochas meteorizadas e amostras de rochas não meteorizadas. Esta atividade pode ser complementada pela observação das rochas alteradas a partir de
exemplos arquitetónicos e escultóricos.
No Manual Interativo encontra uma sugestão de uma atividade experimental para o estudo das rochas meteorizadas.
Encontra-se também um documento de ampliação referente à importância do processo de meteorização para as nossas sociedades ao nível da formação e fertilização dos solos pelos elementos
dissolvidos e minerais transportados pelos agentes de transporte. Apresentam-se alguns exemplos de depósitos minerais (metálicos e não metálicos) formados em consequência da meteorização
e que constituem importantes fontes de materiais para a atividade humana.

Página 51
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Conhecer as principais etapas de formação das rochas sedimentares.
EVITAR…
Descrições exaustivas e pormenorizadas de cada uma das principais etapas de formação das rochas sedimentares.
APROFUNDANDO…
Da meteorização química podem formar-se minerais de argila (com diversas aplicações para a nossa sociedade moderna) e depósitos metais, como, por exemplo, de ferro e alumínio.
A caulinite é um mineral de argila que é amplamente usado para produzir diversos materiais, como, por exemplo, cerâmica e papel. Da meteorização produzem-se iões que são transportados na sua
maioria para os oceanos ou lagos. O quartzo é um mineral resistente, sendo transportado por longas distâncias. Pode acumular-se em depósitos fluviais, eólicos ou formar praias.
TRANSPARÊNCIA N.° 8 – PRINCIPAIS ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 52
TRANSPARÊNCIA N.° 8 – PRINCIPAIS ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

APROFUNDANDO…
A meteorização química e mecânica desenrolam-se num equilíbrio dinâmico, em que a meteorização física aumenta a eficácia da meteorização química sob os pequenos fragmentos, e a meteori-
zação química facilita a posterior meteorização física das rochas ao torná-las mais friáveis e suscetíveis a fragmentar.
DOC. “MONUMENTOS – DISSOLUÇÃO POR AÇÃO DAS ÁGUAS ÁCIDAS”
Guia do Professor
Página 53
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Conhecer as principais etapas de formação das rochas sedimentares.
EVITAR…
Descrições exaustivas e pormenorizadas de cada uma das principais etapas de formação das rochas sedimentares.

Página 54
TRANSPARÊNCIA N.° 8 – PRINCIPAIS ETAPAS DA FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

RESOLVENDO…
1. Diminui. Os sedimentos vão sendo fragmentados e a abrasão reduz as suas dimensões, associado à menor capacidade de transporte dos rios para jusante, próximos da foz.
2. Os grãos tendem a tornar-se mais redondos ao longo do transporte, ficando menos angulosos.
3. a. No troço superior.
b. No troço final do rio.
4. Os minerais suscetíveis à meteorização são rapidamente alterados, pelo que só se encontram no troço superior dos rios, próximo da fonte do material. No troço final, apenas se encontram minerais
altamente resistentes (quartzo) e minerais resultantes da meteorização, como, por exemplo, as argilas.
5. No troço inferior, pois ocorre uma triagem dos sedimentos que tendem a apresentar dimensões semelhantes. No curso superior, as amostras apresentam uma elevada heterogeneidade.

Página 55
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Conhecer as principais etapas de formação das rochas sedimentares.
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Desenvolver atitudes e valores inerentes ao trabalho individual e cooperativo.
EVITAR…
Descrições exaustivas e pormenorizadas de cada uma das principais etapas de formação das rochas sedimentares.
APROFUNDANDO…
As partículas de argila estabelecem ligações com iões, facilitando a sua deposição.
No site do GEOPOR (www.geopor.pt) encontra um protocolo semelhante ao apresentado, complementado com figuras e um vídeo exemplificativo simples.
RESOLVENDO…
2. O NaCl torna o processo de deposição mais rápido.
3. Quando os cursos de água que transportam argilas em suspensão atingem os estuários ou oceanos, a elevada salinidade da água do mar aumenta a deposição do material transportado.
4. Existe material que, devido às suas dimensões muito reduzidas, se mantém em suspensão por longos períodos, enquanto que o material mais grosseiro se deposita nas fases iniciais, pois o líquido
no tubo de ensaio não possui capacidade de transporte para os sedimentos de maiores dimensões.

Página 57
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Os alunos poderão apresentar a informação resumida numa forma esquemática, recorrendo, para tal, a um mapa de conceitos. Deverão usar todas as palavras-chave definidas no programa, inter-
ligando os conceitos.
Os mapas de conceitos apresentados pelos alunos podem ser comparados com os mapas de conceitos presentes no Guia do Professor e no Manual.
MAPA DE CONCEITOS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

FICHA DE AVALIAÇÃO
Manual Interativo – Versão do Professor

Página 58
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Conhecer as principais etapas de formação das rochas sedimentares.
COMPETÊNCIAS ATITUDINAIS
Assumir atitudes de rigor e flexibilidade face a novas ideias.
Aceitar que muitos problemas podem ser abordados e explicados a partir de diferentes pontos de vista.
Página 58 (cont.)
APROFUNDANDO…
A propósito do exemplo apresentado na figura 27, pode ser ainda referido que o ferro é originário da meteorização de silicatos contendo ferro na sua estrutura
cristalina. Inicialmente, acumulou-se lentamente sob a forma de óxido de ferro após a deposição das areias.
Após o seu afundamento, sofreram um prolongado contacto com águas redutoras (contendo hidrocarbonetos, por exemplo) que circulavam nas espessas camadas
de areias vermelhas que originaram os arenitos de Navajo.
O ferro foi dissolvido pelos fluidos, tornando brancas secções dos arenitos de Navajo. Os fluidos transportaram o ferro dissolvido que se precipitou quando a água
perdeu a sua capacidade de redução (mistura com água superficial, por exemplo). Dependendo das variações locais de permeabilidade, porosidade, fratura e outras propriedades associadas aos
arenitos, diversas misturas de hematite, goetite e limonite precipitaram-se entre os grãos de quartzo.
As variações no tipo e proporção de óxidos de ferro que se precipitaram resultaram em diferentes tonalidades visíveis na figura 27.
A precipitação dos óxidos de ferro em determinadas camadas e secções originou arenitos mais resistentes à meteorização e erosão, formando elevações que se destacam da superfície local e que
conferem à paisagem uma particularidade que faz com que seja um importante ponto turístico e científico.
ENFATIZAR…
As principais características que distinguem os diferentes tipos de rochas sedimentares propostos.

Página 59
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas sedimentares sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
ENFATIZAR…
As principais características que distinguem os diferentes tipos de rochas sedimentares propostos.
RESOLVENDO…
1. Os siltitos e argilitos.
2. Como são formadas por partículas muito finas, podem ser transportadas em suspensão para longas distâncias do local de formação, mesmo que as correntes não sejam fortes.
3. São formados por minerais estáveis nas condições superficiais de meteorização, erosão, transporte e sedimentação, estando presentes em diversos ambientes.
4. As rochas são classificadas de acordo com a dimensão das suas partículas, que resulta de uma triagem que ocorre ao longo do transporte e deposição que, por si, reflete as condições de deposição
do meio.
APROFUNDANDO…
As rochas argilosas são classificadas, por muitos investigadores, à parte das restantes rochas detríticas, pois nem sempre se formam a partir de detritos. O comportamento das argilas comparativa-
mente aos restantes elementos detríticos também justifica a sua inclusão num grupo específico.
Para mais informações aconselhamos a consulta de: Geologia, morfogénese e sedimentogénese, de Galopim de Carvalho (Universidade Aberta).
Na granulométrica de Wentworth é frequente apresentar a dimensão das partículas mais pequenas em fração de mm, com a seguinte correspondência:
0,0625 mm = 1/16 mm
0,0039 mm = 1/256 mm
TRANSPARÊNCIA N.° 9 – CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 60
COMPETÊNCIAS PROCEDIMENTAIS
Problematizar e formular hipóteses.
Testar e validar ideias.
Planear e realizar pequenas investigações teoricamente enquadradas.
Observar e interpretar dados.
COMPETÊNCIAS ATITUDINAIS
Desenvolver atitudes e valores inerentes ao trabalho individual e cooperativo.
Assumir atitudes de defesa do património geológico.
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas sedimentares sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Sugerimos a observação in situ de areias numa praia, pela facilidade de recolha, em diversos locais. Em alternativa, pode-se optar por depósitos fluviais. Após a recolha, as amostras deverão ser
analisadas no laboratório, estudando a composição e granulometria.
Sugere-se a consulta de: Obrador, A. e Estrada, R. (2002). Del sedimento arenoso a la roca. Enseñanza de las Ciências de la Tierra, 10.1, 78-83.
Aquando da saída de campo também podem recolher-se amostras de mão de rochas sedimentares consolidadas, que permitam a identificação de algumas características como a composição e
a textura. Nesta observação deve apelar-se à inter-relação de escalas de observação distintas: paisagem, afloramento e amostra de mão. Em alternativa, pode recorrer-se ao uso de exemplares
existentes na escola que permitam aos alunos identificar as principais propriedades das amostras.
Durante a saída de campo os alunos deverão ser sensibilizados para a defesa do património geológico.
Página 61
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas sedimentares sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que
se produzem.

Página 62
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas sedimentares sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
APROFUNDANDO…
No Caderno de Atividades encontra um documento de ampliação sobre a distinção dos diferentes tipos de areias (fluvial, eólica, marinha e glaciar).
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Consideramos essencial que seja feita a distinção e que os alunos compreendam o duplo significado de argila: no sentido granulométrico (partículas com dimensões inferiores a 0,0039 mm) e no
sentido mineralógico (filossilicatos formados essencialmente por sílica e alumínio e que se formam em condições superficiais).

Página 63
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Aceitar que muitos problemas podem ser abordados e explicados a partir de diferentes pontos de vista.
EVITAR …
O estudo descontextualizado das rochas sedimentares sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
ENFATIZAR…
As principais características que distinguem os diferentes tipos de rochas sedimentares propostos.

Página 64
TRANSPARÊNCIA N.° 9 – CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas sedimentares sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
APROFUNDANDO…
No Caderno de Atividades encontra um documento de ampliação sobre os mecanismos de precipitação associados à formação de estalactites e estalagmites. Encontra também uma breve análise ao
relevo cársico e uma referência aos impactes negativos da chuva ácida sobre construções e esculturas de natureza calcária.

Página 65
ENFATIZAR…
As principais características que distinguem os diferentes tipos de rochas sedimentares propostos.
RESOLVENDO…
1. Pela deposição de restos de organismos mortos, em que se incluem os revestimentos externos.
2. Em todas as afirmações é possível verificar que a atmosfera interage com a hidrosfera e a biosfera ao fornecer o CO2 que se encontra em dissolução na água e que pode ser fixado na fotossíntese.
A deposição dos organismos pode originar a formação de rochas no fundo dos oceanos e que os compostos químicos circulam entre os subsistemas, que se encontram inter-relacionados.
3. Os seres vivos que se encontram a fixar o CO2 e que se acumulam nos fundos oceânicos são essenciais para retirar este gás da atmosfera, minimizando os impactes negativos do excesso da liber-
tação de CO2 associada à atividade humana.
4. Como os combustíveis fósseis resultaram da evolução de depósitos de organismos que estavam direta ou indiretamente dependentes da fotossíntese, o CO2, que é libertado pela queima dos
hidrocarbonetos, foi fixado por processos fotossintéticos que ocorreram há milhões de anos.
5. À escala humana são fontes de energia não renovável, mas à escala geológica são renováveis, pois os mesmos processos que no passado originaram os depósitos de hidrocarbonetos ainda
continuam ativos.

Página 66
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Aceitar que muitos problemas podem ser abordados e explicados a partir de diferentes pontos de vista.
APROFUNDANDO…
Os calcários oolíticos são originados pela aglutinação de detritos de natureza calcária por um cimento calcário. Os calcários oolíticos são formados por pequenos grãos esféricos cujo núcleo é de
natureza detrítica (grão de areia, por exemplo) rodeado por camadas de material calcário precipitado. Forma-se em mares pouco profundos e quentes, com características recifais.
Página 67
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Ver na investigação científica uma via importante que pode contribuir para a resolução de muitos problemas.
RESOLVENDO…
1. São ambientes redutores, em que a presença de água reduz o teor de oxigénio e impede a degradação rápida do material vegetal pelos organismos decompositores.
2. Material vegetal – turfa – lignite – hulha – antracite.
3. a. Diminui, pelo efeito da compactação.
b. O teor aumenta, pois perdem-se outros compostos, formando-se carvões com maior percentagem de carbono.
c. A umenta com o incremento da temperatura, mas reduz-se significativamente na fase final de transição da hulha para a antracite.
d. Diminui, pelo efeito da compactação (pressão).
4. Antracite. É a que apresenta um maior teor de carbono.
5. Os carvões são formados por restos de plantas que sofreram evolução ao longo do tempo, pelo que são considerados fósseis. As suas propriedades de combustão permitem incluí-los nos com-
bustíveis fósseis.

Página 68
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas sedimentares sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
Descrições exaustivas da génese dos carvões e do petróleo, não ultrapassando, neste caso, noções breves de armadilha petrolífera, local de geração, migração e local de acumulação.
TRANSPARÊNCIA N.° 9 – CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 69
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Ver na investigação científica uma via importante que pode contribuir para a resolução de muitos problemas.
RESOLVENDO…
1. São ambientes em que é possível depositarem-se elevadas quantidades de detritos orgânicos de origem biológica.
2. O baixo teor de oxigénio nos fundos oceânicos é essencial para preservar a matéria orgânica, evitando que se degrade rapidamente pelos seres decompositores.
3. O aumento da temperatura é essencial para que ocorra a formação de hidrocarbonetos, estando assim dependente do gradiente geotérmico.
4. Inicia-se entre os 500 e os 1700 metros de profundidade, em função do gradiente geotérmico.
5. O gás forma-se no último estádio de evolução dos hidrocarbonetos, em que as elevadas temperaturas permitem formar um fluido gasoso.
6. Como são fluidos podem deslocar-se após a sua formação, acumulando-se em locais distintos dos que são originários.
7. São fluidos que podem escapar-se facilmente para as rochas vizinhas e mesmo para a superfície, sem formar depósitos que possam ser comercialmente explorados.

Página 70
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas sedimentares sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
Descrições exaustivas da génese dos carvões e do petróleo, não ultrapassando, neste caso, noções breves de armadilha petrolífera, local de geração, migração e local de acumulação.

Página 71
COMPETÊNCIAS PROCEDIMENTAIS
Problematizar e formular hipóteses.
Testar e validar ideias.
Planear e realizar pequenas investigações teoricamente enquadradas.
Observar e interpretar dados.
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Desenvolver atitudes e valores inerentes ao trabalho individual e cooperativo.
Página 71 (cont.)
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Montagem de uma experiência que permita simular, na superfície terrestre, a ação, o armazenamento e a circulação da água e do petróleo no subsolo e alguns
fenómenos químicos associados à alteração de algumas rochas sedimentares.
Embora este tipo de atividades práticas possam ser desenvolvidas unicamente com caráter ilustrativo, aconselha-se o seu enriquecimento didático, com a introdução
de questões sobre os resultados obtidos, com a alteração das condições iniciais e realização de novas experiências, com a discussão das relações entre os modelos
experimentais e a realidade.
RESOLVENDO…
1. A água ocupa os espaços entre os poros na base das camadas, enquanto que o óleo fica no topo da camada de areia, no limite do contacto superior com a plasticina.
2. Como o óleo é menos denso do que a água e não se mistura com esta, acumula-se no topo da camada de areia permeável. Como a plasticina é impermeável o óleo não migrará para as camadas
superiores.
3. Figura 42B.
4. Na realidade a acumulação de petróleo ocorre a uma escala muito superior (tempo e espaço). Os hidrocarbonetos não são introduzidos a partir da superfície. Pelo contrário, a sua fluidez permite
a sua migração de estratos mais profundos para camadas mais perto da superfície. Neste trajeto podem ser retidos por armadilhas petrolíferas.

Página 72
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
As referências à escala do tempo geológico podem ser consultadas nas páginas 83 e 84.
Sugerimos que os alunos, usando a tabela presente no Caderno de Atividades, classifiquem diversos tipos de rochas sedimentares, de preferência recolhidas na proximidade da escola.
Os alunos podem realizar uma pesquisa autónoma, de modo a identificar as principais rochas sedimentares que existem na sua região. Esta atividade pode ser complementada com informações
respeitantes aos diferentes usos e explorações das rochas sedimentares estudadas, e aos impactes que tiveram no desenvolvimento das sociedades locais.

Página 73
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Os alunos poderão apresentar a informação resumida de uma forma esquemática, recorrendo, para tal, a um mapa de conceitos. Deverão usar todas as palavras-chave definidas no programa,
interligando os conceitos.
Os mapas de conceitos apresentados pelos alunos podem ser comparados com os mapas de conceitos presentes no Guia do Professor e no Manual Interativo – Versão do Professor.
MAPA DE CONCEITOS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

FICHA DE AVALIAÇÃO
Manual Interativo – Versão do Professor

Página 74
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Conhecer as principais etapas de formação das rochas sedimentares.
OBJETIVOS DIDÁTICOS
Identificar a importância dos fósseis na datação das formações rochosas que os contêm.
Aplicar princípios estratigráficos na resolução de exercícios concretos.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Aplicação dos princípios estratigráficos na resolução, com lápis e papel, de alguns problemas de datação relativa, como o presente na Atividade 10.
APRESENTAÇÃO EM POWERPOINT
Manual Interativo – Versão do Professor

Página 75
RESOLVENDO…
1. Da base para o topo: balastros – areias – siltes – argilas (sentido granulométrico).
2. Os primeiros estratos formados são os que se encontram na base da sequência, enquanto que os mais recentes se encontram no topo. Assim, primeiro depositaram-se os sedimentos mais gros-
seiros (balastros e areias) e no topo os sedimentos detríticos mais finos (siltes e argilas).
3. A afirmação está correta pois os sedimentos encontram-se agregados sob a forma de rochas sedimentares consolidadas, que tiveram que sofrer um processo de diagénese.
4. a. Diminui.
b. R edução da capacidade de transporte.
c. As temperaturas amenas são importantes para incrementar a meteorização química, que é revelada pela presença de minerais de argila, de reduzidas dimensões que resultam do processo de
meteorização química. Em ambientes com reduzidas temperaturas a meteorização física é predominante.
d. Troço médio porque o agente de transporte perde a capacidade de transportar balastros. A redução da capacidade de transporte (por exemplo, a redução do caudal na época de estiagem) poderá
permitir a deposição de materiais mais finos.
e. Analisar detalhadamente os balastros e areias presentes no depósito, determinando a sua litologia e grau de meteorização, bem como estudar os minerais de argila e inferir sobre as rochas
iniciais (composição, mineralogia, localização, condições ambientais a que se encontram expostas).
Página 75 (cont.)
RESOLVENDO…
5. A sequência não corresponde a um fenómeno contínuo de deposição, pois a deposição de areias não foi contínua, existindo fenómenos de erosão que estão
registados no topo do estrato de arenitos e que indicam pausas no processo de deposição.
6. Um rio, provavelmente no seu percurso médio, possui elevada capacidade de transporte e deposita materiais mais grosseiros misturados com alguns materiais
mais finos. Provavelmente, a redução do caudal do rio reduziu a sua capacidade de transporte com deposição de areias. No topo da camada de areias ocorreu
um processo de erosão e deposição de novas areias com uma estratificação diferente das camadas inferiores. A redução da capacidade de transporte levou
à deposição de depósitos de material mais fino, que se formaram por processos de meteorização intensa. Desde a sua formação até à atualidade as condições climatéricas mudaram, e a região
tornou-se mais árida e sem escoamento superficial nas proximidades do depósito.

Página 76
RESOLVENDO…
1. Na primeira situação adicionamos faseadamente os sedimentos de diferentes granulometrias, enquanto que na segunda os sedimentos são misturados na água e depois vertidos numa nova tina.
2. Princípio da sobreposição dos estratos, Princípio da horizontalidade original dos estratos e Princípio da continuidade lateral dos estratos.
3. Os sedimentos de maior granulometria (areias grossas).
4. São os sedimentos mais densos e a reduzida capacidade de transporte da água na tina impede que se mantenham em suspensão.
5. Para garantir que a deposição decorra em função das dimensões dos grãos e não se trate de um artefacto resultante de serem adicionados em separado caso não se encontrem bem misturados.
6. Para manter as condições estáveis e garantir que não há perturbação da deposição dos sedimentos e da posição original dos estratos.
7. Se forem adicionados sedimentos muito finos (argilas), estes podem manter-se em suspensão por longos períodos de tempo, mesmo quando a capacidade de transporte é reduzida ou nula, como
ocorre na experiência.

Página 77
ENFATIZAR…
A aplicabilidade dos princípios da sobreposição, da continuidade lateral e da identidade paleontológica na datação relativa de rochas sedimentares, relembrando também o princípio do atualismo
e a cronologia radiométrica (assuntos já abordados no10.º ano).
APROFUNDANDO…
O Princípio da sobreposição foi postulado por Nicolau Steno, após ter estudado diversos estratos na Toscânia, em Itália. Foi o primeiro cientista a identificar fósseis de dentes de tubarão. Considerou
que se as rochas possuem estruturas que antes faziam parte dos seres vivos é porque essas estruturas foram incorporadas antes da rocha consolidar, e que a deposição de sedimentos nos fundos
oceânicos seria responsável pela formação de rochas estratificadas em que se encontravam fósseis de dentes de tubarão.
Foi também Steno que descreveu que as partículas sólidas depositam-se de acordo com o seu peso ou tamanho relativo. As maiores e mais pesadas depositam primeiro, enquanto que as partículas
mais pequenas e leves depositam posteriormente. Ligeiras diferenças na textura e composição das partículas originam a formação de estratos, uma das características mais óbvias das rochas
sedimentares.

Página 78
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Aplicação dos princípios estratigráficos na resolução, com lápis e papel, de alguns problemas de datação relativa.
APROFUNDANDO…
Em sequências carbonatadas há séries monótonas de estratos com a mesma composição litológica.
RESOLVENDO…
1. 13-11-9-8-7-6-5-4-3-2-1
2. Princípio da sobreposição dos estratos.
3. a. Falsa. O dique e o corpo plutónico são cortados (intersetados) pela falha, pelo que são mais antigos do que esta.
b. Verdadeira. A falha e o dique intersetam todos os estratos, pelo que são mais recentes.
c. Falsa. Os fragmentos que compõem o estrato 6 são mais antigos do que o próprio estrato em que estão incluídos (Princípio da inclusão).
d. Falsa. Embora a dobra seja mais antiga do que a falha, pois é intersetada por esta, não é mais recente do que a intrusão magmática, pois esta interseta a dobra, como é visível pela instalação
do dique que é posterior ao dobramento de todos os estratos.

Página 79
ENFATIZAR…
As informações que os fósseis de fácies nos podem fornecer sobre paleoambientes.
A contribuição dos fósseis na datação das formações rochosas que os contêm, citando exemplos.
APROFUNDANDO…
Para a formação dos fósseis é essencial que ocorra um rápido enterramento, para que os restos sejam protegidos da ação de outros organismos, contacto com o oxigénio, dissolução pela água ou
influência de variações de temperatura e possam ser preservados.
Página 79 (cont.)
APROFUNDANDO…
Os invertebrados marinhos com conchas e carapaças apresentam maior probabilidade de serem fossilizados e preservados. Os organismos terrestres são mais difíceis
de preservar, nomeadamente as suas partes moles.
Três conceitos são importantes no estudo e uso dos fósseis: os fósseis representam restos de organismos que habitaram no passado a Terra; a maioria dos fósseis
corresponde a restos de organismos que pertencem a espécies que se extinguiram e que não habitam atualmente a Terra; os fósseis encontrados nas rochas com
idades diferentes variam, pois a vida na Terra sofreu evolução ao longo do tempo.

Página 80
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Através da análise de amostras e/ou de ilustrações relacionar fósseis de fácies com paleoambientes, bem como fósseis de idade com a datação dos estratos.
ENFATIZAR…
As informações que os fósseis de fácies nos podem fornecer sobre paleoambientes.
A contribuição dos fósseis na datação das formações rochosas que os contêm, citando exemplos.
APROFUNDANDO…
Os fósseis de fácies e as rochas que os contêm foram datados recorrendo a técnicas radiométricas, para estabelecer com exatidão o período em que habitaram a Terra (datação absoluta).
Para datar os estratos, os cientistas estudam os fósseis que as rochas contêm. Estes fornecem evidências importantes para determinar os acontecimentos que ocorreram na história da Terra.
Embora possuam um elevado interesse mediático, os dinossauros apenas compõem uma pequena fração dos milhões de espécies que habitaram o nosso planeta. A maioria do registo fóssil é domi-
nada pelos organismos aquáticos com revestimentos externos e pelos restos microscópicos de seres vivos de reduzidas dimensões.

Página 81
APROFUNDANDO…
Os recifes estão localizados na parte externa da plataforma, denominada plataforma carbonatada.

Página 82
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Apenas são referidas a título de exemplo algumas estruturas e texturas típicas das rochas sedimentares, por serem muito comuns e abundantes. Programaticamente não é pedido para os alunos
distinguirem e caracterizarem as diferentes estruturas, mas consideramos importante para caracterizar algumas fácies mais comuns.

Página 83
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Através da análise de amostras e/ou de ilustrações relacionar fósseis de fácies com paleoambientes, bem como fósseis de idade com a datação dos estratos.
ENFATIZAR…
As informações que os fósseis de fácies nos podem fornecer sobre paleoambientes.
RESOLVENDO…
1. a. Os revestimentos externos duros são mais resistentes, facilitando o seu registo nas rochas.
b. Embora sejam conhecidas poucas formas de vida, não implica que não tenham existido muitas mais, pois podem não ter ficado registadas, devido à fragilidade das suas estruturas e à destruição
que pode ter ocorrido, no longo espaço de tempo que decorreu entre a sua morte e a atualidade.
2. A formação de associações específicas de fósseis ao longo do tempo permite imediatamente datar as rochas em que estas associações estão presentes.
3. Nos limites: Pérmico-Triásico; Ordovícico-Silúrico; Devónico-Carbónico; Cretácico-Paleogénico e Triásico-Jurássico.
4. Após uma extinção, novas espécies surgem, o que permite estabelecer um novo período, com uma associação característica de fósseis.

Página 84
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Através da análise de amostras e/ou de ilustrações relacionar fósseis de fácies com paleoambientes, bem como fósseis de idade com a datação dos estratos.
ENFATIZAR…
As grandes divisões da escala de tempo geológico, familiarizando os alunos com as Eras e as grandes perturbações que, no decurso dos tempos geológicos, afetaram os biomas terrestres.
APROFUNDANDO…
As designações das divisões da coluna cronoestratigráfica possuem um significado geológico. O prefixo latino zoico refere-se à vida animal, paleo significa antigo, meso significa médio e ceno significa
recente. Assim, a designação aponta para a idade relativa destas grandes eras da história da Terra.
É frequente definir na coluna estratigráfica o estratotipo. Este corresponde a um conjunto de camadas selecionadas como padrão para um determinado momento da história da Terra.
Página 84 (cont.)
APROFUNDANDO…
As rochas que se formaram durante o Proterozóico possuem registos de organismos simples, como bactérias, algas e vermes. As rochas que se formaram no Fane-
rozóico, possuem fósseis de animais e plantas mais complexos. Na datação de estratos do Ordovícico ao Devónico inferior, o grupo de organismos mais importantes
na datação são os Graptólitos. No entanto, no Jurássico as amonites são as mais utilizadas na datação dos estratos. Entre o Ordovícico e o Triássico os Conodontes são
os organismos mais utilizados. No Neogénico, os fósseis de idade são de dimensões microscópicas; foraminíferos planctónicos, por exemplo.

Página 85
APROFUNDANDO…
Em meados do século XIX, Charles Darwin e Alfred Wallace propuseram que as espécies mais antigas evoluíam para as espécies mais recentes, por quatro processos essenciais: variação, elevadas
taxas de reprodução, competição e sobrevivência dos mais adaptados ao ambiente em que habitam. A teoria de Darwin permite explicar a diversidade de formas de vida atuais e fósseis conhecidas.
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Revisitar a Atividade presente no Desafios 10 (págs. 45 e 46) sobre o estratotipo português, definido no Cabo Mondego (Figueira da Foz).
Os alunos poderão apresentar a informação resumida de forma esquemática, recorrendo, para tal, a um mapa de conceitos. Deverão usar todas as palavras-chave definidas no programa, interligando
os conceitos.
Os mapas de conceitos apresentados pelos alunos podem ser comparados com os mapas de conceitos presentes no Guia do Professor e no Manual interativo, versão do professor.

Página 86
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas magmáticas sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
APRESENTAÇÃO EM POWERPOINT
Manual Interativo – Versão do Professor

Página 87
SUGESTÃO METODOLÓGICA
A temática das rochas magmáticas deverá ser lecionada em 8 blocos.

Página 88
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
TRANSPARÊNCIA N.° 5 – INTRODUÇÃO
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

RESOLVENDO…
1. Velocidade de arrefecimento e, indiretamente, o tempo que demora.
2. Os magmas encontram-se fundidos e quando arrefecem solidificam, tal como acontece quando a água congela. Nas duas situações, a velocidade de arrefecimento é importante na formação de
cristais. No entanto, em termos de escala e temperaturas, os dois exemplos são bastante distintos.
3. Como os cientistas verificaram que o magma emitido pelos vulcões sofre arrefecimento rápido (principalmente nas secções mais expostas dos mantos de lava), e analisando a textura da rocha
solidificada, concluíram que o rápido arrefecimento não permitia a formação de cristais de elevadas dimensões.
4. James Hutton, ao estudar o processo de cristalização de granitos em profundidade, relacionou as características da rocha com o ambiente de formação, permitindo o desenvolvimento da Geologia
e a orientação dos estudos posteriores, na tentativa de compreender os ambientes de formação das diferentes rochas.

Página 89
COMPETÊNCIAS PROCEDIMENTAIS
Problematizar e formular hipóteses.
Planear e realizar pequenas investigações teoricamente enquadradas.
Observar e interpretar dados.
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Desenvolver atitudes e valores inerentes ao trabalho individual e cooperativo.
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
O professor deve chamar a atenção para as analogias entre as atividades sugeridas e o processo geológico, realçando, no entanto, as variáveis envolvidas e as diferentes escalas de tempo e de espaço
em que ocorrem os fenómenos.
Nota: ter em atenção as condições de segurança exigidas em trabalho de laboratório (consultar Manual de Segurança de Laboratórios Escolares – DES).
Página 89 (cont.)
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Os três procedimentos propostos podem ser divididos entre grupos de alunos.
Como complemento à atividade experimental é sugerido no Programa da Disciplina a construção de modelos simples de estruturas cristalinas com o objetivo de
facilitar a passagem do espaço bidimensional ao tridimensional, podendo, ao mesmo tempo, relacionar-se as estruturas internas com algumas propriedades físicas
presentes nos minerais.
APROFUNDANDO…
Salientar que, embora alguns processos experimentais de formação de “cristais” sejam diferentes, em todos se observa a desagregação, nas suas partículas, das substâncias a cristalizar, as quais se
reagrupam, posteriormente, constituindo os edifícios cristalinos.
RESOLVENDO…
1. Tempo e temperatura de arrefecimento.
2. Quanto mais lenta for a cristalização maior é a dimensão dos cristais, pois a redução lenta da temperatura permite formar cristais de maiores dimensões. Quando o enxofre fundido foi rapidamente
arrefecido não se formaram cristais.
3. Nos magmas, a temperatura e o tempo de cristalização também são importantes na definição da textura da rocha. No entanto, os processos são muito mais longos e a uma escala muito superior.
No caso dos cristais de cloreto de sódio, temos que ter presente que nas rochas magmáticas não ocorre a cristalização por evaporação, mas sim arrefecimento de uma mistura complexa que é
o magma.

Página 91
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
APROFUNDANDO…
A cristalização também pode ocorrer por aumento da concentração dos compostos presentes numa solução aquosa sujeita a intensa evaporação. Este processo está associado à formação de evapo-
ritos nos lagos em regiões áridas, como vimos aquando do estudo da formação das rochas sedimentares.
RESOLVENDO…
1. Oxigénio, silício e alumínio.
2. Em termos de volume, a percentagem do oxigénio é superior à do peso, enquanto que o ião silício, com elevada percentagem no peso, é pouco significativo em termos de volume.
3. Aproximadamente 98%.
4. a. Como o silício e o oxigénio totalizam mais de 77% do peso total da crusta terrestre, serão os dois principais elementos presentes nos minerais, explicando a abundância dos silicatos, cuja
estrutura básica é formada pela ligação de silício e oxigénio (SiO44–).
b. Como o silício tem quatro cargas positivas, pode estabelecer uma ligação covalente com quatro oxigénios, pois este elemento possui duas cargas negativas.
c. A o oxigénio, pois apresenta duas cargas negativas: uma envolvida na ligação ao silício e a outra disponível para se ligar com catiões.
5. Embora exista um número elevado de minerais, o facto de a crusta ser composta essencialmente por oitos elementos, explica a elevada abundância de um número reduzido de silicatos.

Página 92
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
RESOLVENDO…
1. a. Polimorfismo.
b. Isomorfismo.
2. O ião Fe2+ é substituído pelo ião Mg2+, mantendo o número de cargas elétricas.
3. Nas situações A e B, temos espécies minerais com a mesma composição, mas distintas por apresentarem uma estrutura química diferente. Na situação C, ligeiras diferenças composicionais
permitem originar diferentes minerais, que mantêm uma estrutura cristalina comum.
4. a. O diamante apenas possui ligações covalentes, que lhe confere uma elevada dureza, enquanto que a grafite possui ligações covalentes e iónicas. As ligações iónicas são mais fracas, diminuindo
a resistência ao risco.
b. As ligações covalentes na grafite localizam-se ao longo dos planos, enquanto que as iónicas estão a unir os diferentes planos. Quando sujeita a pressão, as ligações iónicas mais frágeis quebram
e permitem a separação da grafite em placas que correspondem aos planos que são separados quando se risca uma superfície (folha de papel, por exemplo, com a grafite).

Página 93
APROFUNDANDO…
Para além do exemplo do diamante, pode ser apresentado o do quartzo e o da cristobalite, que são dois polimorfos compostos por sílica. A cristobalite é um polimorfo, de alta temperatura,
do quartzo. Ocorre sob a forma de octaedros de cor branca em rochas ácidas vulcânicas.
Página 94
APROFUNDANDO…
A plagioclase apresentada na tabela é a labradorite, que apresenta características óticas muito particulares. Tende a apresentar cores escuras e que não causam
interesse junto dos observadores.
No entanto, devido à refração das radiações luminosas, em determinadas direções e planos de clivagem, pode originar colorações azuis, violetas ou verdes intensas
(por vezes, amarelas e alaranjadas). Caso a escola possua amostras de labradorite, sugerimos a sua análise detalhada, em diferentes perspetivas e ângulos de
incidência da luz variados.
As variações da cor devem-se a rearranjos que ocorrem na estrutura interna. A labradorite forma-se a elevadas temperaturas, e quando arrefece torna-se mais instável. Alguns compostos separam-se
e formam “camadas” muito finas de composição distinta. A luz, ao atravessar as diferentes camadas, sofre refração. O efeito luminoso depende da espessura e orientação das camadas que compõem
o cristal. Se o cristal for muito grosso ou fino não se observa o padrão de cores descrito.
Para além das estruturas apresentadas na tabela, existe também a hexagonal, característica dos minerais do grupo do berilo, com um plano de clivagem. No entanto, como se trata de um mineral
pouco abundante nas rochas magmáticas, optamos por não incluir na tabela. Este mineral existe em abundância em alguns pegmatitos, principalmente na região de Viseu, onde atingem vários
metros de altura, formando cristais espetaculares.
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Abordar os diferentes grupos de silicatos, tendo em conta os principais minerais das rochas magmáticas, de modo a que sejam mais concretos para os alunos.
É sugerida programaticamente a construção de modelos simples de estruturas cristalinas com o objetivo de facilitar a passagem do espaço bidimensional ao tridimensional, podendo, ao mesmo
tempo, relacionar-se as estruturas internas com algumas propriedades físicas presentes nos minerais.
Consideramos que a tabela apresentada pode ser um ponto de partida para analisar brevemente alguns dos aspetos mencionados e, acima de tudo, referir a importância da estrutura interna na
definição da clivagem, por exemplo.

Página 95
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Classificar as rochas magmáticas com base no ambiente de formação.
ENFATIZAR…
As características que distinguem os diferentes tipos de rochas magmáticas propostas, especialmente no que respeita à cor, à textura e à composição mineralógica.
RESOLVENDO…
1. O magma basáltico possui o menor teor em sílica (inferior a 50%), enquanto que o magma riolítico é o mais rico em sílica. O magma andesítico possui uma composição intermédia de sílica.
2. O magma basáltico possui composição ácida, o magma andesítico possui composição intermédia, enquanto que o magma riolítico apresenta uma composição ácida.
3. O magma basáltico possui uma baixa viscosidade em resultado de ser pobre em sílica, estando associado a erupções efusivas. O magma ácido, pelo seu elevado conteúdo em sílica é muito viscoso,
originando erupções explosivas.
4. O magma basáltico possui uma maior quantidade de catiões, principalmente elementos como o ferro, o magnésio e o cálcio. O magma riolítico é menos rico em catiões. No entanto, é o magma
que possui maiores quantidades de sódio e potássio. O magma andesítico apresenta concentrações intermédias entre o magma basáltico e riolítico.
5. O magma riolítico pode formar-se em ambientes de colisão de placas continentais, enquanto que o andesítico se origina em limites convergentes, entre uma placa oceânica e continental onde
ocorre a subducção da primeira.
6. Nas regiões que se encontram sob a placa oceânica, como, por exemplo, a Madeira e os Açores, onde pode ocorrer vulcanismo basáltico. No entanto, a proximidade dos Açores à Dorsal Atlântica
torna este local como mais provável para presenciar vulcanismo basáltico (o vulcanismo na Madeira encontra-se atualmente extinto).
7. Terão resultado do choque entre duas placas continentais no passado da História da Terra.

Página 96
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Classificar as rochas magmáticas com base no ambiente de formação.
APROFUNDANDO…
Nem todas as rochas magmáticas se formam a partir da cristalização de um magma. A obsidiana forma-se apenas por solidificação, pois apresenta uma textura vítrea.
Na maioria das rochas magmáticas a solidificação permite a cristalização.
ENFATIZAR…
As características que distinguem os diferentes tipos de rochas magmáticas propostas, especialmente no que respeita à cor, à textura e à composição mineralógica.
A classificação das rochas magmáticas com base no ambiente de consolidação dos magmas.
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas magmáticas sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
Outras classificações das rochas magmáticas para além da classificação proposta.

Página 97
TRANSPARÊNCIA N.° 11 – ROCHAS MAGMÁTICAS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor
Página 97 (cont.)
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Classificar as rochas magmáticas com base no ambiente de formação.
ENFATIZAR…
As características que distinguem os diferentes tipos de rochas magmáticas propostas, especialmente no que respeita à cor, à textura e à composição mineralógica.
A classificação das rochas magmáticas com base no ambiente de consolidação dos magmas.
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas magmáticas sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
Outras classificações das rochas magmáticas para além da classificação proposta.
O estudo de outras rochas magmáticas além das referidas.

Página 98
RESOLVENDO…
1. Basalto – plagioclase (essencialmente cálcica) 25% e piroxena 70% e olivina 5%. Granito – feldspato sódico 18%; feldspato potássico 30%; quartzo 30%; Micas (moscovite e biotite) 12%
e anfíbolas (10%).
2. O teor de iões como o ferro, o magnésio e o cálcio diminui, ao contrário do sódio e potássio que aumenta.
3. Diminuição do teor das plagioclases, que se tornam sucessivamente mais ricas em sódio e mais pobres em cálcio; diminuição das piroxenas e olivinas que não se encontram presentes nas rochas
intermédias ou ácidas; aparecimento de micas nas rochas intermédias que se encontram também presentes nas rochas ácidas (principalmente a moscovite). No que toca às anfíbolas, podem
estar presentes em alguns basaltos, são mais abundantes nos andesitos e o seu teor diminui nas rochas ácidas.
4. Olivinas e piroxenas.
5. Como os magmas ultrabásico e básico (basalto) possuem elevado teor de ferro e magnésio, originam minerais do grupo das olivinas e piroxenas, que se caracterizam pelas tonalidades escuras
e que conferem uma cor escura à rocha. Assim, a composição, ao definir a mineralogia, afeta a cor final da rocha.
6. a. o livinas – piroxenas/plagioclase cálcica – anfíbolas/plagioclase sódica/micas – feldspato potássico/quartzo.
b. São compostos por minerais que apresentam pontos de fusão muito altos. Assim, ao cristalizarem a elevadas temperaturas e pressões, tornam-se mais instáveis quando sujeitos a condições
superficiais de temperatura e de pressão.
c. Como cristalizam a elevadas temperaturas, podem formar-se nos estádios iniciais, enquanto o magma se encontra no reservatório subterrâneo. Após a erupção, a lava sofre arrefecimento
rápido e formam-se cristais de reduzidas dimensões em redor dos cristais de piroxena e olivina.
d. Todos os minerais que compõem o basalto possuem pontos de fusão superiores a 1000 ºC, o que faz com que cristalizem antes de o magma atingir esta temperatura com o arrefecimento.
e. Como o quartzo é dos últimos minerais a cristalizar, ocupa o espaço disponível entre os restantes cristais, dificultando a formação de cristais com faces perfeitas.

Página 99
EVITAR…
O estudo de outras rochas magmáticas além das referidas.
APROFUNDANDO…
Algumas rochas não são facilmente distinguidas pela cor, como, por exemplo, as que possuem textura afanítica (vítrea), nomeadamente as obsidianas, que podem oscilar entre o preto e o vermelho,
embora tendam a ser incluídas nas rochas leucocratas, uma vez que apresentam composição riolítica.
As cores escuras da obsidiana resultam da presença de impurezas misturadas com o material vítreo que absorvem a luz, tornando-as escuras.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Observação direta de amostras de diferentes minerais acompanhada da observação de lâminas delgadas ao microscópio petrográfico.
No site das “Rochas de Portugal ao microscópio” (http://www.dct.uminho. pt/rpmic/interactividade/index.html) pode ser simulada a observação microscópica de rochas portuguesas.
Sugere-se ainda a consulta dos seguintes sítios:
“The Mineral Gallery” (http://mineral.galleries.com/)
Rochas ígneas e metamórficas (http://www.geolab.unc.edu/Petunia/IgMetAtlas/mainmenu.html).
RESOLVENDO…
1. A resposta está dependente das amostras analisadas, mas deverá ser suportada pela análise da figura 69.
2. A resposta está dependente das amostras analisadas, mas os alunos podem facilmente apontar para fenómenos vulcânicos/plutónicos e indicando o ambiente tectónico em que se formaram
e que são apresentados com maior detalhe na figura 72, e com base nos conhecimentos que possuem do estudo geral das rochas e da tectónica no 10.º ano de escolaridade.
3. O microscópio petrográfico é essencial para observar com detalhe a composição mineralógica das rochas, para identificar de uma forma mais precisa os diferentes minerais e texturas das rochas,
complementando as informações genéricas que são obtidas pelo estudo macroscópico das rochas no campo ou no laboratório.

Página 100
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas magmáticas sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
O estudo de outras rochas magmáticas além das referidas.
Página 101
TRANSPARÊNCIA N.° 11 – ROCHAS MAGMÁTICAS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Embora programaticamente seja sugerido apenas a abordagem dos processos de diferenciação magmática e cristalização magmática como os principais responsáveis pela diversidade das rochas,
consideramos essencial abordar o fenómeno de fusão parcial. Este é essencial na formação da maioria das rochas magmáticas. Aquando do estudo das Séries de Bowen apresentamos mais infor-
mações acerca deste ponto.
RESOLVENDO…
1. 1100 ºC.
2. Aumenta ligeiramente.
3. O aumento da pressão com a profundidade provoca um aumento da temperatura de fusão da albite.
4. A água provoca uma diminuição da temperatura de fusão. A presença de água contraria o aumento da pressão, com a profundidade.
5. A água, ao diminuir a temperatura de fusão dos minerais que se encontram no basalto, facilita a fusão dos minerais de menor ponto de fusão da placa oceânica e do manto superior, originando
um magma de composição intermédia (andesítica), ao longo dos limites convergentes caracterizados por subducção.

Página 102
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Classificar as rochas magmáticas com base no ambiente de formação.
COMPETÊNCIAS ATITUDINAIS
Aceitar que muitos problemas podem ser abordados e explicados a partir de diferentes pontos de vista.
Ver na investigação científica uma via importante que pode contribuir para a resolução de muitos problemas.
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas magmáticas sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
O estudo de outras rochas magmáticas além das referidas.
ENFATIZAR…
A classificação das rochas magmáticas com base no ambiente de consolidação dos magmas.

Página 103
RESOLVENDO…
1. A descoberta de vestígios de erupções explosivas é importante para compreender a atividade do vulcão Etna e prever o seu padrão eruptivo. É também essencial para a preparação de planos de
emergência e de ordenamento do território.
2. Que os cristais de plagioclase de elevada dimensão formaram-se por arrefecimento lento do magma, na proximidade da superfície (possivelmente na câmara magmática), que ficaram posterior-
mente rodeados por cristais de reduzidas dimensões, que se formaram por arrefecimento rápido do magma à superfície e após a erupção.
3. Enquadramento tectónico complexo e em modificação; evolução do magma em profundidade, que forma magmas com diferentes composições e misturas de magmas.
4. A composição magmática é o principal fator determinante do caráter efusivo/explosivo de uma erupção. O seu estudo é, assim, fundamental para prever a atividade eruptiva.
5. Não permite prever com antecedência o comportamento da erupção podendo colocar em risco populações e bens materiais.
6. Embora seja alvo de um intenso estudo, a atividade do Etna é ainda praticamente desconhecida, com diferentes opiniões entre os cientistas no que toca, por exemplo, ao enquadramento tectónico
e à evolução dos magmas.
7. A Geologia é essencial para compreender os processos que ocorrem no planeta Terra, como, por exemplo, o vulcanismo. As investigações realizadas pelos geólogos são usadas na previsão do risco
geológico, com profundo impacte na definição do ordenamento do território e na elaboração de planos de minimização e proteção das populações.
APROFUNDANDO…
Em setembro de 2007, o Etna voltou a entrar em erupção, num episódio violento.

Página 104
TRANSPARÊNCIA N.° 12 – DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA E CRISTALIZAÇÃO FRACIONADA
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 105
TRANSPARÊNCIA N.° 12 – DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA E CRISTALIZAÇÃO FRACIONADA
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor
Página 105 (cont.)
APROFUNDANDO…
Embora a diferenciação magmática, associada à cristalização fracionada que se suporta nas séries de Bowen, permita a evolução de um magma básico no sentido
da formação de magmas de composição intermédia e posteriormente ácidos, não deverá corresponder ao principal mecanismo de formação dos magmas ácidos,
porque:
• apenas uma pequena percentagem de magma basáltico poderá diferenciar-se num magma riolítico;
• a redução do volume que ocorre com a diferenciação/cristalização fracionada implica que o magma riolítico final corresponda apenas a 10% do magma basáltico
inicial, tornando complexo a formação de volumes muito significativos de magma riolítico que origina as elevadas quantidades de granitos que compõe a crusta continental;
• a ausência de granitos e riolitos na crusta oceânica, que seria de prever caso os processos de diferenciação/cristalização fracionada fossem os principais motores da evolução dos magmas;
• se ocorrer um equilíbrio durante o arrefecimento do magma, todo o material solidifica antes de o magma se tornar suficientemente ácido para apresentar uma composição riolítica.
Todavia, convém realçar que a diferenciação/cristalização fracionada são comuns e que é possível verificar que na maioria dos magmas estes processos estão ativos.

Página 106
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Assumir atitudes de defesa do património geológico.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Sugerimos que os alunos, usando a tabela presente no final do Caderno de Atividades, classifiquem diversos tipos de rochas magmáticas. As rochas magmáticas deverão, se possível, ser recolhidas
na proximidade da escola.
Os alunos podem realizar uma pesquisa autónoma, de modo a identificar as principais rochas magmáticas que existem na sua região. Esta atividade pode ser complementada com informações
respeitantes aos diferentes usos e explorações das rochas magmáticas estudadas, e aos impactes que tiveram no desenvolvimento das sociedades locais.
No caderno de atividades encontra uma atividade de enriquecimento sobre a importância das rochas magmáticas e dos depósitos minerais associados e que pode ser explorada em contexto de sala
de aula.

Página 107
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Os alunos poderão apresentar a informação resumida de forma esquemática, recorrendo, para tal, a um mapa de conceitos. Deverão usar todas as palavras-chave definidas no programa, interligando
os conceitos.
Os mapas de conceitos apresentados pelos alunos podem ser comparados com os mapas de conceitos presentes no Guia do Professor e no Manual Interativo – Versão do Professor.
FICHA DE AVALIAÇÃO
Manual Interativo – Versão do Professor

MAPA DE CONCEITOS
Manual Interativo – Versão do Professor

Página 108
TRANSPARÊNCIA N.° 5 – INTRODUÇÃO
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

ENFATIZAR…
A ideia de que as dobras e falhas resultam de forças sofridas pelas rochas.
APRESENTAÇÃO EM POWERPOINT
Manual Interativo – Versão do Professor

Página 109
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
A deformação das rochas deverá ser lecionada em 4 aulas.
No sítio do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação é possível pesquisar na base de dados da Geoimagens (imagens relacionadas com as Ciências da Terra) diversas fotos de falhas
e dobras, com destaque para exemplos nacionais. Cada foto encontra-se descrita e pode ser usada como complemento ao material apresentado. Os alunos podem selecionar os exemplos mais
próximos da sua região e apresentar, de uma forma resumida, a história geológica da estrutura, baseando-se, para tal, em fontes de informação disponíveis online.
http://e-geo.ineti.pt/bds/geoimagens/ default.aspx
COMPETÊNCIAS PROCEDIMENTAIS
Problematizar e formular hipóteses.
Planear e realizar pequenas investigações teoricamente enquadradas.
Observar e interpretar dados.
ENFATIZAR…
A ideia de que as dobras e falhas resultam de forças sofridas pelas rochas.
Página 110
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Estudo através de um modelo analógico (caixa de deformação) do processo de formação de cadeias montanhosas e riftes.
Estas atividades que se realizam num período de tempo reduzido procuram representar o que na natureza ocorre em dezenas de milhões de anos. Por isso,
o professor deve chamar a atenção para as analogias entre o modelo e o processo geológico, realçando as variáveis envolvidas e as diferentes escalas de tempo e
de espaço em que ocorrem os eventos.
Este tipo de atividades permite aos alunos, através da manipulação de diversos materiais e da exploração de um modelo analógico, problematizar diversos aspetos,
formulando hipóteses e tentando testá-las.
Poderá ser consultado o seguinte artigo:
Bolacha, E. et al. (2006). Modelação Analógica de Fenómenos Geológicos. Uma experiência na Formação de Professores, Geonovas, 20, pp. 33-56.
RESOLVENDO…
1. Garantir que a camada é homogénea e que responde de uma forma idêntica à deformação, pois, caso contrário, podem aparecer alterações no padrão de deformação se os materiais não estiverem
bem compactados e consolidados.
2. Essencialmente fraturas que correspondem a falhas.
3. A deformação do material argiloso provoca a formação de dobras e reduzido número de falhas.
4. As areias à temperatura e pressão ambiente não possuem um comportamento plástico, enquanto que as argilas, plasticina ou borras de café moldam a sua forma quando sujeitas a deformação.
5. a. Argilas. Evidenciam propriedades plásticas quando deformadas, pois são facilmente moldáveis.
b. Areias. Possuem uma plasticidade reduzida, o que faz com que os estratos fraturem quando sujeitos a deformação, pois não são suficientemente moldáveis para serem dobradas.
6. A escala do tempo e espaço são muito diferentes, bem como a intensidade de duração da deformação. As condições de pressão e temperatura também são distintas. As semelhanças centram-se
ao nível do comportamento dos materiais e na forma das estruturas que se originam com a deformação. No caso da areia e argilas, o material usado experimentalmente é comum na natureza.

Página 111
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Medição do comportamento dos materiais em função da intensidade e do tempo de aplicação de forças mecânicas, assim como da variação da temperatura e da pressão. Tendo por base a utilização
de um dinamómetro e utilizando diversos materiais é possível desenvolver inúmeras atividades.
APROFUNDANDO…
As “molas” que compõem os dinamómetros possuem um limite de elasticidade. Se se aplicam forças muito fortes, pode-se ultrapassar o limite de elasticidade e provocar a deformação permanente.
Quando as forças são muito superiores ao limite de plasticidade, as “molas” podem quebrar, evidenciando um regime de deformação frágil, inutilizando o dinamómetro.
Quando a força não ultrapassa o limite de elasticidade, verifica-se experimentalmente que a deformação elástica é proporcional à força aplicada, segundo a lei de Hooke.
RESOLVENDO…
1. O material é deformado, mas regressa à sua forma inicial quando a força é removida.
2. Deformação elástica. O material recupera a sua forma quando a força deixa de ser aplicada.
3. O aumento da tensão provoca um incremento na deformação do dinamómetro. Quando esta força é elevada e ultrapassa o limite de elasticidade, pode provocar a deformação permanente.
4. Regime frágil. As forças elevadas provocam a deformação intensa do dinamómetro, ultrapassando o limite de plasticidade e quebrando, afetando permanentemente a forma inicial do dinamó-
metro.

Página 112
ENFATIZAR…
A ideia de que as dobras e falhas resultam de forças sofridas pelas rochas.
APROFUNDANDO…
A maioria dos materiais geológicos apresenta um limite de elasticidade muito reduzido. Para as condições de temperatura e pressão superficial, a maioria das rochas e minerais apresenta um
comportamento frágil. O cobre ou o ferro puro são exemplos de materiais que acomodam intensas deformações antes de fraturarem, desde que não ocorram de uma forma rápida e inconstante.
TRANSPARÊNCIA N.° 11 – ROCHAS MAGMÁTICAS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 113
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
APROFUNDANDO…
Para além dos regimes elástico, plástico e frágil, as rochas podem ser sujeitas ao regime viscoso. Este regime ocorre quando as rochas são sujeitas a temperaturas e pressões muito elevadas, na crusta
inferior e manto superior, em que o material pode sofrer deslocação quando sujeito a uma força.
Página 113 (cont.)
RESOLVENDO…
1. Regime frágil.
2. Porque as temperaturas são muito baixas e para apresentar comportamento dúctil as rochas teriam que ser sujeitas a pressões muito elevadas, e que não são
características da superfície terrestre.
3. Os materiais passam a comportar-se no regime dúctil.
4. As falhas formam-se em condições de temperatura até 600 ºC ou temperaturas reduzidas mas elevadas pressões. As dobras formam-se em condições de elevada
temperatura e pressão.
5. O estudo das falhas e dobras permite inferir as condições a que as rochas estiveram sujeitas e reconstituir a história da Terra.

Página 114
ENFATIZAR…
A ideia de que as dobras e falhas resultam de forças sofridas pelas rochas.
TRANSPARÊNCIA N.° 11 – ROCHAS MAGMÁTICAS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 115
APROFUNDANDO…
Para medir a direção de uma camada, estrato, falha ou dobra é necessário usar uma bússola, determinando o ângulo que uma linha horizontal (resultante da interseção do plano a medir com um
plano horizontal) faz com o norte magnético.
A linha horizontal tem que ser perpendicular à linha de maior declive da estrutura (linha por onde circularia um líquido se fosse derramado à sua superfície).
As bússolas de geólogo possuem um clinómetro que permite determinar a inclinação da estrutura (ângulo que a linha de maior declive faz com o plano horizontal).
As falhas transformantes, que constituem um elemento essencial da Teoria da tectónica de placas, constituem um tipo particular de desligamento.
Os desligamentos tendem a associar-se, formando um conjunto de falhas paralelas que podem encontrar-se nas regiões continentais e não estarem associadas a limites de placas tectónicas.
Para além dos três tipos principais de falhas apresentados na tabela (baseados nas indicações do programa oficial da disciplina), é comum classificar as falhas num quarto grupo principal composto
pelas falhas verticais. Todavia, existem diversas classificações mais complexas, que incluem, por exemplo, as falhas oblíquas, cujo rejeito resulta de um deslocamento vertical e horizontal.

Página 116
ENFATIZAR…
A ideia de que as dobras e falhas resultam de forças sofridas pelas rochas.

Página 117
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
EVITAR…
A referência a dobras não cilíndricas.
RESOLVENDO…
1. O estrato 1, pois é o que se encontra na base de todos os restantes (Princípio da Horizontalidade e da Sobreposição).
2. Os dados recolhidos foram a composição litológica de cada um dos estratos, a sua direção e inclinação.
3. Como os estratos se encontram dobrados, registam uma deformação que ocorreu em regime dúctil.
4. A cartografia permite estudar com detalhe as estruturas presentes que são difíceis de identificar, sem o levantamento de todos os dados referidos anteriormente.
5. Ocorreu a deposição de areias (estrato 1 seguido do 2) sob a forma de estratos horizontais. Ocorreu posteriormente a deposição de argilas, que indica modificação do ambiente de deposição ou
alteração do padrão de alteração das rochas primitivas. Sobre estas argilas precipitaram-se depósitos calcários, o que indica uma possível transgressão marinha (areias – argilas – carbonatos),
seguida de uma regressão, pois depositaram-se blocos. Os estratos sofreram afundamento, o que permitiu por diagénese formar os arenitos, argilitos e os conglomerados. Toda a sequência
estratigráfica foi sujeita a compressão, em profundidade, formando uma dobra. A ascensão dos estratos dobrados permitiu a sua meteorização e erosão, aflorando à superfície atualmente.

Página 118
EVITAR…
A referência a dobras não cilíndricas.
TRANSPARÊNCIA N.° 11 – ROCHAS MAGMÁTICAS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor
Página 119
ENFATIZAR…
A ideia de que as dobras e falhas resultam de forças sofridas pelas rochas.
APROFUNDANDO…
As antiformas não originam sempre um relevo proeminente na paisagem nem as sinformas estão sempre associadas a depressões, como pode ser dado a entender
pela maioria dos esquemas típicos desta temática.
Se uma sequência de estratos for sujeita a intensas forças tectónicas que invertam a posição relativa dos estratos, e posteriormente sujeita a forças compressivas, pode originar sinformas cujo núcleo
apresenta as rochas mais antigas (anticlinal) e antiformas cujo núcleo apresenta os níveis mais recentes (sinclinais). No entanto, estas situações são raras, constituindo exceções, pelo que é comum,
em livros de referência da Geologia, apresentar apenas os conceitos de anticlinal e sinclinal.

Página 120
SUGESTÃO METODOLÓGICA
A atividade CTS&A inclui temáticas que foram abordadas no 10.º ano de escolaridade, durante o estudo da sismologia. Pode ser usada pelo professor para relacionar diferentes temáticas, para que
o aluno consiga construir uma visão global e integral dos assuntos. Assim, consideramos importante relembrar alguns dos assuntos abordados e dar uma noção de continuidade às temáticas entre
o 10.º e o 11.º anos de escolaridade.
O enquadramento global das temáticas, e a sua aplicação a casos nacionais, é um ponto essencial do programa nacional da disciplina de Biologia e Geologia, e tem sido aplicada com regularidade
nos Exames Nacionais, pelo que consideramos essencial a realização deste tipo de atividades.
COMPETÊNCIAS ATITUDINAIS
Aceitar que muitos problemas podem ser abordados e explicados a partir de diferentes pontos de vista.
Ver na investigação científica uma via importante que pode contribuir para a resolução de muitos problemas.
Assumir atitudes de rigor e flexibilidade face a novas ideias.

Página 121
RESOLVENDO…
1. As equipas multidisciplinares permitem estudar de uma forma mais completa os processos. No caso do texto, a colaboração de um historiador foi essencial para obter todos os dados que se
prendem com a chegada do sismo e tsunami, que são posteriormente usados para validar os modelos gerados pelos geólogos.
2. O facto de os registos naturais do sismos não se preservarem e a dificuldade em estudar as hipotéticas falhas, associadas pelo facto de se encontrarem na crusta oceânica, por vezes a elevadas
profundidades.
3. O estudo das falhas é essencial para a sismologia, pois muitos dos sismos são originários a partir de falhas.
4. Existem diversos modelos, baseados em dados diferentes e com conclusões que são frequentemente contraditórias, pelo que o consenso em ciência é raro, principalmente nas temáticas mais
recentes.
5. A ciência estuda temáticas que são essenciais para a Sociedade, como, por exemplo, os sismos gerados pela movimentação nas falhas. No entanto, esta necessita de tecnologia e no exemplo
apresentado as dificuldades técnicas em estudar as falhas nos fundos oceânicos complica a investigação dos cientistas.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Os alunos poderão apresentar as principais ideias de forma esquemática, recorrendo, para tal, a um mapa de conceitos. Deverão usar todas as palavras-chave definidas no programa, interligando
os conceitos.
Os mapas de conceitos apresentados pelos alunos podem ser comparados com os mapas de conceitos presentes no Guia do Professor e no Manual Interativo – Versão do Professor.
MAPA DE CONCEITOS
Manual Interativo – Versão do Professor

FICHA DE AVALIAÇÃO
Manual Interativo – Versão do Professor

Página 122
COMPETÊNCIAS CONCEPTUAIS
Compreender as mudanças mineralógicas e texturais que ocorrem no metamorfismo.
Distinguir os principais tipos de rochas sedimentares, magmáticas e metamórficas.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
A temática das rochas metamórficas deverá ser lecionada em 4 aulas.
ENFATIZAR…
As mudanças mineralógicas e texturais (foliação) provocadas pelos fatores de metamorfismo durante a génese das rochas metamórficas.
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas metamórficas sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
TRANSPARÊNCIA N.° 5 – INTRODUÇÃO
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

APRESENTAÇÃO EM POWERPOINT
Manual Interativo – Versão do Professor
Página 123
SUGESTÃO METODOLÓGICA
No sítio do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação é possível pesquisar na base de dados da Geoimagens (Imagens relacionadas com as Ciências
da Terra) diversas fotos de falhas e dobras, com destaque para exemplos nacionais. Cada foto encontra-se descrita e pode ser usada como complemento ao material
apresentado. Os alunos podem selecionar os exemplos mais próximos da sua região e apresentar de uma forma resumida a história geológica da estrutura, basean-
do-se, para tal, em fontes de informação disponíveis online.
http://e-geo.ineti.pt/bds/geoimagens/default.aspx

Página 124
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
APROFUNDANDO…
Programaticamente é referida a abordagem do termo tensão (litostática e não litostática). Todavia, tendo em conta o conceito físico de tensão, consideramos que é mais adequado, e comum nos
livros científicos de referência da Petrologia metamórifica, o uso do termo pressão. Optamos, assim, por usar o termo mais comum indicando que alguns autores podem optar pelo uso da tensão.
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas metamórficas sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
RESOLVENDO…
1. Regime compressivo dúctil, pois ocorre a formação de dobramentos nas rochas e não se deteta a presença de um regime frágil (ausência de falhas).
2. O aumento da profundidade provoca um incremento na deformação das rochas da crusta. A deformação é mais intensa no limite das placas e menor conforme nos afastamos do limite.
3. a. De A para C verifica-se uma reorientação dos minerais, sob uma direção específica, formando planos paralelos.
b. O s minerais reorientam-se perpendicularmente à direção da força.
4. O estudo das rochas metamórficas, nomeadamente dos alinhamentos dos minerais, é fundamental para reconstituir o padrão de forças tectónicas que atuaram sob as rochas.

Página 125
ENFATIZAR…
As mudanças mineralógicas e texturais (foliação) provocadas pelos fatores de metamorfismo durante a génese das rochas metamórficas.

Página 126
COMPETÊNCIAS PROCEDIMENTAIS
Observar e interpretar dados.
Problematizar e formular hipóteses.
RESOLVENDO…
1. O gradiente geotérmico é superior nas zonas de subducção dos arcos vulcânicos, quando se compara com a litosfera continental estável e muito antiga, cujo gradiente geotérmico é inferior.
2. Nas regiões de subducção, devido aos fenómenos magmáticos, a temperatura é superior à das regiões continentais estáveis, em que as forças tectónicas estão menos ativas, sem ocorrerem
fenómenos magmáticos ou metamorfismo de relevo.
3. A placa litosférica é mais espessa no esquema B, enquanto que no A é mais fina e permite que o limite com o manto se encontre mais perto da superfície, justificando o maior grau geotérmico.
4. a. Nenhum dos ambientes.
b. N o esquema A, na proximidade dos corpos magmáticos próximos da superfície.
c. Em ambos os ambientes, mas mais distintamente no A.
5. Como não é conhecida a existência de uma zona de subducção, em Portugal as condições serão semelhantes à do esquema B.

Página 127
APROFUNDANDO…
Um mineral é estável apenas num determinado ambiente químico. Se o fluido transportar novos compostos químicos, poderá reagir com os minerais já existentes e formar minerais estáveis para
as novas condições químicas.
Se os fluidos removerem os compostos químicos da rocha, podem formar-se novos minerais, pelos mesmos motivos.
O metamorfismo ocorre porque cada mineral é estável apenas dentro de limites de pressão bem definidos, temperatura e ambiente químico.
A presença de fluidos é extremamente importante no processo metamórfico. O aumento da pressão e da temperatura provoca a formação de fluidos circulantes que promovem o metamorfismo e
se escapam para as rochas adjacentes. Durante a diminuição da temperatura e pressão (PT) pode ocorrer novamente metamorfismo, mas nesta situação o metamorfismo é retrógrado. As espécies
minerais estáveis para PT elevadas são substituídas por novos minerais estáveis para condições de PT inferiores.
No entanto, o metamorfismo retrógrado é mais lento e menos intenso, pois a ausência de fluidos impede a ocorrência de reações químicas.
Este facto permite explicar a observação à superfície de rochas metamórficas, cujos minerais comprovam a ocorrência de metamorfismo de elevado grau. Se o metamorfismo retrógrado fosse rápido,
os minerais estáveis para condições de PT elevada não seriam observados em rochas próximas da superfície.
Página 128
ENFATIZAR…
As mudanças mineralógicas e texturais (foliação) provocadas pelos fatores de metamorfismo durante a génese das rochas metamórficas.

Página 129
TRANSPARÊNCIA N.° 14 – METAMORFISMO E ROCHAS METAMÓRFICAS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

RESOLVENDO…
1. O metamorfismo regional ocorre em condições de elevada temperatura e pressão em resultado do afundamento das rochas ao nível das zonas de colisão de placas litosféricas (espessamento da
crusta e formação de cadeias montanhosas). O metamorfismo regional também ocorre fora dos limites convergentes, sempre que o material sofre afundamento.
2. O metamorfismo de contacto ocorre na proximidade de intrusões magmáticas, pelo que a temperatura será o principal fator de metamorfismo.
3. O metamorfismo regional ocorre essencialmente ao longo dos limites convergentes de placas, em que as rochas, principalmente as sedimentares, sofrem afundamento, num quadro regional de
aumento da pressão e temperatura. O metamorfismo de contacto também ocorre ao longo dos limites convergentes de placas, associado aos fenómenos magmáticos que são responsáveis pelo
aumento local da temperatura no contacto das rochas encaixantes com a intrusão magmática.
4. As rochas formadas por metamorfismo de contacto e regional são transportadas para a superfície ou as camadas superiores são removidas pela ação da erosão. Assim, as rochas que se formaram
em profundidade são expostas em função da dinâmica do planeta.
5. Na formação das cadeias montanhosas ao longo dos limites convergentes de placas, ocorre, em profundidade, metamorfismo regional e de contacto nas rochas que constituem as raízes dos
sistemas montanhosos. Assim, o estudo das rochas que atualmente afloram permite obter informações sobre a constituição da crusta, na base das cadeias montanhosas.

Página 130
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas metamórficas sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
Referências a outros tipos de metamorfismo, além do de contacto e do regional.

Página 131
APROFUNDANDO…
A foliação inclui as estruturas planares formadas nas rochas metamórficas em resultado da deformação. Abrange a clivagem de fraturação, a xistosidade e o bandeado dos gnaisses.
A lineação forma-se pelo alinhamento dos minerais, a diferentes escalas de observação. Tende a originar-se, por exemplo, pelo alinhamento de minerais prismáticos ou dos eixos de dobras de
reduzidas dimensões.
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas metamórficas sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
Referência a outros tipos de texturas para além da foliada e não foliada.
ENFATIZAR…
As mudanças mineralógicas e texturais (foliação) provocadas pelos fatores de metamorfismo durante a génese das rochas metamórficas.

Página 132
APROFUNDANDO…
Algumas ardósias podem originar-se pelo metamorfismo de depósitos de cinzas e poeiras vulcânicas.
Muitos autores consideram que o termo “xisto argiloso”, enquanto rocha sedimentar, deverá ser evitado, usando-se, em substituição, o termo argilito. Estas rochas possuem uma foliação, que resulta
das condições de deposição. A foliação nestas rochas é maioritariamente paralela à estratificação, resultando do alinhamento de minerais micáceos durante a sedimentação.
Outros cientistas, seguindo a terminologia anglo-saxónica, consideram que os xistos argilosos (do inglês shale) correspondem a rochas sedimentares mais evoluídas e que se distinguem dos argilitos
por apresentarem fissilidade (facilidade em se fragmentar em planos paralelos), correspondendo a um argilito cimentado. Nesta terminologia, a ardósia (do inglês slate) corresponde a uma rocha
de baixo grau de metamorfismo.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Consideramos importante referir aos alunos que existe uma sequência contínua entre os diferentes tipos de rochas, pelo que a sua classificação é complexa e por vezes estanque. Muitas das rochas
correspondem a diferentes estádios de evolução (entre a diagénese e o metamorfismo de elevado grau).

Página 133
RESOLVENDO…
1. Clorite e moscovite.
2. A biotite e a moscovite, com o aumento da intensidade do metamorfismo, sofrem recristalização, sendo substituídas pela granada e a estaurolite. O quartzo mantém-se estável ao longo de todo
o processo.
Página 133 (cont.)
RESOLVENDO…
3. Os gnaisses e os xistos apresentam diferente composição mineralógica. As micas presentes nos xistos, principalmente a moscovite, são substituídas pela granada,
estaurolite e silimanite. Nestas rochas, o quartzo e os feldspatos mantêm-se estáveis.
4. Os cristais sofrem sucessivas recristalizações, de forma a tornarem-se mais estáveis e originando novas espécies minerais.
5. Como a estaurolite e a granada formam-se em condições de elevado grau de metamorfismo, é possível que os seus cristais após se formarem se mantenham
estáveis durante o processo metamórfico.
6. Nas auréolas mais afastadas serão detetados os minerais de grau baixo (clorite e moscovite). Nas regiões intermédias estarão presentes a moscovite e a biotite. Na proximidade da intrusão gra-
nítica, e devido ao grau elevado de metamorfismo (como consequência das temperaturas mais altas), estarão presentes a granada, estaurolite e silimanite. Todos os minerais anteriores poderão
estar associados ao quartzo e alguns feldspatos.
7. Com base na associação mineralógica das rochas metamórficas é possível estudar as condições de temperatura a que as rochas foram sujeitas.
APROFUNDANDO…
Para a resolução da questão 6 da ATV.25, os alunos podem consultar a figura 105.

Página 134
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas metamórficas sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
O estudo das séries e das sequências metamórficas, assim como de fácies metamórficas.
ENFATIZAR…
As mudanças mineralógicas e texturais (foliação) provocadas pelos fatores de metamorfismo durante a génese das rochas metamórficas.
TRANSPARÊNCIA N.° 14 – METAMORFISMO E ROCHAS METAMÓRFICAS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 135
COMPETÊNCIAS PROCEDIMENTAIS
Observar e interpretar dados.
Problematizar e formular hipóteses.
Planear e realizar pequenas investigações teoricamente enquadradas.
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Observação de amostras de rochas onde seja possível comparar a ocorrência ou a inexistência de xistosidade.
Pesquisa, em função do local onde foram recolhidas e de características observáveis, do tipo de metamorfismo a que foi sujeita a rocha original.
Observação direta de amostras de diferentes minerais acompanhada de observações ao microscópio petrográfico de lâminas delgadas:
• No sítio “Rochas de Portugal ao microscópio” pode ser simulada a observação microscópica de rochas portuguesas.
http://www.dct.uminho.pt/rpmic/interactividade/index.html;
• A observação da textura de rochas metamórficas ao microscópio petrográfico também pode ser feita na seguinte ferramenta online
http://www.geosci.unc.edu/Petunia/IgMetAtlas/meta-micro/metamicro.html.
RESOLVENDO…
1. A resposta depende das amostras analisadas.
2. A resposta depende das amostras analisadas.
3. O microscópio permite estudar com mais detalhe as rochas, nomeadamente a textura, a identificação e composição mineralógica e os alinhamentos dos cristais.

Página 136
SUGESTÃO METODOLÓGICA
A atividade aborda, numa perspetiva global, a formação e evolução da maioria das rochas presentes em Portugal. Permite enquadrar as diferentes rochas no seu ciclo e no contexto tectónico em
que se originaram.
Deverá ser analisada numa perspetiva holística e como síntese dos principais tipos de rochas.
Permite ainda referir a importância da relação entre a Ciência, Tecnologia e Sociedade, numa perspetiva de compreensão de temáticas do quotidiano.
COMPETÊNCIAS PROCEDIMENTAIS
Observar e interpretar dados.
Problematizar e formular hipóteses.
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas metamórficas sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
Página 137
RESOLVENDO…
1. Iniciou-se a instalação de um rifte com a abertura de um novo oceano – início da formação de uma bacia sedimentar.
2. Metamorfismo regional.
3.1. O fecho do oceano está representado nas fases 3 (início da subducção no limite convergente das placas), 4 (prosseguimento da subducção, com o fim da
expansão da crusta oceânica – o rifte deixa de estar ativo) e 5.
3.2. As rochas magmáticas no limite convergente formam-se pela fusão parcial da crusta oceânica e do manto superior, enquanto que na fase 3 originam-se
fenómenos de magmatismo básico (basaltos).
3.3. a. Formam-se no limite convergente das placas sob o efeito de forças compressivas num regime dúctil em profundidade.
b. As rochas que se formaram em profundidade podem aflorar quando as camadas superiores são removidas pela erosão ou transportadas em blocos que sofrem carreamento no limite conver-
gente de placas.
4. Ocorreu novamente a fase 2 e 3 da formação de uma bacia sedimentar, com a formação de rochas magmáticas no rifte e rochas sedimentares que se depositaram na bacia sedimentar.
5. O estudo da tectónica é importante para perceber a formação das rochas metamórficas, e estas são essenciais para reconstituir as forças tectónicas ativas no passado da Terra. Como as rochas
metamórficas possuem frequentemente depósitos minerais associados, o seu estudo é importante para obter recursos essenciais ao desenvolvimento das sociedades modernas.
6. O desenvolvimento da tecnologia e da ciência foi essencial para elaborar a Teoria da Tectónica de Placas na década de 60. Esta teoria influenciou a forma como a sociedade encara a dinâmica
do nosso planeta, nomeadamente a prospeção de depósitos minerais. A evolução do conhecimento sobre os processos geológicos é, por sua vez, fundamental para explicar a génese das rochas
metamórficas e dos depósitos minerais associados.

Página 138
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Assumir atitudes de defesa do património geológico.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Sugerimos que os alunos, usando a tabela presente no Caderno de Atividades, classifiquem diversos tipos de rochas metamórficas, em articulação com a atividade laboratorial N.° 10. As rochas
metamórficas deverão, se possível, ser recolhidas na proximidade da escola.
Os alunos podem realizar uma pesquisa autónoma, de modo a identificar as principais rochas metamórficas que existem na sua região. Esta atividade pode ser complementada com informações
respeitantes aos diferentes usos e explorações das rochas metamórficas estudadas, e aos impactes que tiveram no desenvolvimento das sociedades locais.

Página 139
EVITAR…
O estudo descontextualizado das rochas metamórficas sem relação direta com o processo que presidiu à sua formação e com os ambientes geodinâmicos em que se produzem.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Os alunos poderão apresentar as principais ideias de forma esquemática, recorrendo, para tal, a um mapa de conceitos. Deverão usar todas as palavras-chave definidas no programa, interligando
os conceitos.
Os mapas de conceitos apresentados pelos alunos podem ser comparados com os mapas de conceitos presentes no Guia do Professor e no Manual Interativo – Versão do Professor.
FICHA DE AVALIAÇÃO
Manual Interativo – Versão do Professor

APRESENTAÇÃO EM POWERPOINT
Manual Interativo – Versão do Professor

MAPA DE CONCEITOS
Manual Interativo – Versão do Professor

Página 141
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Os alunos poderão apresentar a informação resumida de forma esquemática, recorrendo, para tal, a um mapa de conceitos. Deverão usar todas as palavras-chave definidas no programa, interligando
os conceitos.
Os mapas de conceitos apresentados pelos alunos podem ser comparados com os mapas de conceitos presentes no Guia do Professor e no Manual Interativo – Versão do Professor.
MAPA DE CONCEITOS
Manual Interativo – Versão do Professor

Página 142
RESOLVENDO…
1.1. A – 3, 7 e 8; B – 1, 2 e 4; C – 3, 7 e 8.
1.2. Mármore.
1.3. Minerais característicos de determinadas condições de pressão e temperatura, sendo essenciais para caracterizar as condições de metamorfismo a que as rochas foram sujeitas.
1.4. b.
2. A – 7; B – 2; C – 4; D – 6; E – 1.
3.1. C, pois a alteração de um bloco rochoso será tanto maior quanto maior for a sua superfície de exposição.
Página 143
RESOLVENDO…
3.2. Mecânico, pois envolve meteorização física, sem intervenção da água ou alteração química.
3.3. Oscilações térmicas, crioclastia, cristalização de sais e ação dos organismos (por exemplo, raízes).
4.1. a. Regiões equatoriais.
b. Regiões equatoriais.
c. Desertos das regiões quentes.
4.2. Precipitação, pois a água é o principal agente da meteorização.
4.3. a. Libertação para a atmosfera de dióxido de carbono e de enxofre.
b. Podem aumentar a meteorização química das rochas carbonatadas e de muitos minerais não carbonatados, como, por exemplo, os feldspatos.
5. 1 – C; 2 – A; 3 – C; 4 – D; 5 – B; 6 – D.

Página 144
RESOLVENDO…
6.1. O Fe2+ e o Mg2+ possuem raios iónicos (dimensões) semelhantes, podendo intersubstituir-se na rede cristalina das olivinas. Em relação ao Na+ e ao Ca2+, também pode ocorrer a substituição, pois
apresentam raios iónicos semelhantes. Pelo facto de estes elementos possuírem carga iónica distinta, a entrada do Ca2+ leva à substituição simultânea de um Si4+ por um Al3+.
6.2. Apresentam a mesma estrutura cristalina, mas composição química variável entre determinados limites.
7.1. c. Apresenta o menor tempo de escoamento, sendo o tubo que apresenta material mais grosseiro.
7.2. b.
7.3. O valor da porosidade do material do tubo D é metade do valor dos outros tubos.
7.4. d.

Página 145
RESOLVENDO…
8.1. Consiste no enriquecimento relativo em carbono de um depósito de matéria orgânica de origem vegetal quando sujeita a condições anaeróbias por longos períodos de tempo, geralmente em
regiões pantanosas e sujeito a condições de diagénese sedimentar.
8.2. A hulha possui elevados teor em água, que é expulsa durante a diagénese, em consequência do aumento da pressão e da temperatura.
8.3. A antracite, que é constituída apenas por carbono, com reduzidos teor em voláteis e água.
8.4. A – turfa; B – hulha; C – lignite; D – antracite.
8.5. É formada sob elevadas condições de PT, típicas do metamorfismo.
9. A – 2; B – 3; C – 1; D – 8; E – 6.

Página 146
RESOLVENDO…
10. A – 5; B – 1; C – 8; D – 3; E – 7.
11. D.
12. Deformação dúctil.
13.1. c.
13.2. Falha Inversa. Formou-se em ambiente compressivo, em que o teto sobe em relação ao muro.

Página 147
RESOLVENDO…
14.1. 1 – B; 2 – C; 3 – B; 4 – A; 5 – C.
14.2. A camada B foi erodida, nessa região, ou, em alternativa, pode nunca ter existido no setor oeste.
14.3. Falha inversa.
14.4. A falha inversa deslocou camadas mais antigas para cima de camadas mais recentes.
15.1. Permitem estudar os paleoambientes e datar as formações rochosas em que estão presentes, correspondendo a importantes vestígios da dinâmica e evolução da vida no planeta Terra.
15.2. d.
15.3. b.

Página 148
RESOLVENDO…
15.4. 1 – B; 2 – C; 3 – A; 4 – A.
16.1. Aluviões.
16.2. b.
16.3. São ambas normais ou distensivas.
16.4. a. Existência de concha calcária bem desenvolvida e espessa.
b. Viviam em mares tépidos e pouco profundos.
Página 149
RESOLVENDO…
17.1. A – granito; B – diorito; C – gabro.
17.2. Com base na composição: os granitos apresentam elevadas quantidades de sílica e reduzidas quantidades de ferro e magnésio, enquanto que o gabro
apresenta um menor teor de sílica e maior teor de ferro e magnésio. O diorito apresenta teores intermédios entre o granito e o basalto. Tendo em conta que
as rochas apresentam grão grosseiro, temos que selecionar as rochas plutónicas.
17.3. O silício e o oxigénio são os elementos mais abundantes e são os principais elementos presentes nos silicatos.
17.4. C – pois é a que apresenta maior teor de elementos densos como o ferro e o magnésio.
18.1. Presença de fósseis de Trilobites.
18.2. Rochas metamórficas.
18.3. Resultam do metamorfismo provocado pela intrusão granítica nas rochas encaixantes após a sua instalação, cortando todas as estruturas.
18.4. Trata-se de um sinclinal, em que os estratos localizados no núcleo da dobra são os mais recentes.
18.5. Auréola de metamorfismo de contacto.
18.6. Calcários e arenitos ricos em quartzo.

Página 150
RESOLVENDO…
19.1. R – argilito; S – ardósia; T – filito; U – micaxisto; V – gnaisse; X – migmatito; Z – granito.
19.2. Minerais indicadores.
19.3. Calor, pressão e fluidos químicos circulantes.
19.4. Os dois minerais são polimorfos, apresentando igual composição química, mas diferente disposição dos seus átomos, de acordo com as condições de pressão e temperatura em que se origi-
naram.
19.5. Resulta da ação de pressões dirigidas (não litostática) que induzem o alinhamento preferencial dos minerais ao longo de planos aproximadamente paralelos.
19.6. As rochas metamórficas formam-se em condições de pressão e temperatura elevadas, em profundidade correspondente à crusta profunda, enquanto que as rochas sedimentares se formam
essencialmente por ação dos agentes de geodinâmica externa.
20.1. É próximo dos limites de placas que as forças tectónicas são mais intensas, originando, assim, uma deformação mais intensa.
20.2. A – 4; B – 6; C – 1; D – 5.
20.3. Falha transformante (desligamento).

Página 151
RESOLVENDO…
21.1. a. A – divergente (construtivo).
b. B – convergente (destrutivo).
c. C – t ransformante (conservativo).
21.2. a. D – oceânica – oceânica.
b. E – oceânica – continental.
c. F – continental – continental.
21.3. a. L; b. J; c. G; d. M.; e. H; f. I.

Página 152
TRANSPARÊNCIA N.° 1 – INTRODUÇÃO
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

OBJETIVOS DIDÁTICOS
Identificar recursos geológicos e respetivas aplicabilidades numa perspetiva Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTS&A).
Desenvolver atitudes de valorização do património geológico (memória da Terra).
SUGESTÃO METODOLÓGICA
O programa oficial aponta para a lecionação de 8 aulas para a abordagem da exploração sustentada dos recursos geológicos.
• PLANIFICAÇÃO A MÉDIO PRAZO
Manual Interativo – Versão do Professor
• PLANIFICAÇÃO A CURTO PRAZO
Manual Interativo – Versão do Professor

EM ANOS ANTERIORES…
O estudo do uso sustentável dos recursos geológicos inicia-se no 3.o Ciclo do Ensino Básico, aquando do estudo do tema SUSTENTABILIDADE NA TERRA, em que se estudam as perturbações no equi-
líbrio dos ecossistemas. Ainda neste tema dá-se um especial destaque à gestão sustentável dos recursos: recursos naturais (utilização e consequências), proteção e conservação da natureza, custos,
benefícios e riscos das inovações científicas e tecnológicas.
No 10.o ano da disciplina de Biologia e Geologia é abordada a temática da “Terra, um planeta único a proteger”.
APRESENTAÇÃO EM POWERPOINT
Manual Interativo – Versão do Professor
Página 153
COMPETÊNCIAS PROCEDIMENTAIS
Planear e realizar pequenas investigações teoricamente enquadradas.
Usar fontes bibliográficas de forma autónoma – pesquisando, organizando e tratando informação.
Utilizar diferentes formas de comunicação, oral e escrita.
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Desenvolver atitudes e valores inerentes ao trabalho individual e cooperativo.
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
A maioria das competências do programa de Geologia do 11.o ano são transversais aos três capítulos.
Sugerimos a realização da atividade de pesquisa de modo a permitir aos alunos perspetivar a importância das Ciências da Terra nas sociedades modernas. Os alunos podem consultar os seguintes
sítios com informação atual, nomeadamente o sítio do INETI (http://e-geo.ineti.pt/divulgacao/dossiers/default.htm) que possui diversos dossiers temáticos com informação nacional.
Como alternativa, podem ainda ser implementadas as seguintes atividades:
• Visita a instalações de produção de energia e a empresas industriais de fabrico de cimento, vidro e cerâmica.
• Visitas a minas e/ou pedreiras em laboração e a museus ou parques mineiros recuperados, como os do Lousal e da Cova dos Mouros (Alentejo).
Nota: as visitas a pedreiras, quer estejam abandonadas quer estejam em laboração, devem ser preparadas cuidadosamente em termos de segurança.

Página 154
ENFATIZAR…
O conceito de recurso renovável e de recurso não renovável e a necessidade de uma exploração equilibrada dos recursos geológicos, dado o seu caráter limitado e finito.
TRANSPARÊNCIA N.° 15 – INTRODUÇÃO
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 155
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Compreender o conceito de recurso renovável e recurso não renovável.
ENFATIZAR…
O conceito de recurso renovável e de recurso não renovável e a necessidade de uma exploração equilibrada dos recursos geológicos, dado o seu caráter limitado e finito.
APROFUNDANDO…
Embora seja comum, mesmo em livros de referência da área da Geologia, mencionar a existência de diversas formas de energia (por exemplo, energia eólica, solar, geotérmica), na realidade existem
apenas duas formas de energia: potencial e cinética. Os alunos estudam este conceito de energia na disciplina de Físico-Química, pelo que se pode referir o conceito de fontes de energia quando
abordamos os recursos energéticos.

Página 157
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Análise de dados estatísticos relativos à exploração e valor económico de matérias-primas minerais, assim como de recursos energéticos.
RESOLVENDO…
1. Combustíveis fósseis, principalmente o petróleo.
2. São fontes de energia renováveis pois a taxa de consumo é inferior à capacidade natural de se renovarem. A energia hidroelétrica e eólica são dependentes dos ciclos climáticos, que estão sempre
ativos no planeta e que não se esgotam. A energia geotérmica deriva do calor armazenado nas camadas profundas da Terra, constituindo uma fonte praticamente inesgotável.
3. A produção atual de energia está muito dependente dos combustíveis fósseis, onde as energias renováveis e a nuclear constituem apenas uma pequena fração da elevada quantidade de energia
atualmente consumida.
4. Uso industrial e comercial/doméstico.
5. Os combustíveis fósseis resultaram da diagénese de depósitos sedimentares de origem biogénica. Toda a matéria biológica presente nos ecossistemas está associada, direta ou indiretamente,
aos processos bioquímicos que ocorrem nos organismos produtores, principalmente os que recorrem à fotossíntese. Assim, os processos fotossintéticos que ocorreram no passado permitiram
o armazenamento de energia em matéria que é atualmente usada como combustível para produzir energia.
6. Uma elevada percentagem de energia (49%) não é aproveitada. A melhoria na eficiência energética ao nível da produção, transporte e uso permitirá reduzir significativamente o consumo de
fontes de energia, principalmente os combustíveis fósseis.

Página 158
ENFATIZAR…
A importância de alguns recursos geológicos como matérias-primas (construção e indústria) e como fontes de energia.
Página 159
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Análise de dados estatísticos relativos à exploração e valor económico de matérias-primas minerais, assim como de recursos energéticos.
ENFATIZAR…
A relação entre a excessiva utilização de alguns recursos e as alterações dos ecossistemas e provavelmente do clima.
A importância de alguns recursos geológicos como matérias-primas (construção e indústria) e como fontes de energia.

Página 160
ENFATIZAR…
A importância de alguns recursos geológicos como matérias-primas (construção e indústria) e como fontes de energia.
EVITAR…
Um tratamento exaustivo do estudo da energia nuclear.
TRANSPARÊNCIA N.° 16 – FONTES DE ENERGIA
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 161
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
RESOLVENDO…
1. Energia hídrica.
2. A energia fotovoltaica tem uma expressão reduzida em Portugal, com exceção do ano de 2005. A energia eólica é a que tem sofrido maiores incrementos ao nível da produção, seguida da
biomassa.
3. Energia hídrica.
4. A produção de energia hídrica está dependente da precipitação, que sofre variações significativas ao longo do tempo, com destaque para o ano de 2005, em que a produção de energia a partir
dos recursos hídricos foi reduzida, e o ano de 2003, em que se registaram elevadas taxas de precipitação que se refletiram numa maior produção de energia hídrica.
5. Em 1999 foram produzidos aproximadamente 9 TWh de energia enquanto que em 2007 foram produzidos 19,5 TWh. Assim, a produção aumentou 2,15 vezes no período considerado.
6. a. Permite reduzir a nossa independência energética relativamente aos países produtores de combustíveis fósseis.
b. As energias referidas, com exceção da biomassa, não libertam gases com efeito de estufa, pelo que permitem, assim, reduzir as emissões nacionais destes gases.
c. P ermitem o aproveitamento de recursos disponíveis ao nível nacional e regional, com retorno económico e criação de riqueza (empregos, impostos, comissões, etc.).
7. Embora a produção de energia a partir da combustão da biomassa liberte gases com efeito de estufa, como se trata de um recurso renovável, ocorre novamente a fixação do carbono para formar
nova biomassa nos ecossistemas. A decomposição natural da biomassa também liberta os gases com efeito de estufa, sem, contudo, se aproveitar a energia que se gera durante a decomposição.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Análise de dados estatísticos relativos à exploração e valor económico de matérias-primas minerais, assim como de recursos energéticos.

Página 162
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
TRANSPARÊNCIA N.° 16 – FONTES DE ENERGIA
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

APROFUNDANDO…
O forno solar parabólico espelhado que aparece na figura 11 E permite otimizar a concentração de radiação solar no centro, maximizando o aproveitamento energético para cozinhar. A sua eficiência
é semelhante à de um fogão convencional, embora implique um constante redirecionamento ao longo do dia e possa ser responsável por algumas queimaduras e encadeamento para o utilizador.
Apesar das desvantagens tem-se revelado útil, principalmente nas regiões remotas.

Página 163
COMPETÊNCIAS PROCEDIMENTAIS
Testar e validar ideias.
Planear e realizar pequenas investigações teoricamente enquadradas.
RESOLVENDO…
1. O material refletor que compõe as tampas e o interior das caixas permite concentrar a radiação solar no centro da caixa. O fundo preto absorve o calor e a tampa de vidro cria um efeito de estufa,
permitindo elevar as temperaturas no interior da montagem e cozinhar os alimentos ou aquecer água.
Página 163 (cont.)
RESOLVENDO…
2. O uso do forno solar permite reduzir o consumo de madeira, combatendo a desflorestação e o movimento das populações à procura de recursos, pois, devido
às boas condições de insolação, poderiam usar o forno solar nas proximidades das suas habitações.
3. As principais desvantagens prendem-se com o tempo que demora a aquecer e a cozer os alimentos e a necessidade de radiação solar, o que reduz o seu uso
em períodos de menor radiação (inverno, nebulosidade e período noturno). As vantagens associam-se à sua fácil construção, fiabilidade, possibilidade de ser
transportado e usado, por exemplo, nos piqueniques, e à ausência de custos em combustível na preparação dos alimentos.
4. A resposta depende das condições testadas durante a atividade experimental.
APROFUNDANDO…
A tampa da caixa revestida com material refletor permite concentrar a radiação solar no centro da caixa. O fundo preto absorve a radiação e emite radiação infravermelha que não atravessa o vidro
ou o plástico, criando, assim, um efeito de estufa que permite a elevação da temperatura.
Em alguns fornos é possível atingir temperaturas na ordem dos 150 ºC, o que permite cozer ou assar a maioria dos alimentos.

Página 164
ENFATIZAR…
A importância de alguns recursos geológicos como matérias-primas (construção e indústria) e como fontes de energia.
TRANSPARÊNCIA N.° 16 – FONTES DE ENERGIA
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

SUGESTÃO METODOLÓGICA
Consideramos importante que os professores aproveitem a abordagem das diversas fontes de energia para relembrar aos alunos a dinâmica dos subsistemas terrestres, os fluxos e a conversão de ener-
gia. Este ponto é importante para os alunos adquirirem uma perspetiva global e holística dos assuntos da Geologia e Biologia (aquando do estudo da biomassa e dos combustíveis fósseis, por exemplo).

Página 165
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
RESOLVENDO…
1. O calor presente na crusta terrestre é aproveitado para aquecer água que pode ser usada à superfície para produzir energia ou aquecimento.
2. Na estratégia A ocorre o aquecimento de um fluido que circula num circuito fechado, enquanto que em B ocorre a injeção de água fria por um furo e o bombeamento de água quente por um
outro furo.
3. a. Necessita de investimentos avultados na prospeção e está dependente do gradiente geotérmico regional, o que pode reduzir a sua potencialidade económica.
b. Os impactes ambientais prendem-se com o uso de água e com a extração profunda de água quente que pode ter elevadas quantidades de substâncias dissolvidas, sendo necessário monitorizar
com cuidado os impactes ambientais.
4. Os Açores são a região de Portugal com maior grau geotérmico, pois localizam-se na crusta oceânica, perto de um rifte e com vulcanismo ativo, principalmente o vulcanismo atenuado (secundário).
5. Porque corresponde a uma fonte de energia inesgotável, dependente do calor interno da Terra, que se continua a gerar a taxas elevadas, por fenómenos de decaimento radioativo.

Página 166
ENFATIZAR…
A importância de alguns recursos geológicos como matérias-primas (construção e indústria) e como fontes de energia.
TRANSPARÊNCIA N.° 16 – FONTES DE ENERGIA
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 167
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Análise de dados estatísticos relativos à exploração e valor económico de matérias-primas minerais, assim como de recursos energéticos.
Aconselha-se a consulta, entre outras, das seguintes publicações do IGM (Instituto Geológico e Mineiro): Recursos geotérmicos em Portugal Continental, 1998; Exploration and Mining, 2000;
Ornamental Stones, 1997; Indústria Extrativa em diferentes regiões de Portugal, 2000.

Página 168
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Visita de estudo a uma central de produção de energia a partir da biomassa. Destacamos a Central Termoelétrica de Mortágua, a primeira a ser construída em Portugal (1999) e que ainda se encon-
tra ativa. Localiza-se no centro do país, na proximidade da barragem da Aguieira, no rio Mondego. Está instalada numa região densamente florestada que produz elevada quantidade de resíduos
orgânicos usados para produzir energia. Anualmente processa aproximadamente 80 000 toneladas de biomassa. A potência instalada permite, em média, atingir 60 GWh por ano, suficiente para
garantir energia a uma população de 35 000 habitantes.
Página 168 (cont.)
APROFUNDANDO…
A biomassa que não é queimada como combustível pode ser usada na:
• compostagem – produção de solo e fertilizantes a partir dos resíduos sólidos;
• digestão anaeróbia – degradação da biomassa para produzir gás metano e lamas que são usadas como fertilizantes;
• fermentação e destilação – produção de etanol que pode ser usado como combustível.
Alguns procedimentos são quimicamente complexos e necessitam de instalações modernas, em que, por processos físico-químicos, os diferentes compostos podem
ser convertidos em substâncias com interesse económico.
A biomassa também pode ser usada na produção de plásticos e papel biodegradáveis usando as fibras de celulose.

Página 169
COMPETÊNCIAS ATITUDINAIS
Aceitar que muitos problemas podem ser abordados e explicados a partir de diferentes pontos de vista.
Assumir atitudes de rigor e flexibilidade face a novas ideias.
Ver na investigação científica uma via importante que pode contribuir para a resolução de muitos problemas.
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Relacionar a excessiva utilização de alguns recursos e as alterações dos ecossistemas e provavelmente do clima.
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
RESOLVENDO…
1. No Ártico ocorre todos os verões o degelo da camada de gelo que se encontra sob a água, enquanto que na Antártida parte do gelo que está sob o oceano também pode derreter durante o verão
no hemisfério sul, mas, como se trata de um continente, a maioria do gelo está sob a superfície, não sofrendo um degelo tão intenso e óbvio como no Oceano Ártico.
2. Aumento do nível médio da água do mar.
3. A redução da superfície coberta por neve e gelo, com aumento da área exposta dos oceanos aumenta as taxas de absorção da radiação luminosa (menor reflexão), potenciando o aquecimento
global e o aumento do degelo, numa cadeia de acontecimentos em espiral.
4. A redução do consumo de combustíveis fósseis e a melhoria da eficiência e necessidades energéticas permitiriam reduzir a queima das energias fósseis e assim minimizar a emissão de gases com
efeito estufa que estão associados ao aumento da temperatura média global.
5. Os avanços científicos muitas vezes dependem do desenvolvimento da tecnologia, como, por exemplo, os satélites, que necessitam de elevados investimentos por parte da sociedade e de um
conjunto de conhecimentos científicos capazes de analisar e interpretar os dados, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico.

Página 170
ENFATIZAR…
O conceito de recurso renovável e de recurso não renovável e a necessidade de uma exploração equilibrada dos recursos geológicos, dado o seu caráter limitado e finito.
A importância de alguns recursos geológicos como matérias-primas (construção e indústria) e como fontes de energia.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Visitas a minas e/ou pedreiras em laboração e a museus ou parques mineiros recuperados, como os do Lousal e da Cova dos Mouros (Alentejo).
Nota: as visitas a pedreiras, quer estejam abandonadas quer estejam em laboração, devem ser preparadas cuidadosamente em termos de segurança.

TRANSPARÊNCIA N.° 17 – RECURSOS MINERAIS


Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 171
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Compreender a necessidade de uma exploração equilibrada dos recursos geológicos, dado o seu caráter limitado e finito.
APROFUNDANDO…
Embora os depósitos de metais sejam abundantes em Portugal, principalmente os do ferro, volfrâmio, sulfuretos, cobre e estanho, eles não totalizam mais do que 5% das reservas mundiais, pelo
que não foram incluídos no gráfico.
No entanto, constituem importantes depósitos com valor estratégico para o nosso país.

Página 172
COMPETÊNCIA ATITUDINAL
Ver na investigação científica uma via importante que pode contribuir para a resolução de muitos problemas.
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
Página 172 (cont.)
RESOLVENDO…
1. O fósforo e o alumínio são os elementos que, em média, consumimos em maiores quantidades, enquanto que o gálio e a platina são os elementos consumidos
em menores quantidades.
2. a. Alumínio, platina e fósforo.
b. Índio, prata e antimónio.
3. Os dados indicam que, se toda a população mundial consumisse com a mesma intensidade dos EUA, as reservas esgotar-se-iam mais rapidamente, indicando
que os EUA são um dos principais consumidores de matéria-prima per capita.
4. Urânio, fósforo, platina, gálio e índio.
5. A redução do consumo e a reciclagem permitem aumentar a viabilidade das reservas atuais, garantindo o seu fornecimento por mais tempo.
6. O esgotamento das reservas implica uma mudança do estilo de vida, pois muitos dos produtos que atualmente consumimos dependem de elementos cujas
reservas estão a esgotar-se. O desenvolvimento tecnológico poderá permitir o uso de novos compostos com as mesmas aplicações dos elementos raros.

Página 173
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Compreender a necessidade de uma exploração equilibrada dos recursos geológicos, dado o seu caráter limitado e finito.
ENFATIZAR…
O conceito de recurso renovável e de recurso não renovável e a necessidade de uma exploração equilibrada dos recursos geológicos, dado o seu caráter limitado e finito.
A importância de alguns recursos geológicos como matérias-primas (construção e indústria) e como fontes de energia.
TRANSPARÊNCIA N.° 17 – RECURSOS MINERAIS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 174
RESOLVENDO…
1. a. Permite aumentar o tempo de duração expectável para as reservas, garantido a existência de recursos para as gerações futuras.
b. O desenvolvimento tecnológico permite desenvolver procedimentos que visem otimizar os processos de reciclagem.
c. Q uanto maiores forem as quantidades de material reciclado, menor é a produção de resíduos, diminuindo, assim, a pressão sobre os sistemas de tratamento e armazenamento dos resíduos.
2. A reciclagem pode implicar o consumo de elevadas quantidades de energia e matérias-primas que tornam o processo ambientalmente desfavorável, quando comparado com a extração do
minério.
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Relacionar a excessiva utilização de alguns recursos e as alterações dos ecossistemas e provavelmente do clima.
COMPETÊNCIAS ATITUDINAIS
Assumir atitudes de rigor e flexibilidade face a novas ideias.
Ver na investigação científica uma via importante que pode contribuir para a resolução de muitos problemas.

Página 175
ENFATIZAR…
O conceito de recurso renovável e de recurso não renovável e a necessidade de uma exploração equilibrada dos recursos geológicos, dado o seu caráter limitado e finito.
A importância de alguns recursos geológicos como matérias-primas (construção e indústria) e como fontes de energia.
TRANSPARÊNCIA N.° 17 – RECURSOS MINERAIS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 176
ENFATIZAR…
A importância de alguns recursos geológicos como matérias-primas (construção e indústria) e como fontes de energia.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Visita a empresas industriais de fabrico de cimento, de vidro e de cerâmica.
Quando retiradas do seu meio natural, as rochas, como muitas das utilizadas nos monumentos portugueses (granitos, calcários, mármores, basaltos e brechas, entre outras), apresentam pro-
blemas complexos de degradação. Depois de diagnosticados e estudados, é possível um conjunto de intervenções no sentido da conservação, restauro e proteção que constituem o nosso vasto
e rico património arquitectónico. Sugere-se, assim, a consulta e análise de textos e imagens da obra, Aires-Barros, L. (2001). As rochas dos monumentos portugueses, tipologias e patologias.
Lisboa: IPPAR.
Página 177
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Compreender a necessidade de uma exploração equilibrada dos recursos geológicos, dado o seu caráter limitado e finito.
ENFATIZAR…
Os problemas associados às disponibilidades e necessidades de água e, em particular, a sobre-exploração de águas subterrâneas.

Página 178
COMPETÊNCIAS PROCEDIMENTAIS
Testar e validar ideias.
Planear e realizar pequenas investigações teoricamente enquadradas.
RESOLVENDO…
1. Caso o material não esteja bem compactado, as diferenças não se devem às diferentes propriedades do material, mas a problemas na montagem experimental. Geralmente, os materiais encon-
tram-se bem compactados no campo devido ao peso das camadas superiores.
2. A resposta depende das amostras testadas, mas corresponde à situação em que foi adicionada maior quantidade de água até atingir o topo da camada de material na proveta.
3. A resposta depende das amostras testadas, mas corresponde à situação onde a maior quantidade de água atravessou mais rapidamente o material rochoso.
4. Geralmente uma parte da água permanece retida no material rochoso, mesmo nas amostras mais permeáveis, encontrando-se nas interfaces entre os grãos.
5. A resposta depende das amostras testadas, mas corresponde à amostra que for mais porosa e simultaneamente mais permeável, permitindo um maior fluxo de água, essencial para constituir
um bom aquífero.

Página 179
TRANSPARÊNCIA N.° 18 – ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 180
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
RESOLVENDO…
1. A secção A tem um teor de água inferior ao da secção B.
2. Devido à deslocação da água sob o efeito da gravidade, esta preenche todos os poros das camadas permeáveis mais profundas (B), enquanto que nas camadas superficiais os poros também se
encontram preenchidos com ar e a água distribuiu-se pela superfície dos grãos.
3. A – zona de aeração; B – zona de saturação.
4. Porque os poros não se encontram totalmente preenchidos com água, o que permite a circulação de gases.
5. Durante o período de seca, o nível freático baixa significativamente, aumentando a zona de aeração e reduzindo a zona de saturação.
6. a. O nível hidrostático deverá ser desenhado mais próximo da superfície de modo a aumentar a zona de saturação e a reduzir a zona de aeração.
b. As plantas necessitam da zona de aeração para fixar as suas raízes e realizarem as trocas gasosas, pelo que numa situação de precipitação intensa e prolongada podem ser bastante afetadas.
Os cursos de água, como estão em equilíbrio dinâmico com os aquíferos, verão o escoamento superficial de água aumentar.

Página 181
ENFATIZAR…
Os problemas associados às disponibilidades e necessidades de água e, em particular, a sobre-exploração de águas subterrâneas.
APROFUNDANDO…
É frequente, aquando do estudo dos aquíferos, abordar o conceito de superfície piezométrica. Esta corresponde ao nível a que a água se encontra à pressão atmosférica. Nos aquíferos livres coincide
com o nível hidrostático ou freático.
Nos aquíferos cativos, coincide aproximadamente ao nível freático na região de recarga.
TRANSPARÊNCIA N.° 18 – ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 182
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Análise da informação contida em rótulos de águas engarrafadas, localizando as águas em termos geográficos e geológicos. Realização de provas gustativas e testes simples de análise da dureza
e da condutividade elétrica das várias amostras de águas engarrafadas, relacionando as suas características com o contexto geológico. Sugere-se a consulta de: Gassiot, X. (2002). Analisis y cata de
aguas. Enseñanza de las Ciências de la Tierra, 10.1, 47-51.
Página 183
COMPETÊNCIA PROCEDIMENTAL
Observar e interpretar dados.
RESOLVENDO…
1. a. Douro.
b. Cávado/Leça/Ave/Sado/Mira.
2. A região do Minho/Lima apresenta um menor risco de poluição dos recursos subterrâneos, enquanto que a região do Sado/Mira apresenta um menor risco de poluição dos recursos hídricos
superficiais.
3. Os recursos hídricos superficiais têm maior probabilidade de ser poluídos, revelado pela maior percentagem de recursos em risco ou em dúvida. Todavia, os recursos subterrâneos também são
sensíveis – alguns apresentam um risco elevado, como, por exemplo, na região do Cávado/Leça/Ave.
4. Como muitos dos recursos estão em risco é necessário acompanhar a sua evolução de forma a garantir que a poluição não coloque em risco outros recursos subterrâneos. A dúvida existente
relativamente a muitos dos recursos implica o seu acompanhamento para esclarecer a situação real e o risco de poluição, obtendo novas informações essenciais para aferir o risco ambiental de
poluição.
ENFATIZAR…
O conceito de recurso renovável e de recurso não renovável e a necessidade de uma exploração equilibrada dos recursos geológicos, dado o seu caráter limitado e finito.

Página 184
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Relacionar a excessiva utilização de alguns recursos e as alterações dos ecossistemas e provavelmente do clima.
ENFATIZAR…
O conceito de recurso renovável e de recurso não renovável e a necessidade de uma exploração equilibrada dos recursos geológicos, dado o seu caráter limitado e finito.
Os problemas associados às disponibilidades e necessidades de água e, em particular, a sobre-exploração de águas subterrâneas.

Página 185
COMPETÊNCIA CONCEPTUAL
Relacionar a excessiva utilização de alguns recursos e as alterações dos ecossistemas e provavelmente do clima.
ENFATIZAR…
Os problemas associados às disponibilidades e necessidades de água e, em particular, a sobre-exploração de águas subterrâneas.

Página 186
ENFATIZAR…
Os problemas associados às disponibilidades e necessidades de água e, em particular, a sobre-exploração de águas subterrâneas.
TRANSPARÊNCIA N.° 19 – EXPLORAÇÃO SUSTENTADA DE RECURSOS
Guia do Professor e Manual Interativo – Versão do Professor

Página 187
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Os alunos poderão apresentar a informação resumida numa forma esquemática, recorrendo, para tal, a um mapa de conceitos. Deverão usar todas as palavras-chave definidas no programa, inter-
ligando os conceitos.
Os mapas de conceitos apresentados pelos alunos podem ser comparados com os mapas de conceitos presentes no Guia do Professor e no Manual Interativo – Versão do Professor.
MAPA DE CONCEITOS
Manual Interativo – Versão do Professor

TESTE DE AVALIAÇÃO
Manual Interativo – Versão do Professor

APRESENTAÇÃO EM POWERPOINT
Manual Interativo – Versão do Professor

Página 188
RESOLVENDO…
1.1. P oluição do solo, das águas, do ar ou degradação da paisagem.
1.2. 1 – C; 2 – A; 3 – B.
Página 188 (cont.)
RESOLVENDO…
2.1. Lenha.
2.2. M
 aior rentabilidade dos combustíveis fósseis ou crescente preocupação ambiental de combate à desflorestação.
2.3. Energia geotérmica.
2.4. a.
3. a.
4. Acumulação de estéreis, poluição do ar, das águas, dos solos ou degradação da paisagem.

Página 189
RESOLVENDO…
5.1. Temperatura do fluido geotérmico (“80 °C à cabeça dos poços”) ou as aplicações atuais e/ou potenciais deste recurso energético (“termalismo, aquecimento e aplicações agrícolas”).
5.2. A expressão fluido geotérmico significa vapor de água ou água aquecida pelo calor interno da Terra. Aquífero cativo significa formação geológica que armazena e fornece água e que se encontra
limitada, superior e inferiormente, por rochas impermeáveis.
5.3. A s formações geológicas mencionadas são permeáveis e porosas.
5.4. a.
5.5. Produção de energia elétrica.
6.1. O poço está localizado próximo da fossa; os efluentes não são tratados; a localização numa rocha permeável (arenito) e em contacto com um calcário carsificado onde as águas contaminadas
se espalham facilmente.
6.2. A quífero livre.
6.3. E xistência de um substrato impermeável entre os 20 e os 40 metros de profundidade.

Você também pode gostar