Como compreende a acusação de que o budismo é niilista
ao projetar um além nunca alcançável ao homem?
O autor toma como absurda tal acusação
O que seria dizer que o budismo é niilista a isto? Seria o mesmo que afirmar que o budismo é averso a ideais utópicos, em questão, a ideia de um paraíso abstrato a mente humana. O autor indica que o budismo zen tem propostas diferentes da proposição, isso é. não seria niilista, mas sim observa de uma maneira diferente a ideia do vazio. Opinião pessoal: O caminho não é sobre se encontrar, mas aprender a se renegar e encontrar a si.
A recusa de uma “palavra supérflua sobre Deus”, que
explica o fato de se calar sobre Ele, aproxima o budismo da filosofia de Wittgenstein, com as categorias do silêncio e do inefável? Segundo o autor, o budismo é diferente das religiões que usam continuamente a linguagem mística para tratar daquilo que é inalcançável, cita algumas formas da interpretação de deus, que apesar de existir, não está e quando está não existe no meio. O Budismo é mal tomado como uma religião ateia por escapar dessas tentativas vagas de expressar aquilo que é inalcançável. Fazendo isso é possível escapar de más interpretações e questionamentos sobre deus. Calar-se sobre ele é mais sábio, já que o importante seria conseguirmos negar o inalcançável para que enfim consigamos alcançar.
O que o Ocidente pode aprender com a compreensão
budista do caminho que “vai do eu ao si mesmo”? Como essa passagem pode tornar o sujeito pós-moderno menos orgulhoso e arrogante, menos preso ao desejo e, por conseguinte, ao sofrimento?
A priori, o mais importante a se aprender seria o desapego. Tendo em vista que o eu e
o si mesmo são distintos no budismo. O autor explica que o si mesmo é uma versão despojada de apego do eu, agora livre e iluminado. Com a compreensão do si mesmo, o ser agora livre de ego consegue se livrar do mau pela raíz, já que (como citado pelo autor) este nasce no apego pelas coisas da vida. De que forma a inversão do cartesianismo promovida por Thomas Merton (existo, logo penso) pode inspirar um novo posicionamento do sujeito em relação à forma como lida com sua espiritualidade e racionalidade? O caminho essencial vai do ser ao pensar e não o contrário Faustino indica os ideais propostos por nishida, ressaltando sua influência nas obras de Thomas Merton. Ressalta um pouco sobre as distinções dos pensamentos do zen budista e Thomas Merton. Indica que apesar das divergências, é notável que insinua um apreço pela inversão do cartesianismo, sendo a consciência pura alcançada através da relação com a realidade. Logo, para se ter consciência, é preciso existir. Em resposta à pergunta, é possível interpretar que a relação com a natureza e o real é fator primordial para despertar noção de existência, essa a qual engaja o despertar filosófico, o que provoca interpretações sobre espiritualidade e racionalidade. Interpretação própria: Ao inverter o cartesianismo e interpretar a realidade no sentido “existo, logo penso", observar a realidade ao seu redor se torna um trabalho mais empático, tendo em vista que tudo aquilo ao seu redor existe, então tudo aquilo ao seu redor é digno de pensamento filosófico e compaixão.