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HIIT | PNEUMOLOGIA - Função Pulmonar 1

FUNÇÃO PULMONAR
Provas de Função Pulmonar

è Introdução
o A prova de função pulmonar pode ser obtida a
partir de diversos exames (espirometria, volumes,
difusão...)
§ Eles tentam objetivar o que na queixa do
paciente é algo subjetivo
o Resultados reprodutíveis
§ Se for realizado 5, 10x, em dias próximos,
sem variação da doença, os mesmos resultados
serão observados. Por isso os exames são
úteis para serem comparados entre si com o
decorrer da doença.
o Diagnóstico, seguimento longitudinal,
estratificação de gravidade predição de
morbidade e mortalidade

è Quando indicar
o Espirometria
§ Investigação de tosse, dispneia crônica e
outros achados clínicos
§ Diagnóstico e seguimento de condições como
o Na imagem abaixo:
asma, DPOC, DPI
§ VEF1  volume expiratório forçado em 1
§ Avaliação pré-operatória de cirurgias
segundo  paciente do exemplo expirou 2.6L
pulmonares ou bariátrica.
de ar no primeiro segundo
§ CVF  capacidade vital  intervalo entre a
o Volumes inspiração máxima e expiração máxima
§ Confirmação/exclusão de distúrbio
ventilatório restritivo e hiperinsuflação
pulmonar

è ESPIROMETRIA
o Entendendo os mecanismos da respiração
normal

o Interpretando o exame
§ No momento da chegada do paciente, o

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avaliador já tem as seguintes informações § Distúrbio ventilatório obstrutivo


abaixo  são úteis para identificar os valores § Distúrbio ventilatório restritivo
previstos para cada indivíduo § Distúrbio ventilatório inespecífico
• Sexo § Distúrbio ventilatório misto/combinado
• Idade
• Estatura
• Cor Distúrbios Ventilatórios Obstrutivos
o Os volumes pulmonares previstos
para cada idade são diferentes, nós o VEF1/CVF reduzida  por redução importante
ganhamos volume pulmonar até os 20- do VEF1
25 anos e depois começamos a perder § VEF1 reduzida, CVF normal
gradativamente.

§ LIN  limite inferior de normalidade


• Pré-BD  pré-broncodilatador
§ Pós-BD  pós-broncodilatador
§ Valores de normalidade
• VEF1  acima do LIN (ou > 80% do
previsto)
• CVF  acima do LIN (ou > 80% do § VEF1/CVF reduzida  por redução
previsto) importante do VEF1
• VEF1/CVF  acima do LIN (ou > 90% • CVF pode estar reduzida (VEF1% - CVF
do previsto) % ≥ 25 pp)
• VEF1% - CVF % = 73% - 39% = 34%
§ A interpretação da espirometria, do ponto
de vista de normalidade ou de presença de
distúrbios ventilatórios, se dá no momento
pré-broncodilatador

§ Gravidade do distúrbio obstrutivo


o O VEF1 é preferível à relação VEF1/
CVF para classificar o distúrbio

o Anormalidade do exame

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OBS: Na avaliação do paciente que já apresenta alguma § Prova broncodilatadora positiva


comorbidade, o raciocínio deve ser diferente. Deve
aplicar a espirometria associada a algum desfecho
relacionado (óbito, exacerbação...). Observe o
exemplo abaixo:

o Típica espirometria da Asma  distúrbio


è PROVA BRONCODILATADORA ventilatório obstrutivo com prova
o PASSO A PASSO: a prova broncodilatadora é broncodilatadora positiva
feita após a primeira fase do exame, em que o § Limitação variável ao fluxo pulmonar
paciente faz a espirometria sem administração de
qualquer medicamento. o Típica espirometria do DPOC distúrbio
ventilatório obstrutivo com prova
§ Administração de 04 jatos de Salbutamol 100 broncodilatadora negativa
mcg § Limitação fixa ao fluxo, mesmo após prova
§ Aguarda 15-20 minutos broncodilatadora
§ Repete a espirometria § Até 40% pode apresentar com prova
broncodilatadora positiva
o Critérios para prova broncodilatadora positiva
§ Variação do CVF com aumento em 200 ml o Como diferenciar asma de DPOC?
ou 7% do valor previsto  ambas as situações § Primeiramente, pela clínica. Em segundo
devem ocorrer concomitantemente lugar, por exames como espirometria, exames
de imagem...
§ Em relação à espirometria, na asma, em
geral, a prova broncodilatadora é “bastante”
positiva (VEF1), ou seja, apresenta grande
variabilidade.
o Aumento > ou igual a 400 ml ou > ou
igual a 15%.

o Exemplo
§ Quando em contexto adequado...
o Definição espirométrica de DPOC
o Exemplo abaixo • VEF1/CVF pós-broncodilatador <
§ Distúrbio ventilatório obstrutivo grave 0,70

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§ Derrame pleural
§ Observe a imagem abaixo: § Doença neuromuscular
§ Obesidade

o Gravidade do distúrbio restritivo

o Exemplo abaixo
§ Distúrbio ventilatório restritivo grave
§ Observe que não há menção aos dados de
prova broncodilatadora no exame
Distúrbios Ventilatórios Restritivos • Tal fato se deve ao fato de que a relação
VEF1/CVF é normal
o VEF1/CVF normal com CVF e VEF1
reduzidos, de forma proporcional.
o Chama-se de restrição quando:
§ CVF ≤ 50%
ou
§ CVF 51-65% com alta probabilidade clínica

o Dúvida diagnóstica?  solicitar volumes


pulmonares  CPT reduzida

Distúrbios Ventilatórios Inespecífico

è Geralmente se enquadram aquelas situações em que


eu não consigo fechar como obstrução:

o VEF1/CVF normal com CVF e VEF1


reduzidos, de forma proporcional
o Doenças restritivas
o Situações nas quais não se consegue estabelecer o
§ Doença pulmonar intersticial  em destaque
diagnóstico com certeza de distúrbio restritivo
aquelas que são fibrogênicas
o Chama-se de inespecífico quando:
§ Doenças de parede torácica
§ CVF > 65%
§ Que inpedem a expansão completa da
ou
caixa torácica, por exemplo as doenças
§ CVF 51-65% com baixa probabilidade clínica
neuromusculares.

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o Fazer volumes pulmonares  avaliar CPT Distúrbios Ventilatórios Mistos


(capacidade pulmonar total), que vai vir com
CPT reduzida. o Critérios para distúrbio ventilatório obstrutivo +
 redução da relação VEF1/CVF
o Critérios para distúrbio ventilatório restritivo +
 redução, não tão proporcional, de VEF1 e de
CVF
o Frequentemente VEF1 % - CVF % < 13pp
o Confirmação da restrição é tida com análise dos
volumes pulmonares (CPT)
è AVALIAÇÃO DA CURVA FLUXO x VOLUME
o Alça inferior  inspiratória
o Alça superior  expiratória

Volumes Pulmonares

o CPT (Capacidade Pulmonar Total)


§ Restrição  Abaixo do LIN ou ≤ 80% do
predito
§ Hiperinsuflação  Acima do LSN ou ≥
120% do predito

o VR (Volume Residual)
§ Aprisionamento aéreo (Acima do LSN ou ≥
130% do predito)
o Comum em pacientes com obstrução,
por vezes o aprisionamento aéreo rouba
espaço da CVF.

o Resistência específica das vias aéreas


§ Aumentado em doenças obstrutivas
§ Reduzido em doenças restritivas

o Na imagem abaixo  diagrama central é o


considerado normal
§ Lado esquerdo  restrição
§ Lado direito  hiperinsuflação

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• Hipertensão pulmonar, tromboembolismo


pulmonar
• Congestão pulmonar
• Síndrome hepato-pulmonar

Questões

1) (SUS – SP – 2021 – R1) Segundo os critérios de


GOLD, a doença pulmonar obstrutiva crônica,
considerada moderada, deve apresentar o volume
expiratório final do primeiro segundo (VEF1):
A- < 80%.
Difusão De Co B- < 50%.
C- > 80%.
o DLCO = Diffusion capacity of the Lung for carbon D- > 50%.
monoxide (CO) E- < 30%.
§ Avalia a dificuldade ou facilidade na passagem
do monóxido de carbono de dentro do alvéolo
2) (HSL 2021 – R3) A capacidade pulmonar de
para o sangue, que passa através da membrana
difusão de CO é caracteristicamente normal em
alvéolo-capilar, ou seja, esse exame serve
pacientes com:
para vermos a permeabilidade da membrana
A- enfisema.
alvéolo-capilar para outros gases.
B- fibrose pulmonar idiopática.
§ Corrigida para Hb, COHb, altitude
C- tromboembolismo pulmonar crônico.
§ Aumentada  acima do LSN ou >140%
D- asma.
• Hemorragia alveolar
E- sarcoidose pulmonar.
• Asma (5%)
• Obesidade
• Shunt E->D (intracardíaco)
Gabarito
• Exercício realizado logo antes do teste
1) A
§ Normal  entre o LIN e LSN ou entre ≥
2) D
75% e ≤ 140%
• Asma (95%)
• Hígidos

§ Reduzida  abaixo do LIN ou <75%


• Enfisema
• Doença pulmonar intersticial
• Doença cística pulmonar
• Bronquiolites e bronquiectasias
• Pneumoconioses

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