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Espirometria

ESPIROMETRIA Volumes e fluxos aéreos

PROVA DE
FUNÇÃO Capacidade Vital
CV

PULMONAR
Volume expirado no 1º segundo
VEF1

Indicações Contra Indicações


1. Avaliação da função pulmonar 1. Afecções agudas que afetem a realização
1. Fumante > 45 anos da manobra
2. Presença de sinais ou sintomas
3. Exposição a irritantes pulmonares e drogas tóxicas
2. Hemoptíase
para o pulmão 3. Pneumotórax
2. Avaliação pré operatória 4. Cirurgia abdominal, torácica e
3. Avaliação e manuseio de pacientes com doença oftalmológica recente
pulmonar, cardíaca ou neuromuscular
5. IAM recente
4. Prova broncodilatadora, Prova Bronco reativa,
Avaliação de BEI 6. Aneurisma vascular torácico

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TÉCNICA PRINCIPAIS TERMOS E DEFINIÇÕES

Sentado
Nose clip • VEF1 ou FEV1 (L) = volume expirado forçado no 1º segundo
3 manobras similares – máximo de 8 • CVF ou FVC (L) = capacidade vital forçada
tentativas • VEF1/CVF ou FEV1/FVC (%) = percentual da CVF que pode
Inspiração máxima e expiração máxima ser expirada no 1º segundo
forçada • FEF25-75 (L/s) = fluxo médio expiratório forçado
• TFEF ou FMFT (s) = tempo expiratório forçado do FEF 25-75
Temperatura ambiente: 17 a 40º C • PEF (L/s) = pico do fluxo expiratório forçado
Não fumar até 2 h antes.
Não tomar café até 6 h antes
Observar uso de medicações

Curva fluxo-volume
Análise
PEF

Valores obtidos
Percentual do teoricamente previsto para
sexo, idade, raça e altura

Curva fluxo-volume Curva volume-tempo

CVF

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Critérios da ATS
Curva volume-tempo

Ausência de artefatos pela tosse, fechamento


precoce da glote, escape do equipamento
“start” satisfatório
Expiração forçada > 6 s e/ou
com platô de 1 s na curva volume-tempo.
CV 3 manobras similares
Variação entre as manobras < 0,2 L (200 mL)

VEF1

Critérios da ATS INTERPRETAÇÃO

Considerar os maiores valores para


CVF e VEF1, mesmo que de diferentes Valores obtidos x Valores previstos
manobras
Demais parâmetros: considerar a
melhor curva (que é a de maior soma
da CVF e VEF1) Análise morfológica das curvas

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NORMAL OBSTRUÇÃO

•VEF 1 reduzido – desproporcionalmente


reduzido em relação a CVF
1.CVF > 80% do previsto
•VEF1/CVF < 70% (< 80% para crianças
2.VEF1 > 70 a 80% do previsto e adultos jovens)
3.VEF1/CVF > 70% a 80% (obtido) •TEFE > 0,85 ou FEF 25-75 < 50%
4.FEF 25-75 > 50% do previsto + sintomas respiratórios =>
distúrbio obstrutivo leve
5.TEFE < 0,85 s para adultos •Curva fluxo volume: concavidade na
< 0,7 s para criança e adolescente fase expiratória
•Curva volume-tempo: ascensão mais lenta
ao volume máximo

CLASSIFICAÇÃO (ATS): Distúrbio Obstrutivo leve

Se VEF1 obtido em relação ao previsto:

• 65 a 70% (ou 80%): obstrução leve Distúrbio Obstrutivo Severo


• 50 a 65%: obstrução moderada
• < 50%: obstrução grave
Condição Clínica: Asma, bronquite, enfisema

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RESTRITIVO CLASSIFICAÇÃO (ATS):

•CVF < 80%


•Ambos CVF e VEF1 estão reduzidos
proporcionalmente
Se CVF obtida em relação a prevista:
•Curva fluxo volume e volume-tempo com
morfologia semelhante a normal, porém • 65 a 80%: restrição leve
de menor amplitude • 50 a 64%: restrição moderada
•Diagnóstico de doença restritiva deve incluir
medidas de volumes pulmonares • 35 a 49%: restrição grave
(volume pulmonar total e volume residual)

Misto ou Combinado
Distúrbio Restritivo

•CVF < 80% e VEF1/CVF < 70%


•Na presença de quadro obstrutivo e
CV reduzida => medida de capacidade
pulmonar total.
DPOC com volume residual aumentado
reduz a CV
Condição Clínica: fibrose pulmonar, doença pulmonar intersticial,
grande obeso, gravidez avançada, doença músculo-esquelética
da caixa torácica, pós operatório de tórax e abdomen

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Algoritmo de Possibilidades e Interpretações
Classificação segundo SBPT
CVF VEF1/CVF VEF1 Interpretação
Distúrbio VEF1 CVF VEF1/CVF N N N Normal
Redução isolada do
N N Reduzido VEF1
Leve 60% ao LI 60% ao LI 60% ao LI Obstrução? Normal?
N Reduzido N
N Reduzido Reduzido Obstrutivo
Moderado 41 a 59% 51 a 59% 41 a 59%
Reduzido N N Restritivo
Reduzido N Reduzido Restritivo
Grave < 40% < 50% < 40% Misto? Obstrutivo
Reduzido Reduzido N isolado?
Misto? Obstrutivo
Reduzido Reduzido Reduzido isolado?
LI = limite inferior da normalidade
VEF25- 75<50% ou TEFE >
N N N 0,85s + sintomas=>
Na presença de discordância, classificar pelo grau mais acentuad o obstrução leve

Obstrução das Grandes Vias Aéreas Obstrução Variável Extra-torácica


Acima do estreito torácico.
Mudanças dinâmicas no calibre das vias aéreas
Do orofaringe até a carina
Pressão Atmosférica > pressão intra traqueal
Inspiração

Vias aéreas fora do tórax se colabam


Obstrução Variável extra-torácica
Obstrução Variável intra-torácica Expiração
Obstrução Fixa intra ou extra-torácica Vias aéreas fora do tórax se dilatam

Fluxo expiratório

Pressão intra traqueal > pressão atmosférica

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Obstrução Variável Extra-torácica
Obstrução Variável Extra-torácica

Causas:
Achatamento da curva
inspiratória
Paralisia das cordas vocais
Aumento volumétrico da tireóide
Traqueomalácia
Neoplasia

Obstrução Variável Intra-torácica Obstrução Variável Intra-torácica


Da carina até o estreito torácico.
Mudanças dinâmicas no calibre das vias aéreas

Pressão intra traqueal > pressão da cavidade pleural Achatamento da curva


Inspiração
expiratória

Vias aéreas se dilatam

Expiração Pressão da cavidade pleural > pressão intra traqueal

Semelhante as obstruções de vias aéreas de


tamanho médio que caracteriza a bronquite, asma e o enfisema
Vias aéreas se colabam

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Obstrução Variável Intra-torácica
Obstrução Fixa intra ou extra torácica

Obstrução variável intra-torácica de


grandes vias aéreas
Causas:

Causas: Estenose de traquéia


Traqueomalácia Corpo estranho
Neoplasias
Neoplasias

Prova Broncodilatadora
Outras manobras espirométricas
Indicado quando há distúrbio obstrutivo

2 puffs de Salbutamol (400 mg)

CVL = capacidade vital lenta


Espirometria antes e após (10 a 20 min) Salbutamol MVV = ventilação voluntária máxima

Resposta Positiva:
se VEF1 aumenta em mais de 12% e
aumento absoluto de 200 mL MVV = VEF1 x 40
ou se CVF aumenta em mais de 12%

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Referencias
Diretrizes – teste de Função pulmonar – SBPT –
abril 2001 – www.sbpt.br
University of Iowa – Virtual Hospital
www.vh.org/adult/provider/internalmedicine/spirom
etry/spirometryhome.html
American Thoracic Society – Standartization of
Spirometry – 1994
Na Approach to Interpreting Spirometry
Timothy J Barreiro and Irene Perillo
www.aafp.org/afp

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