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MARINHA DO BRASIL

CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE SYLVIO de CAMARGO

TÉCNICA DE ENSINO
2021
ÍNDICE:

1.0 – Fundamentos do Processo Ensino Aprendizagem 03


2.0 – Planejamento Didático 09
3.0 – Objetivos Educacionais 20
4.0 – Seleção e Organização de Conteúdos 24
5.0 – Métodos e Técnicas de ensino 26
6.0 – Recursos Instrucionais 38
7.0 – Condução do Processo Ensino Aprendizagem 64
8.0 – Avaliação do Processo Ensino Aprendizagem 73

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1.0 - FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E PSICOLÓGICOS
DA EDUCAÇÃO

A palavra fundamento significa a base e o princípio de algo, as regras ou leis essenciais que
regulam determinada coisa. O fundamento pode ser considerado também como o alicerce que
sustenta uma estrutura. Mas, o sentido mais comum atribuído a este termo é o de conjunto de ideias
ou de teorias que sustentam e direcionam pensamentos e ações. Alguns dos principais sinônimos do
termo fundamento são: justificativa, razão, critério, motivo, explicação, elucidação, prova,
evidência, argumento, princípios, bases, noções, alicerce, firmamento, estrutura, regra, norma,
regulamento e lei.
A educação pode ser compreendida como “um processo de desenvolvimento unilateral da
personalidade humana, envolvendo a formação de qualidades humanas, tendo em vista a orientação
da atividade humana na sua relação com o meio social...” (LIBÂNEO, 2013, p.21). Nesse sentido, a
educação corresponde a toda modalidade de influências e inter-relações que formam os traços de
personalidade social e de caráter, gerando concepções de mundo, valores, ideias, valores, modos de
agir que se traduzem em convicções ideológicas, morais, políticas, entre outros (LIBÂNEO, 2013).
Portanto, os fundamentos do processo ensino-aprendizagem são as teorias que sustentam e
influenciam o processo educativo. São eles:

- Fundamentos Filosóficos;
- Fundamentos Legais;
- Fundamentos Biológicos;
- Fundamentos Sociológicos; e
- Fundamento Psicológicos.

1.1 - FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS

Filosofia é um campo do conhecimento que estuda a existência humana e o saber por meio
da análise racional. Do grego, o termo filosofia significa “amor ao conhecimento/sabedoria”.
A filosofia está presente no dia a dia e grande parte das vezes não é percebida. O homem
procura sempre dar sentido às coisas. Muitas vezes, paramos para pensar, refletir sobre ações e
problemas que nos rodeiam no cotidiano, de modo a melhor analisar e tentar decidir mais
adequadamente.
O ser humano precisa da filosofia para refletir sobre seus atos, a fim de que possa agir
mais adequadamente. Gramsci (1891–1937) diz que todos os homens são “filósofos”, através
da transformação do senso comum em bom senso.
O senso comum é um tipo de conhecimento empírico, oriundo da herança de um grupo
social, isto é, valores e ideias que garantem os interesses de um grupo dentro da sociedade. O
homem ao reelaborar essa herança transforma o senso comum em bom senso. Significa o
conhecimento adquirido pelo homem a partir de experiências, vivências e observações do mundo e
não se baseia em métodos ou conclusões científicas.
A filosofia surge desde o momento que o homem começou a refletir sobre a vida e o
universo, na busca do sentido da própria existência e nas questões sobre a origem e a razão do
universo. A Grécia Antiga ficou conhecida como o berço dos pensadores.

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Períodos Filosóficos x Representantes
Filosofia Pré-Socrática - Pitágoras
Filosofia Pós-Socrática - Platão
Filosofia Medieval - São Tomás de Aquino
Filosofia Moderna - René Descartes e Auguste Comte
Filosofia Clássica - Sócrates
Filosofia Contemporânea- Michel Foucault

O objetivo do estudo de Fundamentos Filosóficos em um curso de formação de docentes é


despertar uma atitude reflexiva sobre o ato de ensinar e de aprender na sua prática pedagógica.
A educação e a filosofia têm como elemento comum o homem. Por isso, as correntes
filosóficas sempre mantiveram uma relação direta com a educação. Toda teoria pedagógica
tem seus fundamentos baseados num sistema filosófico. É a filosofia que expressando uma
concepção de homem e de mundo, dá sentido à Pedagogia, definindo seus objetivos e
determinando os métodos da ação educativa. Portanto, existem as seguintes tendências
pedagógicas (teorias que orientam a prática educacional):

Pedagogia liberal ( conservadora) :


1- Tendência Liberal Tradicional ( Jesuítas)
2- Tendência Liberal Renovada Progressista (Escola Nova/ Dewey/ Anísio Teixeira)
3- Tendência Liberal Renovada não diretiva
4- Tendência Liberal Tecnicista ( Positivismo/ técnicas específicas/Bloom)

Pedagogia Progressista:
1- Tendência Progressista Libertadora (Paulo Freire)
2- Tendência Progressista Libertária
3- Tendência Progressista Crítica Social dos Conteúdos ( conteúdos e realidade social)

A filosofia da educação é quem direciona a ação educativa. É por meio de reflexão


sistemática, profunda e global dos problemas da educação que o educador identifica a finalidade da
ação educativa.

1.2- FUNDAMENTOS LEGAIS

O estudo dos fundamentos legais possibilita a compreensão dos aspectos legais que norteiam
a educação, estabelecendo uma visão do processo de legislação educacional no que concerne ao
meio civil e militar.

- Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 - Art. 205, 206, 207 e 208.
- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - LEI Nº 9.394, DE 20 DE
DEZEMBRO DE 1996.
- Plano Nacional de Educação (PNE) - Instrumento da política educacional que estabelece
diretrizes, objetivos e metas para todos os níveis e modalidades de ensino, para a formação
e valorização do magistério e para o financiamento e a gestão da educação, por um período

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de dez anos. O projeto de lei que cria o PNE que está vigorando no período de 2011 a 2020, foi
enviado pelo governo federal ao Congresso em 15 de dezembro de 2010.
- Lei nº 11.279, de 9 de fevereiro de 2006 - Dispõe sobre o ensino na Marinha.

1.3- FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS

Entender o que ocorre no cérebro dos alunos, no momento em que entram em contato com
novas informações, é o objetivo do estudo dos fundamentos biológicos. A Neurociência possibilita
o entendimento do funcionamento do cérebro e de como ocorre à aprendizagem, ajudando na tarefa
de desenvolver metodologias mais eficientes.
A cada nova informação recebida, configuram-se novas redes entre os neurônios, que
guardam informações separadas, como em um arquivo bem organizado, mas conectadas entre si.
Esses verdadeiros “circuitos” são ativados sempre que uma informação é requisitada para um
novo aprendizado. Isso significa que a aprendizagem se dá pelo crescimento de novas
conexões, fortalecimento ou enfraquecimento dos “ganchos existentes”.
Com a entrada de qualquer novo conhecimento de longo prazo, o cérebro modifica
sua anatomia. Essa capacidade de mudar recebe o nome de plasticidade cerebral. A cada nova
experiência do indivíduo, portanto, redes de neurônios são rearranjadas, outras tantas sinapses são
reforçadas e múltiplas possibilidades de respostas ao ambiente tornam-se possíveis. Em
consequência dessa plasticidade, podemos esculpir o nosso cérebro de acordo com nossas
experiências de vida.
Nesse processo de aprendizagem, é importante destacar a especialização dos hemisférios. O
hemisfério esquerdo controla o lado direito do nosso corpo e o hemisfério direito controla o
lado esquerdo do corpo. Ambos processam informações diferentes, mas estão em constante
interação. Cada hemisfério é responsável por determinadas funções. Observe a imagem abaixo:

O hemisfério direito do cérebro recebe todos os estímulos visuais, cores, imagens,


desenhos e o hemisfério esquerdo é especializado na linguagem e no reconhecimento das palavras,
entre outros aspectos.
Os indivíduos estão constantemente formando novas aprendizagens sobre outras mais
antigas e muitos aspectos do comportamento humano devem-se à formação das “memórias”.
Etimologicamente, o termo memória tem sua origem no latim e significa a “faculdade de reter e/
ou readquirir ideias, imagens e conhecimento”. É o registro de experiências, fatos vividos e
observados, podendo ser resgatados quando preciso for.
Quando o aluno não aprende um conteúdo é porque não encontrou nenhuma referência
nos arquivos já formados para abrigar a nova informação e, com isso, a aprendizagem não ocorre.
Por isso, a importância de investigar os conhecimentos prévios da turma, recordar conteúdos

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anteriores, para formar “ganchos” e dispor de diferentes estratégias de ensino, tornando a
aprendizagem significativa.

A memória pode ser classificada da seguinte maneira:

Pela duração
Memória sensorial ou ultra rápida– Retém a informação por alguns segundos ou frações de
segundos apenas. Exemplo: ao ler uma sentença, nossos olhos fixam-se em certo grupo de
palavras de cada vez, até a leitura de outra, mais adiante, que dará sentido ao conjunto da
oração. Sua capacidade é muito pequena e ela precisa esvaziar-se logo para dar lugar a outras
impressões sensoriais.
Memória a curto prazo- Sobrevive o tempo necessário para a informação ser utilizada. Forma
“arquivos,” nela guardamos informações que serão utilizadas dentro de pouco tempo. Só se
torna memória de longo prazo se encontrar vínculos com outras informações já armazenadas.
Memória de longo prazo- É o nosso reservatório permanente de informações, pois a informação
permanece no cérebro quando é aprendida, seus estímulos geram novas sinapses e provocam sua
consolidação como conhecimento aprendido.

Pelo conteúdo:
Memória Declarativa (consciente e explícita): É a memória para fatos ou eventos, reúne
tudo o que podemos evocar por meio de palavras. Divide-se em:
a) Episódica ou autobiográfica - Guarda os fatos vividos pelo indivíduo, como: o primeiro
encontro com a pessoa amada ou uma aula especial, em que algo inusitado tenha acontecido;
uma situação que despertou algum tipo de emoção. Envolve eventos datados, isto é, relacionados ao
tempo.
b) Semântica - A mais importante durante o aprendizado arquiva os conhecimentos gerais, como
o significado de palavras e conceitos atemporais. Não há localização no tempo nem ligação com
outra ação. Ex. Recordarmos que a capital da França é Paris.
Não-declarativa (Implícita):
Memória de Procedimentos: É composta pelas habilidades motoras ou sensoriais. Muitas vezes,
pela observação e pelo treinamento, esses conhecimentos são arquivados de maneira implícita, sem
que haja consciência do aprendizado. Ex. A série de movimentos necessária para se tocar um
instrumento, andar de bicicleta.

1.4– FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS

A sociologia tem como objetivo o estudo da sociedade, isto é, da forma pela qual
os homens vivem em grupo, das relações que estabelecem e as consequências dessas relações. A
educação é um dos temas centrais da Sociologia, pois pode ser compreendida como o resultado e
a condição das relações entre os homens.
A Sociologia da Educação tem uma importância fundamental para os educadores. Quem
ensina deve compreender a vida social, a influência dos fatores sociais no processo educativo, as
relações entre a sociedade e a escola. Além de atuar nessas questões, ajuda a entender a
influência que a escola exerce nos indivíduos e o papel da educação na sociedade.
Principais pensadores teóricos da Sociologia: Augusto Comte (1798-1857) e Émile
Durkheim (1858-1917). A importância da Sociologia da Educação para o educador é
esclarecida por Oliveira, (2002, p. 10) no seguinte texto:

[...] ela abre o horizonte para a compreensão da vida social em si;


esclarece o processo educativo e as relações entre a escola e a

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sociedade; e analisa a escola como grupo social e sua estrutura interna
[...]. A Sociologia da Educação, também, explica a influência da escola no
comportamento e na personalidade de seus membros; estuda os padrões de
interação entre a escola e demais grupos sociais da comunidade e analisa
os sistemas escolares à luz dos sistemas sociais permitindo, com base
em estudos da realidade social, que se compreenda o papel da educação
na sociedade e em seu desenvolvimento, que se proponham reformas
educacionais, com base nesses alicerces científicos [...] estudando-a, os
professores tomam contato mais profundo com a realidade pedagógica e
social; verificam a influência exercida pelos fatores sociais sobre o
processo educativo, percebem a relação existente entre fatores sociais e
os fatos pedagógicos; adquirem uma visão mais nítida e penetrante dos
fenômenos educacionais e ampliam sua cultura geral e seus conhecimentos.

1.5- FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS

O estudo dos fundamentos psicológicos permitem a compreensão de como alguns fatores


psicológicos podem interferir no processo ensino-aprendizagem. A aprendizagem é considerada
um fenômeno complexo e influenciada por diversos fatores que são estudados pelas Teorias da
Aprendizagem.

- Teorias do condicionamento – definem a aprendizagem pelas suas consequências


comportamentais e enfatizam as condições ambientais como forças propulsoras da
aprendizagem.
- Teorias cognitivistas– definem a aprendizagem como um processo de relação do sujeito com o
mundo externo e que tem consequências no plano da organização internado conhecimento
(organização cognitiva).

O ser humano é dotado de domínios do comportamento que são desenvolvidos pela


aprendizagem. São eles:

Cognitivo - Envolve a utilização das capacidades mentais, da memória, linguagem, de noções,


expressões e operações.
Psicomotor - Envolve a aquisição de técnicas, habilidades e destrezas.
Afetivo - Envolve a aquisição de atitudes e hábitos de conduta socialmente valorizados, de
interesses, ideais e opiniões.

No domínio cognitivo existem seis níveis básicos:

-Conhecimento: baseado na memória. É o armazenamento da informação.


-Compreensão: baseado no entendimento e na interpretação.
-Aplicação: capacita a vivência de situações novas e concretas.
-Análise: envolve o desdobramento em suas partes constitutivas, a percepção das inter-relações
dessas partes os modos de organização.
-Síntese: envolve a organização dos conteúdos e a capacidade de combinar as partes para formar um
todo.
-Avaliação : Implica em julgamento particular. É o mais alto dos níveis.

CONDIÇÕES NECESSÁRIAS À APRENDIZAGEM.

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CONDIÇÕES INTERNAS:

1. Habilidade Inicial - somente quando o organismo atinge o estágio adequado de


desenvolvimento físico e neurológico.
2. Estado de Alerta - só percebemos o que nos desperta a atenção.
3. Motivação - é a energia interna que desencadeia, dirige e mantém o comportamento em
direção a um objetivo.

CONDIÇÕES EXTERNAS:
a) Técnica de aula - A técnica utilizada pelo instrutor é fator motivador.
a) Atuação do Instrutor - A capacidade individual do instrutor diante da turma também motiva os
alunos.
b) Ambiente - O local onde se dá o processo ensino-aprendizagem e como se dá este processo,
também é um fator importante na motivação dos alunos.
c) Incentivação - É o objeto ou situação externa que vai ativar os motivos.

TÉCNICAS PARA INCENTIVAR


a) Correlação com o real – Contar um caso verídico sobre o assunto a ser ensinado na aula, de
preferência que mostre a sua utilidade.
a) Persuasão oral - Utilizar argumentos que convençam os alunos da importância do assunto que
será ministrado.
b) Participação ativa - Propõe-se um tema para debater em grupo, relacionado com o assunto da
aula.
c) Insucesso inicial - Propor um problema de difícil solução que demonstre a falta de
conhecimento na matéria a ser ensinada.
d) Êxito inicial – Propor questões ou problemas de fácil solução, demonstrado que a matéria não é
difícil.
e) Comentário de texto – Ler e comentar um texto atual que trate do assunto da aula.
f) Competição - Promover competições positivas oferecendo recompensas e prêmios.
g) Tarefa interrompida - Levantar um problema em aula, iniciar o seu debate e concluir
seu estudo em outro período de trabalho.

Assim, percebemos que as informações podem ser compreendidas de formas diferentes,


necessitando passar por processo mediado, a fim de se tornarem significativas para cada um, de
diferentes modos. Dessa forma, o professor/instrutor, na sua prática pedagógica, deve oferecer
diversas formas de mediação do processo ensino-aprendizagem. Para tal, deve oportunizar
possibilidades de associação, visualização, exemplificação, variação metodológica, simulação
etc.

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2.0 - PLANEJAMENTO DIDÁTICO
2.1 - IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO

O conceito de planejamento implica a existência de uma atitude com relação ao trabalho a


desenvolver, a qual envolve reflexão sobre uma determinada realidade, ação sobre esta realidade,
reflexão sobre os resultados obtidos e volta à ação. Essas medidas favorecem a passagem gradativa
de uma situação existente para uma situação desejada.

“O planejamento é um processo de
racionalização, organização e coordenação da
ação docente, articulando a atividade escolar e a
problemática do contexto social.” (Libâneo, 2008,
p.222)

Deve-se considerar, ainda, a importância de fundamentar o planejamento nas condições do


grupo e na realidade imediata em que ele deverá se efetivar, conferindo-lhe objetividade e realismo.
Finalmente, é preciso levar em consideração as necessidades e os interesses dos alunos, que, bem
entendidos, terão oportunidade de desenvolver suas personalidades, refletindo, assim, a
característica de validez psicológica do planejamento.

2.1.1 – CONCEITO

“Planejar é analisar uma dada realidade, refletindo


sobre as condições existentes, e prever as formas
alternativas de ação para superar as dificuldades ou
alcançar os objetivos desejados. Portanto, o
planejamento é um processo mental que envolve
análise, reflexão e previsão. Neste sentido, planejar é
uma atividade tipicamente humana, e está presente
na vida de todos os indivíduos, nos mais variados
momentos”. (Haydt, 2010, p.94)

O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui a previsão, organização e


coordenação das atividades didáticas em face dos objetivos propostos. É um meio para se programar
as ações docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à
avaliação.
O planejamento bem elaborado garante maior segurança ao trabalho do professor e melhor
rendimento por parte dos alunos. Além disso, prevê uma sequência no trabalho. Assim, o melhor
planejamento garante a continuidade da experiência.
É importante ressaltar que nenhum planejamento pode ser rígido. Frequentemente ocorrem
circunstâncias que ensejam modificações, acréscimos, substituições. Isto pode ser efetivado graças à
flexibilidade, característica essencial de qualquer planejamento.

2.1.2 – TIPOS DE PLANEJAMENTO


A) PLANEJAMENTO EDUCACIONAL

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Consiste na tomada de decisões sobre a educação no conjunto do desenvolvimento geral do
país. A elaboração desse tipo de planejamento consiste no processo de análise e reflexão das várias
facetas de um sistema educacional, delimitando dificuldades e prevendo alternativas de solução.
Assim, é possível definir prioridades, metas, formas de atuação e custos. O planejamento
educacional é feito em nível sistêmico (nacional, estadual e municipal) e reflete a política de
educação adotada.
Como exemplo tem a Política de Ensino da MB (PoEnsM).

B) PLANEJAMENTO ESCOLAR
É o planejamento geral das atividades de uma escola. Decisão sobre os objetivos a serem
atingidos e previsão de ações, tanto na área pedagógica quanto na área administrativa. O
planejamento escolar deve ser participativo (comunidade e escola), sendo elaborado e executado por
toda a escola.
Para poder planejar adequadamente é preciso conhecer o aluno e seu ambiente. Para isso,
realizamos uma sondagem, isto é, o levantamento de dados e fatos importante de uma realidade. Em
seguida, são realizadas análise e interpretação objetiva dos dados coletados, permitindo que se
chegue a uma conclusão sobre as condições da realidade. Chamamos este processo de diagnóstico.
A MB elabora o Programa de Ensino (ProEns).

C) PLANEJAMENTO CURRICULAR
Consiste na “previsão de diversos componentes curriculares que serão desenvolvidos ao
longo do Curso, com a definição dos objetivos gerais, a previsão dos conteúdos programáticos de
cada componente” HAYDT, 2010, p.97.
O planejamento curricular é elaborado por todos aqueles que participam do processo
pedagógico de uma escola, seguindo diretrizes básicas do sistema de ensino a que pertence.
Na MB temos o Currículo de cada curso e para sua elaboração segue-se o Manual de
Elaboração e Revisão de Currículos e Normas dos Cursos do Sistema de Ensino Naval (DEnsM-
1009).

D) PLANEJAMENTO DE ENSINO
É o planejamento de ações e procedimentos que o professor irá realizar junto a seus alunos,
a organização de atividades e experiências de aprendizagem, visando atingir os objetivos
educacionais estabelecidos. É a especificação e operacionalização do Planejamento Curricular.
O detalhamento do Planejamento de Ensino, no Sistema de Ensino Naval (SEN), é realizado
através do Projeto Específico. Este documento é o “detalhamento do conteúdo que será
efetivamente ensinado nas aulas do curso”. O modelo de PE encontra-se na DEnsM-1009 ou na
Ordem Interna N° 13-03C, do CIASC.

E) PLANO DE AULA
“É a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo. É a especificação dos
comportamentos esperados do aluno e dos meios – conteúdos, procedimentos e recursos – que serão
utilizados para sua realização”, Piletti, 2007, p.72. Previsão para o processo de interação entre
professor e aluno, numa dinâmica de ensino-aprendizagem.

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FLUXOGRAMA DAS ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO

Conhecimento da Determinação dos Seleção e Organização


realidade Objetivos dos Conteúdos

Replanejamento Seleção e Organização


dos Procedimentos de
Ensino

Feedback
ETAPA DE ETAPA DE
APERFEIÇOAMENTO ELABORAÇÃO

Seleção dos Recursos


Avaliação

Seleção de
Desenvolvimento do Estruturação do Plano Procedimentos de
Plano de Ensino Avaliação

ETAPA DE EXECUÇÃO

CONHECIMENTO DA REALIDADE

ELABORAÇÃO DO PLANO

A partir dos dados fornecidos pela interpretação do diagnóstico, temos condições de


estabelecer o que é possível alcançar, como fazer para alcançar e como avaliar os resultados.
Por isso, passamos a elaborar o plano através dos seguintes passos:
- Determinação dos objetivos;
- Seleção e organização dos conteúdos;
- Seleção e organização das técnicas de ensino;
- Seleção de recursos;
- Seleção de procedimentos de avaliação; e

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- Estruturação do plano de ensino.

Segundo Haydt, 2010, p.102, ao planejar uma aula o professor:


- prevê os objetivos imediatos a serem alcançados (conhecimento, habilidades, atitudes);
- especifica os itens e subitens dos conteúdos que serão trabalhados durante a aula;
- define os procedimentos de ensino e organiza as atividades de aprendizagem de seus
alunos (individuais e em grupo);
- indica os recursos (cartazes, mapas, jornais, livros, objetos variados) que vão ser usados
durante a aula para despertar o interesse, facilitar a compreensão e estimular a participação dos
alunos; e
- estabelece como será feita a avaliação das atividades.

EXECUÇÃO DO PLANO
Consiste no desenvolvimento das atividades previstas. Na execução, sempre haverá o
elemento não plenamente previsto. Isso é normal e não dispensa o planejamento, pois uma das
características de um bom planejamento é a sua flexibilidade.

AVALIAÇÃO DO PLANO
Ao término da execução do que foi planejado, passamos a avaliar o próprio plano com vistas
ao replanejamento.

Seleção e Seleção e
organização dos organização dos
Conteúdos procedimentos de
Ensino

Elaboração do
plano Seleção
de
Recursos

Estrutura do
Plano de Aula Seleção dos
procedimentos de
Avaliação
2.2 – CURRÍCULO

Segundo a DEnsM-1009:
"Para a adequada execução e necessário controle da
formação profissional desejada, torna-se

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imprescindível um planejamento detalhado de todo
processo, de modo a garantir que todas as ações
venham a convergir no sentido do alcance dos
objetivos traçados. A concretização desse
planejamento, então, é traduzida em um documento
denominado CURRÍCULO"
O que é currículo?
A palavra currículo vem do latim "curriculum" e significa percurso, carreira, curso, ato de
correr. E seu significado não abrange apenas o ato de correr, mas também o modo, a forma de fazê-
lo, o local e o que ocorre no curso ou percurso efetuado.
Segundo Piletti (2007, p.51) "aplicado à educação, o termo currículo apresenta a variação no
decorrer do tempo. Essa variação depende da concepção de educação e de escola e, também, das
necessidades de determinada sociedade num dado momento histórico"
Portanto este nível de planejamento é relativo à escola. Através dele são estabelecidas as
linhas mestras que norteiam todo o trabalho.
Na Marinha, onde predomina o ensino técnico-profissional com propósitos bem definidos,
um cuidadoso planejamento curricular assume vital importância, porque possibilita a objetividade
do ensino em cada turma e a uniformidade entre várias turmas sucessivas ou simultâneas.

2.2.1 - O CURRÍCULO, SUA ESTRUTURA E SUAS ETAPAS:

O Currículo é o documento básico que estabelece a estrutura permanente do curso. O


Currículo na MB é elaborado segundo as normas indicadas no Manual de Elaboração e Revisão de
Currículos e Normas dos Cursos do Sistema de Ensino Naval (SEN): DEnsM-1009.

2.2.2 - FASES DA ELABORAÇÃO DE UM CURRÍCULO:

As fases de elaboração de currículos encontra-se no “Anexo N” da DEnsM- 1009/


Fluxograma de elaboração de Currículos.

1ª FASE
FORMULAÇÃO DO PROPÓSITO DO CURSO
O propósito de um curso constitui a definição sintética do tipo de capacitação profissional
que se pretende conferir, de acordo com o capítulo 1 da DGPM-101 e na Lei de Ensino da Marinha,
ou seja, traduz aquilo que se deseja que o aluno esteja preparado para executar, como resultado da
atividade educacional.
A identificação de propósito se apoia nos perfis profissionais, os quais representam uma
caracterização analítica do trabalho do profissional. No caso específico da MB, os perfis de algumas
profissões/especialidades se apresentam sob a forma de tarefas técnico-profissionais, consolidadas
nas Relações de Tarefas Técnico-Profissionais (RTTP).

2ª FASE
SELEÇÃO DAS DISCIPLINAS, DELIMITAÇÃO E DESCRIÇÃO DOS RESPECTIVOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
A seleção das disciplinas é uma tarefa para os especialistas (profissionais da área,
professores/instrutores) e deve ser feita com base nas tarefas técnico-profissionais que o futuro
profissional deverá desempenhar.

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Uma vez selecionadas as disciplinas, é necessário delimitar e descrever os objetivos
específicos de cada uma delas. Esses objetivos devem indicar, de forma clara e inequívoca, os
comportamentos que se espera que os alunos apresentem, ao final do estudo da disciplina, como
resultado de sua aprendizagem.

3ª FASE
DEFINIÇÃO DOS CONTEÚDOS E ASSUNTOS DE CADA DISCIPLINA
Quase que simultaneamente à seleção das disciplinas, ocorre a definição dos conteúdos que
serão abordados. Esta tarefa consiste em selecionar, dentre os conteúdos de uma disciplina, aqueles
assuntos que efetivamente contribuem para o alcance dos objetivos estabelecidos. Eventualmente,
alguns desses assuntos podem exigir conhecimentos anteriores, tornando-se necessária, portanto, a
especificação dos pré-requisitos para o estudo.
Ao selecionar os conteúdos, deve-se observar os seguintes critérios: representatividade,
validade, relevância, exequibilidade, adequação, utilidade, significação e atualização.
Na organização dos conteúdos e assuntos selecionados, devem ser verificados os seguintes
aspectos: clareza, extensão, equilíbrio, sequência e integração.

4ª FASE
ESCOLHA DOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A escolha deve ser feita à luz dos objetivos de cada disciplina, procurando-se escolher a
maneira mais adequada de trabalhar os assuntos de cada disciplina, de modo a favorecer o alcance
dos seus objetivos.
Poderá optar pelo emprego de algumas Técnicas de Ensino (TE) existentes, tais como: Aula
Expositiva, Aula Prática, Demonstração Prática, Discussão Dirigida, Estudo de Caso, Estudo
Dirigido, Fóruns e Seminários entre outros.
Em seguida são definidos os Recursos Instrucionais (RI), isto é, os meios auxiliares à
instrução que propiciem as condições mais favoráveis à aprendizagem dos alunos. Como exemplos
temos: Quadro Branco, Projetor multimídia, Vídeo/vídeo-aulas, Redes sociais, Equipamento Real,
Modelos, Games, Simulador, etc.
O professor/instrutor deve considerar os seguintes fatores aos escolher os RI: os objetivos, o
assunto a ser abordado, a clientela, facilidade de utilização, simplicidade para a confecção, tempo
disponível, condições ambientais e habilidade no manuseio.

5ª FASE
DEFINIÇÃO DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Deve ser feita com base nos seguintes critérios: objetivos estabelecidos, tempo disponível e
recursos materiais existentes.
Exemplos de alguns instrumentos de avaliação existentes: Prova, Trabalhos Individuais ou
em Grupo e Observação do Desempenho.

6ª FASE
DETERMINAÇÃO DA CARGA HORÁRIA (CH)
Várias são as necessidades de determinação da Carga Horária: a relativa a cada assunto, a
cada Unidade de Ensino (UE), a cada disciplina. Importante também definir as horas destinadas às
atividades de complementação do curso (Atividades Extraclasse), às eventuais perdas (Tempo
Reserva), o que permitirá definir a Carga Horária Total do Curso.

7ª FASE

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ESTABELECIMENTO DAS ATIVIDADES EXTRACLASSE
Poderão ser previstas atividades de complementação ao estudo das diferentes disciplinas
que, embora não estejam diretamente vinculadas a uma disciplina particular, concorrem para o
enriquecimento do Curso. Exemplos: viagens, visitas, exercícios, palestras, jogos, etc.

8ª FASE
ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Para a elaboração das Referências Bibliográficas, a DEnsM-1009 toma por base a
publicação "Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

9ª FASE

ANÁLISE PEDAGÓGICA
Os documentos produzidos serão submetidos à análise pedagógica pelo pedagogo da OM,
que terá atribuições a cumprir.
O pedagogo fará análise do sumério de disciplina, verificando o cumprimento das exigências
estabelecidas, apontará retificações necessárias para aprimoramento, irá coordenar a elaboração de
parte componentes do currículo, com a participação de outros elementos organizacionais e irá
consolidar as partes componentes do currículo, a fim de confeccionar o documentos final.

10ª FASE
CONFECÇÃO DO DOCUMENTO
O pedagogo consolida os documentos componentes do currículo, analisando e procedendo
ajustes necessários, a fim de que não hajam incoerências entre suas partes.
Visando facilitar a execução desta tarefa, bem como permitir uma padronização dos
currículos dos diferentes cursos do SEN, deverá ser observado o modelo do “Anexo P”, da DEnsM
1009 que se constitui basicamente de: Capa, Índice, Sinopse Geral do Curso, Grade Curricular (se
houver, não sendo obrigatória sua elaboração) e Sumário(s) de Disciplina(s).

11ª etapa
AVALIAÇÃO PRELIMINAR
Essa etapa deverá ser precedida de reuniões preliminares, com participação das
Organizações Militares Orientadoras Técnicas (OMOT), sobre as alterações propostas.
Esta avaliação tem por finalidade assegurar que os objetivos estabelecidos, o conteúdo, as
estratégias de ensino-aprendizagem e os recursos instrucionais selecionados contribuam
efetivamente para a formação do profissional que se deseja, bem como, detectar e eliminar falhas no
planejamento, evitando-se, dessa forma, o desperdício de tempo, material e recursos financeiros na
execução de atividades inadequadas ao fim pretendido.

12° etapa
APROVAÇÃO DO CURRÍCULO

2.3 - PROJETO ESPECÍFICO (PE)

O que Projeto Específico?


É o documento complementar que apresenta o detalhamento do conteúdo que será
efetivamente ensinado nas aulas do curso, elaborado com base em cada Sumário de Disciplina, onde

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são discriminados os objetivos da aprendizagem, as técnicas de ensino a serem empregadas, os
recursos instrucionais a serem utilizados, a localização dos conteúdos nas referências bibliográficas
e a distribuição detalhada da carga horária de cada Unidade de Ensino (UE).
Na DEnsM-1009 e na Ordem Interna Nº 13-03D, do CIASC constam todas as orientações
necessárias para a elaboração de Projetos Específico, incluindo modelos atuais.

2.3.1 - IMPORTÂNCIA DO PROJETO ESPECÍFICO


O projeto específico é importante pois o detalhamento, por ele apresentado, orienta o
instrutor quanto à organização de seus planos de aula e possibilita a programação do
desenvolvimento do curso.

2.3.2 - COMPOSIÇÃO DO PROJETO ESPECÍFICO


- Cabeçalho, objetivo(s) e conteúdo(s) de cada aula, com os aspectos relevantes ao seu
desenvolvimento, sempre que for necessário;
- Tempo de Aula (TA) alocados;
- Técnicas de Ensino (TE) recomendadas;
- Recursos Instrucionais (RI) a serem utilizados;
- Referências Bibliográficas (REF): Outras Referências Aprovadas, Referências Bibliográficas
Adicionais e Complementares; e
- Provas e Retificações da Aprendizagem (RA).
Após cada período letivo, ele poderá ser renovado e atualizado, de acordo com as
observações feitas no decorrer do curso, mas sempre orientando-se pelo que está previsto no
Sumário das Disciplinas.

2.3.3 - O PROJETO ESPECÍFICO DEVE


O PE deve:
- Ser elaborado pelos instrutores, com base em consulta a livros, manuais e materiais previstos no
Sumário da Disciplina;
- Atender as recomendações das Diretrizes Específicas do Sumário e das Diretrizes Gerais da
Sinopse do Curso;
- Prever, integralmente, a Carga Horária de cada UE, estabelecida no Sumário, e o conteúdo
constante das referências bibliográficas;
- Conter, exclusivamente, os aspectos didáticos e metodológicos da disciplina e a previsão das aulas
e das avaliações; e
- Orientar-se pelo modelo em vigor na MB.
Outras informações, como, por exemplo, Folha de Orientação (FOE), Ordem Interna do
Curso, Caso Esquemático, Temas e outros documentos pertinentes deverão estar anexados ao PE.

2.4- PLANO DE AULA

"É a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo. É a especificação dos
comportamentos esperados do aluno e dos meios (conteúdos, procedimentos e recursos) que serão
utilizados para sua realização" Piletti, 2007, p. 72.
O plano de aula é a sistematização de todas as atividades que se desenvolvem no período de
tempo em que o professor e o aluno interagem, numa dinâmica de ensino-aprendizagem.

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2.4.1- IMPORTÂNCIA DO PLANO DE AULA:
Planejar as atividades de ensino é importante pelos seguintes motivos:
 Evita a ROTINA e a IMPROVISAÇÃO;
 Contribui para a realização dos OBJETIVOS visados;
 Dá UNIDADE e CONTINUIDADE ao trabalho;
 Garante maior SEGURANÇA na direção do ensino;
 Garante economia de TEMPO e ENERGIA;
 Atende as NECESSIDADES, capacidades e INTERESSES dos alunos;
 Aumenta a EFICIÊNCIA do trabalho, tornando-o mais rico, completo, contínuo e integrado;
 Permite a graduação das DIFICULDADES;
 Permite a atualização do CURRÍCULO;
 Permite a SELEÇÃO, AQUISIÇÃO ou confecção prévia dos recursos; e
 Facilita a elaboração dos instrumentos de medida e avaliação.

2.4.2 – CONCEITO DE CICLO DOCENTE:


É o conjunto de atividades exercidas em sucessão, ou ciclicamente pelo docente para
DIRIGIR e ORIENTAR o processo de ensino-aprendizagem, levando-o a bom termo.

2.4.3 - FASES DO CICLO DOCENTE

a) PLANEJAMENTO: nesta primeira fase o professor/instrutor deverá, em primeiro lugar,


consultar o CURRÍCULO para selecionar e localizar as fontes de consulta e estudar o assunto. Logo
em seguida, consultar o PROJETO ESPECÍFICO da disciplina para então elaborar o PLANO DE
AULA.

b) EXECUÇÃO: é a fase que corresponde efetivamente à aula. Inicia-se quando o professor-


instrutor entra em SALA DE AULA e termina quando terminada a aula, ele se ausenta. Está
dividida em cinco etapas: a primeira é a INTRODUÇÃO, quando o instrutor apresentara o título, os
tópicos, os objetivos e a incentivação inicial da aula tendo a duração de 10% do tempo da aula. A
segunda, que é a EXPLICAÇÃO, quando o instrutor apresentará o CONTEÚDO de sua aula. Terá a
duração de 60% do tempo. A terceira será a APLICAÇÃO, na qual o aluno irá praticar aquilo que
aprendeu na teoria durante a explicação e terá a duração de 10% do tempo. A quarta etapa será a
VERIFICAÇÃO, em que o instrutor verifica se os alunos atingiram os objetivos traçados e terá a
duração de 10% do tempo da aula. A quinta etapa é o SUMÁRIO, em que o instrutor fará uma
pequena revisão de tudo o que foi falado em sua aula.

c) ANÁLISE: esta terceira fase da aula tem por finalidade buscar o APERFEIÇOAMENTO
didático do professor/instrutor. Deve ser realizada imediatamente após a aula pelo próprio instrutor
ou durante a fase de EXECUÇÃO por um avaliador qualificado que fará comentário das
deficiências apresentadas durante a sula pelo professor/instrutor.

2.5 – OUTROS DOCUMENTOS DE PLANEJAMENTO DA ÁREA DE ENSINO

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2.5.1 – Plano Anual de Orientação Educacional (PLANOE) e Plano Anual de Orientação
Pedagógica (PLANOP) - DEnsM-2003:
Estes documentos são os planejamentos das atividades anuais de Orientação Educacional e
Pedagógica (SOE/SOP), cuja meta de trabalho é a melhoria do processo ensino-aprendizagem,
através do melhor planejamento, coordenação e execução, para que mais eficientemente sejam
atendidas as necessidades do aluno e do professor/instrutor, bem como mais plenamente sejam
atendidos os propósitos educacionais do Sistema de Ensino Naval.

Roteiro mínimo para o PLANOE/PLANOP:


I) Objetivos – Geral (O que se pretende alcançar durante o ano); e Específico (Detalhamento dos
objetivos pretendidos);

II) Especificação das Atividades.

III) Plano de Atuação:


Detalhamento das estratégias que serão utilizadas para execução das atividades pretendidas,
indicando:

Como? Por quê? Para quê?

IV) Recursos - Humanos e Materiais

V) Cronograma de atividades
Para elaboração deste, sugere-se tomar conhecimento do calendário escolar, do Regimento
Interno da OM, do Detalhamento de Aulas e do Programa de Ensino.

2.5.2 – PROGRAMA DE ENSINO:


Definição:
 Programa de Ensino é um documento de planejamento do trabalho anual, aprovado pelo
Comandante ou Diretor da OM executante dos cursos, cuja finalidade básica é estabelecer a
orientação para o cumprimento das atividades de ensino programadas, de modo a permitir o
alcance dos objetivos educacionais fixados;
 Caberá a cada Organização Militar, com responsabilidade na execução de cursos, abrangidos pelo
Sistema de Ensino Naval (SEN) e retificados no Plano Geral de Instrução (PGI), elaborar o seu
Programa de Ensino, tendo por base os currículos aprovados pela DEnsM para cada curso.

Composição:
Programa de Ensino deverá ser composto das seguintes partes:
Introdução – deve abranger as diretrizes gerais do Comando, para o ano letivo em causa. Observar
as orientações emanadas da DEnsM, quando se tratar de OM subordinada à mesma:

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Organização Geral de Ensino na OM: calendário Escolar e Programação das atividades de ensino
do período de Adaptação, das atividades extra-classe e extra-curriculares e da recuperação dos
alunos.

2.5.3 – PLANO GERAL E INSTRUÇÃO (PGI)


Documento onde são planejados cursos, estágios e demais atividades de ensino
desenvolvidas na MB, divulgado anualmente pela DEnsM. A medida que há necessidade, o
documentos sobre alterações ao longo do ano.

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3.0 - OBJETIVOS EDUCACIONAIS

3.1 - CONCEITO

Objetivo é a formulação de um resultado de aprendizagem que possa ser observável e, portanto


mensurável para a avaliação de ensino.

Todo educador precisa conhecer a meta que dará sentido aos seus esforços, pois não é possível
selecionar o itinerário mais adequado quando não se sabe aonde se quer chegar. Todo o trabalho do
professor/instrutor gira, portanto, em torno da formulação do objetivo. A seleção dos conteúdos, dos
procedimentos e dos recursos instrucionais decorrerá da determinação dos objetivos, e não poderá
ser avaliado o que os alunos aprenderam se não se fixar o que se pretende obter. A elaboração do
objetivo é uma das etapas mais importantes no processo de planejamento. É feita logo no início do
planejamento, antes de se pensar em conteúdo, técnicas, recursos, etc.

3.1.2 - FUNÇÕES DOS OBJETIVOS

Os objetivos são a base de todo o trabalho, pois são eles que permitem:

 Orientar a seleção e organização dos conteúdos;


 Orientar a seleção e a organização das atividades de fixação e técnicas de ensino;
 Guiar a seleção de recursos instrucionais;
 Permitir maior precisão na avaliação dos resultados;
 Conduzir a avaliação e a recuperação;
 Orientar a direção da aprendizagem uma vez que os alunos conhecem o que se espera deles; e
 Possibilitar o enfoque comum do assunto aos professores/instrutores.

3.2 - TIPOS e CLASSIFICAÇÃO

Quanto à especificação:
 Geral ou educacional;
 Específico ou de ensino.

O objetivo Geral ou educacional indica um conjunto de ações ou resultados de aprendizagem que o


aluno deverá obter ou alcançar referente a uma disciplina, módulo ou curso. É um resultado
complexo, alcançável em período mais amplo.

O objetivo Específico ou de ensino indica uma ação única ou único resultado da aprendizagem do
aluno e se refere ao assunto ou tópico de uma aula. É mais simples e concreto, sendo alcançado em
menor tempo.

Quanto aos DOMÍNIOS os objetivos podem ser:


a) Cognitivo;
b) Afetivo; e
c) Psicomotor.

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Os objetivos indicam modificações no comportamento do aluno. Essas modificações se realizam, no
aluno, ao nível do pensamento, sentimento e ações, ocorrendo em três grandes áreas do
comportamento humano: cognitiva (pensamento), afetiva (sentimento) e psicomotor (ações).

Os objetivos relacionam-se a uma dessas áreas:

 Os objetivos da área Cognitiva abrangem conhecimentos, conceitos, ideias, princípios e


habilidades mentais, enfatizando resultados intelectuais.

 Os objetivos da área Afetiva são associados à atitudes, valores e apreciações, enfatizando


sentimentos e emoções.

 Os objetivos da área Psicomotora são associados à habilidades motoras, enfatizando


resultados em atividades práticas.

3.3 - CUIDADOS NA REDAÇÃO DE OBJETIVOS

 Começar um verbo que determine a conduta do aluno;

 Redigir o verbo no infinitivo, indicando a ação do aluno e não do instrutor;

 Indicar um comportamento observável, ou seja, uma ação que o aluno apresentará no final
da aula;
 Apresentar uma única ação em cada objetivo;

 Evitar o uso de palavras inúteis e verbos ambíguos, pois um objetivo deve ser claro e
preciso; e

 Estar coerente com o tempo e recursos disponíveis.

 A pergunta-chave que o professor/instrutor deve fazer a si mesmo, ao redigir um objetivo, é:

“O QUE FARÁ O ALUNO PARA DEMONSTRAR O QUE APRENDEU”?

3.3.1-VERBOS PARA ELABORAÇÃO DE OBJETIVOS ( DEnsM-1009)

DOMÍNIO COGNITIVO

Aplicar Converter Esboçar Relacionar


Autorizar Criar Escrever Relatar
Avaliar Criticar Especificar Reproduzir
Calcular Defender Exemplificar Resolver
Categorizar Definir Explicar Resumir
Citar Demonstrar Expressar-se Reorganizar
Classificar Descrever Generalizar Rever
Combinar Diferenciar Identificar Selecionar
Compilar Discriminar Ilustrar Separar
Comparar Distinguir Indicar Subdividir

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Compor Dizer Inferir Sumarizar
Concluir Enumerar Interferir
Confirmar Enunciar Interpretar
Contrastar Escolher Inventar

DOMÍNIO AFETIVO

Aderir Dar Felicitar Mostrar


Ajudar Defender Formar Nomear
Alistar Descrever Generalizar Ordenar
Alterar Diferenciar Identificar Organizar
Apresentar Discriminar Iniciar Perguntar
Arranjar Discutir Influenciar Praticar
Assistir Dizer Integrar Preparar
Atuar Enumerar Justificar Propor
Combinar Escolher Ler Qualificar
Comparar Escrever Localizar Realizar
Completar Executar Manter Recitar
Conformar-se Estudar Militar Relacionar
Convidar Explicar Modificar Relatar

DOMÍNIO PSICOMOTOR

Utilizar Criar Fixar Martelar


Aquecer Desligar Furar Misturar
Calibrar Edificar Juntar Ouvir
Colocar Emendar Ligar Pesar
Compor Enroscar Limpar Prender
Consertar Expressar-se Manipular Pintar
Construir Empregar Marcar Resolver
Apontar Empurrar Marchar Reunir
Apontar Envolver Medir Saltar
Arguir Escolher Medir Seguir
Arrolar Escrever Modificar Selecionar
Aumentar Escutar Mudar Soletrar
Bater Especificar Multiplicar Somar
Calcular Esquematizar Nivelar Redigir
Chutar Estabelecer Sublinhar Seguir
Colar Nomear Segurar Serrar
Colocar Trazer Observar Submeter
Combinar Evidenciar Obter Subtrair
Compartilhar Examinar Ordenar Suportar
Completar Examinar Parar Tirar
Compor Expor Pesar Tocar
Computar Fazer Pintar Tomar
Construir Fixar Planejar Traduzir
Construir Ganhar Por Transformar

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Contar Guardar Preencher
Correr Ilustrar Preparar
Cria Indicar Prestar

Verbos e locuções que não devem ser usados na formulação de objetivos:

Apreciar
Compreender
Conhecer
Conscientizar
Desenvolver Compreensão
Entender
Familiarizar
Interessar
Levar
Perceber
Saber
Ter Inclinações
Tornar Familiar
Trabalhar

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4.0 - SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE CONTEÚDOS
4.1. - DEFINIÇÃO DE CONTEÚDO

Os conteúdos representam o conjunto rico e variado de conhecimento devidamente selecionados e


organizados que possibilitam ao aluno desenvolver suas capacidades.
Os conteúdos a serem trabalhados devem estar atualizados e de acordo com as necessidades de
quem aprende. Estas medidas, além de oportunizarem o domínio das informações, favorecerão ao
aluno a compreensão de si mesmo, dos outros e do meio em que vive.

4.2 – QUALIDADES A SEREM OBSERVADAS EM UM CONTEÚDO

A seleção de conteúdos está vinculada, diretamente, à determinação de quais conteúdos são


considerados mais importantes e significativos para serem escolhidos e trabalhados numa
determinada realidade e época, em função de um ou mais objetivos propostos.

Para isso devemos estar atentos para escolher conteúdos que sejam:
 Dignos de confiança, mas também representativos e atualizados;
 Os mais significativos dentro do campo de conhecimentos;
 Os que despertam maior interesse nos alunos;
 Os mais adequados ao nível de maturidade e adiantamento do aluno;
 Aplicáveis as novas situações;
 Passíveis de modificações, adaptações, renovações e enriquecimento;
 Os mais úteis em relação a resoluções que o aluno tenha que tomar; e
 Os que podem ser aprendidos dentro das limitações de tempo e recursos disponíveis.

4.3 – ORGANIZAÇÃO SEQUENCIAL DE CONTEÚDOS

 Uma vez selecionados os conteúdos é necessário organizá-los. A função principal da organização


sequencial é simplificar a compreensão dos conteúdos.
 A organização sequencial se resume em ordenação, onde na seqüência, se faz uma ordenação
vertical, e, no relacionamento, uma ordenação horizontal. Portanto, existem duas formas de
ordenação:

1. Vertical – parte-se de um nível de complexidade a outro mais elevado.


2. Horizontal – que relaciona o conteúdo com diferentes campos do conhecimento humano

4.4 - ASPECTOS CONSIDERADOS NA ORGANIZAÇÃO DE CONTEÚDOS

Entre outros citamos:


1. Logicidade – a sequência deve ser coerente com a estrutura e os objetivos da disciplina,
devendo ir do simples ao complexo e estabelecendo, além de uma ordenação, uma sequência
de ideias.
2. Gradual idade – relaciona-se ao processo das pequenas etapas, contínuas e sistemáticas.

3. Continuidade – está relacionada à logicidade e gradualidade, pois propicia a articulação


entre os conteúdos. Deve atender ao crescimento, à maturidade e aos interesses do aluno. É
uma cadeia na qual cada elo vai se encaixando e ajustando aos anteriores.

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O professor é quem seleciona, organiza e apresenta o conteúdo ao aluno, de acordo com um plano
que atenda interesses e necessidades de sua classe. Neste sentido, sua preocupação básica de uma
situação para outra deve ser:
 Manter o que foi bom e positivo;
 Melhorar o que não foi totalmente satisfatório;
 Suprimir o que não foi produtivo e adequado; e
 Idealizar novas maneiras de tratar sua disciplina com vistas a torná-la mais agradável, acessível
e interessante para seus alunos.

É conveniente provocar a reação do aluno para obter dados sobre as informações que ele já tem e
colher sugestões a respeito das que ele procura. O objetivo é encorajar o interesse dos alunos pelo
conteúdo e estimulá-los a desenvolver uma variedade de processos mentais.

O tratamento do conteúdo no planejamento de ensino exige, cada vez mais, originalidade,


criatividade e imaginação por parte do professor. Assim, ele poderá oferecer novas formas de tratar
os mesmos assuntos e atender o aumento de informações na atualidade. Neste momento ele estará
auxiliando o aluno a crescer e a desvendar novas perspectivas em relação a realidade.

25
5.0 - MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO
5.1 – CONCEITOS

Método de Ensino é um ROTEIRO geral para a atividade de ensino.


O método indica as grandes linhas de ação didática, sem se deter em operacionalizá-las e tem sua
estruturação norteada sempre por uma Filosofia de Educação. É em função disso que “quando o
fim da educação era a pura transmissão de conhecimentos, os métodos tinham caráter
eminentemente intelectual, mas com evolução dos conceitos pedagógicos e a aceitação de que o
fim da educação é o desenvolvimento integral da individualidade e o ajustamento eficiente e o
meio social, a metodologia didática passa a ser muito mais complexa, de caráter global e ativo”.
(Luzuriaga, 1968).

5.1.1 – CONCEITO DE TÉCNICA DE ENSINO


Técnica de Ensino é a OPERACIONALIZAÇÃO do método.
Consiste numa maneira particular de organizar o ensino, a fim de provocar a atividade do aluno
processo de aprendizagem.
Em analogia, pode-se dizer que o método é um caminho que leva até certo ponto, sem ser o
veículo de chegada, o qual consiste na técnica.

5.1.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO


Segundo Taba (1974), nem todos os indivíduos chegam à aprendizagem utilizando o mesmo
procedimento, o mesmo tipo de atividade ou os mesmos recursos. Um estudante, por exemplo,
pode formular com êxito generalizações sobre criatividade ou crescimento de vegetais, realizando
uma leitura, outros, no entanto, podem obter o mesmo resultado mediante a observação ou
experimentação. A leitura estimula a reflexão em alguns, outros necessitam da discussão para
atingir objetivo idêntico.
Tendo em vista este pressuposto de que a aprendizagem pode se processar de diferentes formas,
classificam-se os métodos de ensino em:

MÉTODOS DE ENSINO:
1. INDIVIDUALIZADOS;
2. SOCIALIZADOS OU EM GRUPO;
3. SOCIO-INDIVIDUALIZADOS; e
4. COLETIVOS.

a) Métodos de ensino individualizados


São aqueles que se dirigem diretamente a cada educado, individualmente, atendendo às
condições pessoais de ritmo de trabalho, interesses, necessidades e aptidões. Há sempre
predominância das atividades individuais de estudo e pesquisa.

b) Métodos de ensino socializados ou em grupo


São aqueles que enfatizam o trabalho em grupo com vista à interação mental e social,
proveniente dessa modalidade de tarefa. A preocupação máxima é a integração do educando ao
meio social e a troca de experiência.

c) Métodos de ensino sócio-individualizados


Baseiam-se na busca de equilíbrio entre a ação grupal e o esforço individual, no sentido de
promover a adaptação do ensino ao educando e o ajustamento deste ao meio social.

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d) Métodos de ensino coletivo
São aqueles que se dirigem ao mesmo tempo e da mesma forma, para todos os educandos
igualmente, procurando atuar, de modo geral, com base no “educando médio” ou “na média da
turma”.
Um processo ideal de ensino deve apresentar diferentes métodos de ensino, pois o educando se
defrontaria, em sua vida, com situações que terá de enfrentar sozinho, outras em que terá que
atuar articuladamente com outras pessoas, e outras ainda, em que terá de receber informações já
elaboradas, individualmente ou coletivamente.

5.1.3 - CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO


Para selecionar o melhor método ou técnica a ser utilizada devem ser considerados os seguintes
critérios:

1. Objetivos de Ensino - Por intermédio dos métodos e técnicas são criadas situações que
permitem ao aluno viver as experiências necessárias ao alcance dos objetivos (mudanças
cognitivas, afetivas e psicomotoras). Por isso, os métodos e técnicas devem ser selecionados
em função dos Objetivos.
2. Experiência didática do professor - Ao selecionar uma técnica, o professor deve levar
em consideração sua experiência na utilização dessa técnica;
3. Clientela - Considerar a idade, maturidade, interesses, característica, etc.
4. Tempo disponível - Técnicas mais complexas exigem maior tempo para seu
desenvolvimento; assim, o professor deve verificar se o tempo disponível permitirá
concluir todo o trabalho;
5. Recursos disponíveis - Se não existem condições físicas e materiais necessárias para a
utilização de uma determinada técnica, o professor deverá optar por outra; e
6. Estrutura do assunto e tipo de aprendizagem envolvida - Cada assunto possui uma
estrutura diferente que exige, também, uma aprendizagem diferente. Se os processos para
a aquisição de conhecimento são diferentes, os métodos e técnicas utilizados também
deverão ser.

Além dos critérios acima apresentados, outros aspectos importantes também devem ser
considerados:
1. INTEGRAÇÃO - Nenhum método ou técnica, sozinho, é suficiente; é preciso que haja
uma integração de métodos e técnicas, inclusive em uma mesma aula;
2. FLEXIBILIDADE - O professor deve ter a sensibilidade para perceber quando um
método ou técnica não funciona e, ao mesmo tempo, capacidade para realizar a mudança
necessária; e
3. CRIATIVIDADE - Não existem fórmulas infalíveis para a seleção de métodos ou
técnicas. Assim, a criatividade torna-se importante, na medida em que, a partir do que foi
estudado, possam ser criados métodos e técnicas mais adequadas a cada situação.

5.2 – TÉCNICAS DE ENSINO MAIS UTILIZADAS NA MB

Citamos abaixo as Técnicas de Ensino mais utilizadas no Sistema de Ensino Naval, que serão
estudadas mais detalhadamente a seguir:

a) Técnica de Ensino Individualizado:


Ex: Estudo Dirigido

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b) Técnica de Ensino Socializado:
Ex: Dinâmica de Grupo

c) Técnica de Ensino Socioindividualizado:


Ex: Estudo de caso

d) Técnicas de Ensino Coletivo:


Ex: Exposição Oral. e Demonstração Aplicação Prática.

5.2.1-TÉCNICA DE ENSINO COLETIVO


Exposição Oral - Aula Expositiva - Exposição Didática
Consiste na apresentação oral, pelo docente, de um tema ou assunto logicamente estruturado aos
alunos.

Ao utilizar está técnica, o docente pode assumir duas posições:


1 - Posição tradicional - é uma posição em que a mensagem transmitida não pode ser contestada,
devendo ser aceita sem discussões e com a obrigação de repeti-la. O aluno é apenas um ouvinte,
um ser passivo e o docente o único detentor de saber e condutor exclusivo do processo de ensino.

2 - Posição de diálogo - utiliza o diálogo entre o docente e os alunos para estabelecer uma
relação de intercâmbio de conhecimentos e experiências. Hoje, somente esta posição é a viável de
ser utilizada, pois minimiza a passividade e a simples memorização.

5.2.2 - VANTAGENS E LIMITAÇÕES DO USO DA EXPOSIÇÃO ORAL:

Podemos destacar as seguintes VANTAGENS:

a) Economia de tempo. Isso significa que determinado assunto poderá ser sintetizado de tal forma
por uma exposição que, previsto para quatro horas, por exemplo, poderá ser apresentado em apenas
uma hora.
b) Supre a falta de bibliografia para o aluno. Quando há dificuldade de acesso às publicações
existentes.
c) Ajuda na compreensão de assuntos considerados complexos. O professor traduz em linguagem
mais simples, fazendo uso de ilustrações e exemplificações que facilitam o entendimento por parte
dos alunos.
Permite que o conteúdo seja trabalhado com um grande número de alunos ao mesmo tempo.

Entretanto, seu uso apresenta as seguintes LIMITAÇÕES:


a) O instrutor é o único “ator”, logo o trabalho mental é muito grande;
b) Estimula, em geral, apenas os sentidos de visão e audição;
c) A incentivação é mais difícil, pois dependerá, exclusivamente, da habilidade do instrutor;
d) Cansa mais rapidamente os alunos;
e) Depende do interesse e da atenção dos alunos, o que torna sua eficácia bastante problemática;
f) Mantém os alunos numa atitude de passiva receptividade, pouco favorável à autêntica
aprendizagem. e
g) Torna-se cansativa e pesada demais quando empregada em forma maciça e exclusiva, sem o
uso de recursos instrucionais para reforçá-la e torná-la mais concreta e compreensível.

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5.2.3 - DESENVOLVIMENTO DE UMA BOA AULA EXPOSITIVA:

a) Organizar uma relação dos tópicos a abordar, tendo em vista o propósito a alcançar,
determinando uma sequência lógica, sempre do simples para o complexo;
b) Desenvolver o assunto, seguindo os tópicos selecionados que deverão estar à vista ou serem
apresentado por meio de um recurso instrucional;
c) Frisar os pontos importantes, através de gestos, variações na voz ou usando o quadro de giz
ou outro recurso instrucional;
d) Adaptar a preleção ao nível da turma. Não utilizar linguagem desnecessariamente complexa e
sofisticada;
e) Incentivar e associar sempre que possível (fazer comparações com conhecimentos anteriores,
a fim de melhorar a compreensão) e utilizar exemplos, já que produzem melhores resultados
que muitas explicações;
f) Sumariar sempre que completar a exposição de um tópico de aula é uma prática de bons
resultados;
g) Tornar a explicação clara e objetiva, evitando frases complexas e rodeios desnecessários;
h) Tornar a explicação o mais concreta possível, através de exemplos, gráficos e recursos
instrucionais, de modo a facilitar a compreensão do aluno;
i) As informações transmitidas devem ser dadas numa sequência lógica para a compreensão do
aluno, evitando explicações suplementares que dificultem a compreensão;
j) A atenção do aluno deve estar voltada para a exposição do instrutor. Assim, deve-se evitar
tudo que possa distraí-los, como recursos instrucionais expostos sem estar sendo utilizados,
conversas laterais entre alunos, interrupções, etc;
k) Alternar a preleção com outras técnicas e reforçá-las com outros recursos;
l) Evitar, ao máximo, utilizá-la em assuntos práticos;
m) Programar estudos e trabalhos complementares;
n) Certificar-se de que os alunos estão atentos e compreendendo o que está sendo ensinado.
Observar durante o desenvolvimento da aula, os sinais de aborrecimento e cansaço, tais como:
a forma dos alunos se sentarem, sonolência e o burburinho da sala; e
o) Ficar visível para toda a turma e movimentar-se durante a aula.

5.3 TÉCNICA DE PERGUNTAS/ INTERROGATÓRIO DIDÁTICO

Embora alguns livros o coloquem como uma Técnica de Ensino, na realidade esta é uma técnica
auxiliar para aperfeiçoamento de outras técnicas e tem outras funções:
1. Preparadora - sondagem de conhecimentos;
2. Incentivadora - incentivação para a aprendizagem;
3. Disciplinar - manutenção da disciplina;
4. Retificadores - diagnósticos de deficiências e incompreensões dos alunos com vistas à
orientação do processo;
5. Fixadora - recapitulação, integração e fixação do conteúdo; e
6. Verificadora - verificar o rendimento da aprendizagem.

5.3.1 – TIPOS DE PERGUNTAS


De acordo com a forma com que são elaboradas e o momento em que são utilizadas, podemos
classificar as perguntas nos seguintes tipos:

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PERGUNTA GERAL
É aquela em que o professor faz a turma, sem especificar quem deverá responder.
Este tipo de pergunta é usado para:
1. Incentivar os alunos;
2. Incentivar, prolongar ou retomar um debate;
3. Manter o interesse da turma;
4. Aumentar a participação;
5. Reanimar a turma, quando perceber desinteresse em determinados momentos da aula; e
6. Verificar a aprendizagem.

PERGUNTA DIRIGIDA
É aquela que o professor dirige a um determinado aluno, devendo o mesmo ser chamado pelo
nome, após ser dado um tempo para a turma pensar na resposta. Tem os seguintes propósitos:

a) Encorajar um tímido (neste caso, procure fazer uma pergunta fácil, de tal modo de que ele
possa responder e, como isso motivar-se a participar e se integrar ao grupo);
b) Interromper um diálogo paralelo (neste caso, deve-se aproximar antes, dos alunos que estão
dialogando, procurando inibir a conversa; caso não obtenha êxito, procure saber se o assunto é
pertinente; se for, solicite que os alunos passem para o grupo suas possíveis dúvidas ou
questionamentos; se não, faça, a pergunta desejada a um deles, sem o enfoque de repreensão);
c) Obter a atenção de um aluno – neste caso, faça a pergunta de forma sutil, de tal modo que não
o bloqueie; e
d) Verificar a aprendizagem.

PERGUNTA REVERSA.
É a pergunta feita por um aluno ao professor, na qual este último devolve ao aluno. Visa:
a) Estimular o aluno a responder, caso ele seja tímido;
b) Solicitar ao aluno que aperfeiçoe a pergunta, caso a mesma não tenha sido clara;
c) Ganhar tempo para pensar na resposta, caso não tenha no momento.

PERGUNTA REDISTRIBUÍDA
É a pergunta feita por um aluno ao professor, o qual repassa à turma ou a um determinado aluno.
Tem a finalidade de:

a) Aumentar a participação geral (neste caso repasse a pergunta à turma);


b) Buscar a participação de um determinado aluno – neste caso, procure aplicar a técnica somente
quando tiver certeza de que o aluno tem capacidade para responder;
c) Solicitar a opinião de um “especialista” - neste caso, procure valorizar a resposta para poder
contar sempre com a colaboração do mesmo; e
d) Ganhar tempo para pensar na resposta, caso não a tenha no momento.

5.4 - DEMONSTRAÇÃO / APLICAÇÃO PRÁTICA


Como técnica de ensino, a demonstração visa, basicamente, a mostrar como fazer uma tarefa, uma
operação envolvendo ações com materiais diversos – ferramentas, e equipamentos e máquinas –
demonstrar conceitos ou teoremas, comprovar afirmações.

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5.4.1 – QUALIDADES DA TÉCNICA DE DEMONSTRAÇÃO
A técnica da demonstração é muito versátil e o professor pode fazer uso dela para alcançar
diferentes objetivos, principalmente os ligados aos conhecimentos tecnológicos e científicos.

Nesse sentido, a demonstração tem por objetivo:


1. Propiciar a articulação da PRÁTICA com o conhecimento TEÓRICO;
2. Aprofundar e consolidar CONHECIMENTO;
3. Confirmar explicações orais e escritas, tornando-as mais REAIS e CONCRETAS;
4. ILUSTRAR o que foi exposto, discutido ou lido;
5. Estimular a CRIATIVIDADE;
6. Aplicar técnica de trabalho ou executar determinada tarefa ou operação com o auxílio de
ferramentas, instrumentos, máquinas ou aparelhos diversos;
7. Desenvolver as funções PSICOMOTORAS necessárias às situações de vida profissional;
8. Propor alternativas para resolver PROBLEMAS.

5.4.2 - TIPOS DE DEMONSTRAÇÃO


a) INTELECTUAL – trabalha-se com argumentos logicamente encadeados (ex.: Matemática,
Física, Lógica);
b) EXPERIMENTAL – trabalha-se em laboratórios ou diretamente com a natureza (por ex.:
Química, Biologia, Ciências Naturais);
c) DOCUMENTÁRIA – trabalha-se com documentos ou produtos culturais (ex.: História,
Antropologia);
d) OPERACIONAL – técnicas de trabalho com aparelhos ou não.
Sendo esta última a mais adequada às aulas práticas de laboratórios e oficinas escolares e, de
certa forma, às aulas de Educação Física e Educação Artística.

5.4.3 - ETAPAS PARA DESENVOLVIMENTO DE UMA DEMONSTRAÇÃO


A demonstração compreende três etapas interligadas que são: preparação, realização e avaliação.
1) Preparação da Técnica - envolve algumas atividades preliminares como: definição dos
objetivos; organização do conteúdo e respectivos passos do processo a ser demonstrado; previsão
das atividades dos alunos, sua disposição e participação, seleção, agrupamentos e disposição na
ordem de utilização dos diversos tipos de materiais.
Deve-se:
1. Verificar o local e os equipamentos.
2. Escolher a melhor técnica de condução: coletiva, em grupos ou individual.
3. Garantir a boa visualização de todos e que todos participem das atividades.
4. Conferir se tudo está conforme o planejado antes da chegada dos alunos

2) Demonstração da Técnica - é a etapa em que o professor vai apresentar a tarefa, operação ou


atividade nova ao aluno. Essa etapa compreende dois momentos: a demonstração realizada pelo
professor e a execução da tarefa, operação, ou a realização da demonstração pelo aluno.
A demonstração propriamente dita exige do professor uma série de incumbências, tais como:
1- Apresentar os objetivos da demonstração.

31
2- Apresentar o roteiro da demonstração para que o aluno tenha uma visão global da
atividade, favorecendo a compreensão lógica de conteúdo.
3- Explicar os mecanismos básicos da demonstração que vai realizar, salientando os
pormenores mais importantes a serem observados ou informações essenciais para se
compreender a demonstração e aprender novas operações.

5.4.4 - VANTAGENS E LIMITAÇÕES DO USO DA DEMONSTRAÇÃO


Vantagens
1. É adequada para instituir grupos heterogêneos;
2. Possibilita grande poder de comunicação;
3. É adequada, a qualquer nível de aluno;
4. Desperta maior interesse do aluno;
5. Facilita a aprendizagem;
6. Impressiona um maior número de sentidos.

Limitações
1- Exige muito material, tornando o ensino mais dispendioso;
2- Dificuldade de condução;
3- Não permite a apresentação de muitas idéias;
4- Dificuldade em aplicar a grandes grupos.

5.5 - TÉCNICAS DE ENSINO INDIVIDUALIZADO


5.5.1 ESTUDO DIRIGIDO
Consiste em levar o aluno, individualmente, a estudar um tema na extensão e profundidades
desejadas pelo professor, tendo como base um texto elaborado ou selecionado que deverá ser lido,
e um roteiro com questões previamente elaboradas pelo professor, que são de responsabilidade do
aluno, e posteriormente terão suas respostas verificadas por meio de uma folha gabarito ou
discussão em sala.
Para o bom desenvolvimento da técnica, são indispensáveis: silêncio na turma e presença do
professor.

5.5.2 OBJETIVOS DA TÉCNICA


A utilização da técnica propicia o alcance dos seguintes objetivos:

1. Retirar o educando da passividade;


2. Ensiná-lo a encontrar, por si, o que precisa, isto é, a pesquisar por conta própria;
3. Exercitar no uso de instrumentos de estudo e fonte de consulta, como dicionários, mapas,
enciclopédias, revistas e manuais.
4. Melhor conhecer o educando quanto ao seu preparo, suas possibilidade e limitações;
5. Conferir confiança em si, pelas tarefas vencidas como base no esforço próprio;
6. Favorecer o trabalho dos educandos mais lentos, uma vez que cada um passará a estudar dentro
do seu próprio ritmo.

5.5.3 VANTAGENS E LIMITAÇÕES DO USO DE ESTUDO DIRIGIDO


Vantagens:
1. Permite o atendimento de diferenças individuais;
2. Substitui a explicação do professor pelo estudo do próprio aluno em material previamente
preparado;
3. Desenvolve atitudes adequadas a hábitos de estudo;

32
4. Desenvolve o pensamento reflexivo; e
5. Cria ambiente favorável à concentração mental.

Limitações:
1. Favorece a elaboração de questões de memorização; e
2. Caso não seja bem planejado, pode levar alguns alunos com ritmo mais rápido a ociosidade e a
uma consequente interferência na atividade dos demais.

5.5.4 ETAPAS PARA DESENVOLVER O ESTUDO DIRIGIDO:


1. Introdução normal da aula;
2. Apresentação e explicação do funcionamento da técnica aos alunos;
3. Citar o propósito do trabalho;
4. Distribuir o material e determinar o início;
5. Controlar o trabalho;
6. Encerrar o trabalho com flexibilidade.
7. Dividir a turma em grupos para discussão, se for o caso;
8. Comentar as respostas e levar os alunos a uma conclusão;
9. Correção do trabalho; e
10. Devolver os questionários corrigidos.

5.6 - TÉCNICA DE ENSINO SOCIALIZADO


5.6.1 – DINÂMICA DE GRUPO
Denomina-se dinâmica de grupo o estudo da conduta dos grupos como um todo, e das variações da
conduta individual de seus membros nas relações que se processam dentro do grupo e entre
diferentes grupos.
A utilização da Dinâmica de Grupos surgiu como resultado da evolução natural de diferentes
correntes pedagógicas, que progressivamente tentavam dar ao ensino um caráter mais socializante e
ativo.

5.6.2 - FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DOS GRUPOS


Ao utilizar Técnicas de Dinâmica de Grupos, o professor deve ter em mente que é aconselhável
que os grupos se formem por si, livremente, segundo preferências e amizades, devendo haver,
porém, intervenção discreta nessas formações quando o professor notar farta heterogeneidade ou
propósito de alguns explorarem o trabalho de outros.
Os grupos podem formar-se de quatro modos:
1. Por imposição do professor;
2. Por sugestão do professor;
3. Por livre iniciativa dos alunos; e
4. Por indicação de um sociograma.

5.6.3 - PAPÉIS DESEMPENHADOS NOS GRUPOS


Ao desenvolver alguma técnica de dinâmica de grupo, para facilitar o esforço do grupo na
resolução da tarefa que lhe for proposta, convém que se definam os papéis que podem ser
assumidos por seus membros, entre os quais destacam-se:

33
Coordenador - tem como função orientar e controlar a ação do grupo em relação aos objetivos,
planejando e dinamizando as realizações, integrando as conclusões, representando os membros do
grupo junto ao professor e demais colegas;
Secretário - têm a responsabilidade de registrar o plano do trabalho a ser desenvolvido, as idéias
apresentadas em relação ao assunto em pauta e as conclusões;
Relator - é o elemento responsável por ler e apresentar as conclusões do grupo ao professor e aos
colegas;

5.6.4 - ETAPAS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES GRUPAIS


Planejamento - é a etapa em que os alunos determinam os objetivos a atingir, apontam
alternativas para a ação a desenvolver, prevêem os recursos a utilizar e definem os papéis de cada
um.
Ação do grupo - É a etapa de execução da ação planejada. Inclui os seguintes passos:

1 - Coleta de dados e materiais.


Cada aluno coleta dados e materiais relativos aos assuntos em estudo individual ou em grupo de
pesquisa. O professor pode auxiliar os alunos fornecendo uma relação bibliográfica.

2 - Elaboração de dados.
Os dados e os materiais coletados são apresentados ao grupo, que passa, então, à análise e seleção
dos mais adequados aos objetivos propostos. Este é um dos passos mais importantes da ação
grupal e deve resultar, sempre, do consenso do grupo.

3 - Relatório do grupo.
Obtidas as conclusões, o grupo organiza um relatório que deve ser apresentado ao professor e aos
demais colegas de classe.

4 – Avaliação.
É a etapa em que os alunos verificam se todos os objetivos foram atingidos As conclusões
obtidas, nesta etapa, servirão de base para os novos planejamentos da ação grupal.

VANTAGENS DO USO DA TÉCNICA DE DINÂMICA DE GRUPOS


1- Permite a generalização, transparência e fixação do assunto aprendido pelos alunos; e
2- Atua nos aspectos do relacionamento interpessoal.

TÉCNICA DE DINÂMICA DE GRUPOS


Apresentamos a seguir alguns exemplos de técnica dinâmicas de grupos:
Grupo de Cochicho - Consiste na divisão do grande grupo em pequenos segmentos de dois
alunos, que discutem entre si, de maneira informal, problemas, idéias e opiniões.
Meditação - Murmúrio - Consiste na discussão de um pequeno grupo, geralmente quatro ou
cinco elementos, frente a um grande grupo. É apropriada para incentivar a aula inicialmente.
Philips 66 ou Fracionamento - Consiste na divisão de um grande grupo de alunos em pequenas
frações de seis membros, que discutem um assunto durante seis minutos, que em seguida será
apresentada a conclusão para toda a turma. Ideal para discussão de problemas simples.
Dramatização - Serve para atender vários fins. Entre os principais estão:
Desenvolver “empatia”, isto é, fazer com que os alunos se coloquem imaginariamente em outro
papel. Trazer para a sala de aula um pedaço da realidade social de fora, de forma viva e sincera.

34
Painel - Uma equipe de especialistas estuda um tema em forma de conversação ou diálogo perante
o grupo. Consiste na obtenção de informações variadas através de conversa informal e debates
entre os expositores sobre um tema proposto em toda a sua extensão

Debate com competição:


O princípio básico desta técnica consiste em que o aluno aprenda a estudar em grupo, assimilando
o que os outros saibam e partilhando o que ele sabe. Esta técnica é adequada para se fazer uma
revisão geral da disciplina antes de uma prova, ajudando os alunos a estudarem e tirarem pontos de
dúvida da disciplina.
- O instrutor deve dividir a matéria em unidades de Ensino.
- Forme tantos grupos quantas forem as unidades de ensino;
- Coloque os grupos para estudarem e debaterem entre si;
- Faça com que os grupos extraiam o que há de mais importante sobre forma de perguntas diretas,
- Utilize este guia de estudo para que seja utilizado na competição; e
- Se possível, faça uma premiação do vencedor.

5.6.5 - ESTUDO DE CASO


Consiste no estudo detalhado de um acontecimento, situação, fato que requer a formulação
técnica de uma solução, a ser dada por um grupo de alunos.
O caso a ser estudado pela turma poderá ser verídico ou imaginado, construído pelo professor ou
retirado de um filme, artigo jornalístico, etc.
O que se busca é uma análise de soluções, tendo em vista suas vantagens e desvantagens.
Estimulando no aluno a formação de juízos de realidades e juízos de valor, capacitando-os a uma
tomada de decisões.

Vantagens e limitações do uso do estudo de caso:


● Vantagens
1- A técnica do estudo do caso é bastante flexível, permitindo a apresentação de qualquer tipo de
problema em seus vários graus de pormenores;
2- Estimula os participantes a adquirirem boa prática de avaliar e reforçar suas próprias
conclusões e alternativas;
3- Levar o aluno a pensar em termos de várias causas e efeitos, a tendência de soluções
simplistas; e
4- Exercita a imaginação e a flexibilidade mental do aluno com base em fatos.
● Limitações
1- A elaboração exige certos cuidados, o que dificulta a apresentação de temas que motivem
todos os participantes da técnica;
2- É necessário habilidade na apresentação do caso;
3- O líder do grupo deve ser um conhecedor do tema e um sintetizador de ideias;
4- Casos muito detalhados se prolongam em demasia, desgastando o grupo e diminuindo o
interesse dos participantes.

Etapas para o desenvolvimento da técnica


1- Apresentação do tema por escrito. Pode ser um caso real ou hipotético.
2- A turma em grupo, passa a trabalhar, podendo, para isso, consultar as fontes que desejarem;
3- As soluções, apreciações ou críticas dos grupos são apresentadas à turma e discutidas;
4- O professor apresenta a solução do problema baseado em fatos.
5- O professor, em prosseguimento, promove ampla discussão.

35
5.6.6 Resumo das Técnicas de Enisno de acordo com a DEnsM-1009

a) Aula Expositiva (AE): esta técnica caracteriza-se pela exposição oral/escrita doconteúdo pelo
docente, sem levar em conta conhecimento prévio dos estudantes, e espaço para questionamentos.
Caracteriza-se por uma predominância na figura do docente, tendo o aluno um papel passivo,
recebendo as informações transmitidas. Apresenta a vantagem de possibilitar a disseminação de
informações a um número elevado de alunos.

b) Aula Expositiva Dialógica (AED): utiliza a adoção da aula expositiva mediada como técnica
capaz de estimular o pensamento crítico do aluno. Caracteriza-se pela exposição de conteúdos com
a participação ativa dos estudantes, considerando o conhecimento prévio dos mesmos, sendo o
docente o mediador para que os alunos questionem, interpretem e discutam o objeto de estudo. Cabe
ao professor contextualizar o tema de modo que mobilize as estruturas mentais do aluno para que
este articule informações prévias que já traz consigo.

c) Aula Prática (AP): consiste na execução de tarefas práticas pelo aluno, sob a orientação do
professor/instrutor. Pode ser conduzida em sala de aula, laboratórios, oficinas, campo, a bordo ou
em outros locais onde existam os equipamentos reais e/ou simuladores indispensáveis à instrução.
Requer um planejamento adequado e a existência de material e equipamento em quantidade
suficiente para todos os alunos. Embora exija uma carga horária maior para sua condução, é
insubstituível quando os objetivos traçados e assuntos a serem abordados têm caráter
eminentemente prático.

d) Brainstorm ou Tempestade Cerebral (TC): é uma técnica que consiste em uma busca de soluções
para problemas variados, tendo como objetivo motivar a construção de respostas imediatas
relacionadas a um determinado assunto a ser desenvolvido pelo docente. Possibilita a concentração
de ideias, a classificação e a análise das respostas pelo grupo.

e) Construção Colaborativa (CC): nesta técnica de ensino o docente utiliza a mídia, internet, como
recurso favorável para a construção cooperativa e colaborativa. O trabalho conjunto entre docentes
e alunos ocorre por meio de pesquisas em tempo real, do estímulo a uma investigação sobre um
problema de atualidade e a construção de um processo dinâmico e inovador do conhecimento.

f) Discussão Dirigida (DD): Técnica de ensino em que os alunos expressam suas ideias, após
analisarem criticamente um livro, texto ou tema de interesse relacionado com a matéria.
Evidentemente, toda discussão pressupõe o conhecimento prévio do assunto mediante estudos e
leituras preparatórias. Ao final da atividade, deve-se fazer uma avaliação, onde será apontado o
valor das contribuições feitas pelos alunos, bem como a importância das conclusões.

g) Debate (D): é uma técnica baseada na argumentação na qual duas ou mais ideias antagônicas são
definidas ou criticadas pelos alunos com base em argumentos. Para sua condução o docente deverá
criar um ambiente propício no qual os alunos poderão argumentar, possibilitando o reconhecimento
de visões contraditórias as suas afirmações. É desejável que os alunos realizem previamente leituras
de bibliografias relacionadas ao assunto a ser desenvolvido a fim de enriquecer as discussões em
grupo.

h) Demonstração Prática (DP): é uma técnica baseada na execução de ações e tarefas práticas pelo
professor/instrutor ou por um grupo de alunos, onde o restante da turma apenas observa. Deve ser
empregada como preparação para a aula prática ou como alternativa a esta, no caso de não haver
material disponível para todos os alunos.

36
i) Dinâmica de Grupo (DG): é uma técnica na qual são apresentadas situações hipotéticas aos
alunos, cuja finalidade é verificar as reações e busca de soluções. Permite ao docente perceber os
comportamentos do aluno, relacionado-os com os conteúdos aprendidos.

j) Estudo de Caso (EC): é uma técnica de abordagem metodológica de investigação utilizada para
compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos, nos quais estão
simultaneamente envolvidos em diversos fatores relativos ao fato a ser estudado. A principal ação
desta técnica é a investigação.

k) Estudo Dirigido (ED): é uma técnica que possibilita a consolidação dos conhecimentos dos
alunos por meio de uma combinação de explicações dos docentes com exercícios individuais dos
alunos. Para orientação dos alunos, deverá ser elaborado um roteiro no qual são apresentadas as
principais ações a serem realizadas.

l)Fóruns e Seminários (F/S): são técnicas de ensino socializado, nas quais os alunos se reúnem em
grupo com o objetivo de estudar, investigar, um ou mais temas, sob a direção do docente. O docente
tem que orientar a técnica de seminário para que não ocorra uma apresentação baseada em um único
interlocutor, pois assim sendo, permitirá apenas a mera substituição da aula dada tradicionalmente
pelo professor. É indicada quando o objetivo é investigar um problema, ou mais temas sob
diferentes perspectivas, tendo em vista alcançar profundidade de compreensão. Por meio desta
técnica, o aluno poderá analisar criticamente fenômenos observados, ou as ideias do(s) autor (es)
estudado(s). O docente poderá trabalhar em sala de aula de forma cooperativa e instaurar o diálogo
crítico sobre um ou mais temas.

m) Pesquisa de Campo (PC): é uma técnica ativa, na qual o aluno constrói gradativamente o
conhecimento. A pesquisa é um processo mais amplo do que a experimentação, ela pode funcionar
como fonte de motivação, quando o docente indica um tema de estudo e divide a turma em grupos
para estudá-lo, incentivando às experiências, aos inquéritos, às visitas, às consultas às autoridades
em assuntos específicos, à busca em arquivos e bibliotecas, à consulta às entidades científicas,
culturais e administrativas nacionais e estrangeiras.

n) Philips 66 (PP): nesta técnica de ensino o docente divide o trabalho em duas etapas, na primeira
ocorre a divisão da classe em pequenos grupos para a discussão de um determinado tema, com
duração de 6 minutos. Na segunda etapa ocorre a reunião dos grupos menores em um grupo maior
para a apresentação das conclusões de cada um pelo relator. As conclusões devem ser registradas
pelo secretário, a fim de que se possa fazer uma síntese final dos trabalhos.

o) Sala de Aula Invertida (SAI): é a técnica na qual se propõe a inversão dos papéis na sala de aula,
entre docente e aluno. Nesta técnica de ensino o aluno estuda previamente o assunto da aula, em
seguida irá apresentá-lo na aula, interagindo com os demais alunos e com o docente, realizando
atividade de resolução de problemas ou projetos, discussões, laboratórios e outros, com o propósito
de apoiar o docente e estimular o trabalho colaborativo entre os alunos.

p) Trabalho Individual (TI) ou Trabalho em Grupo (TG): consiste na elaboração de um trabalho


escrito sobre determinado tema, onde o(s) aluno(s) terá(ão) a oportunidade de criar e produzir a
partir dos conhecimentos adquiridos na disciplina.

37
6.0 - RECURSO INSTRUCIONAL
6.1 – CONCEITOS

RECURSO INSTRUCIONAL (RI)

É todo aparelho, material ou objeto que tenha a finalidade de estimular os órgãos dos sentidos dos
alunos, otimizando o processo ensino-aprendizagem.

MATERIAL DIDÁTICO

É todo material utilizado nas atividades de ensino.

6.1.1 RELAÇÃO ENTRE “RI” E “MD”

Todo recurso instrucional é um material didático, mas nem todo material didático é um recurso
instrucional.

6.1.2 TIPOS DE RECURSOS INSTRUCIONAIS

1. AUDIOVISUAL: Televisão / Projetor de Multimídia / Projetor de Filmes /


Microcomputador / Datashow / Projetor LCD / DVD
2. TRIDIMENSIONAIS: Objeto / Modelo / Espécime
3. AUDITIVOS: Gravador / Aparelho de Som / Rádio
4. VISUAL: Projetor de Slides / Retroprojetor / Quadro de Giz / Quadro Branco (de lousa ou
de fórmica) / Álbum Seriado / Microcomputador / Cartaz etc.

6.1.3 ELEMENTOS RELEVANTES PARA A EFICÁCIA DOS RI

1. Envolvimento mental ativo dos alunos por meio da atenção, interesse e percepção. Ou seja,
sua eficácia dependerá da interação entre estes recursos instrucionais (RI) e as mentes dos
alunos;
2. Aproveitamento das funções próprias de cada tipo de recurso instrucional (RI) e a
preparação de materiais de boa qualidade;
3. Natureza do tema – Alguns temas são mais suscetíveis de visualização, sonorização ou outro
estímulo específico;
4. Desempenho didático do professor, sempre de modo coerente com os objetivos educacionais.
5. Correta instalação e ambiente propício à utilização do recurso instrucional (RI) selecionado.
(verificar tomadas, forma da sala, claridade, etc); e
6. Cálculo das necessidades e do tempo necessário à utilização do recurso instrucional (RI)
selecionado.

6.1.4 - CUIDADOS NA SELEÇÃO DOS RI

A uti1ização de um recurso instrucional, para ser realmente eficaz no ensino, requer um prévio
planejamento. A seleção, produção ou utilização desses recursos deve estar coerente com os
propósitos da aula, os conteúdos, o nível de desenvolvimento dos alunos, as estratégias instrucionais
previstas e o processo de ava1iação escolhido. Assim, é fundamental observar as seguintes normas:

38
a) Adequação;

b) Atualidade;

c) Disposição;

d) Simplicidade;

e) Aplicabilidade;

f) Clareza; e

g) Visibilidade.

6.1.5 - VANTAGENS DOS RECURSOS INSTRUCIONAIS

Atuam diretamente sobre os órgãos dos sentidos dos alunos, facilitando a aprendizagem;
• Melhoram a retenção;

• Atuam como incentivo;

• Economizam tempo;

• Reforçam a comunicação oral; e

• Contribuem para obter a atenção ao aluno.

6.1.6 RESUMOS DOS RECURSOS INSTRUCIONAIS : DEnsM-1009

a) Blogs (BL): são sites que, em sua estrutura, permitem a atualização rápida a partir de artigos ou
posts. Os BL permitem a autoria de várias pessoas, nos quais podem ser inseridos, vídeos, imagens,
áudios, textos e comentários.

b) Equipamento Real (ER): são equipamentos que permitem demonstrar um procedimento, uma
ação, um método, uma operação ou uma técnica.

c)Games (GM): é uma ferramenta que permite a valorização da criatividade, tanto do aluno quanto
do ambiente, e do produto do processo de ensino-aprendizagem. Por intermédio dos GM, os
estudantes se beneficiam, criando e modificando simulações, visualizações e jogos. Adquirem a
habilidade de ordenar o pensamento, se engajam mais no processo de aprendizado, e com isso,
permitem um entendimento da competência a se rdesenvolvida. Além disso, podem testar conceitos,
criar simulações para mostrar seu entendimento do assunto e explorar o que acontecerá sobre
diferentes condições.

d) Kit Multimídia (MM): refere-se às tecnologias com suporte digital para criar, manipular,
armazenar e pesquisar conteúdos. Os conteúdos multimídia estão associados, normalmente, a um
computador que inclui suportes para grandes volumes de dados, os discos ópticos como os CDs
(CD-ROM, MINI-CD, CD-CARD) e DVDs. Abrange, também, nas ferramentas de informática, a

39
utilização de arquivos/ficheiros digitais para a criação de apresentações empresariais, catálogos de
produtos, exposição de eventos e para catálogos eletrônicos com mais facilidade e economia.

e) Laboratório (LB): é um espaço para criação, exames, testes, descobertas, novidades e


treinamentos que podem pertencer às várias modalidades de estudo.

f) Lousa Interativa (LI): é um recurso multimídia versátil no qual todo o conteúdo da aula pode ser
projetado e manipulado de inúmeras formas, podendo fazer anotações escritas na LI ou operar o
software que esteja em funcionamento, além de apresentar e editar imagens, mostrar vídeos e
navegar na internet, entre outros. A LI permite que os docentes ministrem aulas mais dinâmicas,
interativas e produtivas, mantendo os alunos ainda mais interessados. Também facilita a
aprendizagem colaborativa em sala de aula.

g) Modelos (MD): são guias ou fichas que podem ser utilizadas como roteiros de ações, passos e
estratégias. Podem ser constituídos por textos, dados, objetos, imagens e informações sobre um
tema ou objeto de estudo de uma unidade de ensino.

h) Podcasts (PD): são arquivos de áudio disponibilizados na web para audição ou download
automatizado, podendo facilitar a mediação do conhecimento entre os grupos de alunos, bem como
a fixação dos conteúdos desenvolvidos em sala de aula.

i) Portifólio (PF): é um conjunto organizado de trabalhos produzidos pelo aluno ao longo de


determinado período, nele devem ser reunidas as atividades que o estudante considera relevantes. O
PF deve ter a seguinte estrutura: introdução (apresentação do conteúdo), uma breve descrição de
cada trabalho, as datas em que eles foram feitos, uma seção de revisão com reflexões do aluno, uma
autoavaliação e uma parte reservada aos comentários dos instrutores.

j)Quadro Branco (QB): é uma placa com uma superfície branca brilhante na qual são utilizados
marcadores especiais. Este tipo de quadro branco substituiu o quadro tradicional em muitas salas de
aula. No QB deverão ser registradas de forma clara e concisa informações relevantes da aula.

k)Redes Sociais (RS): é uma ferramenta baseada em uma estrutura social composta por pessoas ou
organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que compartilham valores e objetivos
comuns. Uma das fundamentais características na definição das redes é a sua abertura para os
fóruns, chat e wiki/glossário de estudos entre os alunos, possibilitando relacionamentos horizontais
e a mediação dos conhecimentos.

l) Simuladores (SM): são equipamentos/software capazes de reproduzir e simular o comportamento


de algum sistema. Os SM reproduzem fenômenos e sensações que na realidade não estão ocorrendo.
Um SM pretende reproduzir tanto as sensações físicas (velocidade, aceleração, percepção de
paisagens) como o comportamento dos equipamentos da máquina que se pretende simular.

m) Vídeo/Vídeo-Aulas (VA): é uma aula gravada e distribuída em forma de vídeo, geralmente


utiliza imagens e sons gravados em vídeo em aulas. Este recurso possibilita ilustrar, reforçar e
complementar o conteúdo a ser mediado.

40
6.2 - PROGRAMA LIBREOFFICE IMPRESS

O LibreOffice Impress é utilizado para desenvolver apresentações ou formatar transparências. Os


trabalhos desenvolvidos com este programa normalmente são apresentados com o auxílio de um
aparelho multimídia.

Introdução ao LibreOffice Impress

1 - Para abrir o LibreOffice

Clique no botão de busca localizado na parte superior da barra lateral esquerda.

Em seguida, digite no campo de busca a palavra “impress” e clique no icone com a legenda
“LibreOffice Impress”.

A figura abaixo mostra a janela que será apresentada:

41
2 – Painel de slides

Contém miniaturas dos slides constantes de sua apresentação, na ordem em que serão mostrados.
Clicando em um slide neste painel, este é selecionado e colocado na tela principal.
3 – Barra Lateral

A barra lateral tem cinco seções. Para expandir uma seção que você deseja usar, clique no ícone ou
clique no pequeno triângulo na parte superior dos ícones e selecione uma seção da lista suspensa.
Somente uma seção de cada vez pode ser aberta.

Propriedades

Mostra os layouts incluídos no Impress. Você pode escolher o que você quer e usá-lo como
ele é, ou modificá-lo para atender às suas necessidades. No entanto, não é possível salvar
layouts personalizados.

Transição de slides

Fornece acesso a um número de opções de transição de slides. O padrão é definido como Sem
transição, em que o slide seguinte substitui o existente. No entanto, muitas transições
adicionais estão disponíveis. Você também pode especificar a velocidade de transição
(Lenta, Média, Rápida), escolher entre uma transição automática ou manual, e escolher quanto
tempo o slide selecionado será mostrado (somente transição automática).

Animação Personalizada

Uma variedade de animações podem ser usadas para realçar ou melhorar diferentes elementos
de cada slide. A seção Animação personalizada fornece uma maneira fácil para adicionar,
alterar, ou remover animações.

Páginas mestre

Aqui você define o estilo de página (slide) para sua apresentação. O Impress inclui vários
modelos de páginas mestras (slide mestre). Um deles – Padrão – é branco, e o restante tem um
plano de fundo e estilo de texto.

Estilos e Formatação

Aqui você pode editar e aplicar estilos gráficos e criar estilos novos, mas você só pode editar
os estilos de apresentação existentes. Quando você edita um estilo, as alterações são aplicadas
automaticamente a todos os elementos formatados com este estilo em sua apresentação Se

42
você quiser garantir que os estilos em um slide específico não sejam atualizados, crie uma
nova página mestra para o slide.

Galeria

Abre a galeria Impress, onde você pode inserir um objeto em sua apresentação, quer seja
como uma cópia ou como um link. Uma cópia de um objeto é independente do objeto original.
Alterações para o objeto original não têm efeito sobre a cópia. Uma ligação permanece
dependente do objeto original. Alterações no objeto original também são refletidas no link.

Navegador

Abre o navegador Impress, no qual você pode mover rapidamente para outro slide ou
selecionar um objeto em um slide. Recomenda-se dar nomes significativos aos slides e objetos
em sua apresentação para que você possa identificá-los facilmente quando utilizar a
navegação.

3 – Movimentação de slides

Para selecionar um grupo de slides, use um destes métodos:


• Usando a tecla Ctrl – clique sobre o primeiro slide e, enquanto pressiona a tecla Ctrl,
selecione os outros slides desejados.
• Usando a tecla Shift – clique sobre o primeiro slide, e enquanto pressiona a tecla Shift,
selecione o slide final do grupo. Isto seleciona todos os outros slides entre o primeiro e o
último slide selecionado.
• Usando o mouse – clique leve de um lado (esquerdo ou direito) do primeiro slide para
selecionar. Mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse e arraste o cursor até que
todos os slides que você quer selecionados sejam realçados.

Para mover um grupo de slides, selecione-o e então arraste e solte o grupo para sua nova
localização.
3 – Formatando uma apresentação

Uma nova apresentação contém somente um slide vazio. Nesta seção vamos iniciar adicionando
novos slides e prepará-los para os conteúdos pretendidos.
3.1 – Inserindo Slides

Novo slide
Um novo slide pode ser inserido em uma apresentação como a seguir:
1) Vá em Inserir na barra de menu principal e selecione Slide
Ou clique com o botão direito do mouse sobre um slide no Painel de slides ou visualização
Classificador de slides e selecione Novo slide no menu de contexto.
Ou, clique com o botão direito em um espaço vazio na área de trabalho e selecione Slide>
Novo slide no menu de contexto.

43
Ou clique no ícone Slide na barra de ferramentas Apresentação. Se a barra de
ferramentas Apresentação não estiver visível, vá em Exibir > Barra de ferramentas na
barra de menu e selecione Apresentação a partir da lista.
2) Um novo slide é inserido após o slide selecionado na apresentação.

Duplicar slide
Às vezes, em vez de iniciar a partir de um novo slide, você pode duplicar um slide já incluído na
sua apresentação. Para duplicar um slide:
1) Selecione o slide que você deseja duplicar a partir do Painel de slides.
2) Vá em Inserir na barra de Menu e selecione Duplicar Slide.
Ou, clique com o botão direito do mouse sobre um slide no Painel de slides ou visualização
Classificador de slides e selecione Duplicar slide no menu de contexto.
Ou, clique com o botão direito do mouse na área de trabalho e selecione Slide > Duplicar slide no
menu de contexto.

Ou, clique no triângulo a direita do ícone Slide na barra de ferramentas Apresentação e


selecione Duplicar slide a partir do menu de contexto. Se a barra de ferramentas Apresentação não
está visível, vá em Exibir > Barra de ferramentas na barra de menu e selecione Apresentação a
partir da lista.
3) Um slide duplicado é inserido após o slide selecionado na apresentação

3.2 – Editando slides

Selecionar Layout de slide


Ao criar uma apresentação, o primeiro slide normalmente é um slide de título. Você pode usar
qualquer layout branco ou um dos layouts de título como seu slide título.

Clique no ícone de propriedades na barra lateral para abrir a seção Layouts e exibir os layouts
disponíveis (Figura 1). Os layouts incluídos na faixa do LibreOffice de um slide em branco para um
slide com seis caixas de conteúdos e um título.

44
Figura 1: Layouts de slide
disponíveis
Para criar um título, se um dos layouts de título foi selecionado, clique sobre Clique para adicionar
o título e então digite o texto do título. Para adicionar um conteúdo de texto, dependendo do layout
de slide selecionado, clique sobre Clique para adicionar texto. Para ajustar a formatação do título,
subtítulo, ou conteúdo, modifique o estilo da apresentação.
Para selecionar ou mudar o layout de um slide, selecione o slide no Painel de slides para que ele
apareça na Área de trabalho e selecione o layout desejado em Layouts na Barra lateral. Vários
layouts contendo uma ou mais caixas de conteúdo podem ser configurados para conter texto, filme,
figura, gráficos e tabelas.
Você pode mudar os tipos de conteúdos clicando sobre o ícone correspondente que é exibido no
meio da caixa de conteúdos como mostrado na Figura 2. Se você pretende usar a caixa de conteúdos
para texto, clique sobre Clique para adicionar texto.

Figura 2: Selecionar tipos de conteúdos

45
Modificar elementos do slide
Um slide contém elementos que foram incluídos no slide mestre, bem como os elementos incluídos
no layout do slide selecionado. No entanto, é improvável que os layouts predefinidos atenderão
todas as suas necessidades para sua apresentação. Você pode querer remover elementos que não são
necessários ou inserir objetos tais como texto e gráficos.
Embora o Impress não tenha a funcionalidade para criar layouts, permite redimensionar e mover os
elementos do layout. Também é possível adicionar elementos sem ser limitado ao tamanho e
posição das caixas de layout.
Para redimensionar uma caixa de conteúdos, clique sobre o quadro externo para que as alças de
redimensionamento sejam exibidas. Para movê-lo coloque o cursor do mouse sobre o quadro para
que o cursor mude de forma. Você pode agora clicar e arrastar a caixa de conteúdos para uma nova
posição no slide.
Para remover quaisquer elementos não desejados:
1) Clique no elemento para destacá-lo. As alças de redimensionamento mostram que ele está
selecionado.
2) Pressione a tecla Delete para removê-lo.

Adicionar texto
Para adicionar texto a um slide que contém um quadro de texto, clique em Clique para adicionar
texto no quadro de texto e então digite seu texto. O estilo de Estrutura de tópico é automaticamente
aplicado ao texto quando inserido. Você pode alterar o nível de estrutura de tópico de cada
parágrafo, bem como sua posição dentro do texto usando os botões seta na barra de ferramenta
Formatar texto.

Adicionar objetos
Para adicionar objetos em um slide, por exemplo uma imagem, clipart, desenho, fotografia, ou
planilha, clique em Inserir, então selecione no menu suspenso que tipo de objeto você deseja
inserir.

Modificar a aparência de todos os slides


Para mudar o plano de fundo e outras características de todos os slides na apresentação, você
precisa modificar a página mestre ou escolher uma página mestre diferente.
Um Slide mestre é um slide com um conjunto específico de características que atuam como um
modelo e é usado como o ponto inicial para criar outros slides. Estas características incluem plano
de fundo de slides, objetos no plano de fundo, a formatação de qualquer texto usado, e quaisquer
gráficos de plano de fundo.
O Impress tem uma gama de slides mestres e estes são encontrados na seção Páginas mestre na
Barra lateral. Você também pode criar e salvar slides mestres adicionais ou adicionar mais de outras
fontes.
Se tudo o que você precisa fazer é alterar o plano de fundo, você pode usar um atalho:
1) Selecione Formatar > Página e será aberta a caixa de diálogo Configuração de página. Vá
para a aba Plano de fundo.
2) Selecione o plano de fundo entre cor, gradiente, hachuras e bitmap.
3) Clique em OK para aplicá-lo.

46
4) Uma caixa de diálogo se abrirá perguntando se o plano de fundo deverá ser aplicado para
todos os slides. Clique em Sim se você quer todos os slides modificados e o Impress irá
automaticamente modificar a página mestre para você.

Modificar a apresentação de slides


Por padrão a apresentação de slides mostrará todos os slides na mesma ordem como eles aparecem
no classificador de slides, sem qualquer transição entre slides. Você precisa usar o teclado ou a
interação com o mouse para mover de um slide para o próximo.
Você pode usar Apresentação de slides na barra de menu principal para mudar a ordem dos slides,
escolher quais serão mostrados, movendo automaticamente de um slide para o próximo, e outras
configurações. Para alterar a transição de slide, animação de slides, adicionar uma trilha sonora para
a apresentação, e fazer outras melhorias, você precisa usar funções da Barra lateral.

Adicionar e formatar texto


É provável que muitos de seus slides contenham algum texto. Esta seção lhe dá algumas orientações
de como adicionar texto e como alterar sua aparência. Textos usados em slides estão contidos em
caixas de texto.
Você pode adicionar dois tipos de caixas de texto para um slide:
• Escolha um layout predefinido na seção Layouts na Barra lateral e não selecione qualquer
tipo de conteúdo especial. Estas caixas de texto são chamadas caixas de texto Autolayout.
• Crie uma caixa de texto usando o ícone Texto na barra de ferramentas Padrão (Figura 3)
ou a barra de ferramentas Texto (Figura 3), ou use a tecla de atalho F2.

Barra de ferramentas Padrão

Figura 3: Barra de
ferramenta Texto

Usar as caixas de texto Autolayout


1) Certifique-se que a visualização Normal está selecionada.
2) Clique na caixa de texto em que se lê Clique para adicionar texto.
3) Digite ou cole seu texto na caixa de texto.

Usar caixas de texto


1) Certifique-se que a visualização Normal está selecionada.
2) Clique no ícone Texto na barra de ferramentas Desenho ou Texto, ou use a tecla de
atalho F2. Se a barra de ferramentas Padrão ou Texto não é visível, vá em Exibir > Barras
de ferramentas na barra de menu e selecione Padrão ou Texto.
3) Clique e arraste para desenhar uma caixa para o texto no slide. Não se preocupe com o
tamanho e posição vertical, pois a caixa de texto expandirá, se necessário, enquanto você
digita.

47
4) Solte o botão do mouse quando finalizar. O cursor aparece na caixa de texto, que agora está
em modo de edição (uma barra colorida mostrada na Figura 4).
5) Digite ou cole seu texto na caixa de texto.
6) Clique fora da caixa de texto para desmarcá-la.
Você pode mover, redimensionar, e excluir caixas de texto.

Figura 4: Criar e editar caixas de texto

Redimensionar a fonte rapidamente


O Impress tem um ícone Aumentar fonte e um ícone Reduzir fonte na barra de ferramentas
Formatação de texto (destacada na Figura 5) para aumentar ou reduzir o tamanho da fonte do texto
selecionado. O valor pelo qual o tamanho da fonte muda, depende dos tamanhos padrões
disponíveis para a fonte em uso.

Figura 5: Redimensionar a fonte rapidamente na


barra de ferramentas Formatação de texto

Colar texto
O texto pode ser inserido na caixa de texto copiando-o a partir de outros documentos e colando-o no
Impress. No entanto, o texto colado provavelmente não coincidirá com a formatação do texto em
torno do slide ou dos outros slides na apresentação. Isto pode ser o que você quer em algumas
ocasiões; no entanto, em muitos casos você quer que o estilo da apresentação seja consistente e não
se torne uma colcha de retalhos com diferentes estilos de parágrafos, tipos de fontes, pontos de
marcadores e assim por diante. Existem várias maneiras de assegurar a consistência em sua
apresentação.

48
Colar texto sem formatação
Normalmente é uma boa prática colar texto sem formatação e aplicar a formatação depois. Para
colar texto sem formatação:
1) Use a tecla de atalho Ctrl+Shift+V e selecione Texto sem formatação na caixa de diálogo
Colar especial que se abre.
2) Ou clique no pequeno triângulo ao lado do ícone Colar na barra de ferramentas Padrão e
selecione Texto sem formatação no menu de contexto.
3) O texto sem formatação será formatado com a estrutura de tópico ou estilo de parágrafo na
posição do cursor em uma caixa de texto Autolayout, ou com o estilo gráfico padrão em uma
caixa de texto normal.

Formatar texto colado


Ao formatar texto colado, você pode usar as ferramentas disponíveis na barra de ferramentas
Formatação de texto (Figura 6), ou as ferramentas disponíveis nas seções de Caractere e
Parágrafo do painel Propriedades na barra lateral (Figura Erro: Origem da referência não
encontrada). Se as seções de Caracteres e Parágrafos não abrir automaticamente depois de
selecionar algum texto, clique no ícone de Propriedades na parte lateral da barra lateral.

Figura 6: Barra de ferramentas Formatação de texto

Se você estiver colando o texto em uma caixa de texto Autolayout, você precisa aplicar o estilo de
contorno adequado ao texto para dar o mesmo estilo ao restante da apresentação.
1) Cole o texto na posição desejada.
2) Selecione o texto que você acabou de colar.
3) Selecione Formatar > Formatação padrão na barra de menu principal.
4) Use os quatro botões seta na barra de ferramentas Formatação de texto para mover o texto
para a posição apropriada e dar-lhe o nível de título apropriado.
– Seta para a esquerda promove a entrada da lista por um nível.
– Botão seta para direita rebaixa a entrada da lista em um nível.
– Seta para cima move a entrada da lista acima na ordem da lista.
– Seta para baixo move a entrada da lista abaixo na ordem da lista.

49
Seções Caractere e Parágrafo
do Painel Lateral

5) Aplicar qualquer formatação manual necessária para o texto para mudar os atributos da
fonte, tabulação, e assim por diante.
Se você está colando texto em uma caixa de texto, você ainda pode usar estilos para rapidamente
formatar o texto. Somente um estilo gráfico pode ser aplicado ao texto colado como se segue:
1) Cole o texto na posição desejada.
2) Selecione o texto que você acabou de colar.
3) Selecione o estilo gráfico para formatar o texto.
4) Aplicar qualquer formatação manual necessária para o texto para mudar os atributos da
fonte, tabulação, e assim por diante.

Criar listas de marcadores e numeração


O procedimento para criar uma lista de marcadores ou numeração é muito diferente dependendo do
tipo de caixa de texto usada, embora as ferramentas para gerenciar a lista e personalizar a aparência
sejam as mesmas. Nas caixas de texto Autolayout, os estilos estrutura de tópicos disponíveis são,
por padrão, listas de marcadores. Para caixas de texto normais um passo adicional é necessário para
criar uma lista de marcadores.

Caixas de texto Autolayout


Caixas de texto Autolayout incluídas nos layouts disponíveis já estão realmente formatadas como
uma lista de marcadores. Crie uma lista de marcadores como a seguir:
1) No painel Layout, escolha um modelo de slide que contenha uma caixa de texto.
2) Na caixa de texto, clique em Clique para adicionar texto.
3) Digite seu texto e pressione a tecla Enter para iniciar um novo ponto de marcador.
O tipo de lista padrão é uma lista de marcadores.

50
Caixas de texto
Criar uma lista de marcadores na caixa de texto como a seguir:
1) Clique no ícone Texto na barra de ferramentas Padrão e desenhe uma caixa de texto em
seu slide.
2) Clique no ícone Ativar/Desativar marcadores na barra de ferramentas Formatação de
texto.
3) Digite o texto e pressione a tecla Enter para iniciar uma nova linha com marcador.

Criar um nível de recuo


Em caixa de texto Autolayout um novo nível de recuo é criado como a seguir:
1) Se necessário, pressione Enter para iniciar uma nova entrada na lista.
2) Para rebaixar uma entrada na lista (movê-la para a direita), pressione a tecla Tab, ou clique
no ícone Rebaixar (seta para a direita) na barra de ferramentas Formatação de texto ou use a
tecla de atalho Alt+Shift+Direita. A entrada da lista move para a direita e é recuada para o
próximo nível de título.
3) Para promover uma entrada na lista (movê-la para a esquerda), pressione Shift+Tab ou
clique no ícone Promover (seta para a esquerda) na barra de ferramentas Formatação de
texto ou use a tecla de atalho Alt+Shift+Esquerda. A entrada de lista move para a esquerda e
é recuada no próximo nível superior.
4) Para criar uma entrada na lista no mesmo nível que o anterior, pressione Enter novamente.
Nas caixas de texto Autolayout, promover ou rebaixar um item na lista corresponde a aplicar um
estilo de recuo diferente. O segundo nível de título corresponde ao estilo Estrutura de tópico 2, o
terceiro nível de título ao estilo Estrutura de tópico 3, e assim por diante. Uma alteração no nível e
estilo produz outras mudanças, por exemplo, para tamanho da fonte, tipo de marcadores, e assim
por diante.
Nas caixas de texto, um novo nível de estrutura de tópico pode ser criado usando a tecla Tab para
rebaixar a entrada na lista e a combinação das teclas Shift+Tab para promover a entrada na lista.

Mudar a aparência da lista


Você pode personalizar totalmente a aparência da lista mudando o tipo de marcador ou numeração
para a lista de entrada, ou para somente uma simples entrada. Todas as alterações podes ser feitas
usando a caixa de diálogo Marcadores e numeração (Figura 7), que é acessada indo em Formatar >
Marcadores e numerações na barra de menu ou clicando no ícone Marcadores ou o ícone
Numeração na barra de ferramentas Formatar texto.

51
Figura 7: Caixa de diálogo Marcadores e numeração
Para a lista completa:
1) Selecione a lista de entrada ou clique na borda da caixa de texto para que as alças de
redimensionamento sejam exibidas.
2) Selecione Formatar > Marcadores e numeração na barra de menu principal ou clique no
ícone Marcadores ou Numeração na barra de ferramenta Formatação de texto.
3) A caixa de diálogo Marcadores e numeração (Figura 7) contém cinco abas: Marcadores,
Tipo de numeração, Figuras, Posição, e Personalizar.
– Se uma lista de marcadores é necessária, selecione o estilo de marcador desejado a partir
dos estilos padrão disponíveis na guia Marcadores.
– Se um estilo gráfico é necessário, selecione um entre os disponíveis na aba Figuras.
– Se uma lista numerada é necessária, selecione um dos estilos padrão na aba Tipo de
numeração.
– A aba Posição permite que você defina o recuo e espaçamento numérico e o
alinhamento de sua lista.
– A aba Personalizar permite que você personalize a numeração, cor, tamanho relativo e
caractere usado para sua lista.
4) Para uma única lista de entrada, clique em qualquer lugar no texto e então siga os passos 2 e
3 acima.
Se a lista foi criada na caixa de texto Autolayout, então uma forma alternativa para mudar toda a
lista e modificar os estilos Estrutura de tópico. Mudanças feitas no estilo Estrutura de tópico serão
aplicadas em todos os slides que o usam.

52
Adicionar imagem, tabela, gráfico e filme
Uma caixa de conteúdo também pode conter imagens, tabelas, gráficos ou filme, bem como texto.
Esta seção fornece uma visão geral de como trabalhar com estes objetos.

Adicionar imagens
Para adicionar uma imagem para a caixa de conteúdos:
1) Vá em Inserir > Figura na barra de menu principal ou Inserir > Multimídia > Digitalizar.
2) Outra maneira, após inserir um novo slide, clique no ícone Inserir figura no novo slide e
selecione o arquivo na caixa de diálogo Inserir imagem que se abre. Para ver uma pré-
visualização da imagem, marque Visualizar na parte inferior da caixa de diálogo Inserir
imagem.
3) Mova a imagem para a localização desejada.
4) A imagem será redimensionada automaticamente para preencher a área da caixa de
conteúdo. Siga as instruções na nota abaixo quando redimensionar manualmente um gráfico.

Adicionar tabelas
Para adicionar tabelas em um slide:

1) Vá em Inserir > Tabela na barra de menu principal, ou clique no ícone Tabela na barra
de ferramentas Padrão.
2) Se há uma tabela já no slide e ela está selecionada, clique no ícone Tabela na barra de
ferramentas Tabela. A barra de ferramentas Tabela, somente é visível após selecionar Exibir
> Barras de ferramentas > Tabela na barra de menu principal e quando uma tabela está
selecionada.
3) Como alternativa e após inserir um novo slide em sua apresentação, clique no ícone Inserir
tabela.
4) Selecione o número de linhas e colunas necessários na caixa de diálogo Inserir tabela que se
abre.
5) Como alternativa, clique no pequeno triângulo à direita do ícone Tabela e selecione o
número de linhas e colunas arrastando o cursor.
6) Selecione um estilo de design entre as opções disponíveis para a sua tabela na Estrutura da
tabela na seção Propriedades da barra lateral (Figura 8). Se a seção Estrutura da tabela não
abre automaticamente após a inserção e seleção de uma tabela, clique no ícone Propriedades

na+ barra lateral.

53
Figura 8: Na Barra Lateral seção
Modelos de tabela

A barra de ferramentas Tabela no Impress oferece as mesmas funções que a barra de ferramentas
Tabela no Writer, com a exceção das funções de cálculo Classificação e Soma. Para usar Soma e
Classificar em sua apresentação, você tem que inserir uma planilha Calc.
Depois que a tabela é criada, você pode modificá-la adicionando e excluindo linhas e colunas,
ajustando a largura e espaçamento, adicionando bordas, cores de plano de fundo, e assim por diante.
Inserir dados em células da tabela é semelhante a trabalhar com objetos da caixa de texto. Clique na
célula que você deseja adicionar dados e comece a digitar. Para mover em torno das células
rapidamente, use as seguintes opções de teclado:
• Pressione as teclas setas para mover o cursor para outra célula se a célula está vazia, ou para
o próximo caractere se a célula já contém texto.
• Pressione a tecla Tab para mover para a próxima célula à direita e pressione Shift+Tab para
mover para a próxima célula à esquerda.

Adicionar gráficos
Para inserir um gráfico em um slide:
1) Vá em Inserir > Gráfico na barra de menu principal ou clique no ícone Gráfico na
barra de ferramentas Padrão.
2) Como alternativa e depois de inserir um novo slide, clique no ícone Inserir gráfico.
3) O Impress inserirá um gráfico padrão e abrirá a caixa de diálogo Gráfico.
Adicionar arquivos de mídia
Para inserir arquivos de mídia, tais como música e clipes de filme, em um slide:
1) Vá em Inserir > Multimídia > Áudio ou vídeo na barra de menu principal.

54
2) Como alternativa e depois de inserir um novo slide, clique no ícone Áudio ou vídeo.
3) Um media player abrirá na parte inferior da tela e você pode visualizar a mídia.
4) Quando um arquivo de áudio é inserido, a caixa de conteúdos mostrará uma imagem de alto-
falante.

Adicionar gráficos, planilhas, e outros objetos


Gráficos, tais como formas, textos explicativos, setas e assim por diante, muitas vezes são úteis para
complementar o texto em um slide. Estes objetos são tratados da mesma forma que os gráficos no
Draw.
Planilhas embutidas no Impress incluem a maioria das funcionalidades de planilhas Calc e são
capazes de realizar cálculos extremamente complexos e análises de dados. Se você precisar analisar
seus dados ou aplicar fórmulas, estas operações são melhores realizadas em uma planilha Calc e os
resultados mostrados em uma planilha Calc vinculada ou ainda melhor em uma tabela Impress.
Como alternativa, vá em Inserir > Objeto > Objeto OLE na barra de menu. Você pode selecionar
entre as opções que incluem uma planilha eletrônica do LibreOffice 5.0. Isto abre uma planilha no
meio do slide, e os menus e barras de ferramentas mudam para os usados no Calc. Você pode iniciar
adicionando dados, mas você pode ter que redimensionar a área visível no slide Você também pode
inserir uma planilha existente e usar a visualização para selecionar os dados que você deseja exibir
em seu slide.
O Impress oferece a capacidade de inserir em um slide, vários outros tipos de objetos como
documentos Writer, fórmulas Math, ou outra apresentação.

Trabalhar com slides mestres e estilos


Um slide mestre é um slide que é utilizado como ponto de partida para outros slides. É semelhante a
uma página de estilo no Writer e que controla a formatação básica de todos os slides baseados nele.
Uma apresentação de slide pode ter mais que um slide mestre.
Um slide mestre tem um conjunto definido de características, incluindo cor de plano de fundo,
gráficos, gradientes, e outros objetos (tais como logomarca, linhas decorativas e assim por diante),
cabeçalhos e rodapés, colocação e tamanho dos quadros de texto, e formato de texto.

Estilos
Todas as características do slide mestre são controladas por estilos. Slides que você criar usando um
slide mestre têm estilos que são herdados do slide mestre a partir do qual foi usado. Alterar um
estilo em um slide mestre resulta em mudanças de todos os slides baseados neste slide mestre, mas
você pode modificar slides individuais sem afetar o slide mestre.
Os slides mestres têm dois tipos de estilos que lhes estão associados: estilos de apresentação e
estilos gráficos. Os estilos de apresentação predefinidos podem ser modificados, mas novos estilos
de apresentação não podem ser criados. Para estilos gráficos, você pode modificar os estilos
predefinidos e criar também estilos gráficos.
Estilos de apresentação afetam três elementos de um slide mestre: plano de fundo, objetos de plano
de fundo (tais como ícones, linhas decorativas, e quadro de texto), e texto colocado no slide. Estilos
de texto são divididos em Notas, Estrutura de tópico de 1 a 9, Subtítulo, e Título. Os estilos de
estrutura de tópico são usados para os diferentes níveis da estrutura de tópico ao qual eles
pertencem. Por exemplo, Estrutura de tópico 2 é usada para o subponto da Estrutura de tópico 1, e
Estrutura de tópico 3 e usada para o subponto da Estrutura de tópico 2, e assim por diante.

55
Estilos gráficos não são restritos e podem afetar muitos dos elementos de um slide. Note que estilos
de texto existem em ambos na apresentação e seleções de estilo gráfico.

Slides mestres
O Impress vem com uma coleção de slides mestres. Estes slides mestres são mostrados na seção
Páginas mestre da Barra lateral (Figura 9) e tem três subseções: Utilizadas nesta apresentação,
Recém-utilizadas, e Disponíveis para utilização. Clique no sinal + próximo ao nome de uma
subseção para expandi-la para mostrar miniaturas dos slides, ou clique no sinal – para recolher a
subseção para ocultar as miniaturas.
Cada um dos slides mestres, mostrados na lista Disponíveis para uso é um modelo com o mesmo
nome. Se você tiver criado seus próprios modelos, ou adicionado modelos de outras fontes, os slides
mestres destes modelos também aparecerão nesta lista.

Figura 9: Barra lateral seção


Páginas mestre

Figura 10: Barra de


ferramentas Exibição
mestre

56
Criar um slide mestre
Criar um slide mestre é semelhante a modificar o slide mestre padrão.
1) Ative a edição do slide mestre, selecionando Exibir > Mestre > Slide mestre na barra de
menu e a barra de ferramentas Exibição mestre se abre (Figura 10). Se a barra de
ferramentas Exibição mestre não aparecer, vá em Exibir > Barras de ferramentas e
selecione Exibição mestre.

2) Na barra de ferramentas Exibição mestre, clique no ícone Novo mestre .


3) Um novo slide mestre aparece no Painel de slides. Modifique este slide mestre para atender
suas necessidades.
4) Também é recomendado que você renomeie este novo slide mestre. Clique com o botão
direito do mouse sobre o slide no Painel de slides e selecione Renomear mestre no menu de
contexto.
5) Quando finalizar a criação de um slide mestre, clique Fechar exibição mestre na barra de
ferramentas Exibição mestre e retorne para o modo de edição de slide normal.
Aplicar um slide mestre
Para aplicar um slide mestre para todos os slides em sua apresentação:

1) Clique no ícone Páginas mestre na Barra lateral para abrir a seção Páginas mestre
(Figura 9).
2) Para aplicar um dos slides mestres a partir de todos os slides disponíveis em sua
apresentação, clique com o botão direito do mouse sobre ele e selecione Aplicar a todos os
slides no menu de contexto.
Para aplicar um slide mestre diferente para um ou mais slides selecionados:
1) No Painel de slides, selecione o slide ou slides onde você deseja usar um novo slide mestre.
2) Na seção Páginas mestre na Barra lateral, clique com o botão direito do mouse sobre o slide
mestre que você deseja aplicar para os slides selecionados, e selecione Aplicar aos slides
selecionados no menu de contexto.

Carregar slides mestres adicionais


Às vezes, em muitos conjuntos de slides, você precisa misturar vários slides mestres que podem
pertencer a diferentes modelos. Por exemplo, você pode precisar de um layout completamente
diferente para o primeiro slide da apresentação, ou deseja adicionar à sua apresentação um slide de
uma apresentação diferente (baseada em um modelo disponível no disco rígido).

57
Figura 11: Caixa de diálogo Modelos de slides
1) Vá em Formatar > Modelos de slides na barra de menu ou clique com o botão direito em
um slide no Painel de slides e selecione Modelos de slides no menu de contexto para abrir a
caixa de diálogo Modelos de Slides (Figura 11). Esta caixa de diálogo mostra os slides
mestres já disponíveis para uso.
2) Para adicionar mais slides mestres, clique no botão Carregar para abrir a caixa de diálogo
Carregar modelo de slide (Figura 12).
3) Selecione na caixa de diálogo Carregar modelo de slide o modelo a partir do qual carregar o
slide mestre e clique em OK.
4) Clique em OK novamente para fechar a caixa de diálogo Modelos de slide.
5) O slide mestre no modelo que você selecionou para usar é agora mostrado na seção
Disponível para utilização de páginas mestre.

58
Figura 12: Caixa de diálogo Carregar modelo de slide

Modificar um slide mestre


Os seguintes itens podem ser mudados em um slide mestre:
• Plano de fundo (cor, gradiente, hachuras, ou bitmap)
• Objetos de plano de fundo (por exemplo, um logo ou gráficos decorativos)
• Tamanho, localização, e elementos de conteúdo de cabeçalho e rodapé para aparecerem em
todos os slides.
• Tamanho e localização de quadros padrões para títulos e conteúdo do slide
1) Selecione Exibir > Mestre > Slide mestre na barra de menu. Isso abre as propriedades de
um slide mestre para que você possa editá-lo.
2) Selecione um slide mestre em Páginas mestre no Painel de slides.
3) Selecione um objeto no slide mestre na Área de trabalho e a Barra lateral mostrará as opções
da propriedade que podem ser alteradas para o objeto selecionado. A Figura 13 mostra um
objeto gráfico selecionado com a seção de propriedades Gráficas aberta na barra lateral.
4) Faça as alterações necessárias no slide mestre, então clique no ícone Fechar exibição
mestre na barra de ferramenta Exibição mestre ou vá em Exibir > Normal na barra de
menu para sair da edição de slide mestre.
5) Salve seu arquivo de apresentação antes de continuar.

59
Figura 13: Editar um slide mestre

Adicionar texto, rodapés, e campos para todos os


slides
Um slide mestre pode ter texto, rodapé, ou campos adicionados para que eles apareçam em todos os
slides na sua apresentação. Cabeçalhos normalmente não são adicionados a slides.

Texto
1) Vá em Exibir > Mestre > Slide mestre na barra de menu para abrir a Exibição mestre
(Figura 14).
2) Na barra de ferramenta Desenho, selecione o ícone Texto ou pressione a tecla F2.
3) Clique e arraste na página mestre para desenhar um objeto de texto e então digite ou cole seu
texto dentro do objeto de texto
4) Vá em Exibir > Normal na barra de menu ou clique em Fechar exibição mestre na barra
de ferramenta Exibição mestre quando você terminar de inserir seus objetos de texto que
você deseja que apareça em todos os slides em sua apresentação.

Rodapés
Para adicionar um rodapé em seus slides:
1) Vá em Exibir > Mestre > Slide mestre na barra de menu para abrir a Exibição mestre
(Figura 14).
2) Vá em Inserir > Data ou Inserir > Número da página na barra de menu para abrir a caixa
de diálogo Cabeçalho e rodapé (Figura 15).
3) Selecione o tipo de data e hora, digite o texto de rodapé e número de slides a partir das
opções disponíveis na caixa de diálogo.

60
Figura 14: Exemplo de exibição Mestre

Figura 15: Caixa de diálogo Cabeçalho e rodapé no


Impress
4) Clique Aplicar a todos para aplicar suas alterações em todos os slides em sua apresentação,
ou clique Aplicar para aplicar suas alterações para o slide selecionado em sua apresentação.
5) Como alternativa, você pode adicionar a data/hora, texto de rodapé e número do slide
diretamente em suas respectivas áreas como mostrado na Figura 14.

61
Campos
Para adicionar um campo em um objeto ou como um objeto separado em um slide, selecione
Inserir > Campos na barra de menu principal e selecione o campo necessário no submenu.
Os campos que você pode usar no Impress são os seguintes:
• Data (fixa)
• Data (variável); atualiza automaticamente quando você recarregar o arquivo.
• Hora (fixa)
• Hora (variável); atualiza automaticamente quando você recarregar o arquivo.
• Autor: primeiro e último nomes listados em LibreOffice > dados do usuário.
• Número de páginas: este é o número do slide no Impress.
• Total de páginas: este é o número de slides em sua apresentação.
• Nome do arquivo

Configurar uma apresentação de slide


Transição de Slide
Transição de slide é a animação que é jogada quando um slide é mudado para o próximo slide em
sua apresentação. Você pode configurar a transição de slide a partir da seção Transição de slides no
Barra lateral.
1) Vá em Apresentação de slides > Transição de slides na barra de menu ou clique no ícone
Transição de slides na barra lateral para abrir as opções disponíveis para transições de
slides.
2) Selecione a transição desejada, a velocidade da animação, e se a transição deve acontecer
quando você clicar o mouse (preferência) ou automaticamente depois de um certo número
de segundos.
3) Clique Aplicar a todos os slides para aplicar a transição para todos da sua apresentação ou
continue selecionando transições para colocar entre cada slide em sua apresentação.
Avanço de slide
Você pode configurar a apresentação para avançar automaticamente para o próximo slide após um
determinado período de tempo a partir da seção Transição de slides na Barra lateral.
1) Vá em Avançar slide e selecione a opção Automaticamente após.
2) Digite a quantidade de tempo necessária em segundos que cada slide será exibido.
3) Clique no botão Aplicar transição a todos os slides para aplicar o mesmo tempo de
exibição para todos os slides.
Para aplicar um tempo de exibição diferente para cada slide em sua apresentação:
1) Vá em Apresentação de slides > Cronometrar na barra de menu e inicie a apresentação de
slides.
2) Quando você estiver pronto para avançar para o próximo slide, clique o mouse sobre o
fundo de tela ou pressione a seta à direita ou a barra de espaço no seu teclado.

62
3) O Impress memorizará os tempos de cada slide e avançará para o próximo slide
automaticamente usando os tempos quando você executou a apresentação de slides.
Para reiniciar automaticamente uma apresentação de slides depois que o último slide tenha sido
mostrado:
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Clique com o botão direito do mouse em qualquer lugar da tela para abrir um menu de contexto
onde você pode navegar pelos slides e definir outras opções.
Para sair da apresentação a qualquer momento, inclusive quando a apresentação terminar, pressione
a tecla Esc.

63
7.0 CONDUÇÃO DO PROCESSO ENSINO
APRENDIZAGEM
7.1 - CONCEITO DE COMUNICAÇÃO

É o processo pelo quais as pessoas se relacionam, transmitindo e recebendo ideias, impressões ou


imagens.

7.1.2 ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS À COMUNICAÇÃO

Transmissor - É a pessoa que transmite uma ideia. É o ponto de partida do processo. É quem
idealiza, codifica e emite a mensagem. Três habilidades são essenciais ao emissor:
 Habilidade de comunicação;
 Atitudes positivas; e
 Domínio do assunto.

Receptor - É a pessoa que recebe essa ideia e tem a função de interpretá-la. Para isso, ele precisa de
três habilidades essenciais:
 Capacidade de captação;
 Atitudes positivas; e
 Conhecimento do código.

Mensagem - Refere-se à ideia a ser transmitida. É o conteúdo da comunicação. Para que a


mensagem seja bem estruturada, três fatores são importantes:
 Escolha do código;
 Organização do conteúdo; e
 Seu tratamento.

Canal ou meio - Trata-se do processo utilizado para transmissão da mensagem. É o instrumento


natural ou artificial mediante o qual se emitem e recebem mensagens. Os canais naturais fazem
parte do homem ou da essência de seu ambiente. Os artificiais são os produzidos para servirem
como extensões dos naturais.

Código - É a linguagem utilizada, que deve ser comum a ambos. Sem a possibilidade de decodificá-
lo não existirá a comunicação.

Obs. Dentro do processo de comunicação existe um elemento que poderá dificultar ou até mesmo
impedir que o processo se desenvolva ao qual denominamos de ruído.

Ruído - É qualquer interferência que distorce a mensagem dificultando ou até mesmo impedindo a
comunicação. Não se trata, necessariamente, de um som ou barulho, trata-se de uma condição que
interfere ou bloqueia o processo.
Ex: Escuridão, distração, subnutrição, etc.

Sintetizando o que foi exposto, podemos dizer que, para que o processo educativo se caracterize
realmente como uma relação de comunicação se faz necessário à existência dos seguintes fatores:

64
QUANTO AO PROFESSOR
 Predisposição para o diálogo (valorização do aluno);
 Conhecimento do assunto, do aluno e das condições em que se desenvolve a ação
educativa;
 Ideias claras sobre o que comunicar (objetivos);
 Seleção e organização das atividades didáticas;
 Seleção adequadas de meios; e
 Favorecimento das condições de realimentação.

QUANTO À MENSAGEM
 Clareza, precisão, simplicidade e objetividade; e
 Ajustamento aos estímulos, aos interesses, às capacidades e as necessidades dos alunos.

QUANTO AO RECEPTOR
 Motivação para o processo;
 Atitude permanente de curiosidade intelectual;
 Participação ativa;
 Interação com o professor e com os companheiros; e
 Atuação como fonte. (feed-back)

QUANTO AO AMBIENTE
 Condições institucionais e administrativas que favoreçam a interação; e
 Disponibilidade de recursos e meios.

7.1.3 COMPONENTES BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO ORAL.


 VOZ - Emissão de fonemas.
 FALA - Transmissão verbal do pensamento.
 LINGUAGEM - Uso de palavras articuladas como meio de expressão e comunicação.

7.2 - CONSIDERAÇÕES SOBRE A NOSSA VOZ


A voz é o som produzido pela vibração das pregas vocais, na laringe, pelo ar vindo dos pulmões. A
falta de conhecimento da importância de certos cuidados para preservá-la pode ter consequência
como: edemas, nódulos, pólipos, úlceras, entre outras.
As alterações vocais afetam a vida pessoal, social e, sobretudo a profissional. Por isso, o instrutor
que utiliza a voz como instrumento de trabalho necessita de apoio para desenvolver o seu potencial
vocal.
7.2.1 CUIDADOS NA HIGIENE VOCAL:
 Beba água regularmente, sempre em temperatura ambiente e em pequenos goles.
 Mantenha uma alimentação saudável e regular. Evite achocolatados e derivados do leite,
principalmente quando for utilizar a voz.
 Evite café, bebidas gasosas e cigarro. Eles irritam a laringe e aumenta consideravelmente a
chance de câncer.
 Coma uma maçã – Ela é adstringente, ou seja, limpa o trato vocal e sua mastigação exercita
a musculatura responsável pela articulação das palavras.
 Enquanto estiver falando, mantenha a postura do corpo sempre reta, no eixo, porém
relaxada, principalmente na cabeça.
 Durante o dia, tire alguns momentos para descansar a voz e procure falar pouco.
 Quando você tiver uma rouquidão por mais de 15 dias, procure um otorrinolaringologista ou
em fonoaudiólogo.
7.2.2 OS SETE PECADOS CAPITAIS PARA QUEM USA A VOZ.

65
 Gritar ou falar com muita intensidade. Sempre que for possível, diminua o volume de sua
voz.
 Pigarrear – essa ação provoca atrito nas pregas vocais.
 Ingerir líquidos em temperaturas extremas, ou seja, muito gelado ou muito quente.
 O fumo é altamente nocivo, pois a fumaça quente agride principalmente as pregas vocais
causando irritação, pigarro, edema, infecção.
 Balas ou pastilhas fortes. Quando estiver com a garganta irritada evite o uso, pois isso
mascara os sintomas.
 Álcool em excesso também é prejudicial e tem efeito analgésico, propiciando abusos vocais.
 Ar condicionado prejudica as mucosas das pregas vocais pelo ressecamento, pois o
resfriamento é realizado reduzindo a umidade do ar.

7.2.3 CARACTERÍSTICAS DA VOZ

1. TONALIDADE - É o grau de acuidade ou gravidade da voz.


2. INFLEXÃO - É a modulação da voz, através da variação do tom.
3. TIMBRE - É a qualidade que permite distinguir uma voz da outra.
4. INTENSIDADE - É o volume da voz.
5. ÊNFASE - É a modulação da voz através da variação da intensidade.

7.2.4 CARACTERÍSTICAS DA FALA


1. RITMO - Refere-se à cadência da fala (velocidade).
2. CORREÇÃO DE LINGUAGEM - trata-se de falar corretamente.
3. FLUÊNCIA - é a facilidade em expressar-se corretamente.
4. ARTICULAÇÃO - é a emissão completa e correta de todos os fonemas da palavra.
5. CONCATENAÇÃO - ordenação dos pensamentos.

TIPOS DE LINGUAGEM

1. CULTA - falada por pessoas de bom nível cultural.


2. COLOQUIAL - linguagem cotidiana que comete pequenos deslizes gramaticais
(perdoáveis).
3. VULGAR - falada normalmente por pessoas de baixo nível cultural.
4. REGIONAL - circunscrita a cada região geográfica.
5. GRUPAL - Utilizada por grupos fechados, com linguagem própria.

7.3 - O CONTEXTO DA LIDERANÇA EM SALA DE AULA.

Ao falar de Liderança em sala de aula, teremos sempre que buscar o significado da palavra liderar e
meditar sobre a importância e a função de um líder. Líder é a pessoa que é capaz de influenciar e
conduzir pessoas para que possam atingir a um objetivo. Sempre que em nossa vida estivermos
participando de um grupo social organizado, teremos ali presente um líder. Liderar é uma missão
que está presente na vida daqueles que foram predestinados a conduzir o grupo ao seu objetivo. Em
se tratando do professor, seu sacerdócio será conduzir seres humanos que lhe são confiados pela
sociedade para alcançarem o conhecimento através da aprendizagem. De todos os líderes que foram
mestres, o mais importante foi Jesus Cristo. Jesus não precisava de sala de aula para ensinar. Jesus
não lidava com quarenta alunos, ele ensinava multidões, mudava a vida de milhares de pessoas com
uma única aula. Hoje, você professor educador tem a mesma missão de Jesus, conduzir seus alunos
a modificarem suas vidas através de sua disciplina e com a sua experiência de vida.

66
7.3.1 QUAL A DIFERENÇA ENTRE FORMAR E INFORMAR?
Muitos professores, sem se preocuparem em serem líderes em suas salas de aulas, apenas informam
e acreditam que estão formando seus alunos através de um conteúdo de uma disciplina.

Quem INFORMA está envolvido pelas necessidades atuais de seus alunos, nas prioridades
momentâneas, ignorando a necessidade de um ensino que dê qualidade e significado às suas vidas. .

Quem FORMA está comprometido com o futuro de seus alunos, educando pessoas para que sejam
bons cidadãos e construam um país melhor.

7.3.2 QUAIS AS QUALIDADES OU PAPEIS DE UM MESTRE / LÍDER EM SALA DE


AULA?

Mobilizar pessoas para que aprendam, constantemente, aprimorem seu desempenho e atuem como
líderes na implantação de uma política educacional contemporânea. Estimular, monitorar, obter
feedback e oportunidades para um desenvolvimento contínuo.

1. Vencer desafios e prever necessidades, antecipar e provocar mudanças.


2. Desenvolver talentos expressos e latentes, ajudar pessoas a atingirem seu potencial máximo
conforme suas habilidades, competências e nível de atuação.

7.3.3 MUDANÇA DE PARADIGMA


Nós, instrutores, desenvolvemos paradigmas no decorrer de nossa vida no ensino tradicional que
acabam prejudicando nossos alunos e muitas vezes impedindo que seus objetivos sejam atingidos.
A moderna pedagogia fala de um comportamento contemporâneo que tem como visão principal seu
aluno e que opostamente aos paradigmas do ensino tradicional tem um comportamento antagônico
ao que ele apresenta.

Ensino tradicional Moderna pedagogia


Administrado de sua disciplina; É inovador nos conteúdos, métodos e técnicas;
Priorizar sempre o sistema; Prioriza seus alunos;
Tem visão a curto prazo; Tem perspectiva de futuro;
Perguntar como e quando; Pergunta o quê e por quê.
Exercer o controle sobre os alunos; Inspira confiança aos alunos.
Aceitar e manter o “status quo”; Desafia o “status quo”;
Só obedecendo ordens; Obedece às ordens, porém procura sugerir
mudanças naquilo que percebe que pode
melhorar;
Fazer certo às coisas (ser eficiente). Faz a coisa certa (é eficaz).

7.3.4 LIDERANÇA EM SALA DE AULA.

67
Existem diversas situações que o instrutor enfrentará em sala de aula que exigirá dele um profundo
conhecimento e atitudes de liderança fundamentais para o controle de seus alunos. Citaremos agora
algumas sugestões para solucionar esses impasses.

I - SITUAÇÕES INDIVIDUAIS

1 – O ALUNO QUE QUER ATRAPALHAR


 Mantenha-se calmo;
 Deixe-o cometer um erro absurdo;
 Consiga a opinião da maioria contra ele; e
 Caso insista, diga simplesmente: “Esta é uma maneira de você encarar a questão”.

2 – O ALUNO TÍMIDO
 Chame-o sempre pelo nome; e
 Faça sempre para ele perguntas simples.

3 – O ALUNO QUE QUER A OPINIÃO DO PROFESSOR


Transforme a pergunta dele numa pergunta geral; e
Dê a resposta do grupo a ele.

5 - O ALUNO QUE ABORDA ASSUNTO FORA DE FOCO.


 Diga que é interessante, mas “vamos deixar isto para mais tarde”; ou.
 “Estudaremos isto em outra aula”.

4 - O ALUNO QUE COSTUMA CONVERSAR À PARTE.


 Faça uma pequena pausa e deixe os outros ouvirem a conversa;
 Chame uma das partes pelo nome e solicite seu ponto de vista acerca da aula; ou
 Aproxime-se dele ostensivamente.

II - SITUAÇÕES COLETIVAS

1 - GRUPO ESPERTO, ATIVO E RESPONDEDOR:


 Esteja bem preparado;
 Manobre-os com energia;
 Faça perguntas difíceis ao grupo; e
 Não se lance contra eles, lance uns contra os outros.

2 - GRUPO RESISTENTE E HOSTIL:


 Descubra a causa e tente corrigí-la;
 Encare com franqueza; e
 Descubra aliado que reajam a seu favor.

3 - GRUPO VAGAROSO, PASSIVO:


 Faça perguntas simples, mas sugestivas;
 Utilize muitos recursos instrucionais;
 Mostre bastante entusiasmo; e
 Vá muito devagar.

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4 – QUESTÕES PESSOAIS ENTRE ALUNOS:
 Faça uma pergunta dirigida a uma das partes
 Faça o outro entrar no debate; e
 Caso persista, solicite que se deixem as questões pessoais para outro lugar.

7.4 – TIPOS DE INSTRUTORES E ALUNOS

7.4.1 - TIPOS DE INSTRUTORES POSITIVOS

 INSTRUTOR FACILITADOR
Está comprometido com o processo ensino aprendizagem. Sua visão é com a transformação de seu
aluno. É um facilitador da aprendizagem e seu sucesso envolve visão, missão e valores.

 INSTRUTOR COLABORADOR
Preocupa-se tanto com a organização quanto com seus alunos tendo como foco a valorização
pessoal do aluno envolvendo confiança, espírito de equipe e coesão.

 INSTRUTOR PARCEIRO SERVO


Preocupa-se com a comunidade, o aluno não é um ser isolado, tem uma família, é um produto de
uma sociedade e para modificá-lo é preciso ajudá-lo.
 INSTRUTOR VISIONÁRIO
Tem como foco o futuro, partilha seus conhecimentos e responsabilidades pelo todo. Tem uma
visão holística e integrada.
7.4.2 - TIPOS DE INSTRUTORES NEGATIVOS

 INSTRUTOR INACESSÍVEL
É do tipo sério, sisudo, arrogante e nunca olha nos olhos dos alunos. Só usa termos técnicos e é
detentor do saber. É uma pessoa rígida, inacessível e não atende aos interesses da turma.
Reação dos alunos: Ficam inibidos diante da sapiência do instrutor, sentindo-se inferiorizados e
impotentes. São meros expectadores.

 INSTRUTOR IRÔNICO
É do tipo simpático, que vive contando piadas, sobretudo sobre os alunos. Atrás desse bom humor,
no fundo, está faltando com respeito e ridicularizando o aluno perante os demais.

Reação dos alunos: São levados a rirem de si mesmos e dos colegas. O clima da sala é de deboche.
Não podem errar para não caírem no ridículo. Ficam inibidos de participar da aula.

 INSTRUTOR ADMINISTRADOR

É extremamente vaidoso, seu real interesse consiste em se autopromover. Não está muito
interessado na aprendizagem da turma, preocupa-se apenas com o reconhecimento do seu saber e
sua capacidade em conduzir suas aulas, porém não envolvendo o aluno. A única vantagem é a
chance de Ter audiência garantida.

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Reação dos alunos: Adulam-no a fim de obter vantagens e favores. A partir daí surgem
favoritismos e o resto da turma se sente prejudicada. Os mais tímidos se omitem e alheiam-se às
aulas.

 INSTRUTOR MONÓTONO E REDUNDANTE


Não domina o assunto que ministra, tornando-se inseguro, nervoso e ansioso diante da turma.
Assim adota uma postura repetitiva, pois necessita “se agarrar” a clichês já conhecidos.

Reação dos alunos: Desacreditam imediatamente do instrutor. Sentem-se desmotivados, entediados


e sonolentos, acarretando assim queda em seu rendimento. Os que memorizam sentem-se
privilegiados.

 INSTRUTOR AGRESSIVO
Desconta nos alunos os maus momentos que passou como tal. Fala muito “no meu tempo” e “na
minha época”, sempre com ressentimento. Utiliza termos e atos rudes. É ameaçador e desrespeitoso.
Reação dos alunos: Ficam tensos e amedrontados. Sentem-se inseguros e ansiosos adquirindo
aversão pela disciplinada ministrada.

 INSTRUTOR PATERNALISTA
É do tipo bonzinho, sente grande pena de seus alunos considerando-os “uns coitadinhos”. Não tem
controle sobre a turma, suas aulas e provas são facílimas, não avaliando o real conhecimento do
aluno.
Reação dos alunos:
Clima de bom humor e simpatia. Manipulam o instrutor e conseguem tudo o que desejam, não
assumindo responsabilidade. No fundo sentem-se inseguros porque não conseguem Ter um real
feedback do seu aproveitamento escolar.

 INSTRUTOR AUTORITÁRIO
Vive do instinto de sobrevivência, tem medo de dividir o seu poder e não abre espaços para seu
aluno. São motivados pela necessidade de auto-afirmação.
Reação dos alunos: Se sentem desinteressados, desenvolvem um bloqueio pela disciplina e sente
medo, não respeito pelo instrutor.
7.4.3 – TIPOS DE ALUNOS

 ALUNO TAGARELA
Fala de tudo, exceto do assunto abordado pelo professor/instrutor. Cansa o instrutor e prejudica a
concentração da turma.
Conduta do instrutor: Cortar delicadamente o discurso que o aluno faz.
 ALUNO AGRESSIVO
Ataca o grupo ou o assunto abordado pelo instrutor fazendo ironias. Gosta de ferir os sentimentos
dos outros e não respeita as normas da instituição.
Conduta do instrutor: Impor-lhe limites com firmeza, sem recuar em sua decisão.

 ALUNO VOLUNTARIOSO

70
Não se interessa por coisa alguma. Vive no mundo da lua. Considera-se acima das questões
discutidas achando-as simples demais ou sente-se incapaz de abordá-las por considerá-las muito
elevadas.

Conduta do instrutor: Buscar sua participação através de um assunto que ele saiba. Se for do tipo
superior, peça a sua opinião, indicando o valor que o grupo dá a sua experiência.

 ALUNO TÍMIDO
Atencioso, pouco participa pois se sente inibido e com medo de errar. O instrutor deve buscar sua
participação através de um assunto que ele saiba.

Conduta do instrutor: Deve fazer-lhe perguntas fáceis. Fazer com que o grupo valorize sua
participação. Deve chamá-lo pelo nome e deve envolvê-lo em atividades.

 ALUNO AMADOR
Elogia, concorda e aceita a contribuição dos outros demonstrando solidariedade em relação aos
demais.

Conduta do instrutor: Aproveitar a contribuição deste aluno, pois ele é aceito pelo grupo.

 ALUNO SABE-TUDO
Gosta de se exibir, impõe sua opinião. As vezes está bem informado, mas em outras é convencido
de que sabe tudo.

Conduta do instrutor: Dar uma função para que ele fale. Evitar que ele domine o grupo. Incentivar o grupo a
julgar suas objeções.

7.4.4 - VALORES E HABILIDADES DE UM MESTRE / LÍDER

Ter autoridade - Significa se fazer respeitar sem fazer força e sem imposição.
Autocrítica - Para ter autocrítica é preciso conhecer-se profundamente.
Altruísta - Abrir mão de algo para si em favor de outrem.
Bom caráter - Fazer o bem, fazer o que é correto em qualquer condição e em qualquer ocasião, isto
é, firmeza de atitudes.
Cordial - Ser amável, afetuoso, ser fraternal.
Cooperador - Ajudar a quem precisa ajudar a realizar algo.
Confiante - Confiar naquilo que faz confiar nas suas ações.
Criativo - Ser inventivo quando o que se planejou não der certo.
Constante - Ser presente, contínuo no seu trabalho.
Comunicador - Tornar as coisas comuns a outras pessoas.
Carismático - Qualidade excepcional de liderança que caracteriza o líder.
Convencimento - Estar convicto daquilo que quer e acredita.
Democrático - Abrir-se ao debate e a participação de seus alunos.
Decisão - Deliberar, ter o poder de decidir com sabedoria sobre um assunto.
Ético - Orientar seus atos sobre os valores do bem e da decência.
Exemplo - Servir como modelo a ser seguido por seus alunos.
Respeito ao próximo - Respeitar seus alunos com suas qualidades e deficiências.
Esforçado - Empregar suas forças em benefício do trabalho.
Entusiasmo - Ser animado, alegre, ter ardor e paixão por aquilo que faz.
Honrado - Ser puro, virtuoso, verdadeiro, ter dignidade moral.

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Iniciativa - Ter um espírito empreendedor, não esperar soluções para resolver problemas simples e
comuns.
Inteligência - Facilidade de compreender, aprender ou adaptar-se facilmente, destreza mental.
Justo - Imparcial, equitativo, fundamentado naquilo que é certo.
Generoso - Perdoar com facilidade, ser liberal no trato com os alunos.
Lealdade - Ser fiel aos compromissos assumidos.
Persistente - Não desistir daquilo que acredita, perseverar.
Responsável - Responde pelos seus atos e, se preciso for, de outrem.
Sincero - Se expressa de modo franco, é autêntico, verdadeiro.
Ser Motivador - Desperta o interesse e a curiosidade intelectual de seus alunos.
Ter autonomia - Ter valores e decisões próprias.
Tolerante - Que admite ideias e opiniões de seus alunos.

72
8.0 - AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO
APRENDIZAGEM

INTRODUÇÃO
A avaliação da aprendizagem é um dos componentes do planejamento curricular. As
modalidades, as técnicas e os instrumentos utilizados na verificação do processo ensino-
aprendizagem são definidas no Currículo. Para se verificar se o aluno atingiu o objetivo
“desmontar o fuzil automático leve”, ele terá que ser levado a uma situação de teste em que possa
demonstrar, efetivamente, esse comportamento, sob as condições e critérios pré-estabelecidos A
confiabilidade da avaliação dependerá da validade e precisão do instrumento aplicado. A validade
assegura ao avaliador que o instrumento é adequado para medir os objetivos estabelecidos
enquanto que a precisão garante a apreciação correta e justa dos resultados. Esses aspectos servirão
de base para a avaliação do aproveitamento alcançado pelos alunos no curso, fornecendo subsídios
para os planejamentos curriculares subseqüentes.

8.1 – CONCEITO DE MEDIDA DA APRENDIZAGEM

MEDIDA DA APRENDIZAGEM é o conjunto de meios ou instrumentos destinados a verificar


a extensão da aprendizagem do aluno.

● Medir - consiste em comparar o atributo com uma grandeza escolhida para unidade padrão. A
medida indica uma quantidade e seus resultados são expressos em forma de notas ou graus.

8.1.2 INSTRUMENTOS DE MEDIDA

A prova, como qualquer instrumento de verificação da aprendizagem, é importante tanto para o


Instrutor como para o aluno e para a escola. Assim, os instrumentos de medida devem:
 Ser um fator de motivação para o aluno, mostrando o resultado dos seus esforços ou as suas
deficiências através de uma medida justa;
 Dar ao Instrutor uma medida da eficiência de suas aulas e das técnicas empregadas;
 Mostrar as deficiências do planejamento da instrução, facilitando a revisão de currículos, dos
métodos e da organização do curso.

Os instrumentos mais empregados são as provas ou testes e os trabalhos.


Na escolha do tipo de instrumento devem ser considerados fatores como objetivos da aprendizagem,
facilidades de recursos materiais, número de alunos e tempo disponível para sua aplicação.

8.1.3 - QUALIDADES DE UM INSTRUMENTO


Um instrumento de medida bem elaborado deve possuir as seguintes qualidades:

A) VALIDADE: A prova deve medir o que foi ensinado e como foi ensinado, de acordo com
o currículo e os objetivos da disciplina.
B) OBJETIVIDADE: As proposições deverão ser escritas com clareza, precisão e correção,
evitando-se ambigüidade na interpretação e na correção.
C) ABRANGÊNCIA: A prova deve abranger todos os assuntos previstos.
D) DISCRIMINAÇÃO: A variação na dificuldade das questões deve permitir a discriminação

73
entre os alunos BONS, MÉDIOS e FRACOS. A dificuldade deve ser inerente ao próprio
assunto e não criada pelo Instrutor. Para assegurar a DISCRIMINAÇÃO, as questões
devem ser distribuídas, aproximadamente, em: 20% MUITO FÁCEIS/FÁCEIS; 60% de
questões MÉDIAS e 20% de questões DIFÍCEIS/MUITO DIFÍCEIS.
E) APLICABILIDADE: O instrumento deve ser escolhido de acordo com o tempo disponível
para a sua aplicação e apuração de seus resultados, custo do material empregado, etc.
F) CONFIANÇA: O instrumento deve ter coerência. Esta coerência e determinada pela
constância dos resultados e a avaliação pedagógica das Questões.

8.1.4 - DIFERENÇAS ENTRE PROVAS OBJETIVAS E DISCURSIVAS

TIPOS DE PROVAS
Descreveremos a seguir os tipos de provas que o Instrutor poderá dispor.

PROVA ESCRITA OBJETIVA


É aquela onde cada questão admite uma única resposta , sendo o seu julgamento é
impessoal , permitindo assim uma correção justa. A grande vantagem desse tipo de prova é que
ela pode ser corrigida por qualquer pessoa, sem que seu resultado seja alterado.
Em princípio, existem várias formas de elaboração de questões objetivas. Entretanto, visando uma
padronização da forma de apresentação foram criadas regras para a elaboração das questões mais
usuais, que são:

 Falso/verdadeiro;
 Certo/errado;
 Lacuna ou completamento;
 Associação;
 Múltipla escolha;
 Pergunta direta; e
 Identificação.

8.1.5 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DOS TIPOS DE QUESTÕES OBJETIVAS


DEnsM- 1009 e OI 13-02H CIASC

1. QUESTÃO TIPO FALSO/VERDADEIRO:

Neste tipo de questão, o Instrutor apresentará uma série de proposições sobre as quais o aluno
deverá julgar quais são VERDADEIRAS e quais são FALSAS.

Cuidados na elaboração:
a) construa uma lista significativa (aproximadamente o dobro da quantidade a ser utilizada) de
proposições verdadeiras;
b) transforme a metade em afirmações FALSAS;
c) evite frases capciosas ou erradas em pequenos detalhes;
d) evite o uso de NEGATIVAS, porém ao utilizá-las, coloque-a em destaque a fim de NÃO
causar confusão ao aluno;
e) cada item a ser julgado deve conter apenas uma ideia;
f) não use expressões absolutas, tais como TODOS, NUNCA, NENHUM, SEMPRE, pois elas
aumentam a possibilidade de acerto por acaso;
g) não use expressões relativas, tais como GERALMENTE, USUALMENTE, DE UM MODO
GERAL etc. Estas expressões aumentam, também, a possibilidade de acerto ao acaso, pois ao

74
serem genéricas, levam o aluno a acreditar na sua veracidade; e
h) O número de proposições FALSAS e VERDADEIRAS deverá ser, aproximadamente, o iguais
e distribuídas ao acaso.

2. QUESTÃO TIPO CERTO/ERRADO

Neste tipo de questão, o Instrutor apresentará uma série de proposições sobre as quais o aluno
deverá julgar quais são CERTAS e quais são ERRADAS. No caso da proposição ser considerada
errada, a mesma deverá ser justificada pelo aluno.

Cuidados na elaboração:
a) construa uma lista significativa (aproximadamente o dobro da quantidade a ser utilizada) de
proposições verdadeiras;
b) transforme a metade em afirmações FALSAS;
c) evite frases capciosas ou erradas em pequenos detalhes;
d) evite o uso de NEGATIVAS, porém ao utilizá-las, coloque-a em destaque a fim de NÃO
causar confusão ao aluno;
e) cada item a ser julgado deve conter apenas uma ideia;
f) não use expressões absolutas, tais como TODOS, NUNCA, NENHUM, SEMPRE, pois elas
aumentam a possibilidade de acerto por acaso;
g) não use expressões relativas, tais como GERALMENTE, USUALMENTE, DE UM MODO
GERAL etc. Estas expressões aumentam, também, a possibilidade de acerto ao acaso, pois ao
serem genéricas, levam o aluno a acreditar na sua veracidade;
h) o instrutor, ao redigir cada proposição, deverá sublinhar uma palavra/termo/expressão que
deverá ser julgada certa ou errada, deixando uma linha abaixo para a justificativa do aluno;
e
i) atribuir dois pontos para cada proposição, pois um ponto refere-se ao preenchimento do
parênteses, e o outro ponto para a justificativa. Mesmo quando a proposição for considerada
CERTA, a mesma receberá 2 pontos.

3. QUESTÃO TIPO MÚLTIPLA ESCOLHA


Consiste de um enunciado que apresenta uma situação-problema e várias alternativas. Estas deverão
incluir uma resposta correta e várias respostas erradas PLAUSÍVEIS.

Cuidados na elaboração:

3.1 - Quanto ao enunciado:


a) comece por formular uma pergunta e sua resposta. Assim o problema ficará bem claro
na
sua mente e será mais fácil elaborar outras soluções possíveis, todas incorretas, mas
PLAUSÍVEIS;
b) construir os itens em forma de pergunta ou afirmação incompleta;
c) procure encaixar no enunciado o problema todo. Antes de começar a ler as opções, o
aluno deve ter bem claro na mente o que se espera dele, pois assim encaminhará melhor o
seu raciocínio;
d) formular o enunciado de forma simples e clara;
e) não sobrecarregar o enunciado com material irrelevante;
f) colocar, tanto quanto possível, a maior parte da redação no suporte da questão
(enunciado). Não repetir a mesma informação em cada uma das alternativas;
g) coloque os artigos o(s); a(s); um(ns); uma(s) comuns a todas alternativas no final do

75
enunciado do item. Manter a concordância gramatical;
h) formule questões independentes;
i) evite o enunciado com negativa. Se for usada, enfatize sua redação escrevendo com letras
maiúsculas em negrito; (NÃO, NUNCA, JAMAIS...)
j) se o suporte da questão (enunciado) for uma pergunta, terminá-lo com ponto de
interrogação. Iniciar cada alternativa com letras maiúsculas e terminá-las com ponto final;
k) quando o enunciado for incompleto, não haverá pontuação, devendo cada alternativa
iniciar com letras minúsculas e terminar com ponto final; e
l) identificar o enunciado por números arábicos e as alternativas por letras maiúsculas,
colocadas entre parênteses.

3.2 - Quanto às alternativas (respostas):


a) padronizar a extensão das respostas, eliminando o risco deste fator ser utilizado como
indicativo da resposta correta;
b) NÃO usar nas alternativas: NRA (nenhuma das respostas acima) ou TRA (todas as
respostas acima);
c) variar, aleatoriamente, a posição da resposta correta;
d) quando as alternativas forem numéricas, colocá-las em ordem crescente ou decrescente;
e) NÃO colocar ponto final nas alternativas numéricas;
f) Formule questões criativas e inteligentes;
g) NÃO repetir palavras nas alternativas; e
h) deverão ser construídas cinco alternativas. (de A até E)

Ex: Como é chamado o segundo homem da cadeia de comando de um Navio?


(A) Chefe de Máquinas;
(B) EGA.
(C) CHEOP.
(D) Imediato.
(E) Mestre.

4. QUESTÃO TIPO LACUNA OU COMPLETAMENTO


É o tipo de questão que exige do aluno a memorização do referencial teórico proposto, recordando
uma ou mais palavras omitidas em uma oração. O enunciado será construído baseado em um
conceito ou na descrição de itens cuja apropriação por parte do aluno, o currículo/projeto específico
considere como sendo um objetivo fundamental da prática pedagógica.

Cuidados na elaboração:

a) procure colocar a lacuna no fim da questão, de modo a encaminhar o pensamento do aluno;


b) as lacunas devem ser preenchidas com palavras importantes que realmente meçam o
conhecimento do aluno;
c) a lacuna NÃO deve ser preenchida por verbos, à exceção das disciplinas de línguas;
d) uniformizar o comprimento das lacunas;
e) antes da lacuna, evitar o uso de artigos que indiquem a resposta. Se não puder evitar,
indique o feminino com a letra (a) ou, plural com a letra (s), dentro dos parênteses;
f) cada lacuna deve corresponder a uma palavra, exceto aquelas unidas por hífen; e
g) procure utilizar duas lacunas, no máximo, pois a sentença corre o risco de ser transformada
numa charada.

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5. QUESTÃO TIPO PERGUNTA DIRETA
É a questão que pode ser respondida por uma palavra, símbolo, expressão, conceito, definição,
citação ou descrição.

Cuidados na elaboração:
a) organize perguntas sobre pontos considerados importantes do assunto;
b) tenha cuidado para que a pergunta NÃO admita mais de uma resposta; e
c) padronize o número de linhas disponíveis para a resposta.

6. QUESTÃO TIPO IDENTIFICAÇÃO


Consiste em apresentar ao aluno um gráfico (diagrama, desenho, fotografia etc.), a fim de que ele
reconheça, interprete ou identifique o seu significado e então opte pela opção correta.

Cuidados na elaboração:
a) o desenho a ser consultado pelo aluno deve ser nítido, preciso e bem elaborado; e
b) o desenho deve conter as informações necessárias para a resposta do aluno.

7. QUESTÃO TIPO ASSOCIAÇÃO


Nesse tipo de questão após ser apresentado no enunciado um breve histórico sobre o assunto
abordado, serão construídas duas colunas que deverão ser relacionadas pelo aluno. A primeira
coluna é denominada coluna proposição (indicada por “A”, “I” ou o título do grupo de itens) e a
segunda coluna denominada coluna resposta (indicada por “B”, “II” ou o título do grupo de itens).
Cada item é identificado com uma letra minúscula ou número que servirá de marca para as opções
realizadas na coluna resposta.
Cuidados na elaboração:
a) fazer grupos homogêneos quanto ao conteúdo e à forma gramatical;
b) verifique se cada palavra ou símbolo da coluna-proposição somente se associa com uma
palavra ou símbolo da coluna-resposta;
c) a coluna-resposta deve ter duas ou três proposições a mais que a coluna-proposição;
d) todo o item deve abordar somente um mesmo assunto; e
e) NÃO ultrapassar 10/13 parênteses.

8.1.5 NORMAS PARA CONSTRUÇÃO DE PROVA ESCRITA DISCURSIVA


É aquela onde cada questão permite ao aluno plena liberdade de expressão no conteúdo de suas
respostas, devendo o Instrutor estabelecer os critérios de correção (barema).
Como medida exclusiva do aproveitamento do aluno, esse tipo de prova exige o estabelecimento de
um critério de julgamento justo e imparcial para a resposta de suas questões.
Assim, o Instrutor deve estabelecer critérios de correção (barema), prevendo, inclusive, variações
nas respostas.

8.1.6 CUIDADOS NA ELABORAÇÃO DE UMA PROVA DISCURSIVA


 Quando uma questão for extensa ou complexa , o Instrutor deve subdividi-la em várias
proposições;
 O enunciado da questão deve ser claro a fim de que o aluno NÃO tenha nenhuma dúvida;
 A interpretação NÃO pode fazer parte da questão , pois o Instrutor irá corrigir de acordo com
a sua interpretação e NÃO com a do aluno.
8.1.7 CUIDADOS NA CORREÇÃO DE UMA PROVA DISCURSIVA

77
 Se a resposta fugir dos moldes previstos e estiver certa, considerá-la como tal; o critério deve ser
igual para todos. Para tal, o Instrutor deve corrigir a mesma questão de todos os alunos, em seguida;
 Se as respostas indicarem deficiências nas instruções ou no enunciado da questão, o Instrutor
deve anular esta questão;
 No caso anterior somente deverá ser considerado quando um número significativo de alunos
NÃO entender o enunciado;

8.1.8 PROVA ORAL


Consiste de perguntas enunciadas de viva voz pelo Instrutor e respondidas do mesmo modo pelo
aluno.

Esse tipo de prova apresenta os mesmos inconvenientes da prova discursiva. Além disso, fatores
pessoais do Instrutor e do aluno afetam a medida do aproveitamento nessa modalidade de prova.
Entretanto, quando aplicada em áreas específicas e para finalidades específicas (procedimento fonia,
apresentação de painéis, avaliação de uma aula etc.) pode se constituir numa medida eficiente.

8.1.9 PROVA PRÁTICA


É constituída de um ou vários trabalhos práticos em que o aluno executa uma tarefa relativa a um
assunto de caráter funcional. O critério para julgamento da tarefa deve ser previsto antecipadamente
e fazer parte da Folha de Tarefas do Instrutor. Em geral, consideram-se para o julgamento, fatores
como qualidade, habilidade, precisão etc.
No planejamento é indispensável enunciar cada tarefa com o verbo no infinitivo, discriminando sob
que condições deverá ser executada e quais os critérios que serão empregados no julgamento do
desempenho do aluno.

8.1.10 - Condições Pré-existentes Necessárias


a) Verificar se objetivo existente no Currículo contempla efetivamente uma avaliação prática;
b) Realizar um planejamento global prévio, satisfazendo as seguintes perguntas:
I - Existe o material necessário e em quantidades suficientes (ferramentas, meios,
laboratórios, equipamentos de proteção individual)?
II - Existe um local adequado que atenda aos requisitos de segurança, onde não estejam
ocorrendo outras atividades ou quaisquer outros elementos dispersivos?
III - Neste local é possível realizar a segregação dos que realizaram a avaliação dos que
ainda irão realizá-la?
IV - A tarefa escolhida pode ser aplicada a todos os alunos no tempo disponível?
V - A tarefa foi fruto de práticas anteriores e houve plenas condições dos alunos
exercitarem/reforçarem o seu aprendizado?
VI - A verificação será feita pelo instrutor ou por uma equipe?
VII - No caso de equipe, esta foi previamente coordenada e treinada no sentido de haver
uma padronização de procedimentos principalmente no que tange aos itens a serem
verificados e a forma destes serem avaliados?

8.1.11 - Regras Importantes para Elaborar uma Avaliação Prática


a) Observe o objetivo geral da disciplina existente no currículo;
b) Verifique a U.E. base para a avaliação;
c) Relacione as diversas ações possíveis de serem trabalhadas junto ao referencial teórico em
questão (reparar, diagnosticar, substituir, improvisar, montar, executar, etc.);
d) Verifique quais destas ações estão mais alinhadas com o objetivo geral;

78
e) Estipule uma avaliação entre as ações selecionadas e os meios disponíveis;
f) Isoladas as ações e o meio para realizá-las, utilize o modelo existente no Anexo H desta OI
para efetivamente montar a avaliação;
g) Lembre-se de utilizar o verbo sempre no infinitivo (montar, diagnosticar, executar, etc.)
h) Fragmente as tarefas em itens observáveis estipulados pela referência bibliográfica;
i) Quantifique cada um dos itens descritos. O valor a ser atribuído para cada item deverá
respeitar o seu nível de importância ou complexidade, portanto não haverá homogeneidade
entre os mesmos (itens mais importantes ou complexos valerão mais pontos e os demais
menos pontos);
j) Definidas as tarefas e quantificados os itens, execute-as cronometrando o tempo. Acrescente
ao somatório global dos tempos a porcentagem de 50% (10min + 5min = 15min);
k) Na folha tarefa do aluno somente constarão a tarefa e o tempo. Somente a pontuação global
deverá aparecer na referida folha. Os itens fracionados da tarefa não serão lançados nesta
folha; e
l) O tempo deverá ser quantificado de acordo com as tarefas. Ex.:
- o aluno que terminar a tarefa no tempo ganha cinco pontos;
- o aluno que terminar a tarefa em até um minuto após o tempo estipulado ganha quatro
pontos;
- o aluno que terminar a tarefa em até dois minutos após o tempo estipulado ganha três
pontos; e
- o aluno que terminar a tarefa além de dois minutos após o tempo estipulado não ganha
ponto algum.

Cuidados na elaboração:
 Selecionar as tarefas pela sua importância;
 Prever e preparar os meios auxiliares (material e local);
 Preparar os modelos da prova (Folha de Tarefas do Instrutor e do Aluno);
 Descrever os critérios de correção na Folha de Tarefas do instrutor;
 No critério de avaliação, considerar qualidade, quantidade e tempo.
 Ensaiar a realização da prova.

8.1.10 TRABALHO
O instrutor deverá aproveitar orientações relativas às provas dissertativas e às provas práticas, como:
 Elaborar Folha de instruções para o Aluno, que será divulgada com antecedência necessária à
execução do trabalho;
 Elaborar critérios de correção na Folha de Instruções do Instrutor (ou solução-padrão);
 Os critérios de correção deverão ser divulgados aos alunos;
 Estabelecer prazo, local de realização e tamanho do grupo; e
 O trabalho deverá ter mais de um avaliador.

8.1.11 ERROS NOS INSTRUMENTOS DE MEDIDA


 INSTRUMENTO INADEQUADO - Um instrumento é considerado inadequado quando é
confeccionado dentro dos padrões técnicos de elaboração mais não atinge os objetivos
propostos.
 USO INCORRETO DO INSTRUMENTO - O uso incorreto do instrumento ocorre quando
uma prova/trabalho é adequada aos objetivos, porém, confeccionada fora dos padrões técnicos
de elaboração.

8.1.12 DIRETRIZES PARA A APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE MEDIDA

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 Informar antecipadamente a necessidade de utilização de materiais específicos para sua
realização, tais como, bússola, compasso, esquadros, régua, calculadora etc.
 A folha da prova/trabalho deve conter espaços para identificação do aluno e instruções .
 A sala de aula (local) deve estar bem ventilada, iluminada e silenciosa.
 Deve ser proibida a entrada de pessoas na sala (local) durante a realização da prova.
 Evitar quaisquer medidas, procedimentos ou avisos que possam despertar ou aumentar o
nervosismo do aluno.
 Sanar as dúvidas dos alunos quanto à prova, antes de determinar o seu início, quando, então,
nenhuma dúvida poderá ser tirada mais.
 Para dimensionar o tempo de duração na aplicação de uma prova, o Instrutor deve, após sua
prontificação, realizá-la, marcando o tempo que levará para sua conclusão. Esse tempo obtido
deverá ser multiplicado por três (03) com arredondamento para a hora cheia ou meia hora
acima desse tempo obtido.

Ex.: O Instrutor consumiu 21 minutos para realização de sua prova.


O tempo de duração que ele deverá programar para que os alunos possam realizá-la será de 21 x 3 =
63 minutos, com o arredondamento recomendado, 90 minutos.

8.2 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

8.2.1 – CONCEITOS DE AVALIAÇÃO


Avaliação da Aprendizagem – é um processo sistemático, contínuo, integral e científico
destinado a verificar até que ponto os objetivos instrucionais foram alcançados, ou seja, como está o
rendimento dos alunos no assunto que está sendo ministrado e no curso que realiza.

1. SISTEMÁTICO: Porque deve ser uma atividade organizada, metódica e desenvolvida


conforme regras preestabelecidas.
2. CONTÍNUO: Porque não deve limitar-se a momentos específicos, mas, deve realizar-se no
decorrer de todo processo ensino aprendizagem.
3. INTEGRAL: Deve preocupar-se com a formação do aluno como um todo, levando em
conta os aspectos cognitivos, motores e afetivos.
4. CIENTÍFICO: Porque ela deve ser desenvolvida com base em conhecimentos e princípios
científicos já estudados e comprovados.

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM – É um processo cuja finalidade é verificar até que ponto a


aprendizagem está produzindo resultados desejados.

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM - É o sistema de controle de qualidade, pelo qual se pode


determinar cada passo do processo ensino-aprendizagem.

AVALIAR consiste em conferir valores a atributos conforme a importância que apresentem. A


avaliação indica uma qualidade e seus resultados são expressos sob a forma de conceitos.

8.2.2 - TIPOS DE AVALIAÇÃO


A avaliação envolve três variáveis: FUNÇÕES – TIPOS – CARACTERÍSTICAS

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FUNÇÕES

GERAIS ESPECÍFICAS
1 – Fornecer as bases para o planejamento. 1 – Facilitar o diagnóstico.
2 – Melhorar a aprendizagem e o ensino.
2 – Possibilitar a seleção e a classificação. 3 – Estabelecer situações individuais de
aprendizagem.
3 – Ajustar políticas e práticas curriculares. 4 – Promover e agrupar alunos.

TIPOS, CARACTERÍSITCAS e FUNÇÕES ESPECÍFICAS

DIAGNÓSTICA FORMATIVA SOMATIVA


1 - Identificar alunos com 1 - Baseia-se nos objetivos 1 - Baseia-se nos objetivos
padrão de conhecimento. específicos fixados. gerais fixados.

2 - Constatar deficiências. 2 - Utiliza-se ao longo do 2 - Utiliza-se no fim do


processo. processo.
3 - Constatar diversas
particularidades do aluno. 3 - Busca informações. 3 - Descreve e julga segundo
níveis de aproveitamento.
4 - Utiliza-se no início do 4 - Provê feed-back.
processo. 4 - Classifica o aluno
segundo o seu desempenho.
DIAGNOSTICAR – informa CONTROLAR - tem a
ao Instrutor as experiências finalidade de informar CLASSIFICAR - demonstrar
e conhecimentos adquiridos ao Instrutor como está comparativamente os resultados
pelo aluno , permitindo uma sendo desenvolvida a obtidos pelos alunos ao final
melhor orientação ao seu aprendizagem do aluno (seu de parte ou de todo o Curso.
estudo. desempenho), sendo útil na Representa o propósito maior da
correção de eventuais avaliação, sendo útil para a
distorções no processo diferenciação entre os alunos
de assimilação do aluno. bons , médios e fracos.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO E ETAPAS BÁSICAS DA AVALIAÇÃO

PRINCÍPIOS DO PROCESSO ETAPAS BÁSICAS


1 - Determinar e clarificar o que será avaliado. 1 - Determinar o que vai ser avaliado.

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2 - Selecionar técnicas adequadas. 2 - Estabelecer os critérios e condições para a
3 - Utilizar-se de várias técnicas. avaliação.
4 - A avaliação é um meio para se alcançar um 3 - Selecionar as técnicas e os instrumentos.
fim e não o contrário. 4 - Realizar a aferição e divulgação dos
resultados.

8.2.4 - INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

TÉCNICAS OBSERVAÇÃO INQUIRIÇÃO TESTAGEM

* ANEDOTÁRIO *QUESTIONÁRIO DE *TESTES


AUTO-AVALIAÇÃO PADRONIZADOS
INTRUMENTOs *LISTA DE
CHECAGEM *ENTREVISTAS *TESTES
CONSTRUÍDOS PELO
*ESCALA DE *SOCIOGRAMA INSTRUTOR.
ATITUDE (provas objetivas e
discursivas)

8.2.5 ERROS DE AVALIAÇÃO


Bernard Shaw disse uma vez que: “De todos os homens que conheço, o mais sensato é o meu
Alfaiate, pois cada vez que vou a ele, toma novamente minhas medidas. Quanto aos outros, tomam a
medida apenas uma vez e pensam que seu julgamento é sempre do mesmo tamanho”.
Considerando que no processo de avaliação, o instrumento avaliador é o ser humano e, portanto,
provido de emoção, sensibilidade e passível de interferir nesse processo com sua tendenciosidade,
deve-se atentar para que não cometa erros ou que eles sejam diminuídos ao máximo. Entre os vários
tipos de erros que podem ocorrer no processo de avaliação, podem-se destacar os seguintes:

ERROS CARACTERÍSTICAS DOS ERROS


O avaliador tende a julgar uma pessoa de modo mais ameno do que merece.
BENEVOLÊNCIA Acontece quando o avaliador já conhece o indivíduo a ser avaliado e o faz
de modo mais ameno que merece.
O Avaliador tende a julgar uma pessoa de modo mais severo do que merece.
SEVERIDADE Muitas vezes, o Avaliador, na tentativa de cometer um erro por benevolência,
age de forma contrária e acaba sendo severo demais.
TENDÊNCIA O Avaliador não conhece o indivíduo, tende a dar-lhe uma “avaliação
CENTRAL central”, isto é, julga-o pela média das características dos demais avaliados.
O Avaliador se deixa impressionar pela idéia geral que lhe dá o indivíduo, isto
EFEITO DE HALO é, julga qualquer traço dele baseando-se na impressão geral que tem sobre as
pessoas.
O Avaliador julga o indivíduo pelo grupo que ele representa.
ESTERIOTIPIA
Se o grupo como um todo é muito bom, cada indivíduo também o será.
Ocorre quando o Avaliador acredita que dois traços de um indivíduo possuem
ERRO DE
uma relação comum. Assim, ele julga que esses traços estão logicamente
LÓGICA
relacionados, atribuindo a mesma avaliação a ambos.

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DE PADRÃO O Avaliador tende a julgar os indivíduos tomando a si próprio como padrão
OU
CONTRASTE

OBS: Os instrutores lotados no CIASC devem tomar ciência da OI nº 13-02H, que versa sobre o
conceito atual de construção de instrumentos de avaliação.

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