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Por outro lado, o empregado que recebe comissão mista é

Publicado em nosso site em 23/12/2008
Empregado comissionista - Roteiro
Procedimentos
Roteiro - Previdenciário/Trabalhista - 2008/4020
aquele que além da comissão também recebe um valor fixo.
Importante destacar, que mesmo sendo o comissionista puro
de suscetível de variação salarial, caso não atinja sua meta,
caberá ao empregador pagar pelo menos um salário mínimo
ou piso mínimo estabelecido em documento coletivo.

Sumário II. Salário

Introdução O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do

I. Definição trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1
II. Salário (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens
III. Direitos do Consumidor e gratificações.
III.1 Direito de Arrependimento Em regra, as comissões somente são devidas depois de
IV. Controle e Pagamento das Comissões concretizada a transação a que se referem. Assim, tratando-se
V. Repouso Semanal Remunerado de vendas a prazo, em que o valor da operação é pago por
VI. Vendedor Viajante - Descanso prestações sucessivas, o pagamento das comissões será
VII. Horas Extras exigível de acordo com o recebimento das mesmas.
VIII. Décimo Terceiro Salário De acordo com o art. 3º da Lei 3.207/1957, a concretização
VIII.1 Complementação do negócio, que irá originar as comissões do empregado,
IX. Férias ocorrerá com a aceitação do negócio, previamente entabulada
X. Rescisão Contratual pelo empregado, por parte do empregador. Essa aceitação
XI. Acordos ou Convenções Coletivas ocorre quando o empregador não recusar a transação, por
XII. Aviso Prévio escrito, dentro de 10 (dez) dias contados da data da proposta.
XIII. Jurisprudência Tratando-se de transação a ser concluída com comerciante ou
XIV. Fundamentos Legais empresa estabelecida noutro estado ou no estrangeiro, o
prazo para aceitação ou recusa da proposta de venda será de
Introdução 90 (noventa) dias podendo, ainda, ser prorrogado, por tempo
determinado, mediante comunicação escrita feita ao
Para que seja configurado o vínculo empregatício é empregado.
necessário, dentre outros requisitos, que haja o pagamento de O pagamento das comissões deve ser feito mensalmente,
salário como forma de contraprestação dos serviços expedindo a empresa, no fim de cada mês, a conta respectiva
prestados pelo trabalhador. com as cópias das faturas correspondentes aos negócios
Assim, em alguns contratos de trabalho o salário é pago de concluídos. Os salários devem ser pagos, o mais tardar, até o
forma fixa, em outros, o empregador estabelece regras para o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido.
pagamento de salário variável por meio das comissões.
Nota:
Nota-se que poderá existir regra mais benéfica disciplinada
I. Definição em documento coletivo, cabendo ao empregado nesta

hipótese, aplicar rigorosamente tal regra.

Comissionista é o empregado que recebe seu salário de
forma variável, ou seja, o pagamento da comissão é
III. Direitos do Consumidor
convencionado com seu empregador por ocasião do contrato
de trabalho.
O Código de Defesa do Consumidor (CDC), foi instituído
Neste contexto, comissionista puro é aquele que não tem
pela Lei nº 8.078/1990, que por sua vez, estabelece normas
salário fixo, e recebe sua remuneração de forma variável.
de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e

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interesse social.
Desse modo, as empresas deverão ficar atentas em relação
aos negócios realizados por seus vendedores, evitando
possíveis reclamações no Procon ou ações judiciais.
III.1 Direito de Arrependimento
Quando a contratação de fornecimento de serviços e produtos
ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente
pela Internet, por telefone ou em domicílio, o consumidor
poderá desistir do contrato, no prazo de 7 (sete) dias a contar
de sua assinatura.
Exercido o direito de arrependimento, os valores
eventualmente pagos pelo consumidor a qualquer titulo
deverão ser-lhe devolvidos, de imediato, monetariamente
atualizados. Nesta hipótese, o vendedor empregado, que
intermediou o negócio, perderá o direito de receber as
comissões respectivas.
Essas comissões podem ser classificadas pelo empregador
como "comissões a termo", ou seja, passarão a ser creditadas
ao empregado vendedor somente após a ocorrência do tempo
previsto em lei sem que tenha sido cancelada pelo
comprador.
IV. Controle e Pagamento das Comissões
Por ocasião da admissão do empregado, o empregador é
obrigado a efetuar em sua Carteira de Trabalho e Previdência
Social (CTPS), dentre outras, as anotações concernentes à
remuneração, devendo especificar as parcelas que,
eventualmente, irão integrá-la, tais como: a importância fixa
estipulada, as percentagens relativas aos negócios realizados
etc., conforme constar no contrato de trabalho.
A cláusula do contrato de trabalho do empregado vendedor,
relativa a salário, deverá ser elaborada da forma mais clara
possível, destacando-se, quando for o caso:
a) se o percentual estabelecido como comissão irá incidir
sobre o valor total do pedido ou outro valor, como, por
exemplo, comissões de 10% sobre o valor da venda menos o
ICMS;
b) especificação de percentuais se variáveis conforme o
negócio realizado;
c) esclarecimentos sobre a partir de que momento a comissão
é devida nas hipóteses de vendas à vista, em parcelas etc.;
d) hipóteses em que ocorrerão estorno ou cancelamento das
comissões.
Estes dados poderão ser lançados em um formulário
elaborado pelo próprio empregador e que poderá ser
denominado "controle de comissões".
V. Repouso Semanal Remunerado
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Todo empregado tem direito a repouso remunerado
(RSR/DSR), num dia de cada semana, preferentemente aos
domingos, nos feriados civis e nos religiosos, com duração
de 24 horas consecutivas.
Conforme disposto no art. 7º da Lei nº 605/1949, a
remuneração do dia de repouso, e dos feriados, qualquer que
seja a forma de pagamento do salário, corresponderá:
a) para os que trabalham por dia, semana, quinzena ou mês, à
de um dia de serviço, computadas as horas extraordinárias
habitualmente prestadas;
b) para os que trabalham por hora, à de sua jornada normal
de trabalho, computadas as horas extraordinárias
habitualmente prestadas;
c) para os que trabalham por tarefa ou peça, o equivalente ao
salário correspondente às tarefas ou peças feitas durante a
semana, no horário normal de trabalho, dividido pelos dias
de serviço efetivamente prestados ao empregador;
d) para o empregado em domicílio, o equivalente ao cociente
da divisão por 6 (seis) da importância total da sua produção
na semana.
Em relação aos empregados comissionistas, a Súmula do
Tribunal Superior do Trabalho (TST) nº 27 estabelece:
"É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias
feriados ao empregado comissionista, ainda que pracista."
Como não existe previsão legal para cálculo da remuneração
dos repousos semanais dos comissionistas, a empresa deve
verificar eventual cláusula em acordo coletivo ou convenção,
fixando o critério para sua apuração.
Não havendo qualquer cláusula em acordo coletivo ou
convenção, por analogia ao critério adotado para os que
trabalham por tarefa ou peça, a remuneração dos repousos
semanais dos comissionistas será obtida:
a) dividindo-se o valor total das comissões recebidas no mês
pelo correspondente número de dias efetivamente
trabalhados,
b) multiplicando-se o resultado pelo número de domingos e
feriados existentes.
Não obstante, observamos existir posicionamento no sentido
de que o cálculo deverá ser efetuado dividindo a soma das
comissões percebidas durante a semana por 6.
VI. Vendedor Viajante - Descanso
O empregado vendedor viajante não poderá permanecer em
viagem por tempo superior a 6 (seis) meses consecutivos.
Em seguida a cada viagem haverá um intervalo para
descanso, calculado na base de 3 (três) dias por mês da
viagem realizada, não podendo, porém, ultrapassar o limite
de 15 (quinze) dias.
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VII. Horas Extras
A duração normal do trabalho, para os empregados em
qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas
diárias, desde que não seja fixado expressamente outro
limite.
A CLT, em seu art. 59, estabelece que a duração normal do
trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em
número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito
entre empregador e empregado, ou convenção coletiva. Do
acordo ou convenção deverá constar, obrigatoriamente, a
remuneração da hora suplementar, que será pelo menos 50%
superior à da hora normal.
Estão excluídos do direito ao recebimento de horas extras na
forma disposta acima, dentre outros:
a) os empregados que exercem atividade externa
incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo
tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e
Previdência Social e no registro de empregados;
b) os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de
gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste
artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.
Conforme a Súmula do TST nº 340, o comissionista tem
direito ao adicional de horas extras calculado sobre o
valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se
como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas.
Nº 340 Comissionista. Horas extras - Nova redação
"O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à
base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo,
50% (cinqüenta por cento) pelo trabalho em horas extras,
calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no
mês, considerando-se como divisor o número de horas
efetivamente trabalhadas."
VIII. Décimo Terceiro Salário
Como todo empregado, o comissionista também tem direito
ao recebimento do 13º salário.
Desse modo, a primeira parcela do 13º salário, por força de
lei, deverá ser paga entre os meses de fevereiro a novembro
de cada ano e será calculada com base na média das
comissões recebidas pelo empregado, no ano, até o mês
anterior àquele em que se realizar o pagamento do
adiantamento.
Partindo da premissa, apenas para efeito de exemplo, que o
empregado João irá receber a 1ª parcela do 13º salário no
mês de novembro, e que de janeiro a outubro do ano corrente
tenha recebido a título de comissões R$ 13.200,00. Neste
caso, o valor da 1ª parcela será obtido da seguinte forma:
R$ 13.200,00 ÷ 10 meses ÷ 2 = R$ 660,00
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A 2ª parcela do 13º salário deverá ser paga até o dia 20 de
dezembro de cada ano, e será calculada na base de 1/11 (um
onze avos) da soma das comissões dos meses trabalhados até
novembro de cada ano, deduzida a importância paga no
adiantamento (1ª parcela).
Vamos supor então, que o empregado João tenha recebido,
em novembro, comissões no valor de R$ 930,00. Para o
cálculo da 2ª parcela, devemos proceder da seguinte forma:
- Comissões recebidas de janeiro a outubro: R$ 13.200,00
- Comissões recebidas em novembro: R$ 930,00
- Valor total das comissões (janeiro a novembro): R$
14.130,00 (R$ 13.200,00 + R$ 930,00)
- Valor da 2ª parcela do 13º salário: R$ 624,54 (R$ 14.130,00
÷ 11 meses) - R$ 660,00
VIII.1 Complementação
Até o dia 10 (dez) de janeiro de cada ano, computada a
parcela do mês de dezembro, o cálculo da gratificação, será
revisto para 1/12 (um doze avos) do total devido no ano
anterior, processando-se a correção do valor da respectiva
gratificação com o pagamento ou compensação das possíveis
diferenças.
Num caso hipotético, teríamos:
- Comissões recebidas até novembro: R$ 14.130,00
- Comissões recebidas em dezembro: R$ 1.540,00
- Total de comissões recebidas (janeiro a dezembro): R$
15.670,00 (R$ 14.130,00 + R$ 1.540,00)
- Média anual das comissões: R$ 1.305,83 (R$ 15.670,00 ÷
12 meses)
- Soma das 1ª e 2ª parcelas do 13º salário: R$ 1.284,54
- Valor da complementação a ser paga pelo empregador: R$
21,29 (R$ 1.305,83 - R$ 1.284,54)
IX. Férias
Todo empregado, inclusive o comissionista, terá direito
anualmente ao gozo de um período de férias remuneradas
com, pelo menos 1/3 (um terço) a mais do que o salário
normal.
Neste contexto, a remuneração das férias do comissionista
será obtida mediante a apuração da média percebida pelo
empregado nos 12 meses que precederam à concessão das
férias, acrescida de 1/3.
Vamos supor, por exemplo, que o empregado Joaquim irá
gozar férias, relativas ao período aquisitivo de 02.01.2008 a
01.01.2009, no período de 05 de janeiro a 03 de fevereiro de
2009 e que, nos 12 meses que precederam as férias, tenha
recebido, de comissões, o total de R$ 22.200,00. Sabendo-se
que no período aquisitivo a que se referem às férias o
empregado não cometeu mais de 5 faltas injustificadas,
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teremos:
- Média total das comissões: R$ 1.850,00 (R$ 22.200,00 ÷ 12
meses)
- 1/3 constitucional: R$ 616,66 (R$ 1.850,00 ÷ 3)
- Valor bruto das férias: R$ 2.466,66 (R$ 1.850,00 + R$
616,66)
X. Rescisão Contratual
O art. 477, § 6º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
estabelece que, quando ocorrer rescisão do contrato de
trabalho, o pagamento das parcelas constantes do TRCT
(Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho) deverá ser
efetuado:
a) até o 1º (primeiro) dia útil imediato ao término do
contrato; ou
b) até o 10º (décimo) dia, contado da data da notificação da
demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização
do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.
A Lei nº 3.207/1957, que regulamenta as atividades dos
empregados vendedores, viajantes ou pracistas, determina
que:
a) nas transações em que a empresa se obrigar por prestações
sucessivas, o pagamento das comissões e percentagens será
exigível de acordo com a ordem de recebimento das mesmas;
e de remuneração mista.
b) a cessação das relações de trabalho, ou a inexecução
voluntária do negócio pelo empregador, não prejudicará
percepção das comissões e percentagens devidas.
O art. 466 da CLT, por sua vez, prevê:
O pagamento de comissões e percentagens só é exigível
depois de ultimada a transação a que se referem.
§ 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas,
é exigível o pagamento das percentagens e comissões que
lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva
liquidação.
§ 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a
percepção das comissões e percentagens devidas na forma
estabelecida por este artigo.
Assim, ao efetuar o pagamento das parcelas decorrentes da
rescisão do contrato de trabalho, o empregador poderá, como
medida de cautela, relacionar no verso do TRCT ou em folha
anexa as transações realizadas pelo empregado com as
respectivas datas de recebimento, pela empresa, e valor das
comissões a serem pagas ao empregado.
A medida que a empresa for recebendo os valores relativos
às faturas acima, poderá emitir uma correspondência ao
empregado, convocando-o para receber as comissões
respectivas.
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XI. Acordos ou Convenções Coletivas
É assegurado aos trabalhadores em geral o direito ao
reconhecimento das convenções e acordos coletivos do
trabalho.
Portanto, é muito importante que o empregador, antes de
implantar ou alterar qualquer procedimento em relação aos
critérios para cálculo e pagamento das comissões, dos
repousos semanais, das férias etc. de seus empregados,
procure verificar o que dispõem eventuais cláusulas de
acordos coletivos ou convenções do trabalho vigentes e que
devem ser cumpridas.
XII. Aviso Prévio
Embora inexista regra na legislação trabalhista, o
entendimento predominante versa no sentido de que o aviso
prévio indenizado do empregado comissionista
corresponderá à média das comissões auferidas nos últimos
12 (doze) meses de serviço ou nos meses trabalhados, no
caso de empregado com menos de um ano de serviço.
No aviso prévio trabalhado a remuneração do empregado
corresponderá às comissões correspondentes às vendas
efetuadas no prazo do aviso acrescidas do repouso semanal
remunerado (RSR), do período mais o salário fixo, no caso
Observe-se que alguns documentos coletivos de trabalho
garantem a correção dos valores das comissões, ou ainda
determinam prazo inferior aos 12 meses para a apuração da
média destas. Assim, a empresa deve consultá-lo antes de
efetuar o cálculo.
XIII. Jurisprudência
BASE DE CÁLCULO DAS HORAS EXTRAS.
COMISSÕES. A apuração das horas extras tem como base
de cálculo as verbas salariais percebidas pelo empregado
durante o contrato de trabalho, o que incluiu obviamente as
comissões auferidas, independentemente de constar no
comando decisório. (TRT 2ª Região - 4ª Turma - Ac
20080709278 - Relator(a): Rosa Maria Zuccaro - Data da
publicação: 02/09/2008).
COMISSÕES. VERBAS RESCISÓRIAS. As comissões
integram os ganhos habituais do trabalhador e fazem parte de
sua expectativa de renda, devendo por isso, serem levadas
em conta, quando do pagamento das verbas rescisórias. (TRT
23ª Região, RO nº 2568/94, Ac TP nº 202/95, Relator Juiz
Piovesan Zanini, 3ª JCJ de Cuiabá/MT, DJMT 29.03.95,
página 15).
Alteração salarial. Comissão. Prejuízo. (...). Alteração
obrigacional pelo empregador na forma de cálculo do
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percentual das comissões e de limitação temporal para o que oferecidas "por fora", integram o ganho do empregado
atingimento de meta ótima de vendas pelos empregados é para todos os efeitos, refletindo-se em descansos semanais
nula por ser prejudicial ao afetar o dogma constitucional da remunerados, férias e natalinas, inclusive proporcionais,
irredutibilidade salarial e caracterizar abuso no poder de aquelas com o terço constitucional, aviso prévio, FGTS e
mando do empregador na margem de liberdade que a lei multa de 40%. Sentença mantida (TRT 2ª Região - 4ª Turma
material trabalhista lhe faculta. (...). (Acórdão unânime da 3a - Ac 20071112469 - Relator(a): Ricardo Artur Costa e
Turma do TRT da 1a Região - RO 8851/89 - Rel. Juiz F. Dal Trigueiros - Data da publicação: 18/01/2008).
Pra - DJ RJ de 28.09.92, pág. 180).
O cálculo das verbas rescisórias no caso de comissionista, se XIV. Fundamentos Legais
faz pela média das comissões dos últimos doze meses.
Nenhuma norma legal autoriza a atualizar monetariamente o Constituição Federal de 1988, art. 8º, VI
valor mensal das comissões, para obtenção do salário real Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), arts. 3º, 58, 59,
médio. A lei apenas manda atualizar os créditos trabalhistas e 62, 48, 129, 130, 142, 457, 459, 466, 477 e 487
não recompor o salário do comissionista, para efeito de Lei nº 605/1949, arts. 1º e 7º
cálculo de verbas rescisórias. (Acórdão, por maioria de Lei nº 3.207/1957
votos, da 3a Turma do TRT da 3a Região - Rel. Juiz Euclides Lei 4.090/1962, art. 1º
Alcides Rocha - DJ PR de 16.11.90.pag. 115). Lei 8.078/1990, art. 49
Comissões por vendas. Mesmo após a cessação da relação de Decreto nº 57.155/1965, arts. 1º, 2º e 3º
emprego, o empregado comissionista faz jus às comissões
resultantes de vendas ajustadas no curso do contrato, ainda
que finalizadas posteriormente. (Acórdão, por maioria de
votos, da 2a Turma do TRT da 2a Região - RO 02910052278
- Rei. Juiz António Pereira Santos - DJ SP de 24.02.93, pág.
141).
Comissões. Descontos a título de ICM, PIS e COFINS.
Cabíveis. Cabe deduzir dos valores devidos a título de
comissões devidas ao empregado quantias destinadas ao
ICMS, PIS e COFINS, uma vez que não comprovado
nenhum vício de consentimento e amparada a liberdade
contratual pelo art. 444, da CLT (TRT 2ª Região - 3ª Turma -
Ac 20080745193 - Relator(a): Silvia Regina Pondé Galvão
Devonald - Data da publicação: 09/09/2008)
Estorno de comissões. Indevido. Ausência de prova de
cancelamento das vendas ou insolvência dos adquirentes.
Aceitar o estorno de comissões nos casos de simples
inadimplência do comprador implica transferir para o
empregado os riscos do negócio, o que é vedado por lei em
face do que dispõem os arts. 2º, da CLT, de aplicação
combinada com o artigo 468 consolidado. In casu, a perícia
enfatizou a inexistência de documentos a comprovar o
propalado cancelamento de vendas.Tampouco logrou
demonstrar a reclamada, a ocorrência da alegada desistência
por motivo de insolvência dos adquirentes, que é a hipótese
prevista no art. 7º da Lei 3207/57. Assim, não há como
desprestigiar a decisão de origem. Recurso patronal a que por
maioria se nega provimento. (TRT 2ª Região - 4ª Turma - Ac
20080430257 - Relator(a): Ricardo Artur Costa e Trigueiros
- Data da publicação: 27/05/2008).
COMISSÕES. PAGAMENTO "POR FORA".
INTEGRAÇÕES. As comissões pagas ao empregado têm
natureza salarial (art. 457, parágrafo 1º, CLT). Logo, ainda

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