50 VERBOS DE AÇÃO PARA A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

1. Aconselhar 11. Criticar 21. Esclarecer 31. Impor 41. Mostrar

2. Acusar 12. Denunciar 22. Estabelecer 32. Incentivar 42. Orientar
3. Advertir 13. Desconstruir 23. Estimular 33. Induzir 43. Persuadir
4. Agir 14. Desenvolver 24. Exerce 34. Informar 44. Prevenir
5. Buscar 15. Designar 25. Exigir 35. Inscreve 45. Processar
6. Capacitar 16. Discutir 26. Exortar 36. Inspirar 46. Promover
7. Comprovar 17. Disponibilizar 27. Explica 37. Instruir 47. Propor
8. Conduzir 18. Divulga 28. Expor 38. Intensificar 48. Punir
9. Convencer 19. Educar 29. Fiscalizar 39. Manifestar 49. Realizar
10. Criar 20. Ensinar 30. Garantir 40. Mobilizar 50. Reivindicar

AÇÕES PARA AGENTES: É função do(a) ___ ....

ONGs SOCIEDADE MÍDIA ESCOLA

Desenvolver campanhas
sociais;
Buscar parcerias com empresas
e governos;
Organizar mutirões;
Divulgar ações nas redes
sociais;
Levar conhecimento sobre as
causas para a sociedade;
Denunciar infrações legislativas;
Organizar passeatas sobre o
problema.
Mobilizar discussões nas redes
sociais;
Denunciar crimes e infrações;
Participar de ações das ONGs;
Cobrar ações dos governos;
Priorizar empresas
sustentáveis;
Sugerir projetos de lei de
iniciativa popular;
Compartilhar informações
responsáveis.
Desenvolver ficções engajadas;
Exibir documentários na TV
aberta;
Abrir espaço na sua
programação para especialistas;
Investir em campanhas de
conscientização social;
Evitar atrações
sensacionalistas;
Ampliar campanhas publicitárias
sobre o tema;
Criar programas educativos.
Criar aulas sobre o tema;
Desenvolver projetos
pedagógicos;
Ampliar projetos educativos
para as comunidades;
Fazer uma mudança no seu
currículo de ensino;
Criar cartilhas educativas sobre
o tema;
Desenvolver seminários com
especialistas;
Investir na educação contínua
dos professores.

DETALHAMENTO PARA AGENTES: É função do(a) ___, (...), ; - (...) -

Governo Federal Ministério da Cidadania

Instância máxima de poder; Trata do desenvolvimento social;
Escola
Ministério da Saúde Ministério da Economia Órgão responsável pelo desenvolvimento
Órgão responsável pela manutenção da Órgão responsável pela execução da social e cognitivo;
saúde pública; economia nacional;
Sociedade Civil
Ministério da Educação Poder Judiciário Responsável pelo convívio harmonioso;
Órgão responsável pelo sistema educacional; Garantir o cumprimento das leis seguindo a
Constituição; Família
Ministério do Meio Ambiente Responsável pelo contato primário e
Responsável por gerir os serviços Poder Executivo desenvolvimento social
ambientais; Responsável pela administração do povo
seguindo a Constituição Federal;

30 MEIOS DE AÇÃO: Por meio de...

01. CAMPANHAS 08. EVENTOS PEDAGÓGICOS 15. CARTILHAS VIRTUAIS

Conjunto de eventos destinados
a ensinar ou a descontruir algo;
02. MINICURSOS
Conjunto de aulas teóricas ou
práticas ensinando algo.
03. PALESTRAS
Aula formal oferecida por algum
profissional especializado;
04. OFICINAS/”WORKSHOPS”
Encontro de pessoas para
desenvolver alguma atividade
prática;
05. AUNÚNCIOS
Forma de divulgação de algum
conteúdo;
06. APLICARTIVOS
Estratégias digitais para realizar
uma tarefa;
07. PROCESSO JUDICIAL
Forma de denúncia que visa a
obrigar alguém a se tratar de
algo;
Formas de ensinar alguém a Para ensinar as pessoas a nível 23. AÇÕES COMUNITÁRIAS
fazer algo; nacional (sem poluição); Eventos públicos organizados
09. DISTRIBUIÇÃO DE VALES- 16. AULAS pelo Estado ou pela Sociedade;
CULTURA Estratégia simples e eficaz de 24. GINCANAS
Para incentivar a cultura; ensinar a população; Momento de brincadeiras;
10. DISTRIBUIÇÃO DE CESTAS 17. FICÇÕES ENGAJADAS 25. EVENTOS LITERÁRIOS
BÁSICAS Série ou filme capaz de ensinar Estratégias para estimular a
Para reduzir a a população por meio da arte; cultura / leitura;
desigualdade/fome; 18. DOCUMENTÁRIOS 26. SARAIS
11. DISTRIBUIÇÃO DE BOLSAS Produções capazes de ensinar a Eventos destinados à leitura de
AUXÍLIO população por meio da realidade; poemas;
Para incentivar pesquisas 27. PLANEJAMENTO E
19. ATIVIDADES EXTRACLASSE
científicas; PLANILHAS
Aulas fora do ambiente escolar;
12. DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA Para organizar a rotina do
20. EVENTOS LÚDICOS
POTÁVEL indivíduo;
Evento que visa a ensinar pelas
Para combater a escassez 28. CONSULTA A MÉDICOS
brincadeiras e pela diversão;
hídrica; Para tratar um problema de
21. EVENTOS PÚBLICOS
13. DISTRIBUIÇÃO DE LIVROS saúde;
LITERÁRIOS Eventos públicos organizados
pelo Estado; 29. DENÚNCIAS AO DISQUE 100
Para estimular a leitura; Para denunciar algum crime;
22. EVENTOS SOLIDÁRIOS
14. PROJETOS 30. LEIS
INTERDICIPLINARES Eventos púbicos organizados
pela sociedade; Para o caso de não haver leis
Para disseminar conhecimento; sobre o assunto;
 110 PALAVRAS COM JUÍZO DE VALOR

1. Abismo 17. Degradante 33. Escasso 49. Impõe 65. Infortúnio 81. Obriga 97. Real
2. Absoluto 18. Denunciado 34. Escuso 50. Impossibilita 66. Insalubre 82. Obstáculo 98. Reascender
3. Adverso 19. Desconstruir 35. Esquecido 51. Impróprio 67. Insatisfatório 83. Omissão 99. Relativo
4. Arcaico 20. Desenfreado 36. Esvaziado 52. Imprudente 68. Instável 84. Opressão 100. Repudiar
5. Assola 21. Desestimula 37. Exagerado 53. Inacessível 69. Intensifica 85. Orientar 101. Retrocesso
6. Aterrorizante 22. Desigual 38. Exemplar 54. Inadequado 70. Inviabiliza 86. Perdido 102. Retrógado
7. Banalizado 23. Desprotegido 39. Falha 55. Inapto 71. Irreparável 87. Pleno 103. Sério
8. Carece 24. Destrutivo 40. Falta 56. Incapaz 72. Irresignado 88. Poderoso 104. Silenciado
9. Carente 25. Desumano 41. Fere 57. Incerteza 73. Limitado 89. Precária 105. Subjugar
10. Consolidado 26. Desvaloriza 42. Fragiliza 58. Incoerente 74. Louvável 90. Precoce 106. Subserviente
11. Contumaz 27. Distante 43. Genial 59. Inconsequente 75. Marginalizado 91. Preconceito 107. Subverte
12. Corrompe 28. Distópico 44. Grandioso 60. Incrível 76. Mazela 92. Prejudica 108. Utópico
13. Criticado 29. Eficiente 45. Grave 61. Indevido 77. Moderno 93. Preocupante 109. Visceral
14. Cruel 30. Empecilho 46. Heroico 62. Indiferente 78. Negativo 94. Problema 110. Vulnerável
15. Cultural 31. Enfraquecido 47. Histórico 63. Ineficiente 79. Negligente 95. Promover
16. Danoso 32. Equivocado 48. Ignorado 64. Inércia 80. Nocivo 96. Razoável

ELIMINE LACUNAS COM A ESTRUTURA [X], [Y], [Z]

DESSA FORMA, NÃO É RAZOÁVEL QUE [X] DÊ LUGAR A [Y]. TEMA: Os desafios do combate ao tabagismo entre os brasileiros
Ex: Dessa forma, não é razoável que o prazer momentâneo de um
SUBSTITUA [X] POR UMA ATITUDE RELACIONADA AO TEMA; cigarro dê lugar ao câncer de pulmão, ao enfisema pulmonar e a
SUBSTITUA [Y] POR UMA CONSEQUÊNCIA DO PROBLEMA DO TEMA. diversas doenças fatais.

[X] VAI DE ENCONTRO AOS DIREITOS PREVISTOS NA CARTA TEMA: O problema da ausência de moradias em questão no
MAGNA Brasil
SUBSTITUA [X] PELO PROBLEMA DO TEMA; Ex: O aumento do número de indivíduos em situação de rua vai de
CARTA MAGNA É SINÔNIMO DE CONSTITUIÇÃO. encontro aos direitos previstos na Magna Carta brasileira.

[X] DEVE SER DESCONSTRUÍDO, SOB PENA DE PREJUÍZOS A [Y]

TEMA: A importância das campanhas de vacinação no Brasil
Ex: A rejeição às campanhas de vacinação deve ser desconstruída, sob
SUBSTITUA [X] PELO PROBLEMA DO TEMA;
pena de prejuízos à saúde pública.
SUBSTITUA [Y] POR UMA ÁREA RELACIONADA AO TEMA.

DESSE MODO, ENQUANTO [X] CONTINUAR A ACONTECER, [Y]

SERÁ INCAPAZ DE PERCEBER A IMPORTÂNCIA DE UMA DAS TEMA: A importância da leitura na infância
PRÁTICAS MAIS RELEVANTES PARA A HUMANIDADE: [Z]
Ex: Desse modo, enquanto os lares brasileiros forem desestruturados,
as crianças serão incapazes de perceber a importância de uma das
SUBSTITUA [X] POR UMA CAUSA DO PROBLEMA DO TEMA;
práticas mais relevantes para a formação educacional: a leitura.
SUBSTITUA [Y] POR QUEM É AFETADO PELO PROBLEMA;
SUBSTITUA [Z] POR ALGO IMPORTANTE RELACIONADO AO TEMA.

ENQUANTO [X] FOR A REGRA, [Y] SERÁ A EXCEÇÃO. TEMA: O combate à cultura de cancelamento em questão no
Brasil
SUBSTITUA [X] PELO PROBLEMA DO TEMA; Ex: Enquanto o discurso de ódio na internet for a regra, a tolerância
SUBSTITUA [Y] POR ALGO POSITIVO RELACIONADO AO TEMA. será a exceção.

[X] SE MOSTRA OBSTÁCULO PARA QUE O BRASIL ALCANCE A

POSIÇÃO DE ESTADO DESENVOLVIDO TEMA: Como incentivar a doação de órgãos entre os brasileiros?
Ex : O baixo incentivo à doação de órgãos se mostra obstáculo para
SUBSTITUA [X] PELO PROBLEMA DO TEMA; que o Brasil alcance a posição de Estado desenvolvido.
ESTADO PODE SER SUBSTITUÍDO POR PAÍS OU NAÇÃO.

É CONTRADITÓRIO QUE, APESAR DE SER UMA NAÇÃO TEMA: O preconceito linguístico no Brasil: como combater esse
MULTICULTURAL, A SOCIEDADE BRASILEIRA AINDA MANTENHA paradoxo?
[X] Ex: É contraditório que, apesar de ser nação multicultural, a sociedade
SUBSTITUA [X] POR ALGUM TIPO DE PRECONCEITO; brasileira ainda mantenha o preconceito linguístico.
 MUDANÇAS NA BANCA!!
Exemplo com a Constituição federal de 1988
Na introdução:
Uso vago - O artigo 196, da Constituição Federal, reza que "a saúde
é direito de todos e dever do Estado...". Assim, com fundamento na
Magna Carta brasileira é importante que a população reivindique em
prol de seus direitos, ou seja, busquem uma saúde pública de
qualidade, eficaz e que atenda a todos que dela precisar.
Esse modelo de repertório na introdução, para a nova correção, não
pontuará a C2, pois está solto no parágrafo.
Uso recomendado - "A saúde é direito de todos e dever do Estado.".
Determinada no Artigo 196, da Constituição Cidadã, a lei brasileira
compreende que a saúde da população deve ser pública, de excelente
qualidade e oferecida em todo o território nacional. Todavia, o que se
observa é o descaso governamental frente aos recursos ineficazes
para a garantia desse direito, à medida que não há profissionais
suficientes para atendimento e não há investimento adequado para
suprir todas as falhas de estrutura, equipamentos, manutenção e
contratação de profissionais da saúde. Nesse sentido, tanto a
displicência estatal quanto a indiferença do Poder Legislativo são os
vetores do caos na saúde brasileira." (Prof. Michelle Orsi)
Exemplo com Thomas Hobbes – “A função do Estado é garantir
o bem-estar social"
Na introdução:
Uso vago - A frase do filósofo Thomas Hobbes "A função do Estado é
garantir o bem-estar social" fala sobre o Estado ser obrigado a dar
qualidade de vida a população. Nesse sentido, a falta de médicos e a
falha do sistema de saúde é análogo a frase. Assim, a negligência do
governo e a omissão são os fatores do problema.
Esse modelo de repertório na introdução, para a nova correção, não
pontuará a C2, pois está solto no parágrafo.
Uso recomendado - "A função do Estado é garantir o bem-estar
social.". Essa afirmação do filósofo Thomas Hobbes, determinada em
seus estudos sobre o Contrato Social, é determinante para
compreender a função governamental frente a liderança de uma
nação. Pautada nos princípios de um Estado forte, a teoria do
contratualista determina que a ausência de um poder superior leva
toda uma sociedade ao declínio. Análogo a real situação brasileira, o
que se observa é um país submetido ao caos na saúde pública devido
a má-administração do poder executivo. Nesse sentido, é
imprescindível debater sobre a inobservância do governo e a omissão
legislativa como condutores dessa problemática no Brasil." (Prof."
Michelle Orsi)

ENEM 2023
COMPETÊNCIA 2
1- Uso do repertório Improdutivo, ou seja, vago, sem fundamentação a problemática com apresentada no tema;
2- É importante também fazer uma retomada ao desenvolvimento. (Uso do repertório sociocultural produtivo).

EX.: Tema: Os efeitos da inteligência artificial na sociedade contemporânea

Na obra "Utopia", do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de
problemas e de conflitos. Entretanto, observa-se que na realidade contemporânea é o oposto do que o autor aborda, uma vez que os impactos
sociais da Inteligência Artificia (IA) causa desequilíbrio na sociedade, dificultando a concretização dos planos de More. Isso ocorre devido ao descaso
governamental e à ausência de limites éticos.

NÃO trata da temática. Portanto, não será considerado um repertório sociocultural PRODUTIVO.

EX.: Tema: Os efeitos da inteligência artificial na sociedade contemporânea

No filme "Matrix", clássico do gênero ficção científica, o protagonista Neo é confrontado pela descoberta de que o mundo em que vive é, uma ilusão
construída a fim de manipular o comportamento dos seres humanos. Fora da ficção, a trilogia apresenta características que se assemelham ao atual
contexto, pois, assim como na obra, os mecanismos tecnológicos têm contribuído para alienação do indivíduo, sujeitando-o aos filtros de informações
impostos pela mídia.

3- É essencial usar repertório produtivo na introdução. Mencionar, ou seja, fazer uma retomada em um dos parágrafos do desenvolvimento.
Não deixe repertório "solto", desconexo.

Ex.:
Introdução: A partir do século XVIII, com os processos denominados "revoluções industriais”, o lucro e a economia passaram a ser a prioridade das
nações em detrimento de valores humanos e do meio ambiente.
No desenvolvimento: São notórios os efeitos negativos dos processos industriais na natureza. Segundo Instituto de Pesquisa Ambiental da
Amazônia- IPAM ...

REPERTÓRIOS FÁCEIS

INSTITUIÇÕES ZUMBIS PRINCÍPIOS LACUNA EDUCACIONAL

Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, cunhou
o termo "instituição zumbi" para denunciar
instituições que, apesar de manterem a
essência, perderam a sua função social.
Argumente com base nesse repertório
assim:
A crítica de Bauman, dessa forma, pode ser
associada à [instituição], que, embora possua
o dever de [algo], omite-se de seu papel. Isso
é perceptível na situação problemática do
[tema], em que a [instituição] não busca [o
quê?].
Sob a perspectiva do sociólogo brasileiro
Betinho, o desenvolvimento humano só vai ser
efetivado quando a sociedade civil afirmar
estes 5 pontos cruciais: igualdade,
diversidade, participação, solidariedade e
liberdade.
Argumente com base nesse repertório
assim:
No entanto, o pensamento de Betinho ainda
não foi convertido em realidade, uma vez que
o [principio] não parece estar entre uma das
preocupações de expressiva parcela da
sociedade, a qual age [como?].
Para o sociólogo Édgar Morim, al Morim, a o
método pedagógico deve ser pautado na
multiplicidade de saberes.
Argumente com base nesse repertório
assim:
No entanto, é pertinente abordar o fato de que,
em sua maioria, as escolas da nação
apresentam uma metodologia focada na
transferência do conhecimento técnico-
cientifico. Isso significa que as propostas
pedagógicas hodiernas relevam a
necessidade de engajar nos alunos um olhar
para as questões sociais, como o [tema], de
modo que são formados indivíduos sem
[complemento]
 CONECTIVOS PARA REDAÇÃO
CONTRAPOSIÇÃO: Usado para contrapor as ideias. Ainda que;
apesar de que; contudo; embora; entretanto; Mas; Mesmo quando;
Mesmo que; Não obstante; No entanto; Porém; Se bem que; Senão.
“Em princípio, a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, em
1948, buscou assegurar melhores condições de vida e a valorização
desse indivíduos, evitando a exploração desregulada. No entanto,
esse conjunto de leis ocorre apenas no papel, uma vez que há o
crescimento de casos de maus-tratos.... “
EXPLICAÇÃO: Esclarecer um fato exposto. Assim; de tal forma que; em
virtude de; já que; pois; por causa de; por isso; por conseguinte; visto
que; porquanto; porque; que; uma vez que; Em razão de; Devido a;
"Nesse sentido, há reflexos desse período na sociedade
contemporânea, pois os indivíduos acabam seguindo um parâmetro
idealizado de consumo..."
10 TESES CORINGAS
01. Legado histórico;
02. Negligência governamental;
03. Ausência de leis;
04. Influência familiar;
05. Lacuna educacional;
FRASES PRONTAS
À vista disso, faz-se inadiável Assim, é preciso averiguar a tese
um debate sobre as principais 1 e a tese 2 como as principais
causas desse quadro: argumento causas desse imbróglio.
1 e 2.
10 AGENTES MINISTÉRIOS COM DETALHAMENTO, AÇÃO E MODO, PARA O ENEM
1. MEC
Detalhamento: órgão federal responsável por fiscalizar a qualidade do
ensino no país.
Ação: promover mudanças na grade comum curricular.
Modo: por meio de políticas públicas de alteração na BNCC para o
professor.
2. MINISTÉRIO DA SAÚDE
Detalhamento: órgão do governo federal responsável pela elaboração
de políticas púbicas voltadas ao bem-estar dos brasileiros.
Ação: deve oferecer planos de prevenção e assistência à saúde.
Modo: por intermédio de investimentos públicos e divulgação nos meios
midiáticos.
3. MINISTÉRIO DOS DIREITOS HUMANOS
Detalhamento: órgão responsável pela promoção dos direitos
humanos.
Ação: deve garantir a proteção a todo e qualquer cidadão sem distinção
de etnia, gênero, idade e/ou religião.
Modo: por meio das garantias jurídicas estabelecidas na Constituição
Federal e Declaração Universal dos direitos humanos.
4. MINISTÉRIO DA CULTURA
Detalhamento: órgão responsável pela expressão da cultura nacional e
pelo patrimônio histórico.
Ação: é essencial que promova a difusão da cultura brasileira e a
diversidade regional.
Modo: por meio da distribuição e acesso aos produtos culturais, além
de verbas destinadas a eventos de música, dança e teatro nacionais.
5. MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Detalhamento: responsável pelas políticas públicas de implementação
nacional da ciência e tecnologia.
Ação: deve coordenar as atividades científicas e tecnológicas para o
desenvolvimento da automação nacional.
Modo: por meio de estímulos financeiros estatais e privados distribuídos
de forma igualitária para todos os estados nacionais.
CONCLUSÃO: Para finalizar uma ideia. Logo; portanto; então; assim;
enfim; Por isso; por conseguinte; de modo que; dessa forma; em
resumo Em síntese; Assim sendo; Dessarte;
"Dessarte, os maus-tratos contra esse grupo são recorrentes no
contexto vigente, necessitando de caminhos seguros e coesos para
possibilitar melhores condições de vida..."
ADITIVAS: Somar ideias. Ademais; ainda mais; além disso; como
também; demais; e; não apenas; outrossim; mas também; Não apenas;
Não só; Nem; Por outro lado; Também;
"Ademais, a assistência psicológica é fundamental para romper o
cenário vigente, proporcionando um fácil acesso atendimento eficaz."
FINALIDADE: Usada para indicar o objetivo da ação. A fim de; Com
objetivo de; Com intuito; Com fito de; Ao propósito; Com a intenção de;
"Com a finalidade de proteger as crianças e adolescentes foi criado o
ECA, conjunto de leis que garantem melhores condições de vida a
esses grupos...."
06. Individualismo / egoísmo dos indivíduos;
07. Influência midiática;
08. Desigualdade social;
09. O imediatismo;
10. O silenciamento;
Logo, é de suma importância Em suma, faz-se necessário
analisar os principais fatores acometer os principais fatores
desse óbice: argumento 1 e 2. desse processo, como a tese 1 e
2.
6. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
Detalhamento: órgão do governo federal responsável pela ordem
jurídica.
Ação: deve estabelecer políticas públicas das garantias constitucionais
e combate ao crime organizado.
Modo: por meio de verbas governamentais.
7. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
Detalhamento: órgão responsável por formular as políticas públicas
ambientais nacionais.
Ação: deve implementar ações para o desenvolvimento sustentável.
Modo: por meio dos agentes multiplicadores das práticas sustentáveis.
8. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Detalhamento: órgão responsável pela assistência social e cidadania
no país.
Ação: realize a articulação entre gestores federais, estaduais,
municipais e sociedade civil.
Modo: por meio de políticas inclusivas de proteção social, segurança
alimentar e nutricional.
9. MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES
Detalhamento: órgão responsável pelas políticas nacionais dos
serviços de radiodifusão, telecomunicações e serviços postais.
Ação: deve promover a transformação e inclusão digital.
Ação: por meio da regulamentação e planejamento da comunicação
nacional.
10. MINISTÉRIO DA FAZENDA
Detalhamento: órgão responsável pelo planejamento orçamentário e
financeiro da nação.
Ação: deve executar as políticas fiscais.
Modo: por meio de mudanças na carga tributária nacional.
 ANALISANDO REDAÇÃO
INTRODUÇÃO
A insegurança alimentar, conforme a ONU, acontece quando o indivíduo não possui acesso integral a alimentos para satisfazer suas necessidades
básicas. Nesse aspecto, infelizmente, muitos brasileiros ainda enfrentam esse problema na contemporaneidade. Isso ocorre devido a vários fatores,
entre eles pode-se destacar os índices de desemprego e a desigualdade social presente no país.
DESENVOLVIMENTO 1
Nesse panorama, vale destacar que o desemprego afeta o poder de compra, sobretudo quando os preços estão inflacionados. Um exemplo disso
é retratado no documentário "Ilha das Flores", em que um grupo de pessoas retira restos do lixo para se alimentar, devido à ausência de recursos
financeiros. Logo, nota-se que a falta de um salário digno interfere na efetivação de direitos sociais fundamentais.
DESENVOLVIMENTO 2
Além disso, a desigualdade social é outro fator que colabora para a perpetuação do impasse, principalmente porque o Brasil é um dos países com
maior disparidade econômica do mundo. Nesse sentido, a obra cinematográfica "O poço", produzida pela plataforma de streaming Netflix, retrata,
de forma simbólica, que poucos têm grande acesso à comida, enquanto muitos enfrentam a fome. Logo, fora da ficção, esse problema da
desproporção demonstra um retrocesso no desenvolvimento da nação.
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Portanto, são notórios os fatores que corroboram a realidade nacional no que tange à insegurança alimentar. Diante disso, cabe ao Poder Legislativo
criar medidas de curto e médio prazo - como o aumento dos auxílios e capacitações profissionais - por meio de um Projeto de Lei que será discutido
entre os parlamentares. O efeito disso será a diminuição da fome no Brasil e elevação da qualidade de vida da população.

REPERTÓRIO CONECTORES

TESE AGENTE

AÇÃO EFEITO (FINALIDADE)

SINÔNIMOS

PROBLEMA CONSCIENTIZAR
OBJETIVO
Questão; Convencer;
Meta;
Situação; Informar;
Alvo;
Conjuntura Deficiência; Notificar;
Intuito;
Dificuldade; Persuadir.
Propósito;
Impasse;
SOCIEDADE Intenção;
Empecilho; Entrave;
Grupo; Finalidade;
Drama;
Povo;
Incógnita. FALTA
Corpo social;
Ausência;
SOLUCIONAR Agrupamento;
Carência;
Superar;
CONSEQUÊNCIA Omissão;
Vencer;
Efeito; Inexistência;
Solucionar;
Resultado; Supressão;
Ultrapassar;
Decorrência; Escassez;
Transpor.
Fruto. Insuficiência.

CONECTORES
Introdução - nunca inicie a introdução com 1 conectivo.

Tese: Problemática:
Assim; Nesse sentido;
Dessa maneira; Todavia;
Desse modo; A partir dessa perspectiva;
A partir desse contexto; [Essa representação;
Dessa forma; Diferentemente dessa conjuntura;
Com base nesse viés; Nesse contexto;
Nesse cenário; Na trama;
Fora da ficção;
Análogo a essa...

Desenvolvimento 1

Jamais use: Substitua por:

Em segundo lugar; Com efeito;
Segundamente; Sob esse viés;
Em segunda análise; Nessa perspectiva;
Em primeiro plano; É nesse contexto que;
Primeiramente; Diante desse cenário;
Primordialmente; Nesse sentido;
Mormente; Nesse contexto;
Acerca disso;
Sob essa ótica;
Acerca dessa lógica
 Desenvolvimento 2

Jamais use: Substitua por:

Em segundo lugar; Outrossim;
Segundamente; Ademais (preferido dos corretores);
Em segunda análise; Destarte;
Além disso;
NESSE PARÁGRAFO VOCÊ PODE FAZER USO DO EXEMPLO – SOMENTE NESSE PARÁGRAFO.
NÃO USE EXEMPLO: NA INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO 1 E INTERVENÇÃO.

Intervenção

Início do parágrafo: Início da intervenção: Início da conclusão:

Portanto (queridinho dos corretores) Urge que... Afinal,...
Há, portanto, ... Para isso, Assim,...
Diante do exposto, conclui-se que... Assim, cabe ao... Dessa maneira,...
Fica evidente, portanto, Cabe, então,... Desse modo,...
É evidente, portanto, ...
Portanto, observa-se que...
Torna-se imperativo, portanto, ...

ENEM 2023

COMPETÊNCIA 3 - O QUE MUDOU

1° NÃO PODE USAR APENAS ARGUMENTOS DOS TEXTOS MOTIVADORES - os textos motivadores sempre apresentam argumentos (causas),
se antes você podia usá-las (parafraseando) na sua redação, esse ano não poderá mais.
2° VERACIDADE nas informações. Fica extremamente proibido o repertório NÃO LEGITIMADO. Se você é daqueles que acham que inventar um
ou outro dado estatístico, pesquisa ou até mesmo uma fala de filósofo não tem problema, saiba que esse ano o que não for legitimado será ANULADO
na sua redação.
3° DIRECIONAMENTO PROPOSITIVO - a sua argumentação nos desenvolvimentos deve caminhar para a apresentação de uma proposta de
intervenção que resolva os problemas
COMPETÊNCIA 4 - O QUE MUDOU
NADA MUDOU...
As regras permanecem as mesmas para essa competência. Continua sendo obrigatório o uso de conectivos intraparágrafos e interparágrafos e os
conectivos NÃO PODEM SE REPETIR!!! Atenção para as expressões explicativas nos períodos!!

COMPETÊNCIA 5 - O QUE MUDOU

1° Inicie a sua proposta de intervenção REAFIRMANDO O PROBLEMA usando as PALAVRAS-CHAVE do tema e reafirmando os
argumentos.
ESQUEÇA: iniciar a sua intervenção assim: "Portanto, medidas são necessárias para a resolução do problema." ou assim "Portanto, é preciso agir
sobre o problema.", pois não será considerado "elementos evidenciados", quesito obrigatório esse ano.
COMECE ASSIM, exemplo para o Tema - etarismo
"Portanto, sendo (tema) uma preocupação à sociedade brasileira motivada por (argumento 1 e 2), urge que....."
"Portanto, sendo o etarismo uma preocupação à sociedade brasileira motivada pela omissão estatal e pela indiferença social, urge que...."
2º A AÇÃO É A MAIS IMPORTANTE. Esse ano o foco dos corretores será na ação.
Antes os 5 elementos interventores não tinham uma ordem pré-definida para o corretor analisar. Agora os corretores vão analisar primeiro a AÇÃO.
Nada muda em colocar os elementos interventores, mas a AÇÃO deve estar explicitada e muito bem detalhada.
Resumindo: esqueça "O GOVENO DEVE FAZER CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO" - esse tipo de construção não receberá nota acima de
nível 2-80 pontos e você precisa de nível 5 para ser 900+.
3º Intervenção articulada à discussão desenvolvida. Isso significa que você deve apresentar resolução para as 2 causas apresentadas nos
desenvolvimentos.
O ENEM continua avaliando uma proposta de intervenção - a mais completa, a mais detalhada - mas agora para ser nível 5, a sua proposta deve
solucionar os problemas das 2 causas, com a ação especificada e um dos elementos interventores explicitados (detalha- dos).
MUITA ATENÇÃO AO DETALHAMENTO.

SIGA ESSE MODELO PARA A SUA INTERVENÇÃO:

1º período: Reafirmação do problema usando as palavras-chave do tema e os argumentos da tese;

2º período: a intervenção - agente (especificado) + ação (explicitada e detalhada) + o modo + objetivo + efeito.
3º período: conclusão recuperando o repertório da introdução.

3 REPERTÓRIOS

O filósofo chinês Confúcio disse que a cultura está acima da diferença da condição social. Tal pensamento deixa claro que o
acesso aos bens culturais não podem ser medidos pelo lado financeiro. Todavia, no contexto brasileiro, o acesso pleno à cultura
não é democrático, pois, em certos setores, não é gratuito.

Para Adorno e Horkheimer, Indústria Cultural é aquela que utiliza a cultura de determinados polos do mundo para fabricar seus
produtos. Nessa lógica, afirma-se que os bens culturais, atualmente, são usados apenas visando ao retorno financeiro.

Segundo a Constituição de 1988, o Estado deve assegurar o acesso ao bens culturais a todos, além de apoiar e incentivar a
valorização e a difusão disso. Entretanto, em muitas ocasiões, esse valor legal fica apenas no papel, pois o governo negligencia sua
função enquanto incentivador do acesso democrático à cultura.
 NOTA: 960
O jornalista Gilberto Dimenstein em sua obra "Cidadão de Papel" levanta uma discussão acerca da existência de inúmeros direitos garantidas por
lei no Brasil que, na prática, não são obedecidos. Inegavelmente, o direito à educação deveria ser garantido a todos, entretanto, os deficientes
auditivos encontram dificuldades no acesso a ele sabido que a não inclusão dos surdos no sistema educacional é reflexo de uma cultura não pautada
na ética da alteridade que, consequentemente influencia o sistema educacional ser exclusor e manter desigualdades. Diante disso, é necessária a
atuação do Estado para mudanças nesse panorama.
A priori, a construção cultural brasileira não foi feita sobre o pilar da ética pautada na alteridade, o que faz com que coletivos marginalizados, como
os surdos, tenham dificuldade de se inserir na sociedade. Esse ideal de alteridade, proposto pelo sociólogo francês Levinas, vem de encontro com
a postura cultural do brasileiro que é de não se colocar no lugar de outros indivíduos. Indubitavelmente, os surdos brasileiros sofrem com essa
postura, uma vez que a maioria das pessoas os veem como incapacitados, o que acaba mutilando as possibilidades desses indivíduos de incluírem-
se na sociedade e serem reconhecidos como capazes. Dessa forma, é evidente que a cultura impossibilita a inclusão social dos deficientes auditivos.
Como consequência da cultura não empática dos brasileiros, o sistema educacional se faz exclusor e é, ainda, um dos mantenedores das
desigualdades sociais. Por meio do pensamento de Bourdieu de que "a educação pode combater ou manter desigualdades", é possível analisar o
contexto do sistema educacional brasileiro sobre a óptica dos surdos. Certamente, a manutenção das desigualdades se dá em vários aspectos,
como na incapacitação profissional dos professores que. em sua maioria, não dominam o sistema de Libras, o que compromete o direito de total
aprendizagem do aluno deficiente. Ao passo que a educação é comprometida, os surdos passam por discriminação no mercado de trabalho, em
que raras são as vagas oferecidas a esses indivíduos. Sendo assim, fica claro que, além de não ser inclusiva, a educação não combate
completamente as desigualdades.
Portanto, é vital a atuação do Estado para mudança no cenário de desafios encontrado pelos surdos no acesso à educação. É essencial que o
Estado, com apoio dos movimentos sociais, promova a inclusão dos deficientes auditivos. Essa ação pode ser executada por meio de ações
educativas como performances palestras e cursos de libras, em escolas e bairros para que a sociedade como um todo, incluindo professores e
gestores, adquiram conhecimento acerca das dificuldades enfrentadas pelos surdos no sistema educacional, com a finalidade de promover
mudanças de postura e transformações culturais que reflitam no futuro dos deficientes auditivos para que eles consigam uma adequada formação
educacional e maiores chances no mercado de trabalho Somente assim, os surdos ganharão visibilidade e inclusão social, podendo, a partir de
então, transpor quaisquer desafios que lhes forem impostos em relação às suas formações educacionais.

NOTA: 980
Todos os cidadãos, pelo simples fato de nascerem e estarem incluídos em uma determinada sociedade, são investidos de múltiplos direitos
inalienáveis, Entretanto, pessoas com deficiência, como os surdos, sofrem com a falta de direitos, entre eles, a inclusão completa no sistema
educacional brasileira, o que é decorrência da falta de ética da população - que segundo Levinas consiste na alteridade, isto é, na capacidade de
um indivíduo se colocar no lugar do próximo -, de poucos investimentos estatais no campo educacional e de uma visão utilitarista dos indivíduos,
característica do sistema econômico vigente. Dessa forma, a fim de superar os desafios para a formação educacional de surdos no Brasil, faz-se
necessário que coletivos desse grupo realizem o empoderamento da sociedade
A priori, os poucos investimentos estatais na estruturação de uma educação emancipadora para pessoas com deficiência, como os surdos, gera a
pouca inclusão social desse grupo Isso ocorre em decorrência de uma visão utilitarista, pregada pelo sistema económico atual no pais, o capitalismo,
que prega que pessoas com deficiência são menos eficientes no mercado de trabalho e que, por esse motivo, não é necessário que o Estado invista
na formação desses indivíduos. Com isso, a educação, um direito previsto pela Constituição, a todos os cidadãos, é, muitas vezes, negligenciada
as pessoas com deficiência, como os surdos, o que ocasiona na pouca inclusão dos mesmos na sociedade
Além disso, a falta de ética, segundo Levinas, da sociedade dificulta a inclusão dos surdos no sistema educacional brasileiro. Nesse sentido, a
dificuldade da população em se colocar na situação desse grupo já estigmatizado e marginalizado ao longo da História, faz com que haja o pouco
envolvimento das parcelas sociais em lutas que cobrem do Estado a execução de uma educação emancipadora, inclusiva e que atenda às
necessidades de pessoas com deficiência, como professores de Libras, materiais em braile e uma estrutura espacial adaptada. Em decorrência
disso, as escolas, não raro, não são estruturadas para receber e formar, por exemplo, pessoas com surdez, o que gera a precarização da formação
dessas pessoas e da inclusão dos mesmos na sociedade.
Portanto, para superar os desafios da formação dos surdos no Brasil, é necessário que coletivos desse grupo em união com ONGs ligadas à
educação promovam o empoderamento da sociedade. Essa ação pode ser feita através de palestras em escolas públicas e privadas a respeito das
dificuldades diárias de pessoas com deficiência, através do diálogo entre educadores e pais de jovens com surdez sobre métodos mais eficientes
no aprendizado e por meio de redes sociais com a disponibilização de vídeos com conteúdos empoderadores, mostrando à população os direitos
previstos por lei dos deficientes, como é o caso da educação. A finalidade dessas ações é gerar o incentivo da alteridade da população para que
haja maior envolvimento nas cobranças do Estado para que seja posto em prática o que já está assegurado pela Constituição Com tais ações
tomadas, os desafios da formação dos surdos no Brasil poderão ser superados.

NOTA: 980
De acordo com o historiador Boris Fausto, o século XX presenciou a consolidação do modo de produção capitalista, o qual alterou de maneira
significativa o estilo de vida da população. Tal conjuntura é vista na forma acelerada que as pessoas vivem: o trabalho é colocado em primeiro plano
e o tempo de lazer é reduzido o que resulta em um adoecimento mental dos indivíduos. Esse ambiente frenético foi naturalizado, o que fez com que
as doenças mentais sejam minimizadas e estigmatizadas. Outro fator que contribui para a estigmatização dos distúrbios psicológicos, como a
depressão, é a ineficácia do poder público na promoção de campanhas que expliquem sobre as doenças mentais e na falta de locais adequados
para o tratamento. Dessa maneira, é preciso de medidas que atenuem tal situação.
De início, é importante ressaltar que a naturalização do ritmo de vida acelerado colabora para o aumento do estigma relacionado à doenças mentais.
O século XX assistiu ao recrudescimento do capitalismo, o qual é um sistema que a produtividade é essencial. É nesse contexto que as pessoas se
encontram no hodierno, uma vez que para adquirirem os bens mais básicos como os alimentos, precisam trabalhar durante horas e, dessa forma,
não possuem tempo para as outras atividades. Tal cenário, resulta no surgimento de diversas doenças psicológicas, como a ansiedade, pois os
indivíduos es tão sempre preocupados com o trabalho. Essa condição foi naturalizada na sociedade, pois trabalhar horas seguidas e não possuir
tempo para lazer é considerado normal. Assim, os que desenvolvem doenças mentais nesses locais são considerados "fracos", o que constitui um
dogma
Ademais, as doenças mentais ainda são estigmatizadas devido a ineficácia do poder público. De acordo com o geógrafo Milton Santos, todo ser
humano ao nascer é revestido por uma soma inalienável de direitos. Entretanto, tal conceito não é colocado em prática na atual sociedade brasileira,
visto que os indivíduos com distúrbios mentais, como depressão e ansiedade, não possuem acesso pleno a tratamentos, pois não existem centros
de atendimentos com psiquiatras e psicólogos em todas as cidades, principalmente nas com menos habitantes. Essa falta de cuidado com os doentes
em conjunto com a baixa qualidade de campanhas que mostrem o que são as doenças psicológicas e que elas devem possuir tratamento como
qualquer outra patologia, contribuem para a estigmatização e minimização das mesmas. Destarte, fica claro que a falta de suporte público colabora
para que os distúrbios mentais sejam estigmatizados.
Portanto, conclui-se que a problemática das doenças mentais necessita de mais atenção, no Brasil. Assim, é preciso que o Governo Federal promova
campanhas de conscientização sobre as doenças mentais no ambiente do trabalho, o que fomentaria o debate acerca da questão, por meio das
mídias televisivas e sociais, com a finalidade de retirar o estigma de fraqueza associado aos trabalhadores que padecem mentalmente. Outrossim,
é necessário que as Prefeituras promovam a construção de centros de atendimento a doentes mentais por meio de investimentos nesse setor.
 NOTA: 980
O termo "Ubuntu”, presente nas línguas Zulu e Xhosa, designa uma filosofia findada no altruísmo e na preocupação do ser para com seus
concidadãos. Toda via, na contemporaneidade, tal princípio perde espaço e é substituído por juízos individualistas que coíbem o ser de analisar a
convivência humana de forma coletiva em todos os seus aspectos, dentre os quais se destaca a saúde psicológica dos Indivíduos. Nesse axioma,
observa-se que o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira, enquanto reflexo dessa modernidade individualista, é uma
problemática vigente, visto que contraria práticas inclusivas e lesa direitos legais. Logo, o Estado deve combater tal panorama.
Em primeira análise, nota-se que essa disfunção social impede a concretização da inclusão social Segundo o filósofo Levinas, a atividade ética do
sujeito na sociedade depende de sua internalização da alteridade, isto é, da valorização das diferenças entre os organismos do tecido social, para
que, a partir destas, busque-se o bem-estar coletiva Nesse sentido a rotulação pelo corpo social de doentes mentais com base em uma visão
preconceituosa, classificando as como "loucos" por exemplo, torna incapazes a identificação das dificuldades enfrentadas por essa minorias sociais
e consequentemente, a contribuição para superação ou amenização de suas adversidades Dessa forma denota-se que os estigmas em torno de
acometimentos mentais subverte valores éticos.
Por conseguinte, prerrogativas sociais são mutiladas De acordo com o artigo 60 da Carta Magna Brasileira de 1988, é direito de todo e qualquer
cidadão o acesso à saúde, sendo papel da Federação garanti-la. Contudo, a postura imoral da sociedade diante de indivíduos acometidos por
doenças mentais impossibilita que eles tenham um atendimento e um tratamento médico adequados, na medida em que não são, sequer,
reconhecidos substancialmente, sem desvios preconceituosos, de modo que problemas como a depressão, vivenciada por mais de 11,5 milhões de
brasileiro, conforme dados da Organização Mundial da Saúde, não recebem a devida atenção da sociedade e dos órgãos públicos de saúde, podendo
acarretar em dissonâncias mais graves como o suicídio. Dessa maneira infere-se que premissas legais básicas não se materializam diante da falta
de altruísmo do corpo social para com os doentes.
Por fim, sob as égides da filosofia "Ubuntu" e da ética levinasiana, conclui-se que o Estado, por meio dos Ministérios da Saúde e da Comunicação,
deve estabelecer medidas que promovam a conscientização da população acerca da importância da compreensão e da solidariedade para com os
enfermos mentais. Assim, através de campanhas de esclarecimento sobre as dificuldades enfrentadas por esses grupos e de propagandas
instrucionais sobre como lidar com essa questão de saúde, produzir-se-á uma sociedade com menos estigmas e que atua em consonância com a
cláusula pétrea do artigo 60 da Lei Maior.

NOTA: 980
Levinas, filósofo francês, acredita que uma ação é ética quando se usa da alteridade para fazer determinada atitude. No entanto, ao se analisar a
questão do estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira, percebe-se como esse principio é negado, já que muitas ações são
tomadas sem atribuir a devida importância ao assunto, o que proporciona marcas na vida dos sujeitos. Isso ocorre devido à Industria Cultural
influenciar no comportamento dos indivíduos de forma negativa, junto à felicidade ser fundamentada no consumo. Logo, faz se necessário medidas
para reverter tal situação.
Em primeiro plano, a Industria Cultural colabora para a elaboração de estigmas, os quais estão associados às doenças mentais na comunidade
brasileira. Segundo o sociólogo alemão Theodor Adorno, a transmissão de informação e de cultura é controlada por fabricas midiáticas que, visando
ao lucro, tendem a massificar e uniformizar padrões de comportamento nas pessoas a partir do uso dos meios de comunicação, como, por exemplo,
demonstrar nas televisões que o corpo perfeito é a magro. Sob esse viés, é plausível depreender que filmes, séries ou propagandas produzidas
industrialmente criam necessidades e desejos artificiais nos indivíduos. Porém, caso esse ser humano não atinja a expectativa esperada, como o
corpo perfeito, ele poderá contrair a depressão, o que, por mais que for curada, deixará marcas nesse sujeito e transformará sua saúde mental.
Dessarte, as Indústrias Culturais, por apenas pensar no lucro e em si próprias, corroborando a premissa de Levinas, colaboram para a criação de
cicatrizes nos seres
Além disso, o consumo se tornar sinónimo de felicidade contribui significativamente para a criação de marcas que estão associadas às doenças
mentais na comunidade brasileira. Bauman, sociólogo polonês, afirma que a atualidade é marcada pelo hedonismo, doutrina filosófico-moral que
afirma que o prazer é o bem supremo da vida humana, em que esse prazer é associado ao consumo. Sendo assim, para muitas pessoas, a felicidade
é fundamentada na compra de novos produtos, porém como essa felicidade é superficial e efêmera, há a necessidade das compras serem
constantes. Caso isso não aconteça, ocorre de o sujeito ficar frustrado e, devido a isso, contrair alguma doença mental, como a depressão ou a
ansiedade, a qual proporcionará marcas em sua vida.
Portanto, para resolver o problema da criação de estigmas associados as doenças mentais na sociedade brasileira, cabe à publicidade, ligada a
Industria Cultural, por serem os órgãos responsáveis por influenciar no comportamento das pessoas. criar e divulgar propagandas e formas de
entretenimento sem induzir os sujeitos a pensarem que o corpo ideal é o magro ou que para ser feliz é preciso consumir algum produto, por meio
dos meios de comunicação, os quais terão alcance nacional A finalidade dessa ação é erradicar o pensamento de uma felicidade momentânea e
superficial, de modo que diminua a depressão ou qualquer doença mental que deixe marcas negativas na vida dos seres humanos.

NOTA: 980
Levinas, filósofo francês, acredita que uma ação é ética quando se usa da alteridade para fazer determinada atitude. No entanto, ao se analisar a
questão do estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira, percebe-se como esse princípio é negado, já que muitas ações são
tomadas sem atribuir a devida importância ao assunto, o que proporciona marcas na vida dos sujeitos. Isso ocorre devido à Industria Cultural
influenciar no comportamento dos indivíduos de forma negativa, junto à felicidade ser fundamentada no consumo. Logo, faz se necessário medidas
para reverter tal situação.
Em primeiro plano, a Industria Cultural colabora para a elaboração de estigmas, os quais estão associados às doenças mentais na comunidade
brasileira. Segundo o sociólogo alemão Theodor Adorno, a transmissão de informação e de cultura é controlada por fabricas midiáticas que, visando
ao lucro, tendem a massificar e uniformizar padrões de comportamento nas pessoas a partir do uso dos meios de comunicação, como, por exemplo,
demonstrar nas televisões que o corpo perfeito é a magro. Sob esse viés, é plausível depreender que filmes, séries ou propagandas produzidas
industrialmente criam necessidades e desejos artificiais nos indivíduos. Porém, caso esse ser humano não atinja a expectativa esperada, como o
corpo perfeito, ele poderá contrair a depressão, o que, por mais que for curada, deixará marcas nesse sujeito e transformará sua saúde mental.
Dessarte, as Indústrias Culturais, por apenas pensar no lucro e em si próprias, corroborando a premissa de Levinas, colaboram para a criação de
cicatrizes nos seres
Além disso, o consumo se tornar sinónimo de felicidade contribui significativamente para a criação de marcas que estão associadas às doenças
mentais na comunidade brasileira. Bauman, sociólogo polonês, afirma que a atualidade é marcada pelo hedonismo, doutrina filosófico-moral que
afirma que o prazer é o bem supremo da vida humana, em que esse prazer é associado ao consumo. Sendo assim, para muitas pessoas, a felicidade
é fundamentada na compra de novos produtos, porém como essa felicidade é superficial e efêmera, há a necessidade das compras serem
constantes. Caso isso não aconteça, ocorre de o sujeito ficar frustrado e, devido a isso, contrair alguma doença mental, como a depressão ou a
ansiedade, a qual proporcionará marcas em sua vida.
Portanto, para resolver o problema da criação de estigmas associados as doenças mentais na sociedade brasileira, cabe à publicidade, ligada a
Industria Cultural, por serem os órgãos responsáveis por influenciar no comportamento das pessoas. criar e divulgar propagandas e formas de
entretenimento sem induzir os sujeitos a pensarem que o corpo ideal é o magro ou que para ser feliz é preciso consumir algum produto, por meio
dos meios de comunicação, os quais terão alcance nacional A finalidade dessa ação é erradicar o pensamento de uma felicidade momentânea e
superficial, de modo que diminua a depressão ou qualquer doença mental que deixe marcas negativas na vida dos seres humanos.
 NOTA: 1000
Para a filosofa estadunidense Nancy Fraser, o conceito de justiça social funda-se em duas frentes, sendo uma delas a do reconhecimento, referente
a existência e à visibilidade de um determinado grupo ou indivíduo perante o poder público e a sociedade. Nesse viés, a fim do efetivo asseguramento
da cidadania de seus indivíduos, o corpo estatal exige a materialização do existir de seus cidadãos mediante documentos oficiais, os quais
proporcionam o acesso a prerrogativas e serviços que lhes cabem aos indivíduos registrados. No entanto, não raras são as ocasiões em que não
há tais registros, o que levanta debates acerca da importância dos documentos civis e da devida regularização dos cidadãos à garantia de acesso
à cidadania plena e, portanto, à visibilidade, no Brasil, embasados, sobretudo, na oportunidade de indivíduos alijados à sociedade ascenderem de
condições de vida, somada à possibilidade de estes construírem seu verdadeiro "eu" Tendo isso em vista, o Estado deve agir visando à facilitação
e à democratização de tal processo civil.
De início, é notório o caráter indispensável do registro civil na promoção da cidadania, em especial, de indivíduos à margem da sociedade e da
atuação do poder público, possibilitando sua ascensão social. Segundo o geografo Milton Santos, o Brasil vive um cenário de cidadanias mutiladas,
em que, embora a Constituição preveja, de forma universal e indistinta, o acesso a prerrogativas, estas não são efetivamente consubstanciadas na
prática, engendrando disparidades sociais baseadas, principalmente, no poder econômico dos membros da sociedade. Nesse contexto, pessoas em
uma posição inferior da pirâmide social tem seus direitos renegados, em uma estrutura baseada no capital, restando ao Estado o dever de, ainda
que parcialmente, complementar a iniciativa privada na oferta de serviços e de prerrogativas mercantilizadas, em busca de uma conjuntura de maior
equidade social. Dessa forma, o registro civil, ao estabelecer a conexão indivíduo poder público, permite que este atue de forma localizada e eficiente
sobre comunidades ou cidadãos, com o fito de promover sua ascensão social, tendo o documento papel primordial nesse intermédio.
Além disso, já em um âmbito existencialista, a regularização do indivíduo, ao materializar sua existência, fornece um importante amparo na síntese
de seu verdadeiro "eu". Conforme o filósofo Jean-Paul Sartre, o homem é dotado de liberdade para construir sua essência, mediante tomadas de
decisões, porém apenas quando sobre ela precede a existência humana. Nessa perspectiva, o fato de existir é imprescindível para que o cidadão,
em seu íntimo, seja capaz de, ao longo de sua vivência, sintetizar quem ele realmente è, com toda a liberdade intrínseca a sua existência. Desse
modo, o registro civil de uma família, por exemplo, permitirá que esta, sob um regime de supervisão e auxilio do Estado, seja atriz de sua própria
história, definindo a essência de cada um de seus membros e sintetizando, de forma ativa, seu legado a gerações futuras, tornando-se mais visíveis
a elas, ao corpo estatal e à sociedade como um todo, o que ressalta sua cidadania.
Portanto, em vista dos benefícios inerentes ao registro civil e sua facilitação, no que se refere à cidadania, faz-se necessário que o Estado, através
de parcerias entre as esferas federal, estadual e municipal, democratize a retirada de documentos cidadãos, por meio da construção de centros de
registro e cartórios em zonas periféricas ou interioranas, os quais disponibilizem atendimento integral e direcionado a indivíduos de baixa renda que
não tiveram a oportunidade de reivindicar seus documentos. A finalidade de tal ação é ampliar e garantir o acesso à cidadania plena no Brasil, já
que está só pode ser integralmente alcançada, na maioria dos casos, com, no mínimo, a certidão de nascimento, justamente por informar ao poder
público a respeito de sua existência como cidadão. Somente assim, poder-se-á construir um cenário de justiça social e de reconhecimento igualitário
dos indivíduos perante o corpo social, universalizando prerrogativas e fazendo da sociedade uma instituição harmoniosa e, em seu conjunto, cidadã.

NOTA: 980
Segundo o geografo Milton Santos, o simples nascer investe o indivíduo de uma soma inalienável de direitos, apenas pelo fato de ingressar na
sociedade. Entretanto, ao se analisar o panorama atual brasileiro acerca da invisibilidade de alguns sujeitos, adquirida graças à falta de registro civil,
ocorre um impedimento em relação à garantia de acesso à cidadania, o que vai contra o ideal de Santos e que provoca desigualdade em diferentes
âmbitos. Dessa forma, observa-se que esse cenário atinge principalmente pessoas marginalizadas pela sociedade, pois trata-se de uma herança
colonial que é perpetuada ainda hoje e resulta na negação de uma cidadania plena e que acentua a desigualdade presente no país. Assim sendo,
faz-se necessário que o Estado promova a criação de mecanismos que possibilitem o direito a documentação pessoal de forma democrática.
Primeiramente, há de se destacar que a falta de registro civil atinge, especial mente, as minorias negras e pobres, devido a uma herança colonial
elitista e escravocrata. No período colonial, os africanos escravizados trazidos ao Brasil eram vistos apenas como mercadorias, esses não eram
mais tidos como humanos, mas como animais e força de trabalho, logo, eram desprovidos de quaisquer prerrogativas que formavam um cidadão.
Assim, esses sujeitos, mesmo após a abolição da escravidão não eram aceitos na sociedade, pois a mentalidade da época permanecia a mesma e,
por isso, continuaram a ter sua identidade e cidadania negados. Isso se propagou até a atualidade, porém de forma disfarçada a evidente segregação
foi substituída por uma invisibilidade jurídica e social, já que essas pessoas marginalizadas não possuem, em sua maioria, um registro formal e,
então não são conhecidos pelo governo, o que faz com que esses indivíduos deixem de exercer sua cidadania.
Dessa maneira, esses sujeitos deixam de usufruir de uma cidadania plena. Segundo o jornalista Gilberto Dimenstein, esse caso poderia ser
configurado como o conceito de Cidadania de Papel, ou seja, em que apesar de fazerem parte da sociedade, a negligência do governo ao não
reconhecer a cidadania desses grupos, se caracteriza pela negação de seus direitos, que permanecem inertes ao papel. Além disso, a falta de
registro civil é um fator que evidencia e desigualdade social no país, já que está diretamente relacionado à cor da pele e classe social, o que pode
ser observado pela análise, por exemplo, de dados da IBGE, que estimam que a maioria dessas pessoas sejam negros e pobres.
Portanto, nota-se que a falta de registro civil se trata de um problema social grave no Brasil, e que é causado por uma herança colonial e gera uma
negação de direitos a essas pessoas, que são privadas de sua cidadania. Dessarte, cabe ao Esta do, já que é o órgão responsável pela manutenção
de bem-estar social, criar projetos de registro de pessoas e documentação pessoal em larga escala, por meio da criação de sites na internet que
facilitem o acesso a esse cadastro, com a finalidade de garantir que todos possam exercer sua cidadania plenamente.

NOTA: 980
Milton Santos, geografo brasileiro, através do conceito de Cidadania Mutilada, afirma que se vive sob a égide de uma cidadania incompleta, em
que, cotidianamente, inúmeras prerrogativas sociais não são materializa das. Dentre tantas, destaca-se a questão da invisibilidade gerada pela falta
do registro civil, esse que é a base para a garantia do acesso à Cidadania no Brasil. Tal negligencia quanto a expedição da certidão de nascimento
deve-se à intensa desinformação e desigualdade social e pode ocasionar a negação de uma série de outros direitos aos cidadãos. Desse modo,
cabe ao Ministério Público articular medidas para reverter tal panorama.
Primeiramente, percebe-se que a falta de documentação ocorre graças à desigualdade social e à falta de democratização do acesso à informação.
Quanto a isso, indivíduos com menores condições financeiras estão sujeitos ao recebimento de informações que não são verossimilhantes, devido
ao fato de estes não possuírem condições de obter acesso aos novos meios de comunicação e à fontes de notícias confiáveis. Dessa forma,
populações menos abastadas não sabem da importância do porte de registro civil e acabam por negligenciar o mesmo, tornando-se invisíveis
socialmente.
Como consequência, há uma negação de direitos em cascata, já que direitos fundamentais, como a posse da certidão de nascimento, são negados
aos cidadãos. Dessa maneira, indivíduos sem a documentação necessária acabam invisíveis aos olhos do Estado e tornam-se destituídos de
inúmeros outros direitos como o acesso à educação, à carteira de trabalho e ao título de eleitor Tal destituição contribui para a perpetuação de uma
cultura em que só os mais abastados recebem todos os direitos vitalícios previstos na Constituição.
Portanto, fazem-se necessárias medidas para reverter o atual panorama presenciado pela documentação no Brasil. Assim, cabe ao Ministério
Público, pois é o principal órgão de garantia dos direitos aos cidadãos, elaborar medidas que alertem os brasileiros sobre a importância da emissão
do registro civil, através de palestras em escolas e periferias e campanhas nas redes sociais, a fim de diminuir a invisibilidade social e garantir uma
cidadania justa e igualitária para todos. Com isso, seria possível reverter as previsões de Milton Santos e criar uma cidadania com menos mutilações.