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Sistema de Protocolos
Objetivos:
• Definir sedação em suas diversas profundidades e definir analgesia
• Orientar indicações e riscos de sedação e analgesia
• Orientar procedimento de sedação e analgesia na emergência pediátrica
Autores e Afiliação:
Autores:
Marcela Maria de Aquino da Costa 1
Renato Lucas Passos de Souza 2
Afiliação:
1.Médica Assistente da Sala de Urgência Pediátrica da Unidade de Emergência do Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
2.Médico Anestesiologista da Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
Diagnóstico:
Avaliação:
Deve ser feita pré-avaliação da criança, prevendo riscos e garantindo o sucesso da
sedação/ analgesia, e evitando complicações respiratórias e cardiovasculares. Para
anamnese, utilizar a regra “SAMPLE” (Tabela 1).
Toda criança deve ser submetida a exame físico completo, monitoração dos sinais vitais e
avaliação da via aérea, com ênfase em malformações e características que possam
oferecer risco de obstrução e/ou via aérea difícil, antecipando problemas. Durante o
procedimento de sedação/ analgesia é necessária monitoração contínua, observação da
face e do tronco do paciente, observando-se a cor e os movimentos respiratórios. É
importante avaliar objetivamente a sedação e a analgesia pela utilização de instrumentos,
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como a escala COMFORT, que pode ser utilizada para avaliar a sedação (pontuação menor
que 17 indica sedação excessiva, entre 17 e 26, sedação adequada e maior que 26,
sedação insuficiente) e a analgesia em crianças pequenas (pontuação maior que 20 indica
a presença de dor). Outros instrumentos que podem ser usados para a avaliação da
analgesia incluem a escala facial de dor e a escala numérica verbal (0 = ausência de dor,
10 = pior dor imaginável).
Critérios de alta após procedimento realizado sob sedação e/ou analgesia:
• O paciente é acordado facilmente;
• Estado cardiopulmonar e sinais vitais normais;
• Hidratado e tolerando líquidos;
• Resposta verbal e tônus recuperados no nível basal.
Deve-se aguardar tempo mínimo de 1 a 2 horas após o término do procedimento, para
alta.
Exames Complementares:
N/A
Tratamento:
Procedimento:
Determinados procedimentos não invasivos, quando a idade e o nível cognitivo do
paciente assim o permitirem, podem ser realizados mediante utilização de medidas não
farmacológicas. Para procedimentos mais demorados ou em pacientes não colaborativos,
podem ser utilizados sedativos leves, isoladamente. Já em procedimentos invasivos e
dolorosos, é indicada utilização de analgésicos (Tabela 2).
Podem ser utilizados agentes anti-histamínicos e antipsicóticos, na sedação para
eletroencefalograma e exames de imagem (Tabela 3).
Abaixo, seguem tabelas com medicamentos utilizados nos esquemas propostos de
sedação e analgesia em emergência pediátrica (Tabelas 4-9).
Antagonista dos benzodiazepínicos:
Flumazenil: antagonista de ação central; risco de hipertensão intracraniana e convulsões
em pacientes epilépticos. Tem curta duração, pode ser necessário repetir doses dentro de
1 a 3 minutos, devendo-se monitorizar o paciente após seu uso. A dose de 0,01mg/kg EV,
em bolus, pode ser repetida até o máximo de 5 doses ou 1 mg.
Antagonista dos opioides:
Naloxona: pode ser administrado por diversas vias (EV, IM, SC, SL); tem curta duração e
meia vida menor que a dos opioides; podem ser necessárias doses repetidas, devendo-se
monitorizar o paciente após seu uso. A dose para reversão parcial é de 0,01-0,03 mg/kg e,
para reversão completa, 0,1 mg/kg (máximo, 2 mg/dose). Risco de dor intensa,
abstinência e convulsões.
Metas e Indicadores:
N/A
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Anexos:
Tabela 1: Tabela 1. Anamnese segundo a mnemônica “SAMPLE”
Tabela 1
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