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LARISSA SOUTO
LINDEMBERG CHIANCA
SAFIRA SANTANA
JOÃO PESSOA - PB
Setembro de 2019
LARISSA SOUTO
LINDEMBERG CHIANCA
SAFIRA SANTANA
JOAO PESSOA – PB
Setembro de 2019
1. Introdução
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Segundo Chrystal (1980, p. 179) a nasalidade consiste em: “som oral, consonântico ou
vocálico, a que é adicionada uma ressonância, devido ao abaixamento do palato mole. Os sons tornam-se
nasalizados, geralmente, por influência de segmentos nasais adjacentes”.
Não se pode afirmar que as vogais anteriormente expostas são nasais, e sim,
vogais orais que em decorrência dos aspectos socioculturais, morfológicos ou
fenômenos extralinguísticos resultam em segmentos nasalizados.
A nasalidade fonológica ocorre quando a sílaba tem a rima formada por vogais
seguintes de consoante nasal em posição de coda. Neste caso, afirma-se que as vogais
são propriamente nasais. Os casos de nasalidade fonológica ocorrem em todo o
português brasileiro, configura-se, portanto, um processo sem variações. CÂMARA JR
(2009) justifica: “A vogal dita ‘nasal’ é, fonologicamente, uma estrutura VN, como em
[∪λε )νδα], ou seja, uma sílaba travada por consoante nasal, não havendo possibilidade
de ocorrência de sândi externo.” (p. 36).
Nas palavras caminha (diminutivo de cama) e caminha (verbo caminhar)
percebemos que em algumas regiões do Brasil há o traço de nasalidade no primeiro “a”
do diminutivo de cama, enquanto que na segunda palavra ocorre a oralização da mesma
vogal. Ocorre nas duas palavras alteração de sentindo, e, portanto, se definem como
palavras com nasalidade fonológica.
[...] o contraste entre /l/ e /w/ depois de vogal não deve ir ao ponto de se
articular o /l/ exatamente como o /l/ antes de vogal. Salvo no extremo sul do
país, essa pronúncia indiferenciada soa anômala, e dá a impressão de haver
um ligeiro /i/ depois do /l/ de maneira que uma palavra como cal quase se
confunde com cale ou mel com mele (CÂMARA JR., 1977, p. 31).
REFERÊNCIAS
CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Manual de expressão oral e escrita. Petrópolis:
Vozes, 1977.