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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS


FACULDADE DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

Disciplina: Introdução à Linguística Descritiva


Professora: Maria Sueli de Aguiar
Aluno: Afonso Henrique Stoko Data: 06/11/2023

Resumo do Livro Fonética e Fonologia do Português - Thaís Cristófaro Silva

Com propósito de apresentar os sons da fala do português brasileiro e a possibilidade


de classificá-los e transcrevê-los, nestas páginas designadas para resumo vê-se exposição
dos componentes do aparelho fundador e seu funcionamento sobre uma perspectiva
fisiológica e articulatória, com foco delimitado até a apresentação do sistema consonantal.
Desde modo, a autora começa por apresentar o campo científico da fonética e em qual
segmento seu trabalho se aloca. Em seguida, dá ênfase aos componentes do aparelho
fundador, chamando atenção para não exclusividade de órgãos envolvidos no processo de
produção da fala. Apresenta também três grupos de órgãos que compõem este aparelho:
sistema respiratório, fonatório e articulatório. Thaís Cristófaro Delimita ainda a importância
da laringe, da glote e das cordas vocais na constituição dos sons, afirmando que a fisiologia
das articulações proporciona um número limitado de sons possíveis e, portanto, casos
recorrentes em diferentes línguas.
No capítulo destinado a descrição dos segmentos consonantal, autora os define como
sons produzidos pela obstrução, total ou parcial, da corrente de ar nas cavidades
supraglotais, podendo haver ou não o fenômeno da fricção. Além disso, seguindo os estudos
de Abercrombie (1967), estabelece parâmetros para a descrição articulatória dos segmentos
consonantais, sendo eles: o mecanismo da corrente de ar (pulmonar, glotálica ou velar); o
modo da corrente de ar, (ingressiva ou egressiva); o estado da glote (vozeado ou
desvozeado); a posição do véu palatino (segmentos nasais e orais); definição do articulador
ativo (lábio inferior, língua, véu palatino e cordas vocais) e do articulador passivo (lábios
superior, dentes superiores e o céu da boca alvéolos, palato duro, palato mole e úvula),
levando em conta a percepção do lugar de articulação nos segmentos consonantais (bilateral,
lábiodental, dental, alveolar, alveopalatal, palatal, velar e glotal); e, por fim, definição do
grau e da natureza da estrutura (oclusiva, nasal, fricativa, africada, tepe, vibrante,
retroflexiva, e laterais), sem prejuízo da anotação dos segmentos consonantais.
Em seguida, a autora se debruça sobre aspectos das articulações secundárias,
afirmando que se tratam de efeitos conjugados - mas não fundamentais - no processo de
produção de sons consonantais; além disso, postula que dependem do contexto ou ambiente,
informando que os símbolos marcadores de propriedades articulatórias secundárias são
diacríticos ou símbolos adicionais à consoante em evidência. Dentre as principais
articulações secundárias de relevância para a língua portuguesa a autora destaca: a
labialização, a palatalização, a velarização e a detalizaçao. Posto isso, informa que existem
dois tipos básicos de transcrições, sendo elas: a transcrição fonética ampla (a que explicita
propriedades segmentais não condicionados por contexto ou característica da língua) e a
transcrição fonética restrita (a que evidencia todos os detalhes observados
articulatoriamente).
Por fim, Thaís Cristófaro apresenta uma tabela que contém os segmentos
consonantais de maior incidência no português brasileiro, associando os respectivos
símbolos à sua maneira e lugar de articulação. Apresenta, também, em seguida, exemplos de
palavras escritas de forma ortográfica e sua correspondente fonética, ilustrando assim a
aplicação dos segmentos consonantais anteriormente demonstrados, além de postular
observações de caráter regionais e dialetais da incidência de segmento. A autora demonstra
também alguns símbolos fonéticos correspondente aos propostos pela Associação
Internacional de Fonética.

“Já parou para pensar que podemos estar desfrutando hoje o que pedimos ontem?”
Afonso Henrique Stoko

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