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Relatório
A. Objetivo
Este trabalho tem como objetivo o cálculo da entalpia de vaporização da água, Δ𝐻𝑣𝑎𝑝 , a partir
1
do declive da reta do gráfico de ln (𝑃𝑣𝑎𝑝 ) vs. .
𝑇
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Neste caso, o diagrama de fases refere-se à água e é possível observar diversas cores. Cada
cor corresponde a diferentes formas físicas da água:
Área rosa – É a região de valores de P-T em que a água é vapor.
Área amarela – É a região de valores de P-T em que a água é sólida.
Área azul – É a região de valores de P-T em que a água é líquida.
Além disso, neste diagrama estão identificados 3 números, em que:
O número 1 refere-se à linha dos valores de P-T em que a água é sólida e/ou líquida.
O número 2 é a linha dos valores P-T em que a água é sólida e/ou vapor.
O número 3 é a linha de valores P-T em que a água é líquida e/ou vapor.
Em outras palavras, o diagrama de fases revela que a pressão de vapor aumenta com a
temperatura porque, à medida que a temperatura aumenta, mais moléculas têm energia
suficiente para deixar as suas moléculas vizinhas no líquido. E, como foi referido
anteriormente, exibe a forma como as substâncias alteram o seu estado físico de acordo com
a pressão e temperatura exercidas.
Se for considerado o aquecimento de um líquido em um recipiente aberto, por exemplo a água,
a uma certa temperatura a pressão do vapor torna-se igual à pressão externa. Essa
temperatura é chamada de temperatura de ebulição. Quando a pressão externa é de 1 bar,
a temperatura de ebulição é chamada de ponto de ebulição padrão, sendo que a
temperatura da água é a 100 ºC – ponto C.
Por outro lado, se for considerado o aquecimento de água em um recipiente fechado, como o
vapor não pode escapar, sua densidade aumenta à medida que a pressão do vapor aumenta
e, no devido tempo, a densidade do vapor torna-se igual à do líquido restante. Nesse estágio,
não há distinção entre o estado líquido e gasoso da água, conforme ilustrado no ponto D, que
também pode ser designado como ponto crítico. Nesse ponto, a fronteira líquido-vapor
termina (a 374 ºC e 221 bar) porque um líquido não pode ser produzido pela aplicação de
pressão a uma substância se ela estiver em sua temperatura crítica ou acima dela.
Caso a água congele, a energia das moléculas no líquido é tão baixa que elas não conseguem
escapar das forças atrativas de suas vizinhas e perdem sua mobilidade. Isso ocorre no ponto
A, no qual a temperatura das fases líquida e sólida da água coexistem em equilíbrio a uma
pressão especificada é chamada de temperatura de fusão. A temperatura de fusão quando
a pressão é de 1 bar é chamada de ponto de fusão normal, sendo neste caso, uma
temperatura de 0 ºC na água.
Existe um conjunto de condições sob as quais três fases diferentes (sólido, líquido e gasoso)
coexistem simultaneamente em equilíbrio. É representado pelo ponto B, designado como
ponto triplo, onde os 3 limites se intersetam. Para a água, o ponto triplo está em 0,1 ºC e
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0,0061 bar. Este ponto também indica a temperatura mais baixa na qual o líquido pode existir.
C. Registos Experimentais
Volume do
Pontos Temperatura Temperatura do ar Volume do ar
vapor de água + ar
(K) (K) (mL)
(mL)
D. Cálculos
𝑃×𝑉
𝑛= , em que o 𝑅 = 8,20578 × 10−2 𝐿 𝑎𝑡𝑚 𝐾−1 𝑚𝑜𝑙−1 e o 𝑃 = 1,00 𝑎𝑡𝑚
𝑅×𝑇
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𝑃×𝑉
𝑛= , em que o 𝑅 = 8,20578 × 10−2 e o 𝑃 = 1,00 𝑎𝑡𝑚
𝑅×𝑇
1,00 𝑎𝑡𝑚 ×(4,80×10−3 ) 𝐿
⇔ 𝑛=
(8,20578×10−2 ) 𝐿 𝑎𝑡𝑚 𝐾 −1 𝑚𝑜𝑙−1 × 278,15 𝐾
= 2,10 × 10−4 mol
⇔ 𝑛𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 = 3,50 × 10−4 mol − 2,10 × 10−4 mol = 1,40 × 10−4 mol
𝑛𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 = 3,31 × 10−4 mol − 2,10 × 10−4 mol = 1,21 × 10−4 mol
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𝑛𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 = 3,12 × 10−4 mol − 2,10 × 10−4 mol = 1,02 × 10−4 mol
𝑛𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 = 2,99 × 10−4 mol − 2,10 × 10−4 mol = 8,90 × 10−5 mol
𝑛𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 = 2,87 × 10−4 mol − 2,10 × 10−4 mol = 7,70 × 10−5 mol
𝑛𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 = 2,74 × 10−4 mol − 2,10 × 10−4 mol = 6,40 × 10−5 mol
𝑛𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 = 2,68 × 10−4 mol − 2,10 × 10−4 mol = 5,80 × 10−5 mol
𝑛𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 = 2,63 × 10−4 mol − 2,10 × 10−4 mol = 5,30 × 10−5 mol
𝑛𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 = 2,49 × 10−4 mol − 2,10 × 10−4 mol = 3,90 × 10−5 mol
𝑛𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 = 2,44 × 10−4 mol − 2,10 × 10−4 mol = 3,40 × 10−5 mol
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𝟏
D.2. Elaborar um gráfico ln (𝑷𝒗𝒂𝒑 ) vs.
𝑻
NOTA: O valor da pressão parcial do vapor de água das respetivas temperaturas foi
convertida em Pascal (Unidade S.I.)!
X Y
𝟏
em 𝑲−𝟏 ln (𝑷𝒗𝒂𝒑 ) em Pa
𝑻
0,0028723 10,607
0,0028889 10,521
0,0029057 10,408
0,0029227 10,315
0,0029399 10,209
0,0029573 10,074
0,0029749 9,9936
0,0029927 9,9266
0,0030107 9,6746
0,0030289 9,5528
1
Figura n.º 2 – Tabela com o registo dos valores do eixo x = (das várias temperaturas)
𝑇
e do eixo y = ln (𝑃𝑣𝑎𝑝 ) (dos vários 𝑃𝑣𝑎𝑝 ) do 𝐻2 𝑂
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Entalpia de Vaporização
10.8
10.6
y = -6600,1x + 29,594
10.4
ln (Pvap)
10.2
10.0
9.8
9.6
9.4
0.00286 0.00288 0.00290 0.00292 0.00294 0.00296 0.00298 0.00300 0.00302 0.00304
1/T
1
Figura n.º 3 – Gráfico do ln (𝑃𝑣𝑎𝑝 ) em função ao do 𝐻2 𝑂
𝑇
Considerando:
𝑦 = ln(𝑃𝑣𝑎𝑝 )
Δ𝐻𝑣𝑎𝑝
𝑚= −( )
𝑅
1
𝑥=
𝑇
𝑏=𝑐
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Δ𝐻𝑣𝑎𝑝
𝑚 = −( ) ⇔ Δ𝐻𝑣𝑎𝑝 = − (𝑚 × 𝑅) = − ( − 6600,1 × 8,314 𝐽 𝐾 −1 𝑚𝑜𝑙−1 )
𝑅
E. Conclusão
água, Δ𝐻𝑣𝑎𝑝 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜 = 40,7 KJ/mol, que estes dois valores apresentam uma
diferença significativa. Para explicar esta diferença podem ter ocorrido erros durante
o decorrer da experiência tais como: erros de medição e de paralaxe,
nomeadamente na leitura do volume na proveta e da temperatura do termómetro,
ou erros na construção do sistema, sendo que o sistema preparado foi um sistema
aberto e a sua fronteira foi diatérmica, isto é, permitiu a passagem de energia sob
forma de calor entre o sistema e a vizinhança.
𝑣𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜 − 𝑣𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜
│%E│ =│ │ × 100
𝑣𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜
−40,7 −(−54,87)
⇔ │%E│ =│ │ × 100
−54,87
F. Referências
Recurso ao livro: “P.W. Atkins, The Elements of Physical Chemistry, 6𝑡ℎ ed., Oxford,
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Recurso ao livro: “B. Mahan e R.J. Meyers, Química, um curso universitário, 4ª ed.,
Edgard Blucher L.da,1995.” – à procura de informação sobre o diagrama de fases.
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