Você está na página 1de 5

UENF LABORATÓRIO DE

Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro CIÊNCIAS FÍSICAS

CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA

OBTENÇÃO DOS COEFICIENTES


DE EXPANSÃO VOLUMÉTRICA

DO ÁLCOOL ISOPROPÍLICO E

DO AR

RENATA CHAGAS
LUCAS COUTO

Campos dos Goytacazes, 2operíodo letivo de 2018, 18 de Setembro de 2018


UENF/CCT/LCFIS L ABORATÓRIO DE FÍSICA TÉRMICA A ULA 7,
EXPERIMENTO 6

OBJETIVO

Obter os coeficientes de expansão volumétrica do álcool isopropílico e do ar.

MATERIAIS E MÉTODOS

MATERIAIS:

Material Especificação/Modelo
Aquecedor de água STEAM GENERATOR, MODEL: TD
8556A
Multímetro CAT II 600V (MINIPA)
Seringa com Termopar acoplado -
Suporte para Seringa -
Régua -
Fita Teflon -
Água -

MÉTODOS:

1- Obtenção do coeficiente de expansão volumétrico do álcool isopropílico:

Neste experimento, devemos começar tirando as medidas do termômetro, para que possamos
calcular o volume. Sendo assim, com uma régua, estimula-se o diâmetro do termômetro, e a
medida que possui entre a temperatura inicial e a temperatura final. Tendo o volume do
termômetro, que é uma espécie de cilindro, e as temperaturas inicial e final, deve-se então obter o
coeficiente de expansão volumétrica. Lembrando que, o termômetro é um equipamento calibrado,
por este motivo, não é necessário colocá-lo em diferentes temperaturas para obtenção de variação
do volume.

2-Obtenção do coeficiente de expansão térmica do ar:

Para este experimento, usaremos uma seringa com o termopar acoplado, para que possamos estar
verificando a temperatura dentro da seringa. Para que o gás não evada, deve-se então vedar a
ponta da seringa com uma fita teflon (a seringa já vem com uma tampa para que isso não ocorra,
mas deve-se passar a fita teflon, por garantia). Feito isto, deve-se ajustar o volume do gás contido
na seringa, para 50 ml (lembrando que, esta etapa pode ser feita, para facilitar o processo, quando
ainda a ponta da seringa não estiver vedada). Esta seringa, deve ser colocada em um suporte que
a sustente quando colocada no aquecedor de água. Desta forma, com a seringa presa no suporte e
inserida no aquecedor de água, devemos esperar a temperatura dentro da seringa se aproximar a
60ºC. Chegando aos 60ºC, percebemos então que, a pressão do gás faz com que o volume se
expanda.

2
UENF/CCT/LCFIS L ABORATÓRIO DE FÍSICA TÉRMICA A ULA 7,
EXPERIMENTO 6
Obs.: Este experimento foi, e deve ser refeito por no mínimo 5 vezes, para que se possa calcular o
desvio padrão. E a cada repetição, a seringa deve ser resfriada em água corrente, e reajustada para
o volume de 50ml.

RESULTADOS

Para calcular o coeficiente de dilatação volumétrica (), utilizamos a seguinte expressão [2-4]:
V=V0..T
=V/ V0.T
(1)
Onde V é a variação do volume, V0 é o volume inicial e T é a variação da temperatura.

EXPERIMENTO 1

Primeiramente foi calculado o valor aproximado do volume inicial e final; utilizando a fórmula
de volume do cilindro [3] e considerando o raio aproximado igual a 0,25 cm, obtém-se:
As alturas final e inicial foram respectivamente 4,6 cm e 7,3 cm.

V = π·r2·h
(2)
V0 = π·0,252·4,6 = 0,9 cm3
Vf = π·0,252·7,3 = 1,4 cm3
V=0,5 cm3

As temperaturas inicial e final foram respectivamente 0 ºC e 20 ºC.


Substituindo na equação (1):
=0,5/ 0,9.20
=2,7.10-2 ºC-1

EXPERIMENTO 2

TABELA 1: VALORES ENCONTRADOS PARA CALCULAR O COEFICIENTE DE DILATAÇÃO


VOLUMÉTRICA DO AR
Vf V0 V (vf-vi) Tf T0 T (tf-t0)
Medição 1 53,6 ml 50 ml 3,6 ml 60°C 25°C 35°C
Medição 2 49 ml 45 ml 4 ml 60°C 28°C 32°C
Medição 3 51 ml 50 ml 1 ml 60°C 26°C 34°C

3
UENF/CCT/LCFIS L ABORATÓRIO DE FÍSICA TÉRMICA A ULA 7,
EXPERIMENTO 6
Medição 4 54 ml 50 ml 4 ml 42°C 26°C 16°C
Medição 5 53 ml 50 ml 3 ml 54°C 26°C 28°C

Para cada medição, substituir os valores encontrados na fórmula (1):

Medição 1 Medição 2 Medição 3 Medição 4 Medição 5


=3,6/50.35 =4/45.32 =1/50.34 =4/50.16 =3/50.28
=2,0.10-3 =2,8.10-3 =5,9.10-4 =5.10-3 =2,1.10-3

Para a medida de erro utiliza-se o desvio padrão (S) que é dado pela expressão[4]:

S= √Σni=1 (xi-x)2/n
(3)
Onde x é a média dos valores de  encontrados, dado por:

x=Σi=1xi/n
(4)
x=2,5.10-3 °C-1

Fazendo todos os cálculos necessários chegamos no seguinte valor para o desvio padrão:

S=1,4.10-3 °C-1
(5)
Assim chegamos ao seguinte valor para :
=(2,5±1,4).10-3 °C-1
(6)

DISCUSSÃO

Apesar de utilizarmos alguns equipamentos de baixa precisão e outros apresentarem mal


funcionamento durante o processo, foram obtidos valores satisfatórios para ambos os
experimentos. Os valores encontrados na literatura para o coeficiente de expansão volumétrica do
4
UENF/CCT/LCFIS L ABORATÓRIO DE FÍSICA TÉRMICA A ULA 7,
EXPERIMENTO 6
álcool isopropílico e do ar são respectivamente 2,8.10-2 ºC-1 e 3,67.10-3 ºC-1 [2], bastante próximos
dos resultados encontrados.

CONCLUSÃO

Existiram complicações com os equipamentos utilizados, porém não afetaram muito no resultado
e assim o objetivo foi atingido.

REFERÊNCIAS

[1] Serway, R.A., Jewett Jr., J.W., Princípios de Física, Vol. 2: Movimento Ondulatório e
Termodinâmica, 1a edição, São Paulo: Cengage Lerning, 2008.
[2] Halliday, D., Resnick, R., Walker, J., Fundamentos de Física, Vol. 2: Gravitação, Ondas e
Termodinâmica, 6a edição, Rio de Janeiro: LTC, 2002.
[3] Brasil Escola. Brasil, 2018. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/matematica/volume-cilindro.htm>. Acesso em 22 de março de
2018.
[4] Graça Martins, E. Desvio padrão amostral. Revista de Ciência Elementar, v.1, n. (01):0021,
2013.

Você também pode gostar