O FUTURO DAS PROFISSÕES

Professor Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal

 REITORIA Prof. Me. Gilmar de Oliveira
DIREÇÃO ADMINISTRATIVA Prof. Me. Renato Valença
DIREÇÃO DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Me. Daniel de Lima
DIREÇÃO DE ENSINO EAD Profa. Dra. Giani Andrea Linde Colauto
DIREÇÃO FINANCEIRA Eduardo Luiz Campano Santini
DIREÇÃO FINANCEIRA EAD Guilherme Esquivel
COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Me. Jeferson de Souza Sá
COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E PROCESSOS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EAD Profa. Ma. Sônia Maria Crivelli Mataruco
COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS Luiz Fernando Freitas
REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Caroline da Silva Marques
Eduardo Alves de Oliveira
Jéssica Eugênio Azevedo
Marcelino Fernando Rodrigues Santos
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Bruna de Lima Ramos
Hugo Batalhoti Morangueira
Vitor Amaral Poltronieri
ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz
DE VÍDEO Carlos Firmino de Oliveira
Carlos Henrique Moraes dos Anjos
Kauê Berto
Pedro Vinícius de Lima Machado
Thassiane da Silva Jacinto

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de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
 AUTOR

Professor Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal

• Mestre em Comunicação Social.
• Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo).
• Licenciado em Letras (Inglês/Português).
• Especialista em Marketing (MBA).
• Especialista em Mídias Digitais.
• Produtor de Conteúdos Digitais e Autor de Livros e Materiais Didáticos para
EAD.
• Professor Formador em EAD.
• Professor de pós-graduação em cursos de MBA.
• Coordenador EAD do Centro Universitário UniFatecie.
• Ampla experiência como diretor, produtor e apresentador de programas de TV
e campanhas publicitárias.
• Desenvolvedor de planejamento e estratégias de Marketing Digital.

Informações e contato:
• Currículo Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/5270157648027912
• LinkedIn: https://br.linkedin.com/in/jorge-van-dal-89677129

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 APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
O trabalho sempre foi um pilar central que sustentou a sociedade humana e moldou
o curso do progresso. Desde os primórdios da civilização, o esforço humano foi direcionado
para a realização de tarefas que garantiam a subsistência e promoviam o desenvolvimento
das comunidades. No entanto, ao longo dos séculos, a concepção de trabalho evoluiu,
transcendendo as simples atividades de sobrevivência para se tornar uma expressão da
identidade individual, uma fonte de propósito e uma via para a realização pessoal.
Hoje, o trabalho desempenha múltiplos papéis em nossas vidas. É o meio pelo
qual conquistamos nosso sustento, garantimos nosso bem-estar e contribuímos para o
avanço da sociedade. Além disso, o trabalho também é um aspecto fundamental da nossa
identidade, moldando nossa percepção de autovalor e pertencimento social. A questão “O
que você vai ser quando crescer?” ecoa desde a infância até a idade adulta, refletindo a
importância atribuída ao trabalho e à escolha de uma carreira.
No entanto, à medida que adentramos o século XXI, somos confrontados com um
cenário de transformação sem precedentes. O rápido avanço da tecnologia, as mudanças
demográficas e as novas dinâmicas econômicas estão redefinindo as paisagens do
trabalho e da carreira. O paradigma tradicional de escolher uma profissão na juventude,
seguir uma trajetória linear e permanecer no mesmo emprego por toda a vida está sendo
desafiado pela realidade atual.
Nesse contexto de mudança acelerada, surge uma série de questões prementes:
Como as tecnologias emergentes, como a inteligência artificial (IA) e a automação, estão
remodelando o mercado de trabalho? Quais serão as profissões do futuro e as habilidades
exigidas para prosperar em um ambiente em constante evolução? Como podemos nos
preparar para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem nesse
cenário de transformação?
Explorar essas questões não apenas nos desafia a repensar nossas concepções
convencionais de trabalho e carreira, mas também nos convida a vislumbrar um futuro em
que a inovação, a adaptabilidade e a resiliência são as chaves para o sucesso profissional.
Portanto, à medida que navegamos pelas águas turbulentas do mercado de trabalho
moderno, é imperativo que cultivemos uma mentalidade voltada para o aprendizado contínuo,
a criatividade e a capacidade de se adaptar às mudanças. Somente assim poderemos nos
posicionar de forma vantajosa em um mundo onde o único constante é a mudança.

4
 SUMÁRIO
TÓPICO 1
A importância do trabalho: o que você
vai ser no futuro?

TÓPICO 2
O risco da ia “roubar empregos é real?”

TÓPICO 3
O futuro dos empregos e as
profissões emergentes

TÓPICO 4
Future proof: o profissional do futuro

TÓPICO 5
Habilidades do futuro

TÓPICO 6
O trabalho tem futuro?

5
1
TÓPICO

A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO: O
QUE VOCÊ VAI SER NO FUTURO?

O trabalho é tão relevante em nossa sociedade, que o exercício de uma profissão

é considerado um dos papéis mais importantes que desempenhamos na vida. Aquela velha
pergunta, feita para crianças é uma representação dessa importância: O que você vai ser
quando crescer?
E as respostas são infinitas... Astronauta! Médico, Engenheiro, Professor, Piloto de
avião, bombeiro, presidente!
Essa pergunta fazia muito sentido há poucas décadas, afinal era muito comum
uma pessoa escolher uma profissão na juventude, se formar em uma faculdade e exercer
o mesmo ofício até se aposentar.
Mas com o ritmo acelerado de mudanças de hoje em dia, as chances são mínimas
de uma pessoa exercer exatamente a mesma profissão ou ficar no mesmo emprego pelo
resto da vida.
Já que o trabalho, nossa profissão e carreira são tão importantes, vale muito a pena
refletirmos sobre como o desenvolvimento tecnológico pode provocar mudanças drásticas
no mercado de trabalho e na nossa vida.
Afinal, estamos vivemos o que muitos estudiosos chamam de era disruptiva, que
pode ser entendida como uma interrupção no curso normal das coisas, ou seja uma ruptura
com velhos conceitos e práticas.
Tudo está acelerado, inclusive as esferas de realização pessoal e propósito.
Nesse ambiente de mudanças e incertezas, é muito comum encontrar pessoas
insatisfeitas com a rotina massacrante de trabalhos repetitivos e com isso, que não
encontram um significado maior, um sentido de vida.

TÓPICO 1 A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO: O QUE VOCÊ VAI SER NO FUTURO? 6

 Isso acontece, porque o ser humano é essencialmente criativo. Por isso, é cada vez
mais comum, ouvir pessoas dizer: “Não me reconheço naquilo que faço”.
Essa sensação pode se intensificar em um mundo cada vez mais digital.
Além de enfrentar o desgaste de estar conectado boa parte do seu tempo e não
encontrar sentido no trabalho, cresce a preocupação nos trabalhadores, de qualquer área,
de serem substituídos por sistemas de inteligência artificial.
Essa não é uma preocupação recente, sabemos que as máquinas já vêm substituindo
a força de trabalho humana há muito tempo e isso se intensificou após a revolução industrial.
A informatização e automatização, por exemplo, já eliminou milhões de empregos
nas últimas décadas como:

• Caixas de banco foram substituídos pelos caixas eletrônicos;

• Telefonistas por secretárias eletrônicas e assistentes virtuais.

• Operados de caixa de supermercado por checkouts automáticos.

• Agentes de turismo por plataformas de viagem.

• Atendentes de Telemarketing por chatbots.

• Agricultores por máquinas agrícolas a até drones no campo.

Esses são apenas alguns exemplos porque a lista é gigantesca e só aumenta. O dilema
é que, atualmente, a substituição não é apenas da força braçal ou de trabalhos repetitivos.
As novas tecnologias começam a ameaçar trabalhos intelectuais que antes só se
pensava serem realizados por seres humanos. Apesar disso, as máquinas “ainda” não
conseguem substituir o ser humano em todas as suas funções, principalmente nas mais
nobres delas, como nas relações sociais, nos sentimentos e emoções, na criatividade
genuína e no altruísmo.
Isso nos faz refletir: se meu trabalho ou minha profissão podem ser substituídos,
qual a importância do trabalho no futuro?
As respostas para essas perguntas não são simples, mas é possível aumentar a
nossa relevância profissional e a importância do nosso trabalho.
Só que para isso, médicos, engenheiros, advogados, professores e todas as outras
profissões, vão precisar se atualizar constantemente e se reinventar para atuar de forma
conjunta com as máquinas inteligentes, que serão nossos futuros colegas de trabalho, ou
até mesmo nossos chefes em alguns casos.
Por isso, uma forma de estarmos menos suscetíveis à automação é desenvolvermos
as capacidades de flexibilidade e adaptação para estar sempre aprendendo novas habilidades.
Hoje e no futuro, o Trabalho vai continuar sendo muito importante, mas será
diferente, desafiador e também cheio de oportunidades para aqueles que estiverem
dispostos a se reinventar.
TÓPICO 1 A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO: O QUE VOCÊ VAI SER NO FUTURO? 7
2
TÓPICO

O RISCO DA IA “ROUBAR
EMPREGOS É REAL?”

Antes de nos aprofundarmos no entendimento da inteligência artificial e como ela

pode impactar nossa vida profissional, vamos relembrar o significado do termo inteligência.
De modo geral, os dicionários da língua portuguesa definem inteligência como
sendo a capacidade ou “faculdade de aprender, compreender e adaptar-se”.
Nesse caso, podemos entender que a inteligência é uma capacidade humana e
que a inteligência artificial é um ramo científico que busca criar programas de computador
que simulam essa capacidade.
Essa simulação da inteligência ocorre com base em algoritmos de comando, dados
e informações pré-programados. Pois até pouquíssimo tempo, a gente podia compreender
a inteligência artificial como algo restrito a apenas algumas aplicações e simulações como
os assistentes virtuais tipo a Alexa ou chatbots com respostas pré-programadas.
Mas agora, estamos entrando em uma nova era, que muitos estudiosos e entusiastas
da tecnologia, chamam de era cognitiva ou computação cognitiva.
Mas o que significa a palavra cognição?
De acordo com a definição dos dicionários, a cognição é o processo ou a ação mental
de aquisição de conhecimento e entendimento através da experiência e dos sentidos. Ou
seja, a cognição é o que permite a inteligência.
E o que estamos presenciando agora é começo de uma transição da inteligência
artificial chamada de estreita ou fraca para a inteligência artificial cognitiva que tem como
base de sua evolução 3 avanços tecnológicos ou capacidades principais:
O Aprendizado de Máquina ou Machine Learning, que é a Capacidade dos sistemas
de aprender e melhorar a partir de dados por conta própria, sem a necessidade de uma
programação explícita.

TÓPICO 2 O RISCO DA IA “ROUBAR EMPREGOS É REAL?” 8

 As Redes Neurais Artificiais, que são modelo matemáticos e computacionais,
inspirados na estrutura neural do cérebro humano, usados para tarefas complexas, como
adquirir conhecimento através da experiência e ter a capacidade de reconhecimento e
tomada de decisão.
E também, o chamado Processamento de Linguagem Natural (PLN), que são
habilidades da IA para entender e interagir com a linguagem humana que diferente da
linguagem computacional.
Inclusive um novo campo da computação está em franco avanço, o da computação
cognitiva e antes mesmo do famoso ChatGPT já existiam sistemas cognitivos baseados em
machine learning como o Watson da IBM.
Para se ter uma ideia do tamanho dessa revolução, até bem pouco tempo atrás,
para se criar um programa de computador ou dar uma instrução para a máquina, era preciso
que você aprendesse e utilizasse uma linguagem de programação. Pois, os sistemas de
inteligência artificiais só entendiam a linguagem dos algoritmos, da lógica de programação.
Essa interação e comunicação com a máquina era muito complexa para quem não
era engenheiro de computação ou programador.
E assim como é difícil para nós compreendermos a linguagem da computação, era
difícil, ou até impossível, para o computador entender a linguagem humana, que não é nada
precisa e está cheia de insinuações, ambiguidades e emoções.
Por isso, esse conflito de linguagens diferentes entre os seres humanos e os
computadores, era uma das principais barreiras para o desenvolvimento da inteligência
artificial e da computação cognitiva.
Eu disse era... pois com o avanço das tecnologias de machine learning, redes
neurais e processamento de linguagem natural, os recursos de inteligência artificial e
computação cognitiva superaram essa barreira, aprimorando o processamento de idioma
nativo e compreensão da linguagem humana.
Ufa, quanta informação em um vídeo só.
Isso parece coisa de filme de ficção científica, né?
Pelo contrário, essa é apenas a ponta do iceberg quando falamos das potencialidades
e recursos dos sistemas de IA disponíveis hoje.
Imagina nos próximos 5 ou 10 anos.
Por isso que é tão importante que você se interesse e estude esses assuntos, não
para ser um profissional de TI, a não ser que você queira essa carreira. Mas para estar
preparado para lidar e utilizar de maneira produtiva todas essas novas tecnologias.
E é isso que você está fazendo exatamente agora.

Parabéns e continue aprendendo, o futuro pode ser maravilhoso!

TÓPICO 2 O RISCO DA IA “ROUBAR EMPREGOS É REAL?” 9

3
TÓPICO

O FUTURO DOS EMPREGOS E AS

PROFISSÕES EMERGENTES

Quando falamos do futuro do trabalho nesse cenário de incertezas, muitas dúvidas

e receios podem surgir. Pois, à medida que o trabalho se torna cada vez mais digital,
fica também mais desafiador compreender como será o futuro das profissões e como nós
vamos nos encaixar nesse mundo disruptivo.
Ao longo da história, a tecnologia muitas vezes nos levou por caminhos diferentes
e inesperados, mas na maioria dos casos, isso foi positivo.
O lado bom é que a cada dia os robôs e inteligência artificial estão ajudando a
eliminar as tarefas mais redundantes do nosso cotidiano, permitindo que a gente se
concentre em trabalhos mais criativos e em níveis de pensamento mais elevados.
Mas não é todo mundo que tem essa perspectiva positiva do futuro. Para a maioria
de nós, o ambiente de trabalho está mudando muito rapidamente, e pode parecer que
estamos acelerando em direção ao desconhecido.
Para se ter uma ideia dessa velocidade, até 2025 cerca de 85 milhões de empregos
podem ser substituídos por novas tecnologias,
Esse é um número que parece alarmante.
Mas ao mesmo tempo, 97 milhões de novos empregos podem surgir.
E toda essa ebulição no mercado de trabalho implica em uma necessidade cada vez
maior de adaptação. E também a uma nova divisão do trabalho entre humanos, máquinas
e algoritmos.

TÓPICO 3 O FUTURO DOS EMPREGOS E AS PROFISSÕES EMERGENTES 10

 Segundo o Relatório anual The Future of Jobs divulgado pelo Fórum Econômico
Mundial, o aumento da digitalização deve causar uma rotatividade significativa no mercado
de trabalho nos próximos cinco anos.
Nesse cenário, a “capacitação tecnológica, especificamente em IA e big data, se
tornará mais importante e as estratégias das empresas se concentrarão no desenvolvimento
dessas de habilidades nos próximos anos”.
Se olharmos as expectativas do mercado de trabalho para os próximos 3 anos, os
números mostram um crescimento de vagas de cerca de 30% para analistas e cientistas de
dados e big data, especialistas em Inteligência Artificial e profissionais de segurança cibernética.
Um outro exemplo de novas oportunidades é o setor de pilotagem de drones, que
tem experimentado um crescimento significativo devido à expansão das aplicações dessa
tecnologia em diversos setores como agricultura, mapeamento, inspeções, cinematografia,
segurança, entre outros.
Indústrias em crescimento, como a economia do cuidado, se tornarão prioritárias,
especialmente com o crescente e envelhecimento da população.
Por isso, os Investimentos em tecnologia nos próximos anos, deverão ser focados
ao atendimento hospitalar para se tornar mais centrado no ser humano e criar uma conexão
pessoal entre profissionais e pacientes.
Outro setor que terá uma demanda por empregos cada vez maior é de cuidados
com o meio ambiente.
As ações para mitigar os impactos ambientais serão cada vez mais relevantes.
Ainda considerando o potencial para criação de vagas até o ano de 2027, o Fórum
Econômico Mundial listou 10 profissões emergentes para os próximos anos.
Veja as primeiras colocadas na lista de profissões emergentes do Fórum
Econômico Mundial:
01. Especialistas em Inteligência Artificial (AI) e Machine Learning
02. Especialistas em sustentabilidade
03. Analistas de business intelligence (BI)
04. Analistas de segurança da informação
05. Engenheiro de fintech
06. Analistas e cientistas de dados
07. Engenheiros robóticos
08. Especialistas em Big Data
09. Operadores de equipamentos agrícolas;
10. Especialistas em transformação digital

TÓPICO 3 O FUTURO DOS EMPREGOS E AS PROFISSÕES EMERGENTES 11

 Estamos falando de geração de empregos em novas atividades, mas não podemos
esquecer o outro lado da moeda, as profissões que devem desaparecer até 2027.
Segundo o relatório, as profissões em declínio – e com maiores chances de serem
extintas devido à automação são:
• Caixas de banco (e funcionários relacionados)
• Funcionários dos Correios
• Operadores de caixas e cobradores
• Digitador de dados
• Secretários administrativos e executivos
• Assistentes de registro de produtos e estoquistas
• Escriturários de contabilidade
• Gerentes de relacionamento
• Oficiais judiciários
• Vendedores porta a porta

Pois é, um futuro diferente para o mercado de trabalho, não é coisa de ficção

científica, é uma realidade e as mudanças já estão acontecendo agora.
Quanto mais as tecnologias emergentes como a inteligência artificial contribuírem
para o avanço da sociedade, surgirão mais e novas indústrias que criarão uma série de
novos empregos.
Mas não podemos fechar os olhos para os impactos que essa disrupção pode
causar na vida das pessoas, principalmente na perda de postos de trabalho e na falta de
reposição na mesma velocidade.
No entanto, é crucial percebermos que, por meio da tecnologia, podemos alcançar
padrões de vida melhores, empregos mais qualificados e oportunidades inimagináveis.
Espero que essas informações tenham te motivado ainda mais a conhecer e
aprender coisas novas, principalmente assuntos ligados as novas tecnologias e como elas
podem impactar em seu mercado e profissão.

TÓPICO 3 O FUTURO DOS EMPREGOS E AS PROFISSÕES EMERGENTES 12

4
TÓPICO

FUTURE PROOF: O
PROFISSIONAL DO FUTURO

Olhando o cenário futuro e os dados de transformação no mercado de trabalho,

muitas pessoas podem se assustar com a rapidez da automação e com a ideia de máquinas
substituindo empregos.
É claro que boa parte dos empregos tradicionais irão precisar fazer a transição para
novas e empolgantes carreiras no futuro.
Mas isso não significa que todas as profissões vão deixar de existir, e sim que elas
serão remodeladas.
Um médico, professor, engenheiro, mecânico, advogado vão precisar adquirir
novas habilidades e conhecimento para interagir e utilizar máquinas inteligentes em suas
tarefas profissionais.
Para se ter ideia, cerca de 40% das habilidades essenciais das pessoas que
trabalham hoje podem mudar nos próximos cinco anos. Ou seja, quase metade das
habilidades usadas em muitas profissões hoje, não serão mais necessárias em um futuro
próximo e é claro, que outras habilidades deverão ser apreendidas e colocadas no lugar.
Nesse cenário de transição, a requalificação se torna fundamental. Por isso, muitas
empresas estão priorizando o treinamento constante para construir um ambiente de trabalho
seguro para seus funcionários.
Além disso, a autoeducação é outro importante aspecto para se manter atualizado.
Você pode estar se perguntando, como vou aprender coisas novas e me manter
sempre atualizado?

TÓPICO 4 FUTURE PROOF: O PROFISSIONAL DO FUTURO 13

 A boa notícia é que aprender novos conhecimentos e habilidades nunca foi tão
acessível. Hoje através da internet podemos aprender sobre qualquer assunto no próprio
ritmo e qualquer hora.
Embora a alfabetização digital seja crucial, as habilidades interpessoais serão muito
valorizadas no futuro do trabalho.
Em um mundo onde o trabalho remoto e híbrido é cada vez mais comum,
desenvolver habilidades como a autoconsciência, autogestão e inteligência emocional
serão fundamentais.
É claro, que muitos que se não receberem treinamento, suporte e auxílios
necessários, poderão ficar definitivamente fora do mercado de trabalho ou em subempregos.
A preocupação com o futuro dos empregos só aumenta, por isso, o termo “Future-
proof” está virando um mantra para muitos profissionais que querem se manter relevantes
no mercado de trabalho.
A expressão em inglês “Future-proof”, significa a prova de futuro.
É óbvio que ninguém é a prova de futuro ou pode prever exatamente o que será
necessário para atuar profissionalmente nas próximas décadas.
Mas é interessante pensarmos nessa filosofia como uma estratégia para construir
um perfil profissional do futuro.
Com isso, podemos nos preparar para se adaptar a mudanças e evitar se tornar
obsoletos ou ultrapassados.
Em outras palavras, o profissional “future-proof” é capaz de enfrentar desafios e
se manter relevante mesmo diante de evoluções, avanços tecnológicos ou mudanças nas
circunstâncias.
Ter habilidades “future-proof” significa possuir competências que são menos
suscetíveis à automação e à obsolescência, permitindo a adaptação a novas demandas do
mercado de trabalho.
Por isso, independente da profissão que você escolheu ou da sua área de atuação
atual, não tenha medo das mudanças.
Aproveite as oportunidades e seja um profissional future proof, com essa atitude e
com muito estudo, com certeza, você terá uma carreira de sucesso em qualquer área, até
mesmo se você mudar de área ou de profissão.

TÓPICO 4 FUTURE PROOF: O PROFISSIONAL DO FUTURO 14

5
TÓPICO

HABILIDADES DO
FUTURO

Agora, vamos nos aprofundar nas habilidades mais importantes para os profissionais
do futuro. Para isso, vamos utilizar como base de estudos o relatório do fórum econômico
mundial que aborda em detalhes o futuro dos empregos e do mercado de trabalho.
De acordo com esse relatório, que tem grande influência na tomada de decisões
estratégicas de empresas e governos, as habilidades que serão mais valorizadas no mercado
de trabalho até o ano de 2027, estão relacionadas ao desenvolvimento de conhecimentos
e competência nas seguintes áreas:
• Sistemas de pensamento: Crítico, Analítico e Criativo.
• Alfabetização tecnológica,
• Curiosidade e aprendizagem ao longo da vida,
• Resiliência, flexibilidade e agilidade,
• IA e big data,
• Motivação e autoconsciência,
• Gestão de talentos,
• Orientação de serviço e atendimento ao cliente,
• Liderança e Influência Social.

TÓPICO 5 HABILIDADES DO FUTURO 15

 O relatório aponta outras habilidades do futuro, mas vamos focar nas mais relevantes
para atuação em qualquer área profissional.
Em seguida, vamos detalhar cada uma delas:
Começando pela compreensão dos Sistemas de Pensamento, que estão
relacionados à habilidade de compreender e trabalhar eficientemente com sistemas
complexos, entendendo as interconexões entre diferentes assuntos e campos de estudo.
É claro que não é nada simples definir e conceituar a complexidade da mente
humana. Mas ao estudar os diferentes tipos de pensamento e como eles são importantes
para nossa atuação profissional, pode trazer uma grande vantagem no mercado de trabalho.
Podemos destacar dentro dos sistemas de pensamento, três processos de raciocínio
ou mindset, que são o Pensamento Crítico, Analítico e Criativo.

5.1 Pensamento Crítico

O Pensamento Crítico é amplamente reconhecido como essencial para o futuro,
principalmente quando precisamos analisar, avaliar e interpretar o turbilhão de informações
que recebemos a cada segundo.
Um dos pilares para o desenvolvimento do pensamento crítico é ter consciência
que todos nós temos vieses cognitivos que limitam a nossa capacidade raciocinar de forma
lógica e objetiva.
Por isso, precisamos conhecer quais são nossos vieses cognitivos, crenças
limitantes e pré-conceitos e lutar para superar essas formas fechadas de ver o mundo.
Só vamos conseguir isso, se buscarmos de forma constante aprimorar a nossa
capacidade de pensar de forma crítica e reflexiva, ou seja, duvidar de formas rígidas de
pensamento, inclusive das nossas próprias.
Questione-se sempre se uma informação não está sendo observada ou apresentada
de forma enviesada.
Um ambiente que estimula a quebra ou superação de vieses cognitivos é aquele
onde se tem equipes de trabalho bastante diversas, com pessoas de diferentes formações,
experiência e outras visões de mundo.
É da diversidade de pensamentos que surgem as soluções mais criativas e
inovadoras para problemas complexos.
Isso ajuda muito no processo de tomada de decisão com a velocidade e complexidade
do mundo que vivemos.

TÓPICO 5 HABILIDADES DO FUTURO 16

 5.2 Pensamento Analítico
Essa é uma habilidade que complementa o pensamento crítico e nos auxilia a
decompor problemas complexos em partes menores.
Aprimoramos essa capacidade ao analisar dados de forma objetiva, por meio de
padrões, estatísticas e tendências.
E a partir desse processo de pensamento estruturado, podemos obter insights úteis
para a tomada de decisões.
Um exemplo de pensamento analítico é quando analisamos dados de vendas para
identificar padrões de compra dos consumidores em épocas sazonais, com isso podemos
otimizar estratégias de marketing para períodos específicos do ano.

5.3 Pensamento Criativo

Essa habilidade envolve a capacidade de gerar ideias originais e inovadoras. É o
famoso pensar fora da caixa.
Para aprimorar nossa criatividade, precisamos nos interessar e estudar assuntos
variados, beber de diversas fontes e não somente da nossa área profissional.
Eu mesmo trabalho muito com criatividade e comunicação, minha área de formação
é o Jornalismo e o Marketing, mas eu me interesso e estudo muito sobre tecnologia,
astronomia, ficção cientifica, cultura pop, neurociência, sociologia, filosofia, história,
economia a mais recentemente tem me chamado muita atenção assuntos relacionados a
física quântica, computação cognitiva e realidade virtual.
Perceberam que meu reportório é bem variado, né?E isso não é tudo, tenho muito
ainda a aprender e a descobrir. Aliás, eu acredito muito que o combustível da criatividade é
a curiosidade e isso eu tenho bastante.
Então, não tem segredo, para ser mais criativo, precisamos ampliar nosso reportório.
Assim conseguimos fazer interconexões entre diferentes assuntos e a partir disso, criar
ideais novas que estejam conectadas com as aspirações do mundo.
Outra habilidade do Futuro é a Alfabetização Tecnológica:
• Essa é a capacidade de compreender, usar e interagir com tecnologias
emergentes e ferramentas digitais de maneira eficaz.
• Com a atual revolução digital, por exemplo, é fundamental que a gente se
interesse e aprenda como utilizar os recursos de inteligência artificial para
potencializar nossa atuação profissional e qualquer área.

TÓPICO 5 HABILIDADES DO FUTURO 17

 Aprender sobre IA é apenas um dos temas relevantes ligados a tecnologia, por isso
fique sempre atendo ao surgimento de novas tecnologias e busca acompanhar as inovações e
tendências que poderão impactar direta ou indiretamente no seu ramo de atuação.
Aproveitando esse tema, falaremos sobre a importância de termos conhecimento a
respeito de Inteligência Artificial e Big Data:
• O desenvolvimento dessas habilidades mais específicas, envolve compreender
e aplicar inteligência artificial e análise de grandes conjuntos de dados ou big
data para obter os melhores resultados em nossa atuação profissional.
• Um exemplo disso é aprender a usar recursos de sistemas de IA generativa
como o ChatGPT para aumentar sua produtividade e até mesmo sua criatividade.
• Quando falamos em Big data, podemos usar como exemplo diversos softwares
de análise de dados para otimização de processos e tomada de decisões
estratégicas.

Agora, falaremos sobre as habilidades ligadas a Curiosidade e Aprendizagem ao

Longo da Vida:
• Elas estão relacionadas à nossa disposição para explorar, questionar e aprender
continuamente, independentemente da idade ou estágio de carreira.
• Um exemplo disso é uma pessoa que busca de forma espontânea por cursos
e conteúdo, afim aprender novas habilidades, mesmo que não diretamente
relacionadas ao seu campo de atuação.

E é exatamente isso que você está fazendo agora.

Outras habilidades muito importantes e que são cada vez mais valorizadas no
mercado de trabalho são: Resiliência, Flexibilidade e Agilidade.
• Essas habilidades incluem a capacidade de se adaptar a mudanças, superar
desafios e manter a eficácia em ambientes dinâmicos.
• Um exemplo disso é quando um profissional é desafiado a atuar em novo projeto
desafiador. E tudo que é novo, nos tira da zona de conforto.
• Por isso, precisamos ter resiliência para superar nossas próprias limitações,
flexibilidade para lidar com diferenças de opiniões e, claro, muita agilidade para
entregar o nosso melhor na velocidade das mudanças

A Motivação e Autoconsciência também são habilidades importantes para os

profissionais do futuro.
• Elas se referem à compreensão das próprias motivações e à capacidade de
direcionar esforços de maneira eficaz.

TÓPICO 5 HABILIDADES DO FUTURO 18

 • Um exemplo do uso dessas habilidades são quando um compreende suas
próprias metas e valores e com isso motiva a equipe alinhada aos objetivos
organizacionais de forma direcionada.

A Gestão de Talentos é outra habilidade bastante valorizada no mundo corporativo.

Por isso, independente se exercemos ou não um cargo de liderança é fundamental
desenvolvermos a capacidade de identificar, desenvolver e aproveitar o potencial das
pessoas em uma equipe para otimizar o desempenho organizacional.
Por falar em liderança, essa é a nossa penúltima habilidade: Liderança e Influência
Social:
• Refere-se à nossa capacidade de guiar e inspirar os outros, influenciando
positivamente interações sociais em contextos diversos.
• Um exemplo disso é a de líder comunitário que mobiliza voluntários para projetos
sociais, inspirando mudanças positivas na comunidade.

Isso se aplica também a qualquer área do mundo corporativo.

Enfim, chegamos à última, mas não menos importante, habilidade que vamos
estudar: Orientação de Serviço e Atendimento ao Cliente.
• Essa habilidade envolve nossa capacidade de compreender as necessidades dos
clientes e fornecer um serviço excepcional para garantir a satisfação do cliente.
• Quando falamos em serviço e atendimento ao cliente como uma habilidade a
ser desenvolvida, você pode se perguntar se isso realmente se aplica a sua área
de atuação e a resposta é definitivamente sim.
• Afinal, de forma direta ou indireta tudo o que fazemos em uma empresa tem
como foco principal os clientes, sem eles não tem negócio que sobreviva.

Ufa, são muitas habilidades, mas a maioria delas estão interligadas e o aprimoramento
de uma colabora com o desenvolvimento de outras.
Então, a tarefa de adquirir e aperfeiçoar as habilidades do futuro pode parecer
complexa no começo, mas não é difícil e quando você vir os resultados desse aprimoramento
vai perceber o quanto pode ser benéfico para sua carreira profissional.
O desenvolvimento dessas habilidades é um processo constante e que vai te
preparar para se adaptar as mudanças do mercado de trabalho e evoluir continuamente.

TÓPICO 5 HABILIDADES DO FUTURO 19

6
TÓPICO

O TRABALHO TEM
FUTURO?

Bem-vindos a 2040!

Nesse penúltimo tópico da nossa série sobre o Futuro das Profissões, faremos uma
viagem ousada no tempo e praticar um pouco de futurismo. Parece muito distante, mas o tempo
voa e nós faremos um exercício para buscar responder à pergunta: o trabalho tem futuro?
Não existe uma máquina do tempo, ainda, por isso com os recursos de hoje não
podemos prever o futuro do trabalho de forma exata.
Mas podemos utilizar técnicas do futurismo, como future thinking ou estudos do
futuro para fazer projeções e identificar tendências a partir do atual desenvolvimento
tecnológico, que é exponencial.
O chamado mindset exponencial é uma nova mentalidade que reconhece a tecnologia
como elemento transformador do presente e do futuro com foco nas relações econômicas com
consumidores, colaboradores, fornecedores, comunidades e o mercado em geral.
O avanço tecnológico exponencial nos faz refletir sobre o processo de ruptura que
estamos vivendo na transição do modelo de economia industrial para a economia digital.
Isso muda tudo, não estamos falando mais apenas de como o desenvolvimento
tecnológico vai afetar nossas vidas cotidianas ou contribuir para um aumento da
produtividade, se pensarmos nas projeções de futuro para os próximos 20 anos, o que
teremos é um mundo completamente novo.
Então para projetar o futuro do trabalho em 2024, utilizaremos como base do nosso
exercício mental o framework dos 6Ds do Crescimento Exponencial.

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 O chamado ciclo de crescimento exponencial iniciado com o movimento de
digitalização foi proposto e propagado por Peter Diamandis e Ray Kurzweil, que são
fundadores da Singularity University e autores de livros bestselers sobre estudos do futuro.
As etapas do crescimento exponencial ou 6Ds são: Digitalização, Decepção,
Disrupção, Desmaterialização, Desmonetização e Democratização.
• Digitalização | Produtos ou serviços passíveis de digitalização têm potencial de
crescimento exponencial. Um exemplo é a Kodak, que criou a câmera digital, mas
falhou em perceber seu potencial, mantendo-se centrada em câmeras tradicionais.
• Decepção | Após o lançamento de uma inovação disruptiva, inicia-se a fase da
decepção. Apesar do crescimento exponencial, os resultados não são imediatos,
demandando paciência.
• Disrupção | A inovação atinge o ponto de abalar completamente o mercado,
criando seu próprio espaço e tornando obsoletas as tecnologias existentes.
• Desmaterialização | O que antes era físico se torna digital, como exemplificado
pelos smartphones que substituem diversas ferramentas físicas.
• Desmonetização | A tecnologia tem o potencial de tornar as inovações mais
acessíveis, mais baratas e, consequentemente, desmonetizadas.
• Democratização | A inovação disruptiva alcança a fase de democratização,
tornando-se acessível a um público mais amplo por meio de preços mais baixos,
empoderando as pessoas e forçando a concorrência a se adaptar.

A visão de Peter Diamandis e Ray Kurzweil, fundadores da Singularity University

oferecem uma perspectiva aprofundada desse processo de disrupção tecnológica. Ray Kurzweil,
defende que a convergência de diversas tecnologias com a inteligência artificial e o avanço do
poder de processamento computacional atual já estão provocando Mudanças Aceleradas.
Isso demonstra um avanço exponencial sem precedentes, que se inicia com o
movimento de digitalização da economia, mas que, em ritmo acelerado, vai transformar
toda a humanidade e nossas relações sociais, econômicas e culturais.
Peter Diamandis, tem uma perspectiva bastante positiva sobre o futuro e isso fica
evidenciado em seu livro intitulado “Abundância: O Futuro É Melhor do Que Você Pensa”.
Na visão dele, a sociedade melhorou consideravelmente no último século e com
o avanço exponencial da tecnologia podemos ter uma era de enorme abundância de
recursos e oportunidades inimagináveis para o futuro. Ele ressalta também que os maiores
problemas do mundo são também as maiores oportunidades de negócios.

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 A partir desse cenário de evolução exponencial das tecnologias, o Fórum Econômico
Mundial, instituiu uma iniciativa chamada de The Great Reset ou “O Grande Reinício”.
Essa visão pode assustar, mas nos aponta um futuro muito diferente do que temos
hoje, praticamente tudo deverá ser repensado, o mundo do trabalho será completamente
diferente nos próximos 10 ou 20 anos.
Podemos compreender que o uso massivo e acelerado das tecnologias emergentes
avança exponencialmente e isso, não só aumenta a eficiência e produtividade das empresas
e das pessoas, mas estamos perto de chegar ao ponto de que as inteligências artificiais
podem superar as capacidades mais complexas dos seres humanos.
Essa revolução transformará a forma como trabalhamos, vivemos e até mesmo o que
nos define como humanos. Tecnologias como inteligência artificial, robótica, impressão 3D e
big data estão se combinando para provocar mudanças transformadoras em todos os setores.

6.1 Como vamos lidar com essa situação no futuro?

Como podemos nos preparar para esse ambiente e será que existirá trabalho para
os humanos em 2040 ou viveremos apenas uma vida de prazeres e diversões enquanto as
máquinas trabalham?
Atualmente, estudiosos do futuro, acreditam que dentro de algumas décadas,
milhões de pessoas se tornarão economicamente redundantes. Outros, mais otimistas,
sustentam que mesmo a longo prazo a automação continuará a gerar novos empregos e
maior prosperidade para todos.
Independente da perspectiva, o que podemos ter certeza é sobre a necessidade
de requalificação profissional constante, que é crucial para garantir que os trabalhadores
deslocados possam se adaptar aos novos empregos criados.
Enquanto algumas profissões podem se beneficiar, como a área de saúde com
avanços na ciência de dados, outros setores, como o jornalismo, a educação e até mesmo
o cinema podem enfrentar mudanças significativas com geração artificial de notícias, aulas,
roteiros e até mesmo com o uso de avatares e deep fake que estão substituindo atores,
influenciadores, professores e jornalistas em vídeos e interações digitais.
Essa automação e digitalização massiva está levantando preocupações sociais,
econômicas e éticas. E isso vai exigir abordagens inovadoras de governos, empresas e da
sociedade civil para garantir o bem-estar da população afetada.
Realmente são muitas informações e reflexões quando fazemos esse exercício
de estudo, análise e projeções sobre o futuro. Mas é praticando e aprofundando nossas
análises que vamos conseguir projetar cenários futuros, se preparar para as mudanças e
aproveitar as tendências.

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 Infelizmente, esse tipo de conhecimento e mindset exponencial ainda não está
popularizado e acessível para grande parte da população.
O que é uma pena, ainda mais se levarmos em conta a velocidade extrema das
mudanças. Quando essas informações chegarem as pessoas com mais vulnerabilidade de
perder seus empregos para a automação, será tarde demais.
Movimentos internacionais defendem inclusive a criação de uma renda básica
universal para esses trabalhadores que não terão mais oportunidades de trabalho.
O ideal seria oportunizar aprendizado e atualização constante para todos, mas isso
sim seria uma utopia digna de filme de ficção científica.
Para isso, seria necessário um esforço imenso acompanhado por uma revolução
na política, na educação e na psicologia.
Enfatizo esse dilema, não para dar uma conotação negativa para o futuro, não
temos como saber ao certo quantos milhões ou bilhões de pessoas ficarão “obsoletas” para
o mercado de trabalho nas próximas décadas.
Apesar das projeções não serem as melhores, aproveite para que os conhecimentos
que você está adquirindo agora e no futuro, possam garantir sua relevância profissional.
Mais do que isso, compartilhe esses conhecimentos que ainda é muito restrito com
o máximo de pessoas possíveis, quem sabe podemos juntos impactar milhares ou milhões
de pessoas e mudar o futuro delas para melhor.
Pensado assim, podemos também projetar um futuro positivo para o mercado de
trabalho no futuro, que pode sim ser marcado pela cooperação entre humanos e IA e não
pela competição ou eliminação de postos de trabalho.
Mas isso vai exigir que líderes e profissionais repensem suas carreiras, que as
empresas criem modelos de negócios colaborativos e participativos, voltado para uma
economia mais humana e abundante.
Embora a automação possa parecer assustadora, com regulamentações cuidadosas
e políticas que promovam igualdade de oportunidades e inclusão, ela pode tornar nossa
vida profissional mais feliz, eficaz e humana.

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 CONCLUSÃO FINAL
Ao concluirmos nossa jornada de reflexão sobre o futuro do trabalho e das profissões, é
essencial reconhecermos a complexidade e a dinâmica intrínseca ao cenário atual. O que emerge
é uma imagem multifacetada de um mundo em constante transformação, onde as fronteiras
entre as antigas e as novas formas de trabalho estão se tornando cada vez mais difusas.
Nesse contexto, as considerações finais não apenas nos convidam a recapitular
os principais pontos abordados, mas também a contemplar as implicações mais amplas
dessas transformações para indivíduos, organizações e sociedade como um todo.
Primeiramente, é crucial reconhecermos que o futuro do trabalho não é uma
narrativa unidimensional, mas sim um mosaico de tendências, desafios e oportunidades.
As mudanças tecnológicas, como a inteligência artificial e a automação, estão remodelando
não apenas as tarefas que realizamos, mas também a própria natureza das profissões
e carreiras. Diante disso, é imperativo que cultivemos uma mentalidade de adaptação e
aprendizado contínuo, reconhecendo que a capacidade de se reinventar e adquirir novas
habilidades será fundamental para prosperar em um ambiente em constante evolução.
Além disso, é essencial destacar o papel crucial que as habilidades humanas,
como a criatividade, a empatia e o pensamento crítico, desempenharão no futuro do
trabalho. Enquanto as tecnologias emergentes automatizam tarefas rotineiras e repetitivas,
a demanda por habilidades exclusivamente humanas está aumentando.
Portanto, investir no desenvolvimento dessas habilidades torna-se uma prioridade
estratégica, não apenas para indivíduos, mas também para organizações que buscam se
destacar em um mercado cada vez mais competitivo e volátil.
Por outro lado, é importante reconhecermos os desafios e as preocupações
associadas à automação e à inteligência artificial. O aumento da automação pode resultar
em deslocamento ocupacional e desigualdade econômica, exacerbando disparidades
sociais já existentes. Portanto, é fundamental que governos, empresas e sociedade civil
trabalhem em conjunto para mitigar esses impactos negativos, adotando políticas e práticas
que promovam a inclusão, a igualdade de oportunidades e a proteção social.
Por fim, as considerações finais nos convidam a olhar para o futuro com um misto
de otimismo e pragmatismo. Embora o panorama do trabalho possa parecer incerto e
desafiador, também é permeado por uma infinidade de possibilidades e oportunidades.
Portanto, ao abraçarmos a mudança com resiliência e determinação, podemos moldar
um futuro em que o trabalho não apenas sustente nossa subsistência material, mas também
enriqueça nossa existência e contribua para o bem-estar coletivo. Assim, encorajamos a todos
a abraçar a jornada rumo a um futuro do trabalho mais humano, inclusivo e sustentável.
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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repleto de máquinas. Alta Books: São Paulo, 2021.

ROHRBECK, R., BATTISTELLA, C.; HUIZINGH, E. Corporate foresight: An emerging

field with a rich tradition. Technological Forecasting and Social Change,101: 1–9. 2015.

SARDAR, Z. The Namesake: Futures; futures studies; futurology; futuristic; foresight

— What’s in a name? Futures, 42(3): 177–184. 2010.

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