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O Processo de Cura de Metáforas

1. Identificar o Estado de Problema Emocional.


O estado inicial de problema pode ser uma simples emoção ou um padrão de
comportamento problemático. Esses padrões de comportamento podem ser aspectos de
identidade ou personalidade. O ponto mais importante consiste em usar a própria linguagem do
cliente quando estiver identificando o estado a ser tratado.

2. Desenvolver a Metáfora do Problema.


O passo seguinte é eliciar as modalidades cinestésicas associadas com o estado de
problema. As primeiras perguntas serão usadas para descobrir a localização no (ou ao redor do)
corpo físico e determinar o tamanho e a forma do estado. As perguntas úteis aqui são:
1. "E essa raiva está perto de quê?"
2. "E essa raiva tem uma forma ou tamanho?"

Uma vez descritas as modalidades cinestésicas, pergunte ao cliente,


3. "... como o quê?"
Por exemplo, se as modalidades cinestésicas forem ovais, ásperas e marrom, pergunte:
4. "E oval, áspera e marrom como o quê?" A resposta poderá ser: "uma rocha".
Rocha, então, torna-se a metáfora e tem uma localização física relacionada com o corpo.

3. Identificar um Tempo anterior à Metáfora do Problema.


O próximo passo é identificar um tempo anterior àquele em que o indivíduo experimentou o
estado de problema. É bom escolher um tempo quando o indivíduo se sentia com recursos.
Perguntar o tempo imediatamente anterior ao estado de problema pode não ser útil, pois poderá
ser outro estado de problema. Se o estado de problema for um trauma severo, você corre o risco
de associar a pessoa a uma lembrança traumática. Uma boa pergunta, aqui, seria:
a) "E você pode se lembrar de um tempo antes que você tivesse a Rocha e se
sentia seguro (ou confortável etc.)?
Depois pergunte:
b) "E qual seria sua idade?"
A idade, por exemplo, cinco anos, será o nome do ego mais jovem que tinha recursos.

4. Desenvolver uma Metáfora de Recursos.


Existem várias maneiras de desenvolver uma metáfora de recursos. Alguns métodos
simples serão cobertos aqui. Um é usar o ego mais jovem, como o Cinco, como a metáfora de
recursos. Outro é desenvolver a metáfora do estado que o ego mais jovem estava sentindo. Antes
da Rocha, o Cinco pode ter sentido o Brilho do Sol ou um Urso Fofinho em seu peito. Se o cliente
experimentou um evento particularmente traumático, ele poderá precisar de auxílio. Muitas vezes,
esse auxílio é espiritual por natureza. Uma boa pergunta poderia ser: "E o Cinco gostaria de ter
um auxiliar?" Exemplos de auxiliares são: O Ursinho, Anjos, Espírito Santo... Os auxiliares
representam algum aspecto do indivíduo ou seu sistema de crenças. Note-se que os auxiliares
podem não combinar com as crenças espirituais dos adultos.

5. Convidar as Metáforas para Interagir.


Uma vez desenvolvidas a metáfora do problema e a metáfora de recursos, convide-as para
interagir. É importante não forçar a interação. As perguntas, aqui, poderiam ser:
"E os Anjos estariam interessados em visitar o Cinco?" e
"E o que o Ursinho gostaria de fazer com a Rocha?" Durante esta parte do processo,
geralmente tudo o de que se necessita é manter o processo funcionando, fazendo- se a pergunta:
"E depois, o que acontece?" Continue o processo até que haja uma solução. A solução
acontece quando a metáfora do problema for transformada ou mudada, ou quando o estado de
recursos mais jovem ou o auxiliar alcançarem um ponto de parada lógico. A metáfora do problema
pode se transformar em algo diferente, por exemplo a Rocha transformar-se na Luz Amarela ou a
Rocha voltar para o muro. Um ponto de parada geralmente é uma atividade apropriada para a
idade do ego jovem (Cinco), como fazer um lanche ou tirar um cochilo.
A fase de interação nem sempre é simples ou direta. Talvez outros estados tenham que ser
tratados, ou sejam necessárias metáforas de recursos adicionais. Isso depende da natureza e
severidade do estado de problema. Um problema comum é a descoberta de um estado de "eu
não sei", que pode necessitar ser curado antes que o estado original seja abordado.

6. Verificar os Resultados
Uma parte importante da verificação de resultados consiste em determinar se houve
mudança na metáfora do estado de problema. O eu adulto não necessita compreender o que
significa essa mudança. Outra parte da verificação de resultados consiste em verificar se todas as
partes do indivíduo usadas no processo permaneceram no local e na forma apropriados. Os egos
mais jovens podem querer ou necessitar crescer e os auxiliares podem precisar retornar à sua
fonte. Isso geralmente é realizado com algumas simples perguntas:
"E alguma das partes que tratamos hoje precisa de algo mais?"
"E você sente que este processo está completo para você?"
O processo de Cura de Metáforas Incorporadas é útil para diferentes estados de problemas.
Isso inclui emoções problemáticas, estados sem recursos, crenças, e até mesmo o aumento dos
estados de recursos. Uma vez tendo o indivíduo se familiarizado com este processo, ele pode
reconhecer, no momento adequado, quando está experimentando uma emoção que é resultado
de antigas emoções negativas armazenadas. Diversas pessoas que sentiram uma conexão
especial com sua metáfora de recursos foram capazes de empregá-la quando foi necessária em
outras situações.
Uma das maneiras mais eficazes de usar esse processo é ajudar as pessoas a curar os
padrões negativos de comportamento. Dessa forma, o indivíduo se torna mais congruente e mais
capaz de responder aos desafios da vida. Uma vez liberada a energia negativa armazenada,
todos podem experimentar uma criatividade maior e uma capacidade melhor para usar suas
emoções como recursos valiosos.

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