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PLANO DE SEGURANÇA (VERSÃO DO TERAPEUTA)

Passo 1, 2, 3, 4 e 5 em qualquer ativação. Se não baixar, 6 e 7.

Passo 1 – Reconhecer sinais de alerta que precedem as crises.

 Comportamentos: evito trabalhar, só consigo dormir, não tomo banho, não


escovo os dentes, come muito ou não come nada, não sente fome,
necessidade de usar drogas (além da maconha), não quero estar em casa,
não quero estar sozinha, fico extremamente acelerada no pensamento,
penso muitas coisas por segundo, faço escolhas auto-destrutivas (beber);
 Pensamentos: não aguento mais, não vou ter força, não vou ter tempo e
disposição para lidar com tudo, a única solução é morrer, não vou precisar
mais criar o Theo e incomodar o Theo, ninguém vai sentir minha falta
mesmo, só iam chorar um pouco e depois iam viver normal, penso que eu
sou uma escrota, uma ingrata, reclamo demais;
 Emoções: fico fria, anestesiada ou choro, raiva, angústia, explodo, grito;
 Situações, pensamentos, comportamentos, emoções, imagens (pensando no que
aconteceu no passado) Exemplo: “quando eu acho que nada vai mudar, fico sem
esperança e penso em sumir”
 Uma das maneiras mais eficazes de lidar com uma crise é adereçar ela antes que
atinja o seu ápice
 Usar as palavras do paciente

Passo 2 – Questionamento de crenças ativadas e de desesperança.


“Eu tenho que fazer o que eu posso, no meu tempo.”
“Aos poucos eu consigo lidar .”
“O Theo precisa de mim”.
“Eu consigo lidar com as coisas se forem as poucos”
“Posso resolver tudo com calma e no meu tempo”
“Eu sou uma pessoa corajosa, com emoções intensas”.
“Essas emoções são intensas, mas elas vão passar”
“Eu não vou me sentir assim para sempre.”
“Eu tenho coragem para viver.”
“Quando eu conseguir vencer esse dia, vou me sentir melhor”
“Eu sou capaz de vencer esse dia”
“O que eu faço é suficiente”

 Frases ou conclusões discutidas em sessão. Lembrança de que a aflição é


temporária. Mesmo que soe “artificial”.
Exemplo: “Solução definitiva para problemas temporários”, “Este sofrimento
continua, ao ser passado para outras pessoas (família, amigos...) ”

Passo 3 – Ativação de memórias ou imagens futuras positivas


“Eu quero tá viva para viajar o mundo.”
“Eu quero tá viva para ver o Theo crescer, se formar, se tornar um homem.”
“Eu preciso tá vida para dominar o mundo”
“Eu quero estar e ter minha família por perto, eu o Theo e quem mais me apoiar”.
 Identificar memórias positivas ou perspectivas futuras positivas

Exemplo: ver o filho crescer, ou se formando.

 Fechar os olhos, tentar se lembrar do evento detalhadamente, em primeira


pessoa, como se estivesse acontecendo agora.

Passo 4 – Lista com motivos para viver e motivos para não se matar
 Avaliados junto ao paciente

Exemplos: Religião, filhos (modelo, futuro, culpa), amigos, prazeres, objetivos,


terapeuta, etc.

Passo 5 – Estratégias de coping internas, sem contatar outras pessoas

 Paciente deve ser participante ativo e sugerir estratégias. Visto que, as


estratégias variam de pessoa para pessoa.

Exemplos: Fazer exercícios; tomar banho quente ou frio; escutar música alto; tocar
instrumento; relaxamento por respiração; brincar com animal de estimação; ler a bíblia
ou outro livro; sair de casa; mindfulness e meditação; etc.
 Avaliar a probabilidade de usar as estratégias.
 Identificar barreiras que podem ser encontradas e fazer solução de problemas.
 Tentar estas estratégias, mesmo que por um período breve.

Passo 6 – Utilizar contatos sociais que possam distrair ou ajudar a lidar com a
crise. Locais que possam distrair.
 Paciente escolhe se quer entrar em contato com alguém ou ir a algum lugar. Se ir
a algum lugar não ajudar, deve procurar entrar em contato com familiares ou
amigos próximos

Exemplos: Cafeterias, parques, lojas, igreja, contatos (importante ter mais de um


amigo em mente), Whatsapp, grupos de whats, CVV (chat online ou ligue 141)

 Avaliar probabilidade de usar a estratégia.


 Evitar ambientes que estimulem uso de álcool ou drogas. Ou que sejam
perigosos e estejam incluídos em planos.
 Inicialmente não precisam informar que estão em crise. A simples sensação de
conexão com outras pessoas pode gerar alivio.
 Se necessário avisar que está em crise e pedir um momento para conversar ou
pedir ajuda.
 Antecipar possíveis problemas nessa etapa e trabalhar solução destes problemas.
Levantar pontos positivos e negativos.

Exemplo: “E se eu ligar para uma pessoa e ela não atender? ”

Passo 7 – Contatar profissionais


 Entrar em contato com o terapeuta.
 Pedir para um familiar que o acompanhe até a emergência.

PLANO DE SEGURANÇA (VERSÃO DO PACIENTE)


Este material foi criado com objetivo de auxiliar em momentos de crise. Este material
deve estar sempre com você, para que possa recorrer a ele quando necessário.
É importante que você siga os passos de 1 a 5, mesmo quando essa ativação diminuir
depois de alguns passos. Se após o passo 5 estes pensamentos não diminuírem, realizar
passo 6 e 7.
Passo 1 – Reconhecer sinais de alerta que precedem as crises.
Reconhecer as situações, pensamentos, comportamentos, emoções e imagens que no
passado antecederam as crises. Uma das maneiras mais eficazes de lidar com uma crise
é adereçar ela antes que atinja o seu ápice.

Passo 2 – Questionar crenças e pensamentos de desesperança.


Anotar aqui frases ou conclusões discutidas em sessão.

Passo 3 – Ativação de memórias ou imagens futuras positivas


Identificar memórias positivas. Fechar os olhos e tentar se lembrar do evento
detalhadamente, em primeira pessoa, como se estivesse acontecendo agora. Ou pensar
em perspectivas futuras positivas onde você estará presente. Leia devagar e
calmamente, concentre-se no que está sendo dito, na evocação das
memorias/pensamentos futuros.

Passo 4 – Ler uma lista com os motivos para viver


Leia a lista criada em sessão com os motivos para viver e motivos para não
cometer suicídio.

Passo 5 – Estratégias de enfrentamento internas, para lidar sem contatar outras


pessoas
Realizar as estratégias sugeridas por você e pelo terapeuta. É importante tentar
fazer estas estratégias, mesmo que por um período breve.
Passo 6 – Ir a algum local ou utilizar contatos sociais que possam distrair ou
ajudar a lidar com a crise.
Entrar em contato com alguém ou ir à algum lugar, pensado em sessão com o
terapeuta. Não precisa informar que está em crise, apenas sensação de conexão com
outras pessoas pode gerar alivio. Se achar necessário, avisar esta pessoa que você está
em crise e pedir um momento para conversar.

Passo 7 – Contatar profissionais


Entrar em contato com o terapeuta e/ou pedir para um familiar que o acompanhe até
a emergência.

TELEFONES ÚTEIS (24h)


CVV (Centro de Valorização da Vida): 141
Hospital Psiquiátrico São Pedro (Porto Alegre e outros): 33392111/ 33395041
Centro de Saúde IAPI (Zona Norte): 32893456/ 32893470/ 32893407
Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (Zona Sul): 32894016/ 32894047/ 33394097
SAMU: 192

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