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O filme “Sou Surda e Não Sabia” aborda a questão da surdez na sociedade,

onde as pessoas surdas são vistas como deficientes e são forçadas a se


adequarem à sociedade, quando na realidade é a sociedade que precisa se
preparar para tratá-las com dignidade e igualdade, de modo que se sintam
pertencentes ao espaço onde vivem. No filme, a protagonista Sandrine nasce
surda, em uma época onde não eram realizados exames em recém-nascidos, o
que atrasou a descoberta. Quando seus pais perceberam sua surdez,
encararam como um problema clínico, e assim, ela passou a maior parte de
sua infância tentando se adequar à sociedade. Em certos momentos do filme, é
perceptível o sofrimento de Sandrine, obrigada a usar aparelhos auditivos que
a deixavam desconfortável. Posteriormente, ao frequentar uma escola
especializada e conhecer um grupo de alunos e professores que se
comunicavam através da língua de sinais, Sandrine passa a se sentir
confortável e capaz de interagir na sociedade de forma autêntica. O filme é
esclarecedor quanto à luta das pessoas surdas por respeito e conscientiza
sobre o fato de que a surdez não é uma deficiência ou doença, mas sim uma
característica peculiar das pessoas que não ouvem, que são perfeitamente
capazes de se comunicar, aprender, ensinar e se tornarem profissionais, assim
como pessoas ouvintes. Recomenda-se assistir ao filme para entender melhor
o universo das pessoas surdas.

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