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Fonte: www.archdaily.com.br
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(com edições da autora, 2023). Em relação aos materiais empregados, o aço merece
destaque, pois foi largamente utilizado (em pilares, vigas
Análise da Coerência entre Intenções e Soluções e lajes em steel deck, além das escadas e as rampas em
estrutura metálica). Na cobertura foi utilizada telha
Em termos de distribuição do programa de necessidades, metálica termoacústica, cuja face inferior plana,
a equipe da Rede Arquitetos descreve que a fase 1, já proporcionou um acabamento uniforme para os trechos
construída, se deu na parte mais vazia do terreno, a partir onde não há forro. Na fachada, os arquitetos usaram
da sua porção oeste, tendo acesso pela via principal deste brises metálicos como elemento de proteção solar, e
lado e em uma das transversais, e conta com o bloco criam um padrão para o invólucro do edifício (figuras 11
didático do ensino fundamental II, bloco de atividades e 12). Cabe mencionar que os arquitetos optaram por
extracurriculares, refeitório, reforma do ginásio deixar boa parte da estrutura aparente, como uma
interligados através de passarelas de conexão. A fase 2, “narrativa material”, e, segundo Nesbitt (2006, p.535)
apenas em projeto, incorpora a porção leste e sua via de deixar a estrutura a mostra demonstra autenticidade, o
acesso, além da demolição da estrutura preexistente, que que Martin Heidegger considera um ato poético.
pôde se manter funcionando enquanto a primeira parte
da obra foi construída. Segundo os arquitetos, os edifícios Figuras 11 e 12: Uso de Brises nas fachadas.
da fase 1 se distribuem não como blocos isolados, mas
como um sistema regido pela lógica construtiva e
distribuição programática. Sua implantação ocupa os
vazios das estruturas existentes no terreno distribuindo o
programa, se conectando com os acessos e direcionando
os fluxos.
Fonte: www.archdaily.com.br
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ademais, cabe ressaltar que a problemática condicionada LAWSON, Bryan. Como Arquitetos e Designers pensam. São
Paulo: Oficina de Textos, 2011.
pelas restrições internas e externas (geradas pelas
demandas do cliente, do usuário, da legislação e etc) teve MAHFUZ, E. C. Ensaio sobre a razão compositiva: uma
como resposta soluções arquitetônicas adequadas, e investigação sobre a natureza das relações entre as partes e o
condizentes com a realidade do uso e do local. todo na composição arquitetônica. Belo Horizonte: UFV
Cultural, 1995.
Por fim, sabendo-se que este artigo se propôs a traçar um
panorama geral acerca dos aspectos do projeto da Escola
Educar II, como resposta ao que foi assimilado na NESBITT, K. (org). Uma nova agenda para a arquitetura.
disciplina de TMP, pode-se afirmar que esta experiência Antologia teórica 1965-1995. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
permitiu não apenas um aprofundamento teórico, mas, (seleção de textos)
sobretudo, foi capaz de aguçar as percepções acerca da
OLIVEIRA, Rodrigo Porto. O projeto de arquitetura para
prática projetual. Afinal, quando a prática não for clima quente e úmido: diretrizes para residências
condizente com a teoria, ou quando as soluções não unifamiliares em Fortaleza-CE. Artigo publicado na Revista
caminharem em acordo com o discurso das intenções, Tecnologia, Fortaleza, v33, n2, p 165-176, 2012. Disponível
entende-se que o projeto não foi capaz de atender às em: https://ojs.unifor.br/tec/article/view/4588 Acesso em
expectativas para as quais ele foi criado (e/ou solicitado). 11.11.2023
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS