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Arnaldo Bonifácio

Dilene de Fátima Joaquim Amaral


Essinaite da Felicidade
Euletério Francisco
Helena Rosa
Helton Buana
Lino José
Maria Amélia Bonifácio

EXPOSIÇÕES COMBINADAS E SEUS EFEITOS


Curso de Licenciatura em Gestão de Transporte e Logística.

Universidade Rovuma
Instituto de Transporte e Telecomunicações
Nampula
2024
Arnaldo Bonifácio
Dilene de Fátima Joaquim Amaral
Essinaite da Felicidade
Euletério Francisco
Helena Rosa
Helton Buana
Lino José
Maria Amélia Bonifácio

EXPOSIÇÕES COMBINADAS E SEUS EFEITOS


Curso de Licenciatura em Gestão de Transporte e Logística.

Trabalho de PPTI em Higiene e Segurança no


Trabalho (HST), a ser apresentado ao Instituto de
Transporte e Telecomunicação, para fins avaliativos,
sob orientação de docente MA. Francisca Joaquina
Sevene.

Universidade Rovuma
Instituto de Transporte e Telecomunicações
Nampula
2024
Índice:
Introdução....................................................................................................................................1

1. Exposições combinadas e seus efeitos................................................................................2

1.1. Conceitos.......................................................................................................................2

1.2. Exposição combinada a vibração..................................................................................2

1.2.1. Aspectos sobre a exposição à vibração..................................................................3

1.3. Exposições combinadas ao ruído..................................................................................4

1.3.1. Medidas de prevenção de exposições ao ruído......................................................5

1.3.2. Aspectos sobre a exposição ao ruído.....................................................................6

1.3.3. Avaliação da exposição ao ruído...........................................................................6

1.4. Efeitos resultantes de exposições combinadas a vários factores de risco.....................7

1.5. Controlo dos efeitos nocivos da exposição combinada.................................................7

1.6. Tempo de exposição......................................................................................................7

1.7. Exposições combinadas específicas..............................................................................8

1.8. Como são embasados os estudos sobre exposições combinadas..................................8

1.9. Meios de prevenção.....................................................................................................10

Conclusão..................................................................................................................................11

Referências bibliográficas:........................................................................................................12
Introdução

O presente trabalho, tem como tema “as exposições combinadas e seus efeitos”. Dentro do
tema, pretendemos explorar um pouco mais sobre o que são essas exposições combinadas e
seus efeitos.

Ruído é um conjunto de vários sons não coordenados (várias frequências), que causam
incómodo e desconforto.

Vibração é o movimento oscilatório de um corpo produzido por forças desequilibradas de


componentes de movimento rotativo ou alternativo de máquinas e equipamentos.

Uma ampla estimativa de prevalência de exposição foi conduzida na Grã-Bretanha, utilizando


como instrumento de colecta de dados um questionário enviado pelo correio. Os efeitos das
exposições combinadas podem variar dependendo dos tipos de substâncias ou factores de risco
envolvidos, a avaliação e o controle dessas exposições são fundamentais na higiene e
segurança no trabalho.

Quanto aos objectivos do trabalho, no geral, pretendemos contextualizar sobre os riscos


ligados às exposições combinadas e os efeitos das mesmas. Especificamente, pretendemos
definir os riscos de exposições combinadas de ruído e vibração; explicar os efeitos resultantes
das exposições combinadas; e, avaliar o impacto das exposições combinadas de ruído e
vibração nos trabalhadores.

A metodologia usada no trabalho foi baseada no uso de referências bibliográficas, no qual,


buscamos informações relacionadas ao tema nos manuais (livros), artigos científicos, teses
elaboradas na base de HST e diferentes literaturas de aproveitamento académico.

Quanto à estrutura do trabalho, o presente trabalho apresentará o título principal que iremos
encontrar os subtítulos do tema principal que são: efeitos resultantes de exposições
combinadas a vários factores de risco, exposição combinada a vibração, aspectos sobre a
exposição à vibração, exposições combinadas ao ruído, exposição simultânea, exposição
sequencial, exposições combinadas específicas e entre outros temas abordados ao longo do
trabalho.
1. Exposições combinadas e seus efeitos

1.1. Conceitos

As exposições combinadas referem-se à exposição simultânea ou sequencial a vários factores


de risco, que podem ocorrer em ambientes de trabalho e afectar a saúde dos trabalhadores. É
importante identificar e controlar esses riscos para prevenir efeitos nocivos. A avaliação e o
controle dessas exposições são fundamentais na higiene e segurança no trabalho.

Segundo Copilot a exposição combinada refere-se a situação em que um trabalhador está


simultaneamente exposto a múltiplos factores de risco no ambiente de trabalho. Estes factores
podem incluir, por exemplo, ruído e vibração.

Na prática da higiene ocupacional, os resultados de avaliação da exposição são,


frequentemente, comparados com os limites de exposição ocupacional (limites de tolerância).
Esses fornecem orientações para estabelecer níveis aceitáveis de exposição e seu controle.
Exposição acima dos limites requer medidas correctivas imediatas. Para os profissionais
prevencionistas a intervenção será no “nível de acção”, que geralmente é a metade do limite
de tolerância. Em função das dificuldades em se realizar uma avaliação representativa da
exposição, recomenda-se, sempre, uma análise criteriosa dos resultados, pois muitas variáveis
estão presentes.

1.2. Exposição combinada a vibração

Segundo Peixoto e Ferreira (2012, p. 57) vibração é o movimento oscilatório de um corpo


produzido por forças desequilibradas de componentes de movimento rotativo ou alternativo
de máquinas e equipamentos. Dependendo da frequência do movimento oscilatório e sua
intensidade, as vibrações podem causar desde desconforto (formigamentos e adormecimento
leves) até comprometimentos no tato e sensibilidade à temperatura, perda de destreza e
incapacidade para o trabalho (problemas articulares).

A vibração só acarretará problemas quando houver o contacto físico do trabalhador com fonte
da vibração. Sua avaliação é feita através de acelerómetros (aceleração do movimento – m/s2
e frequência – Hz). São exemplos de aplicações sujeitas às vibrações trabalhos com
motosserras, furadeiras e secadores pneumáticos. (Peixoto e Ferreira, 2012, p. 57)

Segundo Griffin (1990ª) citado em Silva (2002, p. 6):

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a exposição à vibração, além de provocar sensações variadas como prazer,
desconforto e dor e interferir com várias actividades, como a leitura e movimentos
de controle da mão, pode acarretar efeitos fisiológicos e patológicos. As respostas
fisiológicas, que se restringem a alterações temporárias durante a exposição, podem
estar associadas aos seguintes aspectos: cardiovasculares, respiratórios, endócrinos e
metabólicos, processos motores, processos sensoriais, sistema nervoso central e
esquelético.

Com isso, para a autora (2002, p. 6), sucintamente, os possíveis efeitos, que podem ser
gerados pela exposição à vibração de corpo inteiro, são os seguintes:

 Resposta subjectiva;
 Desconforto;
 Dor;
 Perturbação da actividade:
 Visão;
 Controle dos movimentos da mão;
 Controle dos movimentos dos pés;
 Efeitos patológicos;
 Problemas da coluna;
 Mal do transporte;
 Náusea;
 Vómito;
 Redução do desempenho.

1.2.1. Aspectos sobre a exposição à vibração

Os valores da aceleração de vibração obtidos através da avaliação podem ser considerados


elevados, quando comparados com outros estudos abarcando análises em ônibus e mesmo
outros veículos importantes.

De acordo com Peixoto e Ferreira (2012, p. 57) as vibrações podem ser:

a) Localizadas – provocadas por ferramentas manuais com efeitos em certas partes do


corpo (articulações de mãos e braços).

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b) Generalizadas – lesões de corpo inteiro, normalmente produzidas pelo trabalho em
grandes equipamentos (caminhões, ônibus e tractores), acarretando problemas na
coluna vertebral e dores lombares.

Como medidas de controlo, podemos citar o revezamento no trabalho, ou seja, a diminuição


no tempo de exposição e medidas técnicas que reduzam a intensidade das vibrações. (Peixoto
e Ferreira, 2012, p. 57)

1.3. Exposições combinadas ao ruído

O som gerado nos ambientes de trabalho é reconhecido como ruído ocupacional. Esse ruído
pode vir de muitas fontes e, quando é muito alto, pode fazer com que a saúde auditiva, de
quem estiver exposto a ele, seja prejudicada. O ruído é considerado um dos principais
problemas para os trabalhadores, com prejuízos à saúde e à qualidade de vida.

Talvez o principal risco dos ambientes de trabalho actuais, pois está presente em qualquer
espaço industrial. O som é uma variação da pressão sonora do ar que conduz a uma
sensibilização nos ouvidos. O ruído é um conjunto de vários sons não coordenados (várias
frequências), que causam incómodo e desconforto. (Peixoto e Ferreira, 2012, p. 51).

A perda auditiva pelo ruído, normalmente, é produzida pela exposição do trabalhador a


ambientes ruidosos (de carácter progressivo) e manifesta-se após muitos anos de exposição.
(Peixoto e Ferreira, 2012, p. 51).

Segundo Peixoto e Ferreira (2012, p. 51) o ruído é classificado em:

a) Ruídos contínuos: são aqueles cuja variação de nível de intensidade sonora é muito
pequena em função do tempo. Exemplos: geladeiras, ventiladores.
b) Ruídos intermitentes: são aqueles que apresentam grandes variações de nível em
função do tempo. São os tipos mais comuns. Exemplos: fala, furadeira, esmerilhadeira.

c) Ruídos impulsivos ou de impacto: apresentam altos níveis de intensidade sonora, num


intervalo de tempo muito pequeno. São os ruídos provenientes de explosões e
impactos. São característicos de rebitadeiras, prensas, etc.

O ruído ocupacional é avaliado através de medidores de pressão sonora, tecnicamente


denominados sonómetros e comummente conhecidos como decibelímetros e dosímetros A
unidade de medida é o decibel (dB). Os decibelímetros são mais indicados para avaliação do

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ruído de um determinado ambiente e os dosímetros para avaliação da exposição do
trabalhador (uma vez que ficam afixados ao trabalhador durante toda a jornada). (Peixoto e
Ferreira, 2012, p. 52).

A exposição ao ruído sem a devida protecção pode causar sérios danos à audição e à saúde em
geral do trabalhador. A perda ou redução da sensibilidade de audição, pode se dar em diversos
níveis, que dependerão do tempo de exposição e do nível de ruído ao qual o indivíduo está
exposto.

Em determinados casos, a exposição ao ruído também pode provocar cansaço físico e mental,
dificuldade de atenção e concentração, conflitos, acidente no trabalho, piora do rendimento e
da produtividade, o que acaba levando ao absenteísmo.

Para estabelecimentos que geram ruído nos ambientes de trabalho, devem ser realizadas
avaliações quantitativas do ruído ocupacional através de processo de análise de riscos cujo
critério de identificação esteja de acordo com as normas aplicáveis ao estabelecimento.

1.3.1. Medidas de prevenção de exposições ao ruído

As empresas devem adoptar as medidas de prevenção, seguindo a hierarquia dos controles:

 Medidas colectivas;
 Medidas de carácter administrativo ou de organização do trabalho;
 Utilização de equipamento de protecção individual – EPI.

Seguem algumas medidas colectivas e administrativas de prevenção à exposição ao ruído:

i. Manutenção e ajustes de máquinas;


ii. Isolamento de estrutura e redução da área da superfície vibrante das máquinas;
iii. Enclausuramento total ou parcial de fontes de ruído;
iv. Revestimentos acústicos e barreiras de protecção;
v. Treinamento de conscientização e utilização correta do EPI;
vi. Redução do tempo de exposição;
vii. Programa de Controlo Auditivo.

Os protectores auditivos são um grande parceiro como forma de prevenção individual (EPI).
A sua utilização precisa ser constante e durante toda a jornada de trabalho. Doses altas de
ruído mesmo por pouco tempo causam males ao sistema auditivo.

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1.3.2. Aspectos sobre a exposição ao ruído

De acordo com Pelmear (1995) como citado em Silva (2002, p. 30), as primeiras pesquisas
que demonstraram correlação entre exposição ao ruído e perda auditiva foram somente
realizadas na década de 60. As pesquisas conduzidas por Passchier-Vermeer, citadas por
Pelmear (1995) concluíram que o dano à audição tende a crescer à medida que os níveis de
pressão sonora se elevam, dado um tempo de exposição constante.

Burns e Robinson, citados por Pelmear (1995), a partir dos resultados obtidos em suas
pesquisas, elaboraram uma equação pela qual é expresso o nível esperado do limiar na faixa
de frequências de 500 a 6000 Hz para um dado nível de ruído, período de exposição e idade.
(Silva, 2002, p. 30)

Este estudo consiste em uma referência histórica, pois a partir dele foram construídos os
conceitos de nível de emissão e energia total de ruído (ponderada pela escala A) recebidos
pela orelha, estabelecendo assim o princípio de igual energia, significando que uma elevação
da intensidade de ruído da ordem de 3 dB representa a duplicação do risco devido à
exposição. (Silva, 2002, p. 30).

O ruído de impacto, definido basicamente como um som de curta duração e elevada energia,
segundo Silva (2002, p. 32) representa maior risco à audição dos trabalhadores, como
demonstrou Sulkowski e col.(1983), Que encontraram uma PAIR mais acentuada entre
forjadores do que em tecelões expostos ao mesmo nível equivalente de ruído de 101 dB(A).
Esta diferença verificada foi mais proeminente na de 6 kHz.

1.3.3. Avaliação da exposição ao ruído

De acordo com o critério estabelecido por Merluzzi e col. (1979), para a avaliação da
gravidade do comprometimento da audição, faz-se referência sobretudo aos limiares para as
frequências de 500, 1000, 2000, 3000 e 4000 Hz.

Segundo Peixoto e Ferreira (2012, p. 52) referem que NR 15 (1978c) e NHO 01 (2001) define
os limites máximos de exposição para vários níveis de ruído, segundo os seguintes parâmetros
normatizados:

a) Limiar de integração – valor a partir do qual serão contabilizados os níveis de


pressão sonora para fins de exposição ocupacional.

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b) Nível de critério – valor referência para uma exposição de 8horas.

c) Factor duplicativo de dose – incremento em dB para o qual o tempo de exposição


permitido será reduzido à metade.

d) Curva de compensação – parâmetros de ponderação para compensar a diferente


sensibilidade do ouvido humano às diferentes frequências.

É importante realizar avaliações de risco e implementar medidas de controlo adequadas para


mitigar os efeitos adversos das exposições combinadas no local de trabalho.

1.4. Efeitos resultantes de exposições combinadas a vários factores de risco

Os efeitos das exposições combinadas podem variar dependendo dos tipos de substâncias ou
factores de risco envolvidos. Por exemplo, a exposição simultânea a diferentes componentes
pode resultar em uma mistura que afecta tanto o indivíduo quanto o ambiente.

Em ambientes de trabalho, a exposição combinada a ruído e vibração, por exemplo, pode ter
efeitos potenciais sobre os sistemas neuromusculares, respiratório, cardiovascular e
otovestibular. A longo prazo, muitos anos de exposição podem contribuir para lesões ou
distúrbios na região lombar, especialmente se combinados com posturas inadequadas e longos
períodos sentados sem pausas.

1.5. Controlo dos efeitos nocivos da exposição combinada

Os valores relativos aos níveis admissíveis desconcentração (NAC) para as substâncias


combinadas devem ser usados como indicadores para o controlo de riscos para a saúde, mas
não devem ser utilizados como linhas que dividem as concentrações seguras e as perigosas.

1.6. Tempo de exposição

Referem Qeixoto e Ferreira (2012, p. 57) que:

Quanto maior o tempo de exposição, maiores serão as possibilidades de se produzir


uma doença ocupacional. O tempo real de exposição será determinado
considerando-se a análise da tarefa desenvolvida pelo trabalhador. Essa análise deve
incluir estudos tais como: tipo de actividade e suas particularidades, movimento do
trabalhador ao efectuar o seu serviço, jornada de trabalho e descanso. Devem ser
consideradas todas as suas possíveis variações durante a jornada de trabalho, de
forma a subsidiar o dimensionamento da avaliação quantitativa da exposição.

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Uma ampla estimativa de prevalência de exposição foi conduzida na Grã-Bretanha, utilizando
como instrumento de colecta de dados um questionário enviado pelo correio. Cerca de 7,2
milhões de homens e 1,8 milhões de mulheres são expostas à VCI no trabalho em um período
de uma semana (Palmer, 2000 e Col. 2000a).

1.7. Exposições combinadas específicas

As exposições combinadas de ruído, vibração, temperatura e actividades de trabalho e seus


eventuais efeitos sobre a saúde de trabalhadores, particularmente em relação ao estrese, foram
analisadas através de pesquisa experimental conduzida por Manninen (1990). Os resultados
encontrados pelo pesquisador revelaram que a exposição combinada entre VCI (2,12 m/s2,
2,44 m/s2) e ruído (85,90,95 dB(A)) é considerada mais stressante do que os dois factores de
risco actuando de modo isolado.

1.8. Como são embasados os estudos sobre exposições combinadas

A maior parte dos estudos sobre exposições combinadas são resultantes de estudos
epidemiológicos baseados em efeitos adversos à saúde humana e de estudos experimentais
envolvendo animais, isto é, modelos sistemas in vitro.

A respeito da exposição combinada entre ruído e vibração, os autores também citam o estudo
desenvolvido por Pinter, argumentando que não é possível excluir a afirmação de que pode ter
havido uma diferença entre os níveis de exposição ao ruído entre os dois grupos eleitos para
se efectuar a comparação. Verificou-se pelas conclusões obtidas na revisão, que os artigos
estudados sugerem que há a possibilidade da VCI ampliar os efeitos do ruído, avaliados pela
mudança temporária de limiar (MTL) com 2 a 5 dB.

Em revisão da literatura confeccionada por Seidel (1993), o objecto de maior interesse é sobre
a questão da exposição combinada com o ruído. Trabalho desenvolvido por Pinter em 1975,
citado por Seidel (1993, p.594), comparou a mudança permanente de limiar de audição de
tractoristas (exposição combinada) com um grupo formado por marceneiros (somente ruído).
Pinter encontrou uma perda maior induzida por vibração na frequência de 6 kHz de 6 dB após
uma exposição de 5 a 14 anos.

Ruído de impacto e vibração de corpo inteiro em níveis habitualmente encontrados na


indústria podem concorrer para incrementar a susceptibilidade da cóclea à PAIR. Este
resultado de interacção entre os dois agentes foi alcançado por Hamernik e col. (1981) Após a

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execução de um estudo experimental, no qual chinchilas foram submetidas a três condições de
exposição: ruído, vibração de corpo inteiro e a combinação de ambos.

Os efeitos na audição provocados pela associação entre exposição ao ruído e à vibração são
avaliados por Hamernik e col. (1989). Neste estudo são discutidos inicialmente pesquisas já
realizadas sobre o tema, as quais sugerem que a exposição à vibração pode potencializar
efeito do ruído, crescendo assim o risco de perda auditiva induzida por ruído.

Revisando estudos de laboratório, os pesquisadores observaram que estes parecem indicar que
os efeitos sobre a perda auditiva induzida por ruído eventualmente provocados pela presença
concomitante da vibração localizar-se-iam nas frequências mais afectadas, com a quantidade
aproximada de 5 dB.

Relativamente pequenos são classificados os efeitos em experimentos humanos, uma vez que
os níveis de exposição são naturalmente baixos. Por este motivo, os pesquisadores optaram
em realizar um estudo experimental com chinchilas expostas à vibração a 30 Hz, 3 g r.m.s. e a
20 Hz, 1,3 g r.m.s. de modo separado e conjuntamente a ruído contínuo (95 dB, 500 Hz) e a
ruído de impacto (113, 119 ou 125 dB de pico SPL). Os autores verificaram que tais
exposições combinadas podem alterar determinadas medidas de audição, mas foram somente
significativas em situações de exposição à vibração mais acentuada.

Quatro estudos, que abordaram os efeitos da exposição combinada entre ruído e vibração de
corpo inteiro, foram objecto de revisão por Humes (1984). Segundo o autor, as pesquisas
analisadas demonstram evidência de interacção entre os dois agentes, e por não considerá-las
suficientemente expressivas, recomenda trabalhos posteriores visando a elucidação.

Em relação às características físicas, somente a idade demonstrou interacção com o ruído. É


salientado neste trabalho que animais mais jovens apresentam maior susceptibilidade ao ruído.

As Publicações do UNSCEAR fazem a compilação de todos os estudos importantes existentes


na literatura mundial e constitui a base de dados utilizada pela Comissão Internacional de
Protecção Radiológica para o cálculo de riscos associados à radiação ionizante e a limitação
de doses.

Concedera-se para o principal efeito na saúde sobre a interacção da radiação ionizante com
outros agentes: a baixos níveis de radiação, é de natureza estocástica; em situações
envolvendo altas doses os efeitos são de natureza determinística.

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1.9. Meios de prevenção

Os princípios fundamentais de prevenção de agravos à saúde decorrentes da exposição à


vibração nortearam-se pelo trabalho desenvolvido por Donati e col. (1993) e por publicação
de instituto governamental britânico na área de saúde e segurança (Hse, 1996). (Silva, 2002,
p. 142).

Inicialmente, da mesma forma como são confeccionadas as directrizes essenciais para a


redução de ruído, deve se ter a fonte como objectivo para intervir, com o propósito de reduzir
os níveis de exposição. (Silva, 2002, p. 142).

Desta forma, é conveniente a selecção do veículo em função do piso ou da tarefa que será
executada, de aplicar manutenção e informar os operadores a respeito dos métodos de trabalho
mais indicados. É importante a redução das irregularidades do pavimento sobre as quais se
deslocam os veículos. (Silva, 2002, p. 142).

O assento deverá ser montado firmemente sobre uma superfície rígida. Deverá ser igualmente
assegurado que o assento não apresente jogo excessivo. (Silva, 2002, p. 142).

Em um veículo, a transmissão das vibrações ao condutor pode ser reduzido por meio de
elementos isolantes instalados em pontos distintos. A função dos pneus é a de filtrar as
pequenas rugosidades do solo. Caso este processo não se realize, eles podem induzir
movimentos de baixa frequência. Portanto, é interessante verificar se os pneus são os
indicados para o tipo de veículo e se estão devidamente calibrados para a situação em que
serão empregados. (Silva, 2002, p. 142).

Segundo a autora (2002, p.143), outro meio disponível para isolar e controlar as vibrações é a
cabina suspensa. Somente as cabinas suspensas, denominadas de baixa frequência, são
eficazes para reduzir as vibrações transmitidas ao condutor, devido ao rolamento.

O assento comporta-se como a ultima fase de suspensão que antecede o posto de trabalho do
motorista. A maioria dos assentos suspensos é concebida de modo a assegurar um isolamento
unicamente segundo o eixo vertical (z). […] O assento deve se submeter a uma manutenção
eficiente, sobretudo nos componentes de sua suspensão. A compatibilidade entre a suspensão
e o peso do trabalhador deve ser valorizada, lembrando que há disponibilidade de alguns
assentos dotados de ajuste automático, em conformidade com o peso do motorista. (Silva,
2002, p. 143).

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Conclusão

De acordo com várias pesquisas feitas para o desenvolvimento do trabalhado, o grupo conclui
que, as exposições combinadas podem ser exposições simultâneas, sequencial a vários
factores de risco em um ambiente de trabalho que podem afectar a saúde dos trabalhadores.
As exposições combinadas têm vários efeitos e vários factores de risco, as exposições podem
variar dependendo dos tipos de substâncias ou factores de risco, para evitar os riscos a
exposição combinadas deve-se optar por meios de prevenção, para que não haja agravantes a
saúde decorrente da exposição combinada.

Também podemos concluir que ausências de dados sobre os efeitos combinados não implicam
por si só que não ocorram interacções entre a reacção e outros efeitos. Existem vários
parâmetros para entender e avaliar as potências efeitos combinados, no meio ambiente apenas
uma fracção menor de agentes interagem com a radiação encontram-se em vários níveis
potencialmente críticos.

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Referências bibliográficas:

SILVA, Luiz Felipe, Estudo sobre a exposição combinada entre ruído e vibração de corpo
inteiro e os efeitos na audição de trabalhadores, Tese – Doutoramento em Saúde
Ocupacional, Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.
SESISST, Conscientização e prevenção de ruído no trabalho. Disponível em:
https://www.sesisstba.com.br/artigos/prevencao_ruido. Acesso em 23 de Março de 2024.
PEIXOTO, Neverton Hofstadler; FERREIRA, Leandro Silveira, Higiene Ocupacional –
Colégio Técnico Industrial da Universidade Federal de Santa Maria, Rede e-Tec Brasil, Santa
Maria: Brasil, 2012.

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