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O trigo (Triticum aestivum) é uma gramínea cultivada em todo o mundo.

É uma planta de ciclo


anual, cultivada durante o inverno e a primavera. O grão de trigo é um alimento básico, usado
na produção da farinha e consumido na forma de pão, massa alimentícia, bolo, biscoito e até
bebidas, como cerveja.
O primeiro local de cultivo do trigo foi o Crescente Fértil, no Oriente Médio. Arqueólogos
demonstraram que o cultivo do trigo é originário da Síria, Jordânia, Turquia e Iraque. Há cerca
de 8.000 anos, uma mutação ou hibridização ocorreu, resultando em uma planta com sementes
grandes, porém incapazes espalhar-se pelo vento. Esta planta não poderia sobreviver como
silvestre, porém, poderia produzir mais comida para os humanos e, de fato, ela teve maior
sucesso que outras plantas com sementes menores e tornou-se o ancestral do trigo moderno.
O processo de moagem
É o processo de retirada do endosperma, ou farinha, do grão de trigo. O endosperma é a parte
mais nobre do grão e representa aproximadamente 80% de sua massa; o restante é composto
por casca e farelo. Para obter a farinha, o grão é submetido a uma umidificação, seguida de
repouso. Dessa forma, as partes indesejadas tronam-se flexíveis e separáveis. Logo depois, o
grão passa diversas vezes por moagens e peneirações, até que se chegue ao tamanho
desejado das partículas.
O trigo no Brasil
O trigo ocupa o primeiro lugar em volume de produção mundial. No Brasil, a produção anual
oscila entre 5 e 6 milhões de toneladas. É cultivado nas regiões Sul (RS, SC e PR), Sudeste
(MG e SP) e Centro-oeste (MS, GO e DF). O consumo anual no país tem se mantido em torno
de 10 milhões de toneladas. Cerca de 90% da produção de trigo está no Sul do Brasil. O cereal
vem sendo introduzido paulatinamente na região do cerrado, sob irrigação ou sequeiro.
História
O Grupo Motrisa surgiu na década de 1930, da união de três empresas gaúchas. Naquela
época, a demanda por indústrias alimentícias era muito grande no Rio Grande do Sul, então o
grupo rapidamente se transformou em uma sociedade anônima: Moinhos de Trigo Indígena
S/A, ou simplesmente, Motrisa. A nova sociedade explorava a indústria de moagem de cereais
e ainda fornecia energia elétrica ao então povoado de Sarandi. Após anos de expansão, com a
construção de novos moinhos em várias cidades gaúchas, a empresa chegou ao Nordeste,
começando por Alagoas e posteriormente em Sergipe, para suprir uma demanda crescente por
farinha de trigo na região. Atualmente, o Grupo Motrisa atua também em outras áreas, como
reflorestamento, venda de lenha, beneficiamento de madeira, pecuária (RS), beneficiamento de
mandioca e produção de amidos especiais (SC). As unidades de Maceió e Aracaju possuem
capacidade produtiva de 25.000.000 kg/mês e os produtos fabricados são comercializados nos
estados da Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe; sempre
com a tradição e qualidade da marca Sarandi.
A Empresa
O Grupo Motrisa – Moinhos de Trigo Indígena S.A., do qual a marca Sarandi faz parte, é um
dos mais bem sucedidos grupos alimentícios do Brasil, principalmente no segmento de
produtos derivados do trigo. Aliando tradição e respeito ao consumidor, o Motrisa trabalha para
que suas marcas continuem conquistando todas as famílias brasileiras. Atualmente, o grupo
Motrisa atua em outros seguimentos com diversas empresas no Rio Grande do Sul e Santa
Catarina e com unidades moageiras em Alagoas e Sergipe, para atendimento do Nordeste do
país, sendo referência nas áreas comercial e industrial. O principal compromisso do grupo é a
busca pela qualidade e a inovação, sem esquecer o cuidado com o meio ambiente e a atenção
com a saúde e segurança dos colaboradores e comunidades vizinhas. O Grupo Motrisa tem
orgulho dos selos de qualidade recebidos e, principalmente, do reconhecimento pelo
compromisso social e ambiental.
Indústria de Alimentos

Os alimentos são constituídos por matéria orgânica, são perecíveis e sucessíveis de serem
degradados e também serem capazes de produzir danos a saúde.
A partir do momento em que suas matérias-primas são obtidas durante o processamento e
mesmo ao produto acabado, se iniciam alterações físicas, químicas e biológicas, que alteram
qualidades organolépticas e de sanidade.
O grau em que estas alterações ocorrem está condicionado a inúmeras causas, ligadas à
composição dos alimentos, à presença de enzimas e microorganismos e a outros fatores,
capazes de desencadear ou neutralizar ou refrear o processo de alteração. Por estes fatores, o
controle de qualidade deve ocorrer em toda a cadeia produtiva, envolvendo boas práticas de
produção em todos os níveis do processo, da obtenção da matéria-prima ao produto acabado.
(Schimidt 2005)
Os controles ambientais (de superfície, utensílios, equipamentos, embalagens, mão de
manipuladores), process de higienização, armazenamento e transporte são requisitos
essenciais para a qualidade do produto que será levado amesa do consumidor (Francisco e
Landgraf, 1996). Levando em conta a qualidade da água utilizada, segundo sua potabilidade.
(Germano, 2001).

Vantagens do Controle de Qualidade:

 Controle total da procedência do produto e de seus ingredientes;


 Alcance de elevado grau de segurança;
 Controle da Qualidade do Produto;
 Proteção para a Indústria;
 Marketing - preocupação com o consumidor;
 Competitividade no mercado (interno e externo);
 Conservação e durabilidade dos produtos.

Análise microbiológica em alimentos:


Entre os vários parâmetros que indicam a qualidade e a inocuidade de alimentos, os mais
importantes são aqueles que definem as suas características microbiológicas.
As análises são necessárias para a obtenção de informações sobre as condições de higiene
durante sua produção, processamento, armazenamento, distribuição, sobre sua vida de
prateleira e sobre o risco que pode representar à saúde.
A análise microbiológica durante a fabricação de alimentos detecta contaminações antes,
durante ou após o processamento do alimento.

Principais análises:
Coliformes totais, Coliformes termotolerantes, Bolores e leveduras, Contagem padrão
(Mesófilos), Staphylococcus aureus, Salmonella sp, Escherichia coli

Análise físico química em alimentos:


Para garantir a qualidade dos alimentos, é fundamental a avaliação de diversos índices físico-
químicos em matérias-primas, produtos intermediários e no alimento pronto.
Alimentos só podem ser comercializados quando atendem a padrões de identidade e qualidade
estabelecidos por orgãos nacionais e internacionais.
Para certificar esses padrões é necessária a condução de análises físico-químicas.
Análises rotineiras realizadas envolvendo a determinação de unidade, resíduo mineral,
proteínas, carboidratos, gorduras, pH e fibra alimentar.

Principais análises:
Rotulagem Nutricional de parâmetros obrigatórios, como:
Carboidratos; Proteínas; Gorduras totais; Gorduras saturadas Gorduras trans; Fibra alimentar;
Sódio; Valor Energético.

Outras anáises
 Umidade e atividade de água;
 Vitaminas e Minerais da RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003;
 Micotoxinas em Alimentos;
 Resíduo de agrotóxicos;
 Análises para qualidade do leite de acordo com a Instrução Normativa nº 51, de 18 de
setembro de 2002;
 Contaminantes como metais pesados.

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