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OBESIDADE
INTRODUÇÃO
• A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica a desnutrição infantil como uma
das maiores ameaças ao sistema de saúde mundial, principalmente em países em
desenvolvimento;
•É também uma das principais causas para o alto índice de morte em crianças,
aproximadamente 45% de todas as mortes — especialmente em países
subdesenvolvidos.
•Aproximadamente 20 milhões de crianças < 5 anos são subnutridas;
•Como sinal do enfrentamento a esse grave distúrbio, tem-se o Dia Mundial de
Combate à Desnutrição Infantil na data de 29 de agosto. Uma forma de simbolizar
a necessidade combater essa realidade, preservando a saúde e a vida de milhares
de crianças.
DESNUTRIÇÃO - CONCEITO
• É o nome que se dá à doença causada pela baixa ingestão de
proteínas, carboidratos, vitaminas, lipídios e sais minerais de modo
geral.
•Câncer —que em muitos casos afeta o nível nutricional do(a) paciente e pode levar à
desnutrição;
•Diabetes — provoca alterações no organismo, além de poder causar sintomas como a perda
de apetite.
QUAIS DOENÇAS A DESNUTRIÇÃO PODE
CAUSAR NA CRIANÇA?
•Falência dos órgãos — quando um determinado órgão perde ou deixa de desempenhar sua
função como deveria. A desnutrição costuma afetar o fígado, os rins e o coração;
•Anemia;
•Gastroenterite (irritação e inflamação do tubo digestivo);
•Infecção urinária;
•Pneumonia;
•Alterações ósseas (como a osteoporose, por exemplo);
•Depressão;
•Infecções (devido à baixa imunidade).
O QUE SIGNIFICA DIZER QUE UMA CRIANÇA
ESTÁ DESNUTRIDA?
•Popularmente: Desnutrição = Magreza?
•Apenas é possível dizer que uma criança está
desnutrida quando ela apresenta tais falhas em sua
nutrição. Quando isso acontece, é preciso
acompanhamento médico.
•Embora a dificuldade em ganhar peso seja um dos
sintomas da desnutrição, esse fator também pode
estar associado a outras questões.
•O fato de uma criança ser magra não é um sinônimo
de doença — isso pode estar relacionado ao seu
biotipo, por exemplo.
COMO DIAGNOSTICAR A DESNUTRIÇÃO
INFANTIL? QUAIS OS SINTOMAS?
SINTOMAS:
DIAGNÓSTICO: investigação
• Dificuldade em ganhar peso;
• Medidas antropométricas;
• Falta de força e energia;
•Exames laboratoriais; • Dificuldade de concentração;
•Manifestações clínicas; • Inchaço abdominal;
•Alimentação. • Mudanças na pigmentação da pele e/ou palidez;
• Problemas de crescimento;
• Baixa imunidade;
• Temperatura corporal muito baixa;
• Pele seca e áspera;
• Cabelo seco, áspero ou com queda excessiva;
• Olheiras.
FORMAS DE MANIFESTAÇÃO CLÍNICA -
KWASHIORKOR
Desnutrição predominante proteica.
• Caracteriza-se pela ausência de proteínas e vitaminas no corpo.
•É a mais frequente em crianças menores de 5 anos.
•A causa exata não é totalmente conhecida;
•Acontece com mais frequência em países africanos, principalmente em
comunidades agrícolas ou rurais, em épocas de fome, em que a alimentação passa a
ser baseada no consumo de carboidratos, como mandioca, milho ou arroz.
SINAIS E SINTOMAS KWASHIORKOR
• Abdome inchado ou inchaço nos pés, mãos ou tornozelos;
• Rosto redondo, conhecido como "face de lua";
• Deficiências ou atraso no crescimento, em crianças;
• Cabelos secos, quebradiços e que caem facilmente;
• Pele fina, seca e brilhante ou com manchas vermelhas, que podem
ficar mais escuras;
• Unhas onduladas ou rachadas;
• Cansaço e sonolência excessiva;
• Diarreia;
• Perda de massa muscular e atrofia;
• Magreza extrema;
• Alteração do nível de consciência
SINAIS E SINTOMAS KWASHIORKOR
•É comum também que aconteça
hepatomegalia, além de deficiência de
micronutrientes, como vitaminas A e D,
ácido fólico e ferro, e de um ou mais
nutrientes essenciais para o crescimento,
incluindo proteínas, eletrólitos e zinco.
•Também pode ser causado por situações como ingestão inadequada de alimentos,
anorexia, desmame precoce, diarreia crônica ou demência, atingindo principalmente
crianças, mas também pode surgir em adultos.
SINAIS E SINTOMAS - MARASMO
•Perda visível de massa muscular;
•Peso muito baixo para a idade e atraso no desenvolvimento da
criança;
•Aparência envelhecida;
•Tamanho da cabeça maior em relação ao corpo;
•Apatia, que é caracterizada pela falta de motivação, sentimento
ou emoção;
•Cansaço e irritabilidade;
•Unhas onduladas e cabelos finos e quebradiços, podendo haver
queda de cabelo;
•Alterações de consciência;
•Desidratação, o que pode ser observado pelos olhos secos, pele
seca e enrugada e moleira funda nos bebês;
•Diminuição da temperatura corporal, frequência cardíaca e
pressão arterial;
•Vômito e diarreia.
SINAIS E SINTOMAS - MARASMO
Além disso, a pessoa com marasmo também
pode apresentar:
•Anemia, osteomalácia ou raquitismo, uma
doença que afeta o desenvolvimento dos ossos,
causando arqueamento das pernas e dos braços
em crianças.
FORMAS DE MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
•Marasmo — caracteriza-se pela falta de glicose devido à ausência de lipídios e
carboidratos, de maneira que a criança apresenta pouca ou quase nenhuma gordura
corporal (fonte de energia);
•Kwashiorkor — caracteriza-se pela ausência de proteínas e vitaminas no corpo. Tem
como um dos principais sintomas o inchaço que gera na região abdominal da
criança;
•Marasmo-Kwashiorkor — nesse caso, trata-se de uma condição em que faltam
proteínas e vitaminas, bem como as fontes de energia (carboidratos e lipídios).
Sendo uma junção das duas condições anteriores (Marasmo e Kwashiorkor).
DIFERENÇA KWASHIORKOR X MARASMO
QUAIS OS TRATAMENTOS?
•Reeducação alimentar — nesse caso, aumenta-se de forma gradual a ingestão de calorias e
são repostos os nutrientes no organismo da criança através da alimentação;
•Tratamento hospitalar — necessário em casos graves, em que a criança não consegue se
alimentar através da boca ou tem problemas na absorção. Nesse caso, é comum o uso do
tubo nasogástrico (vai do nariz ao estômago), que leva os nutrientes em forma líquida para o
corpo;
•Suplementação — normalmente, os suplementos são indicados apenas como complemento e
não como tratamento único. Então, pode ser prescrita a administração de vitaminas ou
minerais que a criança apresenta carência;
•Medicamentos — podem ser prescritos para aumentar o apetite ou, ainda, hormônios para o
crescimento (como em casos de nanismo) e ganho de massa muscular.
O QUE UMA CRIANÇA DESNUTRIDA DEVE COMER?
• Entenderá qual a necessidade individual da criança;
•Rotina alimentar precisa ser rica
em vitaminas, minerais, lipídios e proteína.
•Deve-se consumir: frutas, verduras, grãos (feijão, linhaça,
arroz), fontes de gordura boa (azeite, manteiga, abacate),
carnes magras etc.
•O foco não é o ganho de peso e sim suprir a carência
nutricional.
•Não é indicado o consumo exacerbado de açúcares e
gorduras na dieta.
COMO PREVENIR?
• Cuidados alimentares antes mesmo da criança nascer, pois pode ocorrer
desnutrição intrauterina.
•Amamentação, que é essencial para nutrir os bebês.
•Quando maiores, deve-se apostar nas comidas e bebidas que são fonte de
vitaminas, minerais e energia ao corpo.
•Manter a hidratação.
•Baixo consumo de sódio, gordura e açúcar.
•Acompanhamento periódico com profissional da saúde.
OBESIDADE INFANTIL
•Distúrbio na alimentação;
•Problemas genéticos.
OBESIDADE INFANTIL NO BRASIL
PRINCIPAIS SINTOMAS
•Ganho excessivo de peso;
•Comer excessivamente;
•Cansaço fácil ao fazer atividades físicas;
•Baixa autoestima;
•Roncos e/ou pausas na respiração durante o sono;
•Dor nos joelhos, tornozelo e/ou quadril.
É comum que, como o ganho de peso normalmente é lento, o desenvolvimento de
obesidade infantil não seja notado tão facilmente, especialmente quando a criança
já apresentava sobrepeso.
RISCOS DA OBESIDADE INFANTIL
Predisposição genética
+
Alimentação inadequada
+
Inatividade física
OBESIDADE
DIAGNÓSTICO
Avaliação do peso e altura = Índice de Massa Corpórea.
Exames, como a dosagem de TSH, T4 livre e cortisol no sangue, para identificar se existe
alguma doença que possa estar contribuindo com o ganho excessivo de peso.
TRATAMENTO DA OBESIDADE INFANTIL
Além da mudança de hábitos de
vida, algumas crianças e
adolescentes precisarão utilizar
medicamentos para tratar
condições associadas à obesidade,
como diabetes, alteração de
triglicérides e colesterol, compulsão
alimentar, transtorno de ansiedade,
entre outros.
ESTRATÉGIA NACIONAL
DE PREVENÇÃO E
ATENÇÃO À OBESIDADE
INFANTIL (PROTEJA),
Instituída pela Portaria
GM/MS nº 1.862, de 10 de
agosto de 2021 é uma
iniciativa brasileira voltada
para a prevenção e atenção
à obesidade infantil e suas
consequências, utilizando
intervenções efetivas e de
alto impacto, baseadas em
evidências.
CASO CLÍNICO
Identificação: E.W.R.S, escolar de 10 anos de idade, pardo, natural de Moreno e residente de Jaboatão dos
Guararapes chega a consulta junto a sua mãe, E.S.
Queixa principal e duração: Tosse recorrente há 1 mês.
Anamnese: Durante a anamnese aborda-se o período pré-natal, no qual a gestação foi de risco, devido à
pressão arterial crônica da mãe, não foi planejada, porém foi bem aceita, e o pré-natal foi realizado em uma
unidade de saúde da família e em um hospital maternidade.
E.W.R.S, nasceu a termo, 40 semanas, pesando 5,2 kg e medindo 54 cm, não houve intercorrência durante o
parto, a mãe relata não lembrar o Apgar no 1 e no 5 minuto, mas recorda que o filho não ficou ictérico,
acianótico ou com desconforto respiratório. Ele foi encaminhado para o alojamento conjunto e recebeu alta
junto a mãe no 4º dia. Segundo a genitora, os testes do olhinho, orelhinha e pezinho foram realizados, todos
sem alterações e o do coraçãozinho não foi feito. Dentre os marcos, ele caminhou aos 12 meses, falou aos 8
meses, ficou em aleitamento materno exclusivo por apenas 2 dias, pois segundo sua mãe ela fez uso de mingau
de Arrozina para acalmar o choro do bebê, teve introdução alimentar aos 3 meses com ingesta de suco e aos
6 meses alimentos sólidos, ademais fez uso de mingaus até os 7 anos, quebrou o braço aos 4 anos ao cair da
árvore e precisou colocar pinos de metal, além disso, nega doenças prévias. Os pais são separados e ele mora
sozinho com a mãe, a casa possui água encanada e saneamento básico, tem um irmão mais velho asmático, a
mãe hipertensa e o pai saudável.
Sobre a História da Doença Atual: A tosse é forte e seca, e costuma causar dor, nega presença de sangue e
ocorre mais comumente pela madrugada com duração média de 10 minutos, nega fatores de melhora, e
dentre os de piora está ficar deitado. Dentre as medicações, fez uso de Histamin para aliviar a tosse. Por fim,
nos períodos sem tosse permanece assintomático.
Interrogatório sintomatológico: Presença de hematomas na pele, segundo a mãe decorrente de quedas, e
caroços decorrentes de picadas de mosquito, nega problemas oculares, problemas no ouvido, problemas
cardíacos, nega dispneia, relata apenas a tosse seca e intermitente. Nega problemas gastrointestinais e
genitais urinários.
Fez uso recentemente de antiparasitário (albendazol), segundo a genitora, e está com a vacinação
atualizada, faltando apenas a vacina da COVID-19.
Sua alimentação consiste em: frutas, iogurte e sanduíche no café da manhã, feijão arroz, purê, alface, tomate,
frango e pirão no almoço, leite fermentado e sanduíche no lanche da escola (segundo a mãe suquinho do bob
esponja), janta inhame, macaxeira, papa ou carne e após a janta come biscoito recheado com leite ou
vitamina.
Sobre seus hábitos de vida: Dorme com a mãe, em média 10 horas por noite (23 às 9 da manhã) Brinca na
rua com os amigos e gosta de andar de bicicleta, estuda a tarde de segunda a sexta, escova os dentes 2x
por dia e está com cárie nos dentes de trás, fez uso de bicos até os 7 anos. Tempo de tela de 4 horas por
dia.
Na escola: Tem bom aprendizado, acompanha os colegas, lê e escreve e está no 5 º ano.
Ao exame físico: Peso 57,5 kg, altura 1,48m,) IMC (calcular), pressão arterial, 120 / 80 mmHg. Bom estado
geral, orientado em tempo e espaço, acianótico, anictérico, afebril ao toque. Batimento cardíaco normal,
frequência cardíaca = 88 bpm. Ausculta respiratória normal, murmúrio vesicular presente em ambos os
hemitórax sem ruídos adventícios. Abdome globoso, indolor a palpação. sem visceromegalias, ruídos
hidroaéreos presentes. Ausência de pelos em região pélvica, tamanho do corpo do pênis e bolsa escrotal
condizente com a idade, sem fimose.
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação Geral da
Política de Alimentação e Nutrição. Manual de atendimento da criança com
desnutrição grave em nível hospitalar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção
à Saúde, Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição – Brasília:
Ministério da Saúde, 2005.