Você está na página 1de 2

Órgãos de Soberania – Presidente – continuação

A representação desempenhada pelo presidente é, sobretudo no plano interno, uma


representação simbólica é mias política do que propriamente jurídica, quanto a sua
representação externa, esta representação é também simbólica, mas pode assumir um
outro plano.

Legitimidade:
Legitimidade de título: chega-se ao cargo sendo português de origem, e de idade igual
ou superior a 35 anos, esta exigência de uma idade senatorial tem como base a ideia de
que a imagem do presidente da república tem de ser a de alguém com um ar mais sábio,
com maior saber, artigo 122º CRP.

Artigo 121º/1 - A eleição é por sufrágio universal direto e secreto dos cidadãos eleitores,
quer os recenseados em Portugal quer os recenseados no estrangeiro. Relativamente aos
cidadãos recenseados no estrangeiro, a lei estabelece um conjunto de requisitos que
permitam demonstrar a ligação com a comunidade nacional, apenas os emigrantes que
preencham estes requisitos poderão votar, artigo 121º/2.

A grande consequência deste sistema da eleição direita, é o grau de legitimidade do


presidente, o presidente tem legitimidade democrática igual a da Assembleia da
República, essa legitimidade é maior do que a do governo, e tendo o presidente
legitimidade democrática direita, temo força política para exercer poderes autónomos,
como a dissolução do parlamento.

As candidaturas têm um regime de apresentação pelo número de cidadãos eleitores,


artigo 124º, é o único cargo em que não são os partidos que apresentam as candidaturas,
são os candidatos, que depois podem ser apoiados pelos partidos.

Sistema eleitoral: é um sistema maioritário, de maioria absoluta, artigo 126º, com


probabilidade de duas voltas.

Duração do mandato: o mandato do presidente dura 5 anos, isto é relevante porque ao


ter um tempo de mandato superior ao da Assembleia, o presidente da república consegue
de certa forma sobrepor a sua legitimidade a da assembleia da república pelo facto de ele
ficar mais tempo no poder.

Em caso de morte ou incapacidade do presidente, quem o substitui, nos termos do artigo


132º, é o presidente da assembleia da república, que não termina o mandato do antigo
Presidente, mas inicia um novo mandato.

Limitação da reelegibilidade: o presidente só pode ser eleito por 2 mandatos


consecutivos, e após isso, deverá de espera 5 anos para se poder voltar a candidatar ou
quando renuncia o cargo, 123º.

O presidente cessa as suas funções quando morre ou quando fica “maluco”, isto tem de
ser verificado pelo tribunal constitucional. O Presidente pode renunciar, nos termos do
artigo 131º, em mensagem dirigida a Assembleia. Artigo 129º, relativamente aos casos
em que o presidente tem de se ausentar do país, pode perder o cargo se for para fora sem
informar a Assembleia da República.

Pode perder o cargo também por responsabilidade criminal (artigo 130º)

- Se for um crime fora das funções, responde após o fim do mandato (ou mandatos)

- Se for um crime praticado dentro das funções, responde logo pelo crime;

Quem faz a acusação aqui é o ministério público, no entanto isto teria de ter a autorização
da assembleia da república, a condenação da origem a perda do título.

Em Portugal não temos a possibilidade de acabar com o mandato do presidente durante o


seu exercício, o chamado recall;

Poderes do presidente

Os poderes que resultam desta função de representação simbólica, podemos ainda


relacionar com isto a concessão de condecorações, alínea i) do artigo 134, alínea f)
concessão de indulto, possibilidade de o presidente perdoar penas; - isto pode levantar
problemas como a possibilidade de o presidente perdoar-se a si próprio;

Poderes, artigo 133; 134; 135

Você também pode gostar