Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ao Farmacêutico
Módulo 16
Medicamentos Genéricos – Bioequivalência e Intercambialidade
Módulo 16:
MEDICAMENTOS GENÉRICOS
Bioequivalência e Intercambialidade
Introdução
Possuem uma patente que, no Brasil, dura 20 anos e dá direito de exclusividade ao laboratório
que descobriu a nova molécula, a partir do registro da descoberta (depósito da patente).
Conforme determina a Lei, só podem chegar ao consumidor depois de passarem por testes de:
bioequivalência realizados em seres humanos (o que garante que serão absorvidos na mesma
concentração e velocidade que os medicamentos de referência) e/ou equivalência farmacêutica
(o que garante que o princípio ativo, a concentração e a forma farmacêutica do produto são os
mesmos que os do medicamento inovador que lhe deu origem).
ambiáveis Referência
Interc
princípio ativo
b iáve is
N ã o -i nt
ca m
e rc
am
te r
in
bi
ve
o-
á
is Nã
Similar
princípio ativo
5
Graças a esses testes, os genéricos brasileiros são intercambiáveis, ou seja, atualmente, são os
únicos que podem substituir o receituário de medicamentos inovadores. Segundo determina
a legislação, a troca pode ser efetuada pelo farmacêutico, com absoluta segurança para o
consumidor. Diante disso, se o médico prescrever um medicamento pelo nome do princípio ativo
(DCB), somente o medicamento genérico e o inovador podem ser dispensados.
Possui o mesmo
O medicamento princípio ativo que
genérico é, no o medicamento de
mínimo, 35% mais referência.
barato, que
o de referência.
Possui a mesma
Testes comprovam indicação terapêutica
que o medicamento que o medicamento de
genérico e o medicamento referência.
de referência possuem a
mesma eficácia, segurança
e qualidade.
O medicamento
genérico é o único
que pode substituir
o medicamento de
referência.
Possuem preços, no mínimo, 35% menores que os medicamentos de marca e, por isso, colaboram
para que muitos brasileiros, que não estavam se medicando ou que tinham dificuldade de dar
continuidade a tratamentos, encontrem uma alternativa viável e segura para seguir as prescrições
médicas corretamente.
6
A qualidade dos genéricos é garantida pela legislação brasileira, que exige a realização de testes
de comprovação de eficácia e segurança para a concessão de registros desse tipo de medicamento
no país. Para chegarem ao mercado, todos os medicamentos genéricos têm que demonstrar ser
equivalentes aos medicamentos inovadores correspondentes, não apenas no que se refere às
concentrações de princípios ativos nas formulações, mas também à extensão e à velocidade de
absorção dos mesmos no organismo humano.
E somente após terem comprovado a equivalência nesses aspectos, demonstrada por meio dos
testes de equivalência farmacêutica e/ou de bioequivalência, terão o privilégio da intercambialidade.
EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA
BIOEQUIVALÊNCIA
• Etapa Clínica: é composta de duas fases: na 1ª, metade dos voluntários internados recebe o
medicamento genérico (em teste) e a outra metade, o medicamento de referência. Na 2ª, inverte-
se a administração recebida na 1ª fase.
É realizada a coleta de amostras de sangue ou urina em tempos determinados para cada fármaco.
• Etapa Analítica: nesta etapa, as amostras de sangue ou urina são processadas e quantificadas
para determinação da concentração de fármaco em cada amostra, possibilitando a construção
das curvas de concentração plasmática versus tempo para os medicamentos genéricos (teste) e
referência.
Os parâmetros utilizados para comparação são: Cmax, que indica concentração máxima atingida;
Tmax, que indica o tempo que o fármaco levou para atingir a concentração máxima e a área sob a
curva de concentração plasmática versus tempo; e ASC, que indica a extensão da absorção.
concentração plasmática
tempo
Após a realização das etapas clínica, analítica e estatística, é gerado um relatório de estudo, com
aproximadamente 2000 páginas.
CENTROS DE BIOEQUIVALÊNCIA
Para realizar os testes exigidos para registro dos genéricos, a Anvisa criou a Rede Brasileira de
Laboratórios Analíticos em Saúde (Reblas), que conta com laboratórios habilitados a realizar
testes de equivalência farmacêutica.
Um dos meios mais importantes de se exercer esse controle é através da Certificação de Boas
Práticas de Fabricação. Essa certificação, que é pré-requisito para o registro de medicamentos
genéricos, deve ser obtida pelas empresas fabricantes, mediante inspeção de suas plantas fabris,
no Brasil e no exterior. Essa inspeção é realizada a cada dois anos pela Anvisa, que verifica se
os medicamentos estão sendo produzidos dentro de padrões de qualidade, conforme as Boas
Práticas de Fabricação.
O Certificado de Boas Práticas de Fabricação assegura ainda que o produto não apresentará
diferenças entre os lotes e manterá a mesma qualidade que apresentava por ocasião do registro
como genérico, garantindo sua característica principal: a intercambialidade.
9
MONITORAMENTO DE MERCADO
Além do rigor nas etapas de registro, é realizado um controle contínuo da qualidade dos genéricos
em comercialização. Em coordenação com o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em
Saúde (INCQS), a Anvisa colhe amostras no mercado dos medicamentos genéricos e dos
respectivos medicamentos de referência / inovadores. Essas amostras são utilizadas para refazer
os testes de equivalência farmacêutica na Rede de Laboratórios Centrais dos Estados (LACENS),
e seus resultados são publicados no Diário Oficial da União. Instituído pela Anvisa em 2000, este
Programa de Monitoramento da Qualidade dos Medicamentos Genéricos em Comercialização é
mais uma garantia para médicos e consumidores da qualidade dos medicamentos genéricos.
Para possibilitar o rastreamento de qualquer lote de medicamento genérico, a Anvisa recebe das
indústrias, mensalmente, informações sobre a comercialização (fabricação e distribuição) dos seus
produtos. O envio dessas informações está normatizado pela Resolução RDC 78/00.
EVOLUÇÃO DO MERCADO
Desde que chegaram às farmácias brasileiras, em meados de 2000, os genéricos vêm avançando
regularmente no mercado farmacêutico brasileiro.
No Brasil, os genéricos respondem por 24,1% das vendas em unidades no conjunto do mercado
farmacêutico. Em países como Espanha, França, Alemanha e Reino Unido, onde o mercado de
genéricos já se encontra mais maduro, a participação desses medicamentos é de 30%, 35%,
60% e 60%, respectivamente. Nos EUA, mercado em que os genéricos têm mais de 20 anos de
existência, o índice é de aproximadamente 60% de participação em volume.
Dica Ao Farmacêutico
Diante desse módulo que você acabou de estudar, é possível perceber o quanto o mercado de
medicamentos genéricos torna-se cada vez mais uma tendência em nosso país e no mundo.
É de extrema importância que você, farmacêutico(a), não tenha dúvidas sobre esse conceito, visto
que a sua contribuição com esclarecimentos e conscientização da população é fundamental.
Você pode utilizar a ferramenta de conversão Referência X Genéricos, disponível em nosso site
www.aofarmaceutico.com.br, para consultar qual é o genérico correspondente a determinado
referência e quais os laboratórios que o comercializam.
Faça esclarecimentos aos pacientes que não conhecem ou acreditam nos genéricos. Pratique a
intercambialidade! Proporcione a semana dos genéricos com palestras e materiais explicativos.
Referências Bibliográficas:
3 Líder no mercado
ER
GENÉR
Líder nas 10
IC
LÍD
ER
IC
GENÉR
3
Serviço de
Informações Medley
0800 7298000
www.medley.com.br
Uma empresa Sanofi
Medicamento Genérico – Lei 9.787/99. GENÉRICOS
©Medley 2011. ®Marca Registrada. E-LEArning bioequivalência e intercambialidade – 31/10/2011.
Para você, só o melhor.
Serviço de
Informações Medley
0800 7298000
www.medley.com.br
Uma empresa Sanofi
Medicamento Genérico – Lei 9.787/99.
1) Revista Seleções “Marcas de sucesso”, 2010. 2) Revista “Consumidor moderno”, 2010. 3) IMS Health junho/2011. 4) Pesquisa realizada entre 18/5 e 9/6/2010, por
telefone, com 1.001 médicos das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Fortaleza, Belém e Brasília.