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de investimento
Bolivar Godinho de Oliveira Filho
Gestão de fundos
de investimento
Dedico este livro à minha esposa Mariana
e filhas Cássia e Denise.
Sumário
Prefácio
Apresentação
Capítulo 1
Definições e aspectos gerais
1.1 Breve histórico
1.2 Regulação CVM e autorregulação Anbima
1.3 Fundos de Investimento (FI) e Fundos de
Investimento em Cotas (FIC)
1.4 Tipos de fundos
1.5 Administração
1.6 Vedações e obrigações do administrador e do gestor
e sua substituição
1.7 Objetivo do fundo e política de investimento
1.8 Divulgação de informações para venda e
distribuição
1.9 Balancetes e demonstrações contábeis
1.10 Assembleias gerais: competência, convocação e
deliberações
1.11 Fechamento dos fundos para resgates e aplicações
1.12 Composição e diversificação. Limites por emissor e
por modalidade de ativo financeiro
Exercícios propostos
Capítulo 2
Cálculo do valor da cota
2.1 Definições e cálculo do valor da cota, aplicações,
resgates e carência
2.2 Marcação a mercado
2.3 Taxas de administração, performance, ingresso,
saída e outras despesas que constituem encargos dos
fundos
2.4 Exemplos de cálculo do valor da cota
Exercícios propostos
Capítulo 3
Classificações dos fundos
3.1 Classificação CVM
3.2 Classificação Anbima
Exercícios propostos
Capítulo 4
Fundos estruturados, fundos de índice, fundos de
privatização e clubes de investimento
4.1 Fundos estruturados
4.2 Fundos de índice com cotas negociáveis em bolsa
de valores ou mercado de balcão organizado
4.3 Fundos de privatização
4.4 Clubes de investimento
Exercícios propostos
Capítulo 5
Tributação em fundos de investimento
5.1 Fundos de ações e clubes de investimento
5.2 Fundos abertos de renda fixa, multimercados e
cambial
5.3 Fundo de Investimento em Direitos Creditórios
(FIDC)
5.4 Fundo de Investimento Imobiliário (FII)
5.5 Fundo de Investimento em Participações (FIP)
Exercícios propostos
Capítulo 6
Gestão de riscos em fundos de investimento
6.1 Conceitos de risco
6.2 Metodologias para medir riscos
6.3 Tracking error e erro quadrático médio
6.4 Casos de insucesso em fundos de investimento
Exercícios propostos
Capítulo 7
Teoria de portfólios
7.1 O processo de investimento em títulos e valores
mobiliários
7.2 Conceitos de retorno
7.3 Conceitos de risco
7.4 Hipótese de mercados eficientes
7.5 Teoria de Portfólios
7.6 Capital Asset Pricing Model (CAPM)
7.7 Arbitrage Pricing Theory (APT) e modelo de Fama e
French
Exercícios propostos
Capítulo 8
Avaliação da performance de fundos
8.1 Medidas de desempenho absoluto ajustadas pelo
risco
8.2 Medidas de desempenho relativo ajustadas pelo
risco
8.3 Medidas baseadas em riscos assimétricos
8.4 Medidas baseadas em Modelos Fatoriais
8.5 Persistência de performance
8.6 Teoria de agência
Exercícios propostos
Capítulo 9
Empresa de asset management
9.1 Segregação da administração de recursos de
terceiros nos bancos
9.2 Estrutura básica da empresa de asset management
9.3 Canais de distribuição
9.4 Análise do ponto de equilíbrio
9.5 Geração de valor para o acionista da empresa de
asset management
Gabarito dos exercícios propostos
Referências
Prefácio
Bolivar Godinho de Oliveira Filho foi meu aluno enquanto cursava o
doutorado em Finanças, na FEA-USP. Neste livro, presenteia-nos com um
trabalho que consegue reunir concisão, abrangência, exemplificação e outros
atributos referentes a este assunto cada vez mais relevante: fundo de
investimentos.
Gestão de fundos de investimento trata desde aspectos históricos
internacionais e nacionais até a tipificação atual dos fundos de investimento,
considerando de forma sintética, mas competente, seus aspectos regulatórios
e tributários atuais. Evidencia toda a taxonomia dos fundos de acordo com
os órgãos reguladores e apresenta as principais características de cada um.
Permite, assim, entendimento do que são esses fundos, em que arcabouço se
inserem, o que esperar deles, quais riscos se corre com eles etc.
A forma suave com que discorre inclusive conceitos bastante avançados
como na área de Risco faz com que a obra seja passível de ser bem
aproveitada por profissionais de investimento e de gestão empresarial,
ofertadores de fundos, professores, estudantes (de graduação ou pós-
graduação) etc.
Os exemplos de fundos-problemas e os exercícios dão uma visão muito
interessante e inovadora e permitem um aprendizado autodidático.
Prefacio com satisfação esta nova obra da literatura financeira brasileira.
Eliseu Martins
Professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São
Paulo (FEA-USP) e ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Apresentação
A redução das taxas de juros e atuação eficaz das corretoras de valores estão
mudando o mercado de investimentos no Brasil. Antes, as pessoas
consultavam o gerente do banco que indicava um fundo de renda fixa com
estratégia de investimentos focada em títulos públicos federais. O nível de
conhecimento exigido do gerente e do investidor era baixo. Com a adoção
da estrutura aberta, em que as corretoras oferecem em seus sites dezenas de
fundos de administradores diferentes, o investidor necessita se munir de
bons conhecimentos sobre a estratégia dos fundos e seus riscos, para tomar
a melhor decisão em qual fundo investir.
Neste livro, inicialmente, foram abordadas as características dos diversos
tipos de fundos disponíveis no mercado brasileiro e as tendências
observadas no mercado internacional, como a maior procura por fundos
indexados, os chamados Exchange Traded Funds (ETFs), os quais contam
com menores taxas de administração e negociação de cotas em bolsas de
valores. Os capítulos referentes a cálculo do valor da cota, tributação, gestão
de riscos e avaliação de performance são muito interessantes para os
investidores.
São diversos os públicos-alvo que podem se beneficiar com a leitura deste
livro:
Boa leitura!
O autor.
Capítulo 1
Definições e aspectos gerais
Fundos de investimento são entidades organizadas sob forma de
condomínios destinados à aplicação em ativos financeiros sob a
responsabilidade de um administrador. As aplicações feitas pelos
investidores são representadas por cotas, cujo valor é apurado
periodicamente conforme a rentabilidade proporcionada pelos ativos
componentes da carteira.
Segundo Pozen (1998, p. 56), em 1940 havia 80 fundos com ativos totais de
US$ 500 milhões. A indústria experimentou um pequeno crescimento
durante os anos 1950 e 1960, quando a economia estava forte e o mercado
de ações estava subindo. Nesse período, a maioria dos fundos investia em
ações e era comercializada com taxa de entrada de 8,5% do valor do
investimento.
No início dos anos 1970, com o declínio do mercado acionário, os fundos de
ações não despertavam interesse. Os investidores estavam interessados em
investimentos de curto prazo que rendessem juros. Durante os anos 1970
foram criados os Money Market Funds, majoritariamente, fundos que eram
comercializados sem a tradicional taxa de entrada. Os fundos financeiros
tornaram-se a salvação da indústria durante o final dos anos 1970 e o início
dos anos 1980, apresentando taxas de retorno de dois dígitos, enquanto os
bancos eram impedidos de pagar taxas superiores a 5% ao ano para
pequenos investidores. No início dos anos 1980, os fundos financeiros
tornaram-se importantes veículos para gestão do caixa de empresas e
investidores institucionais, superando em patrimônio os fundos de ações e
os fundos de renda fixa de longo prazo (bond funds). No final da década de
1970, foram introduzidos os fundos livres de imposto de renda (tax-exempt
funds), baseados na legislação que permitia repassar aos cotistas o benefício
de não cobrar imposto dos títulos emitidos pelos municípios.
Em 1987, o total de ativos dos fundos atingiu US$ 800 bilhões, crescendo a
uma taxa superior a 17% ao ano e atingindo mais de US$ 4 trilhões em 1997.
Em 1998, a Securities and Exchange Commission (SEC) aprovou
significativas reformas de divulgação dos fundos mútuos, com a
obrigatoriedade de adoção de linguagem simples para descrever o perfil dos
fundos e os riscos envolvidos.
Os anos seguintes foram de contínuo crescimento no patrimônio líquido
dos fundos de investimento, com exceção do ano de 2008, devido a crise
econômica internacional.
Gráfico 1.1 – Patrimônio líquido dos fundos de investimento nos Estados Unidos
1.5 Administração
A atividade de administração de fundos de investimento é regulamentada
por meio da Instrução CVM n. 558, de 26 de março de 2015, e necessita de
credenciamento tanto da pessoa jurídica quanto do diretor responsável.
Podem solicitar credenciamento como administrador fiduciário as
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil e pessoas jurídicas que atendam às exigências
previstas na Instrução CVM n. 558, como capital mínimo ou administração
de determinados tipos de fundos. O diretor responsável para obter o registro
na CVM deve ter curso superior, reputação ilibada e comprovar tempo de
experiência de pelo menos sete anos na gestão de carteiras administradas/
fundos de investimento ou possuir notório saber e elevada qualificação na
área. Cabe à administração do fundo a execução de serviços
administrativos, por exemplo, contabilidade, marcação a mercado da
carteira, cálculo do valor da cota, cadastro dos cotistas, controle do número
de cotas e recolhimento do imposto de renda.
O gestor de carteiras, tanto a pessoa jurídica quanto a pessoa natural
(diretor responsável), necessita de registro na CVM. A função do gestor de
carteiras é definir as estratégias de investimento e negociar os valores
mobiliários no mercado. Existe a obrigatoriedade de segregar a atividade de
gestão de recursos de terceiros da carteira própria da instituição, conceito
conhecido como chinese wall (muralha da China).
O chinese wall é um importante instrumento de governança para os fundos
de investimento indicando independência do gestor na tomada de decisões
de alocação de ativos na carteira do fundo.
O serviço de custódia para os valores mobiliários do fundo de investimento
deve ser prestado por pessoa jurídica autorizada pela CVM nos termos da
Instrução CVM
n. 542, de 20 de dezembro de 2013. Esse serviço compreende a guarda, a
conciliação das posições e a liquidação financeira dos valores mobiliários
detidos pelo fundo.
O administrador deve contratar um auditor independente para emitir
pareceres se as demonstrações contábeis representam adequadamente a
posição patrimonial e financeira do fundo de investimento.
Os controles internos (compliance) complementam a governança dos fundos
e são um conjunto de regras e procedimentos adotados pelo gestor/
administrador visando a redução de riscos legais, operacionais, de mercado
e creditícios por meio da autofiscalização e da definição de procedimentos e
responsabilidades.
Os grandes bancos de varejo prestam os serviços de administração, gestão e
custódia por meio de seus departamentos enquanto os gestores
especializados preferem se concentrar na gestão da carteira e na contratação
de serviços necessários à administração do fundo.
7. Os fundos destinados ao público em geral devem observar limites por emissor visando a
diversificação de ativos como forma de redução de risco. Escolha a alternativa correta para
os limites:
a. União Federal até 100%, instituições financeiras até 20%, companhia aberta até 10%,
companhia fechada até 5%.
b. União Federal até 100%, instituições financeiras até 20%, companhia aberta até 10%,
companhia fechada até 5% e pessoa natural até 5%.
c. União Federal até 100%, bancos comerciais até 20%, companhia aberta até 10%,
companhia fechada até 5% e pessoa natural até 5%.
d. União Federal até 100%, instituições financeiras até 20%, empresas de capital aberto até
10%.
PL = CT + Disp. + VR – VP (2.1)
Em que:
PL = Valor do Patrimônio Líquido
CT = Valor atualizado da carteira de títulos
Disp. = disponibilidade de recursos (dinheiro em conta corrente no banco)
VR = valores a receber
VP = valores a pagar
Na emissão das cotas de fundo aberto, a Instrução CVM n. 555 prevê a
utilização da cota do dia (D0) ou do dia seguinte (D1), conforme dispuser no
regulamento. Por exemplo, se o regulamento de um fundo de ações prevê a
emissão de cotas de fechamento em D1, o investidor saberá a quantidade de
cotas no segundo dia após a aplicação.
Com relação ao resgate, a Instrução CVM n. 555 determina que o
regulamento deve estabelecer os prazos entre a data do pedido de resgate, a
data de conversão em cotas e a data do pagamento do resgate.
(2.2)
PU da LTN em D0 = = 773,27
= 774,60
A seguir, o Quadro 2.1 apresenta o cálculo do valor da cota em D1:
2. A marcação a mercado visa proteger os investidores, porque caso seja necessário vender
títulos para atender aos resgates, o preço de negociação do título estará mais próximo do
valor de mercado. Escolha a alternativa correta referente ao Preço Unitário (PU) dos títulos:
a. Quando a taxa de juros aumenta o PU de um título prefixado aumenta.
b. Quanto maior o prazo para o vencimento maior o PU de um título corrigido pelo IPCA.
c. Quanto maior o prazo para o vencimento menor o PU de um título prefixado.
d. A Letra Financeira do Tesouro (LFT) com prazo de vencimento de 5 anos tem PU inferior
a 1.000,00.
5. A Instrução CVM n. 555 estabelece um conjunto de despesas que podem ser debitadas
diretamente ao fundo de investimento. Escolha a alternativa incorreta referente a estas
despesas:
a. Honorários e despesas do auditor independente.
b. Emolumentos e comissões pagas por operações do fundo.
c. Honorários de advogado incorridas em razão de defesa dos interesses do fundo.
d. Despesa com contratação de serviços de cotações de ativos.
Capítulo 3
Classificações dos fundos
A classificação dos fundos visa indicar aos investidores a estratégia de gestão
e os principais fatores de risco. A CVM classifica os fundos de investimento
de acordo com a composição da carteira em quatro tipos: fundo de renda
fixa, fundo de ações, fundo multimercado e fundo cambial. A legislação de
tributação de fundos tem alíquotas de imposto de renda diferenciadas para
fundos de curto prazo, cuja carteira tenha prazo médio inferior a 360 dias e
fundos de longo prazo com prazo médio da carteira superior a 360 dias.
O valor da cota do dia nos fundos renda fixa de curto prazo pode ser
calculado a partir do patrimônio líquido do dia anterior, devidamente
atualizado por um dia. Isso permite a divulgação do valor da cota no início
do dia (cota de abertura) a ser utilizada na emissão e resgate de cotas.
É vedada a cobrança de taxa de performance para fundos de renda fixa de
curto prazo, com exceção aos destinados aos investidores qualificados e
investidores profissionais.
Os fundos de renda fixa de curto prazo apresentam menor volatilidade, mas
tem a desvantagem de o investidor pagar uma alíquota maior de imposto de
renda em relação aos fundos com carteira classificada como longo prazo.
Fundo renda fixa referenciado: no mínimo 95% do patrimônio líquido
deve estar investido em ativos que acompanhem direta ou indiretamente um
índice de referência (Instrução CVM n. 555). Tem-se como exemplo de
fundo referenciado, os fundos referenciados DI, que em épocas de taxas de
juros elevadas foram os preferidos pelos investidores. A carteira do fundo de
renda fixa referenciado deve ser composta por, no mínimo, 80% dos títulos a
seguir (Instrução CVM n. 555):
Fundo renda fixa dívida externa: o patrimônio líquido deve ser composto
por, no mínimo, 80% de títulos da dívida externa emitidos pela República
Federativa do Brasil e mantidos, no exterior, em conta de custódia, no
Sistema Euroclear ou Clearstream Banking SA. Os recursos remanescentes
podem ser aplicados em títulos de crédito transacionados no mercado
internacional, limitados a 10% do patrimônio líquido do fundo por emissor.
São permitidas operações com derivativos em mercados organizados no
Brasil ou no exterior, exclusivamente, para fins de proteção (hedge) dos
títulos integrantes da carteira do fundo. Os valores mantidos em conta de
depósito em nome do fundo no Brasil ou no exterior são limitados a 10% do
patrimônio líquido do fundo (Instrução CVM n. 555).
Fundo de ações: o patrimônio líquido deve ser composto por, no mínimo,
67% pelos seguintes ativos financeiros (Instrução CVM n. 555):
A Anbima classifica fundos com duração baixa aqueles cuja duração média
ponderada da carteira for inferior a 21 dias úteis. Duração média foi
definida pela duração média ponderada da carteira inferior ou igual à
apurada no Índice de Renda Fixa do Mercado (IRF-M) do último dia útil de
junho. O IRF-M é um índice calculado pela Anbima a partir de uma carteira
de títulos públicos federais prefixados. Esse índice faz parte da família de
índices de renda fixa do Índice de Mercado Anbima (IMA), que
representam a dívida pública por meio dos preços a mercado de uma
carteira de títulos públicos federais.
Fundos classificados com duração alta apresentam duração média
ponderada da carteira, igual ou superior à apurada no IMA-GERAL do
último dia útil de junho.
O nível 3 dos fundos de renda fixa aborda o risco de crédito, que pode ser
soberano, grau de investimento ou crédito livre. O risco de crédito soberano
é para carteira composta exclusivamente por títulos públicos federais do
Brasil. Grau de investimento consiste em, no mínimo, 80% da carteira ser
investida em títulos públicos federais ou ativos com baixo risco de crédito
do mercado doméstico ou externo. Crédito livre refere-se a carteira com
mais de 20% em títulos de médio e alto risco de crédito do mercado
doméstico ou externo (ANBIMA, 2015).
Um importante risco para os fundos de investimento é a alavancagem, causa
de muitos fracassos na gestão de fundos de investimento. A Assessoria de
Análise e Pesquisa (ASA) da CVM publicou, em 2016, interessante pesquisa
sobre alavancagem em fundos de investimento. Conforme esse estudo,
“pode-se entender concisamente a alavancagem como o processo através do
qual um fundo de investimento obtém exposição econômica a um ou mais
fatores de risco acima do nível possibilitado unicamente pelo capital
investido pelos cotistas” (CVM, 2016).
A Anbima optou por abordar a alavancagem na classificação de fundos, pela
informação se o fundo admite ou não a alavancagem na descrição do nível
3.
Exercícios propostos
1. Assinale a alternativa correta referente à classificação de fundos pela Instrução n. 555 da
CVM:
a. Fundo de renda fixa, fundo de ações, fundo cambial e fundo multimercado.
b. Fundo de renda fixa simples, fundo de ações, fundo cambial e fundo multimercado.
c. Fundo de renda fixa, fundo de ações, fundo de investimento no exterior e fundo
multimercado.
d. Fundo de renda fixa, fundo de ações, fundo referenciado DI e fundo multimercado.
2. Segundo a classificação da CVM, o fundo dívida externa faz parte de qual grupo de
fundos?
a. Fundos estruturados.
b. Fundos multimercado.
c. Fundos de renda fixa.
d. Fundo cambial.
4. Segundo a Instrução CVM n. 555, o fundo de renda fixa simples deve compor no mínimo
95% do patrimônio líquido nos títulos a seguir:
a. Títulos da dívida pública federal.
b. Operações compromissadas lastreadas em títulos de baixo risco.
c. Títulos de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições financeiras que possuam
classificação de risco atribuída pelo gestor, no mínimo, equivalente àqueles atribuídos aos
títulos da dívida pública federal.
d. As alternativas a e c estão corretas.
5. A classificação de fundos Anbima foi baseada em práticas internacionais de uso de
diferentes níveis. Assinale a alternativa correta para as classes do nível 1:
a. Ativos, indexados, renda fixa, ações.
b. Renda fixa, cambial, macro, trading.
c. Renda fixa, multimercados, ações, cambial.
d. Renda fixa, indexado, ações, multimercado.
Capítulo 4
Fundos estruturados, fundos
de índice,
fundos de privatização e clubes
de investimento
Além dos fundos mencionados na Instrução CVM n. 555 há fundos
regulamentados por outras instruções da CVM. São os fundos estruturados,
fundos de índice com cotas negociáveis em bolsa de valores ou mercado de
balcão organizado, fundos criados para permitir a compra de ações com a
utilização dos recursos depositados no Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS) e os clubes de investimento.
qualificação do administrador;
qualificação do gestor, caso este não seja o próprio administrador;
qualificação do custodiante, caso este não seja o próprio
administrador;
prazo de duração, se determinado ou indeterminado;
política de investimento a ser adotada, contendo, no mínimo, os
ativos que podem compor o patrimônio do clube de investimento
e os requisitos de diversificação de investimentos e a eventual
possibilidade de o clube realizar operações no mercado de
derivativos;
na hipótese de o clube de investimento poder realizar operações
no mercado de derivativos, política de administração de riscos a
ser adotada nessas operações;
taxa de administração;
taxa de performance, se houver;
demais encargos do clube de investimento;
critério de precificação das cotas;
condições para a emissão e o resgate das cotas, inclusive no que
tange a prazos;
política de distribuição de resultados dos ativos que compõem a
carteira do clube de investimento, se houver, compreendendo os
prazos e as condições de pagamento;
exercício social do clube de investimento, cuja data de
encerramento deve coincidir com o término de um dos meses do
calendário civil;
política de divulgação de informações, inclusive relativas à
composição de carteira;
política relativa ao exercício de direitos de voto do clube de
investimento, em assembleias gerais das companhias nas quais o
clube detenha participação;
obrigações e responsabilidades do administrador e do gestor;
forma de convocação e prazo para realização da assembleia geral
de cotistas;
modo e condições de dissolução e liquidação do clube de
investimento.
ações;
bônus de subscrição;
debêntures conversíveis em ações, de emissão de companhias
abertas;
recibos de subscrição;
cotas de fundos de índices de ações negociados em mercado
organizado;
certificados de depósitos de ações.
compra de opções;
venda de opções sobre ações cobertas;
operações a termo que tenham como ativo subjacente ação ou
índice de ação;
operações com futuro de ações e de índice de ações.
2. Para caracterizar fundo de investimento em ações e não ser tributado pelo come-cotas,
qual deverá ser a composição da carteira? Escolha a alternativa correta.
a. No mínimo 67% por ações negociadas no mercado à vista de bolsa de valores, recibos de
subscrição, certificados de depósito de ações, cotas de fundos de investimento em ações,
cotas de fundos de índice de ações e Brazilian Depositary Receipts (BDR).
b. No mínimo 51% por ações negociadas no mercado à vista de bolsa de valores.
c. No mínimo 51% por ações negociadas no mercado à vista de bolsa de valores e
debêntures conversíveis em ações.
d. As alternativas b e c estão corretas.
3. Indique qual é a alternativa incorreta para a tributação de fundos abertos de renda fixa,
multimercados e cambial:
a. Carteira de longo prazo: alíquotas de IR de 22,5% para resgates até 360 dias e 15% a
partir de 361 dias.
b. Carteira de curto prazo: alíquotas de IR de 22,5% para resgates até 180 dias e 20% a
partir de 181 dias.
c. Carteira de longo prazo: alíquotas de IR de 22,5% para resgates até 180 dias, 20% de
181 a 360 dias, 17,5% de 361 a 720 dias e 15% a partir de 721 dias.
d. Come-cotas de 20% para carteira de curto prazo e 15% para carteira de longo prazo.
Riscos
Definição
operacionais
Fraudes,
Perdas potenciais devido a fraudes, furtos ou roubos (negligência de
furtos e
controles internos, manipulação de resultados etc.).
roubos
Produtos e Perdas potenciais devido ao não atendimento, por produtos e serviços, das
serviços expectativas e necessidades dos clientes.
Riscos de
Definição
crédito
Riscos
Definição
legais
stop loss;
limites baseados no tamanho das posições;
limites baseados em sensibilidade;
limites baseados no value at risk;
limites para conjuntos de cenários de estresse.
Em que:
ri = retorno do fundo
rb = retorno do benchmark
EQM = (6.2)
Em que:
ri = retorno do fundo
rb = retorno do benchmark
(7.1)
Em que:
i = taxa de retorno aritmética
Pt = preço do investimento no final do período
Dt = dividendo ou cupom recebido
Pt-1 = preço do investimento no início do período
Quando depósitos ou retiradas ocorrem entre o início e o final do período é
utilizado o método da Taxa Interna de Retorno (TIR), cujo conceito pode
ser encontrado em Fabozzi (2000, p. 48): “o retorno de qualquer
investimento é a taxa de juros que fará com que o valor presente dos fluxos
de caixa gerado pelo investimento seja igual ao preço ou custo do
investimento”. Matematicamente, a taxa de retorno de qualquer
investimento em um período determinado é a taxa de juros que satisfaz a
seguinte equação:
(7.2)
(7.3)
Em que:
CFt = fluxo de caixa no período t
P = preço do investimento
n = número de períodos
A taxa de retorno geométrica é definida em termos do logaritmo da razão de
preço, conforme fórmula a seguir, descrita por Jorion (1998, p. 73).
(7.4)
Em que:
i = taxa de retorno geométrica
ln = logaritmo natural
Pt = preço do investimento no final do período
Dt = dividendo ou cupom recebido
Pt-1 = preço do investimento no início do período
O retorno pode ser expresso em taxas nominais que não levam em
consideração a taxa de inflação no período ou taxas reais de retorno que
consideram o efeito da inflação. Para calcular a taxa real de juros, utiliza-se a
fórmula de Fischer, conforme Securato et al. (1999, p. 80), descrita a seguir:
(7.6)
Em que:
E(Rx ) = taxa de retorno esperada do investimento
(Px ) = probabilidade de retorno
(Rx ) = estimativa de retorno
7.3 Conceitos de risco
O risco é definido por Jorion (1998, p. 3) como a volatilidade de resultados
inesperados, normalmente relacionada ao valor de ativos ou passivos de
interesse. O autor afirma que a crescente volatilidade das variáveis
financeiras é o motivo mais importante para o crescimento da indústria de
administração de riscos. Reilly e Brown (2002, p. 7) definem risco como a
incerteza de que um investimento proporcionará sua esperada taxa de
retorno, enquanto Duarte Júnior (2005, p. 1) enumera os três conceitos
básicos com que os investidores devem estar familiarizados: retorno,
incerteza e risco. As incertezas estão sempre presentes nos investimentos e o
risco é a medida numérica da incerteza. Duarte Júnior destaca os quatro
principais grupos de risco, classificados de acordo com a influência dos
fatores que geram a incerteza sobre cada um deles: riscos de mercado, riscos
operacionais, riscos de crédito e riscos legais. Securato (2007, p. 33) define
risco como a probabilidade de fracasso e risco como desvio-padrão.
A forma mais comum de se mensurar o risco é calcular a média e o desvio-
padrão de uma distribuição de probabilidades. Uma distribuição com maior
desvio-padrão indica um risco maior.
Muitas vezes o investidor está interessado em saber o risco de o
investimento perder valor. O conceito de semivariância leva em
consideração a assimetria do risco. O princípio do cálculo será o mesmo da
variância, mas considerando apenas os retornos abaixo da média,
caracterizando o conceito de downside risk.
Segundo Duarte Júnior (2005, p. 97), downside risk é uma medida cada vez
mais utilizada no mercado internacional. A seguir, a fórmula da medida em
questão:
(7.7)
Downside risk =
Em que:
ri = retorno do portfólio
MRA = Mínimo Retorno Aceitável definido pelo investidor
No cálculo do downside risk, quando a diferença entre o retorno do portfólio
e o MRA definido pelo investidor for positiva, considera-se zero.
Neste livro foram utilizadas como medidas de risco o desvio-padrão e o
downside risk.
A. Análise técnica
Se o mercado apresenta eficiência na forma forte, isto implica que a análise
técnica ou gráfica não tem méritos, porque esta técnica é essencialmente a
busca de padrões recorrentes e previsíveis nos preços das ações. O histórico
de preços e volumes negociados pode ser obtido com custos mínimos.
Portanto, qualquer informação que esteve sempre disponível, a partir de
análise dos preços passados já se refletiu nos preços das ações. Como os
investidores competem para explorar o seu conhecimento comum do
histórico de preços, eles necessariamente conduzem os preços das ações para
níveis em que as taxas de retorno esperadas são exatamente proporcionais
ao risco. A esses níveis não se pode esperar retornos anormais (BODIE et
al., 2002, p. 343).
B. Análise fundamentalista
Sob a hipótese de mercados eficientes na forma forte, a maioria das análises
fundamentalistas está condenada ao fracasso. Se as análises têm base em
informações disponíveis sobre os resultados das empresas e informações
sobre o setor, não há diferença significativa entre elas. Há muitos escritórios
de pesquisa bem informados e com boa capacidade financeira, o que torna
muito difícil encontrar dados sobre as empresas não disponíveis aos outros
analistas. Apenas analistas com informações únicas serão recompensados. A
questão não é identificar as boas empresas, mas encontrar empresas com
melhor desempenho do que os outros analistas estimaram. Similarmente,
empresas com baixo desempenho podem tornar-se barganhas se elas
obtiverem melhores resultados do que os preços das ações indicam. Por
causa disso é que a análise fundamentalista é difícil. Não é suficiente fazer
uma boa análise de uma empresa, a análise conduzirá a ganhos se for
melhor do que a dos outros competidores, porque o preço de mercado já
reflete todas as informações comumente disponíveis (BODIE et al., 2002, p.
348).
Segundo Damodaran (2001, p. 197),
[...] Se um mercado eficiente for definido como aquele em que o preço de mercado é uma
estimativa não tendenciosa do valor real, fica bastante claro que alguns mercados sempre serão
mais eficientes do que outros e que os mercados sempre serão mais eficientes para alguns
investidores do que para outros. A capacidade de um mercado de corrigir ineficiências
rapidamente dependerá, em parte, da facilidade da negociação, dos custos de transação e da
vigilância dos investidores que buscam o lucro naquele mercado.
C. Gestão passiva e ativa
Conforme Knight e Satchell (2002, p. 2), gestão passiva consiste na estratégia
de comprar e manter os ativos, em que os pesos das ações que constituem o
portfólio são fixados no início do período de investimento e são mantidos
constantes até o final do período, com pequenas mudanças. As premissas
por trás da gestão passiva são a eficiência de mercado e a homogeneidade de
expectativas. Então, se os mercados são eficientes, o gestor do fundo não
consegue capitalizar qualquer desvio de preços dos ativos e ganhos nas
compras e vendas. Também, se todos os investidores têm expectativas
homogêneas, o gestor do fundo não pode ter vantagens de algumas
diferenças nas expectativas sobre retorno e o risco para gerar retornos
anormais de compras e vendas de ativos.
Uma estratégia comum para a gestão passiva é criar um fundo indexado, o
qual procure replicar o desempenho de um índice de mercado. Por exemplo,
em 1976, o Grupo Vanguard de fundos mútuos lançou o fundo Vanguard
500 Index, o qual deteve ações na proporção direta do peso das ações do
Índice Standard & Poor´s 500. Os investidores obtiveram diversificação com
taxas de administração mais baixas e o patrimônio líquido do fundo atingiu
US$ 151 bilhões em 31/10/2011 (REILLY; BROWN, 2002, p. 658).
Segundo Knight e Satchell (2002, p. 2), as premissas que suportam a gestão
ativa são que o mercado não é continuamente eficiente e que os investidores
têm diferentes expectativas de retorno e risco. Os gestores ativos acreditam
que têm habilidade para obter melhores estimativas das verdadeiras taxas de
risco e retorno e identificar preços fora de lugar para obter retornos em
excesso. Como resultado, os gestores ajustam frequentemente os pesos de
seus portfólios para seguir diferentes estratégias e identificar as
oportunidades para superar o mercado. A gestão ativa demanda a
combinação de diferentes habilidades para otimizar a performance: alocação
de ativos, seleção de ativos e saber aproveitar as oportunidades de alta e
baixa na Bolsa de Valores para vender/ comprar ações.
De acordo com Bodie et al. (2002, p. 155), a presença do risco significa que
mais de um resultado é possível. Uma expectativa simples é quando certa
quantia (W) é alocada em um investimento com risco e há apenas dois
resultados possíveis (W1 e W2). Assumindo uma probabilidade p para o
resultado W1 e (1 - p) para o resultado W2, o retorno esperado e a variância
serão:
Desvio-padrão = (7.10)
(7.12)
(7.13)
(7.14)
Em que:
Cov (r1, r2) = covariância dos retornos dos ativos 1 e 2
A covariância positiva aumenta a variância do portfólio enquanto a
covariância negativa reduz a variância do portfólio.
(7.14)
(7.15)
O portfólio ótimo de ativos com risco (P) é determinado pelo ponto em que
a reta de alocação de capital (CAL) tangencia a fronteira eficiente. Conforme
a curva de indiferença do investidor, será determinada a combinação entre o
ativo livre de risco e a carteira com risco (C). Caso o investidor tenha outra
curva de indiferença mais à direita e aceite um risco maior para obter maior
retorno, a proporção do ativo livre de risco será menor e o ponto será à
direita de C.
Para se encontrar a fronteira eficiente das carteiras com n ativos é necessário
realizar operações com matrizes, conforme a fórmula a seguir, descrita por
Securato (2007, p. 212).
W = M-1. U (7.16)
Em que:
W = matriz das proporções dos ativos na carteira
M-1 = matriz inversa das covariâncias entre os ativos
U = matriz dos retornos médios em função de b. O coeficiente b representa
o coeficiente angular das retas tangentes à curva da fronteira eficiente de
ativos com risco.
7.6 Capital Asset Pricing Model
(CAPM)
Conforme Sharpe et al. (1995, p. 261), os modelos de otimização são
prescritivos porque indicam o que o investidor deve fazer, enquanto o
Capital Asset Pricing Model (CAPM) é um modelo descritivo de como os
ativos são precificados. Esse modelo foi divulgado por meio de artigos
publicados por William Sharpe (1964), John Lintner (1965) e Jan Mossin
(1966) e está baseado nas seguintes premissas:
Em que:
ri = retorno exigido da ação i em um determinado período
rM = retorno do índice de mercado M para o mesmo período de tempo da
ação i
αiM = constante
βiM = inclinação da reta
εiM = erro randômico
Assumindo que a inclinação da reta é positiva, o modelo indica que quando
o retorno do mercado sobe o retorno esperado da ação também sobe. O erro
randômico indica que o modelo não explica perfeitamente o retorno da
ação.
A inclinação da reta mede a sensibilidade do retorno da ação em relação ao
mercado. A inclinação da reta é denominada beta e é igual a:
(7.18)
Uma ação com retorno igual ao retorno do mercado terá beta =1. Ações
com beta maior do que 1 são mais voláteis do que o índice de mercado e são
consideradas ações agressivas. Ações com beta menor do que 1 são menos
voláteis do que o índice de mercado e são consideradas ações defensivas.
De acordo com Sharpe et al. (1995, p. 212), de acordo com o modelo de
mercado, o risco total de uma ação i, medido por sua variância e denotada
por , consiste em duas partes: risco de mercado ou risco sistêmico e risco
próprio, conforme apresentado a seguir.
(7.19)
Em que:
= variância dos retornos do índice de mercado
= risco de mercado da ação
= risco próprio da ação
Ao combinar a taxa livre de risco com o modelo de mercado, define-se a
Linha de Mercado de Capitais (Capital Market Line – CML), em que se
localizam os portfólios eficientes.
A inclinação dessa linha é igual à diferença entre o retorno esperado do
portfólio de mercado e a taxa livre de risco dividido pela diferença entre
seus riscos. Como o risco da taxa livre de riscos é zero, a equação da CML
será, segundo Sharpe et al. (1995, p. 212):
(7.20)
Em que:
e = retorno esperado e desvio-padrão de um portfólio eficiente
Figura 7.2 – Linha de Mercado de Capitais (CML)
(7.21)
Em que:
= covariância do retorno da ação com o retorno do mercado
Sendo a inclinação positiva, a equação indica que ações com maior
covariância com o mercado serão precificadas como tendo um retorno
esperado maior. Se o preço está em desequilíbrio, isto é, preço alto e retorno
baixo, o preço da ação terá de cair para se ajustar ao retorno esperado. A
relação entre a covariância e o retorno esperado é denominada Linha de
Mercado de Títulos (Security Market Line – SML).
A equação 7.21 pode ser transformada para:
(7.22)
Em que:
= covariância do retorno da ação com o mercado/ variância do mercado
Figura 7.3 – Linha de Mercado de Títulos (SML)
7.7.1 APT
De acordo com Brealey e Myers (2008, p. 175), a APT publicada por Stephen
Ross, em 1976, estabelece que o retorno esperado de uma ação depende da
exposição dessa ação a uma série de fatores de âmbito setorial ou
macroeconômico, sem, contudo, especificar quais são esses fatores. A APT
encara o risco de uma maneira mais geral do que o CAPM de apenas um
fator, o beta.
Em que:
= retorno esperado da ação
r = risco dos fatores
ε = ruído ou acontecimentos que são específicos da empresa
Segundo Brealey e Myers (2008, p. 176), a APT somente proporciona boa
explicação dos retornos esperados se for identificada uma lista pequena de
fatores macroeconômicos, medidos os prêmios de risco esperados de cada
um dos fatores e calculada a sensibilidade da ação a esses fatores.
(7.24)
Em que:
Rpi,t = retorno da carteira i, no mês t
RMt = retorno da carteira de mercado no mês t
RFt = retorno do ativo livre de risco no mês t
SMBt = prêmio pelo fator tamanho no mês t (Small Minus Big ou a diferença
entre a média de retorno das ações de empresas de pequeno porte e a média
de retorno das ações de empresas de grande porte)
HMLt = prêmio pelo fator B/M no mês t (High Minus Low ou a diferença
entre a média de retorno das ações com alto índice B/M e a média de
retorno das ações com baixo índice B/M)
ei,t = resíduo do modelo referente à carteira i no mês t
Exercícios propostos
1. Assinale a alternativa incorreta referente aos conceitos de risco:
a. Volatilidade dos resultados inesperados.
b. Probabilidade de fracasso.
c. Incerteza sobre retornos futuros.
d. Medida numérica da incerteza.
3. Uma das maneiras de reduzir o risco de uma carteira é por meio da diversificação.
Assinale a alternativa correta sobre riscos:
a. O risco de uma carteira é a média ponderada do risco dos ativos.
b. Quanto maior o número de ativos menor o risco.
c. O risco sistêmico pode ser eliminado pela diversificação.
d. O risco de uma carteira depende da correlação entre os ativos.
5. O Capital Asset Pricing Model (CAPM) é um modelo descritivo de como os ativos são
precificados. Assinale a alternativa referente a esse modelo:
a. Foi desenvolvido por William Sharpe.
b. Pressupõe a premissa que investidores são indiferentes ao risco.
c. Foi desenvolvido por William Sharpe, John Lintner e Jan Mossin.
d. Pressupõe a premissa de que os investidores têm expectativas diferentes sobre o retorno
esperado dos ativos.
Capítulo 8
Avaliação da performance de
fundos
A avaliação de performance de fundos de investimento é efetuada por
medidas de retorno ajustadas pelo risco e visa responder duas questões
principais (DUARTE JÚNIOR, 2005, p. 90):
a) seleção de ativos: analisando o retorno histórico do fundo, o gestor foi
capaz de selecionar ativos com retornos superiores aos de outros fundos de
mesma categoria?
b) market timing: o gestor demonstrou habilidade em comprar/ vender
ativos com a finalidade de aproveitar as oscilações de mercado?
Segundo Le Sourd (2007, p.5), os investidores querem saber se os gestores
têm obtido sucesso em alcançar seus objetivos, isto é, se o retorno do fundo
foi suficientemente alto para remunerar o risco incorrido, como está o
desempenho em comparação aos seus pares e, por fim, se o resultado da
gestão da carteira foi obtido por sorte ou porque o gestor tem real habilidade
que pode ser identificada e repetida no futuro. Isso levou à busca de
métodos que pudessem proporcionar aos investidores informação que
corresponda às suas expectativas e explica o aumento da quantidade de
pesquisas acadêmicas dedicadas à gestão de desempenho.
A avaliação de performance é constituída por um conjunto de técnicas,
muitas das quais originadas na Moderna Teoria de Carteiras, e está
relacionada à área de riscos. Essa teoria estabeleceu a relação quantitativa
entre risco e retorno. O CAPM desenvolvido por Sharpe et al., em 1964,
enfatizou a noção da recompensa por risco e produziu os primeiros
indicadores de performance ajustados pelo risco: Índice de Sharpe, Índice de
Informação e retorno diferencial conhecido como alfa. A avaliação do alfa
de um portfólio é um dos aspectos centrais do interesse dos gestores (LE
SOURD, 2007, p. 5).
O Modelo de Sharpe, o qual explica o retorno das carteiras com o índice de
mercado como o único fator de risco, tornou-se rapidamente restritivo.
Agora, parece que um fator não é suficiente e que outros devem ser
considerados. Modelos de fatores foram desenvolvidos como uma
alternativa ao CAPM, permitindo melhor descrição dos riscos da carteira e
avaliação precisa do desempenho dos gestores, em particular, melhor
avaliação do alfa do portfólio (LE SOURD, 2007, p. 6).
(8.1)
Em que:
Sp = índice de Sharpe do portfólio
E (Rp ) = retorno esperado do portfólio
RF = retorno do ativo livre de risco
σ(Rp ) = desvio-padrão do retorno do portfólio
Esse índice mede o retorno excedente do portfólio em relação à taxa livre de
risco, também chamado de prêmio de risco, comparado com o risco total do
portfólio medido pelo seu desvio-padrão.
Knight e Satchell (2002, p. 4) modificaram a fórmula do índice de Sharpe
calculando o prêmio de risco pelas médias dos retornos do portfólio e do
ativo livre de risco.
Segundo Duarte Júnior (2005, p. 94), o índice de Sharpe tornou-se bastante
popular no mercado financeiro brasileiro na última década. Ele é utilizado
para estabelecer rankings de desempenho de fundos de investimento de uma
mesma classe de fundos. Uma limitação no uso prático do índice de Sharpe
está relacionada à possibilidade de obter estimativas negativas. Nesse caso, o
índice de Sharpe não deve ser utilizado para comparações, porque a regra de
ordenação pode não ter sentido lógico em que fundos com maior risco
serão classificados como melhores, conforme exemplo a seguir.
(8.2)
Em que:
E (Rp) = retorno esperado do portfólio
RF = retorno do ativo livre de risco
βp = beta do portfólio
Esse índice utiliza o risco sistêmico β do portfólio como uma medida de
risco em vez do desvio-padrão (TREYNOR, 1965, apud Le SOURD, 2007, p.
14). O índice de Treynor ajusta o prêmio de risco do portfólio pelo seu risco
sistêmico, o beta do CAPM. Esse índice tem a mesma limitação do índice de
Sharpe quando o índice é negativo.
C. Índice baseado no Value at Risk – VaR
Segundo Le Sourd (2007, p. 14), o VaR é um indicador que permite que o
conjunto de riscos associados a uma carteira que está diversificada em várias
classes de ativos possa ser representada em um único valor. O VaR mede o
risco de um portfólio, como a máxima perda esperada para esse portfólio
para um dado intervalo de confiança, em condições normais de mercado.
Essa definição de risco pode ser utilizada para se calcular um indicador de
retorno ajustado pelo risco para avaliar a performance de uma carteira.
Entretanto, a comparação entre diferentes portfólios somente poderá ser
efetuada se o VaR for calculado para um mesmo intervalo de confiança.
Partindo-se do índice de Sharpe, o desvio-padrão será substituído pelo VaR
%, resultado da divisão do VaR pelo valor do portfólio, conforme a seguir.
(8.3)
Em que:
E (Rp ) = retorno esperado do portfólio
RF = retorno do ativo livre de risco
VaR % = VaR do portfólio medido em termos percentuais
(8.4)
Em que:
O termo βp (E(RM) – RF) mede o retorno do portfólio previsto pelo modelo;
αp mede a percentagem de retorno adicional que é devido à escolha do
gestor.
Conforme Duarte Júnior (2005, p. 98), supõe-se que o termo εp segue uma
distribuição normal com média zero e variância σ2. A ideia básica da medida
de Jensen é testar se o valor estimado α é maior do que zero e significante do
ponto de vista estatístico.
Isso pode ser obtido com a realização do teste estatístico t de Student da
regressão, em que H0: α ≤ 0 contra a hipótese alternativa H1: α > 0. Para um
dado nível de significância, por exemplo, 5%, se a hipótese nula for rejeitada
devemos considerar o desempenho da carteira superior ao esperado, dado o
nível de risco sistemático que ela apresentou durante o período de análise.
Segundo Le Sourd (2007, p. 15), esse método, ao contrário dos índices de
Sharpe e de Treynor, não permite comparar portfólios com diferentes níveis
de risco. O valor de alfa é realmente proporcional ao risco assumido,
medido pelo beta. Para comparar portfólios com diferentes níveis de risco
pode-se calcular o índice Black – Treynor definido por:
O alfa de Jensen pode ser utilizado para classificar carteiras dentro dos
grupos de pares. Fundos de mesma classe têm níveis de risco comparáveis.
De acordo com Le Sourd (2007, p. 15), quando os gestores praticam a
estratégia de market timing, a qual envolve variar o beta de acordo com a
antecipação dos movimentos do mercado, o alfa de Jensen frequentemente
torna-se negativo e não reflete a real performance do gestor. Foram
desenvolvidos modelos de avaliação de performance, que consideram as
variações do beta por Treynor e Mazuy e por Henriksson e Merton.
B. Modelo de Treynor e Mazuy (1966)
De acordo com Knight e Satchell (2002, p. 11), no CAPM tradicional o
retorno de uma carteira é uma função linear do retorno sobre a carteira de
mercado. Em seu estudo, Treynor e Mazuy (1966) afirmam que, para
gestores que adotam a estratégia de antecipar-se ao mercado, isso não se
aplica. Na verdade, esses gestores tentam prever o retorno do mercado e
aumentam o beta da carteira quando o mercado é de alta e o reduzem
quando o mercado é de baixa. Como resultado, a relação entre o retorno da
carteira e o retorno do mercado não deve ser linear e, assim, os autores
propuseram uma regressão quadrática para aproximar essa relação por uma
curva e poder captar a capacidade de antecipar-se ao mercado.
O modelo é formulado conforme a seguir.
(8.6)
Em que:
Rp = retorno do portfólio
RM = retorno do índice de mercado
RF = taxa do ativo livre de risco
A constante α e os coeficientes β e δ na equação são estimados por meio da
regressão. Se o coeficiente δ é positivo e tem significância estatística, conclui-
se que o gestor teve sucesso ao praticar uma estratégia de antecipar-se ao
mercado.
C. Seletividade (FAMA, 1972)
A abordagem da avaliação de performance efetuada por Fama (1972)
considerou dois aspectos do retorno observado: a porção relativa à
habilidade do gestor de escolher as melhores ações de um determinado nível
de risco, que ele denominou de seletividade, e a porção relativa a previsões
do comportamento dos preços do mercado na escolha do melhor momento
para comprar ou vender ações, o qual ele denominou de market timing.
O conceito de seletividade foi baseado no CAPM, que forneceu o benchmark
para avaliar se o retorno da carteira em análise superou o retorno que seria
obtido por um portfólio de mercado ajustado ao risco da carteira em
análise, conforme a seguir:
(8.7)
Em que:
S = seletividade
Ra = carteira em análise
Rx = retorno do portfólio de mercado
= risco da carteira em análise
Para definir o retorno do portfólio de mercado, Fama utilizou a equação da
Linha de Mercado de Capitais do CAPM, descrevendo-a da seguinte forma:
(8.8)
Em que:
RF = retorno da taxa livre de risco
RM = retorno de um índice de mercado
O desempenho global da carteira é dado por:
(8.9)
(8.10)
O primeiro termo à direita na Equação 8.10 indica a seletividade e o
segundo indica a diversificação. A diversificação mede o retorno extra do
portfólio que as ações escolhidas como vencedoras devem produzir para
valer a pena. Se a seletividade líquida é negativa, o gestor tomou risco que
suas ações não compensaram em termos de retorno extra. A diversificação
assume sempre sinal positivo, de modo que a seletividade líquida é igual ou
menor do que a seletividade (FAMA, 1972).
Figura 8.1 – Seletividade
(8.11)
Em que:
Rp = retorno do portfólio
RB = retorno do benchmark do portfólio
O índice information ratio é definido pelo retorno residual do portfólio
comparado com o risco residual. O retorno residual do portfólio
corresponde à parte do retorno que não é explicada pelo benchmark. Isso
resulta de escolhas feitas pelo gestor em colocar maior peso nos ativos que
ele acredita que terão um retorno maior do que o benchmark.
O risco residual ou tracking error é definido pelo desvio-padrão da diferença
do retorno do portfólio em relação ao benchmark. Quanto menor for esse
desvio-padrão, mais próximo será o risco do portfólio do seu benchmark.
Gestores procuram maximizar o valor do índice information ratio e para isso
é necessário obter um alto retorno residual e um baixo tracking error.
Esse índice tem a mesma limitação do índice de Sharpe quando é negativo.
(8.12)
Em que:
σM = desvio-padrão anualizado do retorno do mercado
σp = desvio-padrão anualizado do retorno do portfólio
RF = retorno do ativo livre de risco
Para um fundo com um dado nível de risco e retorno, o índice de
Modigliani é equivalente ao retorno que o fundo teria se o seu risco fosse
equivalente ao risco de mercado. Expresso em percentagem, o índice é de
fácil compreensão.
O índice de Modigliani e o índice de Sharpe têm a mesma base teórica e são
diretamente proporcionais. Dessa forma, os dois mostrarão o mesmo
ranking de fundos.
(8.13)
Em que:
ri = retorno do portfólio
MRA = Mínimo Retorno Aceitável definido pelo investidor
(8.14)
Em que:
Ri = variável que representa o retorno do ativo i
= coeficiente do Fator 1
= coeficiente do Fator 2
= coeficiente do n-ésimo fator
ei = resíduo não explicado pelos fatores
Uma premissa chave para o modelo é que o não fator (ei) não deve ser
correlacionado com nenhum dos fatores da equação, de forma que os fatores
sejam as únicas fontes de correlação entre os retornos. Nesse modelo, cada
fator representa o retorno de uma classe de ativos e a soma dos pesos dos
fatores tem de ser igual a 1 (100%). Os termos entre parênteses da Fórmula
8.1 representam a carteira que explica a volatilidade da série de retornos e o
último termo, o resíduo ou parcela do retorno não explicada pelos
componentes da fórmula.
A utilidade de um modelo de fatores depende das classes de ativos
escolhidas para sua implementação. É desejável que as classes de ativos
sejam: (1) mutuamente exclusivas, (2) exaustivas, isto é, representem todos
os principais ativos transacionados no mercado e (3) tenham retornos
diferentes. A avaliação da qualidade do modelo é dada pela proporção da
variância explicada em relação à variância total do fundo, pela fórmula:
(8.15)
(8.16)
Em que:
Rpi,t = retorno da carteira i, no mês t
RMt = retorno da carteira de mercado no mês t
RFt = retorno do ativo livre de risco no mês t
SMBt = prêmio pelo fator tamanho no mês t (Small Minus Big ou a diferença
entre a média de retorno das ações de empresas de pequeno porte e a média
de retorno das ações de empresas de grande porte)
HMLt = prêmio pelo fator B/M no mês t (High Minus Low ou a diferença
entre a média de retorno das ações com alto índice B/M e a média de
retorno das ações com baixo índice B/M)
WinMLost = prêmio pelo fator momento no mês t (Winner Minus Loser ou
a diferença entre a média de retorno das ações de empresas que tiveram alto
desempenho passado e a média de retorno das ações de empresas que
tiveram baixo desempenho passado)
ei,t = resíduo do modelo referente à carteira i no mês t
4. Ao elaborar ranking de fundos você encontra os valores a seguir, para o índice de Sharpe.
Assinale a alternativa do fundo com melhor desempenho.
a. -1,3.
b. -1,4.
c. -0,8.
d. Nenhuma das anteriores.
(9.1)
Em que:
PE = ponto de equilíbrio em volume
CDFT = custos e despesas fixas totais
MC = margem de contribuição média %
Exemplo de empresa de asset management:
Custos e despesas fixas anuais = R$ 5.000.000,00
Margem de contribuição média dos fundos = 0,40% ao ano
= 1.250.000.000,00
Em que:
ke = Custo do Capital Próprio
Rf = taxa livre de risco
β = Beta
(Rm - Rf) = Prêmio de risco do mercado
Dados:
Taxa livre de risco (Títulos do Tesouro dos Estados Unidos de 10 anos) = 2,7
% a. a.
Beta = 0,73
Prêmio de Risco de Mercado nos Estados Unidos = 5% a. a.
Risco Brasil (EMBI +) = 2,40% a. a.
ke em dólar = 2,7% + 0,73 (5%) + 2,4% = 8,75% a. a.
Para calcular o custo do capital próprio em reais, os analistas costumam
adicionar o diferencial médio de inflação do Brasil com os Estados Unidos.
Considerando inflação média de 4% a. a. no Brasil e de 2% a. a. nos Estados
Unidos, o diferencial de 2% resulta em custo do capital próprio da asset,
nesse exemplo de 10,75% a. a.
Se a asset não possui dívidas tem um retorno sobre os ativos (ROA) superior
a 10,75% a. a. está criando valor para seus acionistas.
A medida de valor poderá ser utilizada para pagar remuneração variável aos
empregados da asset alinhando os interesses destes aos interesses dos
acionistas.
Para que a empresa de asset management seja sustentável é necessário que a
gestão de fundos seja executada com muita responsabilidade. Afinal trata-se
de recursos de terceiros que confiam na gestão profissional de seus recursos
para a realização de seus sonhos.
Gabarito dos exercícios
propostos
Capítulo 1
Exercício 1 | Alternativa correta: a
Exercício 2 | Alternativa correta: c
Exercício 3 | Alternativa correta: d
Exercício 4 | Alternativa correta: b
Exercício 5 | Alternativa correta: c
Exercício 6 | Alternativa correta: a
Exercício 7 | Alternativa correta: b
Exercício 8 | Alternativa correta: d
Capítulo 2
Exercício 1 | Alternativa correta: a
Exercício 2 | Alternativa correta: c
Exercício 3 | Alternativa correta: d
Exercício 4 | Alternativa correta: b
Exercício 5 | Alternativa correta: d
Capítulo 3
Exercício 1 | Alternativa correta: a
Exercício 2 | Alternativa correta: c
Exercício 3 | Alternativa correta: d
Exercício 4 | Alternativa correta: d
Exercício 5 | Alternativa correta: c
Capítulo 4
Exercício 1 | Alternativa correta: c
Exercício 2 | Alternativa correta: d
Exercício 3 | Alternativa correta: a
Exercício 4 | Alternativa correta: b
Exercício 5 | Alternativa correta: d
Capítulo 5
Exercício 1 | Alternativa correta: b
Exercício 2 | Alternativa correta: a
Exercício 3 | Alternativa correta: a
Exercício 4 | Alternativa correta: c
Exercício 5 | Alternativa correta: b
Capítulo 6
Exercício 1 | Alternativa correta: d
Exercício 2 | Alternativa correta: a
Exercício 3 | Alternativa correta: c
Exercício 4 | Alternativa correta: b
Exercício 5 | Alternativa correta: a
Capítulo 7
Exercício 1 | Alternativa correta: c
Exercício 2 | Alternativa correta: a
Exercício 3 | Alternativa correta: d
Exercício 4 | Alternativa correta: b
Exercício 5 | Alternativa correta: c
Capítulo 8
Exercício 1 | Alternativa correta: b
Exercício 2 | Alternativa correta: d
Exercício 3 | Alternativa correta: a
Exercício 4 | Alternativa correta: d
Exercício 5 | Alternativa correta: c
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