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Finanças
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
As finanças são a gestão do dinheiro, principalmente Finanças
em relação a empresas, organizações ou governos. Elas
lidam com as questões de como um indivíduo, empresa Mercado financeiro
ou governo adquire o dinheiro necessário - chamado Ações
capital no contexto da empresa - e como eles gastam ou ETFs
investem esse dinheiro. As finanças, por norma, Títulos e Obrigações
dividem-se pelas seguintes categorias principais: Corretoras de Valores
finanças corporativas, finanças pessoais e finanças Forex
públicas. Derivativos
Commodity
Ao mesmo tempo, o financiamento é sobre o "sistema" Direitos de subscrição
geral - isto é, os mercados financeiros que permitem o Comissão de Valores Mobiliários
fluxo de dinheiro, via investimentos e outros Classificação de crédito
instrumentos financeiros, entre e dentro dessas áreas;
esse "fluxo" é facilitado pelo setor de serviços Renda fixa
financeiros. Certificado de depósito bancário (CDB)
CRA
Um foco principal nas finanças é, portanto, o CRI
gerenciamento de investimentos - chamado Debênture
gerenciamento de dinheiro para indivíduos e LC
gerenciamento de ativos para instituições - e o LCA
financiamento inclui as atividades associadas à LCI
negociação de valores mobiliários e corretagem de Tesouro Direto
ações, banco de investimentos, engenharia financeira e
gerenciamento de riscos. Imóveis
FII
Mais abstratamente, o setor financeiro se preocupa com
o investimento e a implantação de ativos e passivos no
Sistema bancário
"espaço e tempo": ou seja, trata-se de realizar avaliação
Banco Central do Brasil
e alocação de ativos hoje, com base no risco e incerteza
Depósito
de resultados futuros, incorporando o valor temporal do
Empréstimo
dinheiro (determinando o valor presente desses valores
futuros, "desconto", requer uma taxa de desconto
apropriada ao risco). As principais teorias financeiras
podem ser amplamente divididas entre as seguintes categorias: economia financeira, finanças
matemáticas e teoria da avaliação .
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03/04/2024, 18:42 Finanças – Wikipédia, a enciclopédia livre
Contributos das
finanças modernas
Bolsa de Valores de São Paulo: uma modalidade de aplicação
Teoria do portfólio financeira
O modelo CAPM
Em 1964, William Sharpe desenvolve um modelo imaginando um mundo onde todos os
investidores utilizam a teoria da seleção de carteiras de Markowitz através tomando decisões
usando a avaliação das médias e variâncias dos ativos.[4] Sharpe supõe que os investidores
compartilham dos mesmos retornos esperados, variâncias e covariâncias. Mas ele não assume que
os investidores tenham todos o mesmo grau de aversão ao risco. Eles podem reduzir o grau de
exposição ao risco tomando parcelas maiores de ativos de menor risco, ou construindo carteiras
combinando muitos ativos de risco.
O modelo de precificação de ativos financeiros (CAPM, capital asset princing model em inglês)
descreve a relação entre o risco de mercado e as taxas de retorno exigidas.
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não há impostos;
o cálculo de betas "futuros" parte do pressuposto de que os dados históricos irão se repetir (o
que sabemos que há incerteza neste princípio);
A linha de mercado de capitais, LMC (capital market line em inglês) descreve a relação risco-
retorno para carteiras eficientes; isto é, para carteiras que consistem numa carteira de mercado
mais um activo isento de risco.
A linha de mercado de títulos (security market line) descreve a relação risco-retorno para títulos
considerados isoladamente. A taxa de retorno exigida para um dado título é igual á taxa de
retorno isenta de risco adicionada de um prémio de risco de mercado , multiplicado
pelo coeficiente beta do título :
A linha de mercado de títulos pode não ser estável no tempo, pois quer a inflação quer a aversão ao
risco podem alterar-se. Se a inflação aumentar, irá com certeza aumentar a taxa de retorno isenta
de risco, pois a inflação acrescenta um prémio à taxa de retorno isenta de risco e de inflação e faz
deslocar a SML para cima. Se a aversão ao risco aumentar a inclinação da reta representativa da
SML vai inclinar-se mais.
O coeficiente beta do título é a medida do seu risco de mercado. O Beta mede a volatilidade dos
retornos de um título relativamente ao retorno do mercado, isto é, de uma carteira constituída por
todos os títulos do mercado (devidamente diversificada). O coeficiente Beta é medido pela
inclinação da linha característica do título, que é determinada pela reta da regressão entre os
retornos históricos do título face aos retornos históricos do mercado (da carteira diversificada).
Um título com um Beta elevado (>1) é mais volátil de que um título de risco médio, enquanto que
um título com Beta <1 é menos volátil do que a média. Um título de risco igual ao do mercado tem
um Beta = 1, por definição. O Beta de uma carteira é a média ponderada dos Betas dos títulos que
constituem essa carteira. Embora a taxa de retorno esperada de um título seja, em geral, igual à
taxa de retorno exigida, várias coisas podem acontecer para provocar a alteração das taxas de
retorno exigidas, como, por exemplo:
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1. Para a determinação do custo do capital de uma empresa, na parte que diz respeito ao capital
próprio), o que é relevante, para avaliação de empresas e determinação da estrutura óptima
de capitais.
2. Para a determinação do custo do capital próprio de uma divisão de actividades de uma
empresa com múltiplos negócios, sendo que cada negócio tem o seu próprio nível de risco e
Beta).
3. Para a determinação, na análise da viabilidade de projectos, da remuneração a exigir para o
capital próprio a utilizar no seu financiamento. O Beta da sociedade como um todo só será
válido para um projecto isolado se este tiver um nível de risco equivalente ao da empresa.
As deficiências do CAPM motivaram o aparecimento de outras teorias para análise de modelos de
equilíbrio entre risco e retorno.
que ser o custo da replicação do portfólio. Se seus preços divergissem, existiria uma oportunidade
de arbitragem, em outras palavras, haveria um lucro sem risco que pode ser feito comprando o
mais barato e vendendo o mais valorizado dos dois. Como os arbitradores fazem isto, suas compras
aumentariam o preço mais baixo e suas vendas abaixariam o preço mais alto, eliminando qualquer
diferença entre o preço de uma opção e o custo de replicação do portfólio.[3]
Áreas de finanças
Finanças pessoais
Artigo principal: Finanças pessoais
As principais áreas de finanças pessoais são consideradas renda, gastos, poupança, investimento e
proteção.
Finanças corporativas
Artigo principal: Finanças corporativas
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Finanças públicas
Artigo principal: Finanças públicas
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Os bancos centrais, como os bancos do Federal Reserve System nos Estados Unidos e o Banco da
Inglaterra no Reino Unido, são fortes players nas finanças públicas, atuando como financiadores
de última instância, bem como fortes influências nas condições monetárias e de crédito na
economia.
Teoria Financeira
Economia financeira
Economia financeira é a área do estudo económico que avalia a relação entre as variáveis
financeiras, como o preço, taxas de juro, ações sobre as componentes econômicas, como bens e
serviços. A economia financeira foca-se na influência das variáveis econômicas sobre as variáveis
financeiras, contrastando com a finança pura. Centrando-se na gestão do risco no contexto dos
mercados financeiros e nos consequentes modelos econômicos ou financeiros. Em suma, explora
como investidores racionais consideram o risco e o retorno numa estratégia de investimento.
Assim sendo, os conceitos de racionalidade e eficiência de mercado conjugados geram a teoria do
portfólio (CAPM) e na teoria de Black-Scholes relativa à avaliação das escolhas possíveis.
Matemática financeira
A matemática financeira é um campo das matemáticas aplicadas que se foca nos mercados
financeiros. A disciplina tem uma relação muito próxima com o ramo da economia financeira.
Geralmente a matemática financeira pretende estender ou criar os modelos matemáticos ou
numéricos sugeridos pela economia financeira. Na prática, a matemática financeira também está
presente no ramo das finanças computacionais (também conhecido como engenharia financeira).
A matemática financeira foca-se na criação de derivadas, embora também diga respeito a outros
subtemas como a matemática associada à previsão do risco e em problemas relacionados com
portfólios financeiros.
Finanças experimentais
As finanças experimentais procuram estabelecer condições de mercado e de ambiente
experimentais para que estes possam ser observados de forma crítica, proporcionando uma visão
que pode ser analisada cientificamente através de variáveis como o comportamento dos agentes,
fluxo de negócio, difusão ou agregação de informação, mecanismos de estabelecimento de preço e
processos de retorno. Investigadores na área das finanças experimentais conseguem estudar a
medida em que as atuais teorias de economia financeira fazem previsões válidas e
consequentemente prová-las. Tentam ainda descobrir novos princípios através dos quais as teorias
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atuais podem ser melhoradas e aplicadas a futuras decisões financeiras. Esta pesquisa pode ser
realizada através de simulações de negócio ou através do estudo do comportamento dos agentes
financeiros em situações de mercado concorrencial artificiais.
Finanças comportamentais
As finanças comportamentais têm como principal objetivo identificar e compreender as ilusões
cognitivas que fazem com que pessoas cometam erros sistemáticos de avaliação de valores,
probabilidades e riscos. Consideram que os indivíduos nem sempre agem racionalmente, pois
estão propensos aos efeitos das ilusões cognitivas. A principal temática de pesquisa deste ramo das
finanças consiste na investigação de possíveis interferências de fatores comportamentais e
psicológicos nos movimentos dos investidores e, consequentemente, do mercado.[10] Segundo
Rogers, Ribeiro e Securato (2007)[carece de fontes?], seria possível que erros no processo de tomada
de decisão fossem eliminados se os indivíduos pudessem aprender com os erros e, assim, excluí-los
de todas as decisões em condições de risco. As finanças comportamentais identificaram que
existem características do comportamento humano que limitam o processo de aprendizagem, tais
como a dissonância cognitiva, o excesso de confiança, as discrepâncias entre atitude e
comportamento, o conservadorismo, o arrependimento, a falácia do apostador e a ilusão do
conhecimento.
Ver também
Administração financeira
Matemática financeira
Securitização
Investimentos
Instituições financeiras
Teoria do portfólio
Educação financeira
Planejamento financeiro
Referências
1. MARKOWITZ, H. Portfolio selection. The Journal of Finance, v. 7, n. 1, p. 77-91, 1952.
2. McGOUN, E. G. On knowledge of finance. International Review of Financial Analysis, v. 1, n. 3,
p. 161-177, 1992.
3. [1] (http://ssrn.com/abstract=1389863)IQUIAPAZA, R.A., AMARAL, H.F.; BRESSAN, A.A.
Evolução da Pesquisa em Finanças: Epistemologia, Paradigma e Críticas. Revista O&S:
Organizações & Sociedade, 2009.
4. SHARPE, W. F. Capital asset prices: A theory of market equilibrium under conditions of risk.
The Journal of Finance, v. 19, n. 3, p. 425-442, 1964.
5. FAMA, E. Efficient capital markets: A review of theory and empirical work. The Journal of
Finance, v. 25, n. 2, p. 383-417, 1970.
6. FAMA, E. Efficient Capital Markets: II. The Journal of Finance, v. 46, n. 5, p. 1575–1617, 1991.
7. FAMA, E. The behavior of stock-market prices. Journal of Business, v. 38, n. 1, p. 34-105,
1965.
8. MODIGLIANI, F.; MILLER, M. H. The cost of capital, corporation finance and the theory of
investment. American Economic Review, v. 48, n. 3, p. 261-297, Jun 1958.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Finanças 8/9
03/04/2024, 18:42 Finanças – Wikipédia, a enciclopédia livre
9. BLACK, F.; SCHOLES, M. The valuation of option contracts and a test of market efficiency. The
Journal of Finance, v. 27, n. 2, p. 399-417, 1972.
10. DA FONTE NETO, J. W.; CARMONA, C.U.M. As Finanças Comportamentais e o Mercado
Acionário Brasileiro: Evidências do Efeito Pessimismo em Estudos de Eventos com
Regressões EGARCH. In: 30º Encontro do ENANPAD, 2006.
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