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Cogeração

A cogeração, uma tecnologia antiga, utilizada em diversos países, com poucos


recursos naturais surgiu a preocupação ambiental (mas tentendo um grande foco a parte
financeira), mas de atuação ainda pequena no Brasil, porém com projetos muito
“inovadores”. A cogeração, que molda à produção de diferentes formas de energia
(Térmica e Eletromecânica), a partir de uma única fonte principal, pode ser uma
alternativa e interessante para auxiliar o suprimento da demanda energética.

Em relação aos processos tradicionais de geração de energia elétrica e calor, os


benefícios do uso da cogeração são enormes. A combinação de produção de eletricidade à
energia térmica suprime grande parte da energia desaproveitada e consequente
diminuição dos gases prejudiciais ao meio ambiente. A expansão dessa tecnologia no
Brasil pode adequá-lo às políticas ambientais globais e/ou nacionais, evitando restrições
de financiamentos, que abrangem diversos países que atuam em desacordo com os
padrões internacionais de controle ambiental.

Os diferentes tipos de aplicações que estes sistemas podem estar associados com a
cogeração, conhecida também como “Combined Heat and Power - CHP”, pode-se
mencionar algumas aplicações como: geração para “stand-by”, energia elétrica para
sistema de emergência, geração de energia complementar durante períodos de alta
demanda (hora de pico) e geração básica. Novos estudos também vêm sendo realizados
em relação ao uso do gás natural no setor energético do Brasil, de forma a contribuir para
a geração distribuída e diminuir ou até mesmo evitar a sobrecarga nas plantas e redes de
transmissão de energia elétrica.

Os sistemas de cogeração possuem características especiais quanto à configuração


e aplicação. Fatores técnicos, legislativos, ambientais e econômicos são mutáveis e
decisivos na opção por um ou outro sistema de cogeração. Temos como principais
vantagens do uso da cogeração:

 Aumento na eficiência global do sistema;

 Melhora na disponibilidade e confiabilidade energética;

 Investimentos baixos (dependendo do caso) quando comparados a sistemas


convencionais de produção de energia;
 Utilização de combustíveis alternativos/menos evasivo como gás natural,
biomassa muitas vezes oriundos do próprio processo industrial;
 Redução dos impactos ambientais, com baixos índices de emissão de gases poluentes;

 Prazo de implantação reduzido (dependendo do processo);

 Redução nos gastos com transmissão, já que as plantas de cogeração ficam


geralmente instaladas próximas ao usuário final.

A produção de eletricidade por cogeração, embora pouco utilizada no Brasil, é


largamente empregue a nível mundial, conforme apresentado abaixo.

40
Participação na
Potência Total
Instalada (%)

30

20

10

0
Dinamarca
Alemanha
Portugal
Espanha

Holanda

Rússia
Grécia
Brasil
EUA

Itália

FONTE - Baseado em NASCIMENTO et al., Revista


Eletricidade Moderna, 1997. p.86.

Os países como Holanda e Dinamarca possuem parques industriais com


participação significativa da cogeração na produção de energia. No Brasil, tem-se apenas
2% da potência instalada, enquanto em países com menor grau de industrialização a
participação da cogeração atinge valores da ordem de 10%. Portanto, verifica-se um
grande potencial de crescimento para a cogeração, inclusive com a possibilidade de se
tornar uma das principais fontes de expansão da oferta de energia em nosso país.

A cogeração ainda é considerada uma forma de geração “acessório” e pode ser


incorporada ao planejamento do sistema elétrico nacional conforme a demanda por
eletricidade apresente forte tendência de crescimento, diante da escassez dos recursos
disponíveis para o financiamento/incentivos ficais de novas unidades de geração de
energia elétrica.
A cogeração está geralmente associada a indústrias de uso intensivo de energia
e/ou indústrias que aproveitem ao mesmo a energia dissipada, como petroquímicas, de
papel e celulose, sucroalcooleiro, químicas, siderúrgicas e aterro-sanitário ecológicos.
Possui também grande entrada no setor terciário, onde destacam-se hospitais,
supermercados, hotéis e centros comerciais. Nesses setores, o sistema de cogeração vem
sendo utilizados como importante medida de conservação de energia e de aprovada
confiabilidade em seu suprimento.

Descrição do Princípio de Cogeração

Os sistemas de cogeração são classificados como topping e bottoming. O termo


topping, é utilizado quanto a energia térmica de maior temperatura é utilizada para gerar
energia elétrica e/ou mecânica, sendo a energia térmica, recuperada deste sistema,
utilizada em aplicações subsequentes. O processo mais comum é a produção de energia
elétrica e energia térmica (calor ou frio) a partir do uso de combustíveis como gás
natural, biomassa, óleo diesel, entre outros.

1- Diagrama de um sistema de cogeração

Considera-se como parte essencial de uma instalação de cogeração as máquinas


que produzem a energia elétrica e a energia térmica, geralmente são utilizadas máquinas
desperdiçam grandes quantidades de energia de forma indireta. Pode-se citar dentre
muitos, os principais equipamentos que compõem esses sistemas de uso da “energia de
cogeração”:

 Turbina a Gás;
 Turbina a Vapor;
 Motores a combustão;
 Caldeiras;
 Caldeiras de recuperação e trocadores de calor;
 Microturbinas (Pás cortadas a laser);
 Geradores elétricos, transformadores e equipamentos elétricos associados;
 Sistemas de chiles de absorção;
 Sistemas de ciclo combinado (turbinas a vapor e gás natural) numa
mesma central, custo muito elevado;

Ciclo “Topping”: é usado em indústrias e plantas que comercializam eletricidade


e/ou vapor (caldeira). O objetivo principal é gerar vapor para o processo, sendo o vapor
recuperado utilizado na geração de eletricidade. naturalmente se tornando um ciclo mais
efetivo e economicamente atrativo para a cogeração.

2 - Ciclo Topping

Normalmente, a cogeração está associada a processos industriais que exigem altos


níveis de temperatura. Uma central de cogeração apresenta máquinas térmicas
semelhantes às utilizadas em uma central de utilidades, gerando vapor e energia elétrica
de forma independente. A grande distinção presente entre estas duas formas de geração
consiste, basicamente, na caracterização do uso da energia utilizada para atendimento às
demandas apresentadas pela empresa ou população.
Ciclo “bottoming”: são sistemas cuja energia térmica primária do combustível é
inicialmente cedida ao processo consumidor de calor e o rejeito empregado na geração de
potência. Estes ciclos geralmente são mais utilizados onde existe uma grande necessidade
de calor a alta temperatura para o processo

3- Ciclo bottoming
Os sistemas de cogeração em relação ao dimensionamento da produção da potência
e da energia térmica ainda podem se classificar em:

 Sistemas “Power-Matched”: Neste processo a produção combinada do


sistema visa a atender a demanda elétrica da planta, e a produção térmica
resultante é o subproduto;

 Sistemas “Heat-Matched”: Neste processo a produção combinada é


dimensionada para satisfazer a demanda térmica, e produção elétrica é o
subproduto.
Dentre os sistemas de cogeração mais difundidos está o de Ciclo Combinado este
sistema é baseado na agregação de dois sistemas separados em um só sistema,
possibilitando assim aumentar a eficiência global da cogeração. Este tipo de cogeração é
predominantemente utilizado em situações em que se deseja produzir energia elétrica e
térmica úteis em quantidades variáveis, de acordo com as cargas consumidoras, ou para
atender condições específicas.

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