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Feche os olhos e tente trazer à mente a memória mais antiga que você tem sobre o
cuidado que recebeu ou não quando criança. Onde você está? Quem está com você? O
que está acontecendo na imagem? Do que você precisa nesta cena? Alguém está lhe
oferecendo aquilo de que você precisa? O que você está sentindo neste momento? Agora,
guarde essa sensação dentro de você e traga à mente uma memória mais recente de um
relacionamento que você teve e que ativa uma emoção semelhante àquela que sentiu
quando criança. Você não precisa forçar; pode deixar que essa memória venha
espontaneamente…
Onde você está? Com quem está? O que está sentindo? Do que precisa? Essa
necessidade está sendo suprida atualmente? Guarde essa sensação. Agora, volte aos
poucos para nossa leitura.
O que não foi suprido em sua história de vida e continua a não ser suprido atualmente?
Você tem buscado relações em que essas necessidades estão sendo atendidas? Como?
Certas pessoas podem ter dificuldades para encontrar suas necessidades
ao longo da vida. Para algumas, é como se não fosse válido tê-las. É como se
precisassem sempre suprir a dos outros e ficar de lado quanto àquilo de que
precisam. Fazer esse exercício pode ser um pontapé inicial para encontrar
os padrões que mantemos durante a vida e que nos afastam de relações
nutritivas emocionalmente.
É importante destacar que nem sempre conseguimos estar confortáveis
com aquilo que de fato precisamos. Isso ocorre por todos os motivos que já
falamos até agora. Por isso, uma dica de ouro é que temos de ter cuidado
com nossas escolhas feitas com base nas “químicas”. Por vezes, elas só nos
aproximam de um lugar conhecido, mas que ativa muita dor emocional. Em
alguns casos, também há uma tentativa de fantasiar situações para que se
enquadrem naquilo que esperamos. Como um caleidoscópio de ilusões,
esperamos que tudo se encaixe como mágica e acabamos caindo em
armadilhas emocionais. Identificar nossos padrões de funcionamento e
quais relações são saudáveis para nós é um dos principais passos para
desarmar essas armadilhas.
Quais são as principais emoções que você costuma sentir nos relacionamentos (raiva,
irritação, insegurança, medo, vergonha, culpa, tristeza, ciúme, outra)?
Descrição: crença de que se deve fazer tudo pelo outro (inclusive se submeter
a situações desconfortáveis) para não ser abandonado(a) e/ou sofrer alguma
retaliação.
Padrão de escolha baseado na química esquemática:
Subjugação
Parceiro(a) dominante e autocentrado(a).
Parceiro(a) que não ouve e não respeita as necessidades e vontades da outra
pessoa.
Parceiro(a) que só pensa em suas próprias decisões e interesses.
Descrição: crença de que se deve fazer tudo pela outra pessoa, pois isso é o
certo a ser feito, negligenciando as próprias necessidades em detrimento às
dos outros.
Padrão de escolha baseado na química esquemática:
Autossacrifício
Parceiro(a) que demanda atenção.
Parceiro(a) de quem precisa cuidar e/ou por quem precisa assumir
responsabilidades.
Parceiro(a) que depende financeira e/ou emocionalmente.
Padrões inflexíveis Descrição: sensação de não relaxamento e crenças de que as coisas devem
ocorrer perfeitamente, sem muita flexibilidade.
Padrão de escolha baseado na química esquemática:
Parceiro(a) que se submete às exigências e ao controle.
Parceiro(a) exigente e que também exija muito de si.
Parceiro(a) perfeccionista e que também não consiga relaxar. Parceiro(a) que
coloca o trabalho à frente da relação.
Fonte: Com base em Paim e Cardoso (2022); Paim et al. (2020); Young et al. (2008).