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No pensamento cartesiano, “penso logo existo” e “não sou senão uma coisa
que pensa”, ou seja, o pensamento é o atributo que me pertence. Para
Descartes, o sujeito é um sujeito da razão, do pensamento racional, da
ciência, no qual a única certeza é o pensamento. Portanto, o sujeito é uma
coisa cuja substância é pensamento. Por isso, o pensamento e a mente são
uno, inteiros, pois o ser está no pensamento. Já para a Freud, o sujeito
também é o sujeito do pensamento, porém da razão inconsciente. Portanto,
no pensamento freudiano “penso logo desejo” e “existo onde não penso”, já
que o sujeito é desejo, e o ser está fora do pensamento.
O sintoma nos indica que o passado é atual e o desejo eterno dói. O sintoma
neurótico, assim como o sonho, é uma formação do inconsciente e,
enquanto tal, é a expressão metafórica do desejo para o sujeito. O sintoma é
portanto uma metáfora da estrutura edipiana onde se presentifica a
articulação da lei com o desejo - desejo que aí se manifesta em suas
impossibilidades. Então, o sintoma seria uma manifestação subjetiva do
desejo.