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SUMÁRIO
Você está recebendo o primeiro livro da Unidade Técnica de Imersão (U.T.I.) do Hexag Vestibulares.
Este material tem o objetivo de retomar os conteúdos estudados nos livros 1 e 2, oferecendo
um resumo estruturado da teoria e uma seleção de questões dissertativas que preparam o
candidato para as provas de segunda fase dos principais vestibulares. Além disso, as questões
dissertativas permitem avaliar a capacidade de análise, organização, síntese e aplicação do
conhecimento adquirido. É também uma oportunidade de o estudante demonstrar que está
apto a expressar suas ideias de maneira sistematizada e com linguagem adequada.
Aproveite este caderno para aprofundar o que foi visto em sala de aula, compreender assuntos que
tenham deixado dúvidas e relembrar os pontos que foram esquecidos.
Bons estudos!
Coordenador-geral
Murilo de Almeida Gonçalves
Editoração eletrônica
Letícia de Brito
Matheus Franco da Silveira
Imagens
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Pixabay (https://www.pixabay.com)
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo
por fim único e exclusivo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a in-
clusão de informação adicional, ficamos à disposição para o contato pertinente. Do mesmo modo,
fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre as imagens pub-
licadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não
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ENTRE
LETRAS
GRAMÁTICA
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Artigo Preposições
Artigos
uma,
o, os a, as um, uns
Artigo é a palavra que se antepõe a um substantivo (é um umas
marcador pré-nominal), com a função inicial de determiná- a ao, aos à, às — —
-lo ou indeterminá-lo. Subdivide-se em dois grupos: defini- duma,
dos e indefinidos. de do, dos da, das dum, duns
dumas
§ Artigos definidos: determinam o substantivo de ma- em no, nos na, nas num, nuns
numa,
numas
neira precisa. São eles: o(s), a(s).
por pelo, pelos pela, pelas — —
Exemplo: Preciso que você me traga a cadeira
branca. (O artigo definido marca a necessidade
de se pegar uma cadeira determinada.) Substantivo
§ Artigos indefinidos: determinam o substantivo de Classe de palavras variável que dá nome aos seres, obje-
maneira vaga/imprecisa. São eles: um(uns), uma(s). tos e coisas em geral. Os substantivos são classificados em
Exemplo: Preciso que você me traga uma cadeira próprios, comuns, concretos, e abstratos. Eles se fle-
branca. (O artigo indefinido marca a necessidade xionam em número, gênero e grau.
de se pegar uma cadeira qualquer, indeterminada.)
Adjetivo
Artigo combinado com preposições Palavra que acompanha e modifica o substantivo, podendo
A contração de artigos com preposições é um movimento caracterizá-lo ou qualificá-lo.
essencial para a demarcação de sentido em construções
textuais. Muitas vezes, fazer ou não fazer a contração do Nomes substantivos e
artigo com a preposição pode alterar significativamente o nomes adjetivos
entendimento que se tem de um texto. Esses eventos tex-
tuais serão discutidos no próximo tópico (o artigo aplicado No contexto de uma frase, é possível identificar palavras de
ao texto). Ficaremos aqui com as possibilidades de contra- outras classes, entre elas os adjetivos, que se transformam
ção do artigo com a preposição. em nomes (substantivos) desde que precedidas de um artigo.
Verbo § Gerúndio
Ela bebeu chá fervendo. (advérbio)
Formas nominais do verbo Fervendo, desligue. (advérbio)
§ Exprime ação futura em relação ao passado, ação que te- Mas como foi que aconteceram? E eu lhe direi:
ria ocorrido em relação a um fato já ocorrido no passado. sei lá, aconteceram: eis tudo. (Drummond)
Eu iria se você chegasse a tempo. § É frequente o emprego do futuro do presente compos-
to – futuro do presente do verbo auxiliar “ter“ ou “ha-
§ Designa ações posteriores à época em que se fala.
ver“ e particípio do verbo principal.
Ainda ficaria. Esperaria a noite.
Quando você chegar, eu já terei ido.
(Marques Rabelo)
§ Indica ação futura a ser consumada antes de outra.
§ Designa incerteza, probabilidade, dúvida, suposição so-
bre fatos passados. Quando o guarda chegar, já teremos fugido.
Seriam mais ou menos dez horas quando che- § Indica possibilidade de um fato passado.
garam. (Monteiro Lobato) Terá passado o furacão dentro de oito dias?
§ Forma polida do presente para denotar um desejo. § Indica certeza de uma ação futura.
Eu precisaria namorar aquela moça. Se não voltarmos em algumas horas, teremos
§ O futuro do pretérito composto expresso – verbo auxi- perdido a oportunidade.
liar “ter“ ou “haver“ no futuro do pretérito e particípio
do verbo principal. Tempos do modo subjuntivo
Eu teria dito (diria) umas verdades a você.
Presente
§ Indica fato que teria acontecido no passado mediante
§ Expressa hipótese, desejo, suposição, dúvida.
certa condição.
Tomara que você tenha boas festas!
Teria sido diferente, se eu a amasse.
(Ciro dos Anjos) Bons ventos o levem!
ADVÉRBIOS
Os advérbios formam uma classe de palavras invariá- Exemplo: Paula viajou ontem. (O advérbio
veis que se associam a verbos, a adjetivos ou a outros “ontem” indica com maior precisão quando
advérbios, cada qual com intenções bastante específicas. Paula viajou.)
recuperando muito bem. (O advérbio “muito” Onde ela mora? Precisava saber onde ela mora.
intensifica o outro advérbio “bem”.) Por que ela não veio? Quero entender por que ela não veio.
Aonde você vai? Quero saber aonde você vai.
§ De tempo: hoje; logo; primeiro; ontem; tarde; outro- § De lugar: à esquerda; à direita; de longe; de perto;
ra; amanhã; cedo; depois; ainda; antigamente; antes; para dentro; por aqui, etc.
doravante; nunca; então; ora; jamais; agora; sempre; já; § De afirmação: por certo; sem dúvida, etc.
enfim; afinal; amiúde; breve; constantemente; imediata-
§ De modo: às pressas; passo a passo; de cor; em vão;
mente; primeiramente; provisoriamente; sucessivamente;
em geral; frente a frente, etc.
às vezes; à tarde; à noite; de manhã; de repente; de vez
em quando; de quando em quando; a qualquer momen- § De tempo: à noite; de dia; de vez em quando; à tarde;
to; de tempos em tempos; em breve; hoje em dia, etc. hoje em dia; nunca mais, etc.
§ De modo: bem; mal; assim; melhor; pior; depressa; de- Amanhã precisarei acordar cedinho.
balde; devagar; às pressas; às claras; às cegas; à toa; à Ela mora pertinho daqui.
vontade; às escondidas; aos poucos; desse jeito; desse
modo; dessa maneira; em geral; frente a frente; lado a O advérbio aplicado ao texto
lado; a pé; de cor; em vão; e a maior parte dos que termi-
nam em ”–mente”: calmamente; tristemente; proposi- Em relação aos advérbios aplicados ao texto, existe uma
tadamente; pacientemente; amorosamente; docemente; gradação semântica entre os advérbios frásicos e advérbios
escandalosamente; bondosamente; generosamente, etc. extrafrásicos, além da distribuição de advérbios modais
(terminados em –mente).
§ De afirmação: sim; certamente; realmente; decerto;
efetivamente; certo; decididamente; deveras; indubita- § Advérbios frásicos: são aqueles que se relacionam com
velmente, etc. um elemento específico da frase. Não apresentam mar-
cas de deslocamento (vírgulas).
§ De negação: não; nem; nunca; jamais; de modo algum;
de forma alguma; tampouco; de jeito nenhum, etc. Exemplo: O veículo corre muito.
§ De dúvida: acaso; porventura; possivelmente; provavel- § Advérbios extrafrásicos: são aqueles exteriores à frase,
mente; talvez; casualmente; por certo; quem sabe, etc. que estão no âmbito da enunciação e, geralmente, des-
locados por vírgula.
§ De intensidade: muito; demais; pouco; tão; em exces-
so; bastante; mais; menos; demasiado; quanto; quão; Exemplo: Ele, infelizmente, não jogou bem hoje.
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tanto; que (quão); tudo; nada; todo; quase; de todo; de Observação: os advérbios extrafrásicos atuam
muito; por completo; extremamente; intensamente; gran- como elementos de avaliação do enunciador
demente; bem (aplicado a propriedades graduáveis), etc. acerca do conteúdo enunciado.
PRONOMES PESSOAIS
Pronome fim, para apontar a pessoa de quem se fala (3ª pessoa), são
utilizados ele(s) e ela(s).
Pronome é a palavra variável que identifica os participantes De acordo com o posicionamento nos processos sintáticos,
da interlocução (pessoas do discurso), os seres e objetos os pronomes pessoais podem funcionar como:
no mundo, além de eventos ou situações aos quais o dis-
curso faça referência. § Caso reto: são pronomes pessoais que, em uma cons-
trução sintática, ocupam a posição de sujeito ou de
Em geral, os pronomes, operam em conjunto com os subs- predicativo do sujeito.
tantivos (nomes), podendo substituí-los, referenciá-los ou,
ainda, acompanhá-los em um processo qualificativo. Exemplos: Eu fiquei bastante chateado. (sujeito)
O encarregado do projeto sou eu. (predicativo
Pronomes pessoais do sujeito)
Os pronomes pessoais são aqueles que substituem os § Caso oblíquo: são pronomes pessoais que, em uma
substantivos. Eles se caracterizam por evidenciar as três construção sintática, ocupam a posição de comple-
pessoas do discurso. Para designar a pessoa que fala (1ª mento verbal (objeto direto ou indireto) ou
pessoa), são usados os pronomes eu (singular) e nós (plu- complemento nominal.
ral). Para marcar a pessoa com quem se fala (2ª pessoa), Exemplo: Compraram-nos alguns presentes. (O
são utilizados os pronomes tu (singular) e vós (plural). Por pronome é complemento do verbo comprar.)
sicionamento de uma palavra em relação a outras palavras § Os pronomes esse, essa e isso indicam que o item/
ou em relação a um contexto. Esses processos ocorrem em objeto está perto da pessoa a quem se fala.
relações espaciais, temporais e sintáticas. Exemplo: Usarei esse lápis (aí) mesmo.
Pronomes interrogativos
estudantil de maio de 1968. Zeus decide esconder dos
homens o fogo, antes disponível para todos, mortais e
imortais, na copa de certas árvores – os freixos – por-
Os pronomes interrogativos são utilizados nas formulações que Prometeu tentara tapeá-lo numa repartição da car-
de perguntas diretas ou indiretas. Fazem referência direta ne de um touro entre deuses e homens.
aos pronomes de 3ª pessoa. Os principais pronomes in- Na mitologia dos Yanomami, o dono do fogo era o jaca-
terrogativos são que, quem, qual e quanto (e suas va- ré, que cuidadosamente o escondia dos outros, comen-
riações). Entende-se como pergunta direta aquela em que do taturanas assadas com sua mulher sapo, sem que
o pronome interrogativo aparece no início do questiona- ninguém soubesse. Ao resto do povo – animais que na-
mento (há sinal de interrogação no fim da pergunta). A quela época eram gente – eles só davam as taturanas
pergunta indireta, por sua vez, é aquela em que o pronome cruas. O jacaré costumava esconder o fogo na boca. Os
outros decidem fazer uma festa para fazê-lo rir e soltar
interrogativo aparece em outra posição na frase, e não no
as chamas. Todos fazem coisas engraçadas, mas o jacaré
início (não há sinal de interrogação). fica firme, no máximo dá um sorrisinho.
Betty Mindlin. O fogo e as chamas dos mitos.
Pergunta direta Pergunta indireta
Revista Estudos Avançados. Adaptado.
Quanto custou a Gostaria de saber quanto
reforma da casa? custou a reforma da casa. a) O emprego do diminutivo nas palavras “vozinha”
e “sorrisinho”, consideradas no contexto, produz o
mesmo efeito de sentido nos dois casos? Justifique.
b) Reescreva o trecho “Os outros decidem fazer uma
festa para fazê-lo rir (...). Todos fazem coisas engra-
çadas”, substituindo o verbo “fazer” por sinônimos
adequados ao contexto em duas de suas três ocor-
rências.
NETO, João Cabral de Melo. Morte e vida severina e outros O PASTOR PIANISTA
poemas em voz alta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.
Soltaram os pianos na planície deserta
Onde as sombras dos pássaros vêm beber.
O meu nome é Severino,
Eu sou o pastor pianista,
não tenho outro de pia. (l. 2-3)
E se somos SEVERINOS Vejo ao longe com alegria meus pianos
iguais em tudo na vida, Recortarem os vultos monumentais
morremos de morte igual, Contra a lua.
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As mãos devem ser livres coberta de algodão de Minas, se encolheu toda, e vol-
para pesos, trabalhos, onças tou-se para os que entravam.
que virão. — Está aqui o doutor, disse-lhe Pereira, que vem curar-te
Fugir agora ou nunca. Vão chorar, de vez.
— Neste lugar, disse o mineiro apontando para o pomar, a) Transcreva esse adjetivo.
todos os dias se juntam tamanhos bandos de graúnas, b) Copie o verso por meio do qual o eu lírico justifica
que é um barulho dos meus pecados. Nocência gosta essa sua característica.
muito disso e vem sempre coser debaixo do arvoredo. 4. (G1 CP2) A POLÊMICA DA USINA DE BELO MONTE
(ref. 1) (fragmento)
Nesta passagem, há duas palavras, de mesma classifica- A polêmica em torno da construção da usina de Belo
ção gramatical, empregadas pelo locutor para indicar a Monte na Bacia do Rio Xingu, em sua parte paraense,
proximidade ou distância do elemento a que se referem. já dura mais de 20 anos. Entre muitas idas e vindas, a
a) Cite essas palavras e identifique sua classificação gra- hidrelétrica de Belo Monte, hoje considerada a maior
obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),
matical.
do governo federal, vem sendo alvo de intensos deba-
b) Transcreva o trecho em que uma dessas palavras se tes na região, desde 2009, quando foi apresentado o
refere a uma informação presente no próprio texto. novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) intensifican-
3. (G1 CP2) ANTIGUIDADES (fragmento) do-se a partir de fevereiro de 2010, quando o MMA
[Ministério do Meio Ambiente] concedeu a licença am-
Quando eu era menina biental prévia para sua construção.
bem pequena, Os movimentos sociais e lideranças indígenas da re-
em nossa casa, gião são contrários à obra porque consideram que os
certos dias da semana impactos socioambientais não estão suficientemente
se fazia um bolo, dimensionados. Em outubro de 2009, por exemplo, um
assado na panela com um 1testo de 2borralho em cima. painel de especialistas debruçou-se sobre o EIA e ques-
tionou os estudos e a viabilidade do empreendimento.
Era um bolo econômico, Um mês antes, em setembro, diversas audiências pú-
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como tudo, antigamente. blicas haviam sido realizadas sob uma saraivada de
Pesado, grosso, pastoso. críticas, especialmente do Ministério Público Estadual,
(Por sinal que muito ruim.) seguido pelos movimentos sociais, que apontava pro-
Eu era menina em crescimento. blemas em sua forma de realização.
Para expressar seu pessimismo com as mudanças pro- patrimônio cultural e de suas tradições populares, mas
postas, o autor propõe uma equivalência entre o adjetivo também ousam reinventá-los e reinterpretá-los. Mos-
econômica e um outro adjetivo. Que adjetivo é esse e de traremos aqui, na Europalia, 4um pouco dessa cultura
que maneira ele produz tal efeito? viva em movimento permanente.”
dormia num beliche diferente todas as noites, às vezes lia fora rompido. Alolum foi vítima da falta de visão ao
com minha mãe, às vezes com meu pai, e algumas ve- trocar recursos por dinheiro.
zes dentro da gaveta da cômoda. O Calypso foi minha Mas o que dizer de nós? Ao desperdiçarmos recursos
identidade infantil. naturais não estamos nos comportando irresponsa-
2
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
INTERPRETAÇÃO
DE TEXTOS
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
TIPOLOGIA TEXTUAL
A tipologia textual (também conhecida como estudo do pela tipologia narrativa, como o romance, o conto, a fá-
tipo textual) trata das formas mais básicas de organiza- bula, o depoimento, o relato, a crônica, a novela e a piada.
ção e apresentação linguística de um texto. Desse modo, Existem outros gêneros que podem apresentar sequências
trata-se de um estudo inicial (e essencial) para que pos- (partes) narrativas, como uma canção, uma notícia, uma
samos aprimorar nossas capacidades de interpretação de reportagem, um poema, entre outros textos.
textos.
Tecnicamente, existem 5 tipologias textuais oficiais (além
de outras reorganizações), e é a partir delas que sur-
Tipologia descritiva
gem os variados gêneros textuais que compõem os (ou texto descritivo)
textos que vemos em questões de vestibular. Vale ressaltar
que um único texto pode ser formado por mais de uma Um texto será descritivo quando tenta apresentar para o
tipologia. leitor/ouvinte as principais características de algo. Podemos
dizer que se trata de um texto que busca formar “uma
Para identificarmos cada um dos tipos textuais, é neces- imagem na cabeça do leitor”. O texto descritivo pode ser
sário que se observem características estruturais do texto construído a partir de duas orientações:
com o qual entramos em contato. Na sequência, vamos
conhecer cada uma delas, com seus devidos detalhes § Descrição objetiva: aqui, não ocorrem juízos de va-
lor, projeções de opinião, ou mesmo impressões pes-
soais sobre o que está sendo observado. Nesse caso,
Tipologia narrativa há uma evidente imparcialidade (visão neutra) na con-
dução do texto, buscando apontar de maneira muito
(ou texto narrativo) realista e verossímil os atributos de algo.
Um texto será narrativo quando apresentar um narrador § Descrição subjetiva: aqui, as considerações pessoais
que nos conta uma história, ou seja, que relata fatos (fictí- e as emoções de quem está descrevendo são projeta-
cios ou não), envolvendo personagens Tais fatos se passam das de forma mais nítida (por meio de adjetivações).
num determinado lugar e dentro de algum tempo esta- Nesse caso, o objetivo é criar na mente do leitor uma
belecido (cronológico ou não). Tradicionalmente, alguns imagem que construa linhas de influência (não apenas
teóricos determinam que existem elementos básicos se descreve algo, mas tenta-se fazer com que o leitor/
que formam uma narrativa (sustentados em per- ouvinte constitua impressões pessoais a respeito da
guntas), que seriam os seguintes: imagem construída).
§ O quê? – revela para o leitor qual é a história, o assun- Os principais gêneros sustentados pela tipologia descritiva
to central da trama são os cardápios, as biografias, os anúncios de classificados
§ Quem? – quais são as personagens envolvidas na e os folhetos de viagem. Podemos encontrar sequências
história, que podem ser divididas, didaticamente, em (partes) descritivas em vários tipos de textos, como, por
principais (protagonistas) e secundárias (coadjuvantes). exemplo, em textos literários.
§ Quando? – indica o momento em que a história se
passa (contribui para situar o leitor temporalmente).
Tipologia expositiva
§ Onde? – designa o local (espaço) onde a trama ocorre
(em literatura, podemos ter ambientes que são físicos (ou texto dissertativo-expositivo)
ou até mesmo psicológicos). Existe uma tipologia conhecida como “dissertativa”, e uma
§ Conduzido por quem? – um texto narrativo costu- de suas subdivisões é a dissertação-expositiva. Um texto
ma possuir um narrador. Ele pode fazer parte da histó- será expositivo quando busca aprofundar uma descrição
ria (narrador personagem) ou não participar dela (nar- por meio de ideias, conceituações, definições, enumera-
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rador observador ou narrador onisciente). Chamamos ções, comparações, entre outros recursos que contribuam
esse fenômeno de “foco narrativo”. para tornar mais claro para o leitor/ouvinte algum conjunto
de informações.
Existem gêneros mais tradicionais que são sustentados
Tipologia argumentativa vez que eles não devem dar margem para interpretações
ambíguas. Muitos deles são construídos com verbos no
(ou texto dissertativo-argumentativo) imperativo, sem que necessariamente criem na mente do
Outra modalidade de texto dissertativo é a dissertação-ar- leitor uma ideia de mudança de comportamentos.
gumentativa. Um texto será argumentativo quando mobili- Os gêneros sustentados pela tipologia injuntiva são os ma-
za estruturas opinativas, que objetivam – em certa medida nuais de instrução, as bulas de remédio, os regulamentos,
– a persuasão de um leitor/ouvinte. Tais textos têm como as receitas culinárias e, pontualmente, alguns tipos de texto
intuito defender uma ideia ou um conceito sobre determi- publicitário.
nado assunto por meio de argumentações pautadas em
dados, estatísticas e exemplos concretos.
Em geral, os gêneros que são sustentados pela tipologia
Outras tipologias complementares
argumentativa são construídos com uma linguagem mais
formal, uma vez que costumam ser oriundos de pesqui- a) Tipologia dialogal
sas e avaliações de dados técnicos. Dentre eles temos os (ou texto dialogal)
artigos de opinião, os editoriais de jornal, as resenhas, as
monografias, os ensaios, dentre outros tipos de texto. b) Tipologia preditiva
(ou texto preditivo)
Tipologia injuntiva
c) Tipologia prescritiva
(ou texto injuntivo) (ou texto prescritivo)
Um texto será injuntivo (também conhecido pelo nome de
“instrucional”) quando pretende ensinar/instruir alguém a
fazer algo. Ele é composto por um conjunto de informações
que são organizadas em passos separados, de modo a faci-
litar o entendimento do leitor/ouvinte.
A ideia principal do texto injuntivo é conduzir (e não, in-
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A teoria das funções da linguagem afirma que a lingua- § Referencial ou denotativa: foco no contexto ou na
gem apresenta funções mais amplas do que simplesmen- referência de mundo (o assunto, situação ou objeto so-
te as de caráter informativo. Nesse sentido, os sistemas bre o qual se fala);
comunicativos seriam pautados por seis funções da lin- § Fática ou de contato: foco no canal de comunicação
guagem, que seriam determinadas a partir de um “foco” ou a partir da abertura de contato (físico ou psicológi-
(ou uma ênfase) que recai em pontos específicos da men- co) com terceiros;
sagem observada. As funções seriam as seguintes:
§ Poética: foco nos modos de elaboração da mensagem
§ Emotiva ou expressiva: foco no emissor, locutor ou e do texto que a compõe;
enunciador (a pessoa que fala ou escreve);
§ Metaliguística: foco no código comunicativo (nas
§ Apelativa ou conativa: foco no receptor ou interlo- bases prévias de comunicação, sejam elas verbais ou
cutor (a pessoa para quem se fala ou escreve, ou, em não verbais).
algumas abordagens, aquele com quem se conversa);
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
A variação linguística é a diversificação dos sistemas de uma § frases inacabadas, porque foram cortadas ou inter-
língua em relação às possibilidades de mudança de seus ele- rompidas;
mentos (vocabulário, fonologia, morfologia, sintaxe). § uso frequente da omissão de palavras;
Exemplo: Eu vou com minha mãe e com meu pai; em-
Linguagem formal versus presta o seu caderno?
linguagem informal § formas contraídas;
a. Norma culta/padrão: é a denominação dada à varieda-
Exemplo: prof, med, refri, facul
de linguística dos membros da classe social de maior prestí-
gio dentro da classe literária. § afastamento das regras gramaticais;
bordões de fala (“Pois, eu aaa... eu acho que... pronto, § uso de vocabulário mais amplo e cuidadoso;
não sei...“, “Cara, o que é isso, cara?“); § conectivos e estruturas sintáticas para garantir a coe-
§ frases curtas; são textual.
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Agora, responda:
a) Qual é a temática principal da charge acima?
b) Quais são os elementos verbais e não verbais utilizados na charge para construir o seu significado? Justifique sua
resposta por menção direta a esses elementos.
Vamos precisar de muito amor O quanto 1essa Arte de escrever pareceu estranha quan-
A felicidade mora ao lado do da sua Invenção primeira é algo que podemos ima-
E quem não é tolo pode ver... ginar pelos Americanos recém-descobertos, que ficaram
espantados ao ver Homens conversarem com Livros, e
A paz na Terra, amor não conseguiam acreditar que um Papel pudesse falar...
O pé na terra Há um relato excelente a esse Propósito, referente a
A paz na Terra, amor um Escravo Índio; que, ao ser mandado por seu Senhor
O sal da... com uma Cesta de Figos e uma Carta, comeu durante o
Percurso uma grande Parte de seu Carregamento, entre-
Terra!
gando o Restante à Pessoa a quem se destinava; que,
És o mais bonito dos planetas
ao ler a Carta e não encontrando a Quantidade de Figos
Tão te maltratando por dinheiro
correspondente ao que se tinha dito, acusa o Escravo de
Tu és a nave nossa irmã
comê-los, dizendo que a Carta afirmava aquilo contra
Canta!
ele. Mas o Índio (apesar dessa Prova) negou o Fato, acu-
Leva tua vida em harmonia
sando o Papel de ser uma Testemunha falsa e mentirosa.
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã... Depois disso, sendo mandado de novo com um Carrega-
mento semelhante e uma Carta expressando o Núme-
Vamos precisar de todo o mundo ro exato de Figos que deviam ser entregues, ele, mais
Um mais um é sempre mais que dois uma vez, de acordo com sua Prática anterior, devorou
U.T.I. 1
Pra melhor juntar as nossas forças uma grande Parte deles durante o Percurso; mas, antes
É só repartir melhor o pão de comer o primeiro (para evitar as Acusações que se
Recriar o paraíso agora seguiriam), pegou a Carta e a escondeu sob uma grande
Para merecer quem vem depois... Pedra, assegurando-se de que, se ela não o visse comer
35
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
1. (UNESP 2018) Para responder à questão, leia o soneto 36
no mesmo ventre crescido
de Raimundo Correia (1859-1911). 37
sobre as mesmas pernas finas,
38
e iguais também porque o sangue
Esbraseia o Ocidente na agonia 39
que usamos tem pouca tinta.
O sol... Aves em bandos destacados, 40
E se somos Severinos
Por céus de ouro e de púrpura raiados, 41
iguais em tudo na vida,
Fogem... Fecha-se a pálpebra do dia... 42
morremos de morte igual,
Delineiam-se, além, da serrania
43
mesma morte severina:
Os vértices de chama aureolados,
44
que é a morte de que se morre
E em tudo, em torno, esbatem derramados
45
de velhice antes dos trinta,
Uns tons suaves de melancolia...
46
de emboscada antes dos vinte,
47
de fome um pouco por dia
Um mundo de vapores no ar flutua... 48
(de fraqueza e de doença
Como uma informe nódoa, avulta e cresce 49
é que a morte severina
A sombra à proporção que a luz recua... 50
ataca em qualquer idade,
A natureza apática esmaece...
51
e até gente não nascida).
Pouco a pouco, entre as árvores, a lua João Cabral de Melo Neto. Morte e vida severina e outros
poemas em voz alta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.
Surge trêmula, trêmula... Anoitece.
vivendo na mesma serra
a) Transcreva da primeira estrofe um exemplo de per-
magra e ossuda em que eu vivia. (l. 30-31)
sonificação. Justifique sua resposta.
b) Cite duas características que permitem filiar esse a) Na descrição da serra, observa-se o emprego de
soneto à estética parnasiana. uma figura de linguagem. Nomeie essa figura.
b) Indique, ainda, a relação estabelecida entre a per-
2. (UERJ 2018) MORTE E VIDA SEVERINA (AUTO DE NA- sonagem e o ambiente, a partir do efeito produzido
TAL PERNAMBUCANO) por essa descrição.
01
O retirante explica ao leitor quem é e a que vai. 3. (UFJF-PISM 1) SOMBRAS MIÚDAS
02
— O meu nome é Severino,
03
não tenho outro de pia. A história de Ivanildo é que ele simplesmente não tem
04
Como há muitos Severinos, história. Morador de rua, virou notícia porque teve corpo
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05
que é santo de romaria, queimado por gasolina e faleceu na última terça-feira
06
deram então de me chamar (27), e é só, mais nada.
07
Severino de Maria; O assassino, conforme as investigações policiais, era ou-
08
como há muitos Severinos tro morador de rua, e o crime, vejam vocês a ironia da
lugar certo para qualquer um de nós, miserável ou não. a) Na segunda estrofe, verifica-se a personificação
Outro dia vi um Ivanildo fuçando uma lata de lixo à pro- dos pianos. Que outro elemento também é personifi-
cura de comida que sobra dos nossos pratos, mas o dono cado nessa estrofe? Justifique sua resposta.
da lanchonete apareceu para expulsá-lo com um cabo b) Quem é o sujeito do verbo “comunica-se” (3ª es-
de vassoura. trofe)? Justifique sua resposta.
Fiquei com a impressão de que mendigos trazem má sor-
5. (UNESP) A questão focaliza um trecho de um poema
te para o comércio, e que restos de comida não são para de 1869 do poeta romântico português Guilherme Bra-
restos de pessoas. ga (1845-1874) e uma marcha de carnaval de Wilson
“Nós, os filhos de Deus, privatizamos até as migalhas”. Batista (1913-1968) e Roberto Martins (1909-1992),
Tenho a impressão que os únicos que gostam dos mora- gravada em 1948.
dores de rua são os cachorros. Aliás, de raça ou não, não
EM DEZEMBROWW
conheço nenhum cachorro que não tenha um mendigo
pra cuidar. Olhai: naquele operário
Moradores de rua são uma espécie rara de seres huma- Tudo é força, ânimo e vida;
nos: Eles não têm dentes, eles não cortam os cabelos, Se o trabalho é o seu calvário
eles não tomam banho, pedem-nos esmolas, dormem Sobe-o de cabeça erguida.
no nosso caminho de casa, e nós, a não ser que peguem Deus deu-lhe um anjo na esposa,
fogo, simplesmente não os vemos. E as filhas são tão pequenas
É difícil vê-los. Somos cristãos demais para enxergá-los. E Que delas a mais idosa
tem mais, dizem que são invisíveis a olho nu. Conta dez anos apenas.
Tem cinco, e todas tão belas
Mas não são, suas sombras miúdas se arrastam em nos-
Que, ao ver-lhes a alegre infância,
sas orações, para o deleite da nossa hipocrisia. Fingir que
gostamos de deus é a melhor forma de agradar o diabo. Julga estar vendo as estrelas
E o céu a menos distância;
Um ser humano pegando fogo na calçada e os nossos Por isso, quando o trabalho
joelhos doendo de tanto rezar pela nossa felicidade ma-
Lhe fatiga as mãos calosas,
terial...
Tem no suor o fresco orvalho
Deus sabe o que faz, a gente não. Devia ser o contrário. Que dá seiva àquelas rosas,
Se dependesse de mim, a humanidade (?) já tinha pega- [...]
do fogo há muito tempo. Um por um. Depois, da ceia ao convite,
VAZ, Sérgio. Literatura, pão e poesia: histórias de um povo Toda a família o rodeia
lindo e inteligente. São Paulo: Global, 2011. p. 67-68. À mesa, aonde o apetite
Faz soberba a humilde ceia.
Segundo o Dicionário Houaiss, ironia é “figura por meio [...]
da qual se diz o contrário do que se quer dar a entender“ No entanto, como a existência
(2001, p. 1651). Localize no texto de Sérgio Vaz dois casos Não tem em si nada estável,
em que se emprega a ironia e explique a utilização delas. Num dia de decadência
Este obreiro infatigável,
4. (UNESP 2018) Leia o poema de Murilo Mendes
Por ter gasto a noite inteira
(1901-1975) para responder à questão.
Na luta, cede ao cansaço,
O PASTOR PIANISTA E cai da máquina à beira,
E a roda esmaga-lhe um braço...
Soltaram os pianos na planície deserta
Ai! o infortúnio é severo!
U.T.I. 1
PEDREIRO WALDEMAR
Você conhece
O pedreiro Waldemar?
Não conhece?
Mas eu vou lhe apresentar
De madrugada
Toma o trem da Circular
Faz tanta casa
E não tem casa pra morar
Leva a marmita
Embrulhada no jornal
Se tem almoço,
Nem sempre tem jantar
O Waldemar,
Que é mestre no ofício
Constrói um edifício
E depois não pode entrar.
(Roberto Lapiccirella (Org.).
“Antologia musical popular brasileira”, 1996.)
LITERATURA
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
FUNDAMENTOS PARA ESTUDO LITERÁRIO: ARTE E TÉCNICA
TROVADORISMO E HUMANISMO
As cantigas trovadorescas são divididas em dois grupos: Linguagem ambígua e velada Linguagem direta e clara
as líricas, que falam de sentimento e são subdivididas em
Vocabulário comedido Vocabulário agressivo
cantigas de amor e cantigas de amigo; e as cantigas
As novelas de cavalaria
bres que queriam registrar seus grandes feitos. O mais
famoso cronista de Portugal foi Fernão Lopes, nome-
As novelas de cavalaria são os primeiros romances, ado cronista-mor da Torre do Tombo, por D. Duarte.
ou seja, longas narrativas em verso, surgidas no século § Poesia palaciana – poemas compostos em redondi-
XII. Elas contam as aventuras vividas pelos cavaleiros an- lhas, sem o acompanhamento musical, e impres-
dantes e tiveram origem com o declínio do prestígio da sos, feitos para declamação dentro dos palácios; além
poesia dos trovadores. de tratar da vida da corte, retomavam os temas das
Estão organizadas em três ciclos, de acordo com o tema cantigas trovadorescas, porém com preocupação técni-
que desenvolvem e com o tipo de herói que apresentam: ca e novas formas poemáticas, como é o caso do Vilan-
§ Ciclo clássico: novelas que narram a guerra de Troia cete, da Trova e da Esparsa. Toda a produção de poesia
e as aventuras de Alexandre, o Grande. O ciclo recebe palaciana foi reunida num volume chamado Cancio-
essa denominação porque seus heróis vêm do mundo neiro geral, organizado por Garcia de Resende.
clássico mediterrâneo. § Teatro – voltado para temas religiosos e didáticos, ou
§ Ciclo arturiano ou bretão: histórias envolvendo o rei seja, feito para ensinar religião. Representava cenas bí-
Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda. Nessas nove- blicas, vidas dos santos e mártires da Igreja. O teatro
las, podem ser identificados vários núcleos temáticos: a propriamente dito, com texto elaborado, inaugurou-se
história de Percival, a história de Tristão e Isolda, as aven- em Portugal com a obra de Gil Vicente, que mostrou
turas dos cavaleiros da corte do rei Arthur e a demanda peças cheias de sátira à sociedade, com temas tanto
do Santo Graal. profanos, nas farsas, como religiosos, nos autos. Seu
§ Ciclo carolíngio ou francês: histórias sobre o rei teatro desenvolveu essencialmente “tipos sociais”, isto
Carlos Magno e os Doze Pares de França. é, personagens que representavam figuras que desen-
volviam papéis específicos na sociedade e apontavam
Humanismo os defeitos da personalidade humana. A sua crítica al-
cançou desde os mais pobres aos mais ricos ou mais
graduados clérigos. Sua obra aponta o equilíbrio entre
Contexto a razão e a emoção, que norteou a arte do século XV,
§ Século XV – fim da Idade Média. considerando que ele alcançou o século XVI e viveu o
§ Grandes navegações. início e o auge do Renascimento. Por isso, notam-se em
§ Desenvolvimento das cidades e do comércio. sua obra valores teocêntricos e antropocêntricos.
Classicismo § Descobrimentos.
§ Antropocentrismo (homem como centro das preocu-
pações).
Contexto
Produção artística
U.T.I. 1
Luís Vaz de Camões teria nascido em 1524 ou 1525, pro- § Narração (canto I, estrofe 19 até canto X, es-
vavelmente na cidade de Lisboa (talvez Coimbra ou San- trofe 144)
tarém). Morreu em 10 de junho de 1580. Curiosamente, O poeta relata a viagem propriamente dita dos portugueses
U.T.I. 1
o herói da poesia portuguesa expirou quando se iniciou o ao Oriente. O desenrolar dos fatos começa In Media Res, ou
declínio do poderio imperial de Portugal, no mesmo ano seja, no meio da ação, quando Vasco da Gama e sua esqua-
da União da Península Ibérica, em que o país ficou sob o dra se dirigem ao Cabo da Boa Esperança.
Quinhentismo Barroco
Contexto histórico Contexto histórico
§ Século XVI. § reforma × contrarreforma
§ Início da colonização do Brasil. § no Brasil: ciclo da cana-de-açúcar
no reúnem a produção literária de Bocage. Os sonetos de Os escritores árcades mineiros Tomás Antonio Gonzaga,
Rimas são o ponto alto de sua produção. e alguns estudio- Alvarenga Peixoto e Cláudio Manuel da Costa participa-
sos chegam a compará-lo a Camões. A solidão, a desilu- ram diretamente do movimento da Inconfidência Minei-
§ É um dos principais escritores do romantismo português. Ângela (1858), Amor de perdição (1863), Amor de
§ Em 1832, participou do cerco à cidade do Porto, empre- salvação (1864), A doida do Candal (1867), O retra-
endido pelos liberais. to de Ricardina (1868).
Pois manda Amor, que a ti somente os diga, 3. A estrutura paralelística é, neste poema, particularmen-
Dá-lhes pio agasalho no teu manto; te expressiva, pois revela uma relação importante com o
Ouve-os, como costumas, ouve, enquanto aspecto da temática. Determine qual é esta relação.
Dorme a cruel, que a delirar me obriga:
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES
E vós, ó cortesãos da escuridade, 4 E 5.
Fantasmas vagos, mochos piadores,
Inimigos, como eu, da claridade! Mote:
Perdigão perdeu a pena,
Em bandos acudi aos meus clamores; Não há mal que lhe não venha.
Quero a vossa medonha sociedade,
Quero fartar meu coração de horrores. Volta:
Perdigão que o pensamento
5. (PUC-RJ) Texto 1 Subiu a um alto lugar,
Perde a pena do voar,
Beijei na areia os sinais de teus passos, beijei os meus Ganha a pena do tormento.
braços que tu havias apertado, beijei a mão que te ul- Não tem no ar nem no vento
trajara num momento de loucura, e os meus próprios Asas com que se sustenha:
lábios que roçaram tua face num beijo de perdão. Não há mal que lhe não venha.
Que suprema delícia, meu Deus, foi para mim a dor que (Camões)
me causavam os meus pulsos magoados pelas tuas
mãos! Como abençoei este sofrimento!... Era alguma 4. De que fase da poesia de camões este poema se en-
cousa de ti, um ímpeto de tua alma, a tua cólera e indig- quadra?
nação, que tinham ficado em minha pessoa e entravam
5. Do ponto de vista formal, como pode se classificar o
em mim para tomar posse do que te pertencia. Pedi a
poema classicista de Luís Vaz de Camões?
Deus que tornasse indelével esse vestígio de tua ira,
que me santificara como uma cousa tua! LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES
.................................................................. 6 A 8.
Quero guardar-me toda só para ti. Vem, Augusto: eu te es- Passada esta tão próspera vitória,
pero. A minha vida terminou; começo agora a viver em ti. Tornado Afonso à Lusitana terra,
(José de Alencar. “Diva”. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996. p.121.) A se lograr da paz com tanta glória
Quanta soube ganhar na dura guerra,
O texto acima é um trecho do último capítulo de “Diva”,
romance de Alencar que, ao lado de “Senhora” e “Lucí- O caso triste, e dino da memória
ola”, forma a trilogia de “perfis femininos”. Trata-se de Que do sepulcro os homens desenterra,
uma carta escrita por Emília, protagonista da estória, Aconteceu da mísera e mesquinha
ao jovem médico Augusto. A partir da leitura do texto, Que despois de ser morta foi Rainha.
indique as características românticas presentes no frag- (Luis Vaz de Camões)
mento, justificando com exemplos. 6. De que obra de Luis Vaz de Camões o trecho apresen-
tado foi retirado?
2
levado - agitado
Farei que amor a todos avivente,
1. Segundo a tradição da poesia medieval, como pode- Pintando mil segredos delicados,
-se classificar a cantiga de Martim Codax? Brandas iras, suspiros magoados,
TEXTO II
LEMBRANÇA DE MORRER
REDAÇÃO
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA
DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA: é o gênero textual em que se discute um tema, a partir da defesa de um posicionamento
sustentado por argumentos. Trata-se de um tipo de texto frequentemente exigido nos exames vestibulares do país.
Reflexão Crítica
A elaboração da redação exige um momento de reflexão especial do candidato. Na maior parte dos casos, é mais produtivo
dedicar um tempo maior para a análise do tema e para a seleção dos argumentos que para a própria escrita, uma vez que
a construção de um ponto de vista claro e objetivo é a principal finalidade do texto.
Uma das maneiras de refletir criticamente sobre um assunto é separar o “joio do trigo”. No caso das dissertações xargu-
mentativas, a reflexão pode ser iniciada separando o senso comum do senso crítico. O SENSO CRÍTICO se encarrega
de analisar a fundo as problemáticas discutidas observando seu surgimento, suas causas e seus principais
agentes; o SENSO COMUM, por sua vez, apenas reflete uma opinião superficial ou limitada, usualmente
baseada em hábitos, crenças e preconceitos ou numa visão menos esclarecida sobre determinada situação.
OBJETIVIDADE A linguagem utilizada na redação deve respeitar a norma padrão da língua portuguesa e prezar pela clareza e pela objetividade. Os termos
E CLAREZA que atribuem incerteza e imprecisão às afirmações devem ser deixados de lado.
Substantivos abstratos Logo, nota-se o desprezo da opinião pública em uma questão que deveria ser de interesse coletivo.
Assim, esse cenário apenas fortalece o desconhecimento sobre o assunto.
Diante disso, nota-se que o racismo continua presente no cotidiano brasileiro, ainda que parte da sociedade civil negue
sua existência.
Verbos de ligação Tornou-se comum negar o próprio discurso.
Além disso, vale dizer que o corpo docente permanece distante do interesse de seus alunos.
ESPECIFICIDADES DO ENEM
Competências
COMPETÊNCIA 01: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa.
Dicas:
§ Esteja muito atento à construção sintática das orações e aos problemas de acentuação, pontuação, concordância
e ortografia;
§ Dê preferência ao emprego de períodos menores, em que as subordinações e orações intercaladas possam ficar mais
claras e organizadas aos olhos do leitor;
§ RELEIA o seu rascunho antes de passar a limpo procurando eliminar quaisquer desvios da norma padrão e usos lexicais
da informalidade.
COMPETÊNCIA 02: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para
desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
Dicas:
§ Leia com MUITA ATENÇÃO o recorte temático proposto, buscando elaborar uma redação que atende integralmente ao
que se pede;
§ Construa seus parágrafos de modo a deixar claro que seu texto possui uma introdução com uma tese, desenvol-
U.T.I. 1
vimento conclusão;
§ Utilize ao menos dois repertórios externos na redação que estejam vinculado ao tema e que sejam provenientes de
outras áreas do conhecimento: literatura, história, sociologia, filosofia, direito, cinematografia, música, etc.
será democratizado, possibilitando a toda a população brasileira o mesmo encanto que tinha Hugo Cabret com os filmes.
Trecho extraído de redação nota 1000 publicada na Cartilha do participante – Redação ENEM 2020
C2: Em relação aos princípios da estruturação do texto dissertativo-argumentativo, percebe-se que o participante apre-
senta introdução em que expõe seu ponto de vista, desenvolvimento de justificativas que comprovam
esse ponto de vista e conclusão que encerra a discussão, demonstrando excelente domínio do texto dissertati-
vo-argumentativo. O tema é abordado de forma completa, revelando uma leitura cuidadosa da proposta
de redação: ainda no primeiro parágrafo, o participante anuncia a problemática ao abordar a centralização das salas
de cinema e o preço elevado dos ingressos que impedem a democratização efetiva do cinema. Observa-se também o
uso produtivo de repertório sociocultural pertinente à discussão proposta pelo participante em mais de
um momento do texto: no primeiro parágrafo, o filme “A Invenção de Hugo Cabret” foi utilizado com o objetivo de
contextualizar o tema, apresentando o cinema como um lugar de lazer; no segundo parágrafo, o participante compara
o que é assegurado pela Constituição Federal com a situação atual do país; e, no terceiro parágrafo, ele se vale de um
argumento de autoridade, encontrado no pensamento de Adam Smith, para fundamentar a justificativa de que o preço
dos ingressos é alto porque há poucas empresas atuando no Brasil.
C3: Percebe-se, também, ao longo da redação, a presença de um projeto de texto estratégico, com informações,
fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, desenvolvidos de forma consistente e bem organizados em
defesa do ponto de vista. No primeiro parágrafo, o participante destaca a importância do cinema como fonte de lazer e
apresenta a situação dessa arte no Brasil: de acordo com ele, o acesso ao cinema é prejudicado porque as salas estão
centralizadas emg randes cidades e o preço dos ingressos é alto. Esses dois aspectos serão aprofundados de forma orga-
nizada, cada um em um parágrafo próprio. No segundo parágrafo, discutem-se as causas da centralização das salas do
cinema nas grandes cidades, o que fez com que as áreas rurais ou periféricas ficassem sem acesso a ele. Já no terceiro
parágrafo, as causas do alto custo das sessões de cinema são apresentadas e detalhadas. No último parágrafo, são apre-
sentadas propostas de solução para os dois problemas discutidos no texto, reforçando a importância de se proporcionar
esse tipo lazer à população brasileira.
C4: Em relação à coesão, encontra-se, nessa redação, um repertório diversificado de recursos coesivos, sem inade-
quações. Há articulação tanto entre os parágrafos (“Ademais”, “Portanto”) quanto entre as ideias dentro de
um mesmo parágrafo (1º parágrafo: “seus pontos centrais”, “essa forma de arte”, “o que”; 2º parágrafo: “mas”, “desse
processo”, “Sendo assim”; 3º parágrafo: “também””, “uma vez que”, “enquanto”; 4º parágrafo: “dessas regiões”, “Além
disso”, “Com essas medidas”, entre outros).
C5: Por fim, o participante elabora proposta de intervenção muito boa: concreta, articulada à discussão desen-
volvida no texto, detalhada e que respeita os direitos humanos ao propor investimentos em salas de cinemas em
lugares afastados e aumento da competitividade entre as empresas exibidoras.
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§ Repertório: A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) – todo ser humano tem o direito de ser reconhecido
como pessoa perante a lei.
01.º § Problema: No entanto, essa situação não se concretiza de modo efetivo no Brasil/ muitas pessoas ainda se tornam
vítimas do tráfico humano no país/ tratadas como mercadoria.
§ Tese: O problema ocorre em função do desconhecimento civil sobre o assunto e é reforçado pela ação ineficaz do Estado.
§ Intervenção 01: MDH – informar a população sobre os riscos – campanhas em massa (tv/redes/transportes públicos)
– diminuir o número de vítimas
04.º § Intervenção 02: Gov. Federal – aperfeiçoar o sistema de segurança – criação secretaria tecnologicamente especializada
no recolhimento das informações – a fim de desmontar as organizações criminosas com mais facilidade
§ Assim, o Brasil poderá garantir maior proteção, como determina a DUDH.
MAPA MENTAL
Especificidades da Fuvest
Proposta com viés mais Os recortes temáticos costumam trazer discussões mais amplas que abordem questões referentes ao indivíduo
ou à sociedade como: os limites da arte, a menoridade do homem, a interferência do passado na compreensão
abstrato/reflexivo do presente, o papel da ciência do mundo contemporâneo, entre outros.
A FUVEST avalia a capacidade do aluno de desenvolver o tema apresentado. De modo geral, o tema não
é avaliado apenas pela sua pertinência à proposta, mas sim pela sua profundidade e articulação com as
Desenvolvimento ideias sugeridas nos textos motivadores.
do tema e leitura
Nesse sentido, ela exige que o aluno desenvolva o tema de modo profundo, a partir de um ponto de vista crítico,
da coletânea que transcenda os elementos da coletânea e analise as relações tensivas entre todos os elementos enfocados
na proposta.
Evite fórmulas prontas: procure fugir de estruturas pré-fabricadas e mostre ao leitor que possui competência para
elaborar um texto argumentativo a partir de suas próprias reflexões.
Autoria
Autoria dentro da estrutura dissertativa argumentativa: busque a construção de um texto que único que atenda
ao gênero e ao tema proposto.
Fundamente seus argumentos e crie sua introdução a partir de um repertório sociocultural diferente e criativo:
procure selecionar autores, teorias, livros, filmes, etc. que efetivamente tenham uma relação próxima com o tema
Repertório pessoal e que acrescentem à discussão realizada. Evite usar “citações-coringa” muito divulgadas na internet como base
de seus argumentos.
Analise o tema de modo aprofundado: Na Fuvest, é fundamental fugir do senso comum sobre o tema abordado.
Reflexão crítica Sempre procure ler os textos da coletânea e encontrar uma abordagem mais profunda para a temática discutida,
valendo-se, sobretudo, de teorias que possam fundamentar seus argumentos.
Atente à escolha do léxico: A Fuvest valoriza não apenas o uso da norma culta do português, mas também
Valorização do uma seleção vocabular expressiva que contribua para a construção das ideias dentro de um determinado
vocabulário expressivo tema. Portanto, procure empregar um vocabulário preciso, conciso e adequado ao tema discutido, evitando
clichês e frases feitas.
Os excertos escolhidos pela VUNESP costumam apresentar pontos de vista divergentes sobre o assunto em
questão. Essa escolha não é aleatória: ela induz o candidato a criar argumentos que sejam capazes de corro-
Polarização de ideias borar ou contestar os posicionamentos apresentados na coletânea, fazendo – sobretudo – o uso de ressalvas.
Sendo assim, é importante observar se os argumentos escolhidos para sustentar a tese já não estão “invalida-
dos” por um desses excertos da coletânea.
É preciso muita atenção ao ler o recorte temático proposto pela VUNESP. Isso porque ele costuma abordar
Atenção ao recorte um mesmo assunto a partir de recortes diferentes. Exemplo: O voto nulo é um ato político eficaz? (UNIFESP
2017)/ O voto deveria ser facultativo no Brasil? (UNESP 2018). Ambos os temas falam sobre votos e eleição,
temático mas possuem recortes diferentes. Além disso vale considerar que esse recorte pode ser apresentado em forma
de perguntas ou de afirmações.
Adote um posicionamento claro. É fundamental que o ao ler o recorte temático e a coletânea, você já
Adoção de um saiba ao menos qual das ideias quer defender. Evite “ficar em cima do muro”, pois corre-se um risco
posicionamento claro muito alto de cair em contradição. Assuma seu posicionamento, e escolha ao menos dois argumentos
para provar que você está correto em sua argumentação.
Composição da introdução:
Uso de um repertório para a contextualização do tema, apresentação do recorte temático proposto e apresentação da tese.
1. Repertório: Inicie o texto com algum repertório sociocultural para poder criar uma analogia com o tema a ser
CONTEXTUALIZAÇÃO discutido. (Literatura; História; Sociologia; Filosofia; Legislação).
2. Apresentação do tema: A partir da analogia estabelecida, apresente o tema da redação. Use palavras próximas
DIRECIONAMENTO ao recorte temático para garantir a compreensão do tema.
3. Tese: Apresente o seu posicionamento a respeito do tema proposto.
Estratégias de introdução
Esse modelo de introdução, usado por muitos alunos, é um dos mais seguros para os que possuem mais
Apresentação dificuldade de iniciar a redação. Ele pode ser iniciado por afirmações, declarações gerais e até mesmo
da questão exemplos a respeito do assunto, seguidos de exposição da problemática que envolve o tema e, finalmente,
a tese do autor.
Esse modelo consiste em apropriar-se de uma imagem/metáfora que, de alguma forma, relacione-se com o as-
sunto em questão. Trata-se selecionar uma imagem (dentro de um universo simbólico) que conduzirá o raciocínio
Uso de imagens a ser construído.
Essa imagem pode ser uma história, uma anedota, um dito-popular, isto é: algo que aparentemente não se
relaciona com o tema, mas que é usado como forma de construir uma analogia.
O uso de dados históricos é um dos modelos mais usados na redação, justamente por ser uma forma segura de
iniciar o período.
Dados históricos No entanto, é preciso ter cuidado: a informação deve estar diretamente relacionada com o tema e deve ser usada
apenas para introduzir a questão. Muitas vezes, alguns alunos exageram nos detalhes históricos e esquecem o
objetivo principal, deixando a introdução longa e tediosa.
Outra forma produtiva de se iniciar uma redação é a partir do uso de referências da ficção, isto é, menções a
filmes, livros, séries, poemas e até mesmo pinturas. Para empregar essa técnica, é preciso criar uma relação
entre um aspecto da obra e a realidade do tema abordado, estabelecendo semelhanças, diferenças e outras
Referências ficcionais analogias possíveis.
No entanto, a recomendação é a mesma do uso de dados históricos:a referência ficcional só deve entrar se ela
efetivamente puder criar uma analogia com o tema discutido.
Também é possível introduzir a redação apresentando dados de leis que se relacionem com o tema abor-
dado. É comum encontrar redações que se referem à Constituição Federal Brasileira, ao Estatuto da Criança
Uso de Leis e do Adolescente e a outras determinações legais, estabelecendo uma relação entre tais leis e os recortes
temáticos propostos.
Usar recortes teóricos da filosofia e da sociologia na introdução da redação pode ser uma boa alternativa para o
Uso de teorias seu texto, pois essas áreas dialogam, direta ou indiretamente, com questões sociais, políticas, científicas, culturais
filosóficas/sociológicas e comportamentais que estão presentes em muitas propostas de redação.
e de outras áreas A dica é tentar selecionar um repertório bem adequado à temática discutida e caprichar na conexão entre esse
científicas repertório e a apresentação do tema. Além disso, é fundamental conhecer bem o conceito e saber escrever o
nome do autor da obra, pois isso trará legitimidade e veracidade às analogias estabelecidas.
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O dramaturgo alemão Bertold Brecht, na peça “A exceção e a regra”, afirma que as pessoas devem desconfiar
1. REPERTÓRIO daquilo que se apresenta como aparentemente natural, já que o cotidiano da sociedade da época estava repleto
de confusões e conflitos capazes de produzir enganos e injustiças no convívio entre os cidadãos.
Embora a concepção do autor esteja presente em uma obra ficcional do início do século XX, é possível dizer
2. APRESENTAÇÃO DO que essa recomendação seria providencial para o momento contemporâneo brasileiro, uma vez que boa
TEMA/PROBLEMA: parte da população do país naturaliza a violência contra determinados grupos sem refletir atentamente
sobre tal hábito.
Nesse sentido, pode-se afirmar que a ausência de uma consciência histórica entre a sociedade civil e a legi-
3. TESE: timação da violência por parte do Estado são umas das principais razões para a persistência desse processo
de banalização.
Noticiar fatos, eventos ou testemunhos a partir de um relato jornalístico mais apelativo ou emocional não é algo
recente na história da comunicação brasileira. Na passagem do século XIX para o XX, era comum encontrar no-
1. REPERTÓRIO tícias de violência, suicídio ou atropelamentos sendo apresentadas de modo dramático e até mesmo cômico em
veículos de grande projeção, como no jornal o Estado de São Paulo.
Atualmente, essa mesma lógica baseada no espetáculo ainda pode ser vista na mídia nacional, seja ela impres-
sa ou televisiva, pois muitos jornais, revistas, programas policialescos e até mesmo atrações vespertinas voltadas
2. APRESENTAÇÃO DO a temas variados se valem dessa narrativa chamativa para apresentar os fatos do dia a dia. Nesse contexto,
TEMA/POLÊMICA: muitas emissoras de televisão defendem que essa espetacularização se trata apenas de um modo diferente
de informar a opinião pública, marcado, sobretudo, por uma forte ligação com os telespectadores e pelo uso
constante da linguagem popular.
No entanto, convém ressaltar que tais atrações não se mostram tão comprometidas com a informação e, ain-
3. TESE: da, rompem com a ética ao explorarem as dores e os traumas dos indivíduos e ao banalizarem discussões
importantes para a vida em sociedade.
1. REPERTÓRIO + O cientista Charles Darwin, em 1872, escreveu o livro “A expressão das emoções nos homens e nos animais”
buscando evidenciar o modo como as espécies reagiam emocionalmente em diferentes situações. No século
APRESENTAÇÃO XX, Sigmund Freud também procurou estudar o funcionamento da mente humana e sua relação com as ações
DO TEMA e emoções dos indivíduos.
No entanto, apesar dos avanços e esforços históricos da ciência em compreender o funcionamento das emoções
humanas, pode-se afirmar que o sujeito contemporâneo não apresenta uma relação positiva com tal ques-
2. TESE: tão: em vez reconhecer a naturalidade das emoções, a sociedade de hoje recusa tais afetos e assim passa
a sofrer graves consequências com essa escolha.
U.T.I. 1
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argu-
mentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema A REPRODUÇÃO DO ETARISMO NA SOCIEDADE BRASILEIRA,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e
fatos para defesa de seu ponto de vista.
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Texto II
A grande imprensa, como já está definida pelo nome, é ligada aos
interesses daquela classe que pode manter a grande imprensa. Na
medida em que essa classe está em contradição com a conjuntura
nacional, os jornais podem exercer um papel de esclarecimento. Mas é
preciso não esquecer que esse esclarecimento vai até o nível dos inte-
resses da própria grande imprensa. Ela tem interesses peculiares, per-
tence a pessoas cujos interesses estão ligados a um complexo econô-
mico, político e institucional. Mas pode exercer um papel de educação.
Cláudio Abramo. A regra do jogo: o jornalismo e a ética
do marceneiro. Companhia das letras. são paulo.1988.
Texto III
Se no jornalismo praticado em décadas passadas a reportagem po-
dia ser vista como algo que mantinha relação com aventura a fim
de retratar as diversas feições da realidade, no presente, essa relação
não é mais possível de ser estabelecida. Muito disso deve-se às trans-
formações registradas no próprio fazer jornalístico, causadas sobretu-
do pela evolução e emprego de um aparato tecnológico que a cada
dia apresenta mais e mais novidades e instrumentos empregados na
concepção dos produtos de informação. No entanto, transformações
e mudanças, novas técnicas e tecnologias, instrumental, hardwares e
softwares sempre com maior sofisticação não significam necessaria-
mente aumento de qualidade. Pelo contrário, o que se tem observado
é a diminuição de excelência, de credibilidade e de mercado.
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argu-
mentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema DESAFIOS NA PROMOÇÃO DE UM JORNALISMO RESPONSÁ-
VEL NO BRASIL, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
U.T.I. 1
Texto II
Prazo de validade
Sofia Aboim “Narrativas do envelhecimento: ser velho na sociedade contemporânea” Tempo social: revista de sociologia da USP. (2014)
Texto III
Numa sociedade em que a juventude é um bem valorizado e o adiamento do envelhecimento, um lema cada vez mais presente nos discursos
públicos e no midiatismo de uma publicidade cujas promessas alimentam quotidianamente o mito do rejuvenescimento, parece promover-se a
ideia de resistência e recusa da inevitabilidade do envelhecimento (cf. Katz, 1999; Conway e Hockey, 1998). O recurso crescente à indústria do
rejuvenescimento corporal e as esperanças depositadas nos pretensos milagres produzidos por produtos cosméticos ou intervenções estéticas de
maior ou menor extensão tornam visíveis uma alegada inconformidade com o declínio do corpo e a tentativa de parecer novo, mesmo quando os
anos avançam no percurso de vida.
Umberto Abreu Noce. “Ocupar é dar função social à propriedade” http://www.justificando.com (07.05.2018)
Texto IV
Sente algum peso por estar completando 70 anos?
“Eu me sinto bem. Há, evidentemente, os impactos que começam a surgir mais claramente na memória, no desempenho físico. O corpo sente o
impacto em todas essas dimensões, mas, do ponto de vista existencial, eu estou bem, está tudo ok. Eu já sei que estou ficando velho. E a velhice
implica desacelerações fortes, mudanças de rumos, arrefecimentos. Ao mesmo tempo, essas desocupações de vários territórios internos vão tam-
bém propiciando a ocupação de sutilezas. A sutileza vai tomando conta da gente. O vazio do vácuo existencial vai sendo substituído pela sutileza.
São modos sutis de julgar, de avaliar, que substituem a maneira rígida da juventude. A velhice é um outro modo de se relacionar com o ser. Tenho
tendência a me conformar. E já tenho sentido a acomodação da velhice. A velhice é um imperativo categórico. É o plástico que vai sendo substituído
pelo plácido.”
Gilberto Gil. Fragmento de entrevista. Revista Isto é Gente. São Paulo: Ed. Três. Ano 13, n° 664, 30/maio/2012, p. 54.
Considerando as ideias apresentadas nos textos e também outras informações que julgar pertinentes, redija uma dissertação em
prosa, na qual você exponha seu ponto de vista sobre o tema:
U.T.I. 1
Texto II
Alguns críticos dizem que as notícias são cada vez mais orientadas para o que interessa à audiência, em vez de para o que a audiência precisa de saber.
Mas os críticos dessas notícias leves – isto é, centradas em celebridades, escândalos e temas de entretenimento – não ficaram sem resposta. Os defensores
afirmam que as audiências são o sangue das notícias e que sem segurança econômica uma imprensa livre existiria apenas teoricamente. Afirmam que
notícias que não sejam vistas ou lidas não têm qualquer valor.
Thomas E. Patterson. Tendências do Jornalismo Contemporâneo. Revistado Centro de Investigação Mediae Jornalismo, 2003.
Texto III
A função do jornalismo é informar para formar opiniões. Sejam elas positivas ou negativas, o importante é que essas opiniões façam a diferença no dia-a-
-dia da sociedade. A partir da informação de qualidade, surgirão opiniões divergentes, ou mesmo iguais, mas que se complementam e que influenciam nas
atividades das pessoas, podendo então resolver problemas que pareciam ter efeitos irreversíveis ou até as mais simples dificuldades sociais.
Se uma pessoa quer saber da intimidade de um cantor famoso e ele permite que se divulgue, ou se alguém quer aprender certa receita gastronômica, isso
pouco deveria importar aos jornais, sejam impressos, televisivos, de rádio ou on-line. Deve¬ria se deixar essa ‘estratégia de marketing’ para os programas de
entretenimento, e não ocupar o espaço que deveria ser voltado para problemas ‘normais’, que de normais não têm nada, como a miséria, os desabrigados,
o abandono de idosos, presídios superlotados, entre outros.
Rackel Cardoso Santos. “Jornalismo de qualidade e responsabilidade social” http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ (Acesso em 20.02.2021)
Texto IV
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a
norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
INGLÊS
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
OVERVIEW AND ANALYSIS
§ mayor (prefeito)
§ condom (preservativo)
§ novel (romance escrito)
§ convict (condenado)
§ office (escritório)
WHO IS WHO?
OUR OURS
Não é comum repetirmos o mesmo nome muitas vezes, YOUR YOURS
mas sim usar um pronome, uma vez que sabemos a quem THEIR THEIRS
tal pronome se refere.
Possessive Adjective ou
Myself
Yourself
Possessive Substantive? Himself
Herself
Em alguns casos, pode ser pedido que o vestibulando opte
Itself
entre os dois tipos de pronomes acima mencionados. Além
Ourselves
de ser um ponto que gera uma dúvida razoável, ele tam-
Yourselves
bém é muito solicitado em questões gramaticais.
Themselves
Tenha em mente que os pronomes Possessive Adjectives
(my, your, his, her, its, our, their) são aqueles nor- O uso dos pronomes reflexivos é de certa forma simples.
malmente usados. Você só os substituirá pelos Possessive Ele é utilizado como uma autorreferencia do sujeito. Ao
Substantives (mine, yours, his, hers, ours, theirs) em contrário do que ocorre na Língua Portuguesa, a autorre-
situações específicas. São elas: ferência não faz uso do mesmo pronome do objeto, e sim
1. Quando o substantivo a que se referir o pronome estiver de um específico. É uma referência a si mesmo e que não
omitido/subentendido. possui tradução direta.
Exemplo: Exemplo:
I can’t find my pen. Can I use yours? Farei isso por mim mesmo.
(Eu não consigo encontrar minha caneta. Pos- I will do it by myself (jamais me, como
so usar a sua (caneta)? uma tradução direta poderia sugerir)
2. Quando o substantivo a que se refere o pronome estiver
antes do próprio pronome.
Exemplo:
It belongs to a friend of mine.
(Isto pertence a um amigo meu).
be, deve-se apenas inverter a posição do verbo e do sujeito. § Are you paying attention to the instructions?
(Você está prestando atenção às instruções?)
forma, assim como para aprender o português, também um verbo está no simple past é preciso acrescentar o verbo
é necessário memorizar tais formas. Entretanto, tenha auxiliar did antes do sujeito da oração. O verbo principal
em mente que há apenas uma forma de passado para deve permanecer no base form (infinitivo sem to).
LOOKING FORWARD
Existem duas estruturas verbais básicas para se apresentar Those two countries will face a war.
ações futuras em língua inglesa: will e going to. (Aqueles dois países vão encarar uma guerra.)
(Eu vou comprar uma casa.) (Aqueles dois países não vão enfrentar uma guerra)
She will forgive me someday.
(Ela um dia vai me perdoar.)
Will she ever forgive you? People are going to accept any changes.
(Ela algum dia irá te perdoar?) (As pessoas vão aceitar quaisquer mudanças)
Will those two countries face a war? This is going to be designed in China.
(Aqueles dois países enfrentarão uma guerra) (Isto vai ser projetado na China)
Those two countries are certainly going to face Governments are likey to face challenges in a
a war near future.
(Aqueles dois países certamente vão entrar em (Governos estão propensos a ter desafios em um
guerra.) futuro próximo)
SHOULD WE CONTINUE
Os verbos modais são: can, could, may, might, should,
must, ought to, will, shall e would. Should, must, ought
Veja as regras gramaticais dos verbos modais: to, have to
§ Não adicione ‘s’ à terceira pessoa do singular.
Normalmente expressam sugestões, conselhos, ordens,
§ Não são usados verbos auxiliares para frases negativas
proibições e obrigações. Eles são normalmente entendi-
ou interrogativas.
dos em português como os verbos dever (ria) ou ter que.
§ Nunca acrescente a partícula to nem antes nem depois
Todos os verbos desse grupo são verbos auxiliares, ou seja,
de um verbo modal (com exceção de have to e ought to).
não têm sentido sozinhos, mas somente associados ou re-
PERFECTION
Rush! The plane has arrived. Portugal and Spain had already signed the
(Apresse-se! O avião está chegando) Tordesilhas treat when Pedro Àlvares Cabral ar-
rived in the Brazilian Coast in 1500.
§ Com as palavras ever (ou never) normalmente expres-
sam-se experiências de uma vida inteira. (Portugal e Espanha já tinham/haviam assi-
nado o tratado de Tordesilhas quando Pedro Ál-
Exemplos: vares Cabral chegou na costa brasileira em 1500)
Have you ever seen a lion?
(Você já viu um leão?) Past Perfect Continuous
Ou seja, desde o nascimento até o momento da
HAD + BEEN + VERB (ING)
fala.
No, I have never seen a lion. O Past Perfect também pode ser utilizado em sua forma
(Não, eu nunca vi um leão) contínua, e, assim como o Present Perfect Continuous, a
Ou seja, desde o nascimento até o momento da ênfase está na duração e continuidade da ação.
fala.
Exemplos:
She has never been abroad
I was short of breath on the phone because I
(Ela nunca esteve no exterior)
had been running in the park.
Present Perfect Continuous (Eu estava ofegante ao telefone porque eu
tinha corrido/ estava correndo no parque.)
HAVE/HAS + BEEN + VERB(ING)
She had been waiting for a long time when
É uma variação do Present Perfect. Ele é utilizado quando you arrived.
se quer enfatizar a continuidade de uma ação que come- (Ela havia esperado/ esteve esperando por um
çou no passado e continua no presente. longo tempo quando você chegou.)
Exemplos:
She has been washing the dishes since she Future perfect continuous
arrived. (Ela está lavando louça desde que ela Mesmo que sejam muito mais raros, é possível que você
chegou) Ou seja, ela não interrompeu a lavagem encontre os dois tempos acima em textos mais sofisticados,
em nenhum momento. portanto, vamos aprender um pouco sobre eles. Ambos são
They have been married for 35 years. (Eles es- usados para expressar ações no futuro que se iniciaram em
tão casados há 35 anos.) Ou seja, há 35 anos, algum ponto do passado.
eles estão casados.
Estude os exemplos a seguir:
Past perfect In a near future, Brazil will have hosted the two greatest
events in the world. (Em um futuro próximo, o Brazil terá se-
HAD + PAST PARTICIPLE diado os dois maiores eventos do mundo.) – Future Perfect.
O Past Perfect corresponde ao tempo verbal que a lín- By 2030, I will have been living for 59 years. (Quando
U.T.I. 1
gua portuguesa chama de Pretérito mais-que-perfeito. 2030 chegar, eu terei vivido por 59 anos.) – Future Perfect
A definição e o uso são quase os mesmos. Eles servem Continuous.
para expressar uma ação que está no passado do pas-
U.T.I. - Sala
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
The Earth’s climate has changed throughout history. Just in the last 650,000 years there have been seven cycles of gla-
cial advance and retreat, with the abrupt end of the last ice age about 7,000 years ago marking the beginning of the
modern climate era – and of human civilization. Most of these climate changes are attributed to very small variations
in Earth’s orbit that change the amount of solar energy our planet receives.
The current warming trend is of particular significance because most of it is extremely likely (greater than 95 percent
probability) to be the result of human activity since the mid-20th century and proceeding at a rate that is unprece-
dented over decades to millennia.
Earth-orbiting satellites and other technological advances have enabled scientists to see the big picture, collecting
many different types of information about our planet and its climate on a global scale. This body of data, collected
over many years, reveals the signals of a changing climate.
The heat-trapping nature of carbon dioxide and other gases was demonstrated in the mid-19th century. Their ability
to affect the transfer of infrared energy through the atmosphere is the scientific basis of many instruments flown
by NASA. There is no question that increased levels of greenhouse gases must cause the Earth to warm in response.
(https://climate.nasa.gov. Adaptado.)
U.T.I. 1
talking, you convey a lack of confidence or discomfort Buster Brown (1902), and pioneered the development
with what is being discussed. of the Sunday funnies and the merchandising of comics’
5 Your Hands: Gesturing or talking with your hands is characters. Using his childhood insecurities and failures
very natural. Getting carried away with hand gestures as material, 5Charles Schulz (1922-2000) was the writer
U.T.I. - E.O.
can tell you their names if you want.” In the United Sta-
tes, KIPP (Knowledge Is Power Program) charter schools
enroll students from the poorest families and ensure that
1. (UNICAMP 2014) South America’s Earliest Empire
almost every one of them graduates high school – 80
Images of winged, supernatural beings adorn a pair of heavy percent make it to college. Singapore narrowed its achie-
gold-and-silver ear ornaments that a high-ranking Wari wo- vement gap among ethnic minorities from 17 percent to
man wore to her grave in the newly discovered mausoleum at 5 percent over 20 years.
El Castillo de Huarmey in Peru.
These success stories offer lessons for the rest of us. First,
get children into school early. High-quality preschooling
does more for a child’s chances in school and life than
any other educational intervention. 1One study, which
began in the 1960s, tracked two groups of students from
disadvantaged backgrounds. 2Some were given the
opportunity to attend a high-quality preschool;4others
The Wari forged South America’s earliest empire betwe- were not. 3Thirty-five years later, the kids who went to
en 700 and 1000 A.D., and their Andean capital boasted preschool were earning more, had better jobs, and were
a population greater than that of Paris at the time. To- less likely to have been in prison or divorced.
U.T.I. 1
day, Peru’s Minister of Culture will officially announce Second, recognize that the average kid spends about
the discovery of the first unlooted Wari imperial tomb half his waking hours up until the age of 18 outside of
by a team of Polish and Peruvian researchers. In all, the school – don’t ignore that time. KIPP students spend 60
archaeological team has found the remains of 63 indivi- percent more time in school than the average American
had killed the painter. Now it would kill the painter’s beyond language, beyond explanation. How envious Su-
work, and all that it meant. It would kill the past. When san had been when he had first told her that his mother
that was dead he would be free. He picked up the knife had always had servants. That the fisherwoman and the
and pushed it into the picture. newspaper boy and the baker and the butcher all made
Os quadrinhos 5, 6 e 7 apresentam uma história criada por Calvin. Considere esta informação para responder às
questões.
10. (UERJ 2013) Indique o tempo verbal mais usado na história escrita por Calvin. Em seguida, retire, em inglês, dois
verbos regulares conjugados nesse tempo.
U.T.I. 1
HISTÓRIA
GERAL
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA
“PRÉ-HISTÓRIA”
A periodização tradicional divide a História em duas gran- estudo desse período advém, sobretudo, de metodologias
des partes: “Pré-História” e “História”. Ou seja, o critério interdisciplinares.
utilizado por essa visão histórica para dividir os dois perí-
Portanto, o conhecimento desse período advém, por exem-
odos é o surgimento da escrita. Vale destacar, porém, que
plo, dos vestígios e dos estudos arqueológicos e paleon-
essa visão é amplamente criticada. Colocar a escrita como
um critério de divisão se mostra arbitrário e até mesmo tológicos, como pinturas rupestres, instrumentos antigos,
preconceituoso, reduzindo sociedades ágrafas como “infe- restos de fósseis, etc. Com ajuda desses vestígios é possível
riores”. Aliás, como a própria denominação “Pré-História” elaborar teorias sobre esses povos.
explicita, é como se esses povos, por não terem uma cultu- Os historiadores, durante suas pesquisas, fizeram uma
U.T.I. 1
ra literária, nem ao menos teriam, portanto, História. divisão em dois períodos da pré-história, esses perío-
De qualquer forma, estudar esse antigo e importante perío- dos foram denominados como: Período Paleolítico e
do da História humana é uma tarefa bastante complexa. O Período Neolítico.
ANTIGUIDADE ORIENTAL
Jerusalém, inclusive o Templo, e expulsaram os judeus da conquistou o Reino da Média, provocando a unificação po-
Palestina. A dispersão dos judeus pelo mundo ficou conhe- lítica dos povos do Planalto Iraniano em 550 a.C.
cida como Diáspora.
CIVILIZAÇÃO GREGA
Período Pré-homérico
(2000-1200 a.C.)
De origem indo-europeias, os gregos ou helenos chegaram
O nome “homérico” é baseado em dois poemas épicos atri-
à Grécia em cerca de 2000 a.C.
buídos a Homero: a Ilíada e a Odisseia.
Antes deles, os aqueus já ocupavam as melhores terras. Os Depois do século XII a.C., a célula básica da sociedade
aqueus formaram os núcleos urbanos de Micenas, Tirinto e grega era o genos (comunidade gentílica), uma grande
Argos. Os habitantes de Micenas integraram sua cultura à família. Os descendentes de um mesmo antepassado vi-
dos cretenses, cuja civilização era bastante avançada, o que viam no mesmo lar. Cada membro (gens) dependia da
deu origem à civilização creto-micênica. unidade da família, cujo chefe era o páter-famílias. Seu
Com a chegada de novos grupos indo-europeus, os jônios poder era passado para o filho mais velho.
e os eólios, por volta de 1700 a.C., os núcleos arianos ins- A sociedade era igualitária e sem classes sociais. Os meios
talados na Grécia foram fortalecidos. Os troianos, outra im- de produção e o resultado da produção pertenciam à co-
portante civilização pré-helênica, desenvolveram-se ao norte munidade. A falta de terras férteis e o crescimento demo-
da Anatólia. Troia tinha uma população aparentada com os gráfico levou as comunidades gentílicas a lutas internas e
primeiros gregos, e foi erguida por volta de 1900 a.C. No desagregação. Era o fim do Período Homérico.
início do século XII a.C., os gregos destruíram Troia. Os gregos passaram do sistema de propriedade coletiva para
Os dórios, último grupo de povos arianos a penetrar na o de propriedade privada. Os parentes mais próximos do pa-
Grécia, chegaram enquanto a civilização micênica se ex- ter, os eupátridas, ficaram com as áreas mais férteis; aos seus
pandia em direção à Ásia. Aguerridos, nômades e conhe- parentes mais distantes, os georgóis (agricultores) destirna-
cedores de armas de ferro, os dórios arrasaram as cidades ram as restantes. Os denominados thetas (marginais) fica-
gregas, causando fugas para o interior e para o exterior. ram sem terra. Uma parte deles se dedicou ao comércio e ao
U.T.I. 1
Numerosas colônias gregas formaram-se na costa da Ásia artesanato. Os demais deixaram a Grécia e fundaram colô-
Menor e nas ilhas do mar Egeu. Essa foi a Primeira Di- nias nos mares Negro e Mediterrâneo, processo conhecido
áspora Grega. como Segunda Diáspora Grega (século VIII a.C.).
da minoria dória sobre a maioria escrava, Esparta perma- ra do Peloponeso. Filipe II anexou o mundo grego ao Reino
neceu nesse sistema até o século IV a.C. da Macedônia e, na fase seguinte, ao Império Helênico de
Alexandre Magno.
Partenon
Indo e só não chegou ao Ganges porque os soldados recu- decoração perfeitamente adaptada ao conjunto, a arte
saram-se ir com ele. Aos 33 anos, morreu na Babilônia em grega era religiosa e manifestada em templos e esculturas
323 a.C., deixando um dos mais vastos impérios já criados. representando deuses e passagens mitológicas.
CIVILIZAÇÃO ROMANA
-se da proteção de famílias patrícias. Estrangeiros, artesãos, patrícios praticamente fora do poder político decisório das
pastores, comerciantes e donos de pequenos lotes pouco cidades. Em razão disso, os patrícios conspiraram e o der-
férteis eram os plebeus e não pertenciam a um clã. rubaram por meio de um golpe de Estado, no ano 509 a.C.
comércio. A consequência dessa prosperidade econômica ras militares dos generais Mario e Sila. De origem plebeia,
foi a formação de uma nova classe de comerciantes e mi- Mario era o homem mais rico de Roma, um homem novo
litares que enriqueceram com as guerras: os homens no- que, graças à sua riqueza, foi galgando postos dentro do
A República estava ainda ameaçada por comandantes milita- O segundo triunvirato (43-30 a.C.)
res que se serviam das tropas em seu próprio interesse políti-
co. O Senado não conseguiu impor efetivamente a autoridade Marco Antônio sublevou o povo contra os assassinos de
que lhe fora restituída. Em 60 a.C., Julio César, um político, César, que não tomaram o poder. Cícero aconselhou o
Senado, que entregou o poder ao sobrinho e herdeiro de
Pompeu, um general, e Crasso, um abastado banqueiro,
César, Caio Otávio, que parecia não ter ambições políticas.
compuseram um triunvirato para tomar o poder em Roma.
Os senadores tinham-no como um instrumento em suas
mãos. Otávio atacou Antônio em Módena para, em segui-
da, aliar-se a ele e a Lépido, banqueiro que havia fornecido
dinheiro para a guerra contra os assassinos de César. O
Segundo Triunvirato estava formado.
Em 40 a.C., os triúnviros dividiram novamente o Império
pelo Acordo de Brindisi. A Itália foi considerada neutra. An-
Primeiro triunvirato: (da esquerda para a direita)
Pompeu, Julio César e Crasso tônio ficou com o Oriente; Lépido, com a África; e Otávio,
com o Ocidente.
Pontífice Máximo, questor eleito pela assembleia do povo
e cônsul, Júlio César subiu depressa. Pompeu havia voltado Otávio aumenta suas posses na África ao conseguir elimi-
do Oriente, e o Senado desaprovara seu trabalho de reor- nar Lépido do triunvirato, no ano 36 a.C.
ganizar as províncias orientais. O ambicioso Crasso fez uma
aliança secreta com César e Pompeu a fim de tomar o poder
do Senado: nascia o primeiro triunvirato.
Em 55 a.C., Pompeu ficou com a Espanha; Crasso, com as
províncias no Oriente; e César, com a Gália (França atual).
Em 53 a.C., Crasso morreu combatendo os partas na Síria,
povo que reconstruiu o Império Persa. Sobreveio uma crise
agravada pela ação de bandos armados que espalhavam o Segundo triunvirato: (da esquerda para a direita)
terror em Roma. Contra as ambições políticas de César, em Marco Emílio Lépido, Marco Antônio e Octavio August
49 a.C., o Senado confiou a Pompeu a defesa da República.
Para garantir a fidelidade de Antônio, Otávio tinha arran-
Julio César entrou em Roma à frente de seus exércitos, jado o casamento dele com sua irmã, Otávia. Porém, An-
pronunciando a famosa frase Alea jacta est, (A sorte está tônio separou-se de Otávia em 36 a.C. para se casar com
U.T.I. 1
lançada), configurando um inegável golpe de Estado. Aba- Cleópatra. Deixou sua herança para ela, nomeada também
lado com o prestígio popular de César, Pompeu fugiu para regente do filho que tivera com César, a quem Antônio con-
a Grécia, onde foi derrotado em 48 a.C. siderava igualmente herdeiro, Cesarion.
O Alto Império (27 a.C.-235 d.C.) O cristianismo se fundamenta nas pregações de Jesus, que
se dizia o Messias, isto é, o Filho de Deus. A crença na exis-
O Império Romano se dividiu em duas fases: o Alto Impé- tência de um só Deus, que enviou à Terra seu filho para
rio e o Baixo Império. A primeira fase assinalou o apogeu redimir os homens, era o princípio fundamental do cristia-
do Império Romano. A segunda marcou o declínio do Im- nismo. Foram os discípulos de Jesus, os apóstolos, que
pério Romano e sua destruição pelas invasões germâni- difundiram a nova religião pelo mundo romano.
cas. A cidade de Roma chegou a possuir uma população
No século I da Era Cristã, durante a Dinastia Júlio-Claudia-
de 1,2 milhão de habitantes, e o império abrangia uma
na, começou a perseguição aos cristãos, que, crentes na
área de 5 milhões de km2 em seu auge.
existência de um único Deus, recusavam-se a reconhecer
os deuses oficiais do politeísmo romano e negavam-se a
O governo de Augusto (27-14 a.C.) prestar culto ao imperador. Além disso, graças a sua men-
Otávio Augusto, durante seu governo, assumiu o controle sagem redentora, o cristianismo obteve enorme sucesso
das principais magistraturas, concentrando mais poderes entre os excluídos da sociedade romana, o que lhe rendeu
ainda em suas mãos. Foi reconhecido como Princeps Sena- um caráter subversivo.
tus, ou seja, o líder do Senado (razão pela qual seu governo
também ficou conhecido como principado). Como impera- O Baixo Império (284-476)
dor, assumiu o comando supremo do exército.
A política do pão e circo foi a forma que Augusto encon- Em 313, Constantino (313-337) promulgou o Édito de
trou de apaziguar a plebe romana, distribuindo alimentos gra- Milão, concedendo liberdade religiosa aos cristãos. Em
tuitamente e realizando monumentais espetáculos públicos. 330, fundou uma nova capital, Constantinopla, no local da
antiga colônia grega de Bizâncio.
Otávio Augusto inaugurou o que os romanos chamavam de
pax romana, período esse em que as províncias romanas Em 391, Teodósio (379-395) transformou o Cristianismo
foram pacificadas, estradas foram construídas, portos foram em religião oficial do Império Romano pelo Édito de
reformados e pântanos foram drenados. Os aquedutos le- Tessalônica. Em 395, dividiu o império em duas unidades
vavam água fresca para grandes parcelas da população ro- político-administrativas: o Império Romano do Ocidente e
mana e o sistema de esgoto eficaz melhorou a qualidade o Império Romano do Oriente.
de vida. Na política externa, as guerras de conquista foram Os bárbaros esfacelaram o Império do Ocidente ao lon-
U.T.I. 1
substituídas pela política de consolidação das fronteiras. go do século V. Os visigodos saquearam Roma em 410, os
Em14 d.C., Otávio morreu, e recebeu a apoteose, isto é, o vândalos, em 455, e, em 476, os hérulos depuseram Rômu-
direito de ter um lugar entre os deuses. lo Augústulo, o último imperador.
IMPÉRIO BIZANTINO
Ocidente e o Império Romano do Oriente, com sede em mantiveram-se articulados. As levas bárbaras do Oriente
Constantinopla, antiga Bizâncio. Dessa forma, o Império chegaram a ocupar algumas províncias, mas Constantino-
Romano do Oriente se consolidou como Império Bizantino. pla conseguiu manter sua autoridade.
A Igreja bizantina
No Oriente, o cristianismo foi integrado à cultura local,
incorporando aspectos da realidade bizantina, inteiramen- A entrada de Maomé II em Constantinopla,
te diversos da realidade ocidental. Assim, o cristianismo de Jean-Joseph-Benjamin Constant
oriental passou a ter características próprias, diferencian-
do-se cada vez mais do ocidental, com grande ênfase na
valorização da espiritualidade.
Decadência do Império Bizantino
Além do fortalecimento do poder dos grandes proprietários
Os cristãos orientais denominavam de ícones quaisquer ima-
rurais, do enfraquecimento do poder do imperador e das
gens tridimensionais de Cristo ou santos incorporadas às ce-
disputas religiosas, contribuíram para o declínio do Império
rimônias religiosas. Dentre os principais produtores de ícones
Bizantino os constantes ataques que Bizâncio passou a so-
encontravam-se os monges, que auferiam grandes lucros
U.T.I. 1
CIVILIZAÇÃO MUÇULMANA
A Arábia é uma península árida localizada no Oriente Médio. litou a formação de um exército numeroso, que cercou a ci-
Os diversos povos da Arábia estavam divididos em várias tri- dade, preservando apenas a Caaba. Em seguida, Maomé fez
bos; portanto, não formavam um Estado com unidade políti- um acordo com os coraixitas, estabelecendo a peregrinação
ca. Mas tinham elementos culturais comuns, como o idioma a Meca como uma das obrigações da religião muçulmana.
árabe e certas crenças religiosas. A principal cidade árabe era Em 632, Maomé morreu, deixando difundida sua doutrina
Meca, onde havia um santuário religioso, Caaba (casa de religiosa. Ao mesmo tempo, a península Arábica, que era um
Deus), que reunia as principais divindades de toda a Arábia aglomerado de tribos e clãs dispersos, teve sua unificação
(mais de 300 ídolos pertencentes às tribos do deserto). Ali política realizada por meio da unificação religiosa.
estava a Pedra Negra, provavelmente um pedaço de me-
teorito protegido por uma tenda de seda preta, na forma de Expansão islâmica
um cubo, que era bastante venerada, pois se acreditava ter
A partir do século VII, os árabes muçulmanos expandiram-
sido trazida do céu pelo anjo Gabriel.
-se, dominando vasta extensão territorial que se estendia
O santuário ajudou a transformar Meca no centro religioso e da Ásia à Europa, passando pelo Norte da África. Essa
comercial dos árabes, já que a cidade era o ponto de encon- expansão teve origem na unidade política e religiosa
tro de pessoas e de mercadorias de diversas regiões. implantada por Maomé, no início do século VII, quando
O responsável pela unidade política e religiosa da península foi criado um estado teocrático islâmico.
Arábica foi Maomé, criador e divulgador da religião muçul-
mana. Nas suas viagens, Maomé entrou em contato com Fases da expansão
povos e religiões diferentes. Esteve várias vezes no Egito,
Depois da morte de Maomé, os membros mais influentes
Palestina, Pérsia, regiões onde fervilhava o espírito religioso.
dos conselhos municipais das cidades de Meca e Medina
Conheceu principalmente o cristianismo e o judaísmo, so-
decidiram apontar um califa, isto é, um sucessor de Mao-
frendo profunda influência dessas crenças religiosas.
mé, que deveria concentrar em suas mãos o poder político,
Por volta de 610, já com quase 40 anos, Maomé teve sua militar e religioso. O primeiro califa foi Abu Bekr, sogro de
primeira visão do anjo Gabriel, que lhe teria ordenado “reci- Maomé, e os outros três que o sucederam foram também
tar o nome do Senhor” e que “havia um só deus, Alá, e um apontados entre seus familiares.
só profeta, Maomé”. No ano de 622, Maomé teria realizado As conquistas tiveram início com esses califas de Meca. Su-
um milagre para provar que era profeta de Alá: “quebrou” a cessivamente, a partir de 634, a Síria, a Palestina, a Ásia
Lua. Provavelmente tratava-se de um eclipse e talvez Mao- Menor, a Mesopotâmia, a Pérsia, o Egito e a Tunísia caíram
mé tivesse informações sobre o acontecimento, porque tinha sob o domínio muçulmano.
muito contato com o Oriente, onde a astronomia era alta-
Alguns anos depois dessas conquistas, o novo império foi
mente desenvolvida.
abalado por lutas internas, e o controle do califado passou
Perseguido pelos coraixitas, que mandaram assassiná-lo, para as mãos de outra família, os Omíadas, que transferiram
Maomé fugiu para Iatreb (Yathrib), cidade rival de Meca, a capital para Damasco, na Síria. Sob a liderança dos Omía-
onde já possuía seguidores. Esse evento ficou conhecido das (660-750), os árabes retomaram o processo de expan-
como Hégira, e é utilizado como marco inicial do calendá- são conquistando territórios na Ásia central (Índia), Norte da
rio muçulmano. Em latreb, Maomé conquistou rapidamente África e península Ibérica. Os muçulmanos só foram conti-
prestígio e poder, controlando a cidade que passou a ser dos na Europa pelos francos, liderados por Carlos Martel, da
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chamada de Medina al Nabi – a Cidade do Profeta. dinastia carolíngia, em 732, na Batalha de Poitiers. O domí-
Depois da conquista de Iatreb, o alvo principal passou a ser a nio árabe sobre a costa do Mediterrâneo contribuiu para a
cidade de Meca. O crescente número de seguidores possibi- crise do comércio e a feudalização europeia.
REINO FRANCO
cada vez mais autônomas, à medida que o poder político nasciam num determinado estamento (grupo social) e difi-
descentralizava-se, permitindo ao proprietário de terras ad- cilmente poderiam ascender a outro; tendiam a permanecer
ministrar de forma independente sua vila. sob a própria condição de nascimento. Segundo a divisão
O senhorio medieval
Manso comum
Os produtos retirados dessas terras eram de uso tanto dos servos quanto dos
senhores. As terras comunais eram constituídas de pastos para criar animais
e de florestas e baldios, onde os camponeses colhiam frutos e raízes, extraíam
a madeira e o mel. A caça nas florestas era exclusiva dos senhores.
Domínio Senhorial
Os produtos dessas
terras perteciam
exclusivamente
ao senhor. Nelas
trabalhavam servos
e outros camponeses.
Ali se produzia tudo o
que o senhor necessitava
para manter sua família
e outros dependentes.
U.T.I. 1
Manso servil
Terras destinadas aos servos. Nelas os servos
produziam o que era necessário para a sua
sobrevivência, devendo em troca cumprir
Ilustração atual de
uma série de obrigações para com o senhor.
como poderia ter sido
um senhorio medieval.
Fonte:
Fonte:historiademestre.blogspot.com.br/2014/10/a-idade-media-e-o-feudalismo.html
<historiademestre.blogspot.com.br/2014/10/a-idade-media-e-o-feudalismo.html>.
série de escolas nos mosteiros, conventos e, mais tarde, grados da Igreja católica, que seguiam as regras de uma
nas paróquias. No século XIII, começou a organizar as determinada ordem religiosa, dona de sua própria hierar-
universidades. Com isso, o poder da Igreja sobre os fiéis quia e de títulos específicos.
são cidadãos. Nem são cidadãos todos aqueles que par- a) Quais as principais características do regime polí-
ticipam de um mesmo sistema judiciário. Um cidadão tico de Atenas?
integral pode ser definido pelo direito de administrar b) Qual a cidade que foi a principal adversária de Ate-
justiça e exercer funções públicas. nas na Guerra do Peloponeso?
Adaptado de Aristóteles, Política. c) Cite e comente as principais diferenças entre elas.
Brasília: Editora UnB, 1985, p. 77-78.
5. (FUVEST 2021) “Assim se realizam, no correr do sé-
Relacionando aquilo que você aprendeu sobre o tema culo IV, a transformação do cristianismo de religião
com o texto acima, quais as duas principais condições perseguida em religião do estado e a transformação
para que um ateniense fosse considerado cidadão na de um deus rejeitado em um Deus oficial. Os homens
Grécia clássica? e as mulheres que vivem na Europa ocidental passam,
em poucos decênios, do culto de uma multiplicidade de
2. Num antigo documento egípcio, um pai dá o seguinte deuses a um Deus único”.
conselho ao filho:
LE GOFF, J. O Deus da Idade Média. Conversas com Jean-Luc
Pouthier. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, p. 19-20.
Decide-te pela escrita, e estarás protegido do trabalho
árduo de qualquer tipo; poderás ser um magistrado de a) Indique uma motivação que levou o Império Ro-
elevada reputação. O escriba está livre dos trabalhos mano a adotar o cristianismo como religião oficial em
manuais [...] é ele quem dá ordens [...]. Não tens na mão seus domínios.
a palheta do escriba? É ela que estabelece a diferença b) Aponte dois exemplos da incorporação de elemen-
entre o que és e o homem que segura o remo. tos do paganismo às práticas devocionais cristãs na
Apud Luiz Koshiba. História – origens, estrutura e processos. passagem da Antiguidade para a Idade Média.
c) Indique duas características do cesaropapismo que
Lendo o texto e lembrando o que você aprendeu sobre se desenvolveu na cristandade oriental.
o tema, argumente sobre a seguinte afirmação:
6. O historiador grego Heródoto (484-420 a.C.) viajou
Nas Civilizações do Antigo Oriente, a Escrita é um dos
muito e deixou vivas descrições com reflexões sobre os
fundamentos da própria ideia de “Civilização”.
povos e as terras que conheceu. Deve-se a ele a seguin-
3. Alguns povos da Antiguidade foram mercadores e te afirmação: “o Egito, para onde se dirigem os navios
gregos, é uma dádiva do rio Nilo“.
praticavam intensamente o comércio marítimo.
a) Qual a relação entre a localização geográfica da “No Antigo Egito, existia uma profunda ligação entre o
Fenícia e as características econômicas de seu povo? meio natural e a vida daquele povo.”
b) Cite o nome de suas três principais cidades. Explique a afirmação acima, relacionando seus conhe-
c) Cite e comente um legado importante que os fení- cimentos sobre o tema com o texto.
cios deixaram na História.
7. “Com relação ao ornamento, Roma não correspon-
4. Vivemos numa forma de governo que não se baseia dia, absolutamente, à majestade do Império e, além
nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servi- disso, estava exposta às inundações, como também
mos de modelo a alguns, ao invés de imitar outros. [...] aos incêndios. Porém, Augusto fez dela uma cidade
Nela, enquanto no tocante às leis todos são iguais para tão bela que pode se envaidecer, principalmente por
a solução de suas divergências privadas, quando se tra- ter deixado uma cidade de mármore no lugar onde en-
ta de escolher (se é preciso distinguir em algum setor), contrara uma de tijolos”.
não é o fato de pertencer a uma classe, mas o mérito, Adaptado de: Suetônio. A vida dos doze Césares.
que dá acesso aos postos mais honrosos; inversamente, São Paulo: Martin Claret, 2006, p. 91.
a pobreza não é razão para que alguém, sendo capaz de
prestar serviços à cidade, seja impedido de fazê-lo pela Considerando o texto e o período de Otávio Augusto no
obscuridade de sua condição. Conduzimo-nos liberal- governo de Roma, responda:
mente em nossa vida pública, e não observamos com a) Qual a relação da reurbanização de Roma durante
uma curiosidade suspicaz [desconfiada] a vida privada de o Governo de Otávio Augusto, com aquilo que simbo-
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nossos concidadãos, pois não nos ressentimos com nosso lizava a PAX ROMANA?
vizinho se ele age como lhe apraz, nem o olhamos com b) Identifique uma medida social e uma medida polí-
ares de reprovação que, embora inócuos, lhe causariam tica estabelecidas por Augusto para adaptar as tradi-
desgosto. Ao mesmo tempo que evitamos ofender os ou- ções romanas àquele momento histórico.
U.T.I. - E.O.
1. A palavra árabe iman significa ‘ter certeza’ e desig-
na fé, no sentido da certeza. A fé, por conseguinte, não
contradiz o conhecimento nem a compreensão. Pelo
contrário, o desejo de saber é uma obrigação religiosa,
e os tempos pré-islâmicos (século VI) na Arábia são cha-
mados pelos islâmicos de jahiliya, ignorância.
Adaptado de: Burkhard Scherer (Org.). As grandes religiões:
temas centrais comparados. Petrópolis: Vozes, 2005, p. 77.
HISTÓRIA
DO BRASIL
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
FORMAÇÃO DE PORTUGAL E NAVEGAÇÕES ULTRAMARINAS
A Borgonha (1139-1383)
Foi a primeira dinastia e configurou plenamente as ca- As grandes navegações
racterísticas do feudalismo português. Durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente
Sem se mostrar capaz de acompanhar as transformações so- portugueses e espanhóis, lançaram-se aos oceanos com
ciais e econômicas ocorridas em Portugal, a dinastia de Bor- dois objetivos principais: descobrir uma nova rota marítima
gonha se indispôs com a classe dos mercadores, que cresce- para as Índias e encontrar novas terras.
ra bastante nesse período; assim a dinastia de Avis, mais As navegações ajudaram a marcar a passagem da Idade
ligada aos interesses comerciais e urbanos, tomou seu lugar.
Média para a Idade Moderna e impulsionaram o aumento
Portugal era predominantemente agrário, e nos fins do sé- do comércio da Europa com a Ásia e a África. Além disso,
culo XIV, passou a desenvolver uma economia mais voltada resultaram na descoberta, em 1492, de um novo continen-
para a navegação e o comércio. te a ser explorado pelos europeus: a América.
apoiava as pretensões de D. João, mestre de Avis, irmão guas a oeste de Cabo Verde. Portugal ficaria com as terras
bastardo do rei. Quando D. João foi proclamado rei, Cas- a leste dessa linha. As terras situadas a oeste dessa linha
tela invadiu Portugal. imaginária caberiam à Espanha.
América pré-colombiana .
Conheciam a astronomia, uma vez que foram encontrados
registros de datas muito antigas. Também conheciam a es-
crita e sistemas matemáticos. Muitos traços e tradições dos
Olmecas olmecas sobreviveram entre as diversas culturas que os su-
Originada na costa sul do golfo do México, a cultura olmeca cederam, como é o caso das culturas dos astecas e maias.
é considerada a primeira cultura elaborada da Mesoaméri-
ca e matriz de todas as culturas posteriores dessa área. As Maias
características marcantes do Império olmeca, que se esten- Ocupando as planícies da península do Iucatã, os maias
deu do México ocidental à Costa Rica, foram a presença de elaboraram uma das mais complexas e influentes culturas
centros cívicos religiosos a que se subordinavam áreas da América.
periféricas e a escultura monumental. A economia agrícola considerava o milho um alimento
A população olmeca era bastante desenvolvida. Espalhada sagrado do qual teria se originado o homem. A terra era
pelo império, dividia-se entre uma minoria (sacerdotes, ar- cultivada coletivamente e os camponeses eram obrigados
tífices de elite), que habitava os centros cerimoniais, e a a pagar o imposto coletivo. A pecuária ainda era des-
maioria do povo (camponeses), que vivia nas aldeias. conhecida, e a caça e a pesca atividades complementares.
A arte olmeca se caracterizou pela valor religioso. A escultura Os maias formavam uma sociedade rigidamente hie-
era bastante desenvolvida: monumentais cabeças de pedra rarquizada, em que a posição social era determinada pelo
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com rosto redondo, lábios grossos e nariz achatado; estatue- nascimento. Uma elite (militares e sacerdotes) constituía
tas com formas humanas; e outras apresentando uma mistu- o grupo dominante, de caráter hereditário, que habitava os
ra de traços humanos e felinos. numerosos centros cerimoniais circundados pelas aldeias
Pirâmide do Sol
Governo-Geral (1548)
Depois do fracasso do sistema de capitanias, Portugal
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à ocupação econômica do Brasil por uma série de razões: § A aceitação do produto no mercado europeu.
§ A experiência portuguesa na produção de cana na cos- No Brasil, a atividade açucareira funcionava da seguinte ma-
ta africana (Cabo Verde, Madeira, São Tomé). neira: os portugueses ficavam responsáveis pela produção, e
A organização da produção
do engenho
A grande produção só começa oficialmente com Martim Negros no porão de um navio negreiro
Afonso de Souza, em 1533, em São Vicente. As construções Havia a prática de aborto, infanticídio, suicídio e o banzo”(-
principais são a casa-grande, a senzala, as estrebarias e caracterizando por greve de fome e depressão por conta da
as oficinas. As principais instalações do engenho são: moen- privação da liberdade). Menos comum, mas ocorrente, era o
da, caldeira e casa de purgar. ataque à casa do senhor e a sua família. A resistência negra
A unidade produtora da agromanufatura açucareira era o podia se dar por meio de fugas indivíduais, fugas coletivas e
engenho, que se constituía basicamente de: a formação de quilombos.
§ Casa do engenho: formada pelas instalações desti-
nadas à produção de açúcar. Engenhos e a sociedade
§ Casa-grande: residência, geralmente assobradada, Essencialmente a sociedade colonial era:
onde viviam o senhor e sua família. Nela também mo-
§ Inculta: pois mesmo os membros da elite só recebiam
ravam os empregados de confiança (capatazes) que
o ensino das “letras básicas”, que não passavam do
cuidavam de sua segurança. Era a central administra-
aprender a ler, escrever e contar de modo primário.
tiva das atividades econômicas do engenho.
§ Aristocrática: porque dominada pelos ricos propri-
§ Capela: local das cerimônias religiosas.
etários de terras e de escravos.
§ Senzala: habitação de um único compartimento, rústi-
§ Rural: porque a vida econômica baseava-se na agri-
ca e pobre, onde viviam os escravos.
cultura. A vida urbana ainda era muito incipiente, com
a quase totalidade da população habitando o campo.
§ Escravista: porque a força de trabalho baseava-se
na escravidão do índio ou do negro.
§ Sem mobilidade social: porque não havia oportu-
nidade para trabalhadores e escravos saírem de sua
condição e ascenderem socialmente.
Engenho de açúcar movido a água
§ Patriarcal: porque o proprietário rural e pai de família,
Escravidão negreira ao considerar-se responsável pelo provimento material
do lar, impôs a obrigação de ser respeitado e obedeci-
A escravidão dos negros permitia a obtenção de grandes do no âmbito familiar. Esse poder sobre a família era
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lucros por parte dos traficantes portugueses, que domina- estendido à sociedade, já que, como dono das riquezas
vam áreas fornecedoras de escravos na África, como Ango- materiais, o senhor considerava toda a população não
la, Goa, São Tomé e, posteriormente, Moçambique. proprietária dependente dele.
no Atlântico. A luta entre Espanha e Holanda impediu que cros com a atividade açucareira. A Companhia enviou ao Bra-
os holandeses se abastecessem de produtos americanos sil o conde João Maurício de Nassau Siegen, nomeado
como o açúcar e o tabaco. Governador-Geral do Brasil holandês (Nova Holanda).
riga, os palmarinos resistiram até a morte. Zumbi e alguns Mariana, Vila Rica, São João del-Rei, Sabará e Congonhas
companheiros ainda conseguiram romper o cerco e fugir, do Campo, onde se desenvolveram atividades tipicamen-
mas foram capturados e mortos algum tempo depois. te urbanas de comércio, artesanato, marcenaria, etc.
Rebeliões nativistas
suas funções de modo satisfatório: trazia poucos e caros
escravos. A companhia também não oferecia valores sa-
As primeiras rebeliões não ocorreram em defesa da inde- tisfatórios pelos produtos produzidos pelos colonos. Esses
pendência do Brasil. Na verdade, eram a expressão dos fatos causaram grande descontentamento e provocaram
conflitos de interesses entre os habitantes da Colônia e uma revolta contra a Companhia e contra os jesuítas.
os portugueses ou reinóis. Essas manifestações, denomi- Comandados por Jorge Sampaio e pelos irmãos Manoel
nadas rebeliões nativistas, por serem comandadas pela e Tomás Beckman, grandes proprietários de terras, auxi-
população “nativa”, a princípio contestavam aspectos liados por outros fazendeiros, expulsaram os jesuítas do
específicos do pacto colonial e não a dominação da Me- Maranhão, fecharam os armazéns da Companhia Geral de
trópole. Elas eram regionalistas e não expressavam uma Comércio e tomaram o poder na capitania.
consciência nacional, uma vez que a ideia de nação foi A revolta levou à abolição do monopólio da Companhia e à
construída posteriormente. nomeação de Gomes Freire de Andrade como novo gover-
nador do Maranhão. Contudo, ao chegar de Portugal em
Aclamação de Amador Bueno (1641) 1685, o governador determinou a prisão e o enforcamento
Em 1641, os paulistas, incitados pelos espanhóis que mo- de Manoel Beckman, líder da rebelião, e a condenação dos
ravam na região, tentaram se desligar de Portugal e acla- demais envolvidos à prisão perpétua ou ao degredo.
maram rei Amador Bueno de Ribeira, membro de uma rica
família de origem hispânica. Guerra dos Emboabas (1708-1709)
O que incomodava os espanhóis era o fato de Portugal ter Os paulistas ficaram profundamente incomodados com
restaurado seu trono e coroado D. João IV, rei que os hispâ- esse grande fluxo de forasteiros em Minas Gerais, uma vez
nicos não reconheciam. que atribuíam a si a façanha de descobridores das minas.
A notícia da coroação do novo rei foi recebida festivamen- Os portugueses, por sua vez, como representantes da coroa
te. Os motivos para isso foram a atitude dos espanhóis de na Colônia, acharam-se no legítimo direito desse privilégio
insuflar a população contra Portugal e o desejo dos pau- e assumiram a exclusividade da exploração das minas.
listas em manter o comércio com a região do rio da Prata. Uma série de conflitos armados ocorreu na região. Derrota-
Um grande número de pessoas se dirigiu à casa de Ama- dos, muitos paulistas saíram da região em direção ao oeste
dor Bueno, aclamando-o rei de São Paulo. Contudo, gra- de Minas Gerais. Ali, descobriram novas minas e iniciaram a
ças à insistente recusa do aclamado, o ânimo da popu- ocupação dos territórios dos atuais estados de Mato Gros-
lação esfriou e o movimento não chegou a passar de um so e Goiás.
episódio histórico que deixou um legado significativo: a
noção de que era possível unir pessoas contra Portugal. Guerra dos Mascates (1710-1711)
O conflito denominado Guerra dos Mascastes ocorreu
Revolta de Beckman (1684) em função das diferenças de interesses entre os senhores
No Maranhão, a falta de escravos para as plantações tor- de engenho, cuja maioria morava em Olinda, então sede
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nou-se um grave problema. A solução encontrada pelos pro- do poder público da capitania de Pernambuco, e os co-
prietários de terras foi a escravização de indígenas. Contudo, merciantes do Recife, de maioria portuguesa, chamados
logo se defrontaram com a resistência dos jesuítas, que se pejorativamente de mascates.
influência das ideias liberais da Europa e da independência mias” praticados contra Portugal: nove foram condenados
dos Estados Unidos ajudaram a desenvolver na Colônia a à morte na forca, e os outros, ao degredo perpétuo. Sobre
consciência da opressão colonial. Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, considerado lí-
trializados, incentivando a instalação de manufaturas em o novo governo revogou boa parte de sua obra, num
Portugal e na colônias (principalmente o Brasil). processo denominado sugestivamente de Viradeira.
espanhol com suas tropas, depondo o rei da Espanha. Ao das elites portuguesas e brasileiras e regulamentar a arre-
mesmo tempo, era iniciada a invasão francesa no território cadação tributária, extremamente necessária para custear
português. o aparelho burocrático montado no Brasil.
PROCESSOS DE INDEPENDÊNCIA DO
BRASIL E DA AMÉRICA ESPANHOLA
ingleses. Liderado por José Bonifácio, o Partido Brasi- fúndios; o regime de trabalho escravo esvaziaria o ideal re-
leiro era a principal força no processo de independência, publicano, refutando o federalismo e optanado por uma for-
embora fosse caracterizado pelo conservadorismo. Seus ma unitarista, com o poder centralizado no Rio de Janeiro.
1821, marcando a ruptura política definitiva com a Espanha. O libertador da porção meridional do continente foi José
Por ser muito centralista, o Império de Agustín teve curta de San Martín, que nasceu em 1778, na atual província
duração. Em 1824, o México estabeleceu uma república de Corrientes (Argentina).
2. No Brasil, costumam dizer que para o escravo são necessários PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto que comecem
mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir
como muitas vezes é o castigo, dado por qualquer causa pouco provada, ou levantada; e com instrumentos de muito
rigor, ainda quando os crimes são certos, de que se não usa nem com os brutos animais...
Adaptado de: ANTONIL, A.J. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas. 3. ed. Belo Horizonte: Itatiaia/Edusp, 1982. p. 89.
Coleção Reconquista do Brasil. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000026.pdf>. Acesso em: 1 ago. 2012.
De acordo com o texto, como o padre Antonil se posiciona perante a questão da escravidão?
3. Durante o processo de independência do Brasil, não haviam ideias claras sobre o federalismo. Empregava-se “fed-
eração” como sinônimo de “república” e de “democracia. Mas a historiografia oficial da independência procurou
ocultar a existência do projeto federalista, encarando-o apenas como resultado de impulsos anárquicos e de am-
bições personalistas e antipatrióticas.
a) Identifique no texto os dois significados opostos para o federalismo.
b) Qual o projeto político que dominou a conclusão do nossa independência?
4. “A sede insaciável do ouro estimulou a tantos a deixarem suas terras e a meterem-se por caminhos tão ásperos
como são os das minas, que dificultosamente poderá dar-se conta do número das pessoas que atualmente lá estão.“
(ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas.)
5. No início do século XIX, iniciaram-se as revoltas coloniais na América hispânica, acompanhando os movimentos
separatistas ocorridos no Brasil.
Qual a principal característica do processo de independência das colônias hispânicas e as diferenças marcantes entre
sua emancipação política e a emancipação ocorrida no Brasil?
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a) Qual a relação existente entre as expedições de apresamento e as atividades econômicas realizadas pelos moradores
da Capitania de São Vicente?
b) Cite um efeito dessas expedições para a colônia portuguesa na América nesse período.
7.
a) Identifique e analise dois elementos representados na imagem, ligados ao contexto histórico de Portugal na segunda
metade do século XVIII.
b) Cite e explique duas medidas tomadas pelo governo português com relação ao Brasil, nesse período.
8. A transformação do Rio de Janeiro em corte real começou apenas dois meses antes da chegada do príncipe re-
gente, quando notícias do exílio real – tão “agradáveis” quanto “chocantes”, cheias de “sustos e alegrias” – foram
recebidas. Entretanto, como descobriram os residentes da cidade, os preparativos iniciais para acomodar Dom João e
os exilados marcaram apenas o começo da transformação do Rio de Janeiro em corte real, pois o projeto de construir
uma “nova cidade” e capital imperial perdurou por todo o reinado brasileiro do príncipe regente. Construir uma corte
real significava construir uma cidade ideal; uma cidade na qual tanto a arquitetura mundana como a monumental,
juntamente com as práticas sociais e culturais dos seus residentes, projetassem uma imagem inequivocamente pode-
rosa e virtuosa da autoridade e do governo reais.
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5. No Brasil, em finais do século XVIII, havia grande de- Considere o contexto histórico da América portugue-
scontentamento e revolta contra o governo metropol- sa, no que se refere à sociedade e à economia colonial
U.T.I. 1
itano e isso deu origem a rebeliões que questionavam do século XVIII, e diferencie esta forma de colonização
o domínio político português. As rebeliões, que tiveram daquela realizada no Nordeste açucareiro, dos séculos
caráter claramente separatistas, foram as Conjurações XVI e XVII.
Mineira (1789) e Baiana (1798).
FILOSOFIA
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA GREGA
O mundo helenístico se beneficiou do momento histórico, caráter transitório e mutável das coisas – para explicar esse
quando as cidades-Estados na Grécia antiga eram prós- pensamento, emerge a metáfora que “não podemos nos
peros centros comerciais e culturais. Desse modo, favore- banhar no mesmo rio duas vezes”.
ceu-se o desenvolvimento do pensamento humano, isto
é, ocorreu a supremacia do logos, que significa “palavra”, Parmênides de Eleia (530-460 a.C.)
“discurso”, “razão”. O filósofo Parmênides concentrou seu pensamento no
FILOSOFIA DE ATENAS
A cidade-Estado de Atenas tornou-se um centro cultural, recionavam esse conhecimento conforme as suas próprias
feito este ocorrido no século de Péricles, época de maior convicções. Os principais sofistas foram Protágoras de Ab-
florescimento da democracia ateniense. Com o controle de dera (490-421 a.C.), Górgias de Leontinos (487-380 a.C.),
quaisquer ataques de outras cidades, Atenas se favoreceu Pródico de Creos (465-395 a.C.), dentre outros. Apresenta-
econômica e culturalmente, desenvolvendo a Filosofia. vam-se como mestres da oratória, de modo que, para eles,
era possível ensinar as técnicas de oratórias e da persuasão
Sofismo para qualquer cidadão. Devido a isso, muitos jovens procu-
ravam os sofistas para alcançarem status na cidade, onde
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Com o crescimento da polis grega, surgiu uma prática edu- o logos era elemento fundamental. Afinal, numa cidade
cacional, em que os seus integrantes eram chamados democrática, o cidadão precisava saber falar e ser capaz de
de sofistas, sábios que vendiam o conhecimento, mas di- persuadir os outros com o auxílio das palavras.
ALEGORIA DA CAVERNA
ARISTÓTELES
FILOSOFIA MEDIEVAL
Durante o período que corresponde ao Império Romano e à Para o pensador, Deus é eterno, portanto, está fora do tempo
Idade Média, a filosofia sofreu um processo de reclusão ao – que sempre existiu, num eterno presente; porém, para o
acesso popular, estando cada vez mais reservada a poucos homem, o tempo começou quando o mundo foi criado. Com
nichos intelectuais. Desse modo, entre os séculos V e XV, o intuito de ilustrar esse procedimento, Agostinho propôs
a filosofia e a religião estiveram interligadas intimamente, uma cidade de Deus, feita com as virtudes do homem, e uma
tendo diversas correntes filosófico-católicas que monopoli- cidade do Diabo, constituída pelos vícios do ser humano. Essa
zaram o conhecimento nesse período. ideia está contida em sua obra mais famosa, intitulada A ci-
dade de Deus. Nesse instante, o filósofo direciona os hábitos
Agostinho (354-430 d.C.) das pessoas, com o intuito de conseguir a iluminação divina.
Patrística
A patrística é a doutrina religiosa elaborada pelos pais
ou padres da Igreja (por isso o nome), nos séculos II ao
VIII, que tinha como objetivo ordenar as verdades da fé,
para defender-se dos ataques dos hereges. Para conso-
lidar o dogma religioso, tem uma construção lógica das
ideias. Os inúmeros textos dessa doutrina almejavam
orientar as ações dos indivíduos de dentro e de fora dos
muros da Igreja católica.
O pensamento de Aquino procura apresentar o equilíbrio
Pedro Abelardo (1079-1142) entre a fé e a razão. Para ele, quando há algum desacordo,
a razão é sempre o elemento que se apresenta em equívo-
Na Idade Média, significou uma mudança do pensamen- co, pois a razão que se excede torna-se indiscreta e invade
to dos dominantes, seguiu-se o ideal de ora et labora o terreno exclusivo da fé, que são os mistérios divinos –
(reza e trabalha). Assim, iniciou-se a “querela dos univer- fato que provoca, devido à desconfiança, a impossibilidade
sais”, a qual discutia a relação entre o nome e a coisa, a de demonstrar a existência de Deus. Seu pensamento assu-
linguagem e a realidade. miu a condição de doutrina oficial do catolicismo.
Em sua Summa contra gentilles, Aquino propõe-se a provar
O nome da rosa para um não cristão, mediante um raciocínio natural, a im-
A palavra “rosa” pode sobreviver à morte ou ao desapare- portância do cristianismo e a existência de Deus. Essa obra
cimento da própria rosa; então, a palavra fala até de coisas é considerada um manual de teologia destinado a conver-
inexistentes. Como podemos entender isso? Nesse instan- ter os muçulmanos, evitando, assim, o avanço do islã.
te, acontece uma questão ou querela de como os nomes
dos objetos não estão atrelados com os objetos. Os nomes Escolástica
são elementos arbitrários que rotulam as coisas, não tendo A escolástica foi o método utilizado nos recintos educacio-
nenhuma relação direta com o próprio objeto. nais da Idade Média, durante o século XI, principalmente
Segundo Pedro Abelardo, os universais só existem no inte- nas universidades. Seguindo um modelo romano de ensi-
lecto, mas, ao mesmo tempo, mantêm relação com as coisas no, eram ensinadas Gramática, Retórica, Dialética, Geome-
particulares, à medida que lhes dão significado. Desse modo, tria, Aritmética, Astronomia e Música.
é como significado que os universais subsistem às coisas. A influência do aristotelismo na escolástica adentra no sé-
Sua obra mais conhecida é Sic et Non (Sim e Não), a qual culo XII, salientando a concepção de divisão de matérias,
revitaliza a dialética, afirmando que esse processo era a em que existem diversos tipos de conhecimento.
via para a verdade e fazia bem à mente.
Nicolau Maquiavel
(1469-1527)
O filósofo da região de Florença é considerado um teórico
Maquiavel, pintura de Santi di Tito, século XV
da política. Com uma observação perspicaz da história dos
governos, Maquiavel analisa as atitudes dos governantes e
como esse Estado é organizado. Thomas Hobbes (1588-1679)
Em sua obra mais conhecida, O príncipe (1513), Maquiavel
tinha como pretensão propiciar a união das províncias ita-
lianas, para garantir a paz nessas terras.
Tendo uma experiência de análise histórica, em conjunto
com uma orientação de valorização do governante, Ma-
quiavel tem a preocupação de saber como os governan-
tes agem de fato e como essas atitudes podem garantir ou
não a sua permanência no poder.
Só que esse governante também precisa ter ao seu favor a formação da sociedade. Segundo o filósofo, no início,
a fortuna, ou seja, a sorte, de modo que ele não pode, de os homens viviam no Estado de natureza, onde os seres
forma alguma, renegar as situações de sorte que podem sobrevivem num conflito de todos contra todos, onde a re-
FILOSOFIA MODERNA
Erasmo de Rotterdam Em seu ensaio mais famoso, intitulado Dos canibais, Mon-
taigne apresenta uma crítica aos europeus, em relação às
(1466-1536) práticas com os povos do Novo Mundo.
Analisa o cotidiano constituído por homens “estranhos” e
Nascido Herasmus Gerritzsoon, o pensador humanista ne-
“absurdos”, mas também “milagres”. O homem é um ser
erlandês faz uma crítica mordaz e feroz sobre a insensibi-
verdadeiro em sua contínua mutação; equívocas são as teo-
lidade dos detentores do poder, sobre a perda dos valores
rias e as convenções sociais e políticas que pretendem apri-
da vida, com uma sátira da sociedade dos séculos XV e
sioná-lo em uma única imagem.
XVI. Assim, ele redigiu o seu Elogio da Loucura.
Nesse caso, a Loucura é uma deusa que se apresenta como
condutora das ações humanas, ou seja, a Loucura domina René Descartes (1596-1650)
o mundo, do modo que a felicidade suprema do homem O francês René Descartes é considerado o pai da filosofia
está nas loucuras que comete. Com isso, Loucura é o próprio moderna. Na intenção de encontrar a certeza de alguma
mundo que o homem construiu, pois os seres se tornam coisa, o filósofo utiliza a sua maior arma – a dúvida –, pro-
medíocres e hipócritas. curando, assim, uma base de certeza em suas próprias fa-
culdades racionais.
A crítica maior recai sobre a Igreja, sua hierarquia e suas ins-
tituições. Assim, Erasmo propõe o retorno da Igreja à simpli-
cidade dos tempos iniciais. Foi considerado o homem mais
erudito de sua época.
Michel de Montaigne
(1533-1592)
O filósofo francês Michel de Montaigne reintroduz a ideia de
investigação crítica permanente, concebeu uma nova manei-
ra de descobrir o conhecimento. O ceticismo cartesiano consiste numa formulação sistemá-
Com formação em Direito, acabou adentrando na política, tica, em que não se trata mais de duvidar por duvidar, mas
U.T.I. 1
sendo prefeito de Bordeaux, entre 1580 e 1581. No fim da de examinar criteriosamente todas as coisas, a fim de nelas
vida, escolheu a reclusão, a fim de escrever a sua maior obra, descobrir elementos sobre os quais possa recair alguma
intitulada Ensaios, niciada em 1572. suspeita. A dúvida é conduzida por um método rigoroso:
RACIONALISTAS
Definições de Espinoza
I. Por sua causa entendo aquilo cuja essência implica a
existência e cuja natureza só pode ser concebida como
existente.
O filósofo holandês Espinoza foi um dos grandes raciona- II. Diz-se finita no seu gênero uma coisa que pode ser
listas do século XVII. Em sua obra Tratado teológico-polí- limitada por uma outra da mesma natureza. Por exem-
tico (1670), o filósofo submete o Velho Testamento a uma plo, dizemos que um corpo é finito porque concebemos
rigorosa crítica, baseando-se numa análise gramatical da sempre um outro maior. Do mesmo modo, um pensa-
língua hebraica e na história do povo judeu. A conclusão mento é limitado por um outro pensamento. Mas nem
foi que o conteúdo bíblico não se refere à verdade, mas um corpo pode ser limitado por um pensamento nem
apenas estabelece preceitos de conduta para guiar os ho- um pensamento por um corpo.
mens, o que reduz a nada todo o esforço da teologia. III. Por substância entendo aquilo que existe em si e por si
Segundo Espinoza, existe uma só substância, que é um prin- é concebido, isto é, aquilo cujo conceito, para ser for-
cípio científico unificador, figurando-se em Deus ou Nature- mado, não precisa do conceito de uma outra coisa.
za, do modo que a mente e a matéria são apenas atributos IV. Por atributo entendo aquilo que o intelecto percebe
da substância única. Deus é a causa primeira e eficiente de como a essência da substância.
todas as coisas, porém, isso não significa que seja o criador,
V. Por modo entendo aquilo que existe em outra coisa
pois, sendo Deus a única substância, nada pode existir fora
pela qual também é concebido.
dele. Assim, Deus é a causa do mundo, mas o mundo existe
U.T.I. 1
em Deus, que é, por isso, causa imanente, isto é, causa que VI. Por Deus entendo o ente absolutamente infinito, isto é,
produz efeito em si mesma. Em outras palavras, Deus é Na- uma substância que consta de infinitos atributos, cada
tureza (Deus sive Natura). um dos quais exprime uma essência eterna e infinita.
Gottfried Wiljhelm
apercebermos de que era da justiça que de algum modo
estávamos a tratar.
Cada elemento que existente no universo é composto por 3. (UFPR) Uma vez que Aristóteles antes define as virtu-
inúmeras mônadas, da sendo que alguns possuem mais que des como disposições de caráter e, na passagem acima,
outras. Deus, por exemplo, também é composto por mô- acrescenta que as virtudes situam-se num “meio-termo”,
nadas, sendo uma substância infinita, perfeita, criadora de de que modo devem ser definidos os vícios? Por quê?
U.T.I. 1
O bem supremo do mortal é a saúde; a) Por que, sem o pacto, não há paz entre os homens?
b) Por que a instituição do poder soberano é resulta-
O segundo, a formosura do corpo;
do de uma passagem?
O terceiro, uma fortuna adquirida sem mácula;
O quarto, desfrutar entre amigos o esplendor da juventude. 9. (UFU) Segundo Agostinho de Hipona (354-430), as
ideias ou formas originárias de todas as coisas, razões
JAEGER, W. Paideia. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 528-529. estáveis e imutáveis das coisas de nosso mundo, estão
contidas na mente divina e não nascem nem morrem, e
a) O que é o homem para Sócrates?
tudo o que, em nosso mundo, nasce e morre é formado
b) Qual é a relação entre o que define o homem e a a partir delas. Essas ideias eternas não são criaturas,
máxima délfica “Conhece-te a ti mesmo”? antes, participam da Sabedoria eterna, mediante a qual
Deus criou todas as coisas e são idênticas a Ele. Assim,
6. (UFU) A respeito da fortuna, Maquiavel escreveu: conhecemos verdadeiramente quando nos voltamos
para tais ideias; sendo o fundamento da natureza das
[...] penso poder ser verdade que a fortuna seja árbitra
coisas são também o fundamento para o conhecimento
de metade de nossas ações, mas que, ainda assim, ela
nos deixe governar quase a outra metade. dessas mesmas coisas; assim, por meio delas podemos
formar juízos verdadeiros sobre elas.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Tradução de: Lívio Xavier. São Paulo: INÁCIO, Inês. C.; LUCA, Tânia R. de.
Nova Cultural, 1987. Coleção “Os Pensadores”. p. 103. O pensamento medieval. São Paulo: Ática, 1988, p. 26.
Que razões Aristóteles alega para justificar a afirmação Hobbes. Essa máxima aparece coroada por uma outra,
de que a ciência mais imperativa e predominante sobre menos citada, mas igualmente importante: “guerra de
tudo parece ser a ciência política? todos contra todos”. Ambas são fundamentais como
síntese do que Hobbes pensa a respeito do estado na-
SOCIOLOGIA
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA: AUGUSTE COMTE
A Sociologia surge como um fruto das diversas transfor- Pensando no controle da sociedade, Comte estruturou que
mações do cotidiano, oriundo da Revolução Industrial, que todos os elementos deveriam ter a razão científica como
impulsionou ainda mais as desigualdades sociais entre os norteador dessas ações. Esse pensamento ganhou força na
homens – fato este que modificou as relações interpesso- Europa durante o século XIX, entre governos monárquicos
ais, tendo como referência as relações do trabalho e sua e republicanos. Uma nação que seguiu com toda ênfase o
desvalorização do trabalho humano. pensamento positivista foi o Império Austro-Húngaro.
Diante disso, emerge uma ciência que se preocupava em
oferecer uma explicação para os novos fenômenos sociais. Positivismo no Brasil
Com o início da República, no século XIX, o positivismo
Auguste Comte (1798-1857) ganhou força, principalmente na cidade do Rio de Janeiro.
Com suas características de que existe uma hierarquia, a
Comte introduz o positivismo, corrente filosófica que buscava
qual deve seguir uma ordenação científica, o positivismo
uma reorganização intelectual, moral e política da ordem so-
teve muitos adeptos dos altos oficiais do Exército e algu-
cial, com o intuito de controle de todas as instituições sociais.
O seu pensamento consistia em três estágios, contida em seu mas camadas da burguesia brasileira. Diante disso, a nova
Curso de filosofia positiva: bandeira do Brasil ganhou um lema positivista.
Positivismo
O pensamento científico e experimental é o único guia para
o ser humano, de forma que a ciência é a base dessa doutri-
na, com o intuito de organizar todos os elementos da socie-
dade, inclusive a área religiosa.
Em sua obra Sistema de política positiva (1854), Comte cria
a religião da humanidade ou a religião positivista, que tem
como princípios ou diretrizes “o amor, por princípio”, “a Bandeira da República Federativa do Brasil
ordem, por base” e “o progresso, por fim”.
Entre os brasileiros que propagaram o pensamento positivis-
Esse processo evolutivo também recairia entre as ciências
U.T.I. 1
A Europa passava por um momento de tranquilidade polí- Já as características dos fatos sociais devem ter traços de:
tica e econômica, chamada de Belle Époque, entre o fim da § generalidade: comum a todos ou à maioria dos inte-
Guerra Franco-Prussiana, em 1871, e o começo da Primeira grantes desse grupo social;
Guerra Mundial, em 1914. § exterioridade: não depende do indivíduo; e
Diante da efervescência tecnológica da época, ocorreu uma § coercitividade: se impõe de diversas formas.
grande transformação nos hábitos das pessoas, que dire-
cionou os indivíduos para o consumo de bens de consumos A religião para Durkheim
e o encantamento desses produtos perante os indivíduos.
Émile Durkheim nota que o elemento primordial que entre-
Émile Durkheim (1858-1917) laça todos os seres é a religião, pois, mesmo serem monote-
ístas ou politeístas, todas as religiões separam radicalmente
o mundo profano do mundo sagrado. Ele considera todas as
religiões como iguais, contendo um sistema de crenças e de
cultos, conjuntos de atitudes rituais, nas quais os seus “movi-
mentos são estereotipados”. A religião constrói a sociedade,
na qual “as divisões em dias, semanas (...) correspondem à
periodicidade dos ritos, das festas”, sendo assim uma mani-
festação natural da atividade humana.
A religião, para Durkheim, é uma espécie de especulação de
tudo que escapa à ciência, ou seja, o sobrenatural, possuin-
do assim na sua essência um conjunto de símbolos (os ritos).
Um dos precursores da escola sociológica francesa, o soci- O homem é um ser social, porque pensa por conceitos. A
ólogo Émile Durkheim sofreu uma forte influência do positi- concepção de mito é entendida como a representação de
vismo comteano, contendo traços do funcionalismo social, uma espécie de herói histórico.
em que considera as funções sociais contidas em seu obje-
to de pesquisa, trabalhando a moral, a religião etc. O método científico
Ele compreende a “cultura” como algo coletivo, um elemen- Durkheim inaugura o processo de investigação sobre os
to vivo por assim dizer, que acaba se transformando ao fenômenos sociais, pautado na observação dos fatos. Esse
longo do tempo. Assim, a sociedade se constrói mediante procedimento deve ser guiado por uma análise neutra do
essas transformações culturais, consolidando ou rejeitando pesquisador, pois é necessário a esse observador suprimir
princípios morais e éticos. todos os seus juízos de valores pessoais para que conclusões
não sejam precipitadas. Precisa, ainda, apresentar um retrato
O fato social fiel do objeto analisado, observando todos os elementos que
compõem essa estrutura vista. Nesse momento, Durkheim
Os fatos sociais são maneiras de pensar, agir e sentir que
apresenta a importância da sociologia como a ciência.
existem independentemente das manifestações individu-
ais, isto é, são ações exteriores ao indivíduo, sendo gene- Nesse processo, é saliente notar que Durkheim aponta al-
ralizados na sociedade, de modo que são dotados de uma guns direcionamentos:
força imperativa e coercitiva perante os indivíduos. § o processo deve ser objetivo;
Segundo Durkheim, existem tipos de fatos sociais: § os fatos analisados podem ser normais ou anômicos; e
§ e como esses fatos se interligam ou afetam os inte-
§ Fato social normal: é o fato social coercitivos, fei-
tos de forma exterior, desencadeando ações coletivas grantes desse grupo estudado.
e gerais. Assim, aconteceram fatos corriqueiros, que serão caracteri-
§ Fato social patológico: é o fato que aponta elemen-
U.T.I. 1
Max Weber (1864-1920) Weber faz uma crítica aos positivistas, entre eles Comte
e Durkheim, por não concordar que todos os tipos de ciên-
O alemão Maximilian Karl Emil Weber consolida a ciência cias seguem o mesmo procedimento. Segundo Weber, a
sociológica, analisando os processos do capitalismo na so- sociologia precisa desenvolver procedimentos de investiga-
ciedade contemporânea. Grande parte de seus estudos se ção que permitem verificar os valores e as motivações que
preocupou para o capitalismo e no seu processo racionali- condicionam as ações humanas.
zado, conjunto com um estudo sobre o desencantamento
do mundo. Seus trabalhos desenvolveram descobertas do O poder da religião
papel da subjetividade na ação e na pesquisa social. Weber Weber empreendeu análises comparativas entre as religiões,
não admite que existe uma lei preexistente que regule o com o objetivo de compreender as razões do desenvolvi-
desenvolvimento da sociedade. mento do capitalismo europeu. Ele conclui que o mundo
oriental não oferecia condições para este tipo de organiza-
ção econômica, pois pregava valores de harmonia; enquanto
as religiões cristãs incentivaram o trabalho e a competição.
A dominação
Para Weber, o capitalismo é dominado pela ascensão da ciên-
cia e da burocracia. Weber aponta uma relação entre domi-
Observador da sociedade nantes e dominados, constituídas com bases legítimas.
O sociólogo analisa as estruturas das sociedades, não se
Dominação - É a dominação burocrática no Estado;
concentrando nas particularidades individuais. Apropria-se
de um método compreensivo para suas análises. Para We- - Constituído por formas legais, hierárquicas, mediante
ber, a Sociologia é uma ciência que pretender compreender a Legal uma formação eleita ou nomeada;
- Deve seguir um estatuto.
Ação Social. Toda ação social segue certos requisitos:
§ o ser lhe dá um sentido; - Dominação patriarcal;
Dominação - Controle feito pelo “senhor” perante seus “súditos”;
§ esse sentido se remete ao outro.
Tradicional - Não é possível criar novos direitos diante das nor-
mas da tradição.
Ação Afetiva Determinada por sentimentos
Ação tradicional Determinada por costumes ou hábitos - Dominação por uma devoção afetiva;
Dominação
- Sendo um “líder” que constrói uma imagem de adora-
Ação racional com Determinada por um valor e Carismática ção, controlando seus “súditos”.
relação a valores se realiza pelo mesmo
Determinada pelos fins que
Ação racional com
perseguem, predominantemente
relação a fins na vida econômica.
O habitus, para Bourdieu, condiciona que os indivíduos con- Classe que possui capital cultural e
parte do capital econômico.
vivam em um mesmo agrupamento social, tendo estilos de Classe média
vida parecidos, onde os “fatos sociais” se assemelham. O tradicional Características:
Possui a ilusão da meritocracia; domina a
habitus qualifica a relação do sujeito com a sociedade, ten-
classe subalterna (os trabalhadores).
do uma base estratificação de poder.
Camada popular que consegue melhorar a renda.
A violência simbólica Características:
Trabalhadores
Segundo Bourdieu, a violência simbólica é uma violência Não desenvolveram e consolidaram o capital cultu-
“invisível”, concretizada por formas de comunicação, ten- ral; trabalham em 2 a 3 empregos; são pentecostais.
do uma relação de subjugação e submissão, numa típica
Pessoas que abaixo da linha de dignidade.
situação de dominação. Só que o dominado é cúmplice e
aceita essa dominação. Características:
A violência simbólica pode ser tomada pelas instituições da Ralé Serviços braçais, não são valorizados e nem
reconhecidas; não recebem estímulos familiares;
sociedade, como o Estado, a mídia, a escola. Consolidando correspondem a 1/3 da população brasileira;
uma forma de opressão entre os segmentos da sociedade. precisam de proteção do Estado.
lise dos costumes da humanidade a partir da formação do alterações constantemente, ajustando-se conforme a cria-
Estado Moderno, abrangendo também a cultura. ção da instituição social, servindo tanto para o domínio ex-
Norbert Elias salienta que o processo civilizador pode ser terno como para o autodomínio individual.
Duas dessas regras são formuladas da seguinte maneira: produção e de apropriação baseado nos antagonismos
I. A causa determinante de um fato social deve ser bus- de classes, na exploração de uns pelos outros. Neste
cada entre os fatos sociais anteriores, e não entre os sentido, os comunistas podem resumir sua teoria nesta
estados de consciência individual. fórmula única: a abolição da propriedade privada. (…)
GEOGRAFIA 1
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
MOVIMENTOS DA TERRA
Movimentos da Terra Quando um corpo está no periélio, ele tem a maior velo-
cidade de translação de toda a sua órbita.
Do ponto de vista da ciência, a Terra possui um único mo- O afélio, por sua vez, é o ponto da órbita em que um plane-
vimento, que pode, dependendo de suas causas, ser divi- ta ou um corpo está mais distante do Sol. Quando um astro
dido nos seguintes componentes: está no afélio, ele tem a menor velocidade de translação de
§ movimento de rotação em torno de seu eixo; toda a sua órbita, proporcionando invernos mais longos no
HS e verões mais longos no HN.
§ movimento de translação em torno do Sol;
Movimento acelerado TERRA
§ movimentos de precessão e de nutação;
§ movimento dos polos; SOL
Movimento de translação
A Terra, ao mesmo tempo em que gira em torno do seu eixo,
também realiza o movimento de translação, que consiste em
dar uma volta completa em torno do Sol. Para realizar esse
movimento, ela utiliza cerca de 365 dias – ou precisamente
365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. O trajeto per-
corrido com esse movimento é denominado órbita terrestre.
Já os solstícios são os momentos nos quais os raios so-
A órbita terrestre é elíptica, onde o Sol está ligeiramente des- lares incidem perpendicularmente sobre um dos trópicos.
locado em relação ao centro do movimento. Eles ocorrem em 22 de junho, no Trópico de Câncer (no
A Terra está mais próxima do Sol entre 4 a 7 de janeiro e hemisfério Norte), e em 21 de dezembro, no Trópico de
mais distante entre 4 e 7 de julho. Capricórnio (hemisfério Sul). Essas duas datas marcam,
respectivamente, o início do inverno e do verão no hemis-
Periélio e afélio
U.T.I. 1
Coordenadas geográficas
Meridianos
Os meridianos são linhas imaginárias que ligam os Polos Norte e Sul, formando “meias circunferências” na Terra.
O meridiano de Greenwich divide a Terra em dois hemisférios: ocidental e oriental. A partir dele, é possível traçar diversos
meridianos, até o limite de 180°, tanto para Oeste quanto para Leste, o que totaliza os 360° da “circunferência” da Terra.
Paralelos
A linha imaginária traçada na parte mais larga da Terra é o paralelo de zero grau (0°), cujos pontos são equidistantes dos
polos. Ele foi denominado Equador, o principal paralelo, e divide o planeta em dois hemisférios, Norte e Sul.
Os outros paralelos são traçados seguindo a linha do Equador, tanto para o Norte quanto para o Sul. Além do Equador,
existem quatro paralelos notáveis: no hemisfério Norte, há o Círculo Polar Ártico (90° N) e o Trópico de Câncer (23° N); no
hemisfério Sul, há o Círculo Polar Antártico (90° S) e o Trópico de Capricórnio (23° S).
MERIDIANOS PARALELOS
antimeridiano Polo norte 90º N Latitudes
180º
de Greenwich norte
0º
Greenwich
Latitudes
0º sul
Longitudes Longitudes
oeste leste
Latitude e longitude
§ Latitude é a distância, medida em graus, que separa a linha do Equador de um ponto qualquer da superfície terrestre.
Ela varia de 0° a 90° ao Norte e ao Sul.
§ Longitude é a distância, medida em graus, do meridiano de Greenwich a um ponto qualquer da superfície da Terra. Ela
varia de 0° a 180° a Leste ou a Oeste.
LONGITUDES LATITUDES
U.T.I. 1
Fuso horário
Dividindo-se os 360º da “esfera” terrestre pelo número de
horas em que a Terra leva para completar seu movimento Fuso horário legal
de rotação, tem-se 15º (quinze graus), ou seja, a cada hora,
a Terra gira 15º. Partindo desse raciocínio, o planeta foi divi-
dido em 24 fusos horários, correspondentes às 24 horas do
Fusos horários do Brasil
dia e limitados por meridianos, distantes 15º uns dos outros. § primeiro fuso (UTC-2): Atol das Rocas, Fernando de
Noronha, Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Trin-
O meridiano 0º tem como referência o observatório de
dade e Martim Vaz;
Greenwich. Como a Terra gira de Oeste para Leste, os fusos
U.T.I. 1
à leste de Greenwich têm as horas adiantadas em relação § segundo fuso – horário de Brasília (UTC-3): regi-
ao fuso inicial. Os fusos situados à oeste, por sua vez, têm ões Sul, Sudeste e Nordeste; Estados de Goiás, Tocan-
as horas atrasadas em relação à hora de Greenwich. tins, Pará e Amapá; e o Distrito Federal;
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10° S TO 10° S
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Projeção Policônica
70° O 60° O 50° O 40° O 30° O
Brasil: fuso horário
- 5 horas - 4 horas - 3 horas -2 horas
NOÇÕES DE CARTOGRAFIA
Cartografia Escala
§ Escala numérica: representada por uma fração, na
Definições de mapas e cartas qual o numerador indica a distância no mapa, e o de-
nominador indica a distância na superfície real. Uma
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísti-
escala 1:100.000 (um por cem mil) significa que a su-
ca (IBGE), “carta é a representação no plano, em escala mé-
perfície representada foi reduzida 100 mil vezes. Nesse
dia ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área
caso, 1 cm no mapa = 100.000 cm = 1.000 m = 1 km
tomada de uma superfície planetária, subdividida em folhas
na realidade.
delimitadas por linhas convencionais – paralelos e meridia-
nos – com a finalidade de possibilitar a avaliação de por- § Escala gráfica: é uma linha reta graduada, por meio
menores, com grau de precisão compatível com a escala”. da qual se indica a relação da distância real com as
Ainda segundo o IBGE, “mapa é a representação no plano, distâncias representadas no mapa. Por exemplo:
normalmente em escala pequena, dos aspectos geográficos, 1 cm = 100 km.
naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na su- 2 1 0 2 4
perfície de uma figura planetária, delimitada por elementos
físicos, político-administrativos, destinadas aos mais variados km © César da Mata/
Schäffer Editorial
Elementos de um mapa
§ Título: informa o tema que está sendo representado.
§ Legenda: mostra o significado dos símbolos e é impor-
tante para explicar o que o mapa comunicou visualmente.
§ Escala: indica quantas vezes o mapa foi reduzido,
possibilitando o cálculo das distâncias e das dimensões
reais do espaço representado.
Sensoriamento remoto
O sensoriamento remoto é uma tecnologia de obtenção de imagens e dados da superfície terrestre por meio da captação e
registro da energia refletida/emitida pela superfície, sem que haja contato físico entre o sensor e a superfície estudada (por
isso é denominado remoto).
Quando a imagem for capturada, ela será analisada, transformada em mapas ou constituirá um banco de dados georrefe-
renciados, caracterizando o que é chamado de geoprocessamento.
Esquema de um SIG
U.T.I. 1
Projeção de Mercator ou
cilíndrica conforme
© César da Mata/Schäffer Editorial
Projeção de Mercator.
Projeção de Mecator
Equador
Projeção de Peters.
Projeção de Peters
U.T.I. 1
Eq
ua
do
r
neve, chuva e chuva de granizo. A precipitação é uma parte Contudo, também poderá ser causada por um proces-
fundamental do ciclo hidrológico, sendo responsável por so oposto: uma frente quente e úmida que atropela
retornar a maior parte da água doce ao planeta. massas de ar em região fria.
Massas de ar
Correntes marítimas
Maritimidade e continentalidade
Relevo
Vegetação
U.T.I. 1
Atmosfera
A atmosfera é uma camada relativamente fina de gases e material particulado (aerossóis) que envolve a Terra. Cerca de 97%
da massa total da atmosfera concentra-se nos primeiros 302 km, contados a partir da superfície terrestre.
§ Troposfera;
§ Estratosfera;
§ Mesosfera;
§ Termosfera.
Alta polar
Célula de Ferrel
60º Frente polar
Baixa subpolar
Célula
Ventos contra alísios
de
Hadley
A Alta A
subtropical
Zona de
Ventos alísios
convergencial
Baixa 0º Intertropical
Equatorial (ZCTT)
B
B B
30º
A Alta A
subtropical
U.T.I. 1
60º
La Niña
La Niña também é um fenômeno cíclico cuja manifestação
opõe-se a do El Niño. Acontece quando ocorre um res-
friamento maior que o normal das águas do Pacífico, em
média, a cada dois ou sete anos, e pode durar aproxima-
damente um ano.
Formação de uma tromba d’água
No Brasil, La Niña alterou o regime de chuvas nordestino e
provocou uma primavera atípica na região Sudeste, com índi-
2 ces pluviométricos maiores do que a média nesse período,
e temperaturas mais baixas que o normal, provocadas pela
sucessão de dias nublados ou chuvosos. As áreas em azul rep-
resentam regiões frias, onde ocorre o fenômeno do La Niña.
Fonte: <https://sealevel.jpl.gov>
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5
U.T.I. 1
frio
seco e
quente
chuvoso
frio chuvoso seco
seco e frio seco chuvoso
e frio
frio e frio
chuvoso
chuvoso frio e
chuvoso
frio chuvoso quente e seco
chuvoso
frio
quente
seco
chuvoso
Clima mediterrâneo
Podemos afirmar que esse clima tem como características
gerais um verão quente, seco e prolongado e um inverno
suave, chuvoso e curto.
Clima subpolar
As temperaturas médias anuais são muito baixas, e a
média do mês mais quente não supera os 10 ºC; As chuvas
são escassas e a maior parte das precipitações ocorre sob
forma de neve ao longo do ano.
Clima polar
U.T.I. 1
CLIMAS DO BRASIL
anos e mares) ocupam mais espaço do que as massas só- mTa mPa → Polar atlântica
mPa
Alísio de
sudeste
U.T.I. 1
Altitude
Latitude
Continentalidade e maritimidade
Correntes marítimas
Corrente do Brasil e a corrente das Guianas.
Climas do Brasil
Fonte: <profwladimir.blogspot.com.br/2012/09/
mapas-Brasil-clima.html>. (Adaptado)
Fonte: <profwladimir.blogspot.com.br/2012/09/
mapas-Brasil-clima.html>. (Adaptado)
Fonte: <profwladimir.blogspot.com.br/2012/09/
mapas-Brasil-clima.html>. (Adaptado) Vai da divisa do Paraná e de São Paulo até próximo ao
“cotovelo” do Rio Grande do Norte.
Clima tropical continental
O clima tropical envolve a maior parte da região Cen- Clima tropical de altitude
tro-Oeste, do Sudeste e partes do Nordeste. Nos planaltos e serras do leste e sudeste do Brasil.
U.T.I. 1
Clima subtropical
A parte do Brasil ao sul do Trópico de Capricórnio.
Fonte: <profwladimir.blogspot.com.br/2012/09/
mapas-Brasil-clima.html>. (Adaptado)
U.T.I. 1
Introdução à hidrologia
Ciclo hidrológico
Vapor transportado para
terra firme
Precipitação
Transpiração
Evaporação
Percolação Precipitação
Evaporação
Lago
Rio
Terra
Oceano
Fluxo subterrâneo
Mares e oceanos
§ Oceano.
§ 71% do planeta.
§ Pacífico, Atlântico, Índico e Glacial Ártico.
Mares fazem parte dos oceanos. Grandes massas de água salgada cercadas por terra, parcial ou completamente.
§ Mar fechado: é aquele que não possui nenhuma ligação com o oceano.
§ Mar interior (ou Mediterrâneo): possui uma pequena ligação com o oceano;
§ Mar aberto: é aquele que tem grande ligação com o oceano.
Mares da Europa
Canal da Mancha
Golfo de Vizcaya
Mar de Azov
U.T.I. 1
Mar Caspio
Mar Negro
Mar Adriático
Mar de Mármara
Mar Mediterrâneo
Mar Egeo
Imagens do mar Cáspio (fechado), do mar do Norte ou de Berents (aberto) e do mar Mediterrâneo (continental)
168 CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias
Glacial Ártico
Oceano
Pacífico
Oceano
Oceano Oceano Índico
Pacífico Atlântico
Oceano Antártico
Ondas e marés
As ondas são produzidas pelos ventos.
As marés correspondem ao movimento diário das águas que avançam e recuam, fenômeno esse resultante de forças gravi-
tacionais que o Sol e a Lua exercem sobre a Terra.
Correntes marítimas
As correntes marítimas são massas menores de água que se deslocam em direções distintas. Elas mantêm suas carac-
terísticas de cor, salinidade e temperatura, ou seja, não se misturam. Esse deslocamento é causado pela ação dos ventos
e pelo movimento de rotação da Terra. Em razão disso, as correntes marítimas se deslocam de acordo com os hemisférios
da Terra. No Hemisfério Norte, seguem no sentido horário e, no Hemisfério Sul, no sentido anti-horário.
Corrente do Golfo, corrente do Brasil, corrente de Humboldt e a corrente de Benguela.
U.T.I. 1
Águas continentais
Uma pequena parte de toda a água do mundo localiza-se nas áreas continentais. Os rios representam apenas uma pequena
porcentagem delas, e suas águas sempre foram um fator determinante para a fundação das cidades.
Será que as pessoas que vivem em áreas urbanizadas conseguem imaginar qual a origem dos rios que cortam sua cidade?
Camada
impermeável
Fraca porosidade e
fraca permeabilidade A modelagem do relevo
Os rios realizam um trabalho ininterrupto de destruição,
Aquífero cativo transporte e sedimentação, denominado ciclo de erosão
fluvial. Eles escavam seu próprio leito, enquanto que, em
suas margens, a erosão forma as vertentes dos vales por
Camada Boa porosidade e
impermeável boa permeabilidade onde eles correm. A velocidade de suas águas é determi-
Lençol de água freático ou aquíferos nada pela declividade dos terrenos que cortam.
Origem:
§ Pluvial.
§ Glacial.
§ Lacustre.
Lençol freático, se esses lençóis atingirem a superfície, dão
origem às nascentes dos rios.
Alguns nascem do degelo.
Grand Canyon sendo erodido pelo rio Colorado
Existem rios perenes, ou seja, que nunca secam.
Bacia do Prata
É formado pelas bacias dos rios Paraguai, Paraná e Uruguai.
Banha a área mais desenvolvida e urbanizada do país.
Bacia do Tocantins-Araguaia
É a maior bacia localizada totalmente em território brasilei-
ro, com 813 mil km2 e formada pelos rios Tocantins e Ara-
guaia. O rio Tocantins nasce em Goiás, ao norte da cidade
de Brasília, percorre 2,6 mil km e desemboca na foz do rio
Amazonas, junto à ilha de Marajó. Usina de Tucuruí, no Pará.
Rio Araguaia nasce na serra das Araras, no Mato Grosso,
próximo à divisa com Goiás, e desemboca no rio Tocantins.
Bacia hidrográfica Platina
Bacia do Paraguai
§ Amplamente navegável;
§ Pequeno potencial hidrelétrico;
§ Pantanal.
Bacia do Uruguai
Pouco aproveitada para navegação e para geração de
energia. Essa bacia é fronteiriça entre Brasil e Argentina
e, portanto, exige acordos internacionais para a realiza-
ção de projetos.
As 12 Regiões
Hidrográficas Brasileiras
Amazonas
Tocantins-Araguaia
Atlântico NE Ocidental
Parnaíba
Atlântico NE Oriental
São Francisco
Atlântico Leste
Atlântico Sudeste
Paraná
Paraguai
Uruguai
Atlântico Sul
§ homogênea;
§ restam apenas pouco mais de 10% da mata original;
§ solos férteis (terra roxa).
Biomas do Brasil
Formações florestais: vegetação com árvores de grande
porte
§ Floresta Amazônica.
§ Mata Atlântica.
§ Floresta de araucárias.
Formações arbustivas e herbáceas: constituíta por ar-
bustos dispersos e isolados por vegetação rasteira
§ Cerrado
§ Caatinga.
§ Campos.
Formações complexas: ocorrem em áreas de transição
entre formações a apresentam características de duas ou
mais dessas formações
§ Mata dos cocais.
§ Pantanal.
§ Mangue.
nacional, reserva de desenvolvimento sustentável, SAINT-EXUPÉRY, A. O Pequeno Príncipe. Rio de Janeiro: Agir, 1996.
reserva de fauna, reserva extrativista e reserva parti- A diferença espacial citada é causada por qual caracte-
cular do patrimônio natual. rística física da Terra?
a) Destaque DOIS aspectos que nos possibilitam afirmar o caráter eurocêntrico da Projeção de Mercator.
b) Joaquin Torres García afirmou que “(…) nuestro Norte és el Sur” (nosso Norte é o Sul) para se referir à sua obra. Diante
do exposto, cite TRÊS aspectos do caráter ideológico-geográfico presente no termo “sulear”.
4. (UERJ 2020)
U.T.I. 1
Explique a relação causal entre o movimento abordado na tirinha 1 e sua consequência direta, mencionada na tirinha 2.
Aponte, também, o continente de localização dos personagens.
U.T.I. - E.O.
1. Mapa de fuso horário
Fonte: <www.estudopratico.com.br/wp-content/uploads/2013/01/fuso-horario-mapa-conceito-em-geografia.jpg>
Um fotógrafo sai do Rio de Janeiro às 18:00 hs do dia 1º (sábado), em direção à Hong Kong. A duração do voo foi de
12 horas. Que horas será no Rio de Janeiro quando essa pessoa chegar no seu destino?
U.T.I. 1
3. O sabiá no sertão
Quando canta me comove
Passa três meses cantando
E sem cantar passa nove
Porque tem a obrigação
de só cantar quando chove
Explique a influência da corrente do golfo no Atlântico Norte sobre a Europa ocidental, e destaque os motivos das
cidades de Londres e Paris terem invernos mais amenos do que Montreal e Nova Iorque.
9. (UFPR) A bacia hidrográfica como unidade de análise ambiental tem ganhado destaque, o que pode ser exemplifi-
cado com o caso do Brasil, onde, nas últimas décadas, ela tem sido considerada um importante recorte espacial para
o planejamento e para diagnósticos ambientais. Explique o que é uma bacia hidrográfica, apresentando os elementos
que a compõem, e justifique por que ela é utilizada como recorte espacial para diagnósticos ambientais.
10. (UERJ) O potencial de produção de energia hidrelétrica está relacionado a um grupo de fatores naturais que inter-
ferem na construção de barragens em bacias hidrográficas. Observe no mapa abaixo a localização das dez principais
bacias hidrográficas brasileiras:
U.T.I. 1
Considerando as características socioambientais da bacia I, cite duas consequências negativas ocasionadas pela cons-
trução de hidrelétricas nessa área.
Indique, ainda, dois fatores que favorecem a geração de energia elétrica nas usinas instaladas na bacia V.
GEOGRAFIA 2
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO GEOGRÁFICO
Possibilismo geográfico
(Início do Séc XX)
Seus defensores acreditam na possibilidade de haver influ-
ências recíprocas entre o homem e o meio natural, e que
o homem se adapta ao meio natural. Como ser racional,
o homem é elemento ativo e, portanto, tem condições de
modificar o meio natural e adaptá-lo às suas necessidades.
Conceito de Paisagem
“Tudo aquilo que nós vemos, que a nossa visão alcan-
ça, é a paisagem [...]. Não apenas formada de volumes,
mas também de cores, odores, movimentos, sons, etc.”
Milton Santos
Paisagem natural
Karl Marx
Conceito de Região
Na Geografia, a região é definida como uma porção superficial designada a partir de uma característica que lhe é marcante
ou que é escolhida por aquele que concebe a região em questão. Assim, existem regiões naturais, econômicas, políticas, entre
muitas outras.
Portanto, a região não existe diretamente, mas é uma construção intelectual humana. No âmbito da Literatura, essa noção
está vinculada ao conceito de regionalismo, que expressa o conjunto de costumes, expressões linguísticas e outros valores
que apresentam variação entre uma região e outra, dando uma identidade coletiva para os diferentes lugares.
GEOLOGIA
As eras geológicas
A história geológica do planeta é dividida em fases chamadas eras geológicas, divididas em períodos.
Escala geológica
Datação (em
Era Período Eventos no Planeta Eventos no Brasil
milhões de anos)
§ Solidificação dos minerais e
formação das primeiras rochas
Azoica - cristalinas - 4500 a 3800
§ Inexistência de vida
§ Formação das rochas
magmáticas e metamórficas
Arqueozoico § Formação das serras do Mar e da Mantiqueira 3800 a 2500
§ Formação dos escudos
Pré-cambriana cristalinos
Proterozoico
§ Formação das primeiras rochas
§ Formação dos escudos brasileiro e guiano 2500 a 590
sedimentares
A estrutura da Terra
§ Litosfera – camada sólida da Terra formada por minerais e rochas, também chamada de crosta terrestre. Para fins eco-
nômicos, sua utilização limita-se a poucos quilômetros de profundidade, de onde são extraídas algumas riquezas minerais.
§ Hidrosfera – camada líquida formada por oceanos, mares, rios e aquíferos, lagos subterrâneos e água. Os interesses do
homem limitam-se a mais ou menos mil metros de profundidade.
§ Atmosfera – camada gasosa, formada por uma mistura de gases (oxigênio, gás carbônico e nitrogênio). Ela envolve a Terra
e a protege. É dividida em cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, ionosfera e exosfera. A troposfera é a mais
importante, mais próxima da superfície terrestre (onde vive o homem e ocorrem quase todos os fenômenos metereológicos).
§ Biosfera – é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra; ela inclui a biota e os compartimentos terrestres com os quais a
biota interage (Litosfera, Hidrosfera e Atmosfera).
Os dados que se tem a respeito do interior da Terra foram obtidos através de perfurações para extrair petróleo, e não ultra-
passam os 5 mil metros ou 6 mil metros de profundidade. Essas perfurações são executadas em bacias sedimentares, não
alcançando as estruturas rígidas mais profundas.
A divisão da estrutura da Terra foi baseada principalmente nos estudos sobre abalos sísmicos, pois o comportamento das
ondas sísmicas altera-se na passagem de uma camada para a outra em função da natureza dos materiais.
U.T.I. 1
O modelo atualmente aceito da estrutura interna do planeta revela três grandes camadas: o núcleo (NiFe), o manto e a crosta
terrestre (litosfera).
Crosta terrestre
A crosta terrestre é subdividida em duas camadas ou crostas:
a crosta oceânica ou inferior (de constituição basáltica, com
predomínio de silicatos de magnésio e ferro – SIMA), que
recobre toda a superfície do planeta, e a crosta continental
ou superior, que fica sobre a oceânica. Na crosta continental
predominam silicatos de alumínio (SIAL), com espessura que
varia de 30 a 70 quilômetros. É formada de rochas – gra-
nitos, migmatitos, basaltos e rochas sedimentares –, seme-
lhantes às que afloram na superfície.
Arenito em Paria Canyon-Vermillion Cliffs Wilderness,Arizona, EUA.
A gênese das rochas
Sua origem pode ser orgânica ou inorgânica e apresentam
composição química definida. Sedimentação num lago
As rochas se classificam em três grandes grupos conforme ou num mar
sua origem e características minerais de textura:
da Terra.
Granito
Escudos cristalinos
Exemplo: Quadrilatero ferrífero (MG), Serra dos Carajós (PA).
Constituído durante o período Pré-cambriano.
Basicamente, é a porção das placas continentais que, durante um período mínimo de 100 milhões de anos, não sofre ações
diretas do tectonismo e do vulcanismo, o que caracteriza a sua estabilidade. É composto de rochas cristalinas (magmáticas
e metamórficas).
Os escudos são divididos em dois tipos principais de estruturas: os crátons cristalinos e as plataformas.
Bacia sedimentar
As bacias sedimentares começaram a se constituir efetivamente na era Paleozoica. Correspondem a 64% da estrutura
geológica brasileira – Amazônica, Meio Norte (Maranhão e Piauí) e Paranaica (Paraná).
Durante esse processo de constituição das bacias sedimentares muitos corpos ou restos de animais mortos e materiais
orgânicos foram “enterrados” pelos sedimentos que foram depositados no fundo dos oceanos. E, conforme as condições de
temperatura e pressão, parte dos restos desses materiais foi conservada, e deu origem aos fósseis.
Contudo, quando a pressão e as temperaturas (geralmente influenciadas pelo aquecimento provocado pelas camadas mais
U.T.I. 1
baixas da Terra) são elevadas, a tendência é que esses restos orgânicos passem pelo processo de litificação e se tornem líquido.
Assim, conforme as condições de armazenamento, esse material acumula-se e transforma-se em petróleo.
Figura B
U.T.I. 1
Dorsal
Médio-Atlântica
§ Planícies; § Escarpas;
§ Planaltos; § Tabuleiros;
§ Depressões; § Chapadas;
§ Montanhas; § Cuestas;
§ Serras; § Inselberg.
CLASSIFICAÇÕES DO RELEVO
U.T.I. 1
Planaltos em núcleos
cristalinos arqueados
§ Planalto da Borborema.
§ Planaltos e chapadas da bacia do Paraná.
U.T.I. 1
§ Planalto Sul-Rio-Grandense.
§ Relevo cuestiforme.
§ Coxilhas.
§ Relevo em chapada.
§ Serra. Planície
§ Fluvial.
§ Fluvio-marinha.
§ Costeira.
§ Do Pantanal.
§ Amazônica.
Serra da Mantiqueira
§ Inselberg.
U.T.I. 1
Depressão
Depressões absoluta e relativa
SOLOS
Gênese do solo
O solo é a camada superficial de terra arável dotada de vida microbiana. Pode ser espesso ou formado por uma delgada película.
As rochas que afloram na superfície do globo estão submetidas a ações modificadoras dos diversos agentes exodinâmicos. Um
dos processos mais importantes na formação dos solos é a alteração do material inicial, que fica no próprio local sem ser trans-
portado. O que pode ser solo também pode ser rocha decomposta. A diferença primordial é dada pelo estado mais avançado da
decomposição da rocha que não tem vida microbiana. Os solos possuem vida nascida geralmente com a alteração das rochas,
cujas associações vegetais desenvolvem-se com elas.
A pedogênese tem início com o aparecimento da vida microbiana.
O solo é o único ambiente em que se encontram reunidos em associação íntima os quatro elementos: domínios das rochas
U.T.I. 1
(litosfera); domínio das águas (hidrosfera); domínio do ar (atmosfera); e domínio da vida (biosfera).
É um mundo vivo; pode ser jovem (de formação incompleta), adulto (bem formado), velho e morto (fóssil). Deve ser consi-
derado um quarto reino.
§ Infiltração;
§ Escorrimentos superficiais; Apresentam os horizontes (A, B e C) bem caracterizados.
§ Temperatura e umidade.
Combate à erosão e ao
esgotamento dos solos
Solos do Brasil § o terraceamento e as curvas de nível;
§ o reflorestamento;
Os solos férteis de fato ocorrem em pequena quantida-
§ o emprego de adubos e fertilizantes; e
de e compreendem uma parcela relativamente restrita
do território brasileiro. § a rotação de culturas e o pousio da terra.
§ Espessura – profundos.
§ Origem – subdivide-se em: eluviais e aluviais.
Solos férteis do Brasil
§ Terra-roxa.
Grupos de solos
U.T.I. 1
§ Massapé ou massapê.
§ Latossolos – profundos (espessos), lixiviados e áreas § Salmourão.
tropicais úmidas. § Solos aluviais.
Solos rasos, formados por acumulação de sedimentos fluviais (litos solos aluvionais), com presença de materiais
Norte orgânicos.
1. Várzea
Solos profundos (latossolos), ricos em óxido de ferro e alumínio (apresentando intensa laterização), ácidos, de
2. Tessos e terra firme baixa fertilidade e coloração vermelho-amarela.
Solos profundos (latossolos) argilosos, originários da decomposição do calcário e gnaisse – massapé ou massapê
– de cor escura devido à presença de materiais orgânicos; são férteis e utilizados principalmente no cultivo de
Nordeste cana-de-açúcar.
1. Zona da Mata
Solos resultantes da decomposição do granito e gnaisse em clima semiárido; são rasos (litossolos) e ricos em sais
2. Sertão nordestino e Agreste minerais. No sertão, os solos são mais rasos e sujeitos à erosão devido às chuvas que aparecem concentradas e
torrenciais. No Agreste apresentam maior profundidade e estão menos sujeitos à erosão.
Latossolos – solos profundos de cor vermelho-escuro e vermelho-amarelado, formados em clima subúmido; apresen-
tam lateritas; em geral, são pobres em materiais orgânicos. Cobertos pelos cerrados, são usados principalmente para
Centro-Oeste a pecuária. Solos de terra roxa – principalmente no sul de Mato Grosso do Sul, onde aparecem em manchas. Solos
orgânicos nos vales fluviais no sul de Mato Grosso do Sul e de Goiás.
Latossolos roxos – solos profundos com a presença de óxido de ferro. Ocorrem principalmente no Triângulo
Mineiro e Nordeste de São Paulo.
Terra roxa – manchas de solo rico em materiais orgânicos, formado pela decomposição do basalto e dotado de
Sudeste muita fertilidade. Ocorrem principalmente no Estado de São Paulo.
Salmourão – solo argiloso originado da decomposição de granito e gnaisse em clima úmido. Aparece em áreas
do planalto Atlântico.
Solos pouco desenvolvidos, rasos, de cor avermelhada, formados em clima subtropical e originados de rochas ricas
em ferromagnesianos, o basalto. São os solos da floresta Araucária; Solos lateríticos, rasos, muito meteorizados,
Sul ligados também à presença de basalto, aparecem nas porções elevadas do planalto meridional, do Sudeste do
Paraná até o Norte do Rio Grande do Sul. Litossolos podzólicos de cor acinzentada, ricos em material orgânico e
pouco ácidos. São os solos da Campanha Gaúcha.
Aquecimento global
Causas do aquecimento global
Causa do aquecimento global é a intensificação do efeito
estufa, fenômeno natural responsável pela manutenção, a
emissão dos chamados gases-estufa seria o principal pro-
blema em questão.
§ Dióxido de carbono
§ Gás metano
Influência do El Niño § Óxido nitroso
Os Estados Unidos são afetados por secas intensas. Na § Hexafluoreto de enxofre
Índia, as temperaturas sobem consideravelmente, e tem- § CFC
pestades torrenciais castigam todo o território australiano.
Definições e histórico
§ Ecossistema é um sistema integrado e autofuncionante que consiste em interações dos elementos bióticos e abióticos cujas
dimensões podem variar consideravelmente.
U.T.I. 1
§ Bioma é um conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificá-
veis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, resultando em uma
diversidade biológica própria.
Sistema de Holdridge
Florestas tropicais
U.T.I. 1
§ Baixas altitudes e próximas do equador, entre os trópicos de Câncer (30o N) e Capricórnio (30o S). No Brasil: floresta
Amazônica e mata Atlântica.
Savanas
Campos temperados
A vegetação é herbácea, geralmente baixa.
Queda de folhas forma a serrapilheira, lixiviação, o solo de De todos os biomas, esse é o mais utilizado e transforma-
uma floresta tropical seja pobre em nutrientes. do por ações humanas. Diversos alimentos são produzidos
nesses biomas, como arroz e milho, além da criação de bo-
vinos para leite e corte.
U.T.I. 1
§ Árvores de conífera.
Tundra
Saguaro
§ Baixa temperatura.
Taiga § Estações de crescimento curtas impedem o desenvolvi-
mento de árvores.
§ Líquenes, musgos, ervas e arbustos baixos.
§ Círculo Polar Ártico, acima dos 57° N.
§ Um inverno longo e frio, com noites contínuas, e um
verão curto, com temperaturas amenas.
Chaparrais
§ Região do Mediterrâneo.
§ Floresta setentrional de coníferas. § Califórnia.
§ Abaixo do Círculo Polar Ártico, limitando o domínio.
U.T.I. 1
§ México.
§ Estações bem distintas, com o predomínio do inverno § Chile.
sobre o verão.
Moradia na região próxima ao mar Mediterrâneo A mata Atlântica é um dos hotspots ambientais da Terra.
Existência de espécies endêmicas, isto é, restritas a um ecossistema específico, e grandes taxas de destruição do habitat.
U.T.I. 1
A partir do exposto e de seus conhecimentos sobre os fenômenos naturais que podem deflagrar desastres naturais em
aglomerados urbanos na América do Sul, responda às questões a seguir:
a) Quais os agentes endógenos e exógenos responsáveis pelos desastres naturais nas metrópoles indicadas na tabela?
b) Aponte quatro características comuns no processo de urbanização das metrópoles sul-americanas situadas na região
Andina.
2. (UNICAMP 2020) O território brasileiro apresenta uma grande diversidade de formas de relevo. Elas estão agrupadas
em grandes compartimentos identificados como planícies, depressões, tabuleiros, chapadas, patamares, planaltos e ser-
ras. A figura abaixo indica a espacialização de três desses compartimentos.
Considerando a figura acima e seus conhecimentos sobre o relevo brasileiro, responda às questões.
a) Aponte uma semelhança e uma diferença entre as chapadas e os tabuleiros.
b) Qual a importância da Serra do Espinhaço para o setor de mineração do Brasil? Em que estrutura geológica esse com-
partimento está situado?
3. (UFPR 2019) Os desastres naturais constituem um tema cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, independen-
temente de residirem ou não em áreas de risco. Ainda que num primeiro momento o termo nos leve a associá-los com
terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas, ciclones e furacões, os desastres naturais contemplam, também, processos e
fenômenos mais localizados, tais como deslizamentos, inundações, subsidências e erosão, que podem ocorrer naturalmente
ou induzidos pelo homem.
No [...] Brasil de uma forma geral, embora estejamos livres dos fenômenos de grande porte e magnitude, como terremo-
tos e vulcões, é expressivo o registro de acidentes e mesmo de desastres associados principalmente a escorregamentos
e inundações, acarretando prejuízos e perdas significativas, inclusive de vidas humanas.
U.T.I. 1
O mergulho das placas tectônicas mostrado na figura As figuras mostram uma forma de identificar quais sis-
representa o movimento de placas do tipo: remas de dobras?
U.T.I. 1
1.
EROSÃO
TRANSPORTE
DEPOSIÇÃO
SEDIMENTAÇÃO
COMPACTAÇÃO
a) Qual é a importância econômica dos escudos cristali-
nos e das bacias sedimentares?
b) Explique o processo de formação das estruturas geo-
ROCHA SEDIMENTAR
lógicas que compõem o relevo brasileiro.
O esquema acima é chamado de diagênese, que descreve 5. Os fenômenos naturais podem acabar em desastres
o processo de formação das rochas sedimentares. Discor- quando há uma relação inadequada entre o homem e a
ra sobre esse processo. natureza. Nas grandes cidades brasileiras, as vertentes
íngremes, consideradas a priori como zonas ilegais para
2. As bacias sedimentares se formaram a partir da era a construção, foram ocupadas por construções precá-
Paleozoica, entrando também pela Mesozoica e pela rias, que acabaram, posteriormente, sendo legalizadas,
Cenozoica. Nesses terrenos, encontramos recursos com- deixando seus moradores em situação de risco.
bustíveis fósseis, como o petróleo, o gás natural e o car- Adaptado de TEIXEIRA, WILSON et alii. Decifrando a
vão mineral. A partir dos seus conhecimentos, explique Terra. São Paulo: Ed. Oficina de Texto, 2000.
a formação do petróleo em áreas oceânicas.
BIOLOGIA 1
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
EXPERIMENTO
ORIGEM DA VIDADE REDI
§ Teoria da abiogênese: os seres vivos originam-se da Experimento realizado por Redi, cujo resultado
reforçou a teoria da biogênese.
matéria bruta de maneira contínua. Principais defen-
sores: Aristóteles, Platão, Needhan, Virgílio, Aldovandro, Pasteur
Kricher e Van Helmont. Louis Pasteur, por volta de 1860, por meio de seus céle-
bres experimentos com balões do tipo “pescoço de cisne”,
§ Teoria da biogênese: os seres vivos originam-se de
conseguiu provar definitivamente que os seres vivos origi-
outros seres vivos. Principais defensores: Redi, Spallan-
navam-se de outros seres vivos. Além disso, constatou a
zani e Pasteur.
presença de micróbios no ar atmosférico.
Este experimento mostra que um líquido, ao ser fervido, não per-
Redi de a “força vital”, como defendiam os adeptos da abiogênese,
Por volta de 1660, Francesco Redi começou a combater a pois quando o pescoço do balão é quebrado, após a fervura do
teoria da geração espontânea. Para isso, colocou pedaços líquido, há aparecimento de seres vivos. O experimento rebate
de carne crua dentro de frascos, deixando alguns abertos e ainda outro argumento dos adeptos da abiogênese: a forma-
outros fechados com gaze. Veja esquema do experimento ção de ar viciado impróprio para a vida. O líquido fervido fica,
ao lado. neste caso, em contato com o ar atmosférico através do pes-
coço do balão e não ocorre o aparecimento de seres vivos, pois
Dessa forma, constatou a presença de numerosos ovos e
as gotículas de água que se acumulam nesse pescoço retêm
larvas de insetos sobre a gaze que fechava o recipiente e a
os micróbios contidos no ar que penetra no balão. A partir dos
ausência deles sobre a carne ali contida. Esse experimento
experimentos de Pasteur, a teoria da biogênese passou a ter
demonstrou que os insetos eram atraídos pela carne e que
preferência nos meios científicos.
o aparecimento de larvas era, portanto, proveniente
EXPERIMENTO dos
DE REDI
numerosos ovos colocados por esses animais. Os resulta- A hipótese da evolução gradual dos
dos de Redi fortaleceram a teoria da biogênese.
sistemas químicos
Essa hipótese sugere que moléculas orgânicas complexas
larvas
foram formadas a partir de moléculas simples nas condições
da Terra primitiva, antes do aparecimento dos seres vivos. Os
gases amônia (NH3), hidrogênio (H), metano (CH4) e vapor
de água da atmosfera primitiva, ao sofrerem os efeitos das
fortes descargas elétricas provenientes das frequentes tem-
pestades e da influência acentuada dos raios ultravioleta do
ausência
Sol, reagiram entre si, formando moléculas orgânicas sim-
de larvas
ples (aminoácidos, açúcares, álcoois). Essas moléculas teriam
U.T.I. 1
CONDENSADOR
ENTRADA DE ÁGUA
SURGIMENTO DE HETERÓTROFOS PREDOMÍNIO DE AUTÓTROFOS
Formação de proteínas
RESULTADOS PARA
ANÁLISE Na Terra primitiva, os aminoácidos teriam chegado às rochas
Experimento de Miller carregados pelas chuvas. A evaporação da água teria deixa-
do os aminoácidos secos sobre a superfície das rochas quen-
A água, ao ferver, forma vapor e promove a circulação em tes. Em tais condições, teria ocorrido a formação de ligações
todo o sistema, de acordo com o sentido das setas. No peptídicas (síntese por desidratação) pela evaporação de
balão em que se encontra a mistura gasosa, ocorrem des- água e a consequente formação de proteínas; posteriormen-
cargas elétricas, simulando os raios que, naquela época, te, tais proteínas seriam levadas aos oceanos pelas chuvas.
deviam ocorrer com frequência.
Então, o experimento de Miller demonstrou que molécu- Surgimento dos heterótrofos
las orgânicas (aminoácidos) poderiam ter-se forma- Pode-se afirmar que não havia camada de ozônio na Terra
do nas condições da Terra primitiva, o que reforça a primitiva, portanto, a temperatura da superfície terrestre era
hipótese da evolução gradual dos sistemas químicos. muito alta.
Nesse cenário, as combinações de elementos simples le-
A hipótese autotrófica vavam à formação de substâncias complexas. Assim, foi
Como todo ser vivo necessita de alimento para sobreviver, possível a formação de seres unicelulares heterótrofos. A
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é lógico admitir que os primeiros seres vivos tenham sido única fonte de energia disponível era a própria sopa nutri-
capazes de produzi-lo, isto é, tenham sido autótrofos. Contra tiva (sem O2); portanto, eram heterótrofos fermentadores
essa hipótese, existe uma objeção de que os autótrofos sin- – liberavam CO2.
EVIDÊNCIAS EVOLUTIVAS
Evidências evolutivas
melhor adaptação ao meio em que vive, ou seja, realizar
com mais eficiência seus comportamentos reprodutivo, ali-
mentar e de exploração de seu habitat.
Portanto, uma espécie evoluída é adaptada ao meio em que Fósseis
vive, não importando o seu grau de complexidade.
Correspondem à principal e mais notável evidência a favor
Logo, é interessante observar que tanto organismos sim-
do transformismo e, portanto, da evolução. São, por definição,
ples, como as bactérias, ou complexos, como os mamíferos,
restos ou vestígios de organismos de épocas remotas conser-
estão adaptados ao ambiente em que vivem.
vados até a atualidade. Representam uma evidência evolutiva,
As espécies pois mostram-nos que os organismos não foram criados si-
multaneamente, ou seja, há fósseis de diferentes idades.
Espécies consistem em um conjunto de indivíduos, se-
melhantes anato, fisio e filogeneticamente, capazes de Datação radioativa dos fósseis
realizar fluxo gênico entre si por mecanismos reprodu-
tivos diversos, com produção de descendentes com as A idade de um fóssil pode ser estimada pela medição de
mesmas propriedades de transmissão hereditária. elementos radioativos presentes nele ou na rocha em que
está fossilizado. Em princípio, quanto mais profundo o ter-
Conceitos
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Anatomia comparada
No estudo dos vertebrados, é evidente que existe um padrão
esquelético: um crânio ligado a uma coluna vertebral, que
apresenta uma cintura escapular, nela se conectam os mem-
bros anteriores e uma cintura pélvica, na qual estão conecta-
dos os membros posteriores. Portanto, todos os vertebrados,
apesar de diferentes, apresentam características em comum,
o que mostra parentesco e indica um ancestral comum, que,
por evolução, deu origem a todos os subgrupos.
Embriologia comparada
O estudo embriológico dos animais mostra que quanto mais
inicial é a fase de desenvolvimento do embrião, maiores
são as dificuldades de diferenciação e identificação do
grupo estudado. Isso quer dizer que o desenvolvimen- Representação de homologia e analogia
to embriológico dos animais é extremamente semelhante
A homologia é evidente no processo de formação das es-
nas suas fases iniciais, ocorrendo a diferenciação só mais
pécies, a partir de um ancestral comum, e caracteriza o que
tardiamente. Logo, entre espécies ou grupos evolutivamente
chamamos de irradiação adaptativa.
próximos existe uma semelhança embriológica muito grande
quanto às fases iniciais do desenvolvimento. Estruturas vestigiais
Bioquímica, biologia e Trata-se de características biológicas encontradas em alguns
genética molecular grupos de seres vivos e que não são mais funcionais em ou-
tros grupos. Como exemplo, na espécie humana, podemos ci-
Recentemente, estudos nas áreas da bioquímica, biologia e ge- tar os músculos que movem as orelhas, a membrana nictante
nética molecular têm mostrado que a presença das mesmas pro- nos olhos, o apêndice intestinal, a musculatura abdominal, os
teínas em organismos de grupos diferentes indica semelhança dentes do siso e a presença de pelos cobrindo o corpo.
no aparato metabólico e hereditário, o que, sem dúvida nenhu-
TEORIAS EVOLUTIVAS
Segundo Lamarck, o ambiente tem um papel ativo, como neodarwinismo ou teoria sintética da evolução,
pois atua como um fator de modificação das espécies. Para que integra esses novos conhecimentos às ideias de Darwin,
Darwin, o ambiente tem um papel passivo, pois atua esclarecendo principalmente as causas da variabilidade.
DE LONGA
Melhor do que uma única definição para espécie, que facil- DURAÇÃO
PRESSÕES SELETIVAS
DO MEIO DISTINTAS
mente a associaria a um termo ou conceito, é preferível consi-
derar diferentes definições. Origem das espécies – especiação. Hipóteses:
A × B = sem descendentes férteis > isolamento reprodutivo > são diferentes
§ Definição biológica de espécie: são grupos de po- A × B = com descendentes férteis > há fluxo gênico > subespécies / variedades / raças
pulações naturais potencialmente capazes de se cruzar
(gerando descendentes férteis) e que estão reproduti-
vamente isoladas de outros grupos semelhantes, em
condições naturais.
Entre organismos da mesma espécie, há fluxo gênico,
§ Unidade ecológica: apresenta características pró-
que é consequência da semelhança e identidade genética,
prias e mantém relações bem definidas com o ambien-
além de mesmo número e tipos de cromossomos.
te e com outras espécies.
§ Unidade gênica: dotada de um patrimônio gênico
característico, que não se mistura com o de outras
Redução de fluxo gênico
espécies e evolui independentemente. Uma espécie, por-
A especiação, no entanto, também pode ocorrer em po-
tanto, é o maior acervo de genes possível em condições
pulações sem barreiras extrínsecas específicas para o fluxo
naturais.
gênico. Suponha uma população distribuída em uma am-
Especiação é um evento que separa a linhagem que dá ori- pla faixa geográfica em que o acasalamento não é alea-
gem a duas ou mais espécies distintas, resultado de uma trans- tório. Indivíduos num determinado ponto cardeal não têm
formação gradual de uma espécie em outra (anagênese) ou da chance alguma de se acasalarem com indivíduos de outro
separação de uma população em duas (cladogênese).
ponto. Esse fluxo gênico reduzido não implica isolamento
total dessa população, mas pode ou não ser suficiente para
A origem das espécies caracterizar uma especiação. Provavelmente, a especiação
requer a ocorrência de diferentes pressões seletivas nos
Uma dada população pode ser submetida a uma separação diferentes extremos opostos. Algo assim alteraria a frequ-
em subgrupos a partir de um isolamento geográfico. Esse ência gênica nesses indivíduos, a ponto de eles não serem
isolamento pode ser representado por uma cordilheira, rio,
mais capazes de se acasalarem, caso estivessem reunidos.
lago, cachoeira, deserto, entre outros, e permitirá a formação
de duas subpopulações A e B. Essas subpopulações, ainda
pertencentes à mesma espécie, estão submetidas à seleção Tipos de especiação
natural de seus meios, que são diferentes. Logo, as adapta-
ções surgidas em uma subpopulação podem ser diferentes da Na especiação, o papel crítico mesmo é a redução do flu-
outra e vice-versa. Com isso, teremos uma progressiva dife- xo gênico. A classificação dos modos de especiação de-
renciação ao longo do tempo e enquanto durar o isolamen- pende do quanto as espécies incipientes podem se separar
to, até que, com o fim deste, os indivíduos de novas gerações geograficamente. Observe na tabela a comparação entre
das duas subpopulações podem, então, tentar se reproduzir. alguns dos modos de especiação, que, mesmo diferentes,
No entanto, pode ocorrer que eles não mais se encontrem e podem contribuir para a redução de fluxo gênico.
consigam reproduzir-se, o que quer dizer que estão isolados
reprodutivamente, ou seja, agora pertencem a espécies
diferentes. Porém, mesmo diferenciados, podem conseguir se
U.T.I. 1
Alopátrica
As populações são geograficamente isoladas.
(alo = outros; pátrica = lugar)
Especiação alopátrica
Ocorre por isolamento geográfico.
Especiação peripátrica
É um tipo de especiação com isolamento geográfico, na
qual a maior população é separada da menor.
Especiação parapátrica
Isolamento geográfico é um mecanismo que não faz parte
desse tipo de especiação. Pode ser devido à adaptação a
essas novas áreas, em que conjuntos de indivíduos, gradu-
almente, tornam-se espécies distintas. A especiação pode
se caracterizar apenas pela distância entre os grupos.
Especiação simpátrica
Contrariamente aos tipos anteriores, a especiação simpátrica
não requer distância geográfica em larga escala para redução
do fluxo gênico entre indivíduos de uma população. A simples
exploração de um novo nicho por uma subpopulação pode
contribuir para a redução do fluxo gênico entre indivíduos.
Isolamento reprodutivo
Pode-se dizer que o isolamento reprodutivo é um subprodu-
to da especiação. Resume-se à incapacidade total ou parcial
de os indivíduos de duas subpopulações cruzarem-se. Quan-
do elas entram em contato, o isolamento reprodutivo impe-
de a mistura de genes dessas subpopulações.
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Filogenia dos seres vivos As estruturas da mão também iam sendo selecionadas, que
facilitavam o manuseio do alimento, gerando maior habi-
Da célula primitiva originaram-se todos os seres vivos. lidade. Todos esses fatores, em conjunto, resultaram em um
Portanto, todos descendem de um único ancestral, isto é, cérebro mais desenvolvido. Não devem ser deixados de lado
formam um grupo monofilético. A universalidade do também os custos de se ter um cérebro maior, pois o cérebro
código genético para todas as células sugere essa origem consome muita energia. Apenas para se ter uma ideia, o nosso
comum. Uma origem polifilética implicaria a existência cérebro, em termos energéticos, custa três vezes mais do que o
de vários ancestrais para os seres vivos. cérebro de chimpanzé, e 22 vezes mais do que um tecido mus-
cular em repouso. A taxa metabólica específica (por grama) é
Evolução humana nove vezes maior do que o resto do corpo, como um todo. Para
bancar esse grande gasto, os nossos ancestrais tinham que ter
Você já deve ter reparado que nós, humanos, possuímos uma dieta de melhor qualidade proteica e energética.
um cérebro muito grande, se comparado com outros ma-
A mudança de dieta retroalimenta a expansão cerebral; isso
míferos ou primatas.
significa que, para manter o cérebro, nossos ancestrais tinham
Quando o ancestral do homem teve a necessidade de que comer melhor, tendo que apresentar, portanto, um com-
descer das árvores para sobreviver (isso pode ter ocorri- portamento forrageador (de busca de alimento) mais comple-
do devido a uma mudança no habitat – menos árvores, xo e eficiente, que, por sua vez, fazia uma pressão seletiva para
talvez), teve que lidar com um ambiente relativamente a expansão cerebral.
diferente, onde o bipedalismo permitia algumas vanta- Um ecossistema consiste numa rede complexa de relações
gens. Essa característica, associada à possibilidade de de mútua influência entre a flora, a fauna e os micro-organis-
explorar outros ambientes, abriu novos horizontes para
mos de uma determinada área ou região e todos os elementos
a nossa evolução biológica. A seguir, veremos as vanta-
físicos naturais (geológicos, climáticos etc.).
gens angariadas com isso.
Como nenhum ecossistema natural é completamente separa-
Vivendo em campos abertos, os indivíduos que formavam do de outro, pode-se considerar que todo o Planeta constitui
grupos eram mais favorecidos. Dentre todos aqueles indiví- um imenso conjunto de ecossistemas, a biosfera.
duos ancestrais do homem, havia aqueles que viviam mais
isolados e os que viviam em grupos. Assim, ao longo das Níveis de organização ecológicos
gerações, os indivíduos mais isolados eram mais facilmente
capturados por predadores e não deixavam tantos descen-
organismo > população > comunidade >
dentes como os que viviam em grupo. Estes últimos, mais
ecossistema > bioma > biocora > biociclo > biosfera
protegidos, deixavam um maior número de descendentes,
que tinham a tendência de se manter no grupo.
Um fator essencial para que essa vocalização pudesse existir § Um conjunto de organismos da mesma espécie, que
é uma pré-adaptação para essa característica. Mas o que interage e habita uma dada região durante um certo
é uma pré-adaptacão? Muito simples: são estruturas que período de tempo, constitui uma população.
já existem naquela espécie e que permitem que o animal § O conjunto de várias populações de espécies diferentes,
tenha sucesso no novo ambiente. que interage e habita uma dada área durante um pe-
ríodo de tempo, forma uma comunidade biológica,
O bipedalismo ajudaria na cobertura de extensas áreas, ao
mesmo tempo que liberava os membros anteriores desses biota ou biocenose.
animais (braços e mãos) para tarefas de recolher frutas e
Conceitos fundamentais
manusear alimentos. Desse modo, os indivíduos que tinham
mais habilidade em lidar com o alimento foram favorecidos § Habitat é o local mais provável de encontrarmos a
e deixaram mais descendentes, tendo maior sucesso evoluti- espécie. É o local onde vive, ou seja, onde realiza suas
vo. Chamamos isso de uma “pressão positiva” para os mais atividades.
U.T.I. 1
habilidosos, ou seja, aqueles que tivessem mais habilidade § Nicho ecológico é o papel e/ou função que a espécie
teriam vantagem em relação aos que não tivessem tanta ha- desempenha no ambiente. Envolve informações acerca
bilidade, e prevaleceriam em termos de evolução. da sua biologia reprodutiva, alimentar e comportamental.
PPL = PPB – RC
Cadeia terrestre Cadeia aquática
de biomassa de biomassa A produtividade primária de um ecossistema depende, es-
sencialmente, do alto desempenho fotossintético de seus
§ Energia – mostra a energia acumulada em cada nível produtores e, portanto, dos fatores limitantes da fotossínte-
trófico ( cal / g / área). se, como luminosidade, altitude nos terrestres, profundida-
de nos aquáticos, tipo do comprimento de onda luminosa,
temperatura, água líquida disponível, disponibilidade de
Consumidores de
Terceira Ordem nutrientes e pluviosidade.
Consumidores de
A eficiência na transferência de energia de um nível trófico
Segunda Ordem para outro é fundamental, pois as taxas das perdas são enor-
mes, o que impede o acúmulo de biomassa e o crescimento
Consumidores de
Primeira Ordem das populações. Quanto maiores as populações, mais nume-
rosas e interligadas as cadeias alimentares de um ecossiste-
ma, maior, também, será a sua produtividade primária.
Produtores
RELAÇÕES ECOLÓGICAS
Inquilinismo Parasitismo
Nesse caso, uma das espécies, chamada parasita, vive na
É a associação em que uma espécie (inquilino) procura abri-
superfície ou interior de outra, designada hospedeiro.
go ou suporte no corpo de outra espécie (hospedeiro), sem
prejudicá-la: Esclavagismo ou sinfilia
§ o peixe-agulha e a holotúria; Relação ecológica entre indivíduos que se beneficiam da
§ epifitismo. exploração das atividades, do trabalho ou dos produtos de
outros organismos.
Relações desarmônicas § Formigas e pulgões ou afídeos
§ Chupim e outros pássaros
Relações desarmônicas
intraespecíficas ou homotípicas Resumo das relações ecológicas
relações harmônicas interespecíficas
Competição intraespecífica
(+ / +)
mutualismo liquens, micorriza, rhizóbio
É a relação que se estabelece entre os indivíduos da mes- vínculo obrigatório
ma espécie, quando concorrem pelos mesmos fatores am- cooperação
(+ / +) paguru e anêmona;
sem vínculo obrigatório ruminantes e aves
bientais, principalmente espaço e alimento. Exemplo de
(+ / 0) epífitas;
competição intraespecífica: territorialidade. comensalismo
indiferença tubarão e rêmora
U.T.I. 1
Canibal é o indivíduo que mata e come outro da mesma espécie. colônia vínculo físico água-viva, corais, bactérias
U.T.I. - Sala
1. (ENEM - adaptado) Em certos locais, larvas de moscas, criadas em arroz cozido, são utilizadas como iscas para
pesca. Alguns criadores, no entanto, acreditam que essas larvas surgem espontaneamente do arroz cozido, tal como
preconizado pela teoria da geração espontânea. Cite um dos primeiros pesquisadores que refutou esta teoria e qual
foi seu experimento.
2. (PUC - adaptado) Certa espécie animal apresenta uma série de mutações que determinam a variedade de fenótipos
relativos à coloração. Essa diversidade genética, orientada pela seleção natural, garante a adaptação dos indivíduos
dessa espécie a diversos tipos de ambiente. Trata-se de qual teoria evolutiva? Descreva essa teoria.
3. (UFJF - adaptado) As queimadas, comuns na estação seca em diversas regiões brasileiras, podem provocar a
destruição da vegetação natural. Após a ocorrência de queimadas em uma floresta, que tipo de sucessão ecológica
ocorre e por quê? Descreva as fases deste processo e algumas das possíveis vegetações correspondentes.
4. (FEI - adaptado) Num ecossistema, um fungo, uma grama, uma coruja e um coelho podem desempenhar quais papéis em
uma cadeia trófica? Se aumentássemos a população de coruja, o que ocorreria com a quantidade de grama?
5. (UNICAMP - adaptado) A produtividade primária em um ecossistema pode ser avaliada de várias formas. Nos
oceanos, um dos métodos para medir a produtividade primária utiliza garrafas transparentes e garrafas escuras,
totalmente preenchidas com água do mar, fechadas e mantidas em ambiente iluminado. Após um tempo de incubação,
mede-se o volume de oxigênio dissolvido na água das garrafas. Os valores obtidos são relacionados à fotossíntese e à
respiração. Por que o volume de oxigênio é utilizado na medição da produtividade primária?
U.T.I. - E.O.
1. (FUVEST) Acredita-se que organismos semelhantes a bactérias heterotróficas anaeróbicas tenham sido os primeiros
seres vivos a surgirem na face da Terra. Apresente duas justificativas para essa hipótese.
2. (UNICAMP) A evolução biológica é tema amplamente debatido, e as teorias evolucionistas mais conhecidas são as de
Lamarck e Darwin, a que remete a tira do Calvin abaixo.
Quadro 1: Uma das criaturas mais peculiares da natureza, a girafa, está singularmente adaptada ao seu ambiente.
Quadro 2: Sua tremenda altura lhe permite mastigar os suculentos petiscos mais difíceis de alcançar.
Quadro 3: Biscoitos.
a) Como a altura da girafa, lembrada pela tira do Calvin, foi utilizada para explicar a teoria de Lamarck?
U.T.I. 1
b) Como a teoria de Darwin poderia explicar a situação relacionada com a altura da girafa?
6. (FUVEST) Analise o gráfico abaixo, relativo à mortali- mentam de plantas e servem de alimento para passa-
dade de fêmeas férteis do camarão-da-areia (Crangon rinhos. Estes são predados por gaviões. Essas quatro
septemspinosa) em água aerada, em diferentes tempe- populações se mantiveram em números estáveis nas
raturas e salinidades, durante determinado período. últimas gerações.
11. (UERJ - adaptado) Na maioria dos casos, a energia Qual é o tipo de interação e como é denominada?
de um ecossistema origina-se da energia solar. A figu-
17. (ENEM - adaptado) O menor tamanduá do mundo é
ra abaixo mostra alguns seres componentes do ecos-
solitário e tem hábitos noturnos, passa o dia repousando,
sistema de um lago.
geralmente em um emaranhado de cipós, com o corpo cur-
vado de tal maneira que forma uma bola. Quando em ativi-
dade, se locomove vagarosamente e emite um som seme-
lhante a um assobio. A cada gestação, gera um único filhote.
A cria é deixada em uma árvore à noite e é amamentada
pela mãe até que tenha idade para procurar alimentos. As
fêmeas adultas têm territórios grandes e o território de um
macho inclui o de várias fêmeas, o que significa que ele tem
sempre diversas pretendentes à disposição para namorar!
Ciência Hoje das Crianças, ano 19, n. 174. Nov.2006 (adaptado)
Essa descrição sobre o tamanduá diz respeito ao nicho
Considere que, no lago, existam quatro diferentes es- ecológico ou habitat? Por quê?
pécies de peixes. Cada uma dessas espécies se ali-
menta exclusivamente de um dos quatro componentes 18. (FUVEST - adaptado) Considere as seguintes compa-
indicados. Qual seria o peixe que teria melhores con- rações entre uma comunidade pioneira e uma comunida-
dições de desenvolvimento, em função da disponibi- de clímax, ambas sujeitas às mesmas condições ambien-
lidade energética? tais, em um processo de sucessão ecológica primária:
12. (FUVEST - adaptado) “O tico-tico tá comendo meu I. A produtividade primária bruta é maior numa comuni-
fubá/ Se o tico-tico pensa/ em se alimentar/ que vá co- dade clímax do que numa comunidade pioneira.
mer/ umas minhocas no pomar (…)/ Botei alpiste para II. A produtividade primária líquida é maior numa co-
ver se ele comia/ Botei um gato, um espantalho e um munidade pioneira do que numa comunidade clímax.
alçapão (…)” III. A complexidade de nichos é maior numa comunida-
U.T.I. 1
BIOLOGIA 2
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
TAXONOMIA E REINOS
Material genético
Grânulo DNA
Ribossomos
Célula bacteriana
Em cada célula aparece uma extensa molécula, o DNA (áci-
Complexidade e organização do desoxirribonucleico), no qual estão contidos os genes.
Passando de pais para filhos, os genes mantêm as caracte-
Os seres vivos são complexos e bastante organizados. Mesmo rísticas específicas de cada organismo.
quando unicelular, o organismo apresenta extrema complexi-
dade, presente tanto na estrutura quanto no funcionamento
da célula. No corpo humano, que é um organismo pluricelular, Evolução
encontramos 200 tipos de célula, que se organizam em qua- O material genético é responsável pelas características de
tro tipos básicos de conjunto, chamados de tecidos: epitelial, um organismo. Mutação é qualquer alteração do material
conjuntivo, muscular e nervoso. Esses tecidos reúnem for- genético que provoca o aparecimento de uma nova carac-
mando órgãos, como a pele, estômago e coração. Por sua vez, terística, conhecida como variação. Quando estas variações
atuando em conjunto, uma série de órgãos passa a constituir são herdáveis, ou seja, passam para as próximas gerações,
um sistema, como é o caso do digestório ou do circulatório. ocorre o processo chamado de evolução: a transformação
sofrida pelos organismos no transcorrer da história da Terra.
Metabolismo
O metabolismo é responsável pelo crescimento, manutenção Biodiversidade: diversidade de
e reparo das células, consequentemente, de todo o organis- espécies e de ecossistemas
mo. Dividimos os processos metabólicos em duas etapas:
Conceito que designa a diversidade biológica existente en-
anabolismo e catabolismo. O termo anabolismo compre-
tre os seres vivos, exprime a riqueza de espécies de uma
ende os processos químicos sintéticos, nos quais substân-
dada região. Engloba, também, a diversificação de habitats
cias mais simples são combinadas para formar outras mais
e ambientes de uma macrorregião.
complexas; o catabolismo abrange processos analíticos, nos
quais as substâncias complexas são quebradas, originando
substâncias mais simples e liberação de energia. A longevidade natural das espécies
A probabilidade de que uma dada espécie se torne extinta
em um certo tempo, depois que ela se separa de outras
espécies, pode ser aproximada como uma constante.
A definição de quais são as características relevantes é Para que seja padronizada a nomenclatura, deve-se seguir
uma tarefa complexa. Devido à falta de informações e à sempre certas regras:
discordância entre os cientistas, o sistema de classificação § os nomes devem estar em latim;
precisa ser constantemente revisado. Atualmente, técnicas
§ o primeiro nome deve ser escrito com inicial maiúscula
modernas permitem que sejam comparadas a composição
e o segundo com inicial minúscula; e
química das proteínas e dos genes que compõem os seres
vivos, elucidando algumas relações de parentesco. § nomes devem ser sempre destacados do texto (em ne-
grito, itálico ou sublinhado).
A nomenclatura binomial
Os reinos
De Lineu foi também a ideia de atribuir uma nomenclatura
a cada organismo. Essa nomenclatura é composta por dois Atualmente, destacam-se dois sistemas de classificação que
U.T.I. 1
VÍRUS
derados seres vivos. Contudo, conseguem se multiplicar CAPSÍDIO: PROTEÍNAS VIRAIS ESPECÍFICAS
quando infectam uma célula, algo que uma matéria sem DNA VIRAL
vida não consegue fazer. Por isso, são alvo de discussão, em H (HEMAGLUTINA)
que alguns autores os consideram seres vivos e outros não. N (NEURAMINIDASE)
Estrutura viral
É formada por uma cápsula proteica, o capsídeo, com di- O vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos.
versas subunidades, os capsômeros. No interior do cap-
sídeo, há um ácido nucleico que, dependendo do tipo de
vírus, pode ser DNA ou RNA.
O capsídeo, juntamente com o ácido nucleico que ele en-
Classificação
volve, é denominado nucleocapsídeo. Alguns vírus são Os vírus apresentam formas diversas, e os principais crité-
formados apenas por essa estrutura, enquanto outros pos- rios de divisão são:
suem um envoltório ou envelope externo ao nucleocapsí- § os tipos de ácidos nucleicos: diferenciam-se os desoxir-
deo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ribovírus e os ribovírus;
ou envelopados.
§ a simetria do complexo ácido nucleico-cápside (exem-
Envelope consiste em duas camadas de lipídios, deri- plos: bastonete ou esférico);
vadas da membrana plasmática da célula hospedeira, e em
moléculas de proteínas virais, específicas para cada tipo de § a presença ou ausência de um envoltório;
vírus, imersas nas camadas de lipídios. § as propriedades sorológicas do capsídeo e do envoltório; e
§ a presença de determinadas enzimas. Alguns ribovírus
apresentam a enzima transcriptase reversa e são co-
PROTEÍNAS VIARIS ESPECÍFICAS
nhecidos como retrovírus.
Reprodução
CAPSÍDEO:
PROTEÍNAS VIRAIS ESPECÍFICAS
DNA VIRAL
Mecanismos de
manifestação viral
§ Quando o material genético for DNA.
Esquema de um bacteriófago
O DNA viral passa por uma transcrição, sintetizando
O bacteriófago é um dos vírus mais estudados, dentre os várias moléculas de RNA traduzidas em uma proteína.
quais, aqueles que infectam a bactéria intestinal Escheri- É o caso dos vírus da varíola, da hepatite e da herpes.
chia coli, conhecidos como fagos T.
§ Quando o material genético for o RNA.
Existem dois tipos de ciclo reprodutivo o ciclo lítico e o
ciclo lisogênico. Ambos os casos iniciam-se com o vírus A ação viral pode ocorrer por duas vias, de acordo com
aderindo à superfície da célula bacteriana – há um encaixe o vírus.
específico entre a proteína do vírus e as proteínas da super- Na primeira, os vírus de RNA sintetizam mais RNA tra-
fície da célula – e injetando seu material genético, deixando duzidos em proteínas pelo maquinário da célula hospe-
a cápsula do lado de fora – em alguns vírus, como o cau- deira, como os vírus da gripe, da poliomielite e da raiva.
sador da gripe, a cápsula penetra nas células, é destruída e Na segunda, o RNA é convertido em DNA por meio de
libera o ácido nucleico. A partir desse momento, começa a uma enzima denominada transcriptase reversa.
diferenciação entre ciclo lítico e ciclo lisogênico.
No ciclo lítico, o vírus invade a célula, na qual as funções Viroses
normais são interrompidas na presença de ácido nucleico
do vírus (DNA ou RNA). Por sua vez, ao mesmo tempo que Viroses humanas
o vírus é replicado, comanda a síntese das proteínas que
irão compor o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e en-
Principais viroses que acometem
volvem as moléculas de ácido nucleico, produzindo, então, os seres humanos
novos vírus. Ocorre, assim, a lise, ou seja, a célula infectada 1. Gripe
se rompe e os novos vírus são liberados. 2. Hepatite
No ciclo lisogênico, o vírus invade a célula hospedeira, 3. Herpes
incorporando o DNA viral ao da célula infectada, fazendo 4. Poliomielite
com que seu DNA torne-se parte do DNA da célula invadi- 5. Raiva
da. Uma vez infectada, a célula continua com suas funções 6. Rubéola
normais, como reprodução e ciclo celular. Ao realizar divisão 7. Sarampo
celular, o material genético da célula sofre duplicação, junta-
8. Varíola
mente com o material genético do vírus que foi incorporado;
9. Catapora
em seguida, são divididos igualmente entre as células-filhas.
Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir 10. Caxumba
o vírus sempre que se multiplicar e todas as novas células 11. Dengue
também estarão infectadas. Os sintomas causados por um 12. Febre chikungunya
U.T.I. 1
vírus como este demoram a aparecer em um organismo 13. Febre por zika vírus
multicelular, e suas causas tendem a ser incuráveis. É o caso 14. Febre amarela
do HIV e da herpes. 15. Ebola
O Aedes aegypti infecta-se com o zika vírus toda vez que ele pica uma pessoa ou macaco previamente infectado.
Assim como ocorre na dengue e na febre amarela, o mosquito não torna-se imediatamente um transmissor do vírus.
Febre por zica vírus Após ser ingerido pelo mosquito, o zika vírus ainda precisa de cerca de 10 dias para multiplicar-se e migrar do sistema
digestivo para as glândulas salivares do Aedes. Só a partir deste momento é que o mosquito passa a ser capaz de
U.T.I. 1
Imunização
Uma das alternativas para a prevenção de algumas des-
sas doenças virais é a vacinação, processo de imuniza-
ção ativa que consiste na inoculação de antígenos mortos
ou enfraquecidos que estimulam a produção de anticorpos
no organismo. Essa primeira produção de anticorpos – res-
posta imune primária – é lenta e pequena. O segundo
encontro com o antígeno desencadeará a resposta imu- Gráfico que representa o processo de vacinação e a quantidade
de anticorpos produzidos pelo organismo.
ne secundária, que é rápida e produz grande quantidade
de anticorpos. Quando o vírus tem uma taxa de mutação e O processo de imunização passiva, conhecido por sorolo-
reprodução muito alta, como é o caso da gripe, o processo gia, consiste na inoculação de anticorpos prontos para ina-
é ineficaz, pois o antígeno muda muito. tivarem os antígenos que estão parasitando no organismo.
REINO MONERA
Bactérias patogênicas
A seguir, abordaremos as principais doenças causadas por bactérias ao ser humano.
Brucelose
Contato com secreções animais contaminadas; com a placenta; fetos
(febre ondulante ou Brucella sp.
abortados; ingestão de leite cru.
do Mediterrâneo)
Cólera Ingestão de água ou de alimentos contaminados. Vibrio cholerae
Coqueluche (tosse comprida) Contato direto ou indireto com a saliva do doente. Bordetella pertussis
Difteria
Contato com a secreção do nariz, ou da garganta, ou através do leite cru. Corynebacterium diphteriae
(crupe)
Fasciíte necrosante Penetração através de cortes na pele. Estreptococo do tipo A
Febre purpúrica Contato direto pessoa a pessoa (com conjuntivite) ou indireto por inter-
Haemophilus influenzae
brasileira mediação mecânica (insetos, toalhas, mãos).
Febre tifoide (tifo) Contato direto ou indireto com fezes ou urina do doente. Salmonella typhi
Gonorreia (blenorragia) Contato sexual. Neisseria gonorrhoeae
Lepra (hanseníase) Penetração no organismo pela pele ou mucosas (ex.: nasais). Mycobacterium leprae
U.T.I. 1
Penetração no organismo pelas mucosas, pela pele ferida ou via oral (al-
Leptospirose Leptospira sp.
imentos contaminados).
Lyrre (doença de Lyme) Adesão de carrapatos à pele sucção de sangue. Bonnelia bungdorferi
Presente em
Cloroplasto Ausente
vegetais e algas
Cromossomo 1 por célula 2 ou mais por célula
DNA Circular Linear
alimentos contaminados por cistos. inflamação do coração. Mesmo sem tratamento, a doença
No ciclo, os cistos passam pelo estômago, resistindo à ação fica mais branda e os sintomas desaparecem após algumas
do suco gástrico, chegam ao intestino delgado, quando semanas ou meses.
Giardia lamblia
A giardíase é uma parasitose intestinal que tem como agente etiológico a Giardia lamblia. A giardíase se manifesta por azia
e náusea.
A contaminação ocorre quando os cistos maduros são ingeridos pelo indivíduo. Os cistos podem ser encontrados na
água (mesmo que clorada), alimentos contaminados e, em alguns casos, a transmissão pode se dar por meio de mãos
contaminadas.
Para se evitar a giardíase, devem-se tomar as mesmas medidas profiláticas usadas contra a amebíase, uma vez que há
ingestão de cistos.
Leishmania sp
Esse protozoário é causador da Leishmaniose, sendo transmitido pela picada da fêmea do mosquito hematófago Phleboto-
mus (mosquito-palha ou birigui). Entre as principais espécies de protozoários parasitas do gênero Leishmania, destacamos a
Leishmania braziliensis, a Leishmania donovani e a Leishmania tropica.
Ciliados
São protozoários que se locomovem por meio de cílios e apresentam reprodução por cissiparidade e conjugação. Um
típico representante é o paramécio. Além dos vacúolos contrácteis, evidenciam os dois núcleos: o macronúcleo, relacionado
com a nutrição; e o micronúcleo, envolvido com a reprodução. O paramécio se reproduz assexuadamente por bipartição e
U.T.I. 1
sexuadamente por conjugação. Nesse caso, acontece a fusão temporária de dois indivíduos, entre os quais se formam pontes
citoplasmáticas para trocas de partes dos micronúcleos. Após a troca e a fusão de micronúcleos, os paramécios separam-se
e dividem-se duas vezes, produzindo um total de oito indivíduos.
Reprodução
Assexuada (divisão binária)
A partir de um indivíduo, ocorre a duplicação do núcleo e
posterior divisão do citoplasma.
Sexuada (conjugação)
Ocorre uma troca de material genético que permite um aumento da variabilidade.
Encistamento
Em condições ambientais desfavoráveis, ocorre o encistamento.
Medidas de saneamen-
Entamoeba Amebíase • Intestino grosso Alimentos e água
Rizópode to, higiene pessoal e
histolytica (disenteria) • Ulcerações e diarreia contaminados
com os alimentos
Medidas de saneamen-
Giardíase • Intestino delgado Alimentos e água
Giardia lamblia Flagelado to, higiene pessoal e
(disenteria) • Dores abdominais e diarreia contaminados
com os alimentos
Medidas de saneamen-
Balantidium Balantidiose • Intestino Alimentos e água
Ciliado to, higiene pessoal e
coli (disenteria) • Diarreia contaminados
com os alimentos
Representações esquemáticas R
deepresentações
divisão binária em algas de divisão binária em protistas.
esquemáticas
Zigósporo
MEIOSE
Ciclo sexuado da
alga verde
Organismos jovens unicelular
haploides (n) Chlam ydomonas sp.
A reprodução sexuada é comum em quase todas as algas. Cada organismo pode se comportar como um gameta e, ao se fundirem,
formam um zigoto. Esse zigoto sofre meiose e forma quatro novos indivíduos haploides.
Poríferos (Espongiários)
A maioria desses animais é marinha, e não possuem tecidos verdadeiros, que favorece a grande capacidade de rege-
neração.
ESPONJA
VIVA REORGANIZAÇÃO
CELULAR
CÉLULAS CAPAZES
DE ORIGINAR
NOVAS ESPONJAS
FORMAÇÃO DE
ESPONJA NOVAS ESPONJAS
DESAGREGADA
ESPÍCULAS
U.T.I. 1
GEMULAÇÃO
REGENERAÇÃO
Esquema representativo da regeneração dos poríferos
saída de água
ósculo
porócito
espículas
pinacócitos
poros
espículas
entrada
de água átrio
(espongiocela)
amebócito
colarinho coanócito
flagelo
Existem três tipos estruturais de esponjas – áscon, sícon e lêucon –, que apresentam gradual aumento da superfície de
contato dos coanócitos com a água, de modo que, as esponjas tipo lêucon estão mais adaptadas a promover uma filtração
mais eficiente da água e aproveitam melhor os nutrientes disponíveis.
Câmaras
flageladas
Átrio Átrio
Água Água
to mineral é constituído por espículas calcárias e silicosas ao catalizarão a sua degradação em substâncias menores
esqueleto orgânico, apresenta-se formado por uma densa absorvíveis e utilizáveis no metabolismo, posteriormente,
rede de fibras de espongina. pelas demais células do corpo. Neste grupo, a digestão é,
portanto, extracelular e intracelular.
PLATELMINTOS
Fisiologia
§ Nutrição – o sistema digestório é incompleto. A digestão ocorre nos meios extracelular e intracelular. Existem espécies
parasitas, totalmente desprovidas de sistema digestório.
§ Respiração e trocas gasosas – as espécies de vida livre são aeróbias e as trocas são realizadas por simples difusão
entre o epitélio permeável do animal e o meio. Os endoparasitas são anaeróbios.
§ Excreção – célula-flama.
Células-flama
Poros excretores Canal
excretor
Canal
excretor
U.T.I. 1
Tufo de
cílios
Citoplasma
Cordões nervosos Núcleo
longitudinais
Nervos
250 CIÊNCIAS DA NATUREZA e suas tecnologias
§ Coordenação nervosa – gânglios cerebroides ou um anel nervoso, ligados a cordões nervosos longitudinais.
cordão nervoso
nervos
gânglio cerebral
ocelo
parte
fotossensível
células com
pigmento
§ Reprodução – normalmente, são hermafroditas ou monoicos com fecundação interna e um desenvolvimento, que
pode ser direto ou indireto. Existem espécies que se reproduzem assexuadamente, principalmente por regeneração.
A esquistossomose -
cisticercos na carne;
3. saneamento básico.
Schistosoma mansoni § Cisticercose – é a enfermidade causada pela loca-
A barriga-d’água é uma doença provocada pelo platelminto lização da larva no organismo do homem, que passa
a funcionar como hospedeiro intermediário. O homem
Schistosoma mansoni, um verme dioico com nítido dimorfis-
se infesta ingerindo ovos existentes em água poluída,
mo sexual.
hortaliças e frutos contaminados.
As medidas profiláticas mais comuns são:
1. Tratamento dos infestados por meio da destruição dos
vermes no organismo humano.
2. Saneamento básico, que impede que os ovos contami-
nem a água.
3. Combate aos caramujos hospedeiros intermediários.
U.T.I. 1
Ascaridíase
É uma parasitose intestinal cujo agente etiológico é o Ascaris lumbricoides, vulgarmente conhecido como lombriga.
1.
1. Ovos contendolarva
Ovos contendo larvaL33contaminam
contaminam
2 água e/oualimentos;
água e/ou alimentos;
2. Ingestão
2. Ingestão dosdosalimentos
alimentos contaminados
contaminados
1 7 com os
com os ovos
ovoslarvados;
larvados;
3. Passagem do ovo pelo estômago e
3. Passagem do ovo pelo estômago e
8 liberação da larva L3 no intestino
liberação
delgado; da larva 3 no intestino delgado;
6 4.
4. Penetração
Penetração das daslarvas
larvasnanaparede
parede intestinal;
5. Larvas carregadas pelo sistema
intestinal;
porta atécarregadas
5. Larvas os pulmões; pelo sistema porta
atéLarvas
6. os pulmões;
sofrem muda para 4, sendo que
5 3 6. Larvas sofrem muda
posteriormente rompem paraosL4,capilares
sendo e
12 que posteriormente rompem os
caem nos alvéolos, sofrendo nova muda
capilares e caem nos alvéolos, sofrendo
(5).
novaMigração
muda (L5).das larvas para
Migração a faringe;
das larvas para
4 7. Expulsão
a faringe; das larvas pela expectoração
9 ou deglutinação
7. Expulsão das pela
das larvas mesmas;
expectoração
Fezes ouLarvas
deglutinação dasnovamente
mesmas; o duodeno
8. atingem
8. Larvas atingem novamente
transformando-se em adultos. o duodeno
Fêmeas,
9 transformando-se em adultos. Fêmeas,
11 após a cópula, iniciam a ovoposição.
após a cópula, iniciam a ovoposição.
9.
9. Eliminação dosovos
ovospelas
pelas fezes
10 Eliminação dos fezes e
econtaminação
contaminação do ambiente;
do ambiente;
Ovo infértil 10
10 aa 12.
12.Evolução
Evoluçãodos dosovos
ovos férteis
férteis até se
até se tornarem
tornarem larvados,larvados,
com L3. com 3.
Ovo fértil
Ancilostomose
Também conhecida por amarelão ou opilação, a ancilostomose é uma parasitose causada pelos vermes Ancylostoma duo-
denale e Necator americanus.
A ancilostomose causa no homem intensa anemia, variando a gravidade com o grau de infestação. Por isso, o indi-
U.T.I. 1
víduo parasitado perde cor, tornando-se amarelado (daí o nome amarelão) e fraco. A redução de hemácias afeta o
transporte de oxigênio, afetando o coração e o cérebro, ocorrendo insuficiência cardíaca, sonolência, apatia e confu-
são mental. A profilaxia envolve higiene, saneamento básico e uso de calçados.
Larvas eclodem no
intestino delgado
3
1
D Ovos nas pregas perianais
Adultos no
Larvas nos ovos maturam lúmen do
em 4 a 6 horas. coco. 4
I Estágio de Infecção
prenhas migram para
5 a região perianal à noi-
D Estágio de Diagnóstico te, botando os ovos
O bicho-geográfico
Animais silvestres, como o cão e o gato, apresentam parasitas específicos, cujas larvas infestantes só completam o ciclo
quando penetram no hospedeiro próprio. No homem, migrando e realizando um trajeto sinuoso no tecido subcutâneo.
Os agentes etiológicos são o Ancylostoma caninum e o Ancylostoma braziliense.
U.T.I. 1
1. (UNESP - adaptado) A doença de Chagas atinge mi- protozoários, indicando para cada uma o nome do
lhões de brasileiros, podendo apresentar, como sintomas, parasita responsável.
problemas no miocárdio, que levam à insuficiência cardí- b) Escolha uma das doenças por você citadas e indi-
aca. Por que, na doença de Chagas, ocorre comprometi- que dois métodos para sua profilaxia.
U.T.I. 1
BIOLOGIA 3
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
COMPOSIÇÃO QUÍMICA CELULAR
Água
§ Solvente universal
§ Termorregulação
§ Transporte de células e de substâncias
§ Eliminação de excretas celulares
§ Função lubrificante
Sais minerais
Nos líquidos intra e extracelular, encontramos grande variedade de sais minerais dissociados em cátions e ânions.
Iodo (I )
– Entra na formação de hormônios tireoidianos.
É a molécula mais usada pelas células para obtenção de energia. Sintetizada pelos seres clorofilados, na fotossíntese. Abun-
Glicose (6C)
dante em vegetais, no sangue e no mel.
Frutose (6C) Muito comum em frutas e, também, apresenta papel fundamentalmente energético.
Galactose (6C) Um dos monossacarídeos constituintes da lactose do leite. Papel energético.
PRINCIPAIS DISSACARÍDEOS
Carboidrato Unidades Fontes Papel biológico
Sacarose glicose + frutose Cana-de-açúcar e beterraba Papel energético
Lactose glicose + galactose Leite Papel energético
Maltose glicose + glicose Vegetais Papel energético
PRINCIPAIS POLISSACARÍDEOS
Carboidrato Unidades Fontes Papel biológico
Amido (n) moléculas de glicose raízes e caules reserva energética vegetal
Celulose (n) moléculas de glicose parede de células vegetais sustentação
Glicogênio (n) moléculas de glicose fígado e músculos reserva energética animal
Quitina (n) moléculas de glicose exoesqueleto de artrópodes sustentação
No corpo, o fígado e o músculo são responsáveis por armazenar glicogênio e o sangue, pela glicose.
§ Fosfolípideos (ácido graxo, glicerol e fosfato): princi- tupimento de artérias que nutrem o coração. Dessa forma, não
pais componentes da membrana plasmática. Possuem chega um aporte de oxigênio e nutrientes para as células car-
uma parte hidrofílica (contato com o meio aquoso) e díacas e essas entram em falência, o que caracteriza o infarto.
Apesar de existirem somente 20 AA, o número de proteínas possível é praticamente infinito. As proteínas diferem entre si
devido à quantidade de aminoácidos na molécula, aos tipos presentes e a sua sequência na molécula. Duas proteínas podem
ter os mesmos AA nas mesmas quantidades, porém, se a sequência dos AA for diferente, as proteínas serão diferentes.
Relações de Chargaff
Modelo da Duplicação semiconservativa
A = T e C = G ou A/T = 1 e C/G = 1
Transcrição
Estrutura Na transcrição, o DNA cromossômico sintetiza o RNA nu-
clear, para o qual transcreve a sequência de nucleotídeos
“O corrimão da escada” é constituído por grupos fosfato representada pela mensagem genética. Saindo do núcleo,
ligados a desoxirriboses em uma ligação fosfodiéster. Cada o RNA leva a mensagem genética para os ribossomos.
degrau é formado por uma base púrica (A ou G) ligado a
uma base pirimídica (C ou T). Em cada degrau, as bases são
unidas por ligações de hidrogênio. Ácidos nucleicos: RNA
Existem vírus que apresentam DNA formado por uma ca-
deia única de nucleotídeos. Evidentemente que, neste caso,
Estrutura
não ocorre a relação de Chargaff, pois as quantidades de A O RNA difere do DNA em três aspectos:
e T, bem como de C e G são diferentes. 1. Possui ribose (pentose), em vez de desoxirribose.
2. A base pirimídica uracila ou uracil substitui a timina,
Localização do DNA nas células que não existe no RNA.
3. Sua molécula é formada por apenas uma fita ou cadeia
Evidencia uma cor púrpura e indica os cromossomos no
U.T.I. 1
Tipos de mutação
§ Substituição – consiste na substituição de uma base
por outra, transição, que é a substituição de purina
por purina (A por G ou G por A) ou pirimidina por pi-
rimidina (C por T ou T por C); e transversão, que é a
troca de purina por pirimidina ou vice-versa.
§ Deleção ou deficiência – é a perda de bases.
§ Inserção – é a colocação de um ou mais nucleotídeos.
INTRODUÇÃO À CITOLOGIA
Tamanho
Geralmente de 1 a 10 micrômetros Geralmente de 5 a 100 micrômetros
da célula
Metabolismo Aeróbico ou anaeróbico Aeróbico e anaeróbico
Núcleo, mitocôndrias, cloroplastos, retículo
Organelas Ribossomos endoplasmático, complexo de Golgi,
lisossomos, ribossomos, centríolos
Longas moléculas de DNA contendo muitas regiões não
DNA DNA circular no hialoplasma
codificantes: envolvidas por uma membrana nuclear
RNA sintetizado e processado no núcleo,
RNA e proteína Sintetizados no mesmo compartimento: hialoplasma
proteínas sintetizadas no citoplasma
Ausência de citoesqueleto, fluxo citoplasmáti- Citoesqueleto composto de filamentos de proteínas, fluxo
Citoplasma co, ausência de endocitose e exocitose citoplasmático, presença de endocitose e exocitose
Divisão celular Cromossomos se separam ligados ao mesossomo Cromossomos se separam pela ação do fuso do citoesqueleto
Organização
Maioria unicelular Maioria multicelular, com diferenciação de muitos tipos celulares
celular
Tempo de
Cerca de 3 bilhões de anos Cerca de 1 bilhão de anos
existência
O citoplasma é o constituinte celular mais volumoso; for- Existem três classes principais de moléculas lipídicas da
mado pelo citosol e pelos organoides celulares. membrana: fosfolipídios, esteróis e glicolipídios.
As proteínas de membrana são responsáveis pela maioria
O núcleo das funções, tal como o transporte de pequenas moléculas
Situado, geralmente, na parte central da célula, o núcleo hidrossolúveis pela bicamada lipídica.
apresenta uma membrana, a carioteca, que envolve o cario- Conclui-se, portanto, que a membrana é relativamente fluida,
plasma, líquido (cariolinfa ou nucleoplasma) no qual estão pois as moléculas de proteínas apresentam certa liberdade
imersos o nucléolo e os cromossomos, onde encontram-se de movimentação. Por isso, o modelo de Singer e Nicholson
os genes, elementos responsáveis pela coordenação das di- é denominado mosaico fluido.
versas atividades celulares, constituídos por DNA.
Especializações da membrana
A célula procariótica § Microvilosidades
Possui estrutura celular muito simples. Está presente a § Invaginações de base
membrana plasmática e o material genético (cromatina) § Especializações de contato
aparece disperso no hialoplasma, onde a única organela
§ Desmossomos
presente é o ribossomo.
§ Interdigitações
A célula eucariótica
U.T.I. 1
A permeabilidade seletiva e os
transportes de membrana
Transporte passivo (sem gasto de energia)
Funcionamento da bomba Na+ / K+ ATPase.
§ Difusão passiva – neste processo não há consumo
de energia.
§ endocitose (fagocitose ou pinocitose)
§ Difusão facilitada – algumas substâncias passam
§ exocitose (excreção ou secreção)
através da membrana, por transporte passivo, contan-
do, para isso, com o trabalho de proteínas carreadoras
ou permeases (proteínas transportadoras).
CITOPLASMA
Ribossomos
São as organelas que sintetizam as proteínas. O ribossomo
consiste em RNA ribossômico e nucleoproteínas estruturais.
Retículo endoplasmático
É uma rede de estruturas tubulares e vesiculares acha- O retículo endoplasmático com suas cisternas.
tadas, sendo que os túbulos e as vesículas são interco-
nectados uns aos outros. Pode ser dividido em rugoso
(região do retículo endoplasmático em que estão aderi-
Complexo de Golgi
dos vários ribossomos, e que portanto tem capacidade Formado por camadas empilhadas de delgadas vesículas
de sintetizar proteínas) e liso. achatadas.
Mitocôndrias
São formadas por duas bicamadas lipídicas: uma membra-
na externa e uma membrana interna.
As mitocôndrias produzem moléculas de ATP.
Plastos
São orgânulos citoplasmáticos encontrados nas células de
plantas e de algas.
Formação da lamela média em células vegetais
recém-formadas (isso é legendada)
Centríolos
Lisossomos São estruturas citoplasmáticas que estão presentes na maio-
ria dos organismos eucariontes, não ocorrendo nos vegetais
São vesículas responsáveis pelo processo de digestão in-
superiores, fungos complexos e nematoides.
tracelular.
§ Tipos de lisossomo: Função dos centríolos
1. Lisossomo primário;
§ Orientar a divisão celular
2. Lisossomo secundário;
3. Corpúsculo residual; § Originar cílios e flagelos
4. Vacúolo autofágico.
Autofagia – quando os lisossomos digerem uma partícu-
Citoesqueleto
la pertencente à própria célula. O citoplasma de uma célula eucariótica é sustentado e or-
Heterofagia – quando a partícula digerida pelos lisosso- ganizado por um citoesqueleto de filamentos intermediá-
mos é proveniente do meio extracelular. rios, microtúbulos e filamentos de actina.
NÚCLEO
A intérfase é o período que separa duas divisões e carac-
teriza-se por intensa atividade celular. O envoltório nuclear
Heterocromatina
Carioplasma
Carioteca e o nucleoplasma
(envoltório
nuclear) Também chamado de envelope nuclear, é constituído por
uma dupla membrana com duas lâminas, externa e in-
Poro terna, separadas pelo espaço perinuclear e providas de
uma série de poros. Os poros do envoltório intervêm na
regulação das trocas entre o núcleo e o citoplasma.
U.T.I. 1
Eucromatina Nucléolo
A cromatina 1 2 3
1. Telocêntrico
4
Variação da quantidade de
DNA no ciclo celular
PrófasePrófase
até anáfase
e metáfase
Telófase
Anáfase e citocinese
Quantidade de DNA
o experimento descrito a seguir. Hemácias humanas, III. A xeroftalmia, que pode levar à cegueira, é conse-
que só possuem membrana plasmática (não há mem- quência da falta de __________.
branas internas) foram lisadas (rompidas) em solução
de detergente, e os lipídios foram cuidadosamente IV. O beribéri é causado pela falta de ____________.
FÍSICA 1
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS MOVIMENTOS
S –S
___ = _____
vm = DS 2 1
Dt t2 – t1
Movimentos progressivo
0 1 2 3 4 5
GRÁFICOS DO MRU
S = S0 + v ∙ t
v≠0
V<0
Gráfico da velocidade do
movimento retilíneo uniforme
U.T.I. 1
v = constante
V>0
N
=
Retrógrado
V<0
Movimentos acelerado v + v0
vm = _____
2
e retardado
Propriedade do gráfico V × t
Gráficos da velocidade
escalar em função do tempo
=N
U.T.I. 1
a = tgα = Dv
___
Dt =N
S’
|g| ⋅ t²
S = S0 + v0 ⋅ t + ____
tsubida = tdescida
2
v2
v² = v0² + 2 ⋅ |g| ⋅ DS hmáxima = _____
0
2 ∙ |g|
tqueda = 2 ⋅ tsubida
|g| ∙ t2
DS = _____
2
U.T.I. 1
_____
√ 2∙DS
tqueda = ____
g
Lançamento horizontal
vy = v0y + |g| ∙ t 1 ∙ |g| ∙ t2
Sy = S0y + r0y ∙ t + __
2
______
Sx = S0x + v0x ∙ t
Sx = S0x + v0x ∙ t
vy = v0y + |g| ∙ t
|g| ∙ t2
Sy = S0y + v0y ∙ t + _____
2
tqueda = 2 ∙ tsubida
v0y
tsubida = tdescida = __
|g|
v2 = v0x2 + vy2
U.T.I. 1
v20y
Hmáxima = _____
2 ∙ |g|
1 ⇒ v = 2pf
Sendo T = __
f
º 2pR
v = ____ ou v = 2pRf
arco AB
q = ______ = __S T
raio R
2pR
u = ____ = 2p rad, que equivale a 360°
R
2p rad ; 360° e p rad ; 180° Função horária angular
Deslocamento angular e
velocidade angular no M.C.U.
∆S
v = ___
Du ⇒
Dt
Du = v · Dt ⇒
DS = Du · R u – u0 = v · (t – t0) ⇒
u = u0 + v · t
Aceleração centrípeta
v ou acp = v2R
2
acp = __
R
vm = ___
Du
Dt
v=v·R
Período e frequência
U.T.I. 1
1 ou T = __
f = __ 1
T f
Transmissão de movimento
circular uniforme
fA = fB
vA = vB
fARA = fBRB
U.T.I. 1
4. (Uerj 2020) A Polícia Rodoviária Federal revelou que os radares da Ponte Rio-Niterói são do tipo “inteligentes”, ou
seja, calculam a velocidade média do condutor na via. Dessa forma, o motorista que passar pelo primeiro aparelho
terá o horário e a velocidade registrados pelo equipamento. Se ele alcançar o segundo radar antes do tempo neces-
sário para percorrer o trecho, será multado.
Adaptado de oglobo.globo.com, 29/12/2017.
Admita que a distância entre dois radares sucessivos na Ponte Rio-Niterói corresponde a um trecho de 1 km. Um
motorista percorreu 0,81 km desse trecho com velocidade de 90 km/h.
Sabendo que a velocidade máxima permitida na Ponte Rio-Niterói é de 80 km/h, estime a velocidade média máxima,
em km/h, que o motorista deverá manter no restante do trecho para não ser multado.
5. (Famerp 2020) Em uma estrada, no instante em que um automóvel partiu do repouso de uma cabine de pedágio
com cobrança manual, um ônibus passou pela cabine eletrônica com velocidade de 10 m/s. O gráfico mostra as varia-
ções das velocidades dos veículos, em função do tempo, a partir desse instante.
a) Calcule a aceleração do ônibus, em m/s2, entre os instantes zero e dez segundos. Considerando a origem das posições na ca-
bine de pedágio, escreva a equação horária do movimento do ônibus, em unidades do SI, para esse mesmo intervalo de tempo.
b) Desprezando as dimensões dos veículos, calcule a que distância das cabines de pedágio, em metros, o automóvel alcançou
o ônibus.
6. (Unicamp 2019) Nos cruzamentos de avenidas das 7. (Unifesp 2019) Do alto de um edifício em constru-
grandes cidades é comum encontrarmos, além dos se- ção, um operário deixa um tijolo cair acidentalmente, a
máforos tradicionais de controle de tráfego de carros, partir do repouso, em uma trajetória vertical que passa
semáforos de fluxo de pedestres, com cronômetros di- pela posição em que outro operário se encontra para-
gitais que marcam o tempo para a travessia na faixa de do, no solo. Um segundo depois do início da queda do
pedestres. tijolo, o operário no alto grita um alerta para o operário
a) No instante em que o semáforo de pedestres no solo.
se torna verde e o cronômetro inicia a contagem
regressiva, uma pessoa encontra-se a uma dis-
tância d = 20 m do ponto de início da faixa de
pedestres, caminhando a uma velocidade inicial
v0 = 0,5 m/s. Sabendo que ela inicia a travessia da
avenida com velocidade v = 1,5 m/s, calcule a sua ace-
leração constante no seu deslocamento em linha reta
até o início da faixa.
b) Considere agora uma pessoa que atravessa a aveni-
da na faixa de pedestres, partindo de um lado da ave-
nida com velocidade inicial v0 = 0,4 m/s e chegando ao
outro lado com velocidade final v = 1,2 m/s. O pedestre
U.T.I. 1
radar, verifica que um automóvel em movimento uni- parado com a intenção de acertar o avião. Considere
formemente variado passa por um ponto de uma ro- que o avião e o canhão estejam contidos em um mes-
dovia com velocidade de 10 m/s. Cinco segundos de- mo plano vertical, despreze a resistência do ar e adote
pois, o automóvel passa por outro ponto da mesma g = 10 m/s2.
FÍSICA 2
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
CALOR SENSÍVEL
372 K u uf – 32
__
c = ______
5 9
u uf – 32 ______
__ = T – 273
c = ______
T 5 9 5
Du DuF
___
c = ___
5 9
272 K
Duc = DT
u – 0 _______
u – 32 u u – 32
a = ______
__ c = f ä ___
c = ______
f
b 100 – 0 212 – 32 100 180
Q
C = ___
[ Q = C · Du
Du
Matematicamente:
Qrecebido = – Qcedido
Qrecebido + Qcedido = 0
Calorímetro real
Qcalorímetro = Ccalorímetro · Du
Ccalorímetro = E · cágua
C=m·c
Q = C · Du
Potência
Q
P = ___
Q = m · c · Du Dt
MUDANÇAS DE ESTADO
Q = mtransformada · L
Sobrefusão ou superfusão
U.T.I. 1
mevaporação A · (F – f)
vevaporação = _______
= K_______
p
Dt e
Onde:
§ K representa a volatilidade do líquido;
U.T.I. 1
Comportamento da água
Observando o diagrama de fases da água, é possível perce-
ber que a curva de fusão é decrescente. Assim, a tempera-
tura de fusão diminui com o aumento da pressão. Logo, é
possível derreter o gelo em uma temperatura menor, caso
ele esteja em uma pressão maior.
TRANSMISSÃO DE CALOR
Q
f = ___
Dt
A ∙ (θ1 – θ2)
f = k · _________
L micro-ondas
Convecção
Convecção é o processo de transferência de calor por meio
do deslocamento de matéria do fluido de um local para outro.
Emissão de radiação
Foi constatado experimentalmente que todas as substân-
cias, a qualquer temperatura acima do zero absoluto, emi-
tem radiação e que a frequência de ondas mais emitidas é
proporcional à temperatura absoluta T.
Baixa temperatura
A convecção, juntamente com a diferença de calor específi-
co entre areia e água, também explica o sentido das brisas
nas proximidades da praia. Média
Alta temperatura
Absorção de radiação
Todo bom emissor de radiação também é um bom ab-
sorvedor. Além disso, os corpos com cores mais escu-
ras emitem e absorvem mais rapidamente a radiação.
Efeito estufa
Irradiação ou radiação
As ondas eletromagnéticas propagam-se no vácuo com ve-
locidade de c = 3 × 108 m/s e são classificadas de acordo
com suas frequências ou comprimentos de onda.
U.T.I. 1
∆L 50,1 – 50
⇒ aL0 = _______
tgv =___
∆θ 100 – 0
0,1 0,001
DL = L – L0 ⇒ aL0 = ⇒ a = _____
___ ⇒
100 50
Dq = q – q0 ⇒ a = 2,10 °C–1
–5
DL = aL0 ⋅ Dq
DA = b ∙ A0 ⋅ Dq
a = DL 1
___ ⋅ ___
L0 Dq
L = L0(1 + a ⋅ Dq)
0
0
V = V0[1 + g ∙ (θ – θ0)]
∆V= g ∙ V0
tgv = ___
∆θ
pV
___
= constante
T
Transformações particulares
pV
___
= R ⋅ n
T
ou p ⋅ V pB ⋅ VB
_____
A A = ______
TA TB
pV = nRT
T 2 > T1
T1
Transformação isobárica
V V
V = constante
__
ou
__
1 = __2 Transformação adiabática
T T1 T2
p ⋅ Vg = constante
ou
p1V1g = p2V2g
Mol
1 mol = 6,023 × 1023 partículas
Transformação isocórica
ou isovolumétrica NA = 6,023 × 1023 partículas/mol = 6,023 × 1023 mol–1
U.T.I. 1
__p __p p
= constante ou 1 = __2
T T1 T2
m
n = __
M
p ⋅ V ____
____ p ⋅ V p2 ⋅ V2
= 1 1 + ____
T T1 T2
3 nRT
U = __
2
3 pV
U = __
2
τG = pG ⋅ DV
Portanto:
DU > 0 ⇔ Uf > U0
DU < 0 ⇔ Uf < U0
Q–t<0 Q<t
Transformação isotérmica ou
Q = τ + DU
DU = 0
⇒Q=τ Transformação adiabática
Q = t + DU
Transformação isocórica Q=0
⇒ DU = –t
Q = τ + DU
⇒ Q = DU § Se o gás sofrer uma compressão adiabática:
τ=0
Qv = m ∙ cV ∙ Δu DU = –t
t<0 ⇒ DU > 0
Ou, ainda, o calor molar à pressão constante CV. § Se o gás sofrer uma expansão adiabática:
QV = n ∙ CV ∙ Δu DU = –t
⇒ DU < 0
t>0
Transformação isobárica
V = constante
__
T
§ V aumenta ⇒ T aumenta ⇒ U aumenta ⇒ DU > 0
§ V diminui ⇒ T diminui ⇒ U diminui ⇒ DU < 0
Q = τ + DU ⇒ DU = Q – τ
Q–t>0 ou Q>t
Em um ciclo: DUciclo = 0
Em um ciclo: Q = t
Ciclo horário: tciclo > 0
Ciclo anti-horário: tciclo < 0
Sentido anti-horário
Em ciclo realizado no sentido anti-horário: 1. O gás recebe calor Q1 da fonte quente e sofre uma ex-
tciclo < 0 e Qciclo < 0 pansão isotérmica AB, à temperatura T1.
2. Expansão adiabática BC; o gás atinge a temperatura T2.
Segunda lei da termodinâmica 3. O gás fornece o calor Q2 à fonte fria e sofre uma com-
pressão isotérmica CD, à temperatura T2.
“O calor não pode fluir espontaneamente de um cor- 4. Compressão adiabática DA; o gás volta a seu estado
po de temperatura menor para um outro corpo de inicial, à temperatura T1.
temperatura mais alta.”
__|Q | T2
2 = __
Q1 T1
“O calor flui espontaneamente de um corpo quente
para um corpo frio. O inverso só ocorre com a realiza- T T1 – T2
h = 1 – __
2 = _____
ção de trabalho.” T1 T1
Q1 + |τ| = |Q2|
Esquema de uma máquina térmica
Q1 = τ + |Q2|
τ = Q1 – |Q2|
t
h = __
Q1
t |Q |
h = __ = Q1 - |Q2| ______ Q1 ⇒ h = 1 – __
U.T.I. 1
2
Q1 Q1
t
Pu = __
Dt
Q
DS = __
T
DS ≥ 0
Ciclo de Otto
1. Admissão isobárica (0-1).
2. Compressão adiabática (1-2).
3. Combustão isocórica (2-3).
4. Expansão adiabática (3-4).
U.T.I. 1
• Dados:
• cx = 0,8 cal/g °C
• Lvx = 30 cal/g a) Sabendo que no estado P a temperatura do gás
era de 300 K, calcule a temperatura do gás, em graus
• θvaporização(x) = 80 °C
Celsius, no estado Q.
a) Obtenha uma equação de conversão entre as es- b) Sabendo que nessa transformação a energia inter-
na do gás aumentou em 4,5 × 104 J calcule a quan-
U.T.I. 1
calas Z e Celsius.
tidade de calor, em joules, absorvida pelo gás, entre
b) Determine a quantidade de calor necessária
os estados P e Q.
para vaporizar 50 g do líquido em questão, inicial-
mente a uma temperatura igual a 20 °C.
a) Determine o aumento do volume do cilindro de ferro, a) O eixo feito de qual material, dentre os apresentados
em cm3 , quando a temperatura varia de 0 °C para 100 °C. no gráfico, possui a dilatação linear mais próxima, po-
b) A qual temperatura, em °C, a diferença entre as medi- rém inferior ao limite estabelecido para a utilização na
das dos diâmetro dos dois cilindros será de 2,0 × 10–3 cm? usina? Quanto vale, aproximadamente, seu coeficiente
de dilatação linear, em K-1?
9. Têm-se duas barras A e B de comprimentos LA = 0,8 LB b) Se um eixo de 600 g, feito de um material cujo calor
à temperaturas TA = TB e de coeficiente de dilatação li- específico é igual a 0,1 cal/(g ∙ °C) for aquecido por
near aA = 5aB, sendo aB = __1
∙ 10−4 ºC−1. Nessas condições, uma fonte de calor a uma taxa de 30 cal/s sem se fun-
3 dir, qual será a taxa, em °C/s, com que sua temperatu-
de quanto é o aumento ΔT da temperatura de ambas, ra variará? Quanto tempo, em segundos, é necessário
para que as barras alcancem o mesmo comprimento? para que sua temperatura seja elevada em 100 ºC?
U.T.I. 1
10. Um motor funciona obedecendo ao ciclo de Stir- 12. Um mergulhador, a 4,0 m de profundidade, ao res-
ling, no qual um gás ideal é submetido a duas transfor- pirar, solta uma bolha de ar de volume 10 mL. A bolha
mações isotérmicas, AB e CD, e a duas transformações sobe até a superfície, onde a pressão é atmosférica.
isovolumétricas, BC e DA, como mostra a figura. Considerando que a temperatura da bolha permaneceu
20. (Ufjf-pism 2 2022) Claudia é uma pesquisadora em Ciência dos Materiais de uma Universidade Pública Brasileira.
Ela desenvolveu um novo material e está trabalhando para descobrir as suas propriedades. Como se faz comumente
em ciência, ela trabalha em colaboração com pessoas de outras Universidades Públicas Brasileiras. Dessa forma, ela
enviou amostras do material para outras colegas realizarem medidas de vários tipos para obter mais informações so-
bre o material, com equipamentos que ela não dispõe em sua própria universidade. Uma das colegas retornou vários
gráficos com resultados de medições, dentre eles a figura abaixo, na qual se mostra a capacidade térmica do material
em função da massa. Com essa informação, responda a seguir:
U.T.I. 1
FÍSICA 3
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
VETORES
_›_
s
___›
-b
___›
_›_ ___› ___› d
s
= a
+ b
___›
Regra do paralelogramo a
M
_›_
x
P u
___› ___› ___› ___› ___›
d
² = a
² + b
² – 2 · a
· b
cos u
_›_
M Componentes de um vetor
x _›_
P u s
y
_›_
y
N _›_ _›_
a y a
A seguinte relação pode ser usada para calcular o módulo θ
da soma de dois vetores quaisquer. _›_
a x x
___› ___›
a a
_›_ ___› ___› ___›
θ θ s a = ax + ay
U.T.I. 1
___› ___›
b b senθ = ay/a → ay = a · senθ
cosθ = ax/a → ax = a · cosθ
Introdução
A eletrostática é o ramo da Física que estuda as proprie-
dades das cargas elétricas em repouso e suas interações.
Os corpos A e B estão eletrizados com quantidades de cargas Q1 e Q2.
Vejamos os princípios que fundamentam a eletrostática. Após a troca de cargas entre os corpos, A e B estão
eletrizados com quantidades de cargas Q’1 e Q’2.
Cargas elétricas
Q1 + Q2 = Q’1 + Q’2 = constante
carga elétrica do próton: e = +1,6 · 10
+ –19
C
carga elétrica do elétron: e– = –1,6 · 10–19 C Essa expressão é válida somente se o sistema for eletrica-
mente isolado.
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de
carga elétrica é o coulomb, cujo símbolo é C, em homena-
gem a Charles Coulomb.
Eletrização por atrito
Q = n · |e|
Princípio da atração
e repulsão No processo de eletrização por atrito, os corpos ele-
trizados apresentam, ao final do processo, cargas
elétricas de sinais opostos.
Cargas elétricas de sinais opostos se atraem, e cargas
elétricas do mesmo tipo se repelem.
Princípio da conservação
das cargas elétricas
U.T.I. 1
Em um sistema isolado eletricamente (ou seja, não há trans- A positivo e B neutro estão isolados e afastados; colocados em contato,
durante breve intervalo de tempo, elétrons livres vão de B para A;
ferências de cargas elétricas com o ambiente externo), a
após o processo, A e B apresentam-se eletrizados positivamente.
quantidade de carga elétrica, em excesso, é constante.
Q + Q2 + ... +Qn
______________
1
Q’ = n
Reprodução
O filete de água
desvia-se da vertical
ao ser atraído por
um bastão plástico
previamente eletrizado
por atrito com um
pedaço de flanela.
Eletroscópios
U.T.I. 1
+ –
+ +
CAMPO ELÉTRICO
Gráfico de E × d
+ –
___›
O campo elétrico resultante E R em P, devido às várias ___
› Duas cargas puntiformes de sinais opostos e módulos diferentes
cargas
___›
Q ,
___› 1 2
Q , ..., Qn
, é dado pela soma vetorial de
E
1,
E 2, ..., E n, na qual cada campo elétrico parcial é determi-
nado como se a carga correspondente estivesse sozinha:
___› ___› ___› ___›
E R = E 1 + E 2 + ... + E n
Esse é o princípio da superposição dos campos elétricos.
Pêndulo eletrostático
F
tgθ = __
e
P
Potencial elétrico
Q
V = k0 __
d
Epot
V = ___
q
Vres = V1 + V2 + V3 + ... + Vn
Q⋅q
Epot = k0 ____
d
Q
V = k0 __
d
Potencial elétrico de
diversas cargas elétricas
Carga Q > 0
-
Campo elétrico uniforme. As linhas de força estão representadas
por linhas cheias, e as linhas equipotenciais, por linhas tracejadas.
Carga Q < 0
(Q > 0)
U.T.I. 1
(Q < 0)
τAB = F ⋅ d
Potencial elétrico no
campo elétrico uniforme
U.T.I. 1
E⋅d=U
τAB = E ⋅ d ⋅ q
V ___
1 __ 1N
m = C
Equilíbrio eletrostático Q
Vext = k0 __
d
Em um condutor eletrizado em equilíbrio eletrostático, as
Q
cargas elétricas em excesso se localizam na sua superfície. Vsup = k0 __
R
Q
Vint = Vsup = k0 __
R
Q’ Q’2
___
1 = ___
R1 R2
Para uma distribuição negativa (Q < 0)
U.T.I. 1
30 cm
q
U.T.I. - E.O.
60 cm 1. A figura a seguir mostra três esferas iguais, A e B,
fixas sobre um plano horizontal e carregadas ele-
a) os potenciais elétricos de A e de B;
tricamente com QA = +20 nC e QB = +8 nC, e C, que
b) o trabalho da força elétrica que atua sobre uma car- pode deslizar sem atrito sobre o plano, carregada com
ga elétrica q = 3 · 10–2 C, no deslocamento de A para B. QC = –4 nC. Não há troca de carga elétrica entre as es-
5. O esquema a seguir representa um campo elétrico uni- feras e o plano. Estando solta, a esfera C dirige-se de
forme e duas superfícies equipotenciais. encontro à esfera A, com a qual interage eletricamente,
+ – retornando de encontro a B, e assim por diante, até que
+
B
– o sistema atinge o equilíbrio, com as esferas não mais
+ –
+ –
se tocando. Nesse momento, as cargas A, B e C, em nC,
+
A
– serão, respectivamente:
U.T.I. 1
+ –
+ – A C B
+ –
+ –
d
110 V 80 V
+20 nC –4 nC +8 nC
+ 1m
Q1 1m 16.Um resistor cilíndrico feito de zinco (rzinco = 6 · 10–8 Ω ∙ m),
2m apresenta um comprimento de 20 m e área transversal de
6 ∙ 10–5 m2. Determine a resistência elétrica deste resis-
Q2 Q3 +
tor e a corrente que atravessa o resistor, quando nele
– for aplicada uma d.d.p. de 200 V.
12. Uma partícula A, com carga qA = 2 · 10–7 C, gera 17. (Fuvest 2022) Diversos processos celulares presen-
um campo elétrico ao seu redor. Determine o trabalho tes no corpo humano envolvem fenômenos elétricos.
da força elétrica para deslocar um próton de um pon- Um dos mais importantes é o fato de uma membrana
to p1 (distante 2 cm) de A, até um ponto p2 (distante celular, que separa o interior celular do exterior, apre-
5 cm de A). sentar um acúmulo de ânions (cargas negativas) e cá-
Dado: K = 9 · 109 N · m2/C2 tions (cargas positivas) nas superfícies interna e exter-
na, respectivamente, o que resulta no surgimento de
13. Um elétron penetra numa região de campo elétrico
uma diferença de potencial U ao longo da membrana.
uniforme de intensidade 360 N/C, com velocidade ini-
cial v0 = 4,0 ∙ 106 m/s na mesma direção e sentido do Considere que U cresce linearmente de 0 a U0 na região
campo. Sabendo-se que a massa do elétron é igual a entre x = 0 e x = d, como mostra a figura.
9,0 · 10–31 kg e a carga do elétron é igual a –1,6 ∙ 10–19 C,
determine:
a) a energia potencial elétrica no instante em que a
velocidade do elétron, no interior desse campo, é nula;
b) a distância percorrida pelo elétron até atingir ve-
locidade nula.
QUÍMICA 1
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
MODELOS E ESTRUTURAS ATÔMICAS
no qual o átomo era uma esfera formada por uma “pasta“ O físico Eugen Goldstein descobriu, em 1886, o próton,
positiva “recheada“ de elétrons de carga negativa. Esse mo- comprovando que essa partícula apresentava carga posi-
delo ficou conhecido como “pudim de passas“. tiva de valor igual ao do elétron.
Dessa forma:
A=Z+N
Elemento químico
Modelo de Böhr (modelo quântico)
Elemento químico é o conjunto de átomos com o
Em 1913, o cientista Niels Bohr aprimorou o modelo atô- mesmo número atômico (Z).
mico de Rutherford e foram propostos os seguintes postu-
lados, chamados de postulados de Bohr:
§ Na eletrosfera, os elétrons descrevem sempre órbitas
circulares ao redor do núcleo, denominadas órbitas es- Isótopos, isóbaros e isótonos
tacionárias. Movendo-se em uma órbita estacioná-
ria, o elétron não emite nem absorve energia.
Isótopos
§ Os elétrons só podem ocupar os níveis que tenham
uma determinada quantidade de energia (quantum)
Isótopos são átomos com o mesmo número de
e assumem valores bem determinados de energia em
prótons (P = Z) e diferentes números de massa (A) e
cada órbita estacionária, não sendo possível ocupar es-
de nêutrons (N).
tados intermediários.
§ Ao saltar de uma órbita estacionária para outra, os elé-
trons absorvem ou emitem uma quantidade bem defi- Isóbaros
nida de energia (quantum de energia) e, ao retornar à
órbita de origem, o elétron emite ou absorve um quan-
tum de energia igual ao absorvido em intensidade, na Isóbaros são átomos com o mesmo núme-
forma de luz de cor bem definida ou outra radiação ro de massa (A) e diferentes números de prótons
eletromagnética, como ultravioleta ou raios X (deno- (P = Z) e nêutrons (N).
minado fóton).
Isótonos
Números atômico e de massa
Observe os dados, a seguir, referentes à composição Isótonos são átomos com o mesmo número de
do átomo. nêutrons (N) e diferentes números de prótons (P = Z)
e de massa (A).
Próton 1 +1
U.T.I. 1
Elétron 1
_____ –1
1.836
Íons
Quando um átomo está eletricamente neutro, ele pos- 2 8 18 32 32 18 8
sui prótons e elétrons em igual quantidade.
K
Um átomo neutro que recebe elétrons passa a ficar com Uma das principais características destas camadas é que
excesso de cargas negativas, ou seja, transforma-se em cada uma delas possui um número máximo de elétrons
um íon negativo ou ânion. Por outro lado, se um átomo que pode comportar. Pauling apresentou essa distribuição
neutro perde elétrons, passa a ter excesso de prótons dividida em níveis e subníveis de energia, em que subníveis
e se transforma em um íon positivo ou cátion. são divisões dos níveis ou camadas, representados pelas le-
tras s, p, d, f. Cada subnível também apresenta um núme-
Exemplos: ro máximo de elétrons.
§ Ânion cloreto (Cℓ–):
Diagrama de Linus Pauling
1s2
2s2 2p63s2
-
(K) 1; 2e- 1s 2
3p64s2
3d104p65s2
2s 2
2p 6
(L) 2; 8e -
4d105p66s2
3s2 3p6 3d10 4f145d106p67s2
§ Cátion sódio (Na+): (M) 3; 18e-
Camadas eletrônicas do átomo: Na figura, as setas indicam a ordem crescente dos níveis
diagrama de Linus Pauling de energia:
Os elétrons são dispostos nos átomos em ordem crescente 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10
de energia, visto que todas as vezes que o elétron rece- 6p6 7s2 5f14 6d107p6
be energia, ele salta para uma camada mais externa em
Distribuição eletrônica nos íons
U.T.I. 1
Organização da Características da
distribuição eletrônica
Localização e
classificação
tabela periódica 3 camadas (K, L, M) 3º período
trônicos apresentados pelos elementos químicos. elétron de maior energia bloco p (elemento
situado no subnível p (3p5) representativo)
Localização na
7 elétrons na camada de
família 7A (halogênios) = 17
valência (3s23p5)
PROPRIEDADES PERIÓDICAS
Eletronegatividade
A eletronegatividade não está definida para esses gases.
Eletropositividade
É a tendência que um átomo possui de atrair elétrons. É a capacidade que um átomo tem de doar elétrons.
§ Variação da eletronegatividade: cresce da esquer- § Variação da eletropositividade: ocorre de forma
U.T.I. 1
da para a direita nos períodos e de baixo para cima nas oposta à eletronegatividade e também não está defini-
famílias (grupos). da para os gases nobres.
Outras propriedades
periódicas
Raios iônicos
1. Pontos de fusão e de ebulição
1. Raio do cátion: ao perder elétron, a repulsão da nu-
vem eletrônica diminui, diminuindo o seu tamanho. Variação do ponto de fusão e do ponto de ebulição.
Energia ou potencial
de ionização
É a energia necessária para remover um elétron de um áto- 2. Densidade
mo (ou íon) na fase gasosa.
Variação da densidade.
Obs.: à medida que o íon se torna cada vez mais positiva-
mente carregado, é necessário cada vez mais energia para
retirar um elétron de sua camada mais externa.
§ Variação da energia de ionização: nas famílias e
nos períodos, a energia de ionização aumenta confor-
me diminui o raio atômico
3. Volume atômico
É o volume ocupado por 1 mol (6,02 ∙ 1023) de seus
átomos no estado sólido.
Variação do volume atômico.
Eletroafinidade ou
afinidade eletrônica
U.T.I. 1
Teoria do octeto
Um átomo é estável se possuir 8 elétrons na camada de
valência, ou 2 elétrons, se a camada de valência for a K. Propriedades das
Átomos tendem a adquirir uma configuração estável, isto é, substâncias iônicas
uma configuração semelhante à de um gás nobre. Para isso, § São sólidos em condições normais de temperatura
os átomos ligam-se através dos elétrons de valência. (25 °C) e pressão (1 atm).
Importante: o número total de elétrons cedidos deve ser
§ São duros e quebradiços.
igual ao número total de elétrons recebidos.
§ Possuem pontos de fusão e de ebulição elevados.
Fórmula eletrônica de Lewis § Em solução aquosa (dissolvidos em água) ou no estado
líquido (fundidos), conduzem corrente elétrica.
Esta fórmula representa os elementos e os elétrons do seu
último nível (elétrons de valência) indicando-os por • ou X. § Seu melhor solvente é a água, pois são polares como ela.
ℓ ℓ
Ocorre entre átomos de ametais (não metais) – incluin- Fórmula Fórmula Pares
do o hidrogênio – mediante compartilhamento de pares Classificação
eletrônica estrutural eletrônicos
de elétrons.
A A A–A 1 par eletrônico Ligação simples
2 pares
A A A=A Ligação dupla
eletrônicos
Orientação
Número de
(geometria) Disposição Geometria
nuvensao redor Fórmula eletrônica
das nuvens dos ligantes molecular
do átomo central
(pares eletrônicos)
Sempre
Linear O=C=O
2
H—C;N
Linear
Angular
Angular
2 átomos ligantes
N Piramidal
4
3 átomos ligantes
Tetraédrica
Tetraédrica
4 átomos ligantes
§ Bipirâmide Trigonal: acontece quando há cinco nu- Ligação entre átomos de diferentes eletronegatividades ä
vens eletrônicas na camada de valência do átomo cen- ligação covalente polar.
tral, todas fazendo ligação química. Para comparar a intensidade de polarização das ligações,
§ Octaédrica: acontece quando há seis nuvens eletrô- recorre-se à escala de eletronegatividade de Pauling:
nicas na camada de valência do átomo central e todas
fazem ligações químicas.
Geometria de íons
A determinação de sua geometria segue exatamente as À luz dos itens já discutidos, pode-se estabelecer a se-
mesmas regras usadas para a geometria das moléculas. guinte relação:
Polaridade molecular
Polaridade das ligações
O acúmulo de cargas elétricas em determinada região é
Polaridade molecular
denominado polo, que pode ser de dois tipos: Como se determina a polaridade ou apolaridade de
uma molécula?
a. Experimentalmente
b. Teoricamente
a. Ligações iônicas c. Método alternativo para determinação da polar-
As ligações iônicas apresentam máxima polarização. Toda idade molecular:
substância iônica é polar por natureza. número de nuvens eletrônicas ≠ número de átomos iguais
b. Ligações covalentes ä molécula polar
U.T.I. 1
Ligação entre átomos de mesma eletronegatividade ä número de nuvens eletrônicas = número de átomos iguais
ligação covalente apolar. ä molécula apolar
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
39 40 45 48 51 52 55 56 59 58,5 63,5 65,5 70 72,5 75 79 80 84
37
Rb
0,8 38
Sr
1,0 39
Y
1,2 40
Zr
1,4 41
Nb
1,6 42
Mo
1,6 43
Tc
1,9 44
Ru
2,2 45
Rh
2,2 46
Pd
2,2 47
Ag
1,9 48
Cd
1,7 49
In
1,7 50
Sn
1,8 51
Sb
1,9 52
Te
2,1 53
I
2,5 54
Xe
a) Classifique o composto sólido hipotético como iô-
nico ou molecular.
85,5 87,5 89 91 93 96 (98) 101 103 106,5 108 112,5 115 119 122 127,5 127 131
55 0,7 56 0,9 57-71 72 1,3 73 1,5 74 1,7 75 1,9 76 2,2 77 2,2 78 2,2 79 2,4 80 1,9 81 1,8 82 1,8 83 1,9 84 2,0 85 2,2 86
Cs Ba lantanídeos Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg TI Pb Bi Po At Rn
133 137 178,5 181 184 186 190 192 195 197 200,5 204 207 209 (209) (210) (222)
87
Fr
(223)
0,7 88
Ra
(226)
0,9 89-103
actinídeos
104
Rf
(267)
105
Db
(268)
106
Sg
(269)
107
Bh
(270)
108
Hs
(269)
109
Mt
(278)
110
Ds
(281)
111
Rg
(281)
112
Cn
(285)
113
Nh
(286)
114
Fl
(289)
115
Mc
(288)
116
Lv
(293)
117
Ts
(294)
118
Og
(294)
b) Indique qual força intermolecular seria a responsável
pela autorregeneração da tela do telefone celular.
NÚMERO ELETRONE- 57 1,1 58 1,1 59 1,1 60 1,1 61 1,1 62 1,2 63 1,2 64 1,2 65 1,2 66 1,2 67 1,2 68 1,2 69 1,2 70 1,2 71 1,3
ATÔMICO GATIVIDADE
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
139 140 141 144 (145) 150 152 157 159 162,5 165 167 169 173 175
SÍMBOLO
MASSA ATÔMICA
APROXIMADA
89
Ac
227
1,1 90
Th
232
1,3 91
Pa
231
1,5 92
U
238
1,7 93
Np
237
1,3 94
Pu
(244)
1,3 95
Am Cm
(243)
1,3 96
(247)
1,3 97
Bk
(247)
1,3 98
Cf
(251)
1,3 99
Es
(252)
1,3 100
Fm
(257)
1,3 101
Md
(258)
1,3 102
No
(259)
1,3 103
Lr
(262)
1,3
branco-amarelada
D covalente e iônica assovia
Identifique os produtos químicos A, B, C e D.
QUÍMICA 2
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
PROPRIEDADES DA MATÉRIA
Sólido
§ As partículas estão em agitação térmica mínima.
§ Átomos concentrados em um mesmo espaço físico.
§ Forma e volume são fixos.
Ressublimação
Temperaturas de
mudança de estado
Gasoso
§ Estado de maior agitação térmica. Ponto de fusão (PF) e
§ As partículas estão muito afastadas, dispersas no espaço. ponto de ebulição (PE)
§ Forma e volume variáveis. Ponto de fusão (temperatura de fusão) é a temperatura
sob a qual uma substância passa do estado sólido para o
estado líquido. Ponto de ebulição (temperatura de ebuli-
ção) é a temperatura na qual uma substância passa do esta-
U.T.I. 1
Exemplo 2:
Curva de resfriamento da água
Misturas (homogêneas)
Há variação na temperatura durante as duas mudanças
de estado. Portanto, misturas (homogêneas) não possuem
nem ponto de fusão e nem ponto de ebulição definidos.
Vamos exemplificar com uma solução aquosa de NaCℓ:
PE = 78,1
SISTEMAS
Matéria Molécula
Matéria é tudo o que tem massa e ocupa espaço, pode Um agrupamento de átomos de um mesmo elemento ou de
ser líquida, sólida ou gasosa. elementos diferentes é chamado molécula, caracterizando,
assim, uma substância. Essa pode ser representada grafica-
mente por uma fórmula molecular, que indica o número de
Conceitos fundamentais átomos de cada elemento existente na molécula da substância.
ozônio O3
Veja alguns exemplos a seguir:
Elemento Símbolo
Carbono C Sistemas materiais
Hidrogênio H A uma porção de matéria, damos o nome de sistema.
Sódio (Natrium) Na Sistemas podem ser classificados de duas formas:
Prata (Argentum) Ag § Quanto à constituição (composição) – substância
Chumbo (Plumbum) Pb pura (ou, simplesmente, substância) ou mistura.
U.T.I. 1
Exemplos:
Fósforo
P4 tetratômico
branco
§ gasolina Fósforo
§ ar atmosférico Fósforo
Pn ou P macromolécula
vermelho
§ álcool hidratado
Tipos de misturas
grafite Cn ou C macromolécula
Enxofre
Exemplos: água e óleo (a camada de óleo apresenta pro- enxofre
S8 macromolécula
priedades diferentes em relação à água), água e areia etc. monoclínico
Matéria
Fenômenos
Substância Pura Mistura
1. Físico: quaisquer transformações sofridas por um mate-
rial, sem que haja alteração na sua composição.
Simples Composta Homogênea Heterogênea
Exemplo: qualquer mudança de estado físico.
2. Químico: quaisquer transformações sofridas por um
Fases de um sistema material, de modo que haja alteração na sua composição.
U.T.I. 1
Fase é cada uma das porções homogêneas que com- Exemplo: a formação de ferrugem, a transformação do
põem um sistema heterogêneo. A fase pode ser contínua vinho em vinagre, decomposição de matéria orgânica.
ou fragmentada.
Misturas heterogêneas
Misturas heterogêneas [sólido-sólido]
§ Catação: separam-se os componentes sólidos usando
a mão ou uma pinça.
Exemplo: escolher feijão. § Filtração simples: a fase sólida é separada com o
§ Ventilação: o sólido menos denso é separado por auxílio de papéis de filtro.
uma corrente de ar.
Exemplo: separação dos grãos de arroz de suas cascas.
Misturas heterogêneas
[sólido-líquido]
U.T.I. 1
Misturas homogêneas
[líquido-líquido]
Misturas heterogêneas [gás-sólido]
§ Destilação fracionada: são separados líquidos mis-
§ Decantação: a mistura passa através de obstáculos, cíveis, cujas temperaturas de ebulição são distantes.
em forma de zigue-zague, onde as partículas sólidas
Termômetro
perdem velocidade e se depositam.
Condensador
Coluna
de fracionamento
Balão
Saída de água
Entrada de água
Bico Bunsen
Introdução à radioatividade
Radioatividade é o fenômeno pelo qual um núcleo instável emite espontaneamente determinadas entidades (partículas e
ondas), genericamente chamadas de radiações, transformando-se em outro núcleo mais estável.
Fatores químicos, estado físico, pressão e temperatura não influem na radioatividade de um elemento, uma vez que ela depende,
mas apenas, do fato de seu núcleo ser instável.
(+)
bloco de chumbo
raios
raios
raios
substância radioativa (–)
campo magnético
O esquema mostra o comportamento das radiações , e em um campo eletromagnético.
Das três radiações mencionadas, a gama (g) é a mais penetrante – e a mais perigosa para o ser humano –, a beta (b) tem
penetração média e a alfa (a) é a menos penetrante.
Emissões radioativas
Principais emissões radioativas
nêutron 1 nêutron 1u 0 n
1
0
Fissão nuclear
É o processo em que ocorre ruptura do núcleo que é bom-
Exemplo bardeado com partículas.
§ Se um átomo de 239 94Pu emitir uma partícula a, ele se § No processo de fissão ocorre uma reação em cadeia.
transforma em 92U. Essa reação nuclear pode ser re-
235
1
94P u
presentada por: 239 2 a + 92U
4 235
0 n
93
36 Kr 1
n
a
235
U
– emissão de partículas b
92 1
0 n
140
93 56 Ba
36 Kr
1
0 n 1
n
Se um átomo X emitir uma partícula b, seu número
93 0
36 Kr
Exemplo
140 93
56 Ba 36 Kr
1
0 n
forma em 14 7N
. A reação nuclear pode ser representada por:
92
0 n
140
Ba
6C
b + 14 7N
14 0
56
1
–1 0 n
Vida-média m
m = ___
n0
2
Curva de decaimento radioativa
Considere uma amostra de material radioativo de massa E o tempo total decorrido Dt, desde o valor inicial m 0 até
inicial m 0. A cada meia-vida decorrida, a massa da amostra se atingir o valor m, será de:
reduz-se à metade.
Dt = n · P
Esquematicamente:
∆t = n · P
m
m = ___
n0
2
Curva de decaimento radioativo
Exemplos Exemplo
H3C – CH2 – CH2 – CH3 →
P = primário
S = secundário
H3C – N – CH = CH2 → T = terciário
N Q = quaternário
CH3
§ Cadeia mista: quando um composto apresenta cadeia carbônica com uma parte cíclica e outra parte acíclica ao mesmo
tempo na molécula.
4. Quanto à natureza
§ Homogênea: se entre átomos de carbono houver
apenas átomos de carbono.
§ Heterogênea: se entre átomos de carbono houver
um ou mais átomos diferentes de carbono.
HIDROCARBONETOS
Compostos formados unicamente por carbono e hidro- § Possuem densidades menores que 1 g ∙ cm-3, flutuando
gênio podem ser representados, genericamente, por CxHy, sobre a água.
cuja nomenclatura leva o sufixo o.
Alcenos (alquenos) – fórmula geral CnH2n
Alcanos ou parafinas – fórmula geral CnH2n + 2 Também conhecidos como olefinas, são hidrocarbonetos
São hidrocarbonetos alifáticos saturados com ligações acíclicos contendo uma única ligação dupla entre os
simples. carbonos em sua cadeia carbônica.
Cicloalcanos, ciclanos ou
cicloparafinas – fórmula geral CnH2n Aldeído -al
Etil
4. Quando duas ou mais cadeias de comprimento igual
— Propil ou n-propil competem pela seleção com a cadeia principal, escolher a
que tiver o maior número de substituintes.
Isopropil 5. Quando a ramificação acontecer numa distância igual
em qualquer dos lados da cadeia principal, escolher o
nome em que a soma das posições das rami-
Butil ou n-butil
ficações dá o menor número.
Sec-butil ou s-butil
Isobutil
Para hidrocarbonetos
Terc-butil ou t-butil insaturados (alcenos, alcinos
e dienos) ramificados
Vinil ou etenil
Nomenclatura segue a mesma regra dos alcanos ramifica-
dos, com algumas diferenças:
Benzil 1. A cadeia principal é a cadeia mais longa, que deve con-
ter a dupla ou a tripla ligação.
2. A numeração da cadeia é sempre feita a partir da ex-
tremidade mais próxima da ligação dupla ou tripla.
U.T.I. 1
Fenil
3. É necessário indicar a localização da ligação dupla ou
tripla usando o menor número do átomo da ligação
dupla ou tripla.
Exemplo:
U.T.I. 1
U.T.I. - E.O.
1. Em 1996, o prêmio Nobel de Química foi concedido
aos cientistas que descobriram uma molécula com a for-
ma de uma bola de futebol, denominada fulereno (C60).
Além dessa substância, o grafite e o diamante também
são constituídos de carbono. Os modelos moleculares
dessas substâncias encontram-se representados abaixo.
QUÍMICA 3
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
GRANDEZAS QUÍMICAS
mA mB mC mD
ESTEQUIOMETRIA
Estequiometria é o estudo das relações entre as quanti- substâncias gasosas, fala-se de Condições Normais de
dades de reagentes e/ou produtos numa reação química. Temperatura e Pressão (CNTP) e também em Condições
Essas relações podem ser feitas em mol, massa, volume, Ambiente (CA). O volume molar é próximo de 25 L/mol nas
número de moléculas etc. condições ambientes e 22,4 L/mol nas CNTP.
Roteiro para resolução de
problemas de estequiometria Casos particulares
§ Escrever a equação química da reação envolvida no problema. de estequiometria
§ Acertar os coeficientes estequiométricos da equação.
§ Estabelecer uma regra de três entre as grandezas. Se Excesso de reagente
necessário, fazer a transformação do número de mol
As reações químicas ocorrem sempre em uma proporção
para outra grandeza.
constante. Se uma das substâncias que participa da reação
Observação: além da lei de Lavoisier, merece atenção es-
estiver em quantidade maior que a proporção correta, ela
pecial a lei de Proust. As duas leis respondem basicamente
não será consumida totalmente. Essa quantidade de subs-
por todo o cálculo estequiométrico.
tância que não reage é chamada excesso.
A lei de Proust afirma que “as substâncias reagem em pro-
porções fixas e definidas”. Logo, as substâncias não reagem na proporção em
que nós as misturamos, mas sim na proporção em
Cálculos envolvendo volumes que a equação – ou seja, a lei de Proust – determi-
de substâncias gasosas na, e devemos sempre nos lembrar de que é o reagente
U.T.I. 1
Não se aplica a razão entre volumes quando a substância em falta ou reagente limitante (fator limitante) que
se encontra como líquido ou sólido. Ela é usada apenas “comanda” toda a reação, pois, no instante em que ele
para gases e vapores. Em vários problemas envolvendo acaba, a reação será interrompida.
Misturas de reagentes
%p = p ∙ 100 Somente as substâncias puras têm fórmulas químicas e
somente com elas podemos escrever equações químicas.
Assim, quando for preciso calcular a massa de produto ob- Às vezes, é preciso saber quanto de cada componente deve
tido a partir de um reagente impuro, temos que, primeiro, ser misturado para formar outra mistura de composição
calcular qual é a parte pura da amostra e, depois, efetuar previamente fixada.
os cálculos com o valor obtido. Nesses problemas, a dificuldade fundamental é: as misturas
não são obrigadas a obedecer a uma proporção constante.
Reações consecutivas
Nesse tipo de problema, é indispensável que: 1° caso: quando a composição
§ Todas as equações estejam balanceadas individualmente. da mistura reagente é dada
§ As substâncias “intermediárias” sejam canceladas. O ideal é resolver as equações químicas separadas, efetu-
§ Daí para diante, recaímos num cálculo estequiométrico ando o cálculo estequiométrico também separadamente.
comum.
2° caso: quando a composição
Rendimento da mistura reagente não é
Quando o rendimento da reação não é total, a quantida- conhecida, pelo contrário,
de de produto obtido é menor que a quantidade esperada
teoricamente.
constitui a pergunta do problema
Isso pode acontecer devido a diversos fatores: Neste caso, não podemos somar as equações porque
não conhecemos a proporção. Assim sendo, o caminho
§ Podem ocorrer reações paralelas à que desejamos. é trabalhar com cada equação química separadamente,
§ A reação pode ficar incompleta por ser reversível. como foi feito no 1° caso. Inicialmente, vamos adotar o
§ Podem ocorrer perdas de produto durante a reação, seguinte raciocínio:
como ao serem usadas aparelhagens de má qualidade.
Volumes iguais de gases quaisquer, à mesma pressão e
Rendimento (R) é o quociente entre a quantidade de temperatura, contêm o mesmo número de moléculas.
produto realmente obtida em uma reação e a quanti-
dade que teoricamente seria obtida, de acordo com a
equação química correspondente.
Quantidade real
_______________
Rendimento =
Quantidade teórica
U.T.I. 1
%R = R ∙ 100
TRANSFORMAÇÕES GASOSAS
5. As partículas de um gás movem-se em linha reta. § Temperatura – é a medida do grau de agitação das
6. A distância entre as partículas gasosas é muito maior partículas.
do que o tamanho das partículas. § Pressão – definida como força por unidade de área.
Experiência de Boyle-Mariotte
Graficamente:
Gráfico pressão-volume
Conclusão:
V V
__1 = __2
T1 T2
P1 · V1 = P2 · V2
U.T.I. 1
P ·
____ V = cte ä (para determinada massa fixa de gás).
T
ou
P V P2V2
____
1 1 = ____
Graficamente: T1 T2
MISTURAS GASOSAS
em mol resulta: Corresponde à pressão que este gás exerceria, caso estivesse
Sn = n1 + n2 + ... sozinho ocupando o mesmo volume e à mesma temperatura
da mistura.
Corresponde ao volume que este gás ocuparia, caso esti- § A soma das frações molares de cada gás numa mistura
vesse sozinho submetido à pressão P da mistura, na tem- é sempre igual a 1.
peratura T da mistura. V
§ A razão ____
A é chamada de fração volumétrica, que
VTOTAL
O volume que um gás ocupa em uma mistura gasosa corresponde a um quociente entre um volume do
é exatamente igual à soma dos volumes parciais de gás e o volume total da mistura.
todos os gases que compõem a mistura.
A conclusão acima é chamada de lei de § Essa razão é adimensional.
Amagat. Mostrando matematicamente, temos que: § A soma das frações volumétricas é igual a 1.
VTOTAL = V1 + V2 + V3 + ... + Vn ou VTOTAL = Sv
n P VA % em volume
XA = n____
A = ____
A = ____ = ____ = 1
Fração molar TOTAL PTOTAL VTOTAL 100%
de sua densidade deve considerar os valores dessas grandezas. espontaneamente de modo que o gás sempre ocupe o
Relacionada a expressão d = __ m com a equação de Clapey- maior volume possível.
V
___
. 10–5 mol do princípio ativo citrato de sildenafila. Esse
√ √
V d M
__A = __B = ___B produto estaria ou não fora da especificação, dado que a
VB dA M
==
2. Considere uma xícara que contém 180 mL de água. 9. Nos frascos de desodorante spray, usavam-se como
Determine, respectivamente, o número de mol de mo- propelentes compostos orgânicos conhecidos como
léculas de água, o número de moléculas de água e o clorofluorocarbonos. As substâncias mais emprega-
número total de átomos (massas atômicas = H = 1,0; das eram CCℓF3 (Freon 12) e C2Cℓ3F3 (Freon 113). Num
O = 16; Número de Avogadro = 6,0 · 1023; densidade galpão abandonado, foi encontrado um cilindro supos-
da água = 1,0 g/mL). tamente contendo um destes gases. Identifique qual é
o gás, sabendo-se que o cilindro tinha um volume de
3. O limite de O3 na troposfera, permitido por lei, é 10,0 L, a massa do gás era de 85 g e a pressão era de
de 160 microgramas por m3 de ar. No dia 30/07/95, 2,00 atm a 27 °C.
na cidade do Rio de Janeiro, foi registrado um índi- Dados: massas molares em (g · mol–1): H = 1, C = 12,
ce de 760 microgramas de O3 por m3 de ar. Quantos F = 19, Cℓ = 35,5.
mol de O3 por m3 de ar foram encontrados acima do
limite permitido por lei, no dia considerado? 10. (UFG) Um cilindro contendo 64 g de O2 e 84 g de
(Dado: 1 micrograma = 10–6 g) N2 encontra-se em um ambiente refrigerado a –23 °C.
O manômetro conectado a esse cilindro indica uma
4. Estudos apontam que a amônia (NH3), adicionada pressão interna de 4 atm. Além disso, o manômetro
ao tabaco, aumenta os níveis de absorção de nicotina também indica um alerta de que as paredes do cilin-
pelo organismo. Nos cigarros brasileiros, nos quais dro suportam, no máximo, 4,5 atm de pressão. Devi-
os níveis médios de amônia são de 14 mg/cigarro, do a uma falha elétrica, a refrigeração é desligada
encontram-se, aproximadamente, quantas moléculas e a temperatura do ambiente, em que o cilindro se
de amônia por cigarro? encontra, se eleva a 25 °C.
Dado: R = 0,082 atm · L · mol–1 · K–1
5. Em uma prova de atletismo, um atleta gasta cerca de
a) Calcule o volume do cilindro e a pressão parcial de
720 kcal, o que equivale a 180 g do carboidrato C3H6O3.
cada gás nas condições iniciais em que o cilindro se
A partir dessas informações, é correto afirmar que essa
encontrava.
quantidade de carboidrato corresponde a quantos mol
b) Demonstre, por meio de cálculos, se as paredes do
de carboidrato?
cilindro vão resistir à nova pressão interna, a 25 °C,
6. O hidrogênio, por ser mais leve que o ar, foi muito após a falha elétrica.
usado no passado para encher balões dirigíveis. Con- 11. Recentemente, identificou-se um aumento da con-
tudo, existe um grande risco de explosão. Sabe-se que centração de metanal (CH2O) (formaldeído) no ar da
a produção de hidrogênio pode ser realizada a partir cidade de São Paulo, possivelmente ocasionado por
do metano com vapor de água, segundo a seguinte combustão incompleta em motores de automóveis
U.T.I. 1
reação não balanceada CH4(g) + H2O(g) → CO2(g) + H2(g). adaptados para uso de gás natural. Admita que o gás
Qual a massa de CH4, em kg, consumida nesse processo natural seja constituído exclusivamente por metano e
para produzir um volume de gás hidrogênio nas CNTP que, durante o processo de combustão, 1% dessa subs-
capaz de encher um balão dirigível de 560 m3? tância se converte apenas em formaldeído e água.
MATEMÁTICA 1
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO
Racionalização de
m
b b
§ P5: (am)n = am ∙ n
denominadores
Propriedades da radiciação
Situação 1
1ª propriedade § Vamos racionalizar o denominador de ____ 2__ .
§ Se o índice for ímpar (n é ímpar), o radicando poderá 3√8
__ __ __
dXX 2√ 8 ___ √
2 = ____ 8 = ____
2 · ___ = 8
n
ser qualquer número real: √ xn = x, x ∈ R. ____
3dXX
8 3dXX8 d XX 8 3 ∙ 8 12
§ Se o índice for par (n é par), o __
radicando deverá ser
n n
um número real não negativo: x = x, x ≥ 0 (condição
√
de existência).
Situação 2
__ 2 .
§ Vamos racionalizar o denominador de _______
Observe que de acordo com essa definição: √2 4 = 2 e não ± 2. d 2 + d XX
XX 5
Nesse denominador, há uma adição de dois números ir-
2ª propriedade racionais. Para racionalizá-lo, vamos multiplicar a fração
___ ___ dXX dXX
2 – 5 .
por:_______
n n:p
am = √am:p , para todo a [ R+, e n, m e p [ N,
√
d
XX2 – d XX
5
com n ≥ 2, sendo p um número diferente de zero e divisor
dXX dXX 2 · ( d XX 5 ) _________
2 – d XX dXX dXX
comum de m e n. 2 – 5 = __________
2 · _______
_______ = 2 2 – 2
5 =
d
XX 5 dXX
2 + d XX 5 ( d XX
2 – d XX )2 ( d )
2 – 5
XX 2 2 – 5
3ª____propriedade __
√ 5 – 2√ 2
__
__ __ = 2
________
√n a ∙ b = √n a · √n b , para todo a [ R+, b [ R+ e n [ N, 3
com n ≥ 2.
Potência com expoente
4ª__ propriedade
__ fracionário
n
Equações
U.T.I. 1
x – 30
_____ x – 30
– 1 – 3 = 2 ⇒ _____ = 6
O problema das torneiras 32 32
x = R$ 222,00
Uma torneira enche um tanque em 16 horas e outra, em 12
horas. Estando o tanque vazio e abrindo simultaneamente
as duas torneiras, em quanto tempo encherão o tanque? Solução aritmética
Vendo a situação-problema do fim ao começo, tem-se:
Comentários
Nessa situação-problema, não devemos aplicar a regra de
três, uma vez que as capacidades de trabalho das tornei-
ras são diferentes. A saída, aqui, é identificar as frações do
trabalho que as respectivas torneiras realizam em uma uni-
dade de tempo. No caso, ver a parte do tanque que cada 54
torneira enche em 1 hora. Veja:
§ Se a primeira torneira enche o tanque todo em 16 ho-
1 do tanque.
ras, então em 1 hora ela encherá ___ Resposta: Deborah tinha, inicialmente, R$ 222,00.
16
§ Se a segunda torneira enche o tanque todo em 12 ho-
1 do tanque.
ras, então em 1 hora ela encherá ___
O problema das idades
12 Matheus diz a Gabriel: “Hoje eu tenho o dobro da idade
Solução que tu tinhas quando eu tinha a idade que tu tens. Quando
tu tiveres a idade que eu tenho, a soma das nossas idades
Sendo x horas o tempo que as duas torneira gastarão,
será 90 anos”. Determine a idade atual de cada um.
juntas, para encher o tanque, em uma hora elas enche-
rão __ 1x = ___ 1 + ___ 1 do tanque.
16 12 Comentários
48 = ______
Daí, ___ 3x + 4x ⇒ x = ___ 48 = 6 __6 . Uma boa saída para os problemas de idade é a constru-
48x 48x 7 7
ção de uma tabela contendo as idades dos personagens
Note: __ 6 h = __ 6 · 60 min = ___ 360 min = 51 __ 3 min envolvidos, no presente e/ou no passado e/ou no futuro
7 7 7 7
e, depois, montar equações tendo em vista que a dife-
Resposta: 6 __ 6 horas ou 6 horas e 51 __ 3 minutos
7 7 rença das idades não muda: “se quando Gabriel nasceu,
Matheus tinha x anos, Matheus sempre será x anos mais
O problema das lojas velho que Gabriel, no presente, no passado ou no futuro,
Deborah foi ao shopping-center e entrou em cinco lojas. não importa o tempo”.
Em cada uma gastou R$ 1,00 a mais do que a metade do
que tinha ao entrar. Ao sair do shopping-center, pagou R$ Solução
3,00 de estacionamento e ficou com R$ 2,00. Quanto De-
borah tinha, inicialmente, antes de entrar na primeira loja? Considerando os dados do problema, temos a seguinte tabela:
1 x x + 1
__ x – 1
__
2 2 Se você não entendeu a construção da tabela anterior, veja
2 x –
____ 2 x –
____ 2+ 1 x –
____ 2– 1 a sua construção passo a passo:
2 4 4
1. Matheus disse: ”Hoje eu tenho o dobro da idade que tu
3 x –
____ 6 x –
____ 6+ 1 x –
____ 6– 1
4 8 8 tinhas”. Daí, Matheus, no presente, tem 2x anos e Gabriel,
U.T.I. 1
4 x –
_____ 14 x – 14
_____ + 1 x – 14
_____ – 1 x anos, no passado.
8 16 16
5 x – 30
_____ x – 30
_____ + 1 x – 30
_____ – 1
2. Matheus disse: ”(...) quando eu tinha a idade que tu
16 32 32 tens”. Daí, Matheus tinha y anos no passado (quando o
segundo, então o segundo gasta uma hora a menos que A partir da primeira troca, as quantidades de vinho, em cada
o primeiro. barril, permanecem inalteradas. Então, as quantidades
de vinho trocadas são iguais:
Conjunto unitário
É aquele que possui um único elemento.
Exemplo: S = {2}
Se B , A, a diferença A – B denomina-se complementar
Conjunto vazio de B em relação a A, e indica-se C AB.
§ Intervalo fechado
[a, b] = {x [ R | a ≤ x ≤ b}
Representação geométrica
de intervalos na reta real
§ Intervalo aberto
]a, b[ = {x [ R | a < x < b} [1, 4[
§ Intervalos “infinitos”
[a, + Ü[ = {x [ R | x ≥ a}
]–Ü, a] = {x [ R | x ≤ a}
- -
y – y y3 – y2
tga = _____
x2 – x1 = _____
x – x
2 1 3 2
Proporção (igualdade de frações)
c) 12.
a) 3,47 kg. d) 3,35 kg.
d) 8.
b) 3,27 kg. e) 3,29 kg.
e) 6.
c) 3,31 kg.
MATEMÁTICA 2
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
Ciclo trigonométrico
Observe como localizar o ângulo de 30º no círculo trigonométrico:
PRODUTOS NOTÁVEIS
(x + y)² = x² + 2xy + y²
a(x + y) = ax + ay
(x – y)² = x² – 2xy + y²
CONJUNTOS NUMÉRICOS
§ Conjunto dos inteiros não nulos: Isto é, possui apenas como divisores o número 1, o número
–1, ele próprio e o seu oposto.
Z* = {x [ Z | x i 0} = {..., –3, –2, –1, 1, 2, 3, ...}
§ Conjunto dos inteiros positivos não nulos:
Números racionais
Z+* = N* = {x [ Z | x > 0} = {1, 2, 3, ...}
Os números que podem ser expressos na forma __ a , em que a
§ Conjunto dos inteiros não negativos: b
e b são inteiros e b i 0, são chamados de números racionais
Z+ = N = {x [ Z | x ù 0} = {0, 1, 2, 3, ...} e seu conjunto pode ser representado por Q = x = __ a | a [
{
U.T.I. 1
b
§ Conjunto dos inteiros negativos não nulos:
Z e b [ Z* . }
Z*–= {x [ Z | x < 0} = {–1, –2, –3, ...}
PORCENTAGEM
A porcentagem é uma forma usada para indicar uma fra- § Método 3: utilizando a proporção na qual 60 corres-
ção de denominador 100 ou qualquer representação equi- ponde a 100% (inteiro) e a parte x corresponde a 45%:
valente a ela.
60 = ___
___ x ä 100x = 2700 ä x = 27
§ Método 1: utilizando a forma fracionária da taxa: 100 45
45% = ___ 45 = ___
9 Portanto, 45% de 60 é 27.
100 20
9 · 60 = x ⇒ x = 27
Fator de atualização
___
20
§ Método 2: utilizando a forma decimal da taxa:
U.T.I. 1
1. (CP2) Viajar de avião pode ser nada confortável! Uma 5. (G1 - CMRJ 2021) O conhecimento algébrico contri-
das razões é o pouco espaço existente entre as poltro- bui, dentre outras coisas, para a simplificação de ex-
nas, o chamado seat pitch. A Anac (Agência Nacional de pressões algébricas. Dessa forma, para x = 21 e y = 20 o
Aviação Civil) classifica as poltronas das aeronaves de x3 - y3
acordo com a distância entre seus assentos. No entanto, expressão _____________________
valor da é:
x + 2x y + 2xy2 + y3
3 2
para fazer essa classificação, a inclinação das poltronas
não é considerada. Suponha uma aeronave, cuja distân- a) - 1261/32440
cia entre as poltronas (seat pitch) seja 73,6 cm e que b) - 1/1261
a medida do comprimento do encosto do assento seja c) 41/32440
70 cm. Quando a poltrona da frente se inclina 30° em d) 1/41
relação ao seu eixo vertical, o espaço entre os assentos
e) 41/1261
diminui, conforme a figura a seguir.
6. Desenvolva as seguintes expressões:
a) (x + y)3
b) (x – y)3
c) (x + 1)3
d) (x – 1)3
e) (x + x__1 )3
Essa disposição está representada abaixo:
f) (x – x__1 )3
2. (CFT-RJ) Três triângulos equiláteros de lado 1 cm es- 8. (ENEM 2020) Para chegar à universidade, um estu-
tão enfileirados, como indicado na figura abaixo. Nes- dante utiliza um metrô e, depois, tem duas opções:
sas condições, determine o seno do ângulo θ. § seguir num ônibus, percorrendo 2,0 km;
§ alugar uma bicicleta, ao lado da estação do metrô,
seguindo 3,0 km pela ciclovia.
O quadro fornece as velocidades médias do ônibus e da
bicicleta, em no trajeto metrô-universidade.
Velocidade média
3. Desenvolva: Dia da semana
Ônibus (km/h) Bicicleta (km/h)
a) a(a – 1) Segunda-feira 9 15
b) (a2 – b3)(ab – b)
Terça-feira 20 22
c) (a2 – b)(a2 + b)
d) (a2 + 1)2 Quarta-feira 15 24
e) (a2 – 1)2 Quinta-feira 12 15
f) (x + x__1 )2 Sexta-feira 10 18
U.T.I. 1
Sábado 30 16
g) (1 – x__1 )2
A fim de poupar tempo no deslocamento para a univer-
(
h) x2 – __ ) 1 2
x2
sidade, em quais dias o aluno deve seguir pela ciclovia?
MATEMÁTICA 3
U.T.I.
U n i da d e
Técnica
I m e r s ão
INTRODUÇÃO À GEOMETRIA PLANA
Bissetriz _____›
^
Dado um ângulo
^
AO B, dizemos que
^
a semirreta
^
OP
é bis-
setriz de AO B se, e somente se, AO P > PO B. Ou seja, uma
bissetriz divide um ângulo em dois ângulos congruentes.
Alternos externos:
Ângulo reto
U.T.I. 1
Colaterais internos:
u=a+b
U.T.I. 1
ae + be+ ge = 360°
Ângulos na circunferência
Ângulo central
É um ângulo que tem como vértice o centro da circunfe-
rência e seus lados passam por pontos pertencentes a ela.
Propriedade Propriedade
Se um ângulo central e um ângulo inscrito em uma mesma
A medida do ângulo de segmento é metade de medida
circunferência têm o mesmo arco correspondente, então a
angular do arco determinado na circunferência por um de
medida do ângulo central equivale ao dobro da medida do
seus lados.
ângulo inscrito.
Mediana Bissetriz
É o segmento que contém um dos vértices e o ponto médio Segmento com uma extremidade em um vértice e que divide o
do lado oposto. ângulo interno formado por ele em dois ângulos congruentes.
Em função da distância
Em função da
GM (distância do
mediana
baricentro ao lado)
U.T.I. 1
Todo triângulo possui três mediatrizes que se encontram O centro da circunferência circunscrita ao
em um ponto denominado circuncentro, simbolizado na triângulo ABC coincide com seu circuncentro.
SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Casos de semelhança
1º caso: Ângulo–Ângulo (AA)
Conhecemos dois ângulos dos triângulos em que
^ ^ ^ ^
CA B ≅ C’A AB C ≅ A’B ‘C’.
‘B’ e DABC ~ DA’B’C’
Conhecemos dois lados dos triângulos e o ângulo formado Se dois triângulos têm os três pares de lados corresponden-
^ ^
por eles, em que: ____ CA e CA B ≅ C’A
AB = ____ ‘B’. tes proporcionais, então esses triângulos são semelhantes.
A’B’ C’A’
c2 = a ∙ m
c
b2 = a ∙ n
b
a
Quarta relação métrica
a² + b² = c²
h2 = m ⋅ n
b·c=a·h
^
C ^
B
C B
U.T.I. 1
§ O: centro do círculo
§ P: ponto da circunferência U.T.I. 1
40
α
2. (FUVEST)
U.T.I. - E.O.
1. Determine x, y, z nas figuras a seguir:
a)
a) Na figura 1, calcular x.
b) Na figura 2, calcular y.
c)
Q P
Dê a medida da altura h do mastro.
b
s
120º