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História do Brasil p/ PM-SP (CHQAOPM)


Professor: Rosy Freire (Equipe Sérgio Henrique), Sergio Henrique
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SUMÁRIO

00. Bate Papo Inicial. ......................................................................................................... 2


1. O Reconhecimento Internacional da Independência. ..................................................... 3
1.1. Organização do Império Brasileiro: Primeiro Reinado ............................................................... 3
2. A Constituição Ortogada de 1824. .................................................................................. 4
3. A Confederação do Equador (1824). ............................................................................... 5
4. A Guerra da Cisplatina. .................................................................................................. 6
5. A Impopularidade de D. Pedro e a Abdicação................................................................. 7
6. Período Regencial (1831-1840)....................................................................................... 8
7. O Avanço Liberal: A Regência de Antônio Diogo Feijó. ................................................. 11
8. O Retorno Conservador e o Golpe da Maioridade. ....................................................... 13
9. O Segundo Reinado (1840-1889). ................................................................................. 14
9.1. Aspectos políticos ..................................................................................................................... 14
9.2. Aspectos econômicos ............................................................................................................... 15
10. A Revolução Praieira. ................................................................................................. 18
10.1. A Guerra do Paraguai (1865-1869) ........................................................................................ 19
10.2. O Romantismo e a Identidade Nacional ................................................................................ 21
10.3. A Abolição da Escravidão ....................................................................................................... 22
11. Exercícios ................................................................................................................... 24
12. Considerações Finais. ............................................................................................... 180

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00. BATE PAPO INICIAL.


Olá querido amigo concurseiro. Está tentando ingressar na área da segurança pública uma
área que atrai por várias razões: Tanto pela estabilidade e possibilidades de progressão na carreira
quanto pelo viés cidadão de ocupar uma vaga de um cargo importante para a sociedade. São várias
as motivações pelas quais você está tentando. Um salário melhor, estabilidade para cuidar da
família ... enfim. São muitas coisas. E elas devem te acompanhar a todo o momento em sua
preparação. É onde você encontrará motivação nas horas mais difíceis, quando até mesmo
podemos ter a ideia absurda de desistir. A motivação é o combustível necessário para a sua
preparação. Motivação associada à disciplina de estudos é a chave do sucesso.
Motivação, Disciplina e Estratégia. É o tripé do sucesso e estou aqui com a equipe
Estratégia Concursos para levá-lo ao sucesso e alcançar seus objetivos. Vamos logo, pois não
temos tempo a perder. Nosso tempo é valioso. Mas fique tranquilo. O nosso conteúdo tem uma
quantidade razoável de assuntos, mas que distribuídos em um bom número de aulas, vamos
estudar tudo, bem detalhadamente, então pode conter a ansiedade. Tudo vai correr bem e foi
devidamente distribuído para que você possa alcançar seu almejado sucesso. Leia e releia suas
aulas. Faça e refaça seus exercícios. A repetição é a mãe do aprendizado. A memorização deve vir
da repetição dos exercícios e do acúmulo das leituras. É a melhor forma de memorizar o conteúdo.
Aos poucos e através da repetição. Caso você já domine o conteúdo teórico pode concentrar-se na
resolução de exercícios. Para avaliações que demandam resultado a prática de questões é
imprescindível e se tiver que priorizar alguma atividade, que seja a resolução e o estudo dos
exercícios, mas lembre-se: o ideal é um ciclo completo: Leitura da teoria e prática dos exercícios.
Então vamos ao trabalho. É um convite aos estudos. Venha comigo. Vamos desmistificar a
História e gabaritar a disciplina.

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1. O RECONHECIMENTO INTERNACIONAL DA INDEPENDÊNCIA.

1.1. ORGANIZAÇÃO DO IMPÉRIO BRASILEIRO: PRIMEIRO REINADO

Com o Brasil independente, vários desafios se colocaram diante de D. Pedro quando foi
coroado como Imperador do Brasil. Seu reinado foi curto, pois durou de 1822 a 1831 quando,
devido à queda de sua popularidade foi obrigado, por inexistir saída política, a abdicar o trono. A
historiografia (produção cientifica da história) do Brasil sobre o período tende a retratar o período
do primeiro reinado destacando os desmandos de Dom Pedro, principalmente pelos historiadores
republicanos no começo do século XX. Em Portugal, quando morreu era Duque e Herói nacional,
por ter liderado uma guerra civil vitoriosa.
Com o país independente era necessário escrever uma constituição para o Brasil. Em 1823
foi promulgada (votada) uma constituição que ficou conhecida como constituição da mandioca,
pois previa voto censitário (o eleitor para votar tem que ter determinada renda anual que era
calculada pela quantidade de mandioca plantada, por ser o alimento dos escravos). Esta
constituição possuía a divisão do país em 3 poderes (executivo, legislativo e judiciário influência
do pensamento liberal) e limitava os poderes do imperador. D. Pedro não gostou disso e dissolveu
a constituição.

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2. A CONSTITUIÇÃO ORTOGADA DE 1824.


Lançou em 1824 uma nova constituição outorgada (imposta) que possuía 4 poderes:
executivo, legislativo e judiciário e um quarto, que era o poder moderador. Este poder era
representado pela figura do imperador, que passava a ter poderes quase absolutos. De acordo
com esta constituição ele podia dissolver o parlamento (câmara dos deputados) quando quisesse e
convocaria novas eleições, poderia barrar qualquer medida que não concordasse. Só havia
deputados federais e as províncias não poderiam eleger representantes locais. Os governadores de
província eram indicados pelo imperador e os senadores tinham cargo vitalício.
Com pequenas mudanças (a criação das assembleias estaduais e a lei áurea por exemplo) ela se
manteve como a constituição do império até a proclamação da República.

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3. A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1824).


O ato de dissolver a constituição de 1823 gerou muitas
revoltas, e no Nordeste eclodiu uma revolta separatista contra o
autoritarismo de D. Pedro: A confederação do Equador. Foi uma
revolta republicana que chegou a se separar, mas foi sufocada.
Com a independência as províncias não passaram a ter mais
liberdade, o que era uma reinvindicação dos liberais. Na verdade,
a liberdade tendia a diminuir com as mostras do autoritarismo e
do pensamento conservador centralista (que defendia todo o
poder concentrado na capital do país, sem autonomia provincial).
Os presidentes de província, de acordo com a constituição
outorgada de 1824 seriam indicados pelo imperador.
Ocorreram muitos protestos contra a nomeação de Pais
Barreto. O mesmo ocorreu na Paraíba e no Ceará. Em
Pernambuco a reação mais incisiva foi de Manoel Carvalho
Andrade, um liberal que participou da Revolução de 1817 e se
exilou nos EUA. Lá sua convicção liberal republicana de
consolidou. Ele lidera a resistência contra o imperador: A confederação do Equador, que eclodiu
em 1824.
Foi muito importante o papel da imprensa liberal, e destacadamente de dois jornais: O
sentinela da liberdade na guarita de Pernambuco, de Cipriano Barata, e o Tifis Pernambucano,
dirigido por frei Caneca. Realizaram um levante contra o governo do conservador Barreto e seus
à à à à à à à à à à à à à à à
de Goiana.
Conclamaram o levante dos estados do Nordeste e o apelo foi seguido pelo Ceará, Rio
Grande do Norte e Paraíba, que formaram a confederação do Equador. Dom Pedro I reagiu
violentamente e usou o máximo da força disponível. Saíram tropas por terra e mar para combater
os revoltosos. As condenações foram severas. Frei caneca por sua destacada ação política liberal
foi condenado à forca. Era tão querido e popular que os carrascos se recusaram a matá-lo. Foi
morto por fuzilamento. Mesmo destino teve Manoel Carvalho. Apesar da confederação do
Equador ter sido derrotada, continua crescente a oposição ao autoritarismo do imperador.

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4. A GUERRA DA CISPLATINA.
A Cisplatina corresponde ao atual território do Uruguai. Logo que Dom João VI estabeleceu
a corte no Rio de Janeiro iniciou uma política externa expansionista. Invadiu a Guiana francesa, em
retaliação à Napoleão Bonaparte, o general francês que forçou a transferência da Corte e invadiu o
território do atual Uruguai, na época conhecido como província Cisplatina. Dominando este
território o Brasil teria acesso à um ponto estratégico muito disputado até o século XIX entre o
Brasil e os vizinhos, que é a dominação do rio da prata. Com a Cisplatina a borda superior, norte do
rio da prata pertenceria ao Brasil, que poderia exercer o domínio da navegação. Logo após a
independência brasileira a população da cisplatina se organizou contra a ocupação militar e
iniciaram uma guerra de independência. Foi uma das medidas mais impopulares durante o curto
governo de D. Pedro. O então Imperador enviou tropas sem ter recursos financeiros. Foi gasta uma
enorme soma e morreram milhares de pessoas. A população era radicalmente contra o conflito e
as formas de recrutamento forçado geravam uma grande revolta.

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5. A IMPOPULARIDADE DE D. PEDRO E A ABDICAÇÃO.


D. João morre na Europa e ocorrerá uma crise sucessória no trono português. D. Pedro é o
herdeiro. Os brasileiros temeram que assumisse o trono, mas ele abdica em favor de sua filha, que
levou um golpe político de seu tio, do irmão do rei. Neste contexto o imperador envolveu-se mais
nas questões políticas portuguesas, que brasileiras.
A popularidade de D. Pedro só caía e os jornais o atacavam profundamente. Foi assassinado
Libero Badaró, o principal jornalista de oposição, e a culpa recaiu sobre o imperador. Para tentar
realizar campanhas e restabelecer certo apoio foi fazer uma visita política em MG, onde foi
recebido com frieza. Ao retornar ao RJ seus correligionários (seguidores) o receberam com uma
grande festa. A oposição começou a protestar e a lançar garrafas contra o desfile. Foi uma grande
confusão que ficou conhecida como noite das garrafadas. Diante da tremenda oposição e
impossibilidades de governar, abdicou do trono em favor de seu filho, D. Pedro de Alcântara, que
na época tinha 5 anos de idade. A constituição só permitia a coroação na maioridade do herdeiro.
Foi então declarada uma regência, algumas pessoas ocuparam o cargo de governantes, e estiveram
no poder enquanto o D. Pedro de Alcântara crescia.

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6. PERÍODO REGENCIAL (1831-1840).


A primeira regência foi uma regência trina provisória (3 regentes, cada um de uma corrente
política da época. Partido conservador, o liberal exaltado e o moderado) que em pouco tempo foi
substituída por uma regência trina permanente. Foi um período curto, mas de grande importância.
O Brasil passou por vários movimentos separatistas e o nosso território correu risco de
fracionamento. Foi nesta época também que surgiram as assembleias provinciais (câmara dos
deputados estaduais).
No mesmo ano da abdicação 1831 foi criada uma milícia em defesa da nação: A Guarda
Nacional.

Ela teve muito trabalho pela frente coma as revoltas regenciais. Além do quadro de
instabilidade as tropas existentes no país em sua alta oficialidade eram ocupadas por portugueses
e o país estava em um contexto de forte sentimento antilusitano (anti português), pois além dos
oficialatos das armas os portugueses também eram grandes comerciantes e ocupavam altos cargos
públicos.
Até na guarda nacional, os cargos de oficiais do exército eram ocupados por militares
portugueses e a massa dos soldados e baixas patentes eram em geral pessoas consideradas vadias,
viajantes errantes e indolentes, cuja sorte não se importava a ninguém. O serviço militar era

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à à à à à à à à à à à à à
principalmente porque os métodos de recrutamento na época da guerra da cisplatina eram
violentos e involuntários, quero dizer, as pessoas eram alistadas à força no exército. Em um
contexto desse, de grande agitação política, que a Regência Trina Permanente criou, em agosto de
1831, a Guarda Nacional. Ela não era parte do exército e não era submetido a ele. Na lei previa
um alistamento censitário, pois era necessário possuir certa posse. Passou a ser visto com uma
forma de fugir do terrível alistamento militar, que era muito mal visto e temido pela maioria. De
acordo com o historiador Flávio Henrique Saldanha:

“O serviço prestado pelos milicianos era gratuito e a Guarda Nacional foi requisitada para várias
atividades. Além de reprimir revoltas e combater quilombos, os guardas eram solicitados para
participar de procissões religiosas, patrulhar e escoltar presos. Essa prestação de serviços às
vezes dava margem a reclamações. Nas épocas de colheita, quando mais braços eram
necessários nas plantações, os guardas que eram escalados para vigiar cadeias ou escoltar presos
implicavam ausência de mão de obra nas lavouras e no comércio, resultando em perigosa falta de
suprimentos nas cidades. Requisições constantes, especialmente nas vésperas das eleições,
geravam queixas por parte dos comandantes da milícia e dos presidentes de província. “Não se
dá maior injustiça! Manuel João está todos os dias vestindo a farda. Ora pra levar presos, ora pra
dar nos quilombos... É um nunca acabar”, lamenta a personagem Maria Rosa, da peça O juiz de
paz na roça (1838), de Martins Pena, sobre seu marido ter que servir à Guarda Nacional e perder
o trabalho na lavoura.”

Em 1834 os liberais moderados conseguiram uma grande conquista: a aprovação de uma lei
chamada Ato Adicional à constituição promulgada neste mesmo ano. Este ato previa:

 Criação de uma regência una (que foi ocupada pelo Pe. Antônio Diogo Feijó). Era um
padre de orientação liberal em várias de suas posições políticas, defendendo a maior
autonomia das províncias e uma maior descentralização do poder. Em termos religiosos era
defensor do fim do celibato ao clero. Perceba a grande influência da Igreja Católica, associada
à Portugal desde as grandes navegações, uma união que durou até a proclamação da
república. O cargo mais influente e poderoso do país, basicamente o regente governa no
lugar do rei, ficou a cargo de um clérigo (pessoa pertencente ao clero).

 Uma maior descentralização política, que fundamentalmente era a proposta dos liberais.

 Criação das assembleias estaduais (deputados do estado para produzirem as leis da


província).

 Novo código de processo civil, que descentralizava a justiça e estabelecia por exemplo a
à à à à à à à à à à à à àE à à
descentralização jurídica que tinha profundos impactos na segurança pública. A guarda

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nacional foi criada de forma que a defesa foi descentralizada, sobretudo por que seus
integrantes passaram a ser apreciados pelos juízes de paz.

O que diferenciava um liberal de um conservador?

Basicamente ambos são membros da elite proprietária, são escravistas, senhores brancos
que não executam trabalhos manuais. Os conservadores são defensores do centralismo e os
liberais do federalismo. No primeiro caso defendem que todas as medidas importantes, que não
forem possíveis de se resolver no âmbito local, das câmaras municipais, deveriam ser de
competência da união, o governo central, que governaria por ordens diretas do Rio de Janeiro. Os
liberais defendiam maior autonomia provincial, ou seja, uma assembleia legislativa estadual, para
criar as leis localmente, juízes escolhidos localmente com defesa da ordem pública submetida aos
poderes locais (descentralização da segurança). Uma avaliação que vale por todo o império, da
regência à proclamação da república a regra geral era que basicamente eram a mesma coisa
pois todos os interesses que de verdade representavam eram ligados ao
latifúndio escravista. Suas propostas eram fundamentalmente ligadas à organização e gestão do
Estado Nacional que naquela época encontrava-se ainda em construção e a independência era
muito recente.
A independência era tão recente que alguns consideraram que verdadeiramente começava
ali o império totalmente independente livre da influência portuguesa com um imperador nascido
no Brasil e criado para o papel de reinar sobre uma nação em construção.

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7. O AVANÇO LIBERAL: A REGÊNCIA DE ANTÔNIO DIOGO FEIJÓ.


 Maior autonomia para as províncias: Câmaras de deputados estaduais, novo código de
processo civil (descentralizava a justiça) e a Guarda Nacional.

Durante a regência de Feijó eclodiram várias revoltas separatistas, como teve dificuldades
de sufocá-las, então a guarda nacional foi criada como instrumento de defesa dos grandes
proprietários rurais contra as revoltas populares e separatistas. Entre elas podemos citar:
 Cabanagem (PA)1835.
 Sabinada (Ba)1837.
 Balaiada (Ma) 1838.
 Farroupilha (RS) 1837.
 A Revolta do Malês na Bahia, que foi a revolta de africanos islâmicos que foram
escravizados e levados para salvador.

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Guido Mondin. A Revolução Farroupilha Painel na Assembleia legislativa do RS.

Foram revoltas separatistas e republicanas. A mais importante delas foi a Farroupilha que
durou 10 anos e chegou a proclamar uma república independente. Para os políticos da época a
onda de rebeliões ocorria devido à regência, então seria necessário empossar o príncipe (o que era
dificultado pela sua idade).
Feijó é pressionado de todos os lados e é responsabilizado pelas revoltas regenciais, de que
não era capaz de manter a estabilidade e que a instabilidade política daquele momento ocorria
devido à ausência do rei, pois a ausência de um poder centralizador é o que estimulava as guerras
civis separatistas e republicanas em curso. Feijó renunciou em favor de um conservador: Araújo
Lima.

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8. O RETORNO CONSERVADOR E O GOLPE DA MAIORIDADE.


Logo ao chegar ao poder, Araújo Lima criou o ato de interpretação ao ato adicional que
limitava muitas medidas implantas pelos liberais, que queriam retornar ao poder e pensaram em
um golpe, que poderia colaborar com a estabilização do país: Coroar o príncipe. Passaram a fazer
campanhas pela coroação de D. Pedro de Alcântara (na esperança de que ele montasse um
gabinete liberal). Os conservadores não podiam fazer oposição, (como se opor ao rei?) E em 1840,
com apenas 15 anos, foi coroado como imperador do Brasil com o nome D. Pedro II. Por um só dia
a maioridade penal diminuiu de 18 para 15 anos. Este foi o golpe da Maioridade.

Coroação de dom Pedro II, Manoel Araújo. Museu Nacional.

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9. O SEGUNDO REINADO (1840-1889).


Foi o período do governo de D. Pedro II. Está entre os monarcas que ficaram mais tempo no
poder. Foi um período de estabilidade política, crescimento econômico devido ao ciclo do café, de
modernização, com a instalação das primeiras ferrovias, da Guerra do Paraguai, da abolição da
escravidão e da migração europeia para o Brasil.

9.1. ASPECTOS POLÍTICOS

Logo no início do Segundo Reinado os movimentos separatistas foram sufocados pelas


tropas imperiais. Encerram-se as guerras civis e o país é pacificado. D. Pedro instituiu o
parlamentarismo, mas ficou conhecido como parlamentarismo às avessas. Isso porque no modelo
inglês (o primeiro), o rei é uma figura diplomática e simbólica e quem governa é o primeiro
ministro, que é indicado pelo parlamento. Aqui o rei é o 4° poder (o poder moderador) e o
primeiro ministro é indicado por ele. As disputas políticas eram ferozes entre os liberais e os
conservadores. Para amenizar as disputas políticas o imperador instituiu o ministério da
conciliação. A cada ano o ministério era trocado e alternado. Um gabinete era conservador e o
outro ano liberal. Foi assim até a proclamação da república.

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9.2. ASPECTOS ECONÔMICOS

Foi um período de grande prosperidade econômica devido ao ciclo do café. O Brasil foi
durante décadas o maior produtor e exportador de café do mundo. O modelo agrícola era o
implantado pelos portugueses e que permanece até os dias de hoje: O plantation (monoculturas
de exportação em latifúndios). O café começou a ser plantado no RJ e espalhou-se pelo estado de
SP que foi seu maior produtor, chegando ao sul de MG. A principal região produtora era o Vale do
Paraíba (entre SP e RJ). Quando foi para o interior no Oeste Paulista foi necessária a instalação de
ferrovias, devido à distância do litoral, promovendo uma grande modernização no Brasil que até
àquela altura transportava o gado através dos tropeiros. Não havia indústrias no país e tudo o que
consumíamos de origem industrial era da Inglaterra. Desde os tratados de comércio e navegação
de 1810 os ingleses pagavam impostos muito reduzidos, a ponto de nossa arrecadação de
impostos não cobrir os gastos do Estado. Dessa forma o ministro da fazenda criou uma tarifa
protecionista que aumentava os impostos dos ingleses, a Tarifa Alves Branco. Os Ingleses não
gostaram e há tempos vinham pressionando o Brasil a abolir o tráfico de escravos, então fizeram
isso a força decretando o Bill Aberdeen. De acordo com esta medida inglesa eles poderiam abater
qualquer navio brasileiro que tivesse carregado de africanos para serem escravizados. A pressão
inglesa fez com que fosse lançada em 1850 a Lei Eusébio de Queiroz, que proibia o tráfico de
escravos.

Estimativa do número de escravos africanos desembarcados no Brasil


entre os anos de 1846 a 1852.

Ano Números de escravos africanos desembarcados no Brasil

1846 64.262

1847 75.893

1848 76.338

1849 70.827

1850 37.672

1851 7.058

1852 1.234

Disponível em: www.slavevoyages.org. Acesso em 24 fev. 2012 (adaptado)

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Uma das consequências desta lei foi o aumento do tráfico interno (a região nordeste com a
economia decadente vendia os escravos para o sudeste), a imigração europeia (pois com o fim do
tráfico, em pouco tempo a escravidão acabaria), e a lei de terras (toda terra teria que ser
comprada à vista em leilão. Uma medida para impedir que imigrantes tivessem acesso à terra).
A migração europeia é um dos elementos fundamentais da formação da população
brasileira. Ela ocorreu durante muitas décadas. Como vimos seu início ocorre durante o ciclo do
café e ocorre em torno de 1500 até 1530. As primeiras experiências de imigração influenciadas
pelas ideias do Darwinismo social, pseudo-ciência racista do século XIX, que sugeria a existência de
raças e que as superiores estavam destinadas a dominar, então foi realizada a imigração europeia
pois além de muitos europeus estarem fugindo da guerra, a vinda de imigrantes iria branquear a
população brasileira. Esta é a chamada teoria do branqueamento. No início os imigrantes vinham
com a promessa de pagarem sua passagem com trabalho. Estas experiências não têm sucesso, pois
eram superexplorados e os fazendeiros brasileiros acusados de estarem praticando a escravidão
por dívidas, a ponto de governos europeus proibirem a imigração para o Brasil. A imigração tem
sucesso a partir do momento em que o governo intervêm e paga a passagem dos trabalhadores
que chegavam no país sem dívidas. Vinham direto para a lavoura de café em São Paulo ou para
colônias de imigrantes na região sul do país.

 Alemães: O grupo de maior dificuldade de inserção na cultura brasileira. Ocuparam


principalmente o RS e SC. Lá inclusive há cidades em que se fala alemão nas ruas e escolas
(caso de Pomerode Sc).
 Italianos: Estabeleceram-se sobretudo no interior de São Paulo e no RS, na região das Serras
Gaúchas.
 Eslavos (poloneses e russos): instalaram-se principalmente no estado do Paraná.

Imigração para o Brasil


(Números aproximados).

Nacionalidade 1891-1900 1901-1910

Portugueses 313.000 202.000

Italianos 360.000 678.000

Espanhóis 45.800 157.000

HUGON, Paul. Demografia Brasileira e Fundação IBGE, Rio de Janeiro.

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No início do século XX o Brasil ainda atrai muitos imigrantes e é quando migram para cá os
japoneses e sírio-libaneses, principalmente no contexto da primeira Guerra Mundial.
A partir de 1930 no início da Era Vargas foi criada uma legislação de controle mais rígido da
imigração.
Foram criadas cotas de migração. 2% da população total da nacionalidade de origem (por
exemplo se entraram 100.000 imigrantes italianos era reservada anualmente uma cota de 2.000
daquela nacionalidade). Portugal ficou isento da cota. Também foram tomadas medidas sanitárias
e de seleção social. Não poderiam migrar portadores de doenças infecciosas (como a tuberculose,
que ainda era muito comum no início do século XX) nem pessoas com antecedentes criminais. A
migração diminuiu bastante nos anos seguintes.
Nos anos 60 recebemos muitos asiáticos, sobretudo coreanos, estabelecidos em São Paulo,
e atualmente somos o destino dos vizinhos latino americanos mais pobres, como os Bolivianos.
Merece destaque a imigração dos haitianos que recentemente passaram a migrar para o Brasil,
entrando em nosso território pelo Acre. A postura do governo para com os migrantes, sobretudo
os latino americanos, é de acolhida e não temos leis xenófobas quanto a imigração.

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10. A REVOLUÇÃO PRAIEIRA.


áà Revolução à P à à última a questionar a monarquia enquanto pacto político de
governança. Ocorre pouco após a Regência, num período de afirmação do Estado Imperial, no
segundo reinado. Tinha forte caráter liberal, mas também muito elitista, mesmo que tenha tipo
participação das camadas populares, e foi um momento de grande convulsão social em que a
população aderiu ao conflito político articulado pelas elites liberais republicanas. É uma revolta
motivada por questões políticas ligadas ao poder do Estado. Uma revolta entre as elites liberais e
as elites conservadoras (chamados naquele contexto de Gabirus). A concentração de terras e o
grande poder político e econômico da família Cavalcanti estão no centro do conflito. Eram à época
donos da maioria dos engenhos do estado e eram os líderes do partido liberal. Sobe ao poder
como govenador da província o conservador Rego Barros, que foi marcado por grandes negociatas
à à à à à à à à à farinha do mesmo saco à à à
da época. Divergiam quanto ao controle do poder). O governador conservador, Rego Barros, foi
acusado de favorecer os Cavalcanti na distribuição de cargos políticos e contrabando de escravos.
Ocorreu uma forte luta jornalística na imprensa local e o partido liberal sofreu um racha político e
dele saiu o partido da Praia.
O Partido da Praia fez sua plataforma política na denúncia das práticas corruptas de
contrabando e favorecimento que foram praticadas entre os liberais e conservadores. Em 1844 o
partido se fortalece muito com a eleição de deputados, a indicação naquele ano de um ministério
liberal (que apesar de terem saído dele, possuíam um certo alinhamento) e o presidente de
província indicado pelo imperador também era liberal.
No poder o partido da praia envolveu-se em vários casos de corrupção e realizaram práticas
políticas muito parecidas com as práticas corruptas de seus antecessores. Durante o período de
ascensão do partido da praia surge um caos administrativo (devido às práticas corruptas de
despedir todo o quadro do funcionalismo que pertencia a oposição. Prática que era sempre
presente), com altos gastos públicos aumentaram os impostos e ocorreu inflação, que penalizou os
pobres. Em 1847 começam manifestações e revoltas populares, que possuíam um profundo
sentimento antilusitano.
Ocorreram fortes enfrentamentos entre os praieiros e os gabirus (conservadores). O Partido
da praia se aliou aos liberais radicais, que lançaram o Manifesto ao Mundo em 1° de janeiro de
1849. As principais exigências do texto eram:

 Voto livre e universal do povo brasileiro.


 Plena liberdade de comunicar os pensamentos pela imprensa.
 Trabalho como garantia de vida ao brasileiro (não significa abolição da escravidão).

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 Extinção do poder moderador.


 Reforma no judiciário para assegurar as garantias individuais dos cidadãos.
Há uma influência dos movimentos revolucionários europeus de 1848, e alguns interpretes
da revolução praieira sugerem que possa ter influência das ideias socialistas. Ela se caracteriza
fundamentalmente pelo liberalismo republicano, e talvez somente as ondas políticas que motivam
as paixões de liberdade tenham influenciado o movimento. As ideias socialistas chegaram a ser
discutidas, mas não foram incorporadas pelos praieiros. Os conflitos armados foram encerrados
em 1850. Mesmo com a participação de alguns elementos populares, motivados pela carestia
(altos preços) e pobreza em geral, a abolição da escravidão não era um consenso, e o projeto era
de Pernambuco livre, mas não tinham um projeto nacional.
Foram fortemente reprimidos e dos líderes aprisionados, 10 foram condenados à prisão
perpétua, mas obtiveram anistia em 1851.

Abreu e Lima é o nome de um general e liderança jornalística muito influente na


Revolução Praieira. Ele e sua família eram diretamente envolvidos no conflito. O nome da
refinaria recentemente construída em Pernambuco foi uma homenagem ao liberal.

10.1. A GUERRA DO PARAGUAI (1865-1869)

O Paraguai era um país em franco desenvolvimento econômico e industrial. Entrou em


conflito com os países da Bacia do Prata (Brasil, Argentina e Uruguai). Solano Lopes, ditador
paraguaio queria uma saída para o mar, enquanto D. Pedro II defendia a livre navegação no rio da
prata. E pretendia seu controle. Brasil e Argentina foram estimulados pela Inglaterra a entrar em
guerra com o vizinho. Foi um dos conflitos mais sangrentos da História. O Paraguai foi destruído e
mais de 70% de sua população masculina foi morta. As dívidas contraídas pelo governo brasileiro
foram enormes. Foi também um grande estímulo ao fim da escravidão, pois muitos negros foram
lutar com a promessa de alforria, a maior parte era alforriada por seus senhores no alistamento.

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Esta política provocou uma grande contradição: Os sobreviventes da guerra eram


alforriados, mas quando estes tinham família, ela não.

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Após o conflito o exército torna-se uma instituição forte e com grande participação na
política nacional. Aderiram ao abolicionismo e ao republicanismo. A produção histórica durante
muito tempo caracterizou o conflito como inevitável e que a Inglaterra, que se beneficiou do
conflito, teria manipulado os países ao conflito, mas esta visão já caiu por terra e é consenso que
foi por tentativas expansionistas do Brasil na bacia do rio da prata.

10.2. O ROMANTISMO E A IDENTIDADE NACIONAL

MORREAUX. A INDEPENDENCIA DO BRASIL.

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FERREZ, M. D. Pedro II.

As artes possuem uma profunda relação com a política. O estilo estético que vigorava no
século XIX era o romantismo, que entre suas características estão a criação da imagem de líderes
populares, como vemos nas pinturas sobre Dom Pedro I, ou sobre a Batalha de Riachuelo, na
guerra do Paraguai. A ideia de heroísmo militar e nacionalismo é um tema sempre presente. Já
Dom Pedro II sempre foi também retratado com uma visão glorificada de imperador, e nas
maiorias das telas em que foi representado, mesmo jovem, é um senhor sábio ou um jovem
homem que inspira confiança, responsabilidade e que conduziria um governo de forma estável.
Na literatura temos uma figura de destaque que é José de Alencar, que foi um grande
político, senador do império e sua obra é marcada pelo indigenismo. Retratava o indígena de
forma romântica e idealizada e procurou criar a ideia da identidade nacional fundada na
miscigenação do europeu e do índio. A valorização da influência cultural e social do negro só seria
discutida e aceita na década de 30 do século XX com a obra de Gilberto Freyre.

10.3. A ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO

O fim da escravidão teve um caráter gradual. Ocorreu a participação dos escravos com sua
resistência ao cativeiro através de fugas, formação de quilombos, abortos, suicídios e várias
revoltas. Surgiu depois da lei Eusébio de Queiroz o movimento abolicionista que fazia forte
militância artística, jurídica e política pelo fim da escravidão. Também devemos lembrar a pressão
inglesa. Várias leis foram decretadas:
 1850: Lei Eusébio de Queiroz (proibição do tráfico).
 1871: Lei do Ventre Livre (estavam livres os recém-nascidos).
 1885: Lei dos Sexagenários (liberdade aos maiores de 60 anos).
 1888: Lei Áurea (a abolição definitiva).

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Muitos fazendeiros queriam a permanência da escravidão. Estes grandes proprietários


deixaram de apoiar a monarquia. A Igreja católica depois de a prisão de dois importantes bispos,
deixaram de apoiar o rei. O exército desde a guerra do Paraguai aderira ao republicanismo.
Desacordos com o Imperador o fizeram retirar o apoio. Apoiados pelos grandes fazendeiros
proclamaram a República em 15 de novembro de 1889.

O Império estava assentado sobre três pilares: A Igreja, o exército e os fazendeiros


escravistas. O exército se tornou republicano e desde a década de 70 do século XIX se manifestava.
A Igreja deixa de apoiar o Império quando o papa proíbe a maçonaria pela bula Rerum Novarum, e
o imperador se nega a obedecer. Os bispos de Olinda e Recife excomungaram e expulsaram todos
os membros da maçonaria. Além de irem contra as ordens reais o próprio imperador era maçon.
Com a abolição da escravidão os fazendeiros passam a apoiar o exército. Entre as principais ideias
que eram seguidas pelos republicanos estava o Positivismo, filosofia elitista e autoritária do
àá àC àN à à à à à à à à à à à à à
positivistas, compreendiam o progresso com o modelo político republicano, num regime
autoritário, sem participação popular, enquanto progresso seria o desenvolvimento industrial
permitido pelas luzes da ciência.

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11. EXERCÍCIOS

1.
Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande frieza,
seus partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de
Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março,
tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas, durante os
à à à à à à à à à à s iluminadas,
sendo respondidos com cacos de garrafas jogadas das janelas.
VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado).
Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política.
Nesse sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela:
A) estímulos ao racismo.
B) apoio ao xenofobismo.
C) críticas ao federalismo.
D) repúdio ao republicanismo.
E) questionamentos ao autoritarismo.
Comentários
Oà P à‘ à à à à à à à à àI à
que governava de forma autoritária e centralizado a partir da Constituição outorgada, e
à à à à à à à à iversas formas de pressão para
dificultar a acabar com seu reinado.
Gabarito: E

2.
Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais:
Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se compreendam os casados, e Oficiais
militares que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados e Clérigos de Ordens
Sacras.
Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade claustral.

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Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio
ou empregos.
Constituição Política do Império do Brasil (1824). Disponível em:
https://legislação.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado).

A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do contexto histórico de sua formulação. A


Constituição de 1824 regulame à à à à à à à à à à
objetivo de garantir:
A) o fim da inspiração liberal sobre a estrutura política brasileira.
B) a ampliação do direito de voto para maioria dos brasileiros nascidos livres.
C) a concentração de poderes na região produtora de café, o Sudeste brasileiro.
D) o controle do poder político nas mãos dos grandes proprietários e comerciantes.
E) a diminuição da interferência da Igreja Católica nas decisões político-administrativas.
Comentários
A Constituição de 1824 foi imposta pelo imperador e reflete a elitização política. Seu componente
mais importante foi o voto censitário, ou seja, baseado na renda do indivíduo. Dessa forma apenas
aqueles que tivessem renda proveniente da terra os fazendeiros ou do comércio (geralmente
indivíduos de origem portuguesa) tiveram garantidos o direito político de votar.
Gabarito: D

3.

As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas


representações políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia que
cada imagem evoca é, respectivamente:

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A) Habilidade militar riqueza pessoal.


B) Liderança popular estabilidade política.
C) Instabilidade econômica herança europeia.
D) Isolamento político centralização do poder.
E) Nacionalismo exacerbado inovação administrativa.
Comentários
A questão deve ser respondida a partir da interpretação das imagens fornecidas. Na primeira, D.
Pedro I aparece no "ato" da Independência, rodeado de brasileiros, numa clara demonstração de
"liderança popular", ainda que nossa Independência não tenha sido um movimento do povo. Na
segunda imagem, D. Pedro II aparenta calma e tranquilidade, denotando a "estabilidade política"
pela qual seu governo passava.
Gabarito: B

4.
No clima das ideias que se seguiram à revolta de São Domingos, o descobrimento de planos
para um levante armado dos artífices mulatos na Bahia, no ano de 1798, teve impacto muito
especial; esses planos demonstravam aquilo que os brancos conscientes tinham já começado
a compreender: as ideias de igualdade social estavam a propagar-se numa sociedade em que
só um terço da população era de brancos e iriam inevitavelmente ser interpretados em
termos raciais.
MAXWELL. K. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, M.N. (coord.)
O Império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.

O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das propostas das lideranças populares da
Conjuração Baiana (1798) levaram setores da elite colonial brasileira a novas posturas diante
das reivindicações populares. No período da Independência, parte da elite participou
ativamente do processo, no intuito de:
A) instalar um partido nacional, sob sua liderança, garantindo participação controlada dos
afro-brasileiros e inibindo novas rebeliões de negros.
B) atender aos clamores apresentados no movimento baiano, de modo a inviabilizar novas
rebeliões, garantindo o controle da situação.
C) firmar alianças com as lideranças escravas, permitindo a promoção de mudanças exigidas
pelo povo sem a profundidade proposta inicialmente.
D) impedir que o povo conferisse ao movimento um teor libertário, o que terminaria por
prejudicar seus interesses e seu projeto de nação.
E) rebelar-se contra as representações metropolitanas, isolando politicamente o Príncipe
Regente, instalando um governo conservador para controlar o povo.

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Comentários
Uma das afirmações mais tradicionais na História do Brasil, apoiada no senso comum, é de que a
Independência foi pacífica, sem derramamento de sangue. Essa ideia está baseada na participação
ativa das elites agrárias no processo de independência como forma de garantir uma ruptura
política frente à metrópole, e ao mesmo tempo garantir a preservação da estrutura
socioeconômica apoiada no latifúndio e na escravidão.
Gabarito: D

5.
Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à divisão
internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se na
produção, com braço escravo importado da África, de plantas tropicais para a Europa e a
América do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo menos uns
oitenta anos. Éramos um país essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado por depender
de produtores cativos. Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos
de produção que os mais toscos e baratos.
O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham os
bens de consumo que fundamentavam um padrão de vida "civilizado", marca que distinguia
as classes cultas e "naturalmente" dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E de
fora vinham também os capitais que permitiam iniciar a construção de uma infraestrutura de
serviços urbanos, de energia, transportes e comunicações.
Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional. In: I. Sachs; J. Willheim; P.
S. Pinheiro (Orgs.). Brasil: um século de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p.
80.
Levando-se em consideração as afirmações anteriores, relativas à estrutura econômica do
Brasil por ocasião da independência política (1822), é correto afirmar que o país
A) se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no período colonial.
B) extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção no
trabalho livre.
C) se tornou dependente da economia europeia por realizar tardiamente sua industrialização
em relação a outros países.
D) se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no país sem trazer
ganhos para a infraestrutura de serviços urbanos.
E) teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu capitais em vários
setores produtivos.
Comentários
O texto destaca a estrutura agrário exportadora do Brasil, organizada no período colonial e que foi
preservada após a independência. A manutenção de tal estrutura manteve a dependência

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econômica, vinculando a economia do país aos interesses ingleses, em um contexto marcado pela
expansão da industrialização e de um modelo de capitalismo expansionista. Desde a
independência até o segundo reinado percebe-se a presença de interesses e capitais ingleses no
Brasil.
Gabarito: C

6.
A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais,
incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de
independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder
central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram
então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria
aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico
negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de terras
que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado
pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada
pelo governo imperial.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado).

Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador


envolveu, a princípio,
A) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado.
B) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização
política.
C) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava
subjugar o Rio de Janeiro.
D) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da
hegemonia do Rio de Janeiro.
E) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a
ascensão de D. Pedro I ao trono.
Comentários
A questão analisa a atuação de diferentes segmentos sociais num movimento de luta contra um
poder centralizador constituído. Trata-se da Confederação do Equador em 1824, um movimento
revolucionário de caráter emancipacionista e republicano ocorrido no Nordeste do Brasil a partir
de Pernambuco e integrando Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. O movimento representou a
principal reação contra a tendência absolutista e a política centralizadora do governo de D. Pedro
I (1822-1831), esboçada na Constituição de 1824.

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Movimentos de caráter revolucionário ocorridos no Brasil, também considerados populares,


caracterizaram-se pela congregação de diferentes segmentos sociais em luta contra um poder
centralizador, como foram os casos da Revolta dos Alfaiates (Conjuração Baiana) em 1798 e a
Cabanagem (Pará) entre 1835 e 1840.
Gabarito: B

7.
É simplesmente espantoso que esses núcleos tão desiguais e tão diferentes se tenham
mantido aglutinados numa só nação. Durante o período colonial, cada um deles teve relação
direta com a metrópole. Ocorreu o extraordinário, fizemos um povo-nação, englobando
todas aquelas províncias ecológicas numa só entidade cívica e política.
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1988.

Após a conquista da autonomia, a questão primordial do Brasil residia em como garantir sua
unidade político-territorial diante das características e práticas herdadas da colonização.
Relacionando o projeto de independência à construção do Estado nacional brasileiro, a sua
particularidade decorreu da:
A) ordenação de um pacto que reconheceu os direitos políticos aos homens,
independentemente de cor, sexo ou religião.
B) estruturação de uma sociedade que adotou os privilégios de nascimento como critério de
hierarquização social.
C) realização de acordos entre as elites regionais, que evitou confrontos armados contrários
ao projeto luso-brasileiro.
D) concessão da autonomia política regional, que atendeu aos interesses socioeconômicos
dos grandes proprietários.
E) Afirmação de um regime constitucional monárquico que garantiu a ordem associada à
permanência da escravidão.
Comentários
A manutenção da unidade político-territorial no pós-Independência foi garantida pelo fato de D.
Pedro, então Príncipe Regente, ter comandado o processo independentista e ter adotado a
monarquia como forma de governo, dando início ao Primeiro Reinado. Não só as ordens política e
territorial foram mantidas. As ordens econômicas e sociais também permaneceram as mesmas.
Gabarito: E

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8. (Fuvest 2015)
Considerando-se o intervalo entre o contexto em que transcorre o enredo da obra Memórias
de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e a época de sua publicação, é
correto afirmar que a esse período corresponde o processo de
A) reforma e crise do Império Português na América.
B) triunfo de uma consciência nativista e nacionalista na colônia.
C) Independência do Brasil e formação de seu Estado nacional.
D) consolidação do Estado nacional e de crise do regime monárquico brasileiro.
E) Proclamação da República e instauração da Primeira República.
Comentários
A história do livro citado se passa no Rio de Janeiro do início do século XIX e a obra foi publicada,
em forma de folhetim, originalmente, na década de 1850. Logo, esse período de tempo engloba a
Independência do Brasil e a formação do Estado nacional brasileiro.
Gabarito: C

9. (Unicamp 2015)
Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária,
à à à à àI à àOà‘ à à à à à
caminho favorável à expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções e
modelos que permitiam afirmar o particularismo, e portanto a identidade, em oposição à
M à
CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19.

Tendo em vista o movimento literário mencionado no trecho acima, e seu alcance na história
do período, é correto afirmar que:
A) o nacionalismo foi impulsionado na literatura com a vinda da família real, em 1808,
quando houve a introdução da imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros circularam no
país.
B) o indianismo ocupou um lugar de destaque na afirmação das identidades locais,
expressando um viés decadentista e cético quanto à civilização nos trópicos.
C) os autores românticos foram importantes no período por produzirem uma literatura que
expressava aspectos da natureza, da história e das sociedades locais.
D) a população nativa foi considerada a mais original dentro do Romantismo e, graças à
atuação dos literatos, os indígenas passaram a ter direitos políticos que eram vetados aos
negros.

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Comentários
Somente a alternativa [C] está correta. A questão remete à chegada do Romantismo ao Brasil. O
texto do escritor Antônio Cândido aponta para o desejo de autonomia literária brasileira nas
décadas de 1820 e 1830. Do ponto de vista político também havia o desejo do Brasil de buscar sua
emancipação política frente a metrópole portuguesa, o que ocorreu em setembro de 1822 com o
G à àI àN à à à àá à à àD àP àIà à à à à à à àP à
Regencial que durou de 1831 até 1840. Neste contexto, consolidou-se a independência do Brasil
considerando que pela primeira vez o Brasil foi governado por brasileiros, e surgiu o Estado
Nacional Brasileiro através de uma gradativa substituição dos portugueses por brasileiros. Daí
havia uma necessidade de construir uma identidade nacional mostrando nossas particularidades
em relação às demais nações. Os autores do Romantismo foram importantes ao expressar
à à à à
Gabarito: C

10. (Fuvest 2016)


Examine o gráfico.

O gráfico fornece elementos para afirmar:


A) A despeito de uma ligeira elevação, o tráfico negreiro em direção ao Brasil era pouco
significativo nas primeiras décadas do século XIX, pois a mão de obra livre já estava em franca
expansão no país.
B) As grandes turbulências mundiais de finais do século XVIII e de começos do XIX
prejudicaram a economia do Brasil, fortemente dependente do trabalho escravo, mas incapaz
de obter fornecimento regular e estável dessa mão de obra.

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C) Não obstante pressões britânicas contra o tráfico negreiro em direção ao Brasil, ele se
manteve alto, contribuindo para que a ordem nacional surgida com a Independência fosse
escravista.
D) Desde o final do século XVIII, criaram-se as condições para que a economia e a sociedade
do Império do Brasil deixassem de ser escravistas, pois o tráfico negreiro estava estagnado.
E) Rapidamente, o Brasil aderiu à agenda antiescravista britânica formulada no final do século
XVIII, firmando tratados de diminuição e extinção do tráfico negreiro e acatando as
imposições favoráveis ao trabalho livre.
Comentários
A despeito da pressão inglesa para que ocorresse o fim do tráfico negreiro para o Brasil, o mesmo
manteve-se em alta entre 1810 e 1830, o que contribuiu para a formação escravista da nossa
sociedade.
Gabarito: C

11. (G1 - IFBA 2016)


Neste país, que se presume constitucional e onde só deverão ter ação poderes delegados,
responsáveis, acontece, por defeito do sistema, que só há um poder ativo onímodo,
onipotente, perpétuo, superior à lei, e à opinião, e esse é justamente o poder sagrado,
inviolável e irresponsável. (Trecho do Manifesto Republicano, publicado no Jornal A
República, do Rio de Janeiro, em dezembro de 1870.)
Disponível em: <http:/www.historiamais.com/manifesto.htm>. Acesso em 20.09.2015.
A crítica apresentada pelo Manifesto Republicano de 1870 pode ser associada:
A) ao despototismo de D. Pedro II, no desrespeito à Constituição Imperial.
B) aos amplos e ilimitados poderes garantidos ao Imperador pelo Poder Moderador.
C) à irresponsabilidade de D. Pedro II no trato com o dinheiro e com as finanças públicas.
D) ao estado de corrupção e fraudes que envolvia D. Pedro II e grande parte de seus
assessores.
E) aos prejuízos econômicos do país nas negociatas que D. Pedro II realizou com a Inglaterra.
Comentários
A questão faz uma crítica ao poder moderador instituído na constituição brasileira de 1824. De
acordo com este poder, o imperador poderia interferir nas demais esferas de poder, ou seja, o
regime era uma monarquia constitucional, mas com uma fachada absolutista. Esta constituição foi
muito centralizadora desagradando às elites locais. No mesmo ano em que a carta foi outorgada,
ocorreu a Confederação do Equador em Pernambuco com caráter separatista e republicano.
Muitas críticas foram feitas a este documento como sugere o Manifesto Republicano de 1870.
Gabarito: B

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12. (PUCRS 2016)


Sobre a situação econômica e financeira do Brasil durante o Primeiro Reinado, é INCORRETO
afirmar que:
A) o Brasil passava por uma forte crise no comércio de exportação, devido à queda das suas
vendas externas de açúcar no mercado Europeu.
B) a situação brasileira se agravou na medida em que, depois do declínio da produção
aurífera colonial, a Inglaterra perdeu o interesse de ser parceira comercial do Brasil.
C) o imperador D. Pedro I fazia gastos excessivos e não voltados ao desenvolvimento
econômico, como o financiamento da Guerra da Cisplatina, além de existirem problemas na
arrecadação de impostos.
D) o café, que seria o grande produto brasileiro de exportação no século XIX, ainda não
ocupava espaço significativo no comércio exterior do país.
E) havia grande carência em transportes que, aliada às dimensões continentais do território
brasileiro, dificultava a integração econômica do novo país e o adequado aproveitamento de
suas riquezas naturais.
Comentários
O Brasil viveu uma grave crise econômica Brasil durante o Primeiro Reinado, 1822-1831, por vários
motivos. O país não conseguia emplacar nenhum produto na pauta de exportação, embora tivesse
inúmeros produtos para exportar. O café ainda não possuía muita relevância na pauta de
exportação. D. Pedro I gastava muito com o financiamento de guerras como a Guerra de
I à à à àC à àE à à à à Q à àC à à
outros. A Inglaterra não perdeu o interesse pelo Brasil, pois representava um mercado promissor.
A principal fonte de renda para o Brasil era através das tarifas alfandegárias. A queda na
exportação provocou desequilíbrio na balança comercial gerando a necessidade de fazer
empréstimos externos constantes comprometendo a renda alfandegária.
Gabarito: B

13. (G1 - IFSUL 2016)


A partir da segunda metade do século XIX, vários intelectuais, escritores, jornalistas e
políticos discutiam a relação existente entre a utilização da mão de obra escrava e a questão
do desenvolvimento nacional. Enquanto as nações europeias se industrializavam e buscavam
formas de ampliar a exploração da mão de obra assalariada, o Brasil se afastava desses
modelos de civilidade ao preservar a escravidão como prática rotineira.
Disponível em: http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/dia-abolicao-
escravatura.htm. Acesso em 21 set. 2015.

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A campanha abolicionista ganhou força nacional, mas ainda encontrava alguns obstáculos,
tais como:
A) a falta de apoio de alguns setores sociais, como o intelectual e o artístico.
B) a noção de escravo como um bem, o que exigia a indenização para os proprietários de
escravos.
C) a reação do proletariado urbano, pelo temor da concorrência da mão de obra escrava.
D) o apoio dos senhores de engenho para a abolição, principalmente do setor açucareiro,
devido à mecanização da agricultura nordestina.
Comentários
A questão aponta para um grande debate que se estabeleceu no Brasil ao longo do século XIX. A
discussão era sobre a utilização da mão de obra escrava e o desenvolvimento econômico nacional.
Muitos intelectuais e políticos criticavam a escravidão associando-a ao atraso, porém entendiam a
relevância da escravidão para a economia do Brasil. O escravo era um bem, uma propriedade,
acabar com a escravidão poderia exigir indenização.
Gabarito: B

14. (ESPM 2016)


...uma Constituição não é outra coisa que a ata do Pacto Social que fazem entre si os homens,
quando se juntam e associam para viver em reunião ou sociedade.
(Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo Caneca. Citado por Adriana Lopez e Carlos Guilherme
Mota in História do Brasil: uma interpretação).

As palavras do Frei Caneca foram proferidas a propósito de crítica ao modelo autocrático-


imperial de Pedro I.
Assinale a alternativa que apresente a revolução republicana e separatista que eclodiu no
nordeste, ocorrida contra o governo de Pedro I:

A) Revolução Pernambucana de 1817;


B) Sabinada;
C) Cabanagem;
D) Balaiada;
E) Confederação do Equador.

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Comentários
A Confederação do Equador (1824) eclodiu em razão do autoritarismo de D. Pedro I, que, no ano
anterior, fechou a Assembleia Constituinte, prendeu os deputados que a compunham e autorizou a
escritura de uma Constituição claramente absolutista para o país.
Gabarito: E

15. (G1 - IFBA 2016)


Os negros livres e libertos preocuparam os observadores do acaso do Império português no
Brasil, mas foi, sobretudo, pensando nos escravos que eles distinguiram a atuação de um
à àU à à à àC à à à à entre
1822 e 1823: (...) embora havendo no Brasil aparentemente só dois partidos [portugueses e
brasileiros], existe também um terceiro: o partido dos negros e das pessoas de cor, que é o
mais perigoso, pois se trata do mais forte numericamente falando. Tal partido vê com prazer
e com esperanças criminosas as dissensões existentes entre os brancos, os quais dia a dia têm
à à

Fonte: REIS, João José. O Jogo Duro do Dois de Julho: à P àN à àI à à


Bahia. In: REIS, João José & SILVA, Eduardo. Negociação e Conflito. A resistência negra no
Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 79-98.

áà à à à à à à à à à à à à à
independência na Bahia, pode ser explicada pela:
A) ameaça dos negros, escravizados e libertos, de se revoltarem contra os brancos e lutarem
pela continuidade do domínio lusitano sobre a colônia.
B) existência de uma organização partidária de negros livres e escravizados, que regulava
ações conjugadas em toda a colônia pela extinção do trabalho escravo.
C) participação de grande número de escravizados e negros livres na guerra de independência
do Brasil, que poderia evoluir para uma luta contra o regime de escravidão.
D) Ameaça de união entre as organizações antiescravistas brasileiras e os grupos
revolucionários que estabeleceram uma República de negros no Haiti, no final do século XVIII.
E) aliança firmada entre os negros libertos e os portugueses contra os proprietários de terras
brasileiros, que poderia resultar num decreto do governo lusitano extinguindo o trabalho
escravo na colônia.
Comentários
A questão aponta para a participação dos negros no processo de independência do Brasil, em
à à à à P àN à àB à à à à àáà à à à à
à à à à à à à à à àH à à à à à

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movimento, porém imprimiram um caráter social muito forte tomando o poder e exterminando
muitos brancos que eram associados à exploração. Desta forma, na guerra de independência do
Brasil a participação dos negros representava um risco aos interesses da elite.
Gabarito: C

16. (G1 - CFTMG 2016)


á à àI à à à à a-se em uma situação complicada.
Afora vozes isoladas, não apenas os grandes proprietários e traficantes, como toda a
população livre, estavam convencidos de que o fim do tráfico de escravos, a curto prazo,
provocaria um colapso na sociedade brasileira. No entanto, a Inglaterra, país de quem
dependia, pressionava cada vez mais em sentido contrário. Apesar da dependência brasileira,
a extinção do tráfico de escravos foi um longo processo de desavenças e acordos entre Brasil
àI
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2007, p. 192.

Dentre os fatores que contribuíram para a extinção do tráfico de escravos, é INCORRETO


afirmar que:
A) a Lei Eusébio de Queirós, de setembro de 1850, reconhecia que o tráfico equivalia à
pirataria.
B) o endividamento dos fazendeiros forçou a hipoteca de suas terras como pagamento aos
traficantes.
C) a Lei de Terras, aprovada em 1850, estipulava que os imigrantes não poderiam se tornar
proprietários fundiários.
D) a diminuição do tráfico transatlântico resultou no deslocamento de escravos da região
mineradora para suprir as necessidades de cativos na lavoura açucareira.
Comentários
O texto do historiador Boris Fausto aponta para o fim do tráfico de escravos e os possíveis
desdobramentos para a economia do Brasil. A Lei Eusébio de Queirós de 1850 proibiu o tráfico de
escravos. A partir desta data, o tráfico de escravos era concebido como pirataria. A Lei de Terras,
aprovada na mesma data, dificultava a aquisição de terras no Brasil, só através da compra, o que
dificultava a aquisição por parte de pessoas desprovidas de capital como os imigrantes. A referida
lei diminui drasticamente o fluxo de escravos para o Brasil gerando um comércio interprovincial de
escravos deslocados de várias regiões para a lavoura cafeeira (e não açucareira).
Gabarito: D

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17. (UECE 2016)


No que concerne à Confederação do Equador de 1824, analise as afirmações a seguir, e
assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) A Confederação costuma ser considerada um prolongamento da Revolução
Pernambucana de 1817.
( ) As propostas liberais, republicanas e federativas serviram de bandeira política para os
insurretos.
( ) Os revoltosos propunham a organização de uma república nos moldes dos Estados
Unidos da América.
( ) A adesão dos segmentos populares foi fundamental para unir todos os revoltosos.
( ) A imprensa, infelizmente, atuou contra o movimento e nenhum jornal nas províncias
envolvidas quis apoiar a causa.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


A) F, V, V, V, F.
B) V, F, F, V, V.
C) V, F, F, V, V.
D) V, V, V, F, F.
Comentários
A quarta afirmação é falsa, porque a Confederação era, originalmente, popular. Esse, aliás, era seu
grande diferencial;
A quinta afirmação é falsa, porque a imprensa esteve presente na Confederação. Líderes do
movimento, como Barata e Frei Caneca, tinham periódicos em Pernambuco.
Gabarito: D

18. (PUCSP 2016)


E à à àá à à à à à à à à à
metrópole e suas Cortes em muitos aspectos tidas por opressoras, agora plenamente
reconhecida por uma potência de primeira grandeza como eram os Estados Unidos,
à à à à à à àB
João Paulo Pimenta. A independência do Brasil e a experiência hispano-americana (1808-
1822). São Paulo: Hucitec, 2015, p. 448.

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O caráter exemplar que a independência da América espanhola representou, segundo o


texto, para aqueles que lutavam pela independência do Brasil pode ser identificado, por
exemplo, na:
A) capacidade de manter a coesão territorial da antiga colônia, que acabou por gerar uma
única e poderosa nação.
B) subserviência imediata aos interesses comerciais e políticos norte-americanos, que
rapidamente se impuseram sobre toda a América.
C) disposição de defender princípios emancipacionistas e enfrentar militar e politicamente as
forças da metrópole.
D) possibilidade de estabelecer laços comerciais imediatos e lucrativos com as antigas
colônias portuguesas do litoral africano.
Comentários
Somente a alternativa [C] está correta. O texto do pesquisador João Paulo Pimenta mostra a luta
da América Espanhola para realizar sua emancipação política frente a uma coroa espanhola
sempre gananciosa e disposta a manter seus privilégios. Salienta também o apoio dos Estados
Unidos à independência das jovens nações latino-americanas. Certamente isso serviu como
modelo e referência para a emancipação política do Brasil em 1822 diante da metrópole
portuguesa.
Gabarito: C

19. (PUCCAMP 2016)


República ou monarquia? Esse dilema esteve presente em todo o processo de Independência
do Brasil. Mas a monarquia acabou sendo o sistema adotado em terras brasileiras, ao
contrário do que ocorreu em outras nações americanas, pois, para essas novas nações
surgidas na América espanhola, a república:

A) promovia uma relativa descentralização do poder, uma vez que o regente deveria ser
eleito pelo povo.
B) significava um rompimento maior com a metrópole e a fragmentação do antigo império
colonial.
C) facilitava a manutenção de um vasto território nas mãos dos chefes de Estado e dos
proprietários rurais.
D) garantia a implantação do princípio da soberania popular e da igualdade de direitos na
América.
E) atendia o desejo de políticos liberais e conservadores de libertar as províncias do poder
metropolitano.

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Comentários
Basicamente, o grande diferencial entre a Independência do Brasil e as Independências da América
Espanhola foi a LIDERANÇA: no Brasil, um membro da Família Real portuguesa e na América
Espanhola, a classe social crioulla, excluída durante o período colonial. Daí os diferentes caminhos
políticos seguidos após as independências.
Gabarito: B

20. (UFRGS 2015)


Observe as figuras abaixo.

Considere as seguintes afirmações sobre o processo escravista no Brasil.


I. As relações sociais entre senhores e escravos, no Brasil, eram definidas pelo equilíbrio de
poder estabelecido pela miscigenação, conferindo à experiência histórica brasileira o caráter
de "democracia racial".
II. Os africanos deportados da África para a América desenvolveram mecanismos de
sociabilidade, constituindo famílias e formas de identidades sociais.
III. A Lei Áurea, além da emancipação dos escravos, decretava uma série de benefícios sociais
e políticos para os libertos.

Quais estão corretas?

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A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) I, lI e III.
Comentários
A afirmativa [I] está incorreta porque não existia nenhum tipo de democracia racial na época da
escravidão no Brasil. A divisão brancos/negros sempre existiu e foi rígida;
A afirmativa [III] está incorreta porque a Lei Áurea tinha apenas dois parágrafos, a saber: (1) está
abolida a escravidão no Brasil e (2) revogam-se todas as disposições em contrário.
Gabarito: B

21. (FGV 2015)


Observe o mapa.

Os dados do mapa mostram que a emancipação política do Brasil


A) efetivou-se com o chamado Grito do Ipiranga, porque todas as províncias do Brasil,
imediatamente, passaram a obedecer às ordens vindas do Rio de Janeiro na pessoa do

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Imperador Dom Pedro I e romperam todos os laços com as Cortes de Lisboa, defensoras da
recolonização brasileira.
B) ocorreu de forma homogênea, com a divisão da liderança do movimento emancipacionista
entre os principais comandos regionais do Brasil e com a constituição de acordos políticos
que garantiram a unidade territorial e a efetivação do federalismo.
C) dividiu as regiões brasileiras entre as defensoras de uma emancipação vinculada ao fim do
tráfico de escravos, caso das províncias do Norte e do Nordeste, e as províncias do Centro-
Sul, contrárias à separação definitiva de Portugal e favoráveis à constituição de uma
monarquia dual.
D) foi um processo complexo, no qual não houve adesão imediata de algumas províncias ao
Rio de Janeiro, representado pelo poder do imperador Dom Pedro I, pois essas províncias
continuaram fiéis às Cortes de Lisboa, levando à guerras de independência.
E) diferencia-se radicalmente das experiências da América espanhola, porque a América
portuguesa obteve a sua independência sem que houvesse qualquer movimento de
resistência armada por parte dos colonos ou da metrópole, interessados em uma separação
negociada.
Comentários
Somente a proposição [D] está correta. O mapa aponta para o processo de independência do
Brasil. O processo de independência do Brasil foi bem complexo começando em 1808 com a vinda
da corte portuguesa para o Brasil e a Abertura dos Portos rompendo com o pacto colonial e foi
concluído em 1831 quando D. Pedro I abdicou ao trono deixando para seu filho de apenas 5 anos
de idade. Havia dois grupos: os brasileiros compostos pela elite agrária e favoráveis a
independência e o grupo português muito forte no nordeste e contrário a independência. Assim,
quando ocorreu o grito do Ipiranga no dia 7 de setembro de 1822, era preciso nacionalizar a
independência considerando que boa parte era contrário a ela. Daí surgiram as guerras de
independência em 1823 constituindo praticamente uma guerra civil.
Gabarito: D

22. (IMED 2015)


A Constituição de 1824, primeira Constituição do Brasil, estabelecia:
I. Estado unitário, monárquico e hereditário.
II. Independência da Igreja Católica em relação ao Estado.
III. Voto indireto, censitário e aberto.

Quais estão corretas?


A) Apenas II.
B) Apenas I e II.

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C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
Comentários
A questão se refere à primeira constituição do Brasil, outorgada em 1824. Por meio dela o Brasil
tornou-se um Estado unitário, monárquico e hereditário, com voto direto, censitário (de acordo
com a renda) e aberto. Estabeleceu o Padroado e o Beneplácito, ou seja, a Igreja católica era
submissa ao Estado. Não havia independência da Igreja diante do Estado, isto surgiu apenas na
constituição brasileira de 1891.
Gabarito: C

23. (UERN 2015)


Observe o quadro.

A partir da análise do quadro e tendo em vista o contexto do Brasil no I Império, é possível


classificar o voto, naquele período, como

A) censitário, amplo, indireto e irrestrito.


B) universal, masculino, direto e representativo.
C) censitário, masculino, indireto e em dois graus.
D) universal, apartidário, direto e em quatro graus.
Comentários
A Constituição brasileira de 1824 restringia a participação da população ao voto: renda mínima
(critério censitário), voto masculino, eleição indireta e voto separado em dois graus (eleitor de

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província sendo eleito para eleger deputados e senadores) eram características do voto no
Primeiro Reinado.
Gabarito: C

24. (FGVRJ 2013)


A história da construção do Estado brasileiro na primeira metade do século XIX foi a história
da tensão entre unidade e autonomia. Por outro lado, no interior do Estado, de elites com
fortes vínculos com os interesses de sua região de origem e ao mesmo tempo comprometidas
com uma determinada política nacional, pautada pela negociação destes interesses e pela
manutenção da exclusão social, marcou não apenas o século XIX, como também o século XX.
Através do parlamento essas elites regionais têm imposto uma determinada dinâmica para o
jogo político que se materializa na imensa dificuldade de empreender reformas sociais
profundas.
Dolhnikoff, Miriam. O pacto imperial. As origens do federalismo no Brasil. São Paulo: Globo,
2005, p. 11-12.

De acordo com o ponto de vista apresentado no texto,


A) a história brasileira é marcada por práticas de tolerância política acentuadas nas últimas
décadas com a redemocratização do país.
B) o parlamento é a única instituição política imune aos interesses e ao controle das elites
regionais brasileiras.
C) as profundas reformas sociais só foram possíveis graças às transformações políticas
ocorridas na primeira metade do século XIX no Brasil.
D) a dinâmica política do Estado nacional se constituiu com base em negociações entre as
elites regionais e a exclusão social de outros setores.
E) as características descritas sobre o Estado revelam a supremacia do Poder Judiciário sobre
o Poder Legislativo na história política brasileira.
Comentários
A autora, no trecho citado, salienta o caráter elitista da vida política brasileira, com arranjos que
excluíam a participação popular no processo político. O próprio fato de que durante parte
considerável do Império (século XIX) o voto era censitário, restrito a uma limitadíssima parcela
mais rica da população, reforça essa característica que a República não reverteu de imediato.
Aspectos como o voto de cabresto e os currais eleitorais, típicos da República Velha, mostram
exatamente esse predomínio das elites locais no uso da política em benefício apenas de seus
interesses.
Gabarito: D

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25. (UPF 2012)


Em setembro de 1822, o príncipe regente Dom Pedro proclamou a separação do Brasil em
relação ao reino de Portugal. Sobre a independência do Brasil é correto afirmar:

A) Modificou parcialmente as estruturas do país, pois, embora tivesse mantido o latifúndio, a


monocultura e a escravidão, o Brasil tornou-se política e economicamente independente.
B) Não modificou o país em profundidade, pois manteve a concentração da terra, a
monocultura e a escravidão.
C) Modificou o país, pois a Lei de Terras propiciou um maior acesso à terra pela população.
D) Não chegou a modificar o país concretamente, pois as ideias de fim de escravidão e de
adoção de uma política agrária para o país não foram cumpridas, como queriam os
cafeicultores.
E) Representou um avanço social, pois o país passou a ser governado por uma família real
cuja mentalidade era abolicionista.
Comentários
A Independência foi um movimento essencialmente político, que retirou o Brasil do domínio
português, mas preservou as estruturas socioeconômicas tradicionais.
Gabarito: B

26. (UFPB 2012)


A pintura é uma manifestação artística que pode ser utilizada como fonte histórica,
reforçando uma versão da história. Nesse sentido, observe o quadro do pintor paraibano
Pedro Américo:

No campo da historiografia, essa imagem:


A) sintetiza o verdadeiro sentimento de toda a nação em relação a Portugal.
B) expõe a luta de classes existente no país no período da independência.

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C) expressa o apoio popular ao processo de autonomia política do Brasil.


D) representa uma visão heroica e romanceada da separação política do país.
E) mostra a independência como anseio de grupos subalternos.
Comentários
Oà à I à à à à à à à à àI à à à
pelo pintor brasileiro Pedro Américo, em Florença, encomendado por D. Pedro II e concluído em
1888. O imperador sempre foi visto como grande incentivador da cultura e das artes e neste
momento investia na Construção do Museu do Ipiranga, hoje denominado Museu Paulista. É um
quadro simbólico, que exalta um determinado evento, a proclamação da Independência,
destacando a figura do realizador no centro da tela.
Gabarito: D

27. (ESPCEX (Aman) 2013)


E à à à à à àC à à à à à à
à àE à à à à
(COTRIM, 2009)
O texto em epígrafe aborda a criação no Brasil, pela Constituição de 1824, do Poder:
A) Moderador.
B) Justificador.
C) Executivo.
D) Judiciário.
E) Legislativo.
Comentários
O Poder Moderador foi uma criação da Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, e dava ao
imperador o controle sobre as estruturas políticas e judiciais do país, caracterizando seu governo
como centralizador e autoritário.
Gabarito: A

28.
A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais,
incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de
independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder
central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram
então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria
aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico
negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de terras

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que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado


pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada
pelo governo imperial.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado).

Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador


envolveu, a princípio,
A) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado.
B) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização
política.
C) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava
subjugar o Rio de Janeiro.
D) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da
hegemonia do Rio de Janeiro.
E) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a
ascensão de D. Pedro I ao trono.
Comentários
A questão analisa a atuação de diferentes segmentos sociais num movimento de luta contra um
poder centralizador constituído. Trata-se da Confederação do Equador em 1824, um movimento
revolucionário de caráter emancipacionista e republicano ocorrido no Nordeste do Brasil a partir
de Pernambuco e integrando Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. O movimento representou a
principal reação contra a tendência absolutista e a política centralizadora do governo de D. Pedro
I (1822-1831), esboçada na Constituição de 1824.
Movimentos de caráter revolucionário ocorridos no Brasil, também considerados populares,
caracterizaram-se pela congregação de diferentes segmentos sociais em luta contra um poder
centralizador, como foram os casos da Revolta dos Alfaiates (Conjuração Baiana) em 1798 e a
Cabanagem (Pará) entre 1835 e 1840.
Gabarito: B

29. (UFRGS 2013)


Em 1824, é outorgada a Constituição do Império do Brasil. Entre suas características,
podemos afirmar que:
A) dividia os poderes do Estado exclusivamente em Executivo, Legislativo e Magistratura.
B) separava a Igreja Católica do Estado Laico.
C) previa a eleição direta do Primeiro Ministro.
D) estabelecia o voto universal e secreto para a população masculina.
E) dividia os poderes do Estado em Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador.

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Comentários
A 1ª Constituição do Brasil foi outorgada (imposta) por Dom Pedro I. Esta Carta Constitucional
organizava os poderes de Estado em 4: Judiciário, Legislativo, Executivo, além do Poder
M àE à à à àI à à à à - à à à à
organização da política do Império. Este poder permitia ao Imperador intervir em todos os demais
poderes do Estado.
Gabarito: E

30. (UFPR 2011)


T à à à à à à à à à à à à à à
de independência foram para o melhor. Raramente, por exemplo, consideramos um
movimento de independência como uma regressão, um triunfo do despotismo sobre a
liberdade, de um regime imposto sobre um regime representativo. Apesar disso, no caso da
à àB à à à à à à à à à
á à àMáXWELL àK à P à à àB à à àOà à à àI à
MOTTA, C. G. (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira. São Paulo: Editora Senac,
2000, p 181.)
Qual dos eventos citados a seguir gerou as acusações mencionadas no texto?
A) A outorga da Constituição de 1824, feita por D. Pedro I depois de dissolvida a Assembleia
Constituinte que elaborava o texto constitucional.
B) O tratado de comércio que estipulou vantagens econômicas para a Inglaterra.
C) O incentivo à imigração europeia e a gradual emancipação dos escravos, resultado de
políticas públicas realizadas no período monárquico com objetivo de promover a transição do
trabalho escravo para o trabalho livre.
D) A guerra empreendida contra o Paraguai na década de 1860.
E) A decretação da maioridade de D. Pedro II que, em 1840, favoreceu as medidas de
à à à à à à à à
Comentários
A uma única alternativa que retrata uma situação vivida pelo Brasil após a independência. Apesar
de obter a liberdade, o país ficou sob o governo de um monarca português, D. Pedro I, herdeiro do
trono de Portugal que, com o apoio da elite portuguesa residente no Brasil e ligada ao comércio,
deu um golpe, fechou a Assembleia Constituinte, prendeu diversos deputados e impôs uma
Constituição centralizadora e autoritária ao país.
Gabarito: A

31. (Unesp 2013)


O Brasil assistiu, nos últimos meses de 1822 e na primeira metade de 1823,

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A) ao reconhecimento da Independência brasileira pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e por


Portugal.
B) ao esforço do imperador para impor seu poder às províncias que não haviam aderido à
Independência.
C) à libertação da Província Cisplatina, que se tornou independente e recebeu o nome de
Uruguai.
D) à pacífica unificação de todas as partes do território nacional, sob a liderança do governo
central, no Rio de Janeiro.
E) à confirmação, pelas Cortes portuguesas e pela Assembleia Constituinte, do poder
constitucional do imperador.
Comentários
O período que se seguiu a proclamação da independência foi marcado por um conjunto de
à à à à à à à áà à à à à
historicamente pela ideia de que a Independência do Brasil foi pacífica, desprezando as lutas das
populações urbanas e das elites agrárias regionais, destacando-se as províncias do Norte
(nordeste) do Brasil. Tais conflitos se deram pela resistência de militares e mercadores lusitanos,
contrários à Independência, e, em diversas casos, a vitória ocorreu com a ajuda de mercenários.
Gabarito: B

32. (G1 - IFCE 2014)


Era característica da Primeira Constituição Brasileira, de 1824:

A) ser imposta pelo Imperador D. Pedro I.


B) ser fruto de uma Assembleia Constituinte decorrente da Confederação do Equador.
C) instituir o voto universal, secreto, obrigatório, para maiores de 18 anos, independente de
ser alfabetizado ou não.
D) estabelecer três poderes, que funcionaram em harmonia e independência.
E) decretar o fim da escravidão, além de definir direitos, como a propriedade de terras, para
os indígenas e seus descendentes que ainda viviam no Brasil.
Comentários
Somente a alternativa [A] está correta. A independência do Brasil ocorreu em 1822 e o país
necessitava de uma constituição. Em 1823 foi criada a Assembleia Nacional Constituinte para
elaborar o projeto constitucional. Porém o projeto da mandioca não agradou o imperador D. Pedro
I que dissolveu a Assembleia. Desta forma, a constituição de 1824 foi outorgada, ou seja, imposta
para o país. As demais alternativas estão incorretas. A Confederação do Equador ocorreu em

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Pernambuco logo após a constituição. O voto não era secreto. Havia quatro poderes sendo o
à à à à M àáà à à à à à àMaio de 1888.
Gabarito: A

33. (FGV 2013)


A independência, porém, pregou uma peça nessas elites. Um ano após ser convocada, a
Assembleia Constituinte foi dissolvida e em seu lugar, o imperador designou um pequeno
à à à àC à à à à à à à à
semelhantes aos dos reis absolutistas. Um exemplo disso foi a criação do Poder Moderador
(...)
(Mary del Priore e Renato Venancio, Uma breve história do Brasil)
Esse poder:
A) ampliava os direitos das Assembleias Provinciais, restringia a ação do Imperador no
tocante à administração pública e a ação do Senado.
B) permitia que o Imperador reformasse a Constituição por decreto-lei e que escolhesse parte
dos deputados provinciais.
C) sofria de uma única limitação institucional, pois o Estado brasileiro não tinha direito de
interferir nos assuntos relacionados com a Igreja Católica.
D) proporcionava ao soberano poderes limitados, o que permitiu alargamento da autonomia
política e econômica das províncias do Império.
E) oferecia importantes prerrogativas ao Imperador, como indicar presidentes de províncias,
nomear senadores e suspender magistrados.
Comentários
O Poder Moderador dava a D. Pedro I a prerrogativa de intervir nos demais três poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário). Tal poder dava ao imperador, na prática, todo o poder político
do Brasil independente.
Gabarito: E

34. (Upe 2010)


A liberdade política exige lutas e enfrentamentos, muitas vezes, violentos. Em Pernambuco, a
insatisfação da população levou à organização da Confederação do Equador, logo depois de
1822.

Liderada pelos liberais, a Confederação tinha como objetivo:


A) afirmar um governo baseado numa Monarquia Constitucional, segundo os modelos do
Iluminismo francês.

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B) definir um governo democrático, com o fim imediato da escravidão e do governo


monárquico.
C) reforçar a centralização política, sem, contudo, alterar a Constituição de 1824 e suas
normas básicas.
D) criar uma república federativa, facilitando a descentralização política e o fim do
autoritarismo.
E) destruir o poder dos grandes latifundiários, proclamando uma constituição radicalmente
liberal.
Comentários
A Confederação do Equador foi o principal movimento de contestação ao autoritarismo de D.
Pedro I, manifestada pelo centralismo político imposto pela Constituição e pela nomeação de
Francisco Paes Barreto como presidente da província, em lugar de Pais de Andrade, apoiado pelo
povo. Na organização do movimento foi de grande importância o papel da imprensa, em especial
dos jornais A Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco, de Cipriano Barata e do Tífis
Pernambucano de Frei Caneca.
Gabarito: D

35. (PUCRS 2014)


Depois de declarada a Independência do Brasil, foi necessário dar uma ordenação legal ao
novo país por meio da sua primeira constituição. Sobre esse processo, é INCORRETO afirmar
que:
A) O primeiro projeto de constituição recebeu o nome de Constituição da Mandioca, porque
estabelecia que, para votar ou se eleger, a pessoa deveria comprovar uma renda mínima,
equivalente a determinada quantidade de alqueires plantados desse vegetal.
B) A Assembleia Legislativa reunida em 1823 para elaborar a primeira Constituição do Brasil
foi dissolvida por D. Pedro I, por ter proposto um projeto que privilegiava os grandes
proprietários de terra e excluía os pobres da participação política.
C) A primeira Constituição do Brasil foi outorgada por D. Pedro I e estabelecia o voto
censitário e a formação de quatro poderes Legislativo, Judiciário, Executivo e Moderador ,
ficando os dois últimos sob controle do Imperador.
D) A primeira Constituição brasileira, estabelecida em 25 de março de 1824, instituiu uma
monarquia hereditária no Brasil e o catolicismo como religião oficial do novo País,
subordinando a Igreja ao controle do Estado.
E) Instituído pela Constituição outorgada de 1824, o Poder Moderador garantia a D. Pedro I o
direito de nomear ministros, dissolver a Assembleia Legislativa, controlar as Forças Armadas e
nomear os presidentes das províncias, favorecendo a concentração de poderes no
Imperador.

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Comentários
A Assembleia Constituinte de 1823 foi dissolvida por d. Pedro I porque propunha uma Constituição
que restringia o poder imperial, e não porque excluía a população de baixa renda do jogo político.
Gabarito: B

36. (IFSP 2011)


Compare os dois excertos dados.
A- D àP ro I, por graça de Deus e unânime aclamação dos povos, Imperador Constitucional
e Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber a todos os nossos súditos, que tendo-nos
requerido os povos deste Império, junto em Câmaras, que nós quanto antes jurássemos e
fizé à à à à àC à à Preâmbulo da Constituição Política do
Império Brasileiro, 1824)
B- N à à à à à à àá àN àC à
para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e
individuais, a liberdade, a segurança,o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça,
como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos (...)
à à à à à D à à à C à Preâmbulo da
Constituição da República Federativa do Brasil, 1988)

I. As duas Constituições foram feitas por Assembleias Constituintes (no século XIX, chamadas
de Câmaras) e, portanto, as duas Cartas foram promulgadas.
II. Na primeira Constituição Brasileira há a ideia de que o poder Executivo existe pela graça de
Deus, enquanto, na atual, a Assembleia Constituinte se colocou sob a proteção de Deus.
III. A Constituição Imperial trazia quatro poderes, sendo o poder Moderador o mais
importante, pois dele dependiam os outros poderes; na Constituição de 1988, não se
apresenta a superioridade de nenhum poder sobre os demais, pois tornou- se fundamental, à
época, a busca da igualdade perante a lei e a prática da justiça.

Assinale a alternativa:
A) se I, II e III forem corretas.
B) se apenas II e III forem corretas.
C) se apenas I e II forem corretas.
D) se apenas I e III forem corretas.
E) se apenas a I for correta.

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Comentários
A Constituição de 1824 foi outorgada (imposta) pelo Imperador D. Pedro I e é considerada
centralizadora e autoritária, principalmente pela existência do Poder Moderador, de uso exclusivo
do Imperador e colocado acima dos demais. Nessa época, as ideias iluministas, que defendiam a
à à à à à à à à à à à à à à à à
Brasil.
Gabarito: B

37.
Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado por inúmeras crises:
as diversas forças políticas lutavam pelo poder e as reivindicações populares eram por
melhores condições de vida e pelo direito de participação na vida política do país. Os conflitos
representavam também o protesto contra a centralização do governo. Nesse período,
ocorreu também a expansão da cultura cafeeira e o surgimento do poderoso grupo dos
"barões do café", para o qual era fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico
negreiro.
O contexto do Período Regencial foi marcado:

A) por revoltas populares que reclamavam a volta da monarquia.


B) por várias crises e pela submissão das forças políticas ao poder central.
C) pela luta entre os principais grupos políticos que reivindicavam melhores condições de
vida.
D) pelo governo dos chamados regentes, que promoveram a ascensão social dos "barões do
café".
E) pela convulsão política e por novas realidades econômicas que exigiam o reforço de velhas
realidades sociais.
Comentários
Oà à à à à à à à à à à à
rebeliões que ocorreram nas diversas regiões do Brasil, levadas a cabos pelas camadas excluídas do
poder, agravadas pela exclusão econômica e social em alguns casos.
Apesar de sabermos que o tráfico não permanecerá por muito tempo, ele ainda existiu por quase
20 anos após a abdicação de D. Pedro I. A Lei de 1831 do ministro Feijó não foi cumprida, dada à
tendência da elite tradicional em manter o braço escravo na lavoura (situação que se modificou em
grande parte fruto das pressões inglesas).
Gabarito: E

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38. (UPF 2016)


As revoltas provinciais do período Regencial, que varreram o país de norte a sul, tiveram
distintos atores sociais e propostas.
áà à ezadas pela corte, curtindo o exílio dentro do país, e insatisfeitas com a
‘ à à
(FAORO, Raymundo. Os donos do poder. v.1, 5. Ed., 2012, p. 320).

Sobre essas revoltas, considere as afirmações a seguir.


I. A Cabanagem ocorreu no Pará e teve ampla participação de elementos de baixa condição
social (índios, seringueiros, lavradores e caboclos), os quais não tinham um programa
sistemático de reivindicações, mas demonstravam seu ódio aos portugueses.
II. A Guerra dos Farrapos foi liderada pela elite dos estancieiros e teve como principal
proposta a abolição incondicional da escravidão no Rio Grande do Sul e a defesa do trabalho
assalariado.
III. A Sabinada reuniu uma base ampla de apoio, incluindo integrantes da classe média e do
comércio de Salvador. Uma de suas bandeiras de luta foi a adoção do federalismo.
IV. A Balaiada caracterizou-se por sucessivos levantes, inclusive de escravos, sem unidade
entre si, o que levou a ser vencida pelas tropas legalistas com relativa facilidade. O
separatismo não foi proposto pelos rebeldes.

Está correto apenas o que se afirma em:


A) I e II.
B) I, II e III.
C) I, III e IV.
D) II e III.
E) II, III e IV.
Comentários
A questão remete às revoltas que ocorreram no Brasil durante o período Regencial, 1831-1840.
Após a abdicação de D. Pedro I, em 7 de abril de 1831, começou o período Regencial. Caracterizam
este contexto histórico, a formação do Estado Nacional brasileiro, a consolidação do processo de
independência do Brasil, a participação dos humildes na vida pública sendo massacrados e o
surgimento de muitas revoltas, algumas de caráter separatista.
A Guerra dos Farrapos, 1835-1845, uma das mais importantes deste período, ocorreu no Rio
Grande do sul. Este movimento estava ligado aos interesses dos estancieiros em relação alta

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taxação do charque gaúcho, não tinha como objetivo acabar com a escravidão e não defendia o
trabalho assalariado.
Gabarito: C

39. (G1 - IFBA 2016)


Durante o Período Regencial 1831-1840 o Brasil foi palco de diferentes tipos de rebeliões
como a Farroupilha, a Cabanagem, a Balaiada, entre outras. Embora apresentem
particularidades, esses movimentos apontam para pontos comuns como:

A) o questionamento da unidade territorial, apresentando projetos separatistas e


republicanos.
B) a proposta de antecipar a maioridade de D. Pedro, como forma de garantir um governo de
base nacional.
C) o estabelecimento temporário de um novo regime político, capaz de unir o país até a posse
de D. Pedro II.
D) a extinção imediata do sistema de escravidão e o estabelecimento do trabalho assalariado
em todos os setores econômicos.
E) a luta contra a grande propriedade e pela reforma agrária que permitisse uma
reestruturação agrária no país.
Comentários
A questão aponta para o Período Regencial, 1831-1840. Neste contexto, completou-se a
independência do Brasil considerando que o país foi governado por brasileiros, começou a esboçar
um Estado Nacional, surgiram partidos políticos. A elite brasileira entrou em conflitos pelo poder,
havia um grupo que defendia a centralização administrativa, e outro que apoiava o federalismo, ou
seja, maior autonomia para as províncias. Eclodiram diversas revoltas no país com um projeto
separatista e republicano como a Farroupilha no Rio Grande do Sul.
Gabarito: A

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40. (Ulbra 2016)

Queremos Pedro II,


Ainda que não tenha idade
A nação dispensa a lei.
Viva a Maioridade!
________________________
Por subir Pedrinho ao trono,
Não fique o povo contente;
Não pode ser coisa boa
Servindo com a mesma gente.
(Disponível em http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/antecipacao.html)

Os dois versos se referem ao processo que culminou com a antecipação da maioridade de D.


Pedro II em 1840 e permitem vislumbrar as preocupações na transição para o Segundo
Império.
I. A ideia de a nação dispensar a lei encobria a ilegalidade de alçar ao trono um nobre com 14
anos de idade, assim como encerrar o período denominado como Regencial.
II. Grafar Pedro no diminutivo induz ao pensamento de que o momento correto para a
coroação do Imperador deveria respeitar o período de amadurecimento estabelecido pelo
projeto das Regências.
III. Nos dois últimos versos da segunda estrofe, a discussão é posta no sentido de que existe
um grupo interessado na subida ao trono e que interesses políticos e econômicos específicos
podem não satisfazer a nação como um todo.

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Está(ão) correta(s):
A) Somente a I.
B) I e II.
C) I e III.
D) II e III.
E) I, II e III.
Comentários
Somente a proposição [E] está correta. A questão aponta para o Golpe Liberal da Maioridade em
julho de 1840 quando D. Pedro II assumiu o trono com 15 anos incompletos. Neste momento
acabou o período Regencial caracterizado por inúmeras revoltas, algumas com caráter separatista.
As três assertivas estão condizentes com o texto. ==0==

Gabarito: E

41. (ESPCEX (Aman) 2016)


Pedro I abdicou do trono, em 1831, em favor de seu filho Pedro de Alcântara, iniciando-se no
Brasil o Período Regencial. A partir de 1840 e durante todo o período imperial, a vida política
do País passou a ser dominada pelos:

A) liberais e conservadores.
B) conservadores e socialistas.
C) liberais e republicanos.
D) comunistas e republicanos.
E) liberais e anarquistas.
Comentários
A questão remete ao Brasil no século XIX. Em 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou do trono
passando o poder para seu filho de 5 anos. Entre 1831 e 1840, ocorreu o Período Regencial com a
consolidação da independência do Brasil, a formação do estado nacional brasileiro, o surgimento
de partidos políticos como o Partido Liberal e o Partido Conservador. Estes dois partidos
dominaram a vida política do país ao longo do Segundo Reinado, 1840-1889.
Gabarito: A

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42. (Fuvest 2016)


Examine o gráfico.

O gráfico fornece elementos para afirmar:


A) A despeito de uma ligeira elevação, o tráfico negreiro em direção ao Brasil era pouco
significativo nas primeiras décadas do século XIX, pois a mão de obra livre já estava em franca
expansão no país.
B) As grandes turbulências mundiais de finais do século XVIII e de começos do XIX
prejudicaram a economia do Brasil, fortemente dependente do trabalho escravo, mas incapaz
de obter fornecimento regular e estável dessa mão de obra.
C) Não obstante pressões britânicas contra o tráfico negreiro em direção ao Brasil, ele se
manteve alto, contribuindo para que a ordem nacional surgida com a Independência fosse
escravista.
D) Desde o final do século XVIII, criaram-se as condições para que a economia e a sociedade
do Império do Brasil deixassem de ser escravistas, pois o tráfico negreiro estava estagnado.
E) Rapidamente, o Brasil aderiu à agenda antiescravista britânica formulada no final do século
XVIII, firmando tratados de diminuição e extinção do tráfico negreiro e acatando as
imposições favoráveis ao trabalho livre.
Comentários
A despeito da pressão inglesa para que ocorresse o fim do tráfico negreiro para o Brasil, o mesmo
manteve-se em alta entre 1810 e 1830, o que contribuiu para a formação escravista da nossa
sociedade.
Gabarito: C

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43. (Vunesp 2012)


A maioridade do príncipe D. Pedro foi antecipada, em 1840, para que ele pudesse assumir o
trono brasileiro. Entre os objetivos do chamado Golpe da Maioridade, podemos citar o
esforço de:
A) obter o apoio das oligarquias regionais, insatisfeitas com a centralização política ocorrida
durante o Período Regencial.
B) ampliar a autonomia das províncias e reduzir a interferência do poder central nas unidades
administrativas.
C) abolir o Ato Adicional de 1834 e aumentar os efeitos federalistas da Lei Interpretativa do
Ato, editada seis anos depois.
D) promover ampla reforma constitucional de caráter liberal e democrático no país, reagindo
ao centralismo da Constituição de 1824.
E) restabelecer a estabilidade política, comprometida durante o Período Regencial, e conter
revoltas de caráter regionalista.
Comentários
O golpe da maioridade foi articulado pelo Partido Liberal, como forma de recuperar o poder que
estava nas mãos de Araújo Lima do Partido Conservador. No entanto, a lei que antecipou a
maioridade de D. Pedro II foi aprovada com o apoio de deputados do Partido Conservador, que
viam nesse procedimento político uma forma de garantir a unidade nacional e centralizar o poder,
já que as rebeliões que ocorriam no país ameaçavam a unidade territorial.
Gabarito: E

44. (Vunesp 2013)


A Revolução Farroupilha foi um dos movimentos armados contrários ao poder central no
Período Regencial brasileiro (1831-1840). O movimento dos Farrapos teve algumas
particularidades, quando comparado aos demais.

Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador Braga e entreguei o governo ao seu
substituto legal Marciano Ribeiro. E em nome do Rio Grande do Sul eu lhe digo que nesta
província extrema [...] não toleramos imposições humilhantes, nem insultos de qualquer
espécie. [...] O Rio Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para o Rio da Prata.
Merece, pois, maior consideração e respeito. Não pode e nem deve ser oprimido pelo
despotismo. Exigimos que o governo imperial nos dê um governador de nossa confiança, que
olhe pelos nossos interesses, pelo nosso progresso, pela nossa dignidade, ou nos separaremos
do centro e com a espada na mão saberemos morrer com honra, ou viver com liberdade.
(Bento Gonçalves [carta ao Regente Feijó, setembro de 1835] apud Sandra Jatahy Pesavento.
A Revolução Farroupilha, 1986.)

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Entre os motivos da Revolução Farroupilha, podemos citar


A) o desejo rio-grandense de maior autonomia política e econômica da província frente ao
poder imperial, sediado no Rio de Janeiro.
B) a incorporação, ao território brasileiro, da Província Cisplatina, que passou a concorrer
com os gaúchos pelo controle do mercado interno do charque.
C) a dificuldade de controle e vigilância da fronteira sul do império, que representava
constante ameaça de invasão espanhola e platina.
D) a proteção do charque rio-grandense pela Corte, evitando a concorrência do charque
estrangeiro e garantindo os baixos preços dos produtos locais.
E) a destruição das lavouras gaúchas pelas guerras de independência na região do Prata e a
decorrente redução da produção agrícola no Sul do Brasil.
Comentários
A Revolução Farroupilha iniciou-se durante o período regencial e se estendeu até o Segundo
Reinado, liderada pela elite gaúcha, formada principalmente por estancieiros criadores de gado e
produtores de charque. É considerado um movimento republicano e separatista, apesar de que, no
texto, ainda no primeiro momento da Revolução, os representantes dos rebeldes façam
reivindicações, exigindo direitos e maior autonomia, e não a separação.
Gabarito: A

45. (Unicamp Simulado 2011)


Desde 1835 cogitava-se antecipar a ascensão de D. Pedro II ao trono. A expectativa de um
imperador capaz de garantir segurança e estabilidade ao país era muito grande. Na imagem
do monarca, buscava-se unificar um país muito grande e disperso.
(Adaptado de Lilia Moritz Schwarcz. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos
trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 64, 70, 91.)

No período regencial, a estabilidade e a unidade do país estavam ameaçadas porque


A) a ausência de um governo central forte causara uma crise econômica, devido à queda das
exportações e à alta da inflação, o que favorecia a ocorrência de distúrbios sociais e o
aumento da criminalidade.
B) o desenvolvimento econômico ocorrido desde a transferência da corte portuguesa para o
Rio de Janeiro levou as elites provinciais a desejarem a emancipação em relação à metrópole.
C) a ausência de um representante da legitimidade monárquica no trono permitia
questionamentos ao governo central, levando ao avanço do ideal republicano e à busca de
maior autonomia por parte das elites provinciais.

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D) a expansão da economia cafeeira no sudeste levava as elites agrárias a desejarem uma


maior participação no poder político, levando à ruptura da ordem monárquica e à
instauração da república.
Comentários
Estendendo-se de 1831 a 1840, o governo regencial abriu espaço para diferentes correntes
políticas, como a dos liberais, subdivididos entre moderados e exaltados, cujas posições políticas
iam desde a manutenção das estruturas monárquicas até a formulação de um novo governo
republicano e a dos restauradores, em sua maioria portugueses defensores de que a estabilidade
só se daria com o retorno de Dom Pedro I.
A existência de diferentes posições políticas, revelando a falta de unidade entre os integrantes da
política nacional, gerou um quadro de disputas e instabilidade. Umas das mais claras
consequências desses desacordos foram as revoltas deflagradas durante a regência. A Sabinada na
Bahia, a Balaiada no Maranhão e a Revolução Farroupilha na região Sul foram todas manifestações
criadas em consequência da desordem que marcou todo o período regencial.
Gabarito: C

46. (UEL 2013)


No contexto histórico das transformações ocorridas no século XIX, que envolveram questões
da identidade nacional e da política, no Brasil, após a abdicação de D. Pedro I, ocorreu uma
grave crise institucional. As tentativas de superação por meio das Regências provocaram uma
série de revoltas como a Sabinada (BA), a Balaiada (MA) e a Cabanagem (PA).

A superação da crise, que coincidiu com o fim do período regencial, deveu-se à:


A) antecipação da maioridade do príncipe herdeiro.
B) consolidação da Regência Una e Permanente.
C) formação e consolidação do Partido Republicano.
D) fundação das agremiações abolicionistas.
E) volta imediata de D. Pedro I às terras brasileiras.
Comentários
[A] Correta. A crise regencial só foi resolvida após a Campanha da Maioridade, na qual o príncipe
herdeiro, Pedro de Alcântara, teve a autorização para assumir o trono, mesmo não tendo a
maioridade legal.
[B] Incorreta. A posse de Pedro de Alcântara, ou Dom Pedro II, pôs fim às crises do período
regencial e à ideia de regência.

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[C] Incorreta. A formação do partido Republicano ocorre em meados do século XIX e sua
consolidação, no final do século, não havendo aspirações republicanas formais no início do
Segundo Império.
[D] Incorreta. A fundação das agremiações abolicionistas se deu em meados do século XIX,
sobretudo após as limitações do tráfico negreiro pelos ingleses.
[E] Incorreta. D. Pedro I permaneceu em Portugal, sendo declarado Rei sob o Título de Dom
Pedro IV.
Gabarito: A

47. (UESPI 2012)


Após a abdicação de D. Pedro I ao trono, o Brasil foi governado por Regências Trinas,
conforme previa a Constituição, mas o Ato Adicional de 1834 provocou algumas mudanças,
entre as quais se estabelecia:
A) a regência una, para a qual o candidato era eleito e não mais indicado pela Assembleia
Nacional, saindo vitorioso no primeiro pleito o Padre Diogo Antônio Feijó.
B) a eleição direta e secreta de um regente, cuja candidatura era efetivada por seu partido
político, ganhando em primeiro lugar o brigadeiro Francisco de Lima e Silva.
C) a nomeação de um regente escolhido pelo presidente do Senado, a partir de uma lista
composta dos nomes de três deputados, sendo nomeado o ministro Diogo Antonio Feijó.
D) as regências unas provisórias, cujo regente seria escolhido entre os deputados provinciais,
que revezavam-se no poder, sendo o primeiro, José da Costa Carvalho.
E) a eleição popular de um regente, que ocuparia o cargo até a maioridade do herdeiro do
trono, sendo eleito em primeiro lugar o senador Nicolau Vergueiro.
Comentários
Considera-se o Ato Adicional uma medida liberal, que promoveu certa descentralização política no
país e um divisor de águas, com a configuração mais explícita dos partidos Liberal e Conservador. A
Regência Una substituiu a Regência Trina e o ex-ministro da Justiça, Feijó, foi o primeiro regente
eleito, representando as tendências liberais.
Gabarito: A

48. (UESPI 2012)


Durante o governo Regencial, foi criada no Brasil a Guarda Nacional (1831), que teve entre
seus objetivos:
A) apoiar o reinado de D. Pedro I na consolidação da Independência.
B) proteger os grupos que lideravam a oposição à aristocracia rural.
C) substituir as tropas das milícias do exército e reforçar o poder das elites agrárias.

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D) proteger as fronteiras quanto a possíveis invasões, sobretudo as do Nordeste.


E) conter as rebeliões e motins que pudessem perturbar a ordem institucional militar.
Comentários
As tropas existentes até então eram irregulares, desde a independência do Brasil, mesclando
soldados de origem portuguesa e brasileiros. A Guarda Nacional foi organizada a partir de cada
província, com certa autonomia, comandada por latifundiários locais, os coronéis, que, na prática,
passaram a deter grande poder, apesar de, em tese, estarem subordinados ao Ministério da
Justiça.
Gabarito: C

49. (UECE 2014)


O período historicamente conhecido como Período Regencial foi caracterizado:
A) por rebeliões populares cujas ações exigiam o retorno da antiga realidade social com a
volta de Pedro I ao poder.
B) pela promoção política e pela ascensão social dos setores menos favorecidos
proporcionadas pelos regentes.
C) por um conjunto de rebeliões populares que clamavam pelo estabelecimento da republica
e pelo final da escravidão.
D) pela convulsão política que desencadeou varias rebeliões que questionavam as estruturas
estabelecidas.
Comentários
O período regencial foi marcado pela agitação política causada, principalmente, pela oposição
entre os partidos Liberal Moderado e Liberal Exaltado. Essa agitação, somada a outros fatores,
contribuiu para a eclosão de uma série de revoltas país afora, como a Balaiada, a Sabinada e a
Farroupilha.
Gabarito: D

50. (UFTM 2012)


No Brasil, os anos que se seguiram à Independência foram marcados por crises políticas e
revoltas em várias províncias. A situação ganhou novos rumos com o Golpe da Maioridade,
que pode ser caracterizado como:

A) o movimento que afastou D. Pedro I e deu início ao Período Regencial.


B) a luta entre monarquistas e republicanos, que marcou o Primeiro Reinado.
C) a manobra do Partido Liberal, que antecipou a coroação de D. Pedro II.

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D) a reação conservadora, que restringia o poder das assembleias provinciais.


E) a ação de Feijó que, com apoio da Guarda Nacional, instituiu a Regência Una.
Comentários
Durante o período regencial, conservadores e liberais se alternaram no poder. Ao final de 1839, na
tentativa de afastar os conservadores da Regência e retomar o controle político do Brasil, os
liberais fundam o Clube da Maioridade e, com o apoio da imprensa que era contrária à
à à à à à à à G à à M à A
Assembleia Geral aprova a antecipação da maioridade do Imperador, que assume o trono
brasileiro em 23 de julho de 1840, aos 14 anos de idade.
Gabarito: C

51. (G1 - Col. Naval 2011)


"A revolta de 1835, também chamada a * grande insurreição', foi o ponto culminante de uma
série que vinha desde 1807. A revolta desses escravos islamizados, em consequência, não
será apenas uma eclosão violenta mas desorganizada, apenas surgida por um incidente
qualquer. Será, pelo contrário, planejada nos seus detalhes, precedida de todo um período
organizativo (...). Reuniam-se regularmente para discutirem os planos de insurreição, muitas
vezes j untamente com elementos de outros grupos do centro da cidade. (...) O movimento
vinha sendo articulado também entre os escravos dos engenhos e os quilombolas da
periferia. (...) O plano não foi cumprido na íntrega porque houve delação. (...) os escravos,
vendo que tinham de antecipar a revolta, lançaram-se à carga de qualquer maneira. (...)
Derrotada a insurreição, os seus líderes se portaram dignamente."

(Moura,Clóvis. Os Quilombos e a Rebelião Negra. 7 ed. São Paulo, Brasiliense, 1987. pp. 63-
69.)

Sobre a rebelião escrava relatada no texto, é correto afirmar que:


A) foi comandada por Ganga Zumba que planejava implantar um território livre no Recôncavo
Baiano.
B) nessa rebelião, chamada de Revolta dos Males, participaram escravos de diversas etnias
que pretendiam acabar com a escravidão na Bahia.
C) a revolta ocorreu devido à intolerância religiosa, já que os escravos foram impedidos de
praticar sua religião, o Candomblé.
D) seu líder Zumbi dos Palmares, após longa resistência às tropas do governo, acabou sendo
preso e enforcado e o quilombo foi destruído.
E) nessa rebelião, denominada Conjuração Baiana, os revoltosos queriam a independência do
Brasil e o fim da escravidão.

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Comentários
Rebelião que ocorreu no período regencial é pouco conhecida e pouco estudada. Organizada por
escravos africanos muçulmanos, o principal objetivo era a luta pela liberdade e, ao mesmo tempo,
à à à à à à à à à à à áà à à
escravos de Salvador foi, ao longo do tempo, influenciada pelos acontecimentos no Haiti, que
redundaram na independência daquele país, a partir de uma v à ‘ àN à
Gabarito: B

52. (UESPI 2012)


Entre os movimentos sociais que contestavam o poder centralizado do Império brasileiro,
destaca-se o conflito cuja duração se estendeu da Regência ao Segundo Reinado, reconhecido
como:
A) Confederação do Equador, que, iniciando-se em Pernambuco, contou com a adesão de
grande parte das demais províncias nordestinas.
B) Revolução Praieira, que se singularizou pela luta contra o poder das oligarquias locais de
Pernambuco.
C) Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador (BA) e organizada por negros de religião
muçulmana, sendo considerada a maior rebelião de escravos do Brasil.
D) Guerra dos Farrapos, empreendida pelos Republicanos gaúchos, denominados de
Farroupilhas, em que lutaram juntos grandes estancieiros, peões e escravos.
E) Revolta de Beckman, deflagrada no Maranhão pelos colonos, contra o poder dos jesuítas e
o monopólio comercial português.
Comentários
A Guerra dos Farrapos, que envolveu gaúchos e catarinenses, foi claramente um conflito
deflagrado contra a centralização política. Iniciada no período regencial, encerrou-se em 1845
durante o Segundo Reinado. A Luta foi comandada pelos estancieiros (fazendeiros criadores de
gado) e dela participaram elementos de diversas camadas sociais.
Gabarito: D

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53. (UFV 2010)


Observe a imagem a seguir:

Com relação à Guarda Nacional, criada durante o Império, é CORRETO afirmar que:
A) funcionava como única força armada que podia defender os interesses dos escravistas e
coibir a fuga dos escravos.
B) objetivava o controle da Corte e da burocracia imperial, alvos frequentes de manifestações
populares de descontentamento.
C) tinha por finalidade a garantia da segurança e da ordem, defendendo a Constituição, a
obediência às leis e a integridade do Império.
D) atuava na defesa das fronteiras externas brasileiras, impedindo a expansão dos países
platinos em direção ao território brasileiro.
Comentários
A Guarda Nacional foi uma força paramilitar organizada por lei no Brasil durante o período
regencial para assegurar o respeito à Constituição em vigor e conter rebeliões nas províncias. Foi
desmobilizada em 1922.
Gabarito: C

54. (ESPM 2011)


No século XIX, quando o Brasil era um império, ocorreu a aprovação de medida que continha
algumas significativas decisões, tais como:
Art. 1º - Câmaras dos Distritos e Assembleias substituirão os Conselhos Gerais, sendo
estabelecido em todas as províncias com o título de Assembleias Legislativas Provinciais.

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Art. 26º - Se o Imperador não tiver parente algum, que reúna as qualidades exigidas, será o
Império governado, durante a sua menoridade, por um regente eletivo e temporário, cujo
cargo durará quatro anos, renovando-se para esse fim a eleição de quatro em quatro anos.
Art. 32º - Fica suprimido o Conselho de Estado.
(Ilmar Rohloff de Mattos. O Império da Boa Sociedade: A consolidação do Estado Imperial
Brasileiro)
Os artigos devem ser relacionados com:
A) Constituição de 1891;
B) Código do Processo Criminal;
C) Projeto da Mandioca;
D) Código do Processo Civil;
E) Ato Adicional de 1834.
Comentários
Questão que exige conhecimento específico e memorização. Ao ler o texto é necessário saber e
lembrar que tais mudanças foram realizadas pelo Ato Adicional, conjunto de leis de 1834 que
promoveu alterações na Constituição do país. Tais medidas pretendiam promover menos
centralização da estrutura política e, para muitos historiadores, à à à
à à à à à à à à à à à à à
com mandato definido, num modelo que se assemelhava ao existente nos Estados Unidos.
Gabarito: E

55.
Ninguém desconhece a necessidade que todos os fazendeiros têm de aumentar o número de
seus trabalhadores. E como até há pouco supriam-se os fazendeiros dos braços necessários?
As fazendas eram alimentadas pela aquisição de escravos, sem o menor auxílio pecuniário do
governo. Ora, se os fazendeiros se supriam de braços à sua custa, e se é possível obtê-los
ainda, posto que de outra qualidade, por que motivo não hão de procurar alcançá-los pela
mesma maneira, isto é, à sua custa?

Resposta de Manuel Felizardo de Sousa e Mello, diretor geral das Terras Públicas, ao Senador
Vergueiro. In: ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das
Letras, 1988 (adaptado).

O fragmento do discurso dirigido ao parlamentar do Império refere-se às mudanças então em


curso no campo brasileiro, que confrontam o Estado e a elite agrária em torno do objetivo de:
A) fomentar ações públicas para ocupação das terras do interior.

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B) adotar o regime assalariado para proteção da mão de obra estrangeira.


C) definir uma política de subsídio governamental para o fomento da imigração.
D) regulamentar o tráfico interprovincial de cativos para a sobrevivência das fazendas.
E) financiar afixação de famílias camponesas para estímulo da agricultura de subsistência.
Comentários
A partir da vigência da Lei Eusébio de Queiroz, em 1850, os cafeicultores brasileiros começaram a
sofrer com a diminuição da mão de obra escrava negra no Império. O governo, então, decidiu
subsidiar a vinda de trabalhadores imigrantes europeus para trabalharem nas lavouras de café do
Brasil.
Gabarito: C

56.
A dependência regional maior ou menor da mão de obra escrava teve reflexos políticos
importantes no encaminhamento da extinção da escravatura. Mas a possibilidade e a
habilidade de lograr uma solução alternativa caso típico de São Paulo desempenharam, ao
mesmo tempo, papel relevante.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.
A crise do escravismo expressava a difícil questão em torno da substituição da mão de obra,
que resultou:
A) na constituição de um mercado interno de mão de obra livre, constituído pelos libertos,
uma vez que a maioria dos imigrantes se rebelou contra a superexploração do trabalho.
B) no confronto entre a aristocracia tradicional, que defendia a escravidão e os privilégios
políticos, e os cafeicultores, que lutavam pela modernização econômica com a adoção do
trabalho livre.
C) à à à à ra afastar o predomínio das raças consideradas
inferiores e concretizar a ideia do Brasil como modelo de civilização dos trópicos.
D) no tráfico interprovincial dos escravos das áreas decadentes do Nordeste para o Vale do
Paraíba, para a garantia da rentabilidade do café.
E) na adoção de formas disfarçadas de trabalho compulsório com emprego dos libertos nos
cafezais paulistas, uma vez que os imigrantes foram trabalhar em outras regiões do país.
Comentários
Na segunda metade do século XIX, tornou-se cada vez mais perceptível as diferenças entre setores
de elite, principalmente na região sudeste. Enquanto a aristocracia tradicional, predominante no
Rio de janeiro e no Vale do Paraíba, defendia a manutenção do escravismo, a elite latifundiária do
oeste de São Paulo, área de maior expansão do café, defendia a abolição da escravidão, tendo sua
expressão política no Partido Republicano Paulista.

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Gabarito: B

57.
Ó sublime pergaminho
Libertação geral
A princesa chorou ao receber
A rosa de ouro papal
Uma chuva de flores cobriu o salão
E o negro jornalista
De joelhos beijou a sua mão
Uma voz na varanda do paço ecoou:
M àD à àD
E à à à
MELODIA, Z.; RUSSO, N.; MADRUGADA, C. Sublime Pergaminho. Disponível em http://
www.letras.terra.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010.
O samba-enredo de 1968 reflete e reforça uma concepção acerca do fim da escravidão ainda
viva em nossa memória, mas que não encontra respaldo nos estudos históricos mais
recentes. Nessa concepção ultrapassada, a abolição é apresentada como:
A) conquista dos trabalhadores urbanos livres, que demandavam a redução da jornada de
trabalho.
B) concessão do governo, que ofereceu benefícios aos negros, sem consideração pelas lutas
de escravos e abolicionistas.
C) ruptura na estrutura socioeconômica do país, sendo responsável pela otimização da
inclusão social dos libertos.
D) fruto de um pacto social, uma vez que agradaria os agentes históricos envolvidos na
questão: fazendeiros, governo e escravos.
E) forma de inclusão social, uma vez que a abolição possibilitaria a concretização de direitos
civis e sociais para os negros.
Comentários
A letra da música reflete uma concepção tradicional da abolição da escravidão, segundo a qual a
alforria foi uma dádiva da Princesa Isabel aos escravos. Valoriza um ato heroico e de bondade da
governante, visão predominante na historiografia oficial. Nas últimas décadas, a abolição é
entendida como parte da luta de escravos e abolicionistas e das contradições do próprio modelo
escravocrata no contexto de expansão do capitalismo.
Gabarito: B

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58.
Constituição de 1824:
"Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado
privativamente ao Imperador. (...) para que incessantemente vele sobre a manutenção da
Independência, equilíbrio, e harmonia dos demais poderes políticos (...) dissolvendo a
Câmara dos Deputados nos casos em que o exigir a salvação do Estado."

Frei Caneca:
"O Poder Moderador da nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação
brasileira e o garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a
Câmara dos Deputados, que é a representante do povo, ficando sempre no gozo de seus
direitos o Senado, que é o representante dos apaniguados do imperador."
(Voto sobre o juramento do projeto de Constituição)

Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela Constituição outorgada pelo Imperador
em 1824 era
A) adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores eram
escolhidos pelo Imperador.
B) eficaz e responsável pela liberdade dos povos, porque garantia a representação da
sociedade nas duas esferas do poder legislativo.
C) arbritário, porque permitia ao Imperador dissolver a Câmara dos Deputados, o poder
representativo da sociedade.
D) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de controlar os
deputados representantes da Nação.
E) capaz de responder às exigências políticas da nação, pois supria as deficiências da
representação política.
Comentários
OàP àM à à à à à à à à à à à àI à à
garantia a este a superioridade aos demais poderes, caracterizando um governo autoritário.
Através do Moderador, o Imperador poderia fechar a Câmara de Deputados que representava a
sociedade, apesar de seus membros serem eleitos pelo voto censitário. Portanto, representava
uma elite, porém, opositora do Imperador.
Gabarito: C

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59.
Respeitar a diversidade de circunstâncias entre as pequenas sociedades locais que
constituem uma mesma nacionalidade, tal deve ser a regra suprema das leis internas de cada
Estado. As leis municipais seriam as cartas de cada povoação doadas pela assembleia
provincial, alargadas conforme o seu desenvolvimento, alteradas segundo os conselhos da
experiência. Então, administrar-se-ia de perto, governar-se-ia de longe, alvo a que jamais se
atingirá de outra sorte.

BASTOS, T. A província (1870). São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1937 (adaptado).

O discurso do autor, no período do Segundo Reinado no Brasil, tinha como meta a


implantação do:
A) regime monárquico representativo.
B) sistema educacional democrático.
C) modelo territorial federalista.
D) padrão político autoritário.
E) poder oligárquico regional.
Comentários
O modelo federalista adotado, por exemplo, pelos EUA após a Independência, e parcialmente
adotado pelo Brasil durante o Segundo Reinado dava aos Estados certa autonomia
à à à àE àC à áà à -se-ia de perto, governar-
se- à à à à à à à à à à à à à à à
Gabarito: C

60.
O texto abaixo foi extraído de uma crônica de Machado de Assis e refere-se ao trabalho de
um escravo.
"Um dia começou a guerra do Paraguai e durou cinco anos, João repicava e dobrava, dobrava
e repicava pelos mortos e pelas vitórias. Quando se decretou o ventre livre dos escravos, João
é que repicou. Quando se fez a abolição completa, quem repicou foi João. Um dia
proclamou-se a república. João repicou por ela, repicara pelo Império, se o Império
retornasse."
(MACHADO, Assis de. Crônica sobre a morte do escravo João, 1897)

A leitura do texto permite afirmar que o sineiro João:


A) por ser escravo tocava os sinos, às escondidas, quando ocorriam fatos ligados à Abolição.

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B) não poderia tocar os sinos pelo retorno do Império, visto que era escravo.
C) tocou os sinos pela República, proclamada pelos abolicionistas que vieram libertá-lo.
D) tocava os sinos quando ocorriam fatos marcantes porque era costume fazê-lo.
E) tocou os sinos pelo retorno do Império, comemorando a volta da Princesa Isabel.
Comentários
Interpretação de texto, que mostra o trabalho do escravo que é responsável por tocar o sino,
sineiro, independentemente do acontecimento. Pode ser um fato favorável ou não; sua função
deveria ser cumprida.
Gabarito: D

61.
A cessação do tráfico lançou sobre a escravidão uma sentença definitiva. Mais cedo ou mais
tarde estaria extinta, tanto mais quanto os índices de natalidade entre os escravos eram
extremamente baixos e os de mortalidade, elevados. Era necessário melhorar as condições
de vida da escravaria existente e, ao mesmo tempo, pensar numa outra solução para o
problema da mão de obra.
COSTA, E. V. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Unesp, 2010.

Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós determinou a extinção do tráfico transatlântico de cativos


e colocou em evidência o problema da falta de mão de obra para a lavoura. Para os
cafeicultores paulistas, a medida que representou uma solução efetiva desse problema foi o
(a):
A) valorização dos trabalhadores nacionais livres.
B) busca por novas fontes fornecedoras de cativos.
C) desenvolvimento de uma economia urbano-industrial.
D) incentivo à imigração europeia.
E) escravização das populações indígenas.
Comentários
Como parte do programa para suprir a falta de mão de obra escrava devido à aplicação da Lei
Eusébio de Queiroz, o governo imperial brasileiro promoveu o incentivo a vinda de imigrantes para
trabalhar na lavoura paulista. Portugueses, italianos e espanhóis virem em bom número para o
Brasil nessa época.
Gabarito: D

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62.
Passada a festa da abolição, os ex-escravos procuraram distanciar-se do passado de
escravidão, negando-se a se comportar como antigos cativos. Em diversos engenhos do
Nordeste, negaram-se a receber a ração diária e a trabalhar sem remuneração. Quando
decidiram ficar, isso não significou que concordassem em se submeter às mesmas condições
de trabalho do regime anterior.
FRAGA, W; ALBUQUERQUE, W. R. Uma história da cultura afro-brasileira. São Paulo:
Moderna, 2009 (adaptado).

Segundo o texto, os primeiros anos após a abolição da escravidão no Brasil tiveram como
característica o (a):
A) caráter organizativo do movimento negro.
B) equiparação racial no mercado de trabalho.
C) busca pelo reconhecimento do exercício da cidadania.
D) estabelecimento do salário mínimo por projeto legislativo.
E) entusiasmo com a extinção das péssimas condições de trabalho.
Comentários
Fica explícito através do texto que os ex-escravos, após a abolição, iniciaram uma busca pelo
reconhecimento de sua cidadania, recusando-se a aceitar antigas práticas escravocratas, como a
ração e o trabalho não remunerado.
Gabarito: C

63.
Os escravos, obviamente, dispunham de poucos recursos políticos, mas não desconheciam o
que se passava no mundo dos poderosos. Aproveitaram-se das divisões entre estes,
selecionaram temas que lhes interessavam do ideário liberal e anticolonial, traduziram e
emprestaram significados próprios às reformas operadas no escravismo brasileiro ao longo
do século XIX.
REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liberdade: a resistência negra no Brasil
oitocentista. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000).
São Paulo: Senac, 1999.

Ao longo do século XIX, os negros escravizados construíram variadas formas para resistir à
escravidão no Brasil. A estratégia de luta citada no texto baseava-se no aproveitamento das:
A) estruturas urbanas como ambiente para escapar do cativeiro.
B) dimensões territoriais como elemento para facilitar as fugas.

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C) limitações econômicas como pressão para o fim do escravismo.


D) contradições políticas como brecha para a conquista da liberdade.
E) ideologias originárias como artifício para resgatar as raízes africanas.
Comentários
O texto deixa claro que uma das formas de resistência escravista era o aproveitamento, por parte
dos escravos, dos conflitos políticos entre a elite brasileira, com vista a buscar a liberdade.
Gabarito: D

64.

Estimativa do número de escravos africanos desembarcados no Brasil


entre os anos de 1846 a 1852.

Ano Números de escravos africanos desembarcados no Brasil

1846 64.262
1847 75.893
1848 76.338
1849 70.827
1850 37.672
1851 7.058
1852 1.234
Disponível em: www.slavevoyages.org. Acesso em 24 fev. 2012 (adaptado).

A mudança apresentada na tabela é reflexo da Lei Eusébio de Queiróz que, em 1850,


A) aboliu a escravidão no território brasileiro.
B) definiu o tráfico de escravos como pirataria.
C) elevou as taxas para importação de escravos.
D) libertou os escravos com mais de 60 anos.
E) garantiu o direito de alforria aos escravos.
Comentários
A Lei Eusébio de Queiróz proibia o tráfico intercontinental de escravos e classificava os navios que
o fizessem como piratas.
Gabarito: B

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65.
Decreto-lei 3.509, de 12 de setembro de 1865
Art. 1º O cidadão guarda-nacional que por si apresentar outra pessoa para o serviço do
Exército por tempo de nove anos, com a idoneidade regulada pelas leis militares, ficará isento
não só do recrutamento, senão também do serviço da Guarda Nacional. O substituído é
responsável por o que o substituiu, no caso de deserção.
Arquivo Histórico do Exército. Ordem do dia do Exército, n. 455, 1865 (adaptado).
No artigo, tem- à à à à à à à V à à P à
encaminhados para lutar na Guerra do Paraguai. Tal prática passou a ocorrer com muita
frequência no Brasil nesse período e indica o (a):
A) forma como o Exército brasileiro se tornou o mais bem equipado da América do Sul.
B) Incentivo de grandes proprietários à participação dos seus filhos no conflito.
C) solução adotada pelo país para aumentar o contingente de escravos no conflito.
D) envio de escravos para os conflitos armados, visando sua qualificação para o trabalho.
E) Fato de que muitos escravos passaram a substituir seus proprietários em troca de
liberdade.
Comentários
Na formação dos Voluntários da Pátria para compor o exército brasileiro, na Guerra do Paraguai,
muitos senhores acabaram convencendo seus escravos a se alistarem em seus lugares em troca da
alforria. O Exército brasileiro que lutou tal Guerra teve maciça presença de negros, o que chegou a
ser objeto de piada no Paraguai.
Gabarito: E

66. (UERJ 2016)


Sobretudo compreendam os críticos a missão dos poetas, escritores e artistas, neste período
especial e ambíguo da formação de uma nacionalidade. São estes os operários incumbidos de
polir o talhe e as feições da individualidade que se vai esboçando no viver do povo.
O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba pode falar com igual pronúncia
e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera?
José de Alencar, prefácio a Sonhos 1872. Adaptado de ebooksbrasil.org.

De acordo com José de Alencar, a caracterização da identidade nacional brasileira, no século


XIX, estava vinculada ao processo de:
A) promoção da cultura letrada.
B) integração do mundo lusófono.

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C) valorização da miscigenação étnica.


D) particularização da língua portuguesa.
Comentários
O texto do escritor José de Alencar está vinculado ao Segundo Reinado, 1840-1889. José de
Alencar, 1829-1877, é considerado um precursor do Romantismo no Brasil. Em suas obras
procurou valorizar a língua falada no Brasil no cotidiano das pessoas, as particularidades da língua
àD à à à à à à à à à à à à à à à à à à
pode falar com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a

Gabarito: D

67. (FGV 2016)


Chiquinha Gonzaga alinha-se a outras figuras femininas do Império (...) como a Imperatriz
Leopoldina e Anita Garibaldi. Todas as três, embora de diferentes maneiras, de diferente
proveniência social e, em diferentes épocas, desempenharam um papel político que,
certamente, contribuiu para as mudanças por elas defendidas e as inscreveu na História do
Brasil.
(Suely Robles Reis de Queiroz, Política e cultura no império brasileiro. 2010)

Em termos políticos, a Imperatriz Leopoldina, Anita Garibaldi e Chiquinha Gonzaga,


respectivamente:
A) atuou, ao lado de Dom Pedro e de José Bonifácio, no processo de emancipação política do
Brasil; participou da mais longa rebelião regencial, a Farroupilha; militou pela abolição da
escravatura e pela queda da Monarquia.
B) articulou a bancada constitucional brasileira na Assembleia Constituinte; organizou as
forças populares participantes da rebelião regencial ocorrida no Grão-Pará, a Cabanagem; foi
a primeira mulher brasileira a se eleger para o Senado durante o Império.
C) convenceu Dom Pedro I a assumir o trono português após a morte do rei Dom João VI;
defendeu a ampliação dos direitos de cidadania durante a reforma constitucional que
instituiu o Ato Adicional; liderou uma frente parlamentar de apoio às leis abolicionistas.
D) participou como diplomata do Império brasileiro na Guerra da Cisplatina; foi a primeira
mulher a trabalhar como jornalista e romancista durante o Segundo Reinado; tornou-se uma
importante liderança política na defesa do fim do tráfico de escravos para as Américas.
E) articulou com os diplomatas ingleses o reconhecimento da Independência do Brasil junto a
Portugal; foi uma importante liderança militar no processo de Guerra de Independência da
Bahia; criou a primeira associação política em defesa do voto feminino no Brasil.

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Comentários
Somente a alternativa [A] está correta. A questão remete à participação de três mulheres ao longo
do século XIX. A Imperatriz Leopoldina, esposa de D. Pedro I, atuou durante o Primeiro Reinado,
1822-1830, dentro do processo de independência do Brasil. Anita Garibaldi, companheira de
Giuseppe Garibaldi, participou da Farroupilha, 1845-1845, defendeu a separação do Sul e a ideia
de República. Chiquinha Gonzaga atuou na campanha republicana e abolicionista.
Gabarito: A

68. (IMED 2016)


Apesar da prosperidade econômica do Império, a estrutura socioeconômica brasileira não
sofreu modificações significativas. As lutas pela modernização do país acabariam resultando
na Proclamação da República em 1889. O fim da monarquia no Brasil foi o resultado da
ruptura das relações do governo com os seguintes setores da sociedade que lhe davam
sustentação:
I. A Igreja.
II. O exército.
III. A aristocracia escravista.

Quais estão corretos?


A) Apenas I.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
Comentários
Os três setores citados romperam com o governo de d. Pedro II entre as décadas de 1870 e 1890.
Gabarito: E

69. (UFJF-PISM2 2016)


Leia o trecho e em seguida responda ao que se pede:
Juiz de Fora progredia. A população subia, andava aí pelos doze a treze mil habitantes
imaginem! Treze mil! e essa densidade exigia progresso. Esse começara em 1870 com a
inauguração dos telégrafos. Logo depois viriam os trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II. Em
1885 a cidade começa a ser dotada de encanamentos e de água a domicílio. No mesmo ano
as casas passam a ser numeradas. Em 1886, grande animação com uma Exposição Industrial
que reflete a pujança do município. (...) Meu avô teve certa pena de não terminar os serviços

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que começara, de dotar a cidade de luz e energia elétrica. A inauguração foi procedida a 5 de
novembro de 1889...
NAVA, Pedro. Baú de ossos memórias 1; 5ª. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978, pp. 200-
201.

O memorialista Pedro Nava mostra na cidade de Juiz de Fora aspectos do processo de


transformação que ocorria na sociedade brasileira no final do século XIX. Acerca deste
contexto, assinale a afirmativa INCORRETA:
A) Era um período de expansão do capitalismo que se estendia mundialmente.
B) Caracterizava-se pela preservação da herança luso-brasileira do período colonial que
adentrou pelo Império.
C) Marcava-se pela organização de indústrias têxteis e alimentícias com capitais excedentes
do café.
D) Processava-se o aumento da malha ferroviária e a criação de novos núcleos urbanos.
E) Ocorria a intensificação da imigração para substituição do trabalho escravo.
Comentários
Em fins do século XIX, na passagem do Império para a República, o processo de transformação pelo
qual a sociedade brasileira passava aproximava-se daquele empreendido pela Europa no século
anterior e, logo, afastava-se da preservação da herança do período colonial.
Gabarito: B

70. (UEL 2016)


O Positivismo desenvolveu-se no Brasil durante o II Império e foi defendido por políticos
ilustres como Benjamin Constant, Júlio de Castilho, Teixeira Mendes, marcando fortemente
os ideais republicanos que culminaram com a Proclamação da República, em 1889.

Com base nos conhecimentos sobre as influências positivistas no processo de transição do


regime imperial para o republicano, considere as afirmativas a seguir.

I. Como expressão mais forte dessas mudanças, o pavilhão imperial adotou o lema positivista.
II. A ideia de uma democracia representativa levou à adoção do sistema do voto universal, o
que permitia a acomodação das classes sociais.
III. A presença do ideário positivista destacou-se no setor militar, sobretudo entre os oficiais
de alta patente.
IV. A formação de um governo de cunho autoritário caracterizou-se pela imposição da ordem
através da força militar, na chamada República de Espadas.

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Assinale a alternativa correta.


A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
Comentários
O Positivismo foi criado por Auguste Comte na França, em meados do século XIX. Esta corrente de
pensamento defende a harmonia entre ordem e progresso, a coesão social, a linearidade histórica
que caminha para progresso dentro da ordem. Após a Guerra do Paraguai, 1865-1870, os militares
brasileiros adotaram ideais positivistas criticando a monarquia e defendendo a modernização do
Brasil dentro do império da lei e da ordem. Estudiosos como Benjamim Constant, Teixeira Mendes,
Miguel Lemos, entre outros, adotaram e divulgaram o arcabouço teórico Positivista. O exército,
ancorado no Positivismo, proclamou a República em 15 de novembro de 1889. Surgiu a República
da Espada, 1889-1894, Deodoro, 1889-1891, e Floriano, 1891-1894. Estes governantes utilizaram o
autoritarismo e a força para fazer a transição da Monarquia para a República.
Gabarito: C

71. (UDESC 2016)


A Lei do Ventre Livre foi uma lei abolicionista, promulgada, no Brasil, em 28 de setembro de
1871.
Sobre a Lei do Ventre Livre, assinale a alternativa correta.
A) Foi promulgada pelo Imperador Pedro II e concedia liberdade a todas as crianças e às
respectivas mães que viviam sob a escravidão no território brasileiro.
B) Essa lei encontrou forte resistência entre os senhores, visto que não previa indenização
pelo fim da escravidão das crianças nascidas a partir da publicação da lei.
C) Instituía a liberdade de todas as crianças nascidas a partir da publicação da lei, mas deixava
à à à à à à à à à à à à à
idade de 21 anos.
D) Como a lei libertava a criança, mas não libertava os pais, assim que nasciam essas crianças
eram retiradas do convívio com os pais escravizados e eram destinadas a um abrigo mantido
pelo Estado.
E) De acordo com a lei, os senhores tinham a opção de manter as crianças libertas junto aos
pais escravizados até a maioridade, mas os senhores não podiam usufruir da mão de obra
delas.

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Comentários
A Lei do Ventre Livre previa que toda criança nascida a partir da data da promulgação da Lei seria
considerada livre. Mas previa, também, que o senhor da mãe da criança poderia manter a mesma
sob sua guarda até ela completar 21 anos.
Gabarito: C

72. (UFRGS 2016)


Considere as seguintes afirmações sobre a construção histórica da identidade nacional
brasileira.
I. A nacionalização da língua falada no Brasil e a busca por uma literatura brasileira autônoma
foram tarefas assumidas pelos escritores ligados ao Romantismo, entre os quais se destacam
Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e José de Alencar.
II àáà à B à -o ou deixe- à à à à à à àD àP àIà à
propaganda contra os ideais restauradores do Partido Português, que defendia o retorno do
Brasil à condição de Vice-Reino de Portugal.
III. Um dos traços marcantes do modernismo dos anos 1920 foi propor um nacionalismo
crítico em que se conjugava a tradição cultural do Brasil com as vanguardas artísticas
europeias, enfatizando a mestiçagem e o caráter híbrido da formação nacional brasileira.

Quais estão corretas?


A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
Comentários
A afirmativa [II] está incorreta à à à B à -o ou deixe- à à à à
governo militar brasileiro, durante a Ditadura Militar.
Gabarito: C

73. (UECE 2016)


Em 1850, ano de extinção oficial do tráfico de escravos no Brasil, foi votada a Lei de Terras.
Esta lei, em linhas gerais, determinou que
I. todo proprietário registrasse suas terras, ficando proibida a doação de propriedades ou
qualquer outra forma de aquisição de bens fundiários, a não ser por meio da compra.

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II. se mantivesse o alto custo do registro imobiliário, impedindo que os posseiros mais pobres
obtivessem a propriedade do solo onde plantavam.
III. ficasse assegurado o direito dos imigrantes cujo trabalho, em muitos casos, substituiria o
trabalho dos escravos de se tornarem proprietários das terras onde laboravam.
IV. fossem possíveis a aquisição e a posse de terras públicas, a baixo custo, pelos grandes
proprietários, seus herdeiros e descendentes.

Estão corretas as complementações contidas em


A) I, II, III e IV.
B) I e II apenas.
C) II, III e IV apenas.
D) I, III e IV apenas.
Comentários
As afirmativas [I] e [II] estão corretas e as afirmativas [III] e [IV] contrariam o que se afirma em [I] e
[II]. Logo, [III] e [IV] estão incorretas: a Lei de Terras favorecia os grandes proprietários de terra,
dificultando o acesso à terra por parte dos menos favorecidos, uma vez que o registro de terras era
muito caro.
Gabarito: B

74. (UEG 2016)


Observe a charge a seguir.

áà à à à à à à à à à àB à àB àáà à
origem e significado remetem a um contexto marcado

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A) pela presença do catolicismo romano nas instituições políticas do Império Brasileiro e o


esforço de preservar a ordem social vigente.
B) pela influência do positivismo francês entre os oficiais militares republicanos e uma
postura ideológica das elites dirigentes em evitar radicalismos políticos.
C) pelo desejo dos oficiais militares republicanos em romper os laços com a sociedade agrária
imperial, inspirando-se no liberalismo norte-americano.
D) pelo esforço das elites agrárias paulista e mineira em manter os seus privilégios sociais e
políticos, mas, ao mesmo tempo, buscando o progresso econômico.
Comentários
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete ao conflito que ocorreu no Segundo
Reinado, entre a farda e o paletó, ou seja, entre militares e os políticos. Após a Guerra do Paraguai,
1865-1870, os militares brasileiros adotaram ideias abolicionistas, republicanas e positivistas. A
à à à O à à P àáà à à à à à à à
de apoio. A monarquia foi abandonada. Os militares ganharam consciência de grupo, de
corporação e, proclamaram a República em 15 de novembro de 1889.
Gabarito: B

75. (UFJF-PISM 3 2016)


Observe os seguintes quadros:

Produção agrícola da pauta das exportações brasileiras


Período Café Borracha Açúcar Cacau
1881-1890 61,5% 8,0 9,9 1,6
1891-1900 64,5% 15,0 6,0 2,5
1900-1910 51,5% 28,2 1,2 2,8
FAUSTO, B.(Org.) História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo: Difel,
Tomo III (O Brasil Republicano), 1981.

Imigração para o Brasil (números aproximados)


Nacionalidade 1891-1900 1901-1910
Portugueses 313.000 202.000
Italianos 360.000 678.000
Espanhóis 45.800 157.000
HUGON, Paul. Demografia Brasileira e Fundação IBGE, Rio de Janeiro

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Estes dados referem-se às primeiras décadas da implantação da República no Brasil. Acerca


desse período e baseando-se neles e em seus conhecimentos, leia as afirmativas abaixo e em
seguida, responda ao que se pede:

I. Os capitais advindos da grande produção cafeeira foram aplicados no setor industrial. Este
se beneficiou também da entrada de levas de imigrantes europeus que seriam utilizados
como mão de obra operária.
II. Na virada do século XIX para o XX, o Brasil ainda possuía como principal pilar de sua
economia a exportação de produtos agrícolas, produzidos em larga escala nas grandes
propriedades.
III. O fluxo imigratório para o Brasil nesse período foi elevado. A totalidade dos imigrantes
fixou-se nas áreas urbanas em função do baixo recrutamento de mão de obra no campo.
Após a abolição da escravidão estes postos de trabalho foram ocupados por negros e seus
descendentes.
IV. A intensa produção cafeeira no final do século XIX saturou tanto o mercado interno como
o externo, gerando uma queda nos preços. Essa crise foi estimulada pela ausência de
medidas que viessem defender e valorizar o café, levando à falência dos produtores já na
primeira década de século XX.

Marque a alternativa CORRETA:


A) Todas as alternativas estão corretas.
B) Todas as alternativas estão incorretas.
C) Apenas a II alternativa está correta.
D) Apenas a IV alternativa está incorreta.
E) Apenas as alternativas I e II estão corretas.
Comentários
Somente a alternativa [E] está correta. A questão remete à economia brasileira durante a
República Velha com ênfase sobre os produtos de exportação e a imigração. Resolução a partir das
incorretas: A assertiva [III] está incorreta. A grande maioria dos imigrantes foi deslocada para o
campo (e não para a cidade) para atender a demanda por mão de obra. A assertiva [IV] está
incorreta. Não ocorreu a falência dos produtores de café. Em 1906, pelo Convênio de Taubaté, o
governo interferiu na economia para valorizar o café, nosso principal produto na pauta de
exportação.
Gabarito: E

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76. (FMP 2016)


O Império brasileiro passou por grandes transformações econômicas a partir, principalmente,
de meados do século XIX. Qual das seguintes causas de mudanças na estrutura econômico-
social do país contribuiu diretamente para a crise da Monarquia?
A) Assinatura da Lei Áurea.
B) Aprovação da Lei de Terra.
C) Promulgação do Código Comercial.
D) Financiamento de empresas do Barão de Mauá.
E) Instituição das Tarifas Alves Branco.
Comentários
Somente a proposição [A] está correta. A questão remete ao Segundo Reinado, 1840-1889, em
especial, à crise e ao fim da monarquia no Brasil. A partir da segunda metade do século XIX o Brasil
passou por transformações na economia devido ao café e à Revolução Industrial. Ferrovias,
indústrias e a transição do trabalho escravo para o trabalho livre assalariado compõem este
cenário de modernização econômica do Brasil. Surgiram leis vinculadas à escravidão como a Lei
Euzébio de Queirós de 1850 que proibiu o tráfico de escravos, a Lei do Ventre Livre de 1871, a Lei
dos Sexagenários de 1885 e a Lei Áurea de 13 de maio de 1888 que aboliu a escravidão no Brasil.
Esta última lei não indenizou os proprietários de escravos que, por consequência, abandonaram a
monarquia.
Gabarito: A

77. (Vunesp 2016)


O fato de ser a única monarquia na América levou os governantes do Império a apontarem o
Brasil como um solitário no continente, cercado de potenciais inimigos. Temia-se o
surgimento de uma grande república liderada por Buenos Aires, que poderia vir a ser um
centro de atração sobre o problemático Rio Grande do Sul e o isolado Mato Grosso. Para o
Império, a melhor garantia de que a Argentina não se tornaria uma ameaça concreta estava
no fato de Paraguai e Uruguai serem países independentes, com governos livres da influência
argentina.
(Francisco Doratioto. A Guerra do Paraguai, 1991.)

Segundo o texto, uma das preocupações da política externa brasileira para a região do Rio da
Prata, durante o Segundo Reinado, era:
A) estimular a participação militar da Argentina na Tríplice Aliança.
B) limitar a influência argentina e preservar a divisão política na área.
C) facilitar a penetração e a influência política britânicas na área.
D) impedir a autonomia política e o desenvolvimento econômico do Paraguai.

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E) integrar a economia brasileira às economias paraguaia e uruguaia.


Comentários
A preocupação de d. Pedro II com relação ao rio da Prata era a possibilidade de a Argentina invadir
e dominar o Rio Grande do Sul e o Mato Grosso.
Gabarito: B

78. (UFJF-PISM 2 2016)


O texto abaixo se refere à construção da identidade nacional no Brasil no decorrer do século
XIX, sobretudo a partir do Segundo Reinado.
Leia o trecho e, em seguida, responda à questão:
P à à à à à à à à à à à à à
origem mítica e unificadora. (...). A natureza brasileira também cumpriu função paralela. Se
não tínhamos castelos medievais, templos da Antiguidade ou batalhas heroicas para lembrar,
possuíamos o maior dos rios, a mais bela vegetação. (...). Por mais que tenha partido de d.
Pedro I e de Bonifácio a tentativa de elaborar (...) uma ritualística local, foi com d. Pedro II e
seu longo reinado que se tornaram visíveis a originalidade do protocolo e o projeto romântico
à à à àE .
(SCHWARCZ, Lilia. As Barbas do Imperador, p.140);
Com base no trecho acima e em seus conhecimentos, é CORRETO afirmar que a identidade
nacional no século XIX foi construída:
A) Tendo como base as referências europeias existentes nas províncias que formavam o Brasil
antes da Independência do país.
B) A partir de um processo de longa duração, que se valeu do uso de aspectos naturais e de
elementos simbólicos locais que pretendiam representar a Nação.
C) De forma consensual e harmônica, considerando a heterogeneidade dos diferentes povos
que formavam o país.
D) Através da valorização da herança africana e dos costumes da África, continente ao qual o
país estava diretamente ligado pelo Atlântico Sul.
E) Com o objetivo de reproduzir no país recém-independente as mesmas características
existentes em Portugal.
Comentários
O texto deixa claro que dois símbolos foram adotados ao longo do século XIX como representativos
da identidade nacional brasileira: o INDÍGENA e a NATUREZA. Assim, elementos simbólicos locais
foram usados para forjar a ideia de nação ao longo do Segundo Reinado.
Gabarito: B

79. (G1 - IFSC 2016)

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Em 1850, por meio da Lei Eusébio de Queiroz, o tráfico de escravos para o Brasil foi proibido
definitivamente. Sobre a importação de escravos e sua proibição, assinale a alternativa
CORRETA.

A) A Lei Eusébio de Queiroz foi uma resposta à pressão estrangeira, principalmente exercida
pela França sobre o Brasil, após a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
B) O fim do tráfico de escravos baseou-se em mais uma lei sem aplicação no Brasil, pois
quando ela foi promulgada, já não existia mais escravidão no país.
C) O fim do tráfico foi resultado dos crescentes movimentos armados empreendidos pelos
escravos brasileiros.
D) A proibição do tráfico de escravos para o Brasil não surtiu efeito, pois o trabalho realizado
por eles já não era economicamente relevante.
E) A Lei Eusébio de Queiroz levou ao aumento do comércio interno e do preço dos escravos
entre as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.
Comentários
Somente a proposição [E] está correta. A questão remete à lei Eusébio de Queiroz aprovada no
Brasil em 1850. Esta lei proibiu o tráfico de escravos para o Brasil. Devido ao café, havia uma
grande demanda por mão de obra, assim, ocorreu um comércio interprovincial de escravos e, ao
mesmo tempo, aumentou o preço cobrado pelo escravo. Neste contexto, intensificou a imigração
para o Brasil.
Gabarito: E

80. (UCS 2016)


Sobre o Movimento Republicano no Brasil, é correto afirmar que:
A) foi acompanhado de forte mobilização popular, uma vez que grande parte dos brasileiros
estava cansada do pagamento de pesados impostos para a manutenção da Corte Imperial.
B) aconteceu de forma integrada à campanha abolicionista, uma vez que os líderes tinham os
mesmos interesses, o que acabou confundindo um movimento com o outro e propiciando o
fortalecimento de ambos.
C) ganhou força a partir da criação do Partido Republicano Paulista, em 1873, apoiado no
poder econômico dos cafeicultores paulistas e na ação dos estudantes e professores da
Faculdade de Direito de São Paulo.
D) temeu a ocorrência de tumultos e, consequentemente, prejuízos econômicos, por isso, as
camadas médias da população urbana se mantiveram afastadas.
E) sofreu com prisões, fechamento de jornais, sedes de clubes e de partidos favoráveis à
Monarquia.
Comentários

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Somente a alternativa [C] está correta. A questão aponta para a crise da monarquia brasileira que
ocorreu no Segundo Reinado, 1840-1889, em especial a partir de 1870 com o fim da Guerra do
Paraguai. A monarquia foi perdendo suas bases de apoio. Perdeu apoio da Igreja, exército e da
elite agrária após a Lei Áurea que não indenizou os proprietários de escravos. Em 1873 surgiu em
Itu, na Convenção de Itu, o Partido Republicano Paulista, partido dos barões do café que não tinha
mais interesse em apoiar a monarquia. Este partido defendia a República e o Federalismo.
Gabarito: C

81. (G1 - IFSUL 2016)


A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864, a partir da ambição do ditador Francisco
Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma saída
para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata.

Uma das consequências dessa guerra foi que:


A) acarretou para o Brasil uma redução considerável em sua dívida externa, bem como uma
crescente influência política e social do Exército na política vigente.
B) ocorreu a união entre Brasil, Argentina, Uruguai e Bolívia, para combater as tropas de
Solano Lopes e acabar com seu sonho de chegar ao Oceano Atlântico através da Bacia do
Prata.
C) estimou-se uma pequena perda de soldados paraguaios e as importações chegavam ao
dobro das exportações no final da guerra.
D) acarretou a destruição para a indústria paraguaia, que ficou arrasada após a guerra.
Comentários
A questão faz referência à Guerra do Paraguai e suas desastrosas consequências para a nação
Guarani, a grande derrotada neste conflito. Formou-se a Tríplice Aliança entre Brasil, Argentina e
Uruguai contra o Paraguai governado pelo ditador Solano Lopes. Com a derrota do Paraguai, o país
foi destruído economicamente perdendo grande parte da população economicamente ativa.
Gabarito: D

82. (G1 - CFTMG 2016)


Em 1871 foi sancionada a Lei do Ventre Livre, também conhecida como Lei Rio Branco, que
determinava que:
á à à- Os filhos de mulher escrava que nascerem no Império desde a data desta lei serão
considerados de condição livre.
§ 1º - Os ditos filhos menores ficarão em poder ou sob a autoridade dos senhores de suas
mães, os quais terão a obrigação de criá-los e tratá-los até a idade de oito anos completos.
Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da mãe, terá opção, ou de receber do

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Estado a indenização de 600$000 ou de utilizar-se dos serviços do menor até a idade de 21


anos completos. No primeiro caso, o Governo receberá o menor e lhe dará destino, em
à à à

Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/lei_ventre_livre.htm>. Acesso


em: 15 set. 2015.
Considerando esse trecho, pode-se afirmar que a Lei do Ventre Livre:
A) emancipou os filhos de escravas maiores de 21 anos, pondo fim ao tráfico atlântico.
B) impossibilitou a utilização da mão de obra de filhos de escravas após completarem 8 anos
de idade.
C) isentou o governo brasileiro das responsabilidades sobre os filhos de escravos libertados
nesse contexto.
D) representou a libertação dos filhos de escravas nascidos no Brasil, mas, na prática, muitos
continuavam a servir aos proprietários de suas mães.
Comentários
áà à à àL à àV àL à à‘ àB à à à à à à crianças
escravas nascidas a partir dela, 1871. Conforme esclarece o artigo desta Lei, na prática, muitas
crianças permaneciam servindo a seus proprietários. A Lei foi aprovada para acalmar a forte
campanha abolicionista que crescia no Brasil.
Gabarito: D

83. (UFRGS 2016)


Considere as afirmações abaixo, sobre imigração para o Brasil e as suas políticas públicas de
fomento.
I. A lei orgânica de 1867 previa uma série de benefícios e facilidades à vinda dos imigrantes
europeus, como, por exemplo, o pagamento de suas passagens às colônias e a atribuição de
um lote de terra de até 60 hectares por família imigrante.
II àU à à à à à à à à à à à à à à
país, exemplificada pelo decreto n.º 528 de 1890, que, entre outras medidas, proibia a
entrada de imigrantes africanos no país, salvo em condições excepcionais.
III. As regiões do país que mais atraíra imigrantes foram o Sudeste e o Nordeste,
principalmente pela ausência de latifúndios significativos e de mão de obra disponível à
industrialização de ambas as regiões.

Quais estão corretas?


A) Apenas I.

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B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
Comentários
A afirmativa [III] está incorreta porque as regiões que mais receberam imigrantes no Brasil foram o
Sudeste e o Sul e esses imigrantes eram absorvidos tanto no mercado de produção de café quanto
no mercado industrial.
Gabarito: C

84. (G1 - IFBA 2016)


Derramou-se fraterno o sangue no Congo.
Derramou-se luminoso, escorreu-se errante.
Derramou-se farto de bravas veias pulsantes.

Derramou-se em resistência o sangue de Canudos.


Derramou-se até onde foi possível derramar.
Derramou-se fiel sem mais se guardar

O sangue milagroso e particular em meu corpo,


de alguma estranha maneira sanguinária,
tornou-se o sangue coletivo dessas memórias.

(Fonte: CORREIA, Wesley. Deus é negro: da partida, da chegada, da multiplicação: poesia.


Salvador: Pinaúna, 2016, p.69 )
O poeta Wesley Correia si à à à M à à à à à à à
à à à à à à à à à à à à à
de resistência negra à condição que lhe fora imposta pelo branco dominador, entre os
séculos XV ao XIX. Na História do Brasil, é possível identificar algumas formas de resistência
negra, como a:
A) Rebelião dos Marinheiros cariocas, no início do período republicano, em protesto, contra a
falta de democracia e de participação popular nas decisões políticas do novo regime.
B) luta do povo baiano, na chamada Conjuração Baiana, em defesa do livre comércio, da
liberdade religiosa e do estabelecimento de relações mais liberais com a metrópole.
C) ação dos chamados irmãos da senzala, grupos que, no contexto da luta abolicionista,
invadiam as fazendas, libertando os escravos e aterrorizando as famílias dos senhores.

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D) Revolta dos Malês, em que negros islamizados propunham uma aliança com os brancos
baianos para libertar o Brasil de Portugal e estabelecer um regime republicano.
E) Guerra de Canudos, onde os seguidores de Antônio Conselheiro procuraram derrubar o
recém-instalado regime republicano e restaurar a Monarquia e o poder imperial de D. Pedro
II.
Comentários
A questão aponta para a resistência dos negros diante da escravidão e exploração. A partir da
segunda metade do século XIX, no contexto do Segundo Reinado, surgiu a campanha abolicionista
que visava abolir a escravidão no Brasil. Neste cenário, apareceram diversos grupos que apoiavam
à à à à à àC à à“ àP à à à à à à
Gabarito: C

85. (FGV 2016)


O excerto a seguir faz parte do parecer de uma comissão da Câmara dos Deputados sobre a
lei de 1871, que discutia a escravidão no Brasil.
“ à à à à -se nos vícios mais próprios do homem não civilizado.
Convivendo com gente de raça superior, inocula nela os seus maus hábitos. Sem jus ao
produto do trabalho, busca no roubo os meios de satisfação dos apetites. Sem laços de
família, procede como inimigo ou estranho à sociedade, que o repele. Vaga Vênus arroja aos
maiores excessos aquele ardente sangue líbico; e o concubinato em larga escala é tolerado,
quando não animado, facultando-se assim aos jovens de ambos os sexos, para espetáculo
doméstico, o mais torpe dos exemplos. Finalmente, com as degradantes cenas da servidão,
não pode a mais ilustrada das sociedades deixar de corromper-
(apud Sidney Chalhoub, Machado de Assis, historiador. 2003)

No trecho, há um argumento:
A) político, que reconhece a importância da emancipação dos escravos, ainda que de forma
paulatina, para a construção de novos elementos de cidadania social, condição mínima para o
país abandonar a violência cotidiana e sistemática contra a maioria da população.
B) social, que assinala a inconsistência da defesa do fim da escravidão no país, em razão da
incapacidade dos homens escravizados de participar das estruturas hierárquicas e culturais,
estabelecidas ao longo dos séculos, durante os quais prevaleceu o trabalho compulsório.
C) econômico, que distingue os cidadãos ativos dos passivos, estes considerados um estorvo
para as atividades produtivas, fossem na agricultora ou na procura de metais preciosos, por
causa da desmotivação para o trabalho, elemento central para explicar a estagnação
econômica do país.

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D) cultural, que se consubstancia na impossibilidade da convivência entre homens livres e


homens libertos e tenderia a produzir efeitos sociais devastadores, como tensões raciais
violentas e permanentes, a exemplo do que já ocorria no sul dos Estados Unidos.
E) moral, que aponta para os malefícios que a experiência da escravidão provoca nos próprios
escravos e que esses malefícios terminam por contaminar toda a sociedade, mostrando, em
síntese, que os brancos eram muito prejudicados pela ordem escravocrata.

Comentários
Somente a proposição [E] está em consonância com o excerto elaborado por uma Comissão da
Câmara dos Deputados sobre a Lei de 1871, a lei do Ventre Livre. No documento há um argumento
moral que faz referência aos malefícios que a experiência da escravidão provoca nos próprios
escravos contaminando toda a sociedade, inclusive os brancos eram prejudicados.
Gabarito: E

86. (UERJ 2015)

A pintura histórica alcançou no século XIX importante lugar no projeto político do Segundo
Reinado. Esse gênero artístico mantinha intenso diálogo com a produção do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro. Por meio da pintura histórica, forjou-se um passado épico e
monumental, em que toda a população pudesse se sentir representada nos eventos gloriosos
da história nacional. O trabalho de Araújo Porto-Alegre como crítico de arte e diretor da
Academia Imperial de Belas Artes possibilitou a visibilidade da pintura histórica com seus
pintores oficiais, Pedro Américo e Victor Meirelles.
CASTRO, Isis Pimentel de. Adaptado de periodicos.ufsc.br.

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Considerando as imagens das telas e as informações do texto, as pinturas históricas para o


governo do Segundo Reinado tinham a função essencial de:
A) consolidar o poder militar.
B) difundir o pensamento liberal.
C) garantir a pluralidade política.
D) fortalecer a identidade nacional.
Comentários
C à à à à à por meio da pintura histórica, forjou-se um passado épico e
monumental, em que toda a população pudesse se sentir representada à L à à à à
usadas para fortalecer a identidade nacional.
Gabarito: D

87. (PUCRS 2015)


Considere as afirmações abaixo sobre o Período Imperial brasileiro (1822-1889).
I. O Primeiro Reinado caracterizou-se pelos constantes conflitos entre o Imperador e as elites
do País, tendo em vista que D. Pedro I praticamente governou de forma autoritária,
desconsiderando o Legislativo.
II. Durante o Período Regencial, os governantes deixaram de ser hereditários e passaram a ser
selecionados por eleições, o que leva a historiografia a considerar essa fase como sendo a
primeira experiência republicana no País, pois os regentes eram escolhidos pelo voto
universal direto.
III. O Segundo Reinado foi um período de grande estabilidade política da história imperial,
pois o imperador D. Pedro II ficou quase 50 anos no poder, governando com o apoio de um só
partido, o Partido Conservador.
IV. Dentre os fatores que contribuíram para a crise do regime imperial, podemos elencar o
conflito do Imperador com o Exército, a crise entre a monarquia e a Igreja e, por fim, a
abolição da escravidão, que levou a elite cafeicultora fluminense a romper politicamente com
a monarquia.

Estão corretas apenas as afirmativas


A) I e III.
B) I e IV.
C) II e III.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.
Comentários

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[II] Incorreta. O voto que elegia os regentes era dado pela Assembleia Geral, formada por
deputados.
[III] Incorreta. O Segundo Reinado foi marcado pela existência de dois partidos: Liberal e
Conservador.
Gabarito: B

88. (Cefet MG 2015)


E à à à à à à à à à à à àP à à
República. Mas não foi o que aconteceu [...]. A participação popular foi menor do que na
à à
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 17ª edição, Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2013, p. 80-81. (Adaptado)

Entre os principais grupos sociais, envolvidos na articulação do referido evento, destacam-se


os:
A) empresários e imigrantes.
B) industriais e camponeses.
C) operários e intelectuais.
D) banqueiros e religiosos.
E) fazendeiros e militares.
Comentários
A despeito da participação popular, nossa República foi proclamada a partir da ação dos grandes
fazendeiros (insatisfeitos com o governo devido à abolição da escravatura) e dos militares
(insatisfeitos com a falta de participação política e influenciados pelos ideais republicanos
europeus).
Gabarito: E

89. (UERJ 2015)


áà à à à F à à à à à à à à à
esfaquear mulas, virar bondes e arrancar trilhos ao longo da rua Uruguaiana. Dois pelotões
do Exército ocuparam o Largo de São Francisco, postando-se parte da tropa em frente à
Escola Politécnica, atual prédio do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. A multidão
dispersou-se e, salvo pequenos distúrbios nos três dias seguintes, estava findo o motim do
vintém. A cobrança da taxa passou a ser quase aleatória. As próprias companhias de bondes
pediam ao governo que a revogasse. Desmoralizado, o ministério caiu a 28 de março. O novo
ministério revogou o desastrado tributo.

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Adaptado de CARVALHO, José Murilo de. A Guerra do Vintém. Revista de História,


setembro/2007.

Ocorrida entre o final de 1879 e o início de 1880, a Revolta do Vintém representou a


manifestação de segmentos populares descontentes com a decisão do governo de aumentar
os preços das passagens dos bondes puxados a burro, que trafegavam na então capital do
Império.
Um dos principais efeitos dessa revolta naquele momento foi:
A) politização dos oficiais militares.
B) privatização dos serviços públicos.
C) modernização dos meios de transporte.
D) enfraquecimento das instituições monárquicas.
Comentários
A Revolta do Vintém enquadra-se no quadro de crise do Segundo Reinado, deflagrada,
principalmente, após a Guerra do Paraguai. Esse quadro de crise incluía o fortalecimento do
Exército e a ampliação dos movimentos Republicano e abolicionista. Nesse contexto, a opinião
pública e a população em geral passaram a defender mudanças de cunho político, econômico e
social do país. Quando o governo da capital decidiu cobrar um imposto sobre o preço da passagem
de bonde, a população, já insatisfeita com os rumos do país, revoltou-se, o que serviu para abalar
ainda mais o já conturbado ambiente da Monarquia brasileira em fins da década de 1870.
Gabarito: D

90. (FGV 2015)


No livro de crônicas Cidades Mortas, o escritor Monteiro Lobato descreve o destino de ricas
cidades cafeicultoras do Vale do Paraíba. Bananal, que chegou a ser a maior produtora de
café da província de São Paulo, tornou- à à à à à à à à à
passado: transformou-se em uma estância turístico-histórica, mantendo poucas sedes
majestosas conservadas, como a da Fazenda Resgate. A maioria, entretanto, está em ruínas.
O fim da escravidão foi o fim dos barões. E também o fim do Império.
(Sheila de Castro Faria, Ciclo do café In Luciano Figueiredo (org), História do Brasil para
ocupados, 2013, p.164)
Sobre a conclusão apresentada no texto, é correto afirmar que:
A) a decadência econômica do vale do Paraíba tem fortes vínculos com as periódicas crises
internacionais que reduziam a demanda pelo café, mas a causa central da derrocada do
cultivo nessa região foi a ação do Império combatendo a imigração.

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B) o Centro-Sul, especialmente a região do vale do Paraíba, manteve uma constante crítica à


Monarquia, em razão da defesa que esta fazia do federalismo, opondo-se ao centralismo
político-administrativo, prejudicial aos negócios do café.
C) a decadência da produção cafeeira no vale do Paraíba, relacionada aos problemas de solo,
foi impulsionada pela abolição da escravatura, fato que levou os grandes proprietários de
terra da região a retirarem o seu apoio à Monarquia.
D) as divergências entre os cafeicultores do vale do Paraíba e a liderança do Partido
Conservador cristalizaram-se com o fim do tráfico de escravos, culminando no rompimento
definitivo com a lei do Ventre Livre.
E) a posição antimonarquista dos cafeicultores do vale do Paraíba, fundadores do Partido
Republicano, resultou na imposição de medidas, por parte da elite imperial, prejudiciais a
essa elite, como a proibição da entrada de imigrantes.
Comentários
Somente a proposição [C] está correta. A questão remete a uma relação entre cafeicultura,
escravidão e a monarquia. O café começou a ser produzido em larga escala no Vale do Paraíba de
maneira tradicional, ou seja, com latifúndio escravista visando o mercado externo bem parecido
com o contexto do engenho colonial. Assim, esta elite escravista do Rio de Janeiro apoiava a
monarquia. Porém, depois de algumas décadas o solo foi se desgastando surgindo erosões e a
à à à à à à à O àP àN à à àP ba, surgiram então,
à à à à à à à à à à à à à àD à
forma, há uma relação entre a crise da cafeicultura no Rio de Janeiro, abolição da escravatura e o
fim da monarquia considerando que os barões do café após a Lei Áurea abandonam a monarquia.
Gabarito: C

91. (Mackenzie 2015)


C à à à à à à à à à à à à à à
36 gabinetes, com a média de um ano e três meses de duração cada um. (...) Tratava-se de
um sistema flexível que permitia o rodízio dos dois principais partidos no governo, sem
maiores traumas. Para quem estivesse na oposição, havia sempre a esperança de ser
à à àá à à à à à à à
Boris Fausto. História do Brasil. 13ª ed. São Paulo: EDUSP, 2008, pp.179-180

O texto refere-se:
A) à República Oligárquica, cujo revezamento político das oligarquias paulista e mineira, no
plano federal, consolidou os interesses da elite agroexportadora.
B) ao sistema político vigente no Segundo Reinado, que fortaleceu a figura do monarca e
consolidou a ordem aristocrática-latifundiária-escravista imperial.

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C) ao sistema bipartidário do Regime Militar no Brasil, que criou mecanismos fraudulentos de


eleições e suprimiu as liberdades individuais dos cidadãos.
D) às divisões políticas e partidárias da República Populista, com os embates entre os
conservadores e os entreguistas, no tocante à condução da política econômica.
E) aos mecanismos de poder existentes na Era Vargas, que permitiu o fortalecimento do
presidente ao alternar no poder os grupos políticos aliados a ele.
Comentários
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete ao Segundo Reinado, 1840-1889. Foi o
longo governo de D. Pedro II. Este assumiu o trono com quinze anos incompletos após o caos
político e social do Período Regencial, 1831-1840. O retorno da monarquia era visto por muitos
como a possibilidade de restaurar a ordem social. O jovem imperador consolidou a ordem
aristocrática-latifundiária-escravista e criou o Parlamentarismo no Brasil em 1847 inspirado no
modelo Inglês para buscar a estabilidade política através da acomodação no poder de
representantes dos partidos Liberal e Conservador. Daí a sucessão de 36 gabinetes, um verdadeiro
à à à à à àV à à à à à à à à à à
à à à à à antas diferenças ideológicas entre eles.
Gabarito: B

92. (ESPM 2015)


D à à à à àD àP àII à à à à à à àI à
a maior potência econômica da época e acostumada, desde a época colonial, a gozar de
privilégios nas relações comerciais com o Brasil. Os atritos começaram logo em 1842, dois
anos após a coroação, quando expirou o Tratado de Comércio de 1827. O governo de D.
Pedro II decidiu não dar continuidade a essa política e o acordo de 1842 não foi à
(Sonia Guarita do Amaral. O Brasil como Império)

Ao não renovar o Tratado de Comércio de 1827, o governo de D. Pedro II adotou em 1844:


A) a tarifa Alves Branco, uma medida protecionista;
B) a decisão de romper relações diplomáticas com a Inglaterra;
C) a decisão de conceder vantagens comerciais para a França;
D) a decisão de substituir a Inglaterra pelos EUA na condição de principal parceiro comercial
do Brasil;
E) a tarifa Silva Ferraz que extinguiu a cobrança de tributos sobre produtos importados.
Comentários
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete ao Segundo Reinado, 1840-1889. Foi o
longo governo de D. Pedro II. Este assumiu o trono com quinze anos incompletos após o caos

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político e social do Período Regencial, 1831-1840. O retorno da monarquia era visto por muitos
como a possibilidade de restaurar a ordem social. O jovem imperador consolidou a ordem
aristocrática-latifundiária-escravista e criou o Parlamentarismo no Brasil em 1847 inspirado no
modelo Inglês para buscar a estabilidade política através da acomodação no poder de
representantes dos partidos Liberal e Conservador. Daí a sucessão de 36 gabinetes, um verdadeiro
à à à à à àV à à à à à à à inha do mesmo
à à à à à à à à à à
Gabarito: B

93. (UFSM 2015)


Na Itália, na 2ª metade do século XIX, a escassez de carne e o excesso de polenta na dieta
alimentar ocasionaram grande número de casos de desnutrição e de pelagra, sinais de grave
crise econômica que afetava muito o setor camponês. Essa situação articulou-se com a
seguinte realidade brasileira, na mesma época:
A) a organização de uma estrutura econômica voltada à produção de alimentos e,
consequentemente, de mercado consumidor interno.
B) a política de incentivo à vinda de mão de obra europeia, com o propósito de substituir o
trabalho escravo nas fazendas de café.
C) a crise do Estado Nacional e o projeto de formação de uma população saudável e mestiça.
D) a necessidade de soldados para multiplicar o Exército nacional, defender as fronteiras e
garantir o domínio na Região do Prata.
E) a expulsão dos colonos das terras do Sudeste e o favorecimento de nova mão de obra para
gerir a pequena e média propriedade rural.
Comentários
Durante o Segundo Reinado brasileiro, devido à queda na importação de escravos (por conta da
proibição do tráfico intercontinental), o governo brasileiro passou a incentivar a vinda de
imigrantes para trabalhar nas lavouras de café. Coincidentemente, como mostra o texto, a Itália,
nessa época, passava por um período de crise econômica, o que propiciou a vinda de muitos
italianos para o Brasil.
Gabarito: B

94. (UEPA 2015)


O interesse de fazendeiros e da coroa imperial pela imigração europeia para o Brasil, na
segunda metade do século XIX, estimulou novo fluxo de mão de obra no país, no contexto de
declínio e extinção da escravidão. A introdução dos imigrantes no mercado de trabalho
brasileiro no período indicado:

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A) ocorreu dentro dos parâmetros de exploração do trabalho antes imposto aos negros
escravizados no campo e na cidade.
B) promoveu o nascente mercado de trabalho livre e assalariado, caracterizado pela exclusão
das populações negras antes vinculadas à escravidão.
C) realizou-se especialmente nas províncias setentrionais do país, marcadamente desfalcadas
de mão de obra após a abolição da escravidão.
D) acirrou as disputas por vagas no mercado de trabalho entre negros e brancos, o que
dificultou a inserção de trabalhadores de origem europeia.
E) demonstrou a ineficácia da introdução de mão de obra europeia no pais, dada a
abundância de trabalhadores negros e mestiços.
Comentários
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete ao processo de imigração europeia para
o Brasil durante o Segundo Reinado, 1840-1889. Ancorados em ideias racistas importadas da
Europa, a elite agrária brasileira preferiu imigrantes europeus para substituir os negros. Desta
forma, contribuiu para o surgimento de um mercado interno de trabalho livre e assalariado,
caracterizado pelas pessoas negras que antes eram escravas.
Gabarito: B

95. (CEFET MG 2015)


Oà à à à à à à à à à à à à à àE à à
Queiroz. Embora, após a extinção oficial do tráfico, tenham sido registrados alguns
desembarques clandestinos de africanos, estes foram em pequeno número e, dez anos após
a promulgação da referida lei, o Brasil havia definitivamente deixado de ser um país
à à
DEL PRIORE, Mary; VENÂNCIO, Renato. Uma breve história do Brasil. São Paulo: Ed. Planeta
do Brasil, 2010. p. 183. (Adaptado)

A lei de 1850 representou um marco importante no processo de abolição da escravidão no


país. Essa medida teve como impacto o (a):
A) declínio da produção cafeeira.
B) crescimento do número de alforrias.
C) distribuição de terras para os libertos.
D) intensificação do tráfico interprovincial.
E) adoção de uma política de reprodução de cativos.

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Comentários
O fim do tráfico intercontinental obrigou os senhores de escravo brasileiros a promover o chamado
tráfico interprovincial: compra e venda de escravos de uma província para a outra, em especial do
Nordeste para o Sudeste.
Gabarito: D

96. (G1 - IFSC 2015)

A charge sobre o período da guerra do Paraguai demonstra o claro preconceito dos autores
da charge contra os soldados brasileiros negros que lutaram na Guerra do Paraguai. Sobre o
alistamento de soldados para essa guerra é CORRETO afirmar que:
A) Como é demonstrado na charge, no Brasil um grande número de militares de alta patente,
como coronéis e generais, eram negros.
B) Ao alistarem-se para lutarem na Guerra do Paraguai, os escravos negros eram alforriados
de seus senhores.
C) Apesar da promessa de alforria para os que lutaram na Guerra do Paraguai, a lei não foi
cumprida.
D) O sucesso do alistamento de escravos brasileiros na Guerra do Paraguai foi continuado em
outras guerras como a Primeira Guerra Mundial.
E) Apesar de a charge retratar os brasileiros, o número de soldados negros do Brasil foi muito
reduzido em comparação aos negros argentinos e uruguaios.
Comentários
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete a Guerra do Paraguai, 1865-1870. A
Guerra do Paraguai aconteceu dentro do Segundo Reinado, 1840-1889. Neste período estava
ocorrendo a transição do trabalho escravo para o trabalho livre assalariado com a chegada dos
imigrantes europeus. O nordeste brasileiro estava em grave crise econômica desde a crise

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açucareira ocorrida no final do século XVII. Desta forma, a Guerra do Paraguai foi utilizada pela
elite branca e racista do Brasil para fazer uma limpeza étnica com alistamento dos negros para
lutar na Guerra do Paraguai. Ao compor o exército brasileiro, os negros eram alforriados dos seus
senhores. As demais alternativas estão incorretas.
Gabarito: B

97. (UERN 2015)


Lei nº 3353, de 13 de maio de 1888, declara extinta a escravidão no Brasil.
A Princesa Imperial Regente em nome de Sua Majestade, o Imperador o Senhor D. Pedro II,
faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia Geral decretou, e ela sanciona a Lei
seguinte:
Artigo 1º: É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.
Artigo 2º: Revogam-se as disposições em contrário.
(Disponível em: http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-
apoio/legislacao/trabalho-escravo/lei_3353_1888.pdf.)

De acordo com o conteúdo da lei anteriormente exposta e a trajetória da abolição da


escravidão no Brasil, analise as afirmativas.
I. Logo após a abolição, direitos e deveres constitucionais foram estendidos aos libertos e a
seus algozes.
II. A Constituição de 1824 permitia que cada estado (província) estabelecesse legislação
própria em relação à escravidão.
III. Mesmo depois da Lei Áurea, o tráfico de escravos continuou a representar a atividade
mais lucrativa do Império.
IV. Com o advento da Lei Áurea, a legitimidade antes atribuída à escravidão, deixa de existir
oficialmente no Brasil.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)


A) I, apenas.
B) IV, apenas.
C) I, II, III e IV.
D) II e III, apenas.
Comentários
A Lei Áurea, apesar de simbolicamente ser extremamente importante, foi, na verdade, muito
simplória: contendo apenas dois parágrafos, somente aboliu a escravidão (afirmativa [IV]), mas

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nada determinou a respeito da inclusão dos recém-libertos na cidadania do Império (afirmativa [I]).
Ainda assim, como previsto na Constituição vigente na época, era válida em todo o território
imperial (afirmativa [II]) e pôs fim ao tráfico e a prática escravista em todo o Império (afirmativa
[III]).
Gabarito: B

98. (UFU 2015)


Para os historiadores das décadas de 1960 e 1970, o Brasil e a Argentina teriam sido
manipulados por interesses da Grã-Betanha, maior potência capitalista da época, para
aniquilar o desenvolvimento autônomo paraguaio, abrindo um novo mercado consumidor
para os produtos britânicos. A guerra era uma das opções possíveis, que acabou por se
concretizar, uma vez que interessava a todos os envolvidos. Seus governantes, tendo por
base informações parciais ou falsas do contexto platino e do inimigo em potencial, anteviram
um conflito rápido, no qual seus objetivos seriam alcançados com o menor custo possível.
á à à à à à à à à
DORATIOTTO, Francisco. Maldita guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 87-96.
(Adaptado).

A Guerra do Paraguai foi o maior conflito militar no qual o Brasil se envolveu em sua história.
Nas novas interpretações dos historiadores para a guerra,
A) tem sido destacada a natureza democrática do governo de Solano López, bem como a
crescente industrialização do Paraguai.
B) tem sido enfatizada a importância do conflito para o fortalecimento do regime monárquico
brasileiro.
C) tem sido valorizada a dinâmica geopolítica interna do continente sul-americano, em
oposição às teorias da responsabilidade externa pela guerra.
D) têm sido destacados os interesses expansionistas brasileiros como a principal causa da
guerra.
Comentários
A dinâmica geopolítica interna citada na opção correta diz respeito aos interesses dos países sul-
americanos no controle da Bacia do Rio da Prata. Hoje, essa dinâmica é vista como uma das
principais causas para a ocorrência da Guerra do Paraguai.
Gabarito: C

99. (UERN 2015)


A República da Espada teve início quando os militares lideraram o país politicamente entre os
anos de 1889 a 1894. Assim que a Monarquia foi derrubada, o governo provisório do
Marechal Deodoro da Fonseca guiou as decisões tomadas no Brasil naquele período. Um dos

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fatores que contribuiu para a ascensão dos militares ao poder no Brasil, logo no início da
República, foi:
A) o apoio incondicional das oligarquias rurais e dos grandes cafeicultores paulistas, que
tinham, em sua maioria, representantes no exército brasileiro.
B) a vitória do Brasil na Guerra do Paraguai, que de uma certa forma fortaleceu o exército,
que passou a exigir maiores saldos e maior participação política.
C) a subvenção inglesa na implantação da República Brasileira interessada na expansão da
Doutrina Monroe, que defendia o fim dos regimes monárquicos na América.
D) a tendência latino-americana de estabelecer governos ditatoriais e militares, atrelados às
concepções imperialistas e bolivarianas e, naturalmente, desvinculados da influência norte-
americana.
Comentários
A participação brasileira na Guerra do Paraguai fortaleceu o Exército brasileiro. Após a empreitada
na Guerra, os militares brasileiros voltaram valorizados, e passaram a discutir a situação do país a
partir da própria situação das Forças Armadas, exigindo melhores condições de trabalho e mais
participação política.
Gabarito: B

100. (Vunesp 2015)


Não há dúvida de que os republicanos de São Paulo e do Rio de Janeiro representavam
preocupações totalmente distintas. Enquanto os republicanos da capital, ou melhor, os que
assinaram o Manifesto de 1870, refletiam as preocupações de intelectuais e profissionais
liberais urbanos, os paulistas refletiam preocupações de setores cafeicultores de sua
província. [...] A principal preocupação dos paulistas não era o governo representativo ou os
direitos individuais, mas simplesmente a federação, isto é, a autonomia estadual.
(José Murilo de Carvalho. A construção da ordem, 1980.)

As diferenças entre os republicanos de São Paulo e do Rio de Janeiro, nas décadas de 1870 e
1880, podem ser explicadas, entre outros fatores,
A) pelo interesse dos paulistas em reduzir a interferência do governo central nos seus
assuntos econômicos e em concentrar, na própria província, a maior parte dos recursos
obtidos com exportação.
B) pela disposição dos intelectuais da capital de assumir o controle pleno da administração
política nacional e de eliminar a hegemonia econômica dos cafeicultores e comerciantes de
São Paulo.
C) pela ausência de projetos políticos nacionais comuns aos representantes de São Paulo e do
Rio de Janeiro e pela defesa pragmática dos interesses econômicos das respectivas
províncias.

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D) pelo esforço dos paulistas em eliminar as disparidades regionais e em aprofundar a


unidade do país em torno de um projeto de desenvolvimento econômico nacional.
E) pela presença dos principais teóricos ingleses e franceses do liberalismo no Rio de Janeiro e
por sua influência junto à intelectualidade local e ao governo monárquico.
Comentários
São Paulo era o principal centro econômico brasileiro na época do Segundo Reinado. Nesse estado,
o movimento republicano priorizou a discussão acerca da adoção do federalismo, que conferiria ao
estado autonomia para gerenciar seus assuntos políticos e econômicos, utilizando, assim, sua
economia em benefício próprio.
Gabarito: A

101. (CEFET MG 2015)


áà à à àU à à à à à à à à
da Guerra do Paraguai. Em 1861, o presidente uruguaio Bernardo Berro, do Partido Blanco, se
recusou a renovar com o Brasil o Tratado de Comércio e Navegação, de 1851. Com essa
medida, reduziu a dependência do Uruguai em relação ao Império brasileiro. Ao mesmo
tempo, ele instituiu um imposto sobre as exportações de gado em pé para o Rio Grande do
Sul, atingindo os interesses de estancieiros gaúchos com propriedades no Uruguai. Por outro
lado, o cenário político do rio da Prata ganhou um novo Estado Nacional em 1862, com o
surgimento da República Argentina. A nação nasce sob a liderança da burguesia de Bueno
á à àB àM à à
FIGUEIREDO, Luciano (org.). História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra,
2013. p. 364. (Adaptado)

De acordo com o texto, a tensão entre as quatro nações envolvidas na Guerra do Paraguai,
iniciada pouco depois do contexto descrito, teria sido motivada pela:
A) ação imperialista da Inglaterra.
B) disputa geopolítica no estuário do Prata.
C) expansão do modelo federalista da Argentina.
D) reprovação ao governo autoritário do Uruguai.
E) convergência de interesses econômicos na América.
Comentários
A disputa pelo domínio do estuário do rio da Prata e, consequentemente, da sua riqueza foi um
dos motores para o início da Guerra do Paraguai. Brasil, Argentina e Paraguai desejavam controlar
tal região.
Gabarito: B

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102. (G1 - CPS 2015)


Marietta Maria Baderna foi uma bailarina italiana que chegou ao Brasil em 1849. Seus fãs
à à à àL à à à à e ela.
Sempre à frente de seu tempo, Baderna se interessou pelos ritmos afro-brasileiros, danças
com movimentos bastante ousados para a época de Dom Pedro II. Interessante que sempre
que os moralistas tentavam boicotá-la (diminuindo seu tempo no palco, ou a colocando em
segundo plano), os badernistas protestavam, batendo os pés no chão e interrompendo o
espetáculo. Ao término da apresentação, saíam do teatro batendo os pés e gritando o nome
da musa: Baderna!
(http://tinyurl.com/ko35was Acesso em: 01.07.2014. Adaptado)

Desde então, parte dos movimentos populares, que se destacam pelos gritos e barulhos dos
manifestantes, levam o nome dessa ousada bailarina.
É correto afirmar que, no período histórico em que Baderna chegou ao Brasil, o governo
enfrentava:
A) a Revolução Praieira.
B) a Guerra de Canudos.
C) a Revolta da Vacina.
D) a Inconfidência Mineira.
E) o Quilombo dos Palmares.
Comentários
O texto é muito interessante, porém a questão é factual e envolve apenas o conhecimento
cronológico. Das alternativas apresentadas, a única que ocorreu durante o reinado de D. Pedro II
foi a Revolução Praiera, movimento de curta duração em 1848, na cidade de Recife, reprimida pelo
governo e que produziu pequenos efeitos nos anos seguintes (que não são retratados nos livros
didáticos e apostilas).
Gabarito: A

103. (UECE 2015)


Atente para as afirmações a seguir, acerca do Processo de Abolição dos Escravos no Brasil, e
assinale com V as afirmações verdadeiras e com F, as falsas.
( ) Em 1850, o Brasil foi levado a extinguir o tráfico internacional, porém, surgiu o tráfico
interno com a venda de escravos das áreas mais pobres para as mais desenvolvidas.
( ) Nesse processo, algumas leis foram aprovadas com o objetivo de acalmar os
abolicionistas e ir lenta e gradualmente extinguindo a escravidão, quais sejam: Lei do Ventre
Livre, Lei do Sexagenário.

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( ) Nesse movimento não se tem notícias de insurreições ou ações dos próprios escravos
em prol da própria liberdade, em virtude da forte repressão presenciada nos últimos
momentos do período escravocrata.
( ) A abolição da escravatura se deu ainda no Reinado de D. Pedro II e representou um
grande avanço para a inserção do ex-escravo como cidadão na sociedade brasileira.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


A) V - V - V - F.
B) V - V - F - F.
C) F - V - F - V.
D) F - F - F - V.
Comentários
A terceira proposição é falsa porque o movimento de luta pela abolição contou com a participação
ativa dos cativos brasileiros, fazendo, inclusive, insurreições e manifestações;
A quarta proposição é falsa porque após a abolição o Governo Imperial brasileiro não criou
nenhum mecanismo de inserção dos negros recém libertos na sociedade brasileira.
Gabarito: B

104. (UEPA 2015)


Leia o texto para responder à questão.
A expansão cafeeira em direção ao Oeste de São Paulo, inaugurada justamente na fase de
abolição do tráfico atlântico, além de estimular os debates e políticas imigrantistas, ativou
outras formas de tráfico de escravos, dessa vez entre regiões do Brasil.[...] Essa nova
modalidade de tráfico negociou basicamente crioulos e, como no tráfico atlântico, nela
predominaram homens adultos, sendo poucas as mulheres e menos ainda as crianças e
velhos.
(VAINFAS, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil Imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva,
2002, p. 237-239.)

O desenraizamento do escravo crioulo provocado pelo tráfico interno teve peso considerável
para o fim da escravidão, pois:
A) a separação de famílias, ou o perigo dela, gerava revoltas, fugas, formação de quilombos e
atentados individuais contra senhores e feitores, sem contar os suicídios.
B) o progressivo aparecimento de pequenos proprietários de escravos contribuiu para a
crescente deslegitimação da propriedade escrava e o aumento das forças opositoras ao
escravismo.

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C) os escravos de nação resistiram ao processo de ladinização, que afetava o modo de vida de


africanos, desestimulando o trabalho coletivo, base das estratégias de resistência.
D) o número de escravos nas áreas urbanizadas aumentou em relação ao das rurais, onde os
fazendeiros rejeitaram o tráfico interprovincial e investiram na abolição.
E) as Províncias onde o número de escravos era maior antes de 1850, aderiram à campanha
abolicionista deflagrada pelo Império para combater o tráfico interno e estimular a imigração.
Comentários
Somente a proposição [A] está correta. A questão remete a expansão do café para o Oeste de São
Paulo. O Brasil vivia o contexto do Segundo Reinado, 1840-1889, quando aconteceu a transição do
trabalho escravo para o trabalho livre. Em 1850 foi aprovada a Lei Eusébio de Queirós proibindo o
tráfico de escravos para o Brasil o que explica a chegada de muitos imigrantes europeus. A partir
desta data ocorreu um comércio interno de escravos, principalmente negros que foram deslocados
do nordeste decadente economicamente para o Sudeste. Neste tráfico interno ocorreu a
separação entre famílias o que contribuiu para o fim da escravidão no Brasil.
Gabarito: A

105. (UNISC 2015)


A desigualdade social que permeia a sociedade brasileira está umbilicalmente vinculada à
escravidão que foi a base do sistema escravista. O tráfico negreiro no Brasil perdurou do
século XVI ao XIX. Além de receber o maior contingente de africanos escravizados (cerca de
40% do total), o país foi a última nação americana a abolir a escravidão. Oficialmente, a
extinção do tráfico negreiro ocorreu através da:
A) Lei do Ventre Livre.
B) Lei dos Sexagenários.
C) Lei Eusébio de Queirós.
D) Lei Nabuco de Araújo.
E) Lei Bill Aberdeen.
Comentários
A questão remete a Lei Eusébio de Queirós aprovada no Brasil em 1850. Esta importante lei aboliu
o tráfico de escravo no Atlântico reduzindo drasticamente o número de escravos no Brasil. No dia
13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, foi abolida a escravidão no Brasil. As leis abolicionistas
aprovadas no Brasil no contexto do Segundo Reinado, 1840-1889, estavam vinculadas as
transformações econômicas ligadas ao café e a Revolução Industrial.
Gabarito: C

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1.
Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande frieza,
seus partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de
Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março,
tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas, durante os
à à à à à à à à à à à à
sendo respondidos com cacos de garrafas jogadas das janelas.
VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado).
Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política.
Nesse sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela:
A) estímulos ao racismo.
B) apoio ao xenofobismo.
C) críticas ao federalismo.
D) repúdio ao republicanismo.
E) questionamentos ao autoritarismo.

2.
Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais:
Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se compreendam os casados, e Oficiais
militares que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados e Clérigos de Ordens
Sacras.
Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade claustral.
Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio
ou empregos.
Constituição Política do Império do Brasil (1824). Disponível em:
https://legislação.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado).

A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do contexto histórico de sua formulação. A


C à à à à à à à à à à à à à
objetivo de garantir:
A) o fim da inspiração liberal sobre a estrutura política brasileira.

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B) a ampliação do direito de voto para maioria dos brasileiros nascidos livres.


C) a concentração de poderes na região produtora de café, o Sudeste brasileiro.
D) o controle do poder político nas mãos dos grandes proprietários e comerciantes.
E) a diminuição da interferência da Igreja Católica nas decisões político-administrativas.

3.

As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas


representações políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia que
cada imagem evoca é, respectivamente:
A) Habilidade militar riqueza pessoal.
B) Liderança popular estabilidade política.
C) Instabilidade econômica herança europeia.
D) Isolamento político centralização do poder.
E) Nacionalismo exacerbado inovação administrativa.

4.
No clima das ideias que se seguiram à revolta de São Domingos, o descobrimento de planos
para um levante armado dos artífices mulatos na Bahia, no ano de 1798, teve impacto muito
especial; esses planos demonstravam aquilo que os brancos conscientes tinham já começado
a compreender: as ideias de igualdade social estavam a propagar-se numa sociedade em que
só um terço da população era de brancos e iriam inevitavelmente ser interpretados em
termos raciais.
MAXWELL. K. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, M.N. (coord.)

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O Império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.


O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das propostas das lideranças populares da
Conjuração Baiana (1798) levaram setores da elite colonial brasileira a novas posturas diante
das reivindicações populares. No período da Independência, parte da elite participou
ativamente do processo, no intuito de:
A) instalar um partido nacional, sob sua liderança, garantindo participação controlada dos
afro-brasileiros e inibindo novas rebeliões de negros.
B) atender aos clamores apresentados no movimento baiano, de modo a inviabilizar novas
rebeliões, garantindo o controle da situação.
C) firmar alianças com as lideranças escravas, permitindo a promoção de mudanças exigidas
pelo povo sem a profundidade proposta inicialmente.
D) impedir que o povo conferisse ao movimento um teor libertário, o que terminaria por
prejudicar seus interesses e seu projeto de nação.
E) rebelar-se contra as representações metropolitanas, isolando politicamente o Príncipe
Regente, instalando um governo conservador para controlar o povo.

5.
Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à divisão
internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se na
produção, com braço escravo importado da África, de plantas tropicais para a Europa e a
América do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo menos uns
oitenta anos. Éramos um país essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado por depender
de produtores cativos. Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos
de produção que os mais toscos e baratos.
O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham os
bens de consumo que fundamentavam um padrão de vida "civilizado", marca que distinguia
as classes cultas e "naturalmente" dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E de
fora vinham também os capitais que permitiam iniciar a construção de uma infraestrutura de
serviços urbanos, de energia, transportes e comunicações.
Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional. In: I. Sachs; J. Willheim; P.
S. Pinheiro (Orgs.). Brasil: um século de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p.
80.
Levando-se em consideração as afirmações anteriores, relativas à estrutura econômica do
Brasil por ocasião da independência política (1822), é correto afirmar que o país
A) se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no período colonial.
B) extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção no
trabalho livre.

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C) se tornou dependente da economia europeia por realizar tardiamente sua industrialização


em relação a outros países.
D) se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no país sem trazer
ganhos para a infraestrutura de serviços urbanos.
E) teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu capitais em vários
setores produtivos.

6.
A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais,
incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de
independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder
central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram
então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria
aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico
negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de terras
que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado
pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada
pelo governo imperial.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado).

Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador


envolveu, a princípio,
A) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado.
B) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização
política.
C) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava
subjugar o Rio de Janeiro.
D) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da
hegemonia do Rio de Janeiro.
E) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a
ascensão de D. Pedro I ao trono.

7.
É simplesmente espantoso que esses núcleos tão desiguais e tão diferentes se tenham
mantido aglutinados numa só nação. Durante o período colonial, cada um deles teve relação
direta com a metrópole. Ocorreu o o extraordinário, fizemos um povo-nação, englobando
todas aquelas províncias ecológicas numa só entidade cívica e política.

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RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1988.

Após a conquista da autonomia, a questão primordial do Brasil residia em como garantir sua
unidade político-territorial diante das características e práticas herdadas da colonização.
Relacionando o projeto de independência à construção do Estado nacional brasileiro, a sua
particularidade decorreu da:
A) ordenação de um pacto que reconheceu os direitos políticos aos homens,
independentemente de cor, sexo ou religião.
B) estruturação de uma sociedade que adotou os privilégios de nascimento como critério de
hierarquização social.
C) realização de acordos entre as elites regionais, que evitou confrontos armados contrários
ao projeto luso-brasileiro.
D) concessão da autonomia política regional, que atendeu aos interesses socioeconômicos
dos grandes proprietários.
E) Afirmação de um regime constitucional monárquico que garantiu a ordem associada à
permanência da escravidão.

8. (Fuvest 2015)
Considerando-se o intervalo entre o contexto em que transcorre o enredo da obra Memórias
de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e a época de sua publicação, é
correto afirmar que a esse período corresponde o processo de
A) reforma e crise do Império Português na América.
B) triunfo de uma consciência nativista e nacionalista na colônia.
C) Independência do Brasil e formação de seu Estado nacional.
D) consolidação do Estado nacional e de crise do regime monárquico brasileiro.
E) Proclamação da República e instauração da Primeira República.

9. (Unicamp 2015)
Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária,
à à à à àI à àOà‘ à à à à à
caminho favorável à expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções e
modelos que permitiam afirmar o particularismo, e portanto a identidade, em oposição à
M à
CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19.

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Tendo em vista o movimento literário mencionado no trecho acima, e seu alcance na história
do período, é correto afirmar que:
A) o nacionalismo foi impulsionado na literatura com a vinda da família real, em 1808,
quando houve a introdução da imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros circularam no
país.
B) o indianismo ocupou um lugar de destaque na afirmação das identidades locais,
expressando um viés decadentista e cético quanto à civilização nos trópicos.
C) os autores românticos foram importantes no período por produzirem uma literatura que
expressava aspectos da natureza, da história e das sociedades locais.
D) a população nativa foi considerada a mais original dentro do Romantismo e, graças à
atuação dos literatos, os indígenas passaram a ter direitos políticos que eram vetados aos
negros.

10. (Fuvest 2016)


Examine o gráfico.

O gráfico fornece elementos para afirmar:


A) A despeito de uma ligeira elevação, o tráfico negreiro em direção ao Brasil era pouco
significativo nas primeiras décadas do século XIX, pois a mão de obra livre já estava em franca
expansão no país.
B) As grandes turbulências mundiais de finais do século XVIII e de começos do XIX
prejudicaram a economia do Brasil, fortemente dependente do trabalho escravo, mas incapaz
de obter fornecimento regular e estável dessa mão de obra.
C) Não obstante pressões britânicas contra o tráfico negreiro em direção ao Brasil, ele se
manteve alto, contribuindo para que a ordem nacional surgida com a Independência fosse
escravista.

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D) Desde o final do século XVIII, criaram-se as condições para que a economia e a sociedade
do Império do Brasil deixassem de ser escravistas, pois o tráfico negreiro estava estagnado.
E) Rapidamente, o Brasil aderiu à agenda antiescravista britânica formulada no final do século
XVIII, firmando tratados de diminuição e extinção do tráfico negreiro e acatando as
imposições favoráveis ao trabalho livre.

11. (G1 - IFBA 2016)


Neste país, que se presume constitucional e onde só deverão ter ação poderes delegados,
responsáveis, acontece, por defeito do sistema, que só há um poder ativo onímodo,
onipotente, perpétuo, superior à lei, e à opinião, e esse é justamente o poder sagrado,
inviolável e irresponsável. (Trecho do Manifesto Republicano, publicado no Jornal A
República, do Rio de Janeiro, em dezembro de 1870.)
Disponível em: <http:/www.historiamais.com/manifesto.htm>. Acesso em 20.09.2015.

A crítica apresentada pelo Manifesto Republicano de 1870 pode ser associada:


A) ao despototismo de D. Pedro II, no desrespeito à Constituição Imperial.
B) aos amplos e ilimitados poderes garantidos ao Imperador pelo Poder Moderador.
C) à irresponsabilidade de D. Pedro II no trato com o dinheiro e com as finanças públicas.
D) ao estado de corrupção e fraudes que envolvia D. Pedro II e grande parte de seus
assessores.
E) aos prejuízos econômicos do país nas negociatas que D. Pedro II realizou com a Inglaterra.

12. (PUCRS 2016)


Sobre a situação econômica e financeira do Brasil durante o Primeiro Reinado, é INCORRETO
afirmar que
A) o Brasil passava por uma forte crise no comércio de exportação, devido à queda das suas
vendas externas de açúcar no mercado Europeu.
B) a situação brasileira se agravou na medida em que, depois do declínio da produção
aurífera colonial, a Inglaterra perdeu o interesse de ser parceira comercial do Brasil.
C) o imperador D. Pedro I fazia gastos excessivos e não voltados ao desenvolvimento
econômico, como o financiamento da Guerra da Cisplatina, além de existirem problemas na
arrecadação de impostos.
D) o café, que seria o grande produto brasileiro de exportação no século XIX, ainda não
ocupava espaço significativo no comércio exterior do país.

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E) havia grande carência em transportes que, aliada às dimensões continentais do território


brasileiro, dificultava a integração econômica do novo país e o adequado aproveitamento de
suas riquezas naturais.

13. (G1 - IFSUL 2016)


A partir da segunda metade do século XIX, vários intelectuais, escritores, jornalistas e
políticos discutiam a relação existente entre a utilização da mão de obra escrava e a questão
do desenvolvimento nacional. Enquanto as nações europeias se industrializavam e buscavam
formas de ampliar a exploração da mão de obra assalariada, o Brasil se afastava desses
modelos de civilidade ao preservar a escravidão como prática rotineira.
Disponível em: http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/dia-abolicao-
escravatura.htm. Acesso em 21 set. 2015.

A campanha abolicionista ganhou força nacional, mas ainda encontrava alguns obstáculos,
tais como:
A) a falta de apoio de alguns setores sociais, como o intelectual e o artístico.
B) a noção de escravo como um bem, o que exigia a indenização para os proprietários de
escravos.
C) a reação do proletariado urbano, pelo temor da concorrência da mão de obra escrava.
D) o apoio dos senhores de engenho para a abolição, principalmente do setor açucareiro,
devido à mecanização da agricultura nordestina.

14. (ESPM 2016)


...uma Constituição não é outra coisa que a ata do Pacto Social que fazem entre si os homens,
quando se juntam e associam para viver em reunião ou sociedade.
(Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo Caneca. Citado por Adriana Lopez e Carlos Guilherme
Mota in História do Brasil: uma interpretação).

As palavras do Frei Caneca foram proferidas a propósito de crítica ao modelo autocrático-


imperial de Pedro I.
Assinale a alternativa que apresente a revolução republicana e separatista que eclodiu no
nordeste, ocorrida contra o governo de Pedro I:
A) Revolução Pernambucana de 1817;
B) Sabinada;
C) Cabanagem;

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D) Balaiada;
E) Confederação do Equador.

15. (G1 - IFBA 2016)


Os negros livres e libertos preocuparam os observadores do acaso do Império português no
Brasil, mas foi, sobretudo, pensando nos escravos que eles distinguiram a atuação de um
à àU à à à àC à à à à à à
1822 e 1823: (...) embora havendo no Brasil aparentemente só dois partidos [portugueses e
brasileiros], existe também um terceiro: o partido dos negros e das pessoas de cor, que é o
mais perigoso, pois se trata do mais forte numericamente falando. Tal partido vê com prazer
e com esperanças criminosas as dissensões existentes entre os brancos, os quais dia a dia têm
à à

Fonte: REIS, João José. O Jogo Duro do Dois de Julho: à P àN à àI à à


Bahia. In: REIS, João José & SILVA, Eduardo. Negociação e Conflito. A resistência negra no
Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 79-98.

áà à à à à à à à à à à à à à
independência na Bahia, pode ser explicada pela:
A) ameaça dos negros, escravizados e libertos, de se revoltarem contra os brancos e lutarem
pela continuidade do domínio lusitano sobre a colônia.
B) existência de uma organização partidária de negros livres e escravizados, que regulava
ações conjugadas em toda a colônia pela extinção do trabalho escravo.
C) participação de grande número de escravizados e negros livres na guerra de independência
do Brasil, que poderia evoluir para uma luta contra o regime de escravidão.
D) Ameaça de união entre as organizações antiescravistas brasileiras e os grupos
revolucionários que estabeleceram uma República de negros no Haiti, no final do século XVIII.
E) aliança firmada entre os negros libertos e os portugueses contra os proprietários de terras
brasileiros, que poderia resultar num decreto do governo lusitano extinguindo o trabalho
escravo na colônia.

16. (G1 - CFTMG 2016)


á à àI à à verno brasileiro encontrava-se em uma situação complicada.
Afora vozes isoladas, não apenas os grandes proprietários e traficantes, como toda a
população livre, estavam convencidos de que o fim do tráfico de escravos, a curto prazo,
provocaria um colapso na sociedade brasileira. No entanto, a Inglaterra, país de quem
dependia, pressionava cada vez mais em sentido contrário. Apesar da dependência brasileira,

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a extinção do tráfico de escravos foi um longo processo de desavenças e acordos entre Brasil
e Inglat
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2007, p. 192.

Dentre os fatores que contribuíram para a extinção do tráfico de escravos, é INCORRETO


afirmar que:
A) a Lei Eusébio de Queirós, de setembro de 1850, reconhecia que o tráfico equivalia à
pirataria.
B) o endividamento dos fazendeiros forçou a hipoteca de suas terras como pagamento aos
traficantes.
C) a Lei de Terras, aprovada em 1850, estipulava que os imigrantes não poderiam se tornar
proprietários fundiários.
D) a diminuição do tráfico transatlântico resultou no deslocamento de escravos da região
mineradora para suprir as necessidades de cativos na lavoura açucareira.

17. (UECE 2016)


No que concerne à Confederação do Equador de 1824, analise as afirmações a seguir, e
assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) A Confederação costuma ser considerada um prolongamento da Revolução
Pernambucana de 1817.
( ) As propostas liberais, republicanas e federativas serviram de bandeira política para os
insurretos.
( ) Os revoltosos propunham a organização de uma república nos moldes dos Estados
Unidos da América.
( ) A adesão dos segmentos populares foi fundamental para unir todos os revoltosos.
( ) A imprensa, infelizmente, atuou contra o movimento e nenhum jornal nas províncias
envolvidas quis apoiar a causa.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


A) F, V, V, V, F.
B) V, F, F, V, V.
C) V, F, F, V, V.
D) V, V, V, F, F.

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18. (PUCSP 2016)


E à à àá à à à à à à à à à
metrópole e suas Cortes em muitos aspectos tidas por opressoras, agora plenamente
reconhecida por uma potência de primeira grandeza como eram os Estados Unidos,
à à à à à à àB
João Paulo Pimenta. A independência do Brasil e a experiência hispano-americana (1808-
1822). São Paulo: Hucitec, 2015, p. 448.

O caráter exemplar que a independência da América espanhola representou, segundo o


texto, para aqueles que lutavam pela independência do Brasil pode ser identificado, por
exemplo, na:
A) capacidade de manter a coesão territorial da antiga colônia, que acabou por gerar uma
única e poderosa nação.
B) subserviência imediata aos interesses comerciais e políticos norte-americanos, que
rapidamente se impuseram sobre toda a América.
C) disposição de defender princípios emancipacionistas e enfrentar militar e politicamente as
forças da metrópole.
D) possibilidade de estabelecer laços comerciais imediatos e lucrativos com as antigas
colônias portuguesas do litoral africano.

19. (PUCCAMP 2016)


República ou monarquia? Esse dilema esteve presente em todo o processo de Independência
do Brasil. Mas a monarquia acabou sendo o sistema adotado em terras brasileiras, ao
contrário do que ocorreu em outras nações americanas, pois, para essas novas nações
surgidas na América espanhola, a república:

A) promovia uma relativa descentralização do poder, uma vez que o regente deveria ser
eleito pelo povo.
B) significava um rompimento maior com a metrópole e a fragmentação do antigo império
colonial.
C) facilitava a manutenção de um vasto território nas mãos dos chefes de Estado e dos
proprietários rurais.
D) garantia a implantação do princípio da soberania popular e da igualdade de direitos na
América.
E) atendia o desejo de políticos liberais e conservadores de libertar as províncias do poder
metropolitano.

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20. (UFRGS 2015)


Observe as figuras abaixo.

Considere as seguintes afirmações sobre o processo escravista no Brasil.


I. As relações sociais entre senhores e escravos, no Brasil, eram definidas pelo equilíbrio de
poder estabelecido pela miscigenação, conferindo à experiência histórica brasileira o caráter
de "democracia racial".
II. Os africanos deportados da África para a América desenvolveram mecanismos de
sociabilidade, constituindo famílias e formas de identidades sociais.
III. A Lei Áurea, além da emancipação dos escravos, decretava uma série de benefícios sociais
e políticos para os libertos.

Quais estão corretas?


A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) I, lI e III.

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21. (FGV 2015)


Observe o mapa.

Os dados do mapa mostram que a emancipação política do Brasil


A) efetivou-se com o chamado Grito do Ipiranga, porque todas as províncias do Brasil,
imediatamente, passaram a obedecer às ordens vindas do Rio de Janeiro na pessoa do
Imperador Dom Pedro I e romperam todos os laços com as Cortes de Lisboa, defensoras da
recolonização brasileira.
B) ocorreu de forma homogênea, com a divisão da liderança do movimento emancipacionista
entre os principais comandos regionais do Brasil e com a constituição de acordos políticos
que garantiram a unidade territorial e a efetivação do federalismo.
C) dividiu as regiões brasileiras entre as defensoras de uma emancipação vinculada ao fim do
tráfico de escravos, caso das províncias do Norte e do Nordeste, e as províncias do Centro-
Sul, contrárias à separação definitiva de Portugal e favoráveis à constituição de uma
monarquia dual.
D) foi um processo complexo, no qual não houve adesão imediata de algumas províncias ao
Rio de Janeiro, representado pelo poder do imperador Dom Pedro I, pois essas províncias
continuaram fiéis às Cortes de Lisboa, levando à guerras de independência.
E) diferencia-se radicalmente das experiências da América espanhola, porque a América
portuguesa obteve a sua independência sem que houvesse qualquer movimento de

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resistência armada por parte dos colonos ou da metrópole, interessados em uma separação
negociada.

22. (IMED 2015)


A Constituição de 1824, primeira Constituição do Brasil, estabelecia:
I. Estado unitário, monárquico e hereditário.
II. Independência da Igreja Católica em relação ao Estado.
III. Voto indireto, censitário e aberto.

Quais estão corretas?


A) Apenas II.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

23. (UERN 2015)


Observe o quadro.

A partir da análise do quadro e tendo em vista o contexto do Brasil no I Império, é possível


classificar o voto, naquele período, como

A) censitário, amplo, indireto e irrestrito.

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B) universal, masculino, direto e representativo.


C) censitário, masculino, indireto e em dois graus.
D) universal, apartidário, direto e em quatro graus.

24. (FGVRJ 2013)


A história da construção do Estado brasileiro na primeira metade do século XIX foi a história
da tensão entre unidade e autonomia. Por outro lado, no interior do Estado, de elites com
fortes vínculos com os interesses de sua região de origem e ao mesmo tempo comprometidas
com uma determinada política nacional, pautada pela negociação destes interesses e pela
manutenção da exclusão social, marcou não apenas o século XIX, como também o século XX.
Através do parlamento essas elites regionais têm imposto uma determinada dinâmica para o
jogo político que se materializa na imensa dificuldade de empreender reformas sociais
profundas.
Dolhnikoff, Miriam. O pacto imperial. As origens do federalismo no Brasil. São Paulo: Globo,
2005, p. 11-12.

De acordo com o ponto de vista apresentado no texto,


A) a história brasileira é marcada por práticas de tolerância política acentuadas nas últimas
décadas com a redemocratização do país.
B) o parlamento é a única instituição política imune aos interesses e ao controle das elites
regionais brasileiras.
C) as profundas reformas sociais só foram possíveis graças às transformações políticas
ocorridas na primeira metade do século XIX no Brasil.
D) a dinâmica política do Estado nacional se constituiu com base em negociações entre as
elites regionais e a exclusão social de outros setores.
E) as características descritas sobre o Estado revelam a supremacia do Poder Judiciário sobre
o Poder Legislativo na história política brasileira.

25. (UPF 2012)


Em setembro de 1822, o príncipe regente Dom Pedro proclamou a separação do Brasil em
relação ao reino de Portugal. Sobre a independência do Brasil é correto afirmar:

A) Modificou parcialmente as estruturas do país, pois, embora tivesse mantido o latifúndio, a


monocultura e a escravidão, o Brasil tornou-se política e economicamente independente.
B) Não modificou o país em profundidade, pois manteve a concentração da terra, a
monocultura e a escravidão.

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C) Modificou o país, pois a Lei de Terras propiciou um maior acesso à terra pela população.
D) Não chegou a modificar o país concretamente, pois as ideias de fim de escravidão e de
adoção de uma política agrária para o país não foram cumpridas, como queriam os
cafeicultores.
E) Representou um avanço social, pois o país passou a ser governado por uma família real
cuja mentalidade era abolicionista.

26. (UFPB 2012)


A pintura é uma manifestação artística que pode ser utilizada como fonte histórica,
reforçando uma versão da história. Nesse sentido, observe o quadro do pintor paraibano
Pedro Américo:

No campo da historiografia, essa imagem:


A) sintetiza o verdadeiro sentimento de toda a nação em relação a Portugal.
B) expõe a luta de classes existente no país no período da independência.
C) expressa o apoio popular ao processo de autonomia política do Brasil.
D) representa uma visão heroica e romanceada da separação política do país.
E) mostra a independência como anseio de grupos subalternos.

27. (ESPCEX (Aman) 2013)


Era à à à à à àC à à à à à à
à àE à à à à
(COTRIM, 2009)

O texto em epígrafe aborda a criação no Brasil, pela Constituição de 1824, do Poder:

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A) Moderador.
B) Justificador.
C) Executivo.
D) Judiciário.
E) Legislativo.

28.
A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais,
incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de
independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder
central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram
então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria
aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico
negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de terras
que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado
pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada
pelo governo imperial.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado).

Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador


envolveu, a princípio,
A) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado.
B) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização
política.
C) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava
subjugar o Rio de Janeiro.
D) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da
hegemonia do Rio de Janeiro.
E) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a
ascensão de D. Pedro I ao trono.

29. (UFRGS 2013)


Em 1824, é outorgada a Constituição do Império do Brasil. Entre suas características,
podemos afirmar que:

A) dividia os poderes do Estado exclusivamente em Executivo, Legislativo e Magistratura.

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B) separava a Igreja Católica do Estado Laico.


C) previa a eleição direta do Primeiro Ministro.
D) estabelecia o voto universal e secreto para a população masculina.
E) dividia os poderes do Estado em Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador.

30. (UFPR 2011)


T à à à à à à à à à à à à à à
de independência foram para o melhor. Raramente, por exemplo, consideramos um
movimento de independência como uma regressão, um triunfo do despotismo sobre a
liberdade, de um regime imposto sobre um regime representativo. Apesar disso, no caso da
independência do Brasil, essas acusações foram na época imputa à à à
á à àMáXWELL àK à P à à àB à à àOà à à àI à
MOTTA, C. G. (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira. São Paulo: Editora Senac,
2000, p 181.)
Qual dos eventos citados a seguir gerou as acusações mencionadas no texto?
A) A outorga da Constituição de 1824, feita por D. Pedro I depois de dissolvida a Assembleia
Constituinte que elaborava o texto constitucional.
B) O tratado de comércio que estipulou vantagens econômicas para a Inglaterra.
C) O incentivo à imigração europeia e a gradual emancipação dos escravos, resultado de
políticas públicas realizadas no período monárquico com objetivo de promover a transição do
trabalho escravo para o trabalho livre.
D) A guerra empreendida contra o Paraguai na década de 1860.
E) A decretação da maioridade de D. Pedro II que, em 1840, favoreceu as medidas de
à à à à à à à à

31. (Unesp 2013)


O Brasil assistiu, nos últimos meses de 1822 e na primeira metade de 1823,
A) ao reconhecimento da Independência brasileira pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e por
Portugal.
B) ao esforço do imperador para impor seu poder às províncias que não haviam aderido à
Independência.
C) à libertação da Província Cisplatina, que se tornou independente e recebeu o nome de
Uruguai.
D) à pacífica unificação de todas as partes do território nacional, sob a liderança do governo
central, no Rio de Janeiro.

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E) à confirmação, pelas Cortes portuguesas e pela Assembleia Constituinte, do poder


constitucional do imperador.

32. (G1 - IFCE 2014)


Era característica da Primeira Constituição Brasileira, de 1824:
A) ser imposta pelo Imperador D. Pedro I.
B) ser fruto de uma Assembleia Constituinte decorrente da Confederação do Equador.
C) instituir o voto universal, secreto, obrigatório, para maiores de 18 anos, independente de
ser alfabetizado ou não.
D) estabelecer três poderes, que funcionaram em harmonia e independência.
E) decretar o fim da escravidão, além de definir direitos, como a propriedade de terras, para
os indígenas e seus descendentes que ainda viviam no Brasil.

33. (FGV 2013)


A independência, porém, pregou uma peça nessas elites. Um ano após ser convocada, a
Assembleia Constituinte foi dissolvida e em seu lugar, o imperador designou um pequeno
à à à àC à à à à à à à à à
semelhantes aos dos reis absolutistas. Um exemplo disso foi a criação do Poder Moderador
(...)
(Mary del Priore e Renato Venancio, Uma breve história do Brasil)
Esse poder:
A) ampliava os direitos das Assembleias Provinciais, restringia a ação do Imperador no
tocante à administração pública e a ação do Senado.
B) permitia que o Imperador reformasse a Constituição por decreto-lei e que escolhesse parte
dos deputados provinciais.
C) sofria de uma única limitação institucional, pois o Estado brasileiro não tinha direito de
interferir nos assuntos relacionados com a Igreja Católica.
D) proporcionava ao soberano poderes limitados, o que permitiu alargamento da autonomia
política e econômica das províncias do Império.
E) oferecia importantes prerrogativas ao Imperador, como indicar presidentes de províncias,
nomear senadores e suspender magistrados.

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34. (Upe 2010)


A liberdade política exige lutas e enfrentamentos, muitas vezes, violentos. Em Pernambuco, a
insatisfação da população levou à organização da Confederação do Equador, logo depois de
1822.

Liderada pelos liberais, a Confederação tinha como objetivo


A) afirmar um governo baseado numa Monarquia Constitucional, segundo os modelos do
Iluminismo francês.
B) definir um governo democrático, com o fim imediato da escravidão e do governo
monárquico.
C) reforçar a centralização política, sem, contudo, alterar a Constituição de 1824 e suas
normas básicas.
D) criar uma república federativa, facilitando a descentralização política e o fim do
autoritarismo.
E) destruir o poder dos grandes latifundiários, proclamando uma constituição radicalmente
liberal.

35. (PUCRS 2014)


Depois de declarada a Independência do Brasil, foi necessário dar uma ordenação legal ao
novo país por meio da sua primeira constituição. Sobre esse processo, é INCORRETO afirmar
que:
A) O primeiro projeto de constituição recebeu o nome de Constituição da Mandioca, porque
estabelecia que, para votar ou se eleger, a pessoa deveria comprovar uma renda mínima,
equivalente a determinada quantidade de alqueires plantados desse vegetal.
B) A Assembleia Legislativa reunida em 1823 para elaborar a primeira Constituição do Brasil
foi dissolvida por D. Pedro I, por ter proposto um projeto que privilegiava os grandes
proprietários de terra e excluía os pobres da participação política.
C) A primeira Constituição do Brasil foi outorgada por D. Pedro I e estabelecia o voto
censitário e a formação de quatro poderes Legislativo, Judiciário, Executivo e Moderador ,
ficando os dois últimos sob controle do Imperador.
D) A primeira Constituição brasileira, estabelecida em 25 de março de 1824, instituiu uma
monarquia hereditária no Brasil e o catolicismo como religião oficial do novo País,
subordinando a Igreja ao controle do Estado.
E) Instituído pela Constituição outorgada de 1824, o Poder Moderador garantia a D. Pedro I o
direito de nomear ministros, dissolver a Assembleia Legislativa, controlar as Forças Armadas e
nomear os presidentes das províncias, favorecendo a concentração de poderes no
Imperador.

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36. (IFSP 2011)


Compare os dois excertos dados.
A- D àP àI à à à àD à à à à à àI àC à
e Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber a todos os nossos súditos, que tendo-nos
requerido os povos deste Império, junto em Câmaras, que nós quanto antes jurássemos e
à à à à àC à à Preâmbulo da Constituição Política do
Império Brasileiro, 1824)
B- N à à à à à à àá eia Nacional Constituinte
para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e
individuais, a liberdade, a segurança,o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça,
como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos (...)
à à à à à D à à à C à Preâmbulo da
Constituição da República Federativa do Brasil, 1988)

I. As duas Constituições foram feitas por Assembleias Constituintes (no século XIX, chamadas
de Câmaras) e, portanto, as duas Cartas foram promulgadas.
II. Na primeira Constituição Brasileira há a ideia de que o poder Executivo existe pela graça de
Deus, enquanto, na atual, a Assembleia Constituinte se colocou sob a proteção de Deus.
III. A Constituição Imperial trazia quatro poderes, sendo o poder Moderador o mais
importante, pois dele dependiam os outros poderes; na Constituição de 1988, não se
apresenta a superioridade de nenhum poder sobre os demais, pois tornou- se fundamental, à
época, a busca da igualdade perante a lei e a prática da justiça.

Assinale a alternativa:
A) se I, II e III forem corretas.
B) se apenas II e III forem corretas.
C) se apenas I e II forem corretas.
D) se apenas I e III forem corretas.
E) se apenas a I for correta.

37.
Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado por inúmeras crises:
as diversas forças políticas lutavam pelo poder e as reivindicações populares eram por
melhores condições de vida e pelo direito de participação na vida política do país. Os conflitos
representavam também o protesto contra a centralização do governo. Nesse período,
ocorreu também a expansão da cultura cafeeira e o surgimento do poderoso grupo dos

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"barões do café", para o qual era fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico


negreiro.
O contexto do Período Regencial foi marcado:

A) por revoltas populares que reclamavam a volta da monarquia.


B) por várias crises e pela submissão das forças políticas ao poder central.
C) pela luta entre os principais grupos políticos que reivindicavam melhores condições de
vida.
D) pelo governo dos chamados regentes, que promoveram a ascensão social dos "barões do
café".
E) pela convulsão política e por novas realidades econômicas que exigiam o reforço de velhas
realidades sociais.

38. (UPF 2016)


As revoltas provinciais do período Regencial, que varreram o país de norte a sul, tiveram
distintos atores sociais e propostas.
áà à à à à à à à à à à à à à à
‘ à à
(FAORO, Raymundo. Os donos do poder. v.1, 5. Ed., 2012, p. 320).

Sobre essas revoltas, considere as afirmações a seguir.


I. A Cabanagem ocorreu no Pará e teve ampla participação de elementos de baixa condição
social (índios, seringueiros, lavradores e caboclos), os quais não tinham um programa
sistemático de reivindicações, mas demonstravam seu ódio aos portugueses.
II. A Guerra dos Farrapos foi liderada pela elite dos estancieiros e teve como principal
proposta a abolição incondicional da escravidão no Rio Grande do Sul e a defesa do trabalho
assalariado.
III. A Sabinada reuniu uma base ampla de apoio, incluindo integrantes da classe média e do
comércio de Salvador. Uma de suas bandeiras de luta foi a adoção do federalismo.
IV. A Balaiada caracterizou-se por sucessivos levantes, inclusive de escravos, sem unidade
entre si, o que levou a ser vencida pelas tropas legalistas com relativa facilidade. O
separatismo não foi proposto pelos rebeldes.

Está correto apenas o que se afirma em:


A) I e II.

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B) I, II e III.
C) I, III e IV.
D) II e III.
E) II, III e IV.

39. (G1 - IFBA 2016)


Durante o Período Regencial 1831-1840 o Brasil foi palco de diferentes tipos de rebeliões
como a Farroupilha, a Cabanagem, a Balaiada, entre outras. Embora apresentem
particularidades, esses movimentos apontam para pontos comuns como:

A) o questionamento da unidade territorial, apresentando projetos separatistas e


republicanos.
B) a proposta de antecipar a maioridade de D. Pedro, como forma de garantir um governo de
base nacional.
C) o estabelecimento temporário de um novo regime político, capaz de unir o país até a posse
de D. Pedro II.
D) a extinção imediata do sistema de escravidão e o estabelecimento do trabalho assalariado
em todos os setores econômicos.
E) a luta contra a grande propriedade e pela reforma agrária que permitisse uma
reestruturação agrária no país.

40. (Ulbra 2016)

Queremos Pedro II,


Ainda que não tenha idade

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A nação dispensa a lei.


Viva a Maioridade!
________________________
Por subir Pedrinho ao trono,
Não fique o povo contente;
Não pode ser coisa boa
Servindo com a mesma gente.
(Disponível em http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/antecipacao.html)

Os dois versos se referem ao processo que culminou com a antecipação da maioridade de D.


Pedro II em 1840 e permitem vislumbrar as preocupações na transição para o Segundo
Império.
I. A ideia de a nação dispensar a lei encobria a ilegalidade de alçar ao trono um nobre com 14
anos de idade, assim como encerrar o período denominado como Regencial.
II. Grafar Pedro no diminutivo induz ao pensamento de que o momento correto para a
coroação do Imperador deveria respeitar o período de amadurecimento estabelecido pelo
projeto das Regências.
III. Nos dois últimos versos da segunda estrofe, a discussão é posta no sentido de que existe
um grupo interessado na subida ao trono e que interesses políticos e econômicos específicos
podem não satisfazer a nação como um todo.

Está(ão) correta(s):
A) Somente a I.
B) I e II.
C) I e III.
D) II e III.
E) I, II e III.

41. (ESPCEX (Aman) 2016)


Pedro I abdicou do trono, em 1831, em favor de seu filho Pedro de Alcântara, iniciando-se no
Brasil o Período Regencial. A partir de 1840 e durante todo o período imperial, a vida política
do País passou a ser dominada pelos:
A) liberais e conservadores.
B) conservadores e socialistas.

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C) liberais e republicanos.
D) comunistas e republicanos.
E) liberais e anarquistas.

42. (Fuvest 2016)


Examine o gráfico.

O gráfico fornece elementos para afirmar:


A) A despeito de uma ligeira elevação, o tráfico negreiro em direção ao Brasil era pouco
significativo nas primeiras décadas do século XIX, pois a mão de obra livre já estava em franca
expansão no país.
B) As grandes turbulências mundiais de finais do século XVIII e de começos do XIX
prejudicaram a economia do Brasil, fortemente dependente do trabalho escravo, mas incapaz
de obter fornecimento regular e estável dessa mão de obra.
C) Não obstante pressões britânicas contra o tráfico negreiro em direção ao Brasil, ele se
manteve alto, contribuindo para que a ordem nacional surgida com a Independência fosse
escravista.
D) Desde o final do século XVIII, criaram-se as condições para que a economia e a sociedade
do Império do Brasil deixassem de ser escravistas, pois o tráfico negreiro estava estagnado.
E) Rapidamente, o Brasil aderiu à agenda antiescravista britânica formulada no final do século
XVIII, firmando tratados de diminuição e extinção do tráfico negreiro e acatando as
imposições favoráveis ao trabalho livre.

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43. (Vunesp 2012)


A maioridade do príncipe D. Pedro foi antecipada, em 1840, para que ele pudesse assumir o
trono brasileiro. Entre os objetivos do chamado Golpe da Maioridade, podemos citar o
esforço de:
A) obter o apoio das oligarquias regionais, insatisfeitas com a centralização política ocorrida
durante o Período Regencial.
B) ampliar a autonomia das províncias e reduzir a interferência do poder central nas unidades
administrativas.
C) abolir o Ato Adicional de 1834 e aumentar os efeitos federalistas da Lei Interpretativa do
Ato, editada seis anos depois.
D) promover ampla reforma constitucional de caráter liberal e democrático no país, reagindo
ao centralismo da Constituição de 1824.
E) restabelecer a estabilidade política, comprometida durante o Período Regencial, e conter
revoltas de caráter regionalista.

44. (Vunesp 2013)


A Revolução Farroupilha foi um dos movimentos armados contrários ao poder central no
Período Regencial brasileiro (1831-1840). O movimento dos Farrapos teve algumas
particularidades, quando comparado aos demais.

Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador Braga e entreguei o governo ao seu
substituto legal Marciano Ribeiro. E em nome do Rio Grande do Sul eu lhe digo que nesta
província extrema [...] não toleramos imposições humilhantes, nem insultos de qualquer
espécie. [...] O Rio Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para o Rio da Prata.
Merece, pois, maior consideração e respeito. Não pode e nem deve ser oprimido pelo
despotismo. Exigimos que o governo imperial nos dê um governador de nossa confiança, que
olhe pelos nossos interesses, pelo nosso progresso, pela nossa dignidade, ou nos separaremos
do centro e com a espada na mão saberemos morrer com honra, ou viver com liberdade.
(Bento Gonçalves [carta ao Regente Feijó, setembro de 1835] apud Sandra Jatahy Pesavento.
A Revolução Farroupilha, 1986.)

Entre os motivos da Revolução Farroupilha, podemos citar


A) o desejo rio-grandense de maior autonomia política e econômica da província frente ao
poder imperial, sediado no Rio de Janeiro.
B) a incorporação, ao território brasileiro, da Província Cisplatina, que passou a concorrer
com os gaúchos pelo controle do mercado interno do charque.

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C) a dificuldade de controle e vigilância da fronteira sul do império, que representava


constante ameaça de invasão espanhola e platina.
D) a proteção do charque rio-grandense pela Corte, evitando a concorrência do charque
estrangeiro e garantindo os baixos preços dos produtos locais.
E) a destruição das lavouras gaúchas pelas guerras de independência na região do Prata e a
decorrente redução da produção agrícola no Sul do Brasil.

45. (Unicamp Simulado 2011)


Desde 1835 cogitava-se antecipar a ascensão de D. Pedro II ao trono. A expectativa de um
imperador capaz de garantir segurança e estabilidade ao país era muito grande. Na imagem
do monarca, buscava-se unificar um país muito grande e disperso.
(Adaptado de Lilia Moritz Schwarcz. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos
trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 64, 70, 91.)

No período regencial, a estabilidade e a unidade do país estavam ameaçadas porque


A) a ausência de um governo central forte causara uma crise econômica, devido à queda das
exportações e à alta da inflação, o que favorecia a ocorrência de distúrbios sociais e o
aumento da criminalidade.
B) o desenvolvimento econômico ocorrido desde a transferência da corte portuguesa para o
Rio de Janeiro levou as elites provinciais a desejarem a emancipação em relação à metrópole.
C) a ausência de um representante da legitimidade monárquica no trono permitia
questionamentos ao governo central, levando ao avanço do ideal republicano e à busca de
maior autonomia por parte das elites provinciais.
D) a expansão da economia cafeeira no sudeste levava as elites agrárias a desejarem uma
maior participação no poder político, levando à ruptura da ordem monárquica e à
instauração da república.

46. (UEL 2013)


No contexto histórico das transformações ocorridas no século XIX, que envolveram questões
da identidade nacional e da política, no Brasil, após a abdicação de D. Pedro I, ocorreu uma
grave crise institucional. As tentativas de superação por meio das Regências provocaram uma
série de revoltas como a Sabinada (BA), a Balaiada (MA) e a Cabanagem (PA).

A superação da crise, que coincidiu com o fim do período regencial, deveu-se à:


A) antecipação da maioridade do príncipe herdeiro.
B) consolidação da Regência Una e Permanente.

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C) formação e consolidação do Partido Republicano.


D) fundação das agremiações abolicionistas.
E) volta imediata de D. Pedro I às terras brasileiras.

47. (UESPI 2012)


Após a abdicação de D. Pedro I ao trono, o Brasil foi governado por Regências Trinas,
conforme previa a Constituição, mas o Ato Adicional de 1834 provocou algumas mudanças,
entre as quais se estabelecia:
A) a regência una, para a qual o candidato era eleito e não mais indicado pela Assembleia
Nacional, saindo vitorioso no primeiro pleito o Padre Diogo Antônio Feijó.
B) a eleição direta e secreta de um regente, cuja candidatura era efetivada por seu partido
político, ganhando em primeiro lugar o brigadeiro Francisco de Lima e Silva.
C) a nomeação de um regente escolhido pelo presidente do Senado, a partir de uma lista
composta dos nomes de três deputados, sendo nomeado o ministro Diogo Antonio Feijó.
D) as regências unas provisórias, cujo regente seria escolhido entre os deputados provinciais,
que revezavam-se no poder, sendo o primeiro, José da Costa Carvalho.
E) a eleição popular de um regente, que ocuparia o cargo até a maioridade do herdeiro do
trono, sendo eleito em primeiro lugar o senador Nicolau Vergueiro.

48. (UESPI 2012)


Durante o governo Regencial, foi criada no Brasil a Guarda Nacional (1831), que teve entre
seus objetivos:
A) apoiar o reinado de D. Pedro I na consolidação da Independência.
B) proteger os grupos que lideravam a oposição à aristocracia rural.
C) substituir as tropas das milícias do exército e reforçar o poder das elites agrárias.
D) proteger as fronteiras quanto a possíveis invasões, sobretudo as do Nordeste.
E) conter as rebeliões e motins que pudessem perturbar a ordem institucional militar.

49. (UECE 2014)


O período historicamente conhecido como Período Regencial foi caracterizado:
A) por rebeliões populares cujas ações exigiam o retorno da antiga realidade social com a
volta de Pedro I ao poder.
B) pela promoção política e pela ascensão social dos setores menos favorecidos
proporcionadas pelos regentes.

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C) por um conjunto de rebeliões populares que clamavam pelo estabelecimento da republica


e pelo final da escravidão.
D) pela convulsão política que desencadeou varias rebeliões que questionavam as estruturas
estabelecidas.

50. (UFTM 2012)


No Brasil, os anos que se seguiram à Independência foram marcados por crises políticas e
revoltas em várias províncias. A situação ganhou novos rumos com o Golpe da Maioridade,
que pode ser caracterizado como:

A) o movimento que afastou D. Pedro I e deu início ao Período Regencial.


B) a luta entre monarquistas e republicanos, que marcou o Primeiro Reinado.
C) a manobra do Partido Liberal, que antecipou a coroação de D. Pedro II.
D) a reação conservadora, que restringia o poder das assembleias provinciais.
E) a ação de Feijó que, com apoio da Guarda Nacional, instituiu a Regência Una.

51. (G1 - Col. Naval 2011)


"A revolta de 1835, também chamada a * grande insurreição', foi o ponto culminante de uma
série que vinha desde 1807. A revolta desses escravos islamizados, em consequência, não
será apenas uma eclosão violenta mas desorganizada, apenas surgida por um incidente
qualquer. Será, pelo contrário, planejada nos seus detalhes, precedida de todo um período
organizativo (...). Reuniam-se regularmente para discutirem os planos de insurreição, muitas
vezes j untamente com elementos de outros grupos do centro da cidade. (...) O movimento
vinha sendo articulado também entre os escravos dos engenhos e os quilombolas da
periferia. (...) O plano não foi cumprido na íntrega porque houve delação. (...) os escravos,
vendo que tinham de antecipar a revolta, lançaram-se à carga de qualquer maneira. (...)
Derrotada a insurreição, os seus líderes se portaram dignamente."
(Moura,Clóvis. Os Quilombos e a Rebelião Negra. 7 ed. São Paulo, Brasiliense, 1987. pp. 63-
69.)
Sobre a rebelião escrava relatada no texto, é correto afirmar que:
A) foi comandada por Ganga Zumba que planejava implantar um território livre no Recôncavo
Baiano.
B) nessa rebelião, chamada de Revolta dos Males, participaram escravos de diversas etnias
que pretendiam acabar com a escravidão na Bahia.
C) a revolta ocorreu devido à intolerância religiosa, já que os escravos foram impedidos de
praticar sua religião, o Candomblé.

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D) seu líder Zumbi dos Palmares, após longa resistência às tropas do governo, acabou sendo
preso e enforcado e o quilombo foi destruído.
E) nessa rebelião, denominada Conjuração Baiana, os revoltosos queriam a independência do
Brasil e o fim da escravidão.

52. (UESPI 2012)


Entre os movimentos sociais que contestavam o poder centralizado do Império brasileiro,
destaca-se o conflito cuja duração se estendeu da Regência ao Segundo Reinado, reconhecido
como:
A) Confederação do Equador, que, iniciando-se em Pernambuco, contou com a adesão de
grande parte das demais províncias nordestinas.
B) Revolução Praieira, que se singularizou pela luta contra o poder das oligarquias locais de
Pernambuco.
C) Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador (BA) e organizada por negros de religião
muçulmana, sendo considerada a maior rebelião de escravos do Brasil.
D) Guerra dos Farrapos, empreendida pelos Republicanos gaúchos, denominados de
Farroupilhas, em que lutaram juntos grandes estancieiros, peões e escravos.
E) Revolta de Beckman, deflagrada no Maranhão pelos colonos, contra o poder dos jesuítas e
o monopólio comercial português.

53. (UFV 2010)


Observe a imagem a seguir:

Com relação à Guarda Nacional, criada durante o Império, é CORRETO afirmar que:

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A) funcionava como única força armada que podia defender os interesses dos escravistas e
coibir a fuga dos escravos.
B) objetivava o controle da Corte e da burocracia imperial, alvos frequentes de manifestações
populares de descontentamento.
C) tinha por finalidade a garantia da segurança e da ordem, defendendo a Constituição, a
obediência às leis e a integridade do Império.
D) atuava na defesa das fronteiras externas brasileiras, impedindo a expansão dos países
platinos em direção ao território brasileiro.

54. (ESPM 2011)


No século XIX, quando o Brasil era um império, ocorreu a aprovação de medida que continha
algumas significativas decisões, tais como:
Art. 1º - Câmaras dos Distritos e Assembleias substituirão os Conselhos Gerais, sendo
estabelecido em todas as províncias com o título de Assembleias Legislativas Provinciais.
Art. 26º - Se o Imperador não tiver parente algum, que reúna as qualidades exigidas, será o
Império governado, durante a sua menoridade, por um regente eletivo e temporário, cujo
cargo durará quatro anos, renovando-se para esse fim a eleição de quatro em quatro anos.
Art. 32º - Fica suprimido o Conselho de Estado.
(Ilmar Rohloff de Mattos. O Império da Boa Sociedade: A consolidação do Estado Imperial
Brasileiro)
Os artigos devem ser relacionados com:
A) Constituição de 1891;
B) Código do Processo Criminal;
C) Projeto da Mandioca;
D) Código do Processo Civil;
E) Ato Adicional de 1834.

55.
Ninguém desconhece a necessidade que todos os fazendeiros têm de aumentar o número de
seus trabalhadores. E como até há pouco supriam-se os fazendeiros dos braços necessários?
As fazendas eram alimentadas pela aquisição de escravos, sem o menor auxílio pecuniário do
governo. Ora, se os fazendeiros se supriam de braços à sua custa, e se é possível obtê-los
ainda, posto que de outra qualidade, por que motivo não hão de procurar alcançá-los pela
mesma maneira, isto é, à sua custa?

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Resposta de Manuel Felizardo de Sousa e Mello, diretor geral das Terras Públicas, ao Senador
Vergueiro. In: ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das
Letras, 1988 (adaptado).

O fragmento do discurso dirigido ao parlamentar do Império refere-se às mudanças então em


curso no campo brasileiro, que confrontam o Estado e a elite agrária em torno do objetivo de:
A) fomentar ações públicas para ocupação das terras do interior.
B) adotar o regime assalariado para proteção da mão de obra estrangeira.
C) definir uma política de subsídio governamental para o fomento da imigração.
D) regulamentar o tráfico interprovincial de cativos para a sobrevivência das fazendas.
E) financiar afixação de famílias camponesas para estímulo da agricultura de subsistência.

56.
A dependência regional maior ou menor da mão de obra escrava teve reflexos políticos
importantes no encaminhamento da extinção da escravatura. Mas a possibilidade e a
habilidade de lograr uma solução alternativa caso típico de São Paulo desempenharam, ao
mesmo tempo, papel relevante.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.
A crise do escravismo expressava a difícil questão em torno da substituição da mão de obra,
que resultou:
A) na constituição de um mercado interno de mão de obra livre, constituído pelos libertos,
uma vez que a maioria dos imigrantes se rebelou contra a superexploração do trabalho.
B) no confronto entre a aristocracia tradicional, que defendia a escravidão e os privilégios
políticos, e os cafeicultores, que lutavam pela modernização econômica com a adoção do
trabalho livre.
C) à à à à à à à à à à à
inferiores e concretizar a ideia do Brasil como modelo de civilização dos trópicos.
D) no tráfico interprovincial dos escravos das áreas decadentes do Nordeste para o Vale do
Paraíba, para a garantia da rentabilidade do café.
E) na adoção de formas disfarçadas de trabalho compulsório com emprego dos libertos nos
cafezais paulistas, uma vez que os imigrantes foram trabalhar em outras regiões do país.

57.
Ó sublime pergaminho
Libertação geral

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A princesa chorou ao receber


A rosa de ouro papal
Uma chuva de flores cobriu o salão
E o negro jornalista
De joelhos beijou a sua mão
Uma voz na varanda do paço ecoou:
M àD à àD
E à à à
MELODIA, Z.; RUSSO, N.; MADRUGADA, C. Sublime Pergaminho. Disponível em http://
www.letras.terra.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010.

O samba-enredo de 1968 reflete e reforça uma concepção acerca do fim da escravidão ainda
viva em nossa memória, mas que não encontra respaldo nos estudos históricos mais
recentes. Nessa concepção ultrapassada, a abolição é apresentada como:
A) conquista dos trabalhadores urbanos livres, que demandavam a redução da jornada de
trabalho.
B) concessão do governo, que ofereceu benefícios aos negros, sem consideração pelas lutas
de escravos e abolicionistas.
C) ruptura na estrutura socioeconômica do país, sendo responsável pela otimização da
inclusão social dos libertos.
D) fruto de um pacto social, uma vez que agradaria os agentes históricos envolvidos na
questão: fazendeiros, governo e escravos.
E) forma de inclusão social, uma vez que a abolição possibilitaria a concretização de direitos
civis e sociais para os negros.

58.
Constituição de 1824:
"Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado
privativamente ao Imperador. (...) para que incessantemente vele sobre a manutenção da
Independência, equilíbrio, e harmonia dos demais poderes políticos (...) dissolvendo a
Câmara dos Deputados nos casos em que o exigir a salvação do Estado."

Frei Caneca:
"O Poder Moderador da nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação
brasileira e o garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a

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Câmara dos Deputados, que é a representante do povo, ficando sempre no gozo de seus
direitos o Senado, que é o representante dos apaniguados do imperador."
(Voto sobre o juramento do projeto de Constituição)

Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela Constituição outorgada pelo Imperador
em 1824 era
A) adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores eram
escolhidos pelo Imperador.
B) eficaz e responsável pela liberdade dos povos, porque garantia a representação da
sociedade nas duas esferas do poder legislativo.
C) arbritário, porque permitia ao Imperador dissolver a Câmara dos Deputados, o poder
representativo da sociedade.
D) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de controlar os
deputados representantes da Nação.
E) capaz de responder às exigências políticas da nação, pois supria as deficiências da
representação política.

59.
Respeitar a diversidade de circunstâncias entre as pequenas sociedades locais que
constituem uma mesma nacionalidade, tal deve ser a regra suprema das leis internas de cada
Estado. As leis municipais seriam as cartas de cada povoação doadas pela assembleia
provincial, alargadas conforme o seu desenvolvimento, alteradas segundo os conselhos da
experiência. Então, administrar-se-ia de perto, governar-se-ia de longe, alvo a que jamais se
atingirá de outra sorte.
BASTOS, T. A província (1870). São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1937 (adaptado).

O discurso do autor, no período do Segundo Reinado no Brasil, tinha como meta a


implantação do:
A) regime monárquico representativo.
B) sistema educacional democrático.
C) modelo territorial federalista.
D) padrão político autoritário.
E) poder oligárquico regional.

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60.
O texto abaixo foi extraído de uma crônica de Machado de Assis e refere-se ao trabalho de
um escravo.
"Um dia começou a guerra do Paraguai e durou cinco anos, João repicava e dobrava, dobrava
e repicava pelos mortos e pelas vitórias. Quando se decretou o ventre livre dos escravos, João
é que repicou. Quando se fez a abolição completa, quem repicou foi João. Um dia
proclamou-se a república. João repicou por ela, repicara pelo Império, se o Império
retornasse."
(MACHADO, Assis de. Crônica sobre a morte do escravo João, 1897)

A leitura do texto permite afirmar que o sineiro João:


A) por ser escravo tocava os sinos, às escondidas, quando ocorriam fatos ligados à Abolição.
B) não poderia tocar os sinos pelo retorno do Império, visto que era escravo.
C) tocou os sinos pela República, proclamada pelos abolicionistas que vieram libertá-lo.
D) tocava os sinos quando ocorriam fatos marcantes porque era costume fazê-lo.
E) tocou os sinos pelo retorno do Império, comemorando a volta da Princesa Isabel.

61.
A cessação do tráfico lançou sobre a escravidão uma sentença definitiva. Mais cedo ou mais
tarde estaria extinta, tanto mais quanto os índices de natalidade entre os escravos eram
extremamente baixos e os de mortalidade, elevados. Era necessário melhorar as condições
de vida da escravaria existente e, ao mesmo tempo, pensar numa outra solução para o
problema da mão de obra.
COSTA, E. V. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Unesp, 2010.

Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós determinou a extinção do tráfico transatlântico de cativos


e colocou em evidência o problema da falta de mão de obra para a lavoura. Para os
cafeicultores paulistas, a medida que representou uma solução efetiva desse problema foi o
(a):
A) valorização dos trabalhadores nacionais livres.
B) busca por novas fontes fornecedoras de cativos.
C) desenvolvimento de uma economia urbano-industrial.
D) incentivo à imigração europeia.
E) escravização das populações indígenas.

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62.
Passada a festa da abolição, os ex-escravos procuraram distanciar-se do passado de
escravidão, negando-se a se comportar como antigos cativos. Em diversos engenhos do
Nordeste, negaram-se a receber a ração diária e a trabalhar sem remuneração. Quando
decidiram ficar, isso não significou que concordassem em se submeter às mesmas condições
de trabalho do regime anterior.
FRAGA, W; ALBUQUERQUE, W. R. Uma história da cultura afro-brasileira. São Paulo:
Moderna, 2009 (adaptado).

Segundo o texto, os primeiros anos após a abolição da escravidão no Brasil tiveram como
característica o (a):
A) caráter organizativo do movimento negro.
B) equiparação racial no mercado de trabalho.
C) busca pelo reconhecimento do exercício da cidadania.
D) estabelecimento do salário mínimo por projeto legislativo.
E) entusiasmo com a extinção das péssimas condições de trabalho.

63.
Os escravos, obviamente, dispunham de poucos recursos políticos, mas não desconheciam o
que se passava no mundo dos poderosos. Aproveitaram-se das divisões entre estes,
selecionaram temas que lhes interessavam do ideário liberal e anticolonial, traduziram e
emprestaram significados próprios às reformas operadas no escravismo brasileiro ao longo
do século XIX.
REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liberdade: a resistência negra no Brasil
oitocentista. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000).
São Paulo: Senac, 1999.

Ao longo do século XIX, os negros escravizados construíram variadas formas para resistir à
escravidão no Brasil. A estratégia de luta citada no texto baseava-se no aproveitamento das:
A) estruturas urbanas como ambiente para escapar do cativeiro.
B) dimensões territoriais como elemento para facilitar as fugas.
C) limitações econômicas como pressão para o fim do escravismo.
D) contradições políticas como brecha para a conquista da liberdade.
E) ideologias originárias como artifício para resgatar as raízes africanas.

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64.
Estimativa do número de escravos africanos desembarcados no Brasil
entre os anos de 1846 a 1852.

Ano Números de escravos africanos desembarcados no Brasil

1846 64.262
1847 75.893
1848 76.338
1849 70.827
1850 37.672
1851 7.058
1852 1.234
Disponível em: www.slavevoyages.org. Acesso em 24 fev. 2012 (adaptado).

A mudança apresentada na tabela é reflexo da Lei Eusébio de Queiróz que, em 1850,


A) aboliu a escravidão no território brasileiro.
B) definiu o tráfico de escravos como pirataria.
C) elevou as taxas para importação de escravos.
D) libertou os escravos com mais de 60 anos.
E) garantiu o direito de alforria aos escravos.

65.
Decreto-lei 3.509, de 12 de setembro de 1865
Art. 1º O cidadão guarda-nacional que por si apresentar outra pessoa para o serviço do
Exército por tempo de nove anos, com a idoneidade regulada pelas leis militares, ficará isento
não só do recrutamento, senão também do serviço da Guarda Nacional. O substituído é
responsável por o que o substituiu, no caso de deserção.
Arquivo Histórico do Exército. Ordem do dia do Exército, n. 455, 1865 (adaptado).
No artigo, tem- à à à à à à à V à à P à
encaminhados para lutar na Guerra do Paraguai. Tal prática passou a ocorrer com muita
frequência no Brasil nesse período e indica o (a):
A) forma como o Exército brasileiro se tornou o mais bem equipado da América do Sul.
B) Incentivo de grandes proprietários à participação dos seus filhos no conflito.

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C) solução adotada pelo país para aumentar o contingente de escravos no conflito.


D) envio de escravos para os conflitos armados, visando sua qualificação para o trabalho.
E) Fato de que muitos escravos passaram a substituir seus proprietários em troca de
liberdade.

66. (UERJ 2016)


Sobretudo compreendam os críticos a missão dos poetas, escritores e artistas, neste período
especial e ambíguo da formação de uma nacionalidade. São estes os operários incumbidos de
polir o talhe e as feições da individualidade que se vai esboçando no viver do povo.
O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba pode falar com igual pronúncia
e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera?
José de Alencar, prefácio a S 1872. Adaptado de ebooksbrasil.org.

De acordo com José de Alencar, a caracterização da identidade nacional brasileira, no século


XIX, estava vinculada ao processo de:
A) promoção da cultura letrada.
B) integração do mundo lusófono.
C) valorização da miscigenação étnica.
D) particularização da língua portuguesa.

67. (FGV 2016)


Chiquinha Gonzaga alinha-se a outras figuras femininas do Império (...) como a Imperatriz
Leopoldina e Anita Garibaldi. Todas as três, embora de diferentes maneiras, de diferente
proveniência social e, em diferentes épocas, desempenharam um papel político que,
certamente, contribuiu para as mudanças por elas defendidas e as inscreveu na História do
Brasil.
(Suely Robles Reis de Queiroz, Política e cultura no império brasileiro. 2010)

Em termos políticos, a Imperatriz Leopoldina, Anita Garibaldi e Chiquinha Gonzaga,


respectivamente:
A) atuou, ao lado de Dom Pedro e de José Bonifácio, no processo de emancipação política do
Brasil; participou da mais longa rebelião regencial, a Farroupilha; militou pela abolição da
escravatura e pela queda da Monarquia.

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B) articulou a bancada constitucional brasileira na Assembleia Constituinte; organizou as


forças populares participantes da rebelião regencial ocorrida no Grão-Pará, a Cabanagem; foi
a primeira mulher brasileira a se eleger para o Senado durante o Império.
C) convenceu Dom Pedro I a assumir o trono português após a morte do rei Dom João VI;
defendeu a ampliação dos direitos de cidadania durante a reforma constitucional que
instituiu o Ato Adicional; liderou uma frente parlamentar de apoio às leis abolicionistas.
D) participou como diplomata do Império brasileiro na Guerra da Cisplatina; foi a primeira
mulher a trabalhar como jornalista e romancista durante o Segundo Reinado; tornou-se uma
importante liderança política na defesa do fim do tráfico de escravos para as Américas.
E) articulou com os diplomatas ingleses o reconhecimento da Independência do Brasil junto a
Portugal; foi uma importante liderança militar no processo de Guerra de Independência da
Bahia; criou a primeira associação política em defesa do voto feminino no Brasil.

68. (IMED 2016)


Apesar da prosperidade econômica do Império, a estrutura socioeconômica brasileira não
sofreu modificações significativas. As lutas pela modernização do país acabariam resultando
na Proclamação da República em 1889. O fim da monarquia no Brasil foi o resultado da
ruptura das relações do governo com os seguintes setores da sociedade que lhe davam
sustentação:
I. A Igreja.
II. O exército.
III. A aristocracia escravista.

Quais estão corretos?


A) Apenas I.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

69. (UFJF-PISM2 2016)


Leia o trecho e em seguida responda ao que se pede:
Juiz de Fora progredia. A população subia, andava aí pelos doze a treze mil habitantes
imaginem! Treze mil! e essa densidade exigia progresso. Esse começara em 1870 com a
inauguração dos telégrafos. Logo depois viriam os trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II. Em
1885 a cidade começa a ser dotada de encanamentos e de água a domicílio. No mesmo ano

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as casas passam a ser numeradas. Em 1886, grande animação com uma Exposição Industrial
que reflete a pujança do município. (...) Meu avô teve certa pena de não terminar os serviços
que começara, de dotar a cidade de luz e energia elétrica. A inauguração foi procedida a 5 de
novembro de 1889...
NAVA, Pedro. Baú de ossos memórias 1; 5ª. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978, pp. 200-
201.
O memorialista Pedro Nava mostra na cidade de Juiz de Fora aspectos do processo de
transformação que ocorria na sociedade brasileira no final do século XIX. Acerca deste
contexto, assinale a afirmativa INCORRETA:
A) Era um período de expansão do capitalismo que se estendia mundialmente.
B) Caracterizava-se pela preservação da herança luso-brasileira do período colonial que
adentrou pelo Império.
C) Marcava-se pela organização de indústrias têxteis e alimentícias com capitais excedentes
do café.
D) Processava-se o aumento da malha ferroviária e a criação de novos núcleos urbanos.
E) Ocorria a intensificação da imigração para substituição do trabalho escravo.

70. (UEL 2016)


O Positivismo desenvolveu-se no Brasil durante o II Império e foi defendido por políticos
ilustres como Benjamin Constant, Júlio de Castilho, Teixeira Mendes, marcando fortemente
os ideais republicanos que culminaram com a Proclamação da República, em 1889.
Com base nos conhecimentos sobre as influências positivistas no processo de transição do
regime imperial para o republicano, considere as afirmativas a seguir.
I. Como expressão mais forte dessas mudanças, o pavilhão imperial adotou o lema positivista.
II. A ideia de uma democracia representativa levou à adoção do sistema do voto universal, o
que permitia a acomodação das classes sociais.
III. A presença do ideário positivista destacou-se no setor militar, sobretudo entre os oficiais
de alta patente.
IV. A formação de um governo de cunho autoritário caracterizou-se pela imposição da ordem
através da força militar, na chamada República de Espadas.
Assinale a alternativa correta.
A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

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71. (UDESC 2016)


A Lei do Ventre Livre foi uma lei abolicionista, promulgada, no Brasil, em 28 de setembro de
1871.
Sobre a Lei do Ventre Livre, assinale a alternativa correta.
A) Foi promulgada pelo Imperador Pedro II e concedia liberdade a todas as crianças e às
respectivas mães que viviam sob a escravidão no território brasileiro.
B) Essa lei encontrou forte resistência entre os senhores, visto que não previa indenização
pelo fim da escravidão das crianças nascidas a partir da publicação da lei.
C) Instituía a liberdade de todas as crianças nascidas a partir da publicação da lei, mas deixava
à à à à à à à à à à à à à
idade de 21 anos.
D) Como a lei libertava a criança, mas não libertava os pais, assim que nasciam essas crianças
eram retiradas do convívio com os pais escravizados e eram destinadas a um abrigo mantido
pelo Estado.
E) De acordo com a lei, os senhores tinham a opção de manter as crianças libertas junto aos
pais escravizados até a maioridade, mas os senhores não podiam usufruir da mão de obra
delas.

72. (UFRGS 2016)


Considere as seguintes afirmações sobre a construção histórica da identidade nacional
brasileira.
I. A nacionalização da língua falada no Brasil e a busca por uma literatura brasileira autônoma
foram tarefas assumidas pelos escritores ligados ao Romantismo, entre os quais se destacam
Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e José de Alencar.
II àáà à B à -o ou deixe- à à à à à à àD àP àIà à
propaganda contra os ideais restauradores do Partido Português, que defendia o retorno do
Brasil à condição de Vice-Reino de Portugal.
III. Um dos traços marcantes do modernismo dos anos 1920 foi propor um nacionalismo
crítico em que se conjugava a tradição cultural do Brasil com as vanguardas artísticas
europeias, enfatizando a mestiçagem e o caráter híbrido da formação nacional brasileira.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

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73. (UECE 2016)


Em 1850, ano de extinção oficial do tráfico de escravos no Brasil, foi votada a Lei de Terras.
Esta lei, em linhas gerais, determinou que
I. todo proprietário registrasse suas terras, ficando proibida a doação de propriedades ou
qualquer outra forma de aquisição de bens fundiários, a não ser por meio da compra.
II. se mantivesse o alto custo do registro imobiliário, impedindo que os posseiros mais pobres
obtivessem a propriedade do solo onde plantavam.
III. ficasse assegurado o direito dos imigrantes cujo trabalho, em muitos casos, substituiria o
trabalho dos escravos de se tornarem proprietários das terras onde laboravam.
IV. fossem possíveis a aquisição e a posse de terras públicas, a baixo custo, pelos grandes
proprietários, seus herdeiros e descendentes.
Estão corretas as complementações contidas em
A) I, II, III e IV.
B) I e II apenas.
C) II, III e IV apenas.
D) I, III e IV apenas.

74. (UEG 2016)


Observe a charge a seguir.

áà à à à à à à à à à àB à àB àáà à
origem e significado remetem a um contexto marcado

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A) pela presença do catolicismo romano nas instituições políticas do Império Brasileiro e o


esforço de preservar a ordem social vigente.
B) pela influência do positivismo francês entre os oficiais militares republicanos e uma
postura ideológica das elites dirigentes em evitar radicalismos políticos.
C) pelo desejo dos oficiais militares republicanos em romper os laços com a sociedade agrária
imperial, inspirando-se no liberalismo norte-americano.
D) pelo esforço das elites agrárias paulista e mineira em manter os seus privilégios sociais e
políticos, mas, ao mesmo tempo, buscando o progresso econômico.

75. (UFJF-PISM 3 2016)


Observe os seguintes quadros:

Produção agrícola da pauta das exportações brasileiras


Período Café Borracha Açúcar Cacau
1881-1890 61,5% 8,0 9,9 1,6
1891-1900 64,5% 15,0 6,0 2,5
1900-1910 51,5% 28,2 1,2 2,8
FAUSTO, B.(Org.) História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo: Difel,
Tomo III (O Brasil Republicano), 1981.

Imigração para o Brasil (números aproximados)


Nacionalidade 1891-1900 1901-1910
Portugueses 313.000 202.000
Italianos 360.000 678.000
Espanhóis 45.800 157.000
HUGON, Paul. Demografia Brasileira e Fundação IBGE, Rio de Janeiro

Estes dados referem-se às primeiras décadas da implantação da República no Brasil. Acerca


desse período e baseando-se neles e em seus conhecimentos, leia as afirmativas abaixo e em
seguida, responda ao que se pede:
I. Os capitais advindos da grande produção cafeeira foram aplicados no setor industrial. Este
se beneficiou também da entrada de levas de imigrantes europeus que seriam utilizados
como mão de obra operária.

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II. Na virada do século XIX para o XX, o Brasil ainda possuía como principal pilar de sua
economia a exportação de produtos agrícolas, produzidos em larga escala nas grandes
propriedades.
III. O fluxo imigratório para o Brasil nesse período foi elevado. A totalidade dos imigrantes
fixou-se nas áreas urbanas em função do baixo recrutamento de mão de obra no campo.
Após a abolição da escravidão estes postos de trabalho foram ocupados por negros e seus
descendentes.
IV. A intensa produção cafeeira no final do século XIX saturou tanto o mercado interno como
o externo, gerando uma queda nos preços. Essa crise foi estimulada pela ausência de
medidas que viessem defender e valorizar o café, levando à falência dos produtores já na
primeira década de século XX.

Marque a alternativa CORRETA:


A) Todas as alternativas estão corretas.
B) Todas as alternativas estão incorretas.
C) Apenas a II alternativa está correta.
D) Apenas a IV alternativa está incorreta.
E) Apenas as alternativas I e II estão corretas.

76. (FMP 2016)


O Império brasileiro passou por grandes transformações econômicas a partir, principalmente,
de meados do século XIX. Qual das seguintes causas de mudanças na estrutura econômico-
social do país contribuiu diretamente para a crise da Monarquia?
A) Assinatura da Lei Áurea.
B) Aprovação da Lei de Terra.
C) Promulgação do Código Comercial.
D) Financiamento de empresas do Barão de Mauá.
E) Instituição das Tarifas Alves Branco.

77. (Vunesp 2016)


O fato de ser a única monarquia na América levou os governantes do Império a apontarem o
Brasil como um solitário no continente, cercado de potenciais inimigos. Temia-se o
surgimento de uma grande república liderada por Buenos Aires, que poderia vir a ser um
centro de atração sobre o problemático Rio Grande do Sul e o isolado Mato Grosso. Para o
Império, a melhor garantia de que a Argentina não se tornaria uma ameaça concreta estava

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no fato de Paraguai e Uruguai serem países independentes, com governos livres da influência
argentina.
(Francisco Doratioto. A Guerra do Paraguai, 1991.)

Segundo o texto, uma das preocupações da política externa brasileira para a região do Rio da
Prata, durante o Segundo Reinado, era:
A) estimular a participação militar da Argentina na Tríplice Aliança.
B) limitar a influência argentina e preservar a divisão política na área.
C) facilitar a penetração e a influência política britânicas na área.
D) impedir a autonomia política e o desenvolvimento econômico do Paraguai.
E) integrar a economia brasileira às economias paraguaia e uruguaia.

78. (UFJF-PISM 2 2016)


O texto abaixo se refere à construção da identidade nacional no Brasil no decorrer do século
XIX, sobretudo a partir do Segundo Reinado.
Leia o trecho e, em seguida, responda à questão:
P r oposição ao negro, que lembrava a escravidão, o indígena permitia identificar uma
origem mítica e unificadora. (...). A natureza brasileira também cumpriu função paralela. Se
não tínhamos castelos medievais, templos da Antiguidade ou batalhas heroicas para lembrar,
possuíamos o maior dos rios, a mais bela vegetação. (...). Por mais que tenha partido de d.
Pedro I e de Bonifácio a tentativa de elaborar (...) uma ritualística local, foi com d. Pedro II e
seu longo reinado que se tornaram visíveis a originalidade do protocolo e o projeto romântico
à à à àE .
(SCHWARCZ, Lilia. As Barbas do Imperador, p.140);
Com base no trecho acima e em seus conhecimentos, é CORRETO afirmar que a identidade
nacional no século XIX foi construída:
A) Tendo como base as referências europeias existentes nas províncias que formavam o Brasil
antes da Independência do país.
B) A partir de um processo de longa duração, que se valeu do uso de aspectos naturais e de
elementos simbólicos locais que pretendiam representar a Nação.
C) De forma consensual e harmônica, considerando a heterogeneidade dos diferentes povos
que formavam o país.
D) Através da valorização da herança africana e dos costumes da África, continente ao qual o
país estava diretamente ligado pelo Atlântico Sul.
E) Com o objetivo de reproduzir no país recém-independente as mesmas características
existentes em Portugal.

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79. (G1 - IFSC 2016)


Em 1850, por meio da Lei Eusébio de Queiroz, o tráfico de escravos para o Brasil foi proibido
definitivamente. Sobre a importação de escravos e sua proibição, assinale a alternativa
CORRETA.

A) A Lei Eusébio de Queiroz foi uma resposta à pressão estrangeira, principalmente exercida
pela França sobre o Brasil, após a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
B) O fim do tráfico de escravos baseou-se em mais uma lei sem aplicação no Brasil, pois
quando ela foi promulgada, já não existia mais escravidão no país.
C) O fim do tráfico foi resultado dos crescentes movimentos armados empreendidos pelos
escravos brasileiros.
D) A proibição do tráfico de escravos para o Brasil não surtiu efeito, pois o trabalho realizado
por eles já não era economicamente relevante.
E) A Lei Eusébio de Queiroz levou ao aumento do comércio interno e do preço dos escravos
entre as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.

80. (UCS 2016)


Sobre o Movimento Republicano no Brasil, é correto afirmar que:
A) foi acompanhado de forte mobilização popular, uma vez que grande parte dos brasileiros
estava cansada do pagamento de pesados impostos para a manutenção da Corte Imperial.
B) aconteceu de forma integrada à campanha abolicionista, uma vez que os líderes tinham os
mesmos interesses, o que acabou confundindo um movimento com o outro e propiciando o
fortalecimento de ambos.
C) ganhou força a partir da criação do Partido Republicano Paulista, em 1873, apoiado no
poder econômico dos cafeicultores paulistas e na ação dos estudantes e professores da
Faculdade de Direito de São Paulo.
D) temeu a ocorrência de tumultos e, consequentemente, prejuízos econômicos, por isso, as
camadas médias da população urbana se mantiveram afastadas.
E) sofreu com prisões, fechamento de jornais, sedes de clubes e de partidos favoráveis à
Monarquia.

81. (G1 - IFSUL 2016)


A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864, a partir da ambição do ditador Francisco
Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma saída
para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata.

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Uma das consequências dessa guerra foi que:


A) acarretou para o Brasil uma redução considerável em sua dívida externa, bem como uma
crescente influência política e social do Exército na política vigente.
B) ocorreu a união entre Brasil, Argentina, Uruguai e Bolívia, para combater as tropas de
Solano Lopes e acabar com seu sonho de chegar ao Oceano Atlântico através da Bacia do
Prata.
C) estimou-se uma pequena perda de soldados paraguaios e as importações chegavam ao
dobro das exportações no final da guerra.
D) acarretou a destruição para a indústria paraguaia, que ficou arrasada após a guerra.

82. (G1 - CFTMG 2016)


Em 1871 foi sancionada a Lei do Ventre Livre, também conhecida como Lei Rio Branco, que
determinava que:
á à à- Os filhos de mulher escrava que nascerem no Império desde a data desta lei serão
considerados de condição livre.
§ 1º - Os ditos filhos menores ficarão em poder ou sob a autoridade dos senhores de suas
mães, os quais terão a obrigação de criá-los e tratá-los até a idade de oito anos completos.
Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da mãe, terá opção, ou de receber do
Estado a indenização de 600$000 ou de utilizar-se dos serviços do menor até a idade de 21
anos completos. No primeiro caso, o Governo receberá o menor e lhe dará destino, em
à à à
Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/lei_ventre_livre.htm>. Acesso
em: 15 set. 2015.
Considerando esse trecho, pode-se afirmar que a Lei do Ventre Livre:
A) emancipou os filhos de escravas maiores de 21 anos, pondo fim ao tráfico atlântico.
B) impossibilitou a utilização da mão de obra de filhos de escravas após completarem 8 anos
de idade.
C) isentou o governo brasileiro das responsabilidades sobre os filhos de escravos libertados
nesse contexto.
D) representou a libertação dos filhos de escravas nascidos no Brasil, mas, na prática, muitos
continuavam a servir aos proprietários de suas mães.

83. (UFRGS 2016)


Considere as afirmações abaixo, sobre imigração para o Brasil e as suas políticas públicas de
fomento.

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I. A lei orgânica de 1867 previa uma série de benefícios e facilidades à vinda dos imigrantes
europeus, como, por exemplo, o pagamento de suas passagens às colônias e a atribuição de
um lote de terra de até 60 hectares por família imigrante.
II àU à à à à à à à à à à à à à à
país, exemplificada pelo decreto n.º 528 de 1890, que, entre outras medidas, proibia a
entrada de imigrantes africanos no país, salvo em condições excepcionais.
III. As regiões do país que mais atraíra imigrantes foram o Sudeste e o Nordeste,
principalmente pela ausência de latifúndios significativos e de mão de obra disponível à
industrialização de ambas as regiões.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

84. (G1 - IFBA 2016)


Derramou-se fraterno o sangue no Congo.
Derramou-se luminoso, escorreu-se errante.
Derramou-se farto de bravas veias pulsantes.

Derramou-se em resistência o sangue de Canudos.


Derramou-se até onde foi possível derramar.
Derramou-se fiel sem mais se guardar

O sangue milagroso e particular em meu corpo,


de alguma estranha maneira sanguinária,
tornou-se o sangue coletivo dessas memórias.

(Fonte: CORREIA, Wesley. Deus é negro: da partida, da chegada, da multiplicação: poesia.


Salvador: Pinaúna, 2016, p.69 )
Oà àW àC à à à à M à à à à à à à
à à à à à à à à à à à à à
de resistência negra à condição que lhe fora imposta pelo branco dominador, entre os
séculos XV ao XIX. Na História do Brasil, é possível identificar algumas formas de resistência
negra, como a:

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A) Rebelião dos Marinheiros cariocas, no início do período republicano, em protesto, contra a


falta de democracia e de participação popular nas decisões políticas do novo regime.
B) luta do povo baiano, na chamada Conjuração Baiana, em defesa do livre comércio, da
liberdade religiosa e do estabelecimento de relações mais liberais com a metrópole.
C) ação dos chamados irmãos da senzala, grupos que, no contexto da luta abolicionista,
invadiam as fazendas, libertando os escravos e aterrorizando as famílias dos senhores.
D) Revolta dos Malês, em que negros islamizados propunham uma aliança com os brancos
baianos para libertar o Brasil de Portugal e estabelecer um regime republicano.
E) Guerra de Canudos, onde os seguidores de Antônio Conselheiro procuraram derrubar o
recém-instalado regime republicano e restaurar a Monarquia e o poder imperial de D. Pedro
II.

85. (FGV 2016)


O excerto a seguir faz parte do parecer de uma comissão da Câmara dos Deputados sobre a
lei de 1871, que discutia a escravidão no Brasil.
“ à à à à -se nos vícios mais próprios do homem não civilizado.
Convivendo com gente de raça superior, inocula nela os seus maus hábitos. Sem jus ao
produto do trabalho, busca no roubo os meios de satisfação dos apetites. Sem laços de
família, procede como inimigo ou estranho à sociedade, que o repele. Vaga Vênus arroja aos
maiores excessos aquele ardente sangue líbico; e o concubinato em larga escala é tolerado,
quando não animado, facultando-se assim aos jovens de ambos os sexos, para espetáculo
doméstico, o mais torpe dos exemplos. Finalmente, com as degradantes cenas da servidão,
não pode a mais ilustrada das sociedades deixar de corromper-
(apud Sidney Chalhoub, Machado de Assis, historiador. 2003)

No trecho, há um argumento:
A) político, que reconhece a importância da emancipação dos escravos, ainda que de forma
paulatina, para a construção de novos elementos de cidadania social, condição mínima para o
país abandonar a violência cotidiana e sistemática contra a maioria da população.
B) social, que assinala a inconsistência da defesa do fim da escravidão no país, em razão da
incapacidade dos homens escravizados de participar das estruturas hierárquicas e culturais,
estabelecidas ao longo dos séculos, durante os quais prevaleceu o trabalho compulsório.
C) econômico, que distingue os cidadãos ativos dos passivos, estes considerados um estorvo
para as atividades produtivas, fossem na agricultora ou na procura de metais preciosos, por
causa da desmotivação para o trabalho, elemento central para explicar a estagnação
econômica do país.

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D) cultural, que se consubstancia na impossibilidade da convivência entre homens livres e


homens libertos e tenderia a produzir efeitos sociais devastadores, como tensões raciais
violentas e permanentes, a exemplo do que já ocorria no sul dos Estados Unidos.
E) moral, que aponta para os malefícios que a experiência da escravidão provoca nos próprios
escravos e que esses malefícios terminam por contaminar toda a sociedade, mostrando, em
síntese, que os brancos eram muito prejudicados pela ordem escravocrata.

86. (UERJ 2015)

A pintura histórica alcançou no século XIX importante lugar no projeto político do Segundo
Reinado. Esse gênero artístico mantinha intenso diálogo com a produção do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro. Por meio da pintura histórica, forjou-se um passado épico e
monumental, em que toda a população pudesse se sentir representada nos eventos gloriosos
da história nacional. O trabalho de Araújo Porto-Alegre como crítico de arte e diretor da
Academia Imperial de Belas Artes possibilitou a visibilidade da pintura histórica com seus
pintores oficiais, Pedro Américo e Victor Meirelles.
CASTRO, Isis Pimentel de. Adaptado de periodicos.ufsc.br.

Considerando as imagens das telas e as informações do texto, as pinturas históricas para o


governo do Segundo Reinado tinham a função essencial de:
A) consolidar o poder militar.
B) difundir o pensamento liberal.
C) garantir a pluralidade política.
D) fortalecer a identidade nacional.

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87. (PUCRS 2015)


Considere as afirmações abaixo sobre o Período Imperial brasileiro (1822-1889).
I. O Primeiro Reinado caracterizou-se pelos constantes conflitos entre o Imperador e as elites
do País, tendo em vista que D. Pedro I praticamente governou de forma autoritária,
desconsiderando o Legislativo.
II. Durante o Período Regencial, os governantes deixaram de ser hereditários e passaram a ser
selecionados por eleições, o que leva a historiografia a considerar essa fase como sendo a
primeira experiência republicana no País, pois os regentes eram escolhidos pelo voto
universal direto.
III. O Segundo Reinado foi um período de grande estabilidade política da história imperial,
pois o imperador D. Pedro II ficou quase 50 anos no poder, governando com o apoio de um só
partido, o Partido Conservador.
IV. Dentre os fatores que contribuíram para a crise do regime imperial, podemos elencar o
conflito do Imperador com o Exército, a crise entre a monarquia e a Igreja e, por fim, a
abolição da escravidão, que levou a elite cafeicultora fluminense a romper politicamente com
a monarquia.

Estão corretas apenas as afirmativas


A) I e III.
B) I e IV.
C) II e III.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.

88. (Cefet MG 2015)


E à à à à à à à à à à à àP à à
República. Mas não foi o que aconteceu [...]. A participação popular foi menor do que na
à à
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 17ª edição, Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2013, p. 80-81. (Adaptado)

Entre os principais grupos sociais, envolvidos na articulação do referido evento, destacam-se


os:
A) empresários e imigrantes.
B) industriais e camponeses.

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C) operários e intelectuais.
D) banqueiros e religiosos.
E) fazendeiros e militares.

89. (UERJ 2015)


áà à à à F à à à à à à à à à
esfaquear mulas, virar bondes e arrancar trilhos ao longo da rua Uruguaiana. Dois pelotões
do Exército ocuparam o Largo de São Francisco, postando-se parte da tropa em frente à
Escola Politécnica, atual prédio do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. A multidão
dispersou-se e, salvo pequenos distúrbios nos três dias seguintes, estava findo o motim do
vintém. A cobrança da taxa passou a ser quase aleatória. As próprias companhias de bondes
pediam ao governo que a revogasse. Desmoralizado, o ministério caiu a 28 de março. O novo
ministério revogou o desastrado tributo.
Adaptado de CARVALHO, José Murilo de. A Guerra do Vintém. Revista de História,
setembro/2007.

Ocorrida entre o final de 1879 e o início de 1880, a Revolta do Vintém representou a


manifestação de segmentos populares descontentes com a decisão do governo de aumentar
os preços das passagens dos bondes puxados a burro, que trafegavam na então capital do
Império.
Um dos principais efeitos dessa revolta naquele momento foi:
A) politização dos oficiais militares.
B) privatização dos serviços públicos.
C) modernização dos meios de transporte.
D) enfraquecimento das instituições monárquicas.

90. (FGV 2015)


No livro de crônicas Cidades Mortas, o escritor Monteiro Lobato descreve o destino de ricas
cidades cafeicultoras do Vale do Paraíba. Bananal, que chegou a ser a maior produtora de
café da província de São Paulo, tornou- à à à , que vive do esplendor do
passado: transformou-se em uma estância turístico-histórica, mantendo poucas sedes
majestosas conservadas, como a da Fazenda Resgate. A maioria, entretanto, está em ruínas.
O fim da escravidão foi o fim dos barões. E também o fim do Império.
(Sheila de Castro Faria, Ciclo do café In Luciano Figueiredo (org), História do Brasil para
ocupados, 2013, p.164)
Sobre a conclusão apresentada no texto, é correto afirmar que:

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A) a decadência econômica do vale do Paraíba tem fortes vínculos com as periódicas crises
internacionais que reduziam a demanda pelo café, mas a causa central da derrocada do
cultivo nessa região foi a ação do Império combatendo a imigração.
B) o Centro-Sul, especialmente a região do vale do Paraíba, manteve uma constante crítica à
Monarquia, em razão da defesa que esta fazia do federalismo, opondo-se ao centralismo
político-administrativo, prejudicial aos negócios do café.
C) a decadência da produção cafeeira no vale do Paraíba, relacionada aos problemas de solo,
foi impulsionada pela abolição da escravatura, fato que levou os grandes proprietários de
terra da região a retirarem o seu apoio à Monarquia.
D) as divergências entre os cafeicultores do vale do Paraíba e a liderança do Partido
Conservador cristalizaram-se com o fim do tráfico de escravos, culminando no rompimento
definitivo com a lei do Ventre Livre.
E) a posição antimonarquista dos cafeicultores do vale do Paraíba, fundadores do Partido
Republicano, resultou na imposição de medidas, por parte da elite imperial, prejudiciais a
essa elite, como a proibição da entrada de imigrantes.

91. (Mackenzie 2015)


C à à àmecanismo, houve, em um governo de cinquenta anos, a sucessão de
36 gabinetes, com a média de um ano e três meses de duração cada um. (...) Tratava-se de
um sistema flexível que permitia o rodízio dos dois principais partidos no governo, sem
maiores traumas. Para quem estivesse na oposição, havia sempre a esperança de ser
à à àá à à à à à à à
Boris Fausto. História do Brasil. 13ª ed. São Paulo: EDUSP, 2008, pp.179-180

O texto refere-se:
A) à República Oligárquica, cujo revezamento político das oligarquias paulista e mineira, no
plano federal, consolidou os interesses da elite agroexportadora.
B) ao sistema político vigente no Segundo Reinado, que fortaleceu a figura do monarca e
consolidou a ordem aristocrática-latifundiária-escravista imperial.
C) ao sistema bipartidário do Regime Militar no Brasil, que criou mecanismos fraudulentos de
eleições e suprimiu as liberdades individuais dos cidadãos.
D) às divisões políticas e partidárias da República Populista, com os embates entre os
conservadores e os entreguistas, no tocante à condução da política econômica.
E) aos mecanismos de poder existentes na Era Vargas, que permitiu o fortalecimento do
presidente ao alternar no poder os grupos políticos aliados a ele.

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92. (ESPM 2015)


D à à à à àD àP àII à à à à à à àI à
a maior potência econômica da época e acostumada, desde a época colonial, a gozar de
privilégios nas relações comerciais com o Brasil. Os atritos começaram logo em 1842, dois
anos após a coroação, quando expirou o Tratado de Comércio de 1827. O governo de D.
P àIIà à à à à à à à à à à à à à à à
(Sonia Guarita do Amaral. O Brasil como Império)
Ao não renovar o Tratado de Comércio de 1827, o governo de D. Pedro II adotou em 1844:
A) a tarifa Alves Branco, uma medida protecionista;
B) a decisão de romper relações diplomáticas com a Inglaterra;
C) a decisão de conceder vantagens comerciais para a França;
D) a decisão de substituir a Inglaterra pelos EUA na condição de principal parceiro comercial
do Brasil;
E) a tarifa Silva Ferraz que extinguiu a cobrança de tributos sobre produtos importados.

93. (UFSM 2015)


Na Itália, na 2ª metade do século XIX, a escassez de carne e o excesso de polenta na dieta
alimentar ocasionaram grande número de casos de desnutrição e de pelagra, sinais de grave
crise econômica que afetava muito o setor camponês. Essa situação articulou-se com a
seguinte realidade brasileira, na mesma época:
A) a organização de uma estrutura econômica voltada à produção de alimentos e,
consequentemente, de mercado consumidor interno.
B) a política de incentivo à vinda de mão de obra europeia, com o propósito de substituir o
trabalho escravo nas fazendas de café.
C) a crise do Estado Nacional e o projeto de formação de uma população saudável e mestiça.
D) a necessidade de soldados para multiplicar o Exército nacional, defender as fronteiras e
garantir o domínio na Região do Prata.
E) a expulsão dos colonos das terras do Sudeste e o favorecimento de nova mão de obra para
gerir a pequena e média propriedade rural.

94. (UEPA 2015)


O interesse de fazendeiros e da coroa imperial pela imigração europeia para o Brasil, na
segunda metade do século XIX, estimulou novo fluxo de mão de obra no país, no contexto de
declínio e extinção da escravidão. A introdução dos imigrantes no mercado de trabalho
brasileiro no período indicado:

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A) ocorreu dentro dos parâmetros de exploração do trabalho antes imposto aos negros
escravizados no campo e na cidade.
B) promoveu o nascente mercado de trabalho livre e assalariado, caracterizado pela exclusão
das populações negras antes vinculadas à escravidão.
C) realizou-se especialmente nas províncias setentrionais do país, marcadamente desfalcadas
de mão de obra após a abolição da escravidão.
D) acirrou as disputas por vagas no mercado de trabalho entre negros e brancos, o que
dificultou a inserção de trabalhadores de origem europeia.
E) demonstrou a ineficácia da introdução de mão de obra europeia no pais, dada a
abundância de trabalhadores negros e mestiços.

95. (CEFET MG 2015)


Oà à à à à à à à à à à à promulgação da lei Eusébio de
Queiroz. Embora, após a extinção oficial do tráfico, tenham sido registrados alguns
desembarques clandestinos de africanos, estes foram em pequeno número e, dez anos após
a promulgação da referida lei, o Brasil havia definitivamente deixado de ser um país
à à
DEL PRIORE, Mary; VENÂNCIO, Renato. Uma breve história do Brasil. São Paulo: Ed. Planeta
do Brasil, 2010. p. 183. (Adaptado)
A lei de 1850 representou um marco importante no processo de abolição da escravidão no
país. Essa medida teve como impacto o (a):
A) declínio da produção cafeeira.
B) crescimento do número de alforrias.
C) distribuição de terras para os libertos.
D) intensificação do tráfico interprovincial.
E) adoção de uma política de reprodução de cativos.

96. (G1 - IFSC 2015)

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A charge sobre o período da guerra do Paraguai demonstra o claro preconceito dos autores
da charge contra os soldados brasileiros negros que lutaram na Guerra do Paraguai. Sobre o
alistamento de soldados para essa guerra é CORRETO afirmar que:
A) Como é demonstrado na charge, no Brasil um grande número de militares de alta patente,
como coronéis e generais, eram negros.
B) Ao alistarem-se para lutarem na Guerra do Paraguai, os escravos negros eram alforriados
de seus senhores.
C) Apesar da promessa de alforria para os que lutaram na Guerra do Paraguai, a lei não foi
cumprida.
D) O sucesso do alistamento de escravos brasileiros na Guerra do Paraguai foi continuado em
outras guerras como a Primeira Guerra Mundial.
E) Apesar de a charge retratar os brasileiros, o número de soldados negros do Brasil foi muito
reduzido em comparação aos negros argentinos e uruguaios.

97. (UERN 2015)


Lei nº 3353, de 13 de maio de 1888, declara extinta a escravidão no Brasil.
A Princesa Imperial Regente em nome de Sua Majestade, o Imperador o Senhor D. Pedro II,
faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia Geral decretou, e ela sanciona a Lei
seguinte:

Artigo 1º: É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.
Artigo 2º: Revogam-se as disposições em contrário.
(Disponível em: http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-
apoio/legislacao/trabalho-escravo/lei_3353_1888.pdf.)

De acordo com o conteúdo da lei anteriormente exposta e a trajetória da abolição da


escravidão no Brasil, analise as afirmativas.
I. Logo após a abolição, direitos e deveres constitucionais foram estendidos aos libertos e a
seus algozes.
II. A Constituição de 1824 permitia que cada estado (província) estabelecesse legislação
própria em relação à escravidão.
III. Mesmo depois da Lei Áurea, o tráfico de escravos continuou a representar a atividade
mais lucrativa do Império.
IV. Com o advento da Lei Áurea, a legitimidade antes atribuída à escravidão, deixa de existir
oficialmente no Brasil.

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Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)


A) I, apenas.
B) IV, apenas.
C) I, II, III e IV.
D) II e III, apenas.

98. (UFU 2015)


Para os historiadores das décadas de 1960 e 1970, o Brasil e a Argentina teriam sido
manipulados por interesses da Grã-Betanha, maior potência capitalista da época, para
aniquilar o desenvolvimento autônomo paraguaio, abrindo um novo mercado consumidor
para os produtos britânicos. A guerra era uma das opções possíveis, que acabou por se
concretizar, uma vez que interessava a todos os envolvidos. Seus governantes, tendo por
base informações parciais ou falsas do contexto platino e do inimigo em potencial, anteviram
um conflito rápido, no qual seus objetivos seriam alcançados com o menor custo possível.
á à à à à à à à à
DORATIOTTO, Francisco. Maldita guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 87-96.
(Adaptado).
A Guerra do Paraguai foi o maior conflito militar no qual o Brasil se envolveu em sua história.
Nas novas interpretações dos historiadores para a guerra,
A) tem sido destacada a natureza democrática do governo de Solano López, bem como a
crescente industrialização do Paraguai.
B) tem sido enfatizada a importância do conflito para o fortalecimento do regime monárquico
brasileiro.
C) tem sido valorizada a dinâmica geopolítica interna do continente sul-americano, em
oposição às teorias da responsabilidade externa pela guerra.
D) têm sido destacados os interesses expansionistas brasileiros como a principal causa da
guerra.

99. (UERN 2015)


A República da Espada teve início quando os militares lideraram o país politicamente entre os
anos de 1889 a 1894. Assim que a Monarquia foi derrubada, o governo provisório do
Marechal Deodoro da Fonseca guiou as decisões tomadas no Brasil naquele período. Um dos
fatores que contribuiu para a ascensão dos militares ao poder no Brasil, logo no início da
República, foi:
A) o apoio incondicional das oligarquias rurais e dos grandes cafeicultores paulistas, que
tinham, em sua maioria, representantes no exército brasileiro.

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B) a vitória do Brasil na Guerra do Paraguai, que de uma certa forma fortaleceu o exército,
que passou a exigir maiores saldos e maior participação política.
C) a subvenção inglesa na implantação da República Brasileira interessada na expansão da
Doutrina Monroe, que defendia o fim dos regimes monárquicos na América.
D) a tendência latino-americana de estabelecer governos ditatoriais e militares, atrelados às
concepções imperialistas e bolivarianas e, naturalmente, desvinculados da influência norte-
americana.

100. (Vunesp 2015)


Não há dúvida de que os republicanos de São Paulo e do Rio de Janeiro representavam
preocupações totalmente distintas. Enquanto os republicanos da capital, ou melhor, os que
assinaram o Manifesto de 1870, refletiam as preocupações de intelectuais e profissionais
liberais urbanos, os paulistas refletiam preocupações de setores cafeicultores de sua
província. [...] A principal preocupação dos paulistas não era o governo representativo ou os
direitos individuais, mas simplesmente a federação, isto é, a autonomia estadual.
(José Murilo de Carvalho. A construção da ordem, 1980.)

As diferenças entre os republicanos de São Paulo e do Rio de Janeiro, nas décadas de 1870 e
1880, podem ser explicadas, entre outros fatores,
A) pelo interesse dos paulistas em reduzir a interferência do governo central nos seus
assuntos econômicos e em concentrar, na própria província, a maior parte dos recursos
obtidos com exportação.
B) pela disposição dos intelectuais da capital de assumir o controle pleno da administração
política nacional e de eliminar a hegemonia econômica dos cafeicultores e comerciantes de
São Paulo.
C) pela ausência de projetos políticos nacionais comuns aos representantes de São Paulo e do
Rio de Janeiro e pela defesa pragmática dos interesses econômicos das respectivas
províncias.
D) pelo esforço dos paulistas em eliminar as disparidades regionais e em aprofundar a
unidade do país em torno de um projeto de desenvolvimento econômico nacional.
E) pela presença dos principais teóricos ingleses e franceses do liberalismo no Rio de Janeiro e
por sua influência junto à intelectualidade local e ao governo monárquico.

101. (CEFET MG 2015)


áà à à àU à à à à à à à à
da Guerra do Paraguai. Em 1861, o presidente uruguaio Bernardo Berro, do Partido Blanco, se
recusou a renovar com o Brasil o Tratado de Comércio e Navegação, de 1851. Com essa

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medida, reduziu a dependência do Uruguai em relação ao Império brasileiro. Ao mesmo


tempo, ele instituiu um imposto sobre as exportações de gado em pé para o Rio Grande do
Sul, atingindo os interesses de estancieiros gaúchos com propriedades no Uruguai. Por outro
lado, o cenário político do rio da Prata ganhou um novo Estado Nacional em 1862, com o
surgimento da República Argentina. A nação nasce sob a liderança da burguesia de Bueno
á à àB àM à à
FIGUEIREDO, Luciano (org.). História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra,
2013. p. 364. (Adaptado)

De acordo com o texto, a tensão entre as quatro nações envolvidas na Guerra do Paraguai,
iniciada pouco depois do contexto descrito, teria sido motivada pela:
A) ação imperialista da Inglaterra.
B) disputa geopolítica no estuário do Prata.
C) expansão do modelo federalista da Argentina.
D) reprovação ao governo autoritário do Uruguai.
E) convergência de interesses econômicos na América.

102. (G1 - CPS 2015)


Marietta Maria Baderna foi uma bailarina italiana que chegou ao Brasil em 1849. Seus fãs
à à à àL à à à à à à
Sempre à frente de seu tempo, Baderna se interessou pelos ritmos afro-brasileiros, danças
com movimentos bastante ousados para a época de Dom Pedro II. Interessante que sempre
que os moralistas tentavam boicotá-la (diminuindo seu tempo no palco, ou a colocando em
segundo plano), os badernistas protestavam, batendo os pés no chão e interrompendo o
espetáculo. Ao término da apresentação, saíam do teatro batendo os pés e gritando o nome
da musa: Baderna!
(http://tinyurl.com/ko35was Acesso em: 01.07.2014. Adaptado)
Desde então, parte dos movimentos populares, que se destacam pelos gritos e barulhos dos
manifestantes, levam o nome dessa ousada bailarina.
É correto afirmar que, no período histórico em que Baderna chegou ao Brasil, o governo
enfrentava:
A) a Revolução Praieira.
B) a Guerra de Canudos.
C) a Revolta da Vacina.
D) a Inconfidência Mineira.
E) o Quilombo dos Palmares.

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103. (UECE 2015)


Atente para as afirmações a seguir, acerca do Processo de Abolição dos Escravos no Brasil, e
assinale com V as afirmações verdadeiras e com F, as falsas.
( ) Em 1850, o Brasil foi levado a extinguir o tráfico internacional, porém, surgiu o tráfico
interno com a venda de escravos das áreas mais pobres para as mais desenvolvidas.
( ) Nesse processo, algumas leis foram aprovadas com o objetivo de acalmar os
abolicionistas e ir lenta e gradualmente extinguindo a escravidão, quais sejam: Lei do Ventre
Livre, Lei do Sexagenário.
( ) Nesse movimento não se tem notícias de insurreições ou ações dos próprios escravos
em prol da própria liberdade, em virtude da forte repressão presenciada nos últimos
momentos do período escravocrata.
( ) A abolição da escravatura se deu ainda no Reinado de D. Pedro II e representou um
grande avanço para a inserção do ex-escravo como cidadão na sociedade brasileira.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


A) V - V - V - F.
B) V - V - F - F.
C) F - V - F - V.
D) F - F - F - V.

104. (UEPA 2015)


Leia o texto para responder à questão.
A expansão cafeeira em direção ao Oeste de São Paulo, inaugurada justamente na fase de
abolição do tráfico atlântico, além de estimular os debates e políticas imigrantistas, ativou
outras formas de tráfico de escravos, dessa vez entre regiões do Brasil.[...] Essa nova
modalidade de tráfico negociou basicamente crioulos e, como no tráfico atlântico, nela
predominaram homens adultos, sendo poucas as mulheres e menos ainda as crianças e
velhos.
(VAINFAS, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil Imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva,
2002, p. 237-239.)
O desenraizamento do escravo crioulo provocado pelo tráfico interno teve peso considerável
para o fim da escravidão, pois:
A) a separação de famílias, ou o perigo dela, gerava revoltas, fugas, formação de quilombos e
atentados individuais contra senhores e feitores, sem contar os suicídios.

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B) o progressivo aparecimento de pequenos proprietários de escravos contribuiu para a


crescente deslegitimação da propriedade escrava e o aumento das forças opositoras ao
escravismo.
C) os escravos de nação resistiram ao processo de ladinização, que afetava o modo de vida de
africanos, desestimulando o trabalho coletivo, base das estratégias de resistência.
D) o número de escravos nas áreas urbanizadas aumentou em relação ao das rurais, onde os
fazendeiros rejeitaram o tráfico interprovincial e investiram na abolição.
E) as Províncias onde o número de escravos era maior antes de 1850, aderiram à campanha
abolicionista deflagrada pelo Império para combater o tráfico interno e estimular a imigração.

105. (UNISC 2015)


A desigualdade social que permeia a sociedade brasileira está umbilicalmente vinculada à
escravidão que foi a base do sistema escravista. O tráfico negreiro no Brasil perdurou do
século XVI ao XIX. Além de receber o maior contingente de africanos escravizados (cerca de
40% do total), o país foi a última nação americana a abolir a escravidão. Oficialmente, a
extinção do tráfico negreiro ocorreu através da:
A) Lei do Ventre Livre.
B) Lei dos Sexagenários.
C) Lei Eusébio de Queirós.
D) Lei Nabuco de Araújo.
E) Lei Bill Aberdeen.

106. (CESPE - Pref. SL-MA/2017)


Considerando a trajetória do Brasil independente, do Império à República, verifica-se a
existência de continuidades e rupturas. A propósito desse processo histórico, em que crises
de variada natureza e intensidade se sucedem, assinale a opção correta.
A) A Era Vargas, iniciada com a Revolução de 1930, abriu as portas do país à modernidade, o
que se comprova pela introdução dos direitos políticos, civis e sociais que garantiram a
prevalência do Estado democrático e de direito.
B) A ruptura institucional de 1964 rompeu com a experiência liberal-democrática consagrada
pela Constituição de 1946: as crises que se avolumaram nos primeiros anos da década
governos Jânio e Jango prenunciavam a chegada de um regime autoritário que perduraria
por cerca de duas décadas.
C) As rebeliões do período regencial instauraram um contexto de guerra civil, o que
representou uma contradição daquele momento de grande estabilidade política.

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D) A Lei Áurea, em 1888, fortaleceu a popularidade do Império e apaziguou o movimento


Republicano, ao indicar que a proclamação da República seria consequência natural do ato da
Princesa Isabel.
E) Os levantes tenentistas nos anos 1920 tinham por objetivo principal sustentar, pelas
armas, o sistema político instaurado na República Velha, o que, na prática, significava a
manutenção das estruturas oligárquicas do poder.

107. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2009)


O Império Brasileiro, a partir de 1850, redefiniu suas relações internacionais e envolveu-se
em situações de tensão e conflitos na região platina da América do Sul. A partir de algumas
dessas redefinições forjaram-se conceitos e práticas da política exterior do Brasil que
perduraram até o início da República. A respeito desse tema, assinale a opção correta.
A) Ao se transformar no principal mercado consumidor do café brasileiro, a Inglaterra, em
contrapartida, ampliou o volume de manufaturados exportados para o Brasil, o que
consolidou o grau de dependência comercial brasileira em relação à principal potência
europeia no século XIX.
B) Embora significativas, as tensões políticas entre o Brasil Imperial e a Inglaterra estiveram
limitadas a duas questões interligadas: a do tráfico negreiro e a da abolição da escravatura no
Brasil.
C) Os Estados Unidos da América consolidaram-se, já na segunda metade do século XIX, como
país parceiro do Brasil no contexto internacional, o que possibilitou a substituição, no reinado
de Pedro II, da hegemonia britânica.
D) A historiografia recente comprova que a Guerra da Tríplice Aliança esmagou o modelo
original e distributivo da riqueza engendrado pelo humanismo autocrático de Solano Lopez
no Paraguai.
E) No fim do período imperial e início da República no Brasil, as tensões platinas, que
envolveram o Império Brasileiro, e o sucesso econômico do modelo agroexportador da
Argentina contribuíram para acirrar a rivalidade entre os dois países, ainda que mantidos os
laços de amizade.

108. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2008)


Com relação ao Brasil Império, julgue os itens a seguir.
O Império não conferiu estabilidade à nação em formação, pois o Estado imperial visou
favorecer as elites locais em detrimento da centralização do poder.

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109. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2008)


A crise gradual do Império originou-se das obsoletas instituições mantidas em um contexto
econômico e social que mudava no país e no mundo.

110. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2011)


O Primeiro Reinado assinala breve, mas importante, período de composição entre o
elemento nacional avançado e o racionalismo português. A Regência foi provavelmente a
fase mais rica da história do Brasil como manifestação popular e tomada de consciência. Foi
um período turbulento, em contraste com o longo Segundo Reinado, de relativa paz e
estabilidade sob o comando de Pedro II. Explicam essa ordem as lutas da Regência, susto dos
políticos: percebem a necessidade de compor-se, mesmo com os de outras correntes, para
sobrevivência do regime. O conservadorismo não é só do Partido Conservador, mas do Liberal
também.
Francisco Iglesias. História Geral e do Brasil. São Paulo. Ática, 1989, p. 157-61 (com
adaptações).

Julgue os próximos itens, tendo o texto acima como referência inicial e considerando o
processo histórico brasileiro ao longo do século XIX.

O bipartidarismo, criado no Império, manteve-se ao longo da Primeira República, tendo


desaparecido apenas com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, na Revolução de 1930.

111. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2011)


A instituição do regime republicano livrou o Brasil das características políticas do Império, ou
seja, a Primeira República perdeu o caráter elitista, conservador e oligárquico que marcou a
trajetória do regime deposto pelo golpe de Estado comandado pelo marechal Deodoro da
Fonseca.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS QUESTÕES


Proclamada a independência, em 1822, o Brasil se constituiu na única monarquia do
continente americano. Marcado por crises, o Primeiro Reinado (1822-1831) se extinguiu com
a volta de D. Pedro I a Portugal. Seguiu-se a fase regencial (1831-1840), uma espécie de
ensaio republicano em meio a crises e revoltas armadas que se sucederam. Antecipada a
maioridade de D. Pedro II, iniciou-se o Segundo Reinado (1840-1889), no qual conviveram
fases de estabilidade política, de crescimento econômico e de crises, as quais anunciaram o
ocaso do regime. A República Oligárquica foi o regime da exclusão política, social e

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econômica. A Revolução de 1930 pôs fim a essa ‘ à à à àE àV à


(1930-1945).

Acerca desse período da História do Brasil, julgue os itens:

112. (CESPE - SEDU-ES /2010)


O açúcar garantiu a estabilidade econômica do Segundo Império brasileiro.

113. (CESPE - SEDU-ES / 2006)


O Império teve uma única Constituição, a de 1824, outorgada por D. Pedro I, que instituiu um
Estado unitário no Brasil.

114. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2006)


O Brasil fez-se Império antes de se fazer nação. No contexto internacional da época, nosso
processo de independência foi algo aberrante não apenas devido ao regime monárquico que
adotou, como não se cansará de frisar a propaganda republicana de finais do Segundo
Reinado, mas também devido à forma imperial que tomou o Estado brasileiro numa
conjuntura que já se anunciava nitidamente desfavorável às construções imperiais e
eminentemente marcada pelo triunfo da ideia nacional na Grécia, depois na Bélgica, na
Espanha, que se levantara em 1808 contra o império napoleônico, no próprio Portugal das
Cortes de Lisboa, que, no momento azado, não hesitou em sacrificar o Brasil aos seus
objetivos estritamente nacionais. Uma das questões curiosamente negligenciadas pela nossa
historiografia é precisamente a de se verificar por que o Brasil adquiriu sua independência
sob a forma de Império e não de Reino, como seria de se esperar do fato, entre outros, de
que, desde 1816, D. João VI o promovera a esta condição.
Evaldo Cabral de Mello. Um imenso Portugal: história e historiografia. São Paulo; Ed. 34,
2002, p. 24 (com adaptações).

O autor do texto Um Imenso Portugal defende a tese de que, no Brasil, o Estado teria
precedido a nação. O tema da grandeza geográfica do país está, por sua vez, implícito. Julgue
(C ou E) os itens a seguir, considerando a coerência com as ideias expressas no referido texto.

A adoção da forma império no Brasil, em vez de reino, atendeu aos interesses das grandes
potências da época, neles incluídos os dos Estados Unidos da América (EUA).

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115. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2005)


O Império brasileiro realizara uma engenhosa combinação de elementos importados. Na
organização política, inspirava-se no constitucionalismo inglês, via Benjamin Constant. Bem
ou mal, a monarquia brasileira ensaiou um governo de gabinete com partidos nacionais,
eleições, imprensa livre. Em matéria administrativa, a inspiração veio de Portugal e da França,
pois eram estes dois países os que mais se aproximavam da política centralizante do Império.
O direito administrativo francês era particularmente atraente para o viés estatista dos
políticos imperiais. Por fim, até mesmo certas fórmulas anglo-americanas, como a justiça de
paz, o júri, e uma limitada descentralização provincial, serviam de referência quando o peso
centralizante provocava reações mais fortes. Tratava-se, antes de tudo, de garantir a
sobrevivência da unidade política do País, de organizar um governo que mantivesse a união
das províncias e a ordem social.
José Murilo de Carvalho. Pontos e bordados escritos de história e política. Belo Horizonte:
UFMG, 1998, p. 90-1 (com adaptações).

Acerca da história do Brasil monárquico, julgue os itens seguintes, tendo o texto acima como
referência inicial.

Ao se reportar à à à àI à à à à à à à à
Estado brasileiro, marca histórica do Brasil, a qual surgiu com a Independência e perdura até
hoje.

116. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2005)


áà à à à à à à à à à
de gabinete no Brasil do Segundo Império, pode estar confirmada no texto quando este se
refere à experiência política, bem ou mal, conduzida pela monarquia brasileira naquele
período.

117. (CESPE - SEPLAG-DF / 2008)


Após quase duas décadas de democracia, o país se sentia jovem e ousado, esperançoso e
otimista. A instabilidade política e a econômica permaneciam as mesmas mas pelo menos,
à à à à à à à à à àou outra, quase nunca as duas
ao mesmo tempo. Ainda assim, o ovo da serpente estava em gestação e, em menos de uma
década, a nação se confrontaria outra vez com seus equívocos e descaminhos, com sua alma
dúbia, suas recaídas autoritárias, sua elite irredutível e seu povo despreparado ou omisso,
seus temores e seu desleixo. Mas, dos anos JK ao turbulento reinado populista de João
Goulart, ao Brasil foi permitido sonhar. A segunda metade dos anos 50 e a primeira parte da
década de 60 foram muito mais arejadas e auspiciosas do que os 20 anos que vieram antes e
os 20 que viriam depois.

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História do Brasil. São Paulo. Publifolha, 1997, Pág. 241.

Tendo o texto como referência inicial e considerando a experiência histórica brasileira a partir
da redemocratização iniciada em 1946, julgue o item a seguir:

Tal como ocorria no Império, quando liberais e conservadores se mostravam inimigos


inconciliáveis, no regime militar vigorou o bipartidarismo, com Arena e MDB,
respectivamente, combatendo e apoiando os governos militares.

118. (CESPE - SEPLAG-DF / 2008)


Com relação à Segunda Guerra Mundial e ao seu imediato pós- guerra, julgue o item a seguir.

A Inglaterra, com seu poderio naval, manteve, durante a guerra, o peso econômico da City
londrina e seu poder internacional herdado do velho império do século XIX.

119. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2017)


Acerca de causas e consequências da Segunda Guerra Mundial, julgue (C ou E) o item
seguinte.

A derrocada do Império Turco-Otomano, consequência da Primeira Guerra Mundial, fez da


Turquia uma república secular que não adotou uma posição neutra no contexto da Segunda
Guerra Mundial.

120. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2009)


A história da Primeira República, ou República Velha, no Brasil, foi marcada por tensões
políticas e econômicas relevantes para o entendimento da Revolução de 1930. A respeito
desse período e de suas contradições, julgue (C ou E) os itens a seguir.
Inspirado na Carta inglesa, o marco constitucional de 1891 reproduziu a deformação política
do voto censitário, mantendo herança do Império e adotando fundamentos de constituição
europeia.

121. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2009)


Acerca do processo histórico que desencadeou a I Guerra Mundial, julgue (C ou E) os itens a
seguir.

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No início, a guerra reforçou a coesão nacional no Império Austro-Húngaro e na Rússia.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS QUESTÕES


No inicio da década de 1920, a maior parte do que fora antes de 1914 o Império Russo dos
czares emergiu intacta como império, mas sob o governo dos bolcheviques e dedicada à
construção do socialismo mundial. Foi o único dos antigos impérios dinástico-religiosos a
sobreviver à Primeira Guerra Mundial, que despedaçara tanto o Império Otomano - cujo
sultão era califa de todos os mulçumanos - quanto o Império Habsburgo, que mantinha
relação especial com a Igreja Romana.
Eric Hobsbawn. Era dos Extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das
Letras, 1995, p. 362 (com adaptações).

Considerando os aspectos marcantes da história do século XX a que se refere o texto acima,


julgue (C ou E) os itens subsequentes:

122. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2009)


Consequência significativa da Grande Guerra de 1914, o desmoronamento do Império Turco
abriu caminho para a nova configuração geopolítica do Oriente Médio, uma das mais
estratégicas regiões do mundo contemporâneo.

123. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2009)


A desintegração do Império Austro-Húngaro, advinda da Primeira Guerra, permitiu o
surgimento de novos Estados no leste europeu, o que livrou a região das pretensões
expansionistas eslavas e, sobretudo, germânicas.

124. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2009)


Tensões nacionalistas semelhantes às que levaram ao desmonte de impérios existentes até a
Primeira Guerra, a exemplo do Otomano e do Habsburgo, surgiram ou reapareceram em fins
dos anos 80 do século passado, quando ocorreram o desmantelamento da União Soviética e
o colapso da experiência do socialismo real na Europa do Leste.

125. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2008)


Com relação ao Brasil Império, julgue os itens a seguir.

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As tarifas aduaneiras impostas pelo Brasil no século XIX, que começaram a ser criadas a partir
da década de 40 daquele século, impulsionaram o país a um programa de industrialização de
tipo inglesa já no Império.

126. (CESPE - SEE-AL / 2013)


Em relação ao século XVIII, julgue os itens seguintes.
O principal momento de radicalização da Revolução Francesa foi o chamado Terror, que
intentava combater os inimigos externos da revolução, o império austríaco e,
posteriormente, a Inglaterra.

127. (CESPE - SEE-AL / 2013)


No que diz respeito ao império brasileiro, julgue os próximos itens.
Os engenhos de açúcar do atual nordeste brasileiro não superaram a crise que lhes atingiu
em meados do século XIX, apesar da abundância de crédito e da política governamental de
estímulo à atividade econômica açucareira.

128. (CESPE - SEE-AL / 2013)


No que diz respeito ao império brasileiro, julgue os próximos itens.
No período regencial, ocorreu a disputa por diferentes projetos de nação. Os debates
políticos alcançaram diversos grupos sociais e desdobraram-se em numerosas revoltas, como
a cabanagem, a farroupilha e a sabinada.
Gabarito: Certo

129. (CESPE - SEE-AL / 2013)


No que diz respeito ao império brasileiro, julgue os próximos itens.
O tráfico de escravos para o Brasil foi oficialmente proibido em 1831. Desde então, ocorreu
um rápido declínio da chegada de novos africanos escravizados ao Brasil.

130. (CESPE - SEE-AL / 2013)


A escravidão marcou profundamente a sociedade brasileira no período imperial. Tal prática
era vista como um mal necessário por grande parte dos políticos, que defendia seu fim de
modo lento e gradual. O movimento abolicionista, que reivindicou o fim imediato do trabalho
compulsório no Brasil, ganhou força apenas na década de 1880.

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131. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2014)


A respeito da questão dos Bálcãs, julgue (C ou E) os próximos itens.
A região dos Bálcãs assumiu características de zona conflitiva a partir da dissolução do
Império Otomano e da eclosão da Primeira Guerra Mundial, quando as diferentes etnias ali
instaladas ficaram livres da dominação turca.

132. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2017)


Durante o Primeiro Reinado consolidou-se a independência nacional, construiu-se o
arcabouço institucional do Império do Brasil e estabeleceram-se relações diplomáticas com
diversos países. Acerca desse período da história do Brasil, julgue (C ou E) o item
subsequente.

O Senado era fator de estabilidade política no Império, tanto pelo caráter vitalício dos
mandatos dos senadores, quanto por ter prerrogativas constitucionais como a de aprovar a
nomeação de presidentes das províncias e a de assinar tratados internacionais.

133. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2003)


Com o advento da República, a política externa brasileira voltou-se para uma deliberada
aproximação com os EUA, país que reconhecera, quase que de imediato, o novo regime
político do Brasil. Isso não significou que houvessem sido abandonadas as ligações com a
Europa, especialmente com a Grã-Bretanha, marca registrada das relações exteriores durante
o Império. Mas articulavam-se, com o barão do Rio Branco à frente do ministério, as novas
bases de uma identidade continental, que garantiria um alinhamento do Brasil com os EUA,
mantido, apenas com pequenas alterações, até o presente.
Maria Lígia Prado. Davi e Golias: as relações entre Brasil e Estados Unidos no século XX. In:
Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000) - a
grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 326 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a inserção internacional do Brasil
ao longo do período republicano, julgue o item subsequente.

Figura emblemática da diplomacia brasileira, Rio Branco veio do Império para se agigantar
como estadista nas primeiras décadas republicanas. À frente do Itamaraty por dez anos, teve
papel preponderante na resolução de problemas de fronteira e, no que concerne à intenção
de consolidar uma identidade continental para o país, vislumbrou a crescente importância
que teriam os EUA no cenário mundial.

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134. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2009)


Acerca do processo histórico que desencadeou a I Guerra Mundial, julgue (C ou E) os itens a
seguir.

A ascensão econômica e política do Império Austro-Húngaro levou-o a confrontar os


interesses ingleses nos Bálcãs. O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, em
Sarajevo, permitiu que se atribuísse ao imperialismo britânico a responsabilidade pelo clima
de tensão regional, e constituiu o marco inicial da guerra.

135. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2017)


Durante o Primeiro Reinado consolidou-se a independência nacional, construiu-se o
arcabouço institucional do Império do Brasil e estabeleceram-se relações diplomáticas com
diversos países. Acerca desse período da história do Brasil, julgue (C ou E) o item
subsequente.

Nas negociações para o reconhecimento da independência brasileira pela Grã-Bretanha, foi


importante o interesse de Pedro I em preservar sua dinastia.

136. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2017)


Durante o Primeiro Reinado consolidou-se a independência nacional, construiu-se o
arcabouço institucional do Império do Brasil e estabeleceram-se relações diplomáticas com
diversos países. Acerca desse período da história do Brasil, julgue (C ou E) o item
subsequente.

Originalmente uma questão concernente apenas ao eixo das relações simétricas entre os
Estados envolvidos, a Guerra da Cisplatina encerrou-se com a interferência de uma potência
externa ao conflito.

137. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2017)


Durante o Primeiro Reinado consolidou-se a independência nacional, construiu-se o
arcabouço institucional do Império do Brasil e estabeleceram-se relações diplomáticas com
diversos países. Acerca desse período da história do Brasil, julgue (C ou E) o item
subsequente.

Contribuíram para a consolidação da independência brasileira importantes ações militares


contra tropas leais a Lisboa.

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138. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2017)


Os militares tiveram, no Brasil, papel fundamental na passagem do Império para a República
e, como consequência, os generais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto presidiram os
primeiros governos republicanos brasileiros. Acerca desse período da história brasileira,
julgue (C ou E) o item que se segue.

O governo de Floriano Peixoto obteve a simpatia das camadas médias urbanas e estimulou a
indústria nacional por meio de auxílio financeiro.

139. (CESPE - Instituto Rio Branco / 2017)


No pequeno intervalo desde que os meus primeiros fios de barba cresceram até que
começassem a ficar grisalhos, nesse meio século, aconteceram mais transformações e
mudanças radicais do que normalmente em dez gerações, e cada um de nós o sente:
aconteceu demais! A minha vida foi invadida por todos os pálidos cavalos do Apocalipse,
revolução e fome, inflação e terror, epidemias e emigração... Fui obrigado a ser testemunha
indefesa e impotente do inimaginável retrocesso da humanidade para uma barbárie que há
muito julgávamos esquecida... Mas, paradoxalmente, na mesma época em que o nosso
mundo retrocedia um milênio no aspecto moral, vi a mesma humanidade elevar-se a feitos
nunca antes imaginados no campo da técnica e do intelecto... Nunca, até a presente hora, a
humanidade como um todo se comportou de maneira mais diabólica, e nunca produziu de
forma tão divina.
Stefan Zweig. Autobiografia O mundo de ontem. Rio de Janeiro: Zahar, 2014, p. 14-6 (com
adaptações).

Acerca de algumas das experiências evocadas no texto precedente, julgue (C ou E) o item a


seguir.
Embora tivesse sido previamente aliada da Alemanha e do Império Austro-Húngaro no
âmbito da chamada Tríplice Aliança , a Itália atuou na Primeira Guerra Mundial, a partir de
1915, ao lado da Tríplice Entente, após receber promessas de ganhos territoriais.

140. (CESPE - Câmara dos Deputados / 2014)


O percurso da cidadania no Brasil, como não poderia deixar de ser, seguiu os rumos da
história do país. Um país que se tornou independente com a maior parte da população
excluída dos direitos civis e políticos e sequer mobilizada por um sentimento de
nacionalidade. Uma monarquia, cercada de repúblicas por todos os lados, significou um
à à à à à à à à à à à à à à à
berano". Estava (e está) em questão, pois, o status desse cidadão, que repassa a própria

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identidade do indivíduo moderno, e é por ele reivindicada, uma vez que não se quer mais ser
à à à à àà à à à à à vo de comandos.
André Botelho e Lilia Moritz Schwarcz (Orgs). Cidadania, um projeto em construção: minorias,
justiça e direitos. São Paulo: Claro Enigma, 2012, p. 19.

Tendo o texto acima como referência e considerando a questão da cidadania no Brasil, julgue
o item.

Em 1881, no Brasil, uma nova legislação eleitoral marcou o fim da eleição em dois turnos no
Império e vedou o direito de voto aos analfabetos, tendo garantido tal direito aos libertos.

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1. Alternativa E 35. Alternativa B 69. Alternativa B


2. Alternativa D 36. Alternativa B 70. Alternativa C
3. Alternativa B 37. Alternativa E 71. Alternativa C
4. Alternativa D 38. Alternativa C 72. Alternativa C
5. Alternativa C 39. Alternativa A 73. Alternativa B
6. Alternativa B 40. Alternativa E 74. Alternativa B
7. Alternativa E 41. Alternativa A 75. Alternativa E
8. Alternativa C 42. Alternativa C 76. Alternativa A
9. Alternativa C 43. Alternativa E 77. Alternativa B
10. Alternativa C 44. Alternativa A 78. Alternativa B
11. Alternativa B 45. Alternativa C 79. Alternativa E
12. Alternativa B 46. Alternativa A 80. Alternativa C
13. Alternativa B 47. Alternativa A 81. Alternativa D
14. Alternativa E 48. Alternativa C 82. Alternativa D
15. Alternativa C 49. Alternativa D 83. Alternativa C
16. Alternativa D 50. Alternativa C 84. Alternativa C
17. Alternativa D 51. Alternativa B 85. Alternativa E
18. Alternativa C 52. Alternativa D 86. Alternativa D
19. Alternativa B 53. Alternativa C 87. Alternativa B
20. Alternativa B 54. Alternativa E 88. Alternativa E
21. Alternativa D 55. Alternativa C 89. Alternativa D
22. Alternativa C 56. Alternativa B 90. Alternativa C
23. Alternativa C 57. Alternativa B 91. Alternativa B
24. Alternativa D 58. Alternativa C 92. Alternativa A
25. Alternativa B 59. Alternativa C 93. Alternativa B
26. Alternativa D 60. Alternativa D 94. Alternativa B
27. Alternativa A 61. Alternativa D 95. Alternativa D
28. Alternativa B 62. Alternativa C 96. Alternativa B
29. Alternativa E 63. Alternativa D 97. Alternativa B
30. Alternativa A 64. Alternativa B 98. Alternativa C
31. Alternativa B 65. Alternativa E 99. Alternativa B
32. Alternativa A 66. Alternativa D 100. Alternativa A
33. Alternativa E 67. Alternativa A 101. Alternativa B
34. Alternativa D 68. Alternativa E 102. Alternativa A

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Brasil

103. Alternativa B 117. Errado 131. Errado


104. Alternativa A 118. Errado 132. Errado
105. Alternativa C 119. Errado 133. Certo
106. Alternativa B 120. Errado 134. Errado
107. Alternativa E 121. Certo 135. Certo
108. Errado 122. Certo 136. Certo
109. Certo 123. Errado 137. Certo
110. Errado 124. Certo 138. Certo
111. Errado 125. Errado 139. Certo
112. Errado 126. Errado 140. Errado
113. Certo 127. Errado
114. Errado 128. Certo
115. Errado 129. Errado
116. Certo 130. Certo

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12. CONSIDERAÇÕES FINAIS.


Muito bem querido(a) concurseiro. Se chegou até aqui é um bom sinal: o de que tentou
praticar todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e sempre
consultá-la. Não esqueça dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para alcança-los. Sonhe
à à à à à à à à à à à à à àT à à
nossa próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.

Até logo...

Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.

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