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SEJA APROVADO COM O @OABAIVOUEU
LIVRO 02
01 DIA 08
08 DIA 09
10 DIA 10
DE CONTEÚDO
19 DIA 11
29 DIA 12
DICAS OABENÇOADAS
AS MELHORES DICAS RUMO À APROVAÇÃO NA OAB XXXV
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Art. 25 da CF- Os Estados organizam-se e regem- para prover a execução de lei, de ordem ou de
se pelas Constituições e leis que adotarem, decisão judicial
observados os princípios desta Constituição. §
1º - São reservadas aos Estados as competências PODER CONSTITUINTE DIFUSO: O poder
que não lhes sejam vedadas por esta constituinte difuso, por meio da mutação
Constituição. constitucional, poderá dar um novo sentido a
constituição, sem alterar seu texto, sem
Não há que se falar em reprodução obrigatória reforma, sem processo legislativo, apenas
de cláusulas pétreas nas Constituições modificando informalmente o seu sentido.
Estaduais, todavia, norma da constituição
Estadual não pode atentar contra as mesmas. A mutação constitucional é feita indiretamente
Elas PODEM ser reproduzidas, mas não existe pela população, pois de acordo com a evolução,
obrigatoriedade. novos costumes, novas práticas, nova realidade
cultural, a sociedade pressiona o judiciário para
- A Constituição Estadual não pode trazer que seja dado novo sentido a constituição, mas
hipóteses de intervenção estadual diferentes sem modifica-la.
daquelas que são elencadas no art. 35 da
Constituição Federal. As hipóteses de #olhaolinkmental
intervenção estadual previstas no art. 35 da Mutação X OVERRULING: A mutação
CF/88 são taxativas. Caso concreto: STF julgou Constitucional é a alteração na interpretação ou
inconstitucionais os incisos IV e V do art. 25 da no sentido de um texto constitucional, em razão
Constituição do Estado do Acre, que previa que das transformações da realidade social. O
o Estado-membro poderia intervir nos overruling é a superação de um precedente, sem
Municípios quando: IV – se verificasse, sem justo a modificação fática na realidade, mas pelo
motivo, impontualidade no pagamento de amadurecimento da corte sobre o direito
empréstimo garantido pelo Estado; V – fossem aplicado anteriormente.
praticados, na administração municipal, atos de
corrupção devidamente comprovados. STF. CONSTITUCIONALIZAÇÃO SUPERVINIENTE:
Plenário. ADI 6616/AC, Rel. Min. Cármen Lúcia, Ocorre quando uma norma originalmente
julgado em 26/4/2021 (Info 1014). inconstitucional é constitucionalizada em razão
do surgimento de uma nova constituição. Ela
Art. 35 da CF O Estado não intervirá em seus não é aceita no nosso ordenamento.
Municípios, nem a União nos Municípios
localizados em Território Federal, exceto Obs. O poder constituinte supranacional busca
quando: a sua fonte de validade na cidadania universal,
I - Deixar de ser paga, sem motivo de força no pluralismo de ordenamentos jurídicos, na
maior, por dois anos consecutivos, a dívida vontade de integração e em um conceito
fundada; remodelado de soberania.
II - Não forem prestadas contas devidas, na
forma da lei; RECEPÇÃO E DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO:
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da
receita municipal na manutenção e Recepção: Quando surge uma nova
desenvolvimento do ensino; constituição, dois fenômenos ocorrem em
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da relação às normas infraconstitucionais
receita municipal na manutenção e anteriores. Primeiro as que forem
desenvolvimento do ensino e nas ações e materialmente compatíveis são recepcionadas;
serviços públicos de saúde as que forem materialmente incompatíveis não
IV - O Tribunal de Justiça der provimento a são recepcionadas. As que são recepcionadas
representação para assegurar a observância de perdem o fundamento de validade antigo e
princípios indicados na Constituição Estadual, ou ganham um novo fundamento de validade, elas
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Para ocorrer a RECEPÇÃO a lei precisa: ter Obs. O OABençoado PIRA quando cai direito
compatibilidade formal e material perante a adquirido.
Constituição sob cuja regência ela foi editada
(no ordenamento anterior); ter compatibilidade Segundo o STF NÃO há direito adquirido em
somente material, pouco importando a face de:
compatibilidade formal, com a nova P- Poder constituinte originário
Constituição.
I- Instituição ou Majoração de Tributos
Obs: A incompatibilidade FORMAL
R- Regime Jurídico
superviniente não impede a recepção( estamos
falando de uma lei, mas faz com que a norma A- Atualização monetária (Mudança de
adquira uma nova roupagem. Ex: Código Moeda)
Tributário Nacional.
Obs: O princípio da interpretação conforme a
Existe uma exceção: no caso de normas cuja constituição interpreta normas
competência era atribuída a entes federativos INFRACONSTITUCIONAIS e não a constituição
distintos (inconstitucionalidade formal propriamente dita. É Técnica interpretativa,
orgânica). Nessas hipóteses a recepção só é cujo objetivo é preservar a validade da norma,
admitida quando a competência anterior era de evitando que sejam declaradas
um ente maior e passa a ser de um ente menor, inconstitucionais. A interpretação conforme
por exemplo, a competência era do Município e poderá ser: Com redução de texto e sem
passa a ser do Estado, dessa forma a norma não redução de texto.
é recepcionada. Por sua vez, no caso, a
competência fosse da União e passasse a ser dos
Estados, a lei seria recepcionada.
3. NACIONALIDADE:
Desconstitucionalização: É o fenômeno pelo O QUE VOCÊ DEVE SABER:
qual as normas da Constituição anterior (leis
constitucionais e não a Constituição Espécies de Nacionalidade:
propriamente dita), desde que compatíveis com Nacionalidade primária (adquirida por razão do
a nova ordem, permanecem em vigor, mas com nascimento)
o status de lei infraconstitucional. ESSA TEORIA Art. 12. São brasileiros:
NÃO É ACEITA NO BRASIL. I - Natos:
Perceba que a diferença é que a a) os nascidos na República Federativa do Brasil,
desconstitucionalização trata de normas ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
constitucionais anteriores e a recepção de não estejam a serviço de seu país (Critério
normas infraconstitucionais. territorial)
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro
E o poder adquirido sobre a constituição ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
antiga? esteja a serviço da República Federativa do
Brasil (Critério sanguíneo)
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Isso significa dizer que acaso verifique o juiz, ao II - em matéria de sucessão hereditária,
receber a inicial, que não se encontram proceder à confirmação de testamento
presentes o interesse de agir ou legitimidade particular e ao inventário e à partilha de
para a causa, haverá o indeferimento da bens situados no Brasil, ainda que o autor
petição inicial, nos termos do art. 330, II e III do
da herança seja de nacionalidade
CPC.
estrangeira ou tenha domicílio fora do
Ninguém poderá pleitear direito alheio em território nacional;
nome próprio, salvo quando autorizado pelo III - em divórcio, separação judicial ou
ordenamento jurídico. dissolução de união estável, proceder à
O interesse do autor pode limitar-se à partilha de bens situados no Brasil, ainda
declaração? que o titular seja de nacionalidade
Sim, nos exatos termos do art. 19º, do CPC e é estrangeira ou tenha domicílio fora do
possível a ação meramente declaratória, art. território nacional.
20º, CPC. ATENÇÃO: A ação proposta perante
tribunal estrangeiro não induz
OBSERVAÇÃO: A ação meramente declaratória
é imprescritível. litispendência e não obsta a que a
autoridade judiciária brasileira conheça
Compete à autoridade judiciária brasileira
da mesma causa e das que lhe são
processar e julgar as ações em que: I – réu de
conexas, ressalvadas as disposições em
qualquer nacionalidade domiciliado no Brasil
(Em se tratando de PESSOA JURÍDICA, considera-
contrário de tratados internacionais e
se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica acordos bilaterais em vigor no Brasil.
estrangeira que nele tiver agência, filial ou Não compete à autoridade judiciária brasileira
sucursal); II – Obrigação tiver que ser cumprida o processamento e o julgamento da ação
no Brasil; III – A ação se der por fato ocorrido no quando houver cláusula de eleição de foro
Brasil. exclusivo estrangeiro em contrato
A Ação de alimentos, quando o credor tiver internacional, arguida pelo réu na contestação.
domicílio ou residência no Brasil ou o réu
mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou
propriedade de bens e recebimento de renda 2. LITISPENDÊNCIA
também devem ser de competência da O QUE VOCÊ DEVE SABER:
autoridade judiciária brasileira!
Litispendência nada mais é que a repetição de
IMPORTANTE: AS HIPÓTESES ACIMA ação que se encontra em curso.
NÃO EXCLUEM A COMPETÊNCIA Verifica-se a litispendência quando se reproduz
INTERNACIONAL CONCORRENTE. ação anteriormente ajuizada.
IMPORTANTE: AS HIPÓTESES ABAIXO
A litispendência pressupõe identidade de
EXCLUEM A COMPETÊNCIA
partes, causas de pedir e pedidos.
INTERNACIONAL, portanto, cabe tão
somente a autoridade judiciária Como matéria de defesa, a litispendência
Brasileira: deverá ser alegada pelo réu antes de discutir o
I - conhecer de ações relativas a imóveis mérito (art. 337, VI, CPC).
situados no Brasil; Acaso verificada a litispendência o mérito NÃO
SERÁ RESOLVIDO (art. 485, V, do CPC).
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Art. 3o A lei processual penal admitirá Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito
interpretação extensiva e aplicação analógica, policial será iniciado:
bem como o suplemento dos princípios gerais
I - De ofício;
de direito. ESTE ARTIGO SEMPRE CAI!
II - Mediante requisição da autoridade judiciária
ou do Ministério Público, ou a requerimento do
2. INQUÉRITO POLICIAL ofendido ou de quem tiver qualidade para
representá-lo.
O QUE DEVO SABER:
§ 1o O requerimento a que se refere o no II
O nosso sistema processual é acusatório, ou
conterá sempre que possível:
seja, entre inúmeras características, ele possui a
divisão de funções entre as autoridades, a de a) a narração do fato, com todas as
defender, acusar e julgar. circunstâncias;
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presunção de ser ele o autor da infração, ou os A atuação do juiz de garantias abrange todas as
motivos de impossibilidade de o fazer; infrações penais, exceto crimes de menor
potencial ofensivo (com penas de até dois anos)
c) a nomeação das testemunhas, com indicação
e contravenções penais. E é encerrada com o
de sua profissão e residência.
recebimento da proposta de ação penal
§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento (denúncia ou queixa). Outro magistrado vai
de abertura de inquérito caberá recurso para o tratar do processo após a ação penal, até a
chefe de Polícia. sentença.
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver O JUIZ DAS GARANTIAS ENCONTRA-SE, NO
conhecimento da existência de infração penal MOMENTO, SUSPENSO.CONTUDO, COLOCAREI
em que caiba ação pública poderá, verbalmente OS ARTIGOS CORRESPONDENTES PARA QUE
ou por escrito, comunicá-la à autoridade VOCÊ TENHA CONHECIMENTO SOBRE.
policial, e esta, verificada a procedência das
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura
informações, mandará instaurar inquérito.
acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação de investigação e a substituição da atuação
pública depender de representação, não poderá probatória do órgão de acusação
sem ela ser iniciado.
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade pelo controle da legalidade da investigação
policial somente poderá proceder a inquérito a criminal e pela salvaguarda dos direitos
requerimento de quem tenha qualidade para individuais cuja franquia tenha sido reservada à
intentá-la. autorização prévia do Poder Judiciário,
Os elementos colhidos no inquérito processual competindo-lhe especialmente:
não podem ser utilizados, isoladamente, para I - Receber a comunicação imediata da prisão,
fundamentar uma condenação, afinal são nos termos do inciso LXII do caput do art. 5º da
elementos de informação, forma colhidos sem o Constituição Federal;
contraditório e a ampla defesa.
II - Receber o auto da prisão em flagrante para o
O valor probatório do inquérito é RELATIVO. controle da legalidade da prisão, observado o
O MP é o destinatário, em regra, do inquérito disposto no art. 310 deste Código
processual, não podendo o magistrado interferir III - zelar pela observância dos direitos do preso,
nas investigações. Contudo, existe algumas podendo determinar que este seja conduzido à
providências, que dependem obrigatoriamente sua presença, a qualquer tempo;
da autorização do juiz. São as chamadas
IV - Ser informado sobre a instauração de
clausulas de reserva de Plenário.
qualquer investigação criminal;
O pacote Anticrime (lei nº 13.964/2019) trouxe
V - Decidir sobre o requerimento de prisão
uma grande novidade, o juiz das garantias. Esse
provisória ou outra medida cautelar, observado
magistrado possui competência “exclusiva “para
o disposto no § 1º deste artigo;
atuar na fase de investigação, exatamente para
autorizar, quando necessário, as cláusulas de VI - Prorrogar a prisão provisória ou outra
reserva de plenário. A sua criação teve como medida cautelar, bem como substituí-las ou
finalidade garantir um juízo imparcial, que revogá-las, assegurado, no primeiro caso, o
controlará a legalidade e observará se os exercício do contraditório em audiência pública
direitos fundamentais do réu estão sendo e oral, na forma do disposto neste Código ou em
violados. legislação especial pertinente;
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VII - decidir sobre o requerimento de produção XVI - deferir pedido de admissão de assistente
antecipada de provas consideradas urgentes e técnico para acompanhar a produção da
não repetíveis, assegurados o contraditório e a perícia;
ampla defesa em audiência pública e oral;
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, não persecução penal ou os de colaboração
estando o investigado preso, em vista das razões premiada, quando formalizados durante a
apresentadas pela autoridade policial e investigação
observado o disposto no § 2º deste artigo;
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições
IX - Determinar o trancamento do inquérito definidas no caput deste artigo
policial quando não houver fundamento
§ 1º (VETADO).
razoável para sua instauração ou
prosseguimento; § 1º O preso em flagrante ou por força de
mandado de prisão provisória será
X - requisitar documentos, laudos e informações
encaminhado à presença do juiz de garantias no
ao delegado de polícia sobre o andamento da
prazo de 24 (vinte e quatro) horas, momento em
investigação;
que se realizará audiência com a presença do
XI - decidir sobre os requerimentos de: Ministério Público e da Defensoria Pública ou de
advogado constituído, vedado o emprego de
a) interceptação telefônica, do fluxo de
videoconferência.
comunicações em sistemas de informática e
telemática ou de outras formas de § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das
comunicação; garantias poderá, mediante representação da
autoridade policial e ouvido o Ministério
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de
Público, prorrogar, uma única vez, a duração do
dados e telefônico;
inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se
c) busca e apreensão domiciliar ainda assim a investigação não for concluída, a
d) acesso a informações sigilosas prisão será imediatamente relaxada
e) outros meios de obtenção da prova que Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias
restrinjam direitos fundamentais do abrange todas as infrações penais, exceto as de
investigado; menor potencial ofensivo, e cessa com o
recebimento da denúncia ou queixa na forma
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do do art. 399 deste Código
oferecimento da denúncia;
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões
XIII - determinar a instauração de incidente de pendentes serão decididas pelo juiz da instrução
insanidade mental e julgamento.
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia § 2º As decisões proferidas pelo juiz das
ou queixa, nos termos do art. 399 deste garantias não vinculam o juiz da instrução e
Código; julgamento, que, após o recebimento da
XV - assegurar prontamente, quando se fizer denúncia ou queixa, deverá reexaminar a
necessário, o direito outorgado ao investigado e necessidade das medidas cautelares em curso,
ao seu defensor de acesso a todos os elementos no prazo máximo de 10 (dez) dias.
informativos e provas produzidos no âmbito da § 3º Os autos que compõem as matérias de
investigação criminal, salvo no que concerne, competência do juiz das garantias ficarão
estritamente, às diligências em andamento; acautelados na secretaria desse juízo, à
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IX - Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob § 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o
o ponto de vista individual, familiar e social, sua indiciado estiver solto, a autoridade poderá
condição econômica, sua atitude e estado de requerer ao juiz a devolução dos autos, para
ânimo antes e depois do crime e durante ele, e ulteriores diligências, que serão realizadas no
quaisquer outros elementos que contribuírem prazo marcado pelo juiz.
para a apreciação do seu temperamento e Art. 16. O Ministério Público não poderá
caráter. requerer a devolução do inquérito à autoridade
X - Colher informações sobre a existência de policial, senão para novas diligências,
filhos, respectivas idades e se possuem alguma imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
deficiência e o nome e o contato de eventual Art. 17. A autoridade policial não poderá
responsável pelos cuidados dos filhos, indicado mandar arquivar autos de inquérito.
pela pessoa presa.
CABE AO MP REQUERER O ARQUIVAMENTO
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a DO IP, NO CASO DE:
infração sido praticada de determinado modo, a
- Atipicidade da conduta;
autoridade policial poderá proceder à
reprodução simulada dos fatos, desde que esta - Exclusão de ilicitude ou da culpabilidade,
não contrarie a moralidade ou a ordem pública. salvo inimputabilidade;
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à - Extinção de punibilidade;
repressão dos crimes relacionados ao tráfico de
- Ausência de um mínimo probatório para a
pessoas, o membro do Ministério Público ou o
instauração da ação criminal.
delegado de polícia poderão requisitar,
mediante autorização judicial, às empresas
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Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da
policial ou de quaisquer elementos execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº
informativos da mesma natureza, o órgão do 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Ministério Público comunicará à vítima, ao Penal);
investigado e à autoridade policial e
IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada
encaminhará os autos para a instância de
nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848,
revisão ministerial para fins de homologação,
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a
na forma da lei. (NOVIDADE LEGILSLATIVA)
entidade pública ou de interesse social, a ser
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, indicada pelo juízo da execução, que tenha,
não concordar com o arquivamento do preferencialmente, como função proteger bens
inquérito policial, poderá, no prazo de 30 jurídicos iguais ou semelhantes aos
(trinta) dias do recebimento da comunicação, aparentemente lesados pelo delito;
submeter a matéria à revisão da instância
V - Cumprir, por prazo determinado, outra
competente do órgão ministerial, conforme
condição indicada pelo Ministério Público,
dispuser a respectiva lei orgânica
desde que proporcional e compatível com a
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes infração penal imputada.
praticados em detrimento da União, Estados e
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao
Municípios, a revisão do arquivamento do
delito a que se refere o caput deste artigo, serão
inquérito policial poderá ser provocada pela
consideradas as causas de aumento e
chefia do órgão a quem couber a sua
diminuição aplicáveis ao caso concreto.
representação judicial.
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se
OBS: O juiz não mais se manifesta acerca do
aplica nas seguintes hipóteses
arquivamento ou não do Inquérito Policial
I - Se for cabível transação penal de competência
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL
dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e lei
tendo o investigado confessado formal e
II - Se o investigado for reincidente ou se houver
circunstancialmente a prática de infração penal
elementos probatórios que indiquem conduta
sem violência ou grave ameaça e com pena
criminal habitual, reiterada ou profissional,
mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério
exceto se insignificantes as infrações penais
Público poderá propor acordo de não
pretéritas;
persecução penal, desde que necessário e
suficiente para reprovação e prevenção do III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco)
crime, mediante as seguintes condições anos anteriores ao cometimento da infração,
ajustadas cumulativa e alternativamente: em acordo de não persecução penal, transação
penal ou suspensão condicional do processo;
I - Reparar o dano ou restituir a coisa à vítima,
e
exceto na impossibilidade de fazê-lo;
IV - Nos crimes praticados no âmbito de
II - Renunciar voluntariamente a bens e direitos
violência doméstica ou familiar, ou praticados
indicados pelo Ministério Público como
contra a mulher por razões da condição de sexo
instrumentos, produto ou proveito do crime;
feminino, em favor do agressor.
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades
§ 3º O acordo de não persecução penal será
públicas por período correspondente à pena
formalizado por escrito e será firmado pelo
mínima cominada ao delito diminuída de um a
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membro do Ministério Público, pelo investigado certidão de antecedentes criminais, exceto para
e por seu defensor. os fins previstos no inciso III do § 2º deste artigo
§ 4º Para a homologação do acordo de não § 13. Cumprido integralmente o acordo de não
persecução penal, será realizada audiência na persecução penal, o juízo competente decretará
qual o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, a extinção de punibilidade.
por meio da oitiva do investigado na presença
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério
do seu defensor, e sua legalidade
Público, em propor o acordo de não persecução
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, penal, o investigado poderá requerer a remessa
insuficientes ou abusivas as condições dispostas dos autos a órgão superior, na forma do art. 28
no acordo de não persecução penal, devolverá deste Código
os autos ao Ministério Público para que seja
PRAZOS PARA CONCLUSÃO DOS INQUÉRITOS
reformulada a proposta de acordo, com
concordância do investigado e seu defensor. NATUREZA PRESO SOLTO
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discricionariedade sobre iniciar ou não a ação, lhe, por escrito, informações sobre o fato e a
pois em vista do interesse público está obrigado autoria e indicando o tempo, o lugar e os
a propor a ação (princípio da obrigatoriedade). elementos de convicção.
A ação penal PÚBLICA está norteada pelo Ação Penal de Iniciativa Privada: Tem como
princípio da Indisponibilidade, pois não pode o princípios norteadores :o da conveniência ou
MP desistir de ação penal em curso, nem de oportunidade, cabendo ao ofendido decidir se
recurso já interposto, salvo nos casos de ingressa ou não em juízo; disponibilidade, pois
suspensão condicional do processo. poderá haver desistência da ação.
Conforme o STF, o MP está amparado pelo #linkmental
princípio da DIVISIBILIDADE, podendo propor a
ESSA DISPONIBILIDADE ESTÁ RELACIONADA
ação penal perante alguns autores, sem prejuízo
COM A PEREMPÇÃO NO PROCESSO PENAL:
de posteriormente incluir outros na denúncia.
Art. 107 do CP- Extingue-se a punibilidade:
Ação Penal Pública poderá ser incondicionada
ou condicionada. A incondicionada, o MP possui IV - Pela prescrição, decadência ou perempção;
sua titularidade, já a condicionada a Art. 60 do CPP- Nos casos em que somente se
representação tem como representante o procede mediante queixa, considerar-se-á
ofendido ou seu representante, assim como a perempta a ação penal:
condicionada a requisição tem como seu titular
o Ministro da Justiça. I - Quando, iniciada esta, o querelante deixar de
promover o andamento do processo durante 30
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será dias seguidos;
promovida por denúncia do Ministério Público,
mas dependerá, quando a lei o exigir, de II - quando, falecendo o querelante, ou
requisição do Ministro da Justiça, ou de sobrevindo sua incapacidade, não comparecer
representação do ofendido ou de quem tiver em juízo, para prosseguir no processo, dentro do
qualidade para representá-lo. prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das
pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o
§ 1o No caso de morte do ofendido ou quando disposto no art. 36;
declarado ausente por decisão judicial, o
direito de representação passará ao cônjuge, III - quando o querelante deixar de comparecer,
ascendente, descendente ou irmão. sem motivo justificado, a qualquer ato do
processo a que deva estar presente, ou deixar de
§ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em formular o pedido de condenação nas alegações
detrimento do patrimônio ou interesse da finais;
União, Estado e Município, a ação penal será
pública. IV - Quando, sendo o querelante pessoa jurídica,
está se extinguir sem deixar sucessor.
Art. 25. A representação será irretratável,
depois de oferecida a denúncia. OBS: PEREMPÇÃO SÓ OCORRE NAS AÇÕES DE
INICIATIVA PRIVADA.
Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será
iniciada com o auto de prisão em flagrante ou Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha
por meio de portaria expedida pela autoridade qualidade para representá-lo caberá intentar a
judiciária ou policial. ação privada.
Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá Art. 31. No caso de morte do ofendido ou
provocar a iniciativa do Ministério Público, nos quando declarado ausente por decisão judicial,
casos em que caiba a ação pública, fornecendo- o direito de oferecer queixa ou prosseguir na
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destinatários que essas normas possuem valor e exterior, sendo exatamente resultado, esta
serão cumpridas. modificação.
Para Jakobs praticar um crime é violar todo o Observe, que para os crimes de mera conduta
sistema, pois se viola a norma. A pena possui não irá existir modificação no mundo exterior,
função da prevenção integradora, ou seja, pois eles se consumam mesmo sem haver o
reafirma a força da norma viola e reforçando a resultado naturalístico. Ex: Porte ilegal de arma.
confiança da sociedade nesta. É crime apenas o fato de você portar a arma,
independente de você obter um resultado
Formas de conduta: Como já mencionado, duas
naturalístico.
são as formas de conduta: As comissivas
(descreve uma ação proibida) e a omissivas No art. 13, Caput do CP, consta que “O
próprias (descrevem uma violação resultado, de que depende a existência do
mandamental) crime, somente é imputável a quem lhe deu
causa”.
Excludentes de Conduta: Na realidade o mais
correto seria dizer, ausência de conduta, pois Para Alguns doutrinadores, deve-se interpretar
para se caracterizar conduta faz-se necessária restritivamente este artigo, do contrário
consciência e vontade, logo, inexistência um estaríamos excluindo os crimes de mera
desses elementos sequer a conduta irá existir e conduta, afinal este não possuem resultado. Já
não excluir. Como a conduta é um dos para outros doutrinadores, o artigo em questão
elementos do fato típico, a ausência de um dos está tratando do resultado NORMATIVO
elementos da conduta incorre na atipicidade da (jurídico), onde todo crime tem e não o
conduta. resultado naturalístico, o qual nem todo crime
possui.
a) Coação física irresistível: é você
praticar uma conduta porque NEXO CAUSAL: Causa é a ação ou omissão, sem
irresistivelmente você teve que a qual o resultado não teria acontecido.
utilizar a sua força física e não Logo, para o nexo causal existir faz-se necessário
porque você teve vontade de uma ligação entre a conduta praticada e o
realizar realmente os seus resultado obtido. (TEORIA NATURALÍSTICA)
movimentos (um dos elementos da Existem várias teorias sobre a relação de
conduta) causalidade, as quais explicam quando uma
Ex: Um lutador de sumô pegar a ação é causa ou não de um resultado.
força a mão de uma criança e fazer Destacam-se:
com que ela assine, mesmo contra
1-Teoria da causalidade adequada: Para esta
a sua vontade.
teoria causa é a condição mais adequada, mais
idônea para produzir o resultado. Ela afasta
b) Inconsciência: é você praticar
qualquer causa que acidentalmente contribua
movimentos estando ausente da para o resultado.
sua capacidade psíquica. Ex:
2- Teoria da equivalência dos antecedentes
Sonambulismo, hipnose, crise de
causais (conditio sine qua non): Esta é a teoria
epilepsia.
adotada pelo nosso Código Penal em seu artigo
RESULTADO: é um dos elementos do fato típico. 13, caput. Ela considera causa qualquer
Conforme a teoria naturalística, a prática da condição que contribua para a produção do
conduta ocasiona modificação no mundo resultado.
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Erro sobre elementos do tipo a) O direto é o erro sobre a ilicitude real do fato.
É você achar que está fazendo algo que não é
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do
proibido
tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a
punição por crime culposo, se previsto em lei. b) O indireto está relacionado as discriminantes
putativas ou aos limites jurídicos da ilicitude. É
O erro de tipo é incidente sobre elementos
você saber que está agindo ilicitamente, mas
OBJETIVOS da conduta. Neste caso há má
que está amparado por uma causa excludente
interpretação sobre os fatos, ele recai sobre
de ilicitude ou achar que está agindo dentro dos
elementos descritivo dos fatos, os quais ao
limites de uma causa excludente de ilicitude,
desaparecer excluem o crime, pois o fato deixa
mas não está.
de ser típico.
§ 1º - É isento de pena quem, por erro
O erro de tipo pode ser ESCUSÁVEL
plenamente justificado pelas circunstâncias,
(desculpável) ou INESCUSÁVEL (indesculpável).
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria
Quando ele for escusável, ou seja, desculpável,
a ação legítima. Não há isenção de pena quando
exclui o dolo e quando ele for inescusável, o
o erro deriva de culpa e o fato é punível como
agente responderá a título de culpa, caso o
crime culposo (erro de proibição INDIRETO)
crime seja previsto também na modalidade
culposa. Essa culpa, a qual o artigo 20 do CP traz, OBS: ERRO DE PROIBIÇÃO NÃO É CAUSA
é a culpa IMPRÓPRIA. EXCLUDENTE DE ILICITUDE. É ERRO SOBRE A
ILICITUDE DO FATO. NÃO CONFUNDA!
Erro sobre a ilicitude do fato/ Erro de proibição
OBS: Erro de proibição é erro sobre a ilicitude do
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável.
fato, mas exclui a CULPABILIDADE e não a
O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável,
ilicitude. Até porque o fato é ilícito, o agente
isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de
apenas não sabia que era, logo não tem como
um sexto a um terço. (erro de proibição
ser excluída a ilicitude “apenas” porque o
DIRETO)
agente não sabia, mas a sua culpabilidade sim.
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se
o agente atua ou se omite sem a consciência da
#VOCÊSQUELUTEM
ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas #TOMEMAISLINKMENTAL =)
circunstâncias, ter ou atingir essa consciência CRIMEPRETERDOLOSO: O crime
O erro de proibição é o erro sobre a ilicitude do preterdoloso ocorre quando o agente quer
fato. O agente sabe que o fato está o resultado (dolo), mas causa um resultado
acontecendo, mas ele não sabe que é ilícito. além do pretendido (culpa)
Diante do caso concreto, caso a consciência da ILICITUDE: Ilicitude é a contrariedade do
ilicitude seja INEVITÁVEL(DESCULPÁVEL) o fato com o ordenamento jurídico.
agente é isento de pena, caso seja EVITÁVEL, a
pena poderá ser diminuída de 1/6 a 1/3. Discriminante = Causas de exclusão de
ilicitude
Perceba, que diferentemente do erro de tipo, o
erro de proibição diminui a pena caso seja Causas legais de exclusão de Ilicitude:
evitável, o erro de tipo pune o agente por crime
(art. 23 do CP)
culposo, caso seja previsto.
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica
O erro de proibição pode ser Direto ou indireto:
o fato:
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§ 4 o Os grupos de irmãos serão colocados sob LOGO, NÃO CABE NEM TUTELA E NEM GUARDA
adoção, tutela ou guarda da mesma família ESTRANGEIRA.
substituta, ressalvada a comprovada existência
de risco de abuso ou outra situação que Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido
justifique plenamente a excepcionalidade de destituídos ou suspensos do poder familiar, ou
solução diversa, procurando-se, em qualquer houverem aderido expressamente ao pedido de
caso, evitar o rompimento definitivo dos colocação em família substituta, este poderá ser
vínculos fraternais. formulado diretamente em cartório, em petição
assinada pelos próprios requerentes,
§ 5 o A colocação da criança ou adolescente em dispensada a assistência de advogado.
família substituta será precedida de sua
preparação gradativa e acompanhamento § 1º Na hipótese de concordância dos pais, o
posterior, realizados pela equipe juiz:
interprofissional a serviço da Justiça da Infância I - Na presença do Ministério Público, ouvirá as
e da Juventude, preferencialmente com o apoio partes, devidamente assistidas por advogado ou
dos técnicos responsáveis pela execução da por defensor público, para verificar sua
política municipal de garantia do direito à concordância com a adoção, no prazo máximo
convivência familiar. de 10 (dez) dias, contado da data do protocolo
da petição ou da entrega da criança em juízo,
§ 6 o Em se tratando de criança ou adolescente tomando por termo as declarações;
indígena ou proveniente de comunidade e
remanescente de quilombo, é ainda obrigatório: II - Declarará a extinção do poder familiar.
II - Que a colocação familiar ocorra Art. 1.728. Os filhos menores são postos em
prioritariamente no seio de sua comunidade ou tutela:
junto a membros da mesma etnia; I - Com o falecimento dos pais, ou sendo estes
julgados ausentes;
III - a intervenção e oitiva de representantes do
órgão federal responsável pela política II - Em caso de os pais decaírem do poder
indigenista, no caso de crianças e adolescentes familiar.
indígenas, e de antropólogos, perante a equipe
interprofissional ou multidisciplinar que irá Art. 1.729. O direito de nomear tutor compete
acompanhar o caso. aos pais, em conjunto.
A colocação em família substituta não admitirá Parágrafo único. A nomeação deve constar de
transferência da criança ou adolescente a testamento ou de qualquer outro documento
terceiros ou a entidades governamentais ou autêntico.
não-governamentais, sem autorização judicial.
Art. 1.730. É nula a nomeação de tutor pelo pai
Art. 31. A colocação em família substituta ou pela mãe que, ao tempo de sua morte, não
estrangeira constitui medida excepcional, tinha o poder familiar.
somente admissível na modalidade de adoção.
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Art. 1.731. Em falta de tutor nomeado pelos pais deste artigo, e os pais podem exercer o
incumbe a tutela aos parentes consanguíneos arrependimento no prazo de 10 (dez) dias,
do menor, por esta ordem: contado da data de prolação da sentença de
extinção do poder familiar.
I - Aos ascendentes, preferindo o de grau mais
próximo ao mais remoto; § 6 o O consentimento somente terá valor se
II - Aos colaterais até o terceiro grau, preferindo for dado após o nascimento da criança.
os mais próximos aos mais remotos, e, no
mesmo grau, os mais velhos aos mais moços; em § 7 o A família natural e a família substituta
qualquer dos casos, o juiz escolherá entre eles o receberão a devida orientação por intermédio
mais apto a exercer a tutela em benefício do de equipe técnica interprofissional a serviço da
menor. Justiça da Infância e da Juventude,
preferencialmente com apoio dos técnicos
Art. 1.732. O juiz nomeará tutor idôneo e responsáveis pela execução da política
residente no domicílio do menor: municipal de garantia do direito à convivência
I - Na falta de tutor testamentário ou legítimo; familiar.
II - Quando estes forem excluídos ou escusados
da tutela; NÃO PODEM EXERCER A TUTELA:
III - quando removidos por não idôneos o tutor
legítimo e o testamentário. - Aqueles que não tiverem a livre administração
de seus bens;
Art. 1.733. Aos irmãos órfãos dar-se-á um só
tutor. II - Aqueles que, no momento de lhes ser
§ 1 o No caso de ser nomeado mais de um tutor deferida a tutela, se acharem constituídos em
por disposição testamentária sem indicação de obrigação para com o menor, ou tiverem que
precedência, entende-se que a tutela foi fazer valer direitos contra este, e aqueles cujos
cometida ao primeiro, e que os outros lhe pais, filhos ou cônjuges tiverem demanda contra
sucederão pela ordem de nomeação, se ocorrer o menor;
morte, incapacidade, escusa ou qualquer outro
impedimento. III - os inimigos do menor, ou de seus pais, ou
que tiverem sido por estes expressamente
§ 2 o Quem institui um menor herdeiro, ou excluídos da tutela;
legatário seu, poderá nomear lhe curador
especial para os bens deixados, ainda que o IV - Os condenados por crime de furto, roubo,
beneficiário se encontre sob o poder familiar, ou estelionato, falsidade, contra a família ou os
tutela. costumes, tenham ou não cumprido pena;
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III - aqueles que tiverem sob sua autoridade mais Art. 1.763. Cessa a condição de tutelado:
de três filhos; I - Com a maioridade ou a emancipação do
menor;
IV - Os impossibilitados por enfermidade; II - Ao cair o menor sob o poder familiar, no caso
V - Aqueles que habitarem longe do lugar onde de reconhecimento ou adoção.
se haja de exercer a tutela;
Art. 1.764. Cessam as funções do tutor:
VI - Aqueles que já exercerem tutela ou curatela; I - Ao expirar o termo, em que era obrigado a
servir;
VII - militares em serviço.
II - Ao sobrevir escusa legítima;
OBS: Quem não for parente do menor não III - ao ser removido.
poderá ser obrigado a aceitar a tutela, se
houver no lugar parente idôneo, consanguíneo Art. 1.765. O tutor é obrigado a servir por
ou afim, em condições de exercê-la. espaço de dois anos.
Parágrafo único. Pode o tutor continuar no
OBS: Compete também ao tutor, com exercício da tutela, além do prazo previsto neste
autorização do juiz: artigo, se o quiser e o juiz julgar conveniente ao
menor.
I - Pagar as dívidas do menor;
Art. 1.766. Será destituído o tutor, quando
II - Aceitar por ele heranças, legados ou doações, negligente, prevaricador ou incurso em
ainda que com encargos; incapacidade.
III - transigir;
2. GUARDA
IV - Vender-lhe os bens móveis, cuja O QUE DEVO SABER:
conservação não convier, e os imóveis nos casos
em que for permitido; A guarda, UMA DAS FORMAS DE FAMÍLIA
SUBSTITUTA, será unilateral ou compartilhada.
V - Propor em juízo as ações, ou nelas assistir o Compreende-se por guarda unilateral a
menor, e promover todas as diligências a bem atribuída a um só dos genitores ou a alguém que
deste, assim como defendê-lo nos pleitos contra o substitua (art. 1.584, § 5 o ) e, por guarda
ele movidos. compartilhada a responsabilização conjunta e o
exercício de direitos e deveres do pai e da mãe
Parágrafo único. No caso de falta de que não vivam sob o mesmo teto, concernentes
autorização, a eficácia de ato do tutor depende ao poder familiar dos filhos comuns.
da aprovação ulterior do juiz
OBS: Na guarda compartilhada, o tempo de
Ainda com a autorização judicial, não pode o convívio com os filhos deve ser dividido de
tutor, sob pena de nulidade: forma equilibrada com a mãe e com o pai,
I - Adquirir por si, ou por interposta pessoa, sempre tendo em vista as condições fáticas e os
mediante contrato particular, bens móveis ou interesses dos filhos
imóveis pertencentes ao menor;
OBS: A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe
II - Dispor dos bens do menor a título gratuito; que não a detenha a supervisionar os interesses
dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão,
III - constituir-se cessionário de crédito ou de qualquer dos genitores sempre será parte
direito, contra o menor legítima para solicitar informações e/ou
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