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O tratamento por fatores é utilizado quando se tem dados de mercado o mais semelhantes
possível ao bem avaliando.
No primeiro artigo desta série sobre avaliação de imóveis urbanos nós abordamos os
aspectos relacionados às normas e à metodologia, além de trazer uma introdução conceitual.
No segundo artigo nós tratamos do que considero ser as 9 etapas lógicas que compõem a
estrutura básica de um processo de avaliação de imóveis urbanos, qualquer que seja a
metodologia adotada.
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Avaliação de imóveis urbanos: Método comparativo - Tratamento por fa... https://www.inteligenciaurbana.org/2021/03/avaliacao-imoveis-urbano...
• Introdução
• Método comparativo direto de dados de mercado
• Tratamento por fatores de homogeneização
• Etapas do processo
• Etapa 5: Escolha da metodologia
• Etapa 6: Pesquisa de dados
• Etapa 6.1: Planejamento da pesquisa
• Etapa 6.2: Coleta de dados
• Etapa 7: Tratamento dos dados
• Etapa 7.1: Seleção dos fatores
• Fatores gerais
• Fator de oferta
• Fator de valor atual
• Fator de correção de área
• Fator de localização
• Fatores aplicáveis a construções e benfeitorias
• Fator de equivalência
• Fator de obsolescência e conservação
• Fatores aplicáveis a terrenos
• Fatores de forma
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• Fator de testada
• Fator de profundidade
• Fator de esquina
• Fatores de topografia
• Fator de aclive/declive
• Fator de nível
• Fator quanto a consistência do terreno
• Etapa 7.2: Homogeneização da amostra
• Etapa 7.3: Saneamento da amostra
• Critério excludente de Chauvenet
• Etapa 7.4: Cálculo do intervalo de confiança
• Distribuição de Student
• Etapa 7.5: Valor de decisão
• Cálculo da amplitude do intervalo de confiança e divisão em classes
• Cálculo do valor unitário de decisão
• Etapa 7.6: Cálculo do campo de arbítrio
• Etapa 8: Especificação da avaliação
• Conclusão
• Tabelas
• Principais referências
No artigo Avaliação de imóveis urbanos: normas e metodologia nós vimos que a avaliação de
imóveis é uma aplicação de ciência de dados e consiste na “aferição de um ou mais fatores
econômicos especificamente definidos em relação a um bem imóvel em uma data
determinada, tendo como suporte a análise de dados relevantes” (ABUNAHMAN, 2008) e que,
no Brasil, a norma que baliza os procedimentos em um processo de avaliação é a ABNT NBR
14.653, que possui 7 partes. A parte 2 trata da avaliação de imóveis urbanos e detalha quatro
métodos para identificação de valor e dois métodos para identificação de custo.
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Também vimos naquele texto que o Método comparativo direto de dados de mercado é o
método recomendado - sempre que possível - pela norma, que aborda duas formas de
tratamento dos dados neste método:
No artigo Avaliação de imóveis urbanos em 9 etapas vimos que, ainda que existam diferentes
métodos e tipos de tratamento de dados a serem escolhidos em função da compatibilidade
com o bem avaliando, da finalidade e da disponibilidade de dados, existe uma estrutura
básica comum para o processo. Nós dividimos esta estrutura básica comum em 9 etapas -
mais lógicas que cronológicas - agrupadas em 3 partes, da seguinte forma:
• Parte inicial
• Etapa 1: Definição de finalidade, objetivo e prazo
• Etapa 2: Análise da documentação
• Etapa 3: Vistoria do imóvel
• Etapa 4: Diagnóstico de mercado
• Parte principal
• Etapa 5: Escolha da metodologia
• Etapa 6: Pesquisa de dados
• Etapa 7: Tratamento dos dados
• Etapa 8: Especificação da avaliação
• Parte final
• Etapa 9: Formatação do laudo
Naquele texto nós abordamos todas as 9 etapas acima, mas tratamos das etapas da parte
principal (etapas 5 a 8, em que se executa o processo avaliatório de fato) de forma sucinta,
dado que esta parte do processo avaliatório é específica conforme a metodologia adotada.
Neste artigo vamos nos concentrar nesta parte principal de um processo avaliatório que
adote o e utilize o
.
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Tratamento por Fatores é um dos dois tipos de tratamento de dados utilizados pelo Método
Comparativo Direto de Dados de Mercado.
O tratamento por fatores é aplicável a uma amostra composta por dados de mercado com as
características mais próximas possíveis do imóvel avaliando.
É importante mencionar que, em que pese a ABNT NBR 14653-2, que aborda as duas formas
de tratamento de dados, tenha dado o nome de “tratamento cientìfico” para a outra forma
(que se baseia em inferência estatística, principalmente através de modelos de regressão
linear múltipla), isto não quer dizer que o “Tratamento por Fatores” não seja um método
científico, ele é, isto foi apenas uma forma pouco inspirada de estabelecer a nomenclatura
por parte de quem redigiu a norma.
Neste artigo nós iremos seguir a estrutura básica estabelecida no artigo Avaliação de imóveis
urbanos em 9 etapas, vamos nos concentrar na “parte principal”, composta pelas etapas 5 a
8, e respeitar aquela numeração. Para uma compreensão integral do processo, incluindo a
parte inicial (etapas 1 a 4) e parte final (etapa 9), cujos procedimentos são comuns às
diferentes metodologias, é importante ler aquele artigo.
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Como também já mencionamos, amostras menores e mais homogêneas são compatíveis com
o tratamento por fatores enquanto amostras maiores e mais heterogêneas conduzem ao
tratamento científico dos dados.
Os dados a serem levantados na pesquisa são aqueles que irão compor a amostra
representativa de imóveis da mesma tipologia do imóvel avaliando. Como também já foi
tratado, no caso do tratamento de dados por fatores de homogeneização é importante que
os elementos da amostra tenham características o mais próximas possível do bem avaliando,
ainda que a amostra possa ser menor, 15 ou 20 elementos são suficientes em grande parte
dos casos.
Caracteriza e delimita a região na qual o bem avaliando está inserido, para a obtenção de
uma amostra representativa de dados de mercado a ele semelhantes.
A coleta pode se dar de diversas formas e com a utilização de diferentes instrumentos, desde
os mais tradicionais como fichas, planilhas, roteiros de entrevistas, entre outros, até a
pesquisa virtual em sites especializados ou mesmo procedimentos automatizados como
webscraping, que é uma forma de minerar dados em sites da Web e convertê-los em
informação estruturada para posterior análise, como já demonstramos.
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Além disso, as fontes devem ser, tanto quanto possível, diversificadas, e é recomendado que
os dados de mercado tenham suas características verificadas pelo profissional especialista.
Os fatores devem ser calculados por metodologia científica, justificados do ponto de vista
teórico e prático no Laudo de Avaliação, e devem ser indicados periodicamente pelas
entidades técnicas regionais reconhecidas, bem como universidades ou entidades públicas,
além de especificar claramente a região para a qual são aplicáveis. Também podem ser
deduzidos ou referendados pelo próprio arquiteto ou engenheiro, desde que a metodologia,
a amostragem e os cálculos que lhe deram origem sejam anexados ao Laudo de Avaliação.
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A seguir apresentamos uma lista não exaustiva dos principais fatores de homogeneização
utilizados em avaliações de imóveis.
Como podemos ver, para escolha dos fatores de homogeneização que serão utilizados no
modelo é imprescindível conhecer as características do imóvel avaliando e as informações
disponibilizadas pelos dados amostrais.
Também é chamado de Fator de Fonte ou Fator de Elasticidade. É o primeiro que deve ser
considerado no tratamento. Leva em conta que o valor dos elementos da amostra pode ser
oriundo tanto de valores de negociação quanto de valores de oferta.
0, 85 ≤ Fo ≤ 1
É uma espécie de complemento ao Fator de Oferta. Considera o caso em que algum dado de
oferta ou de negociação represente uma transação a prazo. Ou seja, admitindo-se uma
entrada a vista e parcelas em um prazo de n meses.
Neste caso, se ainda assim optar-se pela utilização do dado, o valor total pago ou negociado
a prazo deve ser transformado em valor a vista, através da seguinte equação da matemática
financeira:
s (1 + i)n − 1
Fva = {e + [ ]}
n i(1 + i)n
Onde:
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Também é chamado de Fator de Área. Considera que os valores unitários para áreas
menores deverá ser maior que os valores unitários para áreas maiores, e pode ser calculado
através das seguintes equações.
1/4
Ad
Fa = ( )
Aa
1/8
Ad
Fa = ( )
Aa
Onde:
Para o seu cálculo pode ser empregada a relação entre os valores dos lançamentos fiscais,
obtidos da Planta de Valores Genéricos editada pela Prefeitura Municipal (Índice Fiscal), se
for constatada a coerência dos mesmos. Deve ser calculado através da seguinte equação:
IFa
Fl =
IFd
onde:
• Fl = Fator de Localização;
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Nos casos de inexistência desses índices ou caso sejam constatadas incoerências nas suas
interrelações, deverá ser elaborado estudo devidamente fundamentado de novos índices e o
profissional especialista deverá estabelecer a proporção entre um logradouro e outro.
Deve ser evitada a utilização de valores oriundos de locais cujos índices de transposição
sejam excessivamente discrepantes daquele para o qual a pesquisa deve ser feita.
Neste sentido, dados cujo coeficiente do Fator de Localização seja inferior a 0,85 ou superior
a 1,12 deverão ser encarados com reserva e dados cujo coeficiente seja inferior a 0,5 ou
superior a 2 devem ser descartados.
0, 5 ≤ Fl ≤ 2
Pa
Fe =
Pd
Onde:
• Fe = Fator de equivalência;
• Pa = Padrão do imóvel avaliando;
• Pd = Padrão do dado amostral.
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Cc = R + (1 − K) × (1 − R)
onde:
A equação acima deve ser aplicada tanto aos dados amostrais quanto ao imóvel avaliando e,
por fim, o Fator a ser aplicado aos dados amostrais deve seguir a seguinte fórmula:
Cca
Fc =
Ccd
Onde:
Na sequência temos os principais fatores de forma que mais influenciam no valor do imóvel
e que são aplicáveis exclusivamente ao valor do terreno.
f
Lr
Ct = ( )
Lp
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Onde:
• Ct = Coeficiente de Testada;
• Lr = Frente de referência (m);
• Lp = Frente projetada (m);
• f = Expoente do fator, que varia para cada tipo de zona de ocupação, e deve ser fornecido
pelas entidades técnicas regionais reconhecidas.
A equação acima deve ser aplicada tanto aos dados amostrais quanto ao imóvel avaliando e,
por fim, o Fator a ser aplicado aos dados amostrais deve seguir a seguinte fórmula:
Cta
Ft =
Ctd
Onde:
• Ft = Fator de Testada
• Cta = Coeficiente de Testada do imóvel avaliando;
• Ctd = Coeficiente de Testada do dado amostral.
At
Pe =
Lp
Onde:
• Pe = Profundidade equivalente;
• At = Área do terreno (m²);
• Lp = Frente projetada (m).
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Se Pe estiver entre Pmi e Pma, então admite-se que o Fator de profundidade (Fp) é igual a 1.
Se Pe for inferior a Pmi, mas estiver acima da metade da mesma (0, 5Pmi ≤ Pe < Pmi), deve
ser utilizada a seguinte fórmula:
p
Pmi
Cp = ( )
Pe
Cp = 0, 5p
Se Pe for superior à Pma, até o triplo da mesma (Pma < Pe ≤ Pma), então adota-se o
seguinte:
1
Cp = p
( PPmae ) + {[1 − ( PPmae )] × ( PPmae ) }
Cp = 3Pma
Onde:
• Cp = Coeficiente de profundidade;
• Pe = Profundidade equivalente (m);
• Pma = Limite superior de profundidade para uma determinada zona (m);
• Pmi = Limite inferior de profundidade para uma determinada zona (m);
• p = Expoente do fator profundidade, que varia para cada tipo de zona de ocupação, e deve
ser fornecido pelas entidades técnicas regionais reconhecidas.
As equações acima devem ser aplicadas tanto aos dados amostrais quanto ao imóvel
avaliando e, por fim, o Fator a ser aplicado aos dados amostrais deve seguir a seguinte
fórmula:
Cpa
Fp =
Cpd
Onde:
• Fp = Fator de Profundidade
• Cpa = Coeficiente de Profundidade do imóvel avaliando;
• Cpd = Coeficiente de Profundidade do dado amostral.
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Neste sentido, o terreno que possua mais de uma frente pode ter um coeficiente inferior a 1,
no sentido de ajustar o seu valor a uma situação paradigma, de uma frente.
O coeficiente pode ser inferido a partir de dados publicados por entidades técnicas regionais
reconhecidas ou podem ser deduzidos ou referendados pelo próprio profissional e, em geral,
não deve ser inferior a 0,91. O fator deve seguir a seguinte fórmula:
Cfa
Ff =
Cfd
Onde:
• Ff = Fator de Esquina.
• Cfa = Coeficiente de Esquina do imóvel avaliando;
• Cfd = Coeficiente de Esquina do dado amostral.
São fatores complementares, cujo uso não é obrigatório e cuja conveniência deve ser
avaliada pelo profissional. Para sua utilização devem ser examinadas detalhadamente as
condições topográficas de todos os elementos componentes da amostra.
Nos casos de valorização, tais como os terrenos em zona de incorporação, onde o declive
existente pode resultar em economia de escavações, muros de arrimo, atirantamentos etc.
(menos frequentes), os cálculos deverão ser detalhados e justificados.
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Terreno plano - 1
Os Coeficientes acima devem ser aplicados tanto aos dados amostrais quanto ao imóvel
avaliando e, por fim, o Fator a ser aplicado aos dados amostrais deve seguir a seguinte
fórmula:
Cada
Fad =
Cadd
Onde:
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Os Coeficientes acima devem ser aplicados tanto aos dados amostrais quanto ao imóvel
avaliando e, por fim, o Fator a ser aplicado aos dados amostrais deve seguir a seguinte
fórmula:
Cna
Fn =
Cnd
Onde:
• Fn = Fator de Nível
• Cna = Coeficiente de Nível do imóvel avaliando;
• Cnd = Coeficiente de Nível do dado amostral.
É um fator complementar, cujo uso não é obrigatório e cuja conveniência deve ser avaliada
pelo profissional. A existência de água aflorante no solo, devida a nível elevado de lençol
freático ou ações da natureza, tais como inundações periódicas, alagamentos, terrenos
brejosos ou pantanosos rotineiramente pode ser considerada como desvalorizante, condição
essa que deve ser verificada no mercado da vizinhança do elemento avaliando e dos dados
de amostra.
Terreno seco - 1
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Os Coeficientes acima devem ser aplicados tanto aos dados amostrais quanto ao imóvel
avaliando e, por fim, o Fator a ser aplicado aos dados amostrais deve seguir a seguinte
fórmula:
Ccta
Fct =
Cctd
Onde:
Em áreas de grande porte, o fator deve ser aplicado somente nas porções diretamente
afetadas.
Nos lotes contíguos a córregos, além da consistência deve ser observada a restrição legal
pertinente.
Caso a condição afete o uso da benfeitoria deve ser verificado o seu eventual obsoletismo.
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Onde:
Após a homogeneização dos dados, deve ser feito o saneamento da amostra, que consiste na
utilização da estatística para eliminar eventuais discrepâncias que podem comprometer a
amostra.
Deve ser calculada a média e o desvio padrão dos valores unitários homogeneizados dos
dados da amostra, através das seguintes fórmulas:
Σ(xi)
x̄ =
n
Σ(xi − x̄)2
S=√
n−1
Onde:
São considerados discrepantes elementos cujos valores unitários, em relação ao valor médio
amostral, extrapolem a sua metade ou dobro. É recomendado que esses sejam descartados
caso a discrepância persista após a aplicação dos fatores de homogeneização. E então nova
média e novo desvio padrão devem ser calculados.
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Quando numa determinada amostra algum elemento apresenta grande dispersão em relação
à média, devemos sanear a amostra eliminando os dados discrepantes.
Os valores críticos (o mais alto e o mais baixo valor unitário básico) da amostra serão
calculados conforme equação abaixo e depois serão comparados com o valor crítico "c",
conforme tabela 4.
x̄ − xmin
Rinf =
S
xmax − x̄
Rsup =
S
Onde:
Se os valores de Rinf e Rsup calculados forem ambos inferiores ao valor crítico “c” (tabela 4),
todos os elementos remanescentes da amostra serão aceitos, caso contrário, o elemento
mais afastado da média (para mais ou para menos), deverá ser retirado da amostra e o
processo deve ser repetido até que Rinf e Rsup sejam inferiores ao valor crítico “c” (tabela 4).
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Para o cálculo dos limites do intervalo de confiança, segundo a Teoria Estatística das
Pequenas Amostras (n < 30), conforme a distribuição t de Student, utilizamos as seguintes
equações em conjunto com a tabela 5:
S
XLmin = x̄ − tc [ ]
(n − 1)0,5
S
XLmax = x̄ + tc [ ]
(n − 1)0,5
Onde:
O valor estimado para o imóvel avaliando pode ser arbitrado dentro dos limites do intervalo
de confiança. O valor de "decisão" não precisa - e não necessariamente deve - estar no
centro deste intervalo de confiança, e esta “decisão” pode se dar a partir de diferentes
critérios.
Neste artigo vamos utilizar chegar ao valor de decisão a partir do critério sugerido por
ABUNAHMAN (2008), segundo o qual devemos calcular a amplitude do intervalo de confiança
e dividi-lo em três classes no intuito de determinar o valor unitário de decisão para o bem
avaliando.
A amplitude do intervalo e suas classes são calculados através das seguintes fórmulas:
A = XLmax − XLmin
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A
C=
3
• XLmin ≤ C1 ≤ (XLmin + C)
Onde:
• A = Amplitude do intervalo;
• XLmax = limite superior do intervalo de confiança (R$/m²);
• XLmin = limite inferior do intervalo de confiança (R$/m²).
• C = Amplitude das classes do intervalo;
• C1 = Classe 1;
• C2 = Classe 2;
• C3 = Classe 3.
Conforme este critério, o valor unitário de decisão pertencerá à classe em cujo intervalo
estiver contido o maior número de dados amostrais e será igual ao quociente da soma dos
valores ponderados pela soma dos pesos, conforme a seguinte equação:
Σ(Vi × Pi)
Vud =
Σ(P )
Onde:
Por exemplo:
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Devemos então multiplicar o único dado da classe 1 pelo peso 1 e multiplicar cada um dos
dados da classe 3 pelo peso 2, somar os três resultados e dividir este somatório pelo
somatório dos pesos, que neste exemplo é 5 (1 + 2 + 2 = 5).
Por fim, o valor de decisão para o imóvel avaliando será o resultado da multiplicação do
Valor unitário de decisão pela área do imóvel avaliando.
Vd = Vud × Aa
Onde:
• Vd = Valor de decisão;
• Vud = Valor unitário de Decisão;
• Aa = Área do imóvel avaliando.
O campo de arbítrio é outro tipo de intervalo, que engloba uma variação de mais ou menos
15% em torno do preço estimado e, assim como no intervalo de confiança, no campo de
arbítrio podemos arbitrar o valor do bem, desde que devidamente justificado.
Neste caso, o campo de arbítrio estará até 15% em torno do “valor de decisão”, para mais ou
para menos, desde que também esteja dentro do limite do intervalo de confiança.
Definido o valor estimado para o bem avaliando, é necessário enquadrar o modelo de acordo
com o Grau de Precisão e o Grau de Fundamentação. Para tanto devem ser utilizadas as
tabelas fornecidas pela NBR 14653-2 anexo B.
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A ABNT NBR 14.653 atribui graus para fundamentação e para precisão em ordem numérica e
crescente, onde o grau I é o menor e o grau III é o maior
Primeiro, devemos utilizar a do item 9.2.2 da NBR 14653-2 (figura 4), e classificar cada um
dos itens no grau adequado, considerando que o grau III vale 3 pontos, o grau II vale 2
pontos e o grau I vale 1 ponto.
Completa quanto
Completa quanto a
Caracterização do aos fatores Adoção de situação
1 todos os fatores
imóvel avaliando utilizados no paradigma
analisados
tratamento
Quantidade
mínima de dados
2 de mercado 12 5 3
efetivamente
utilizados
Apresentação de
informações relativas a Apresentação de
Apresentação de
todas as características informações relativas a
Identificação dos informações
dos dados analisados, todas as características
3 dados de relativas a todas as
com foto e dos dados
mercado características dos
características correspondentes aos
dados analisados
observadas pelo autor fatores analisados
do laudo
Intervalo
admissível de
4 ajuste para o 0,8 a 1,25 0,5 a 2 0,4 a 2,5*
conjunto de
fatores
* No caso de utilização de menos de 5 dados de mercado, o intervalo admissível de ajuste é de 0,8 a 1,25, pois é desejável
E então podemos enquadrar o laudo conforme a tabela do item 9.2.2.2 da NBR 14653-2
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Por fim, precisamos determinar o Grau de precisão do modelo, e para isso devemos
enquadrar a amplitude do intervalo de confiança do modelo na tabela do item 9.2.3 da NBR
14653-2 (figura 6).
Figura 6: Grau de precisão nos casos de utilização de modelos de regressão linear ou do tratamento por
fatores
Fonte: ABNT NBR 14653-2
Onde:
• A = Amplitude (%);
• x̄ = média do valor unitário homogeneizado dos dados amostrais;
• XLmax = limite superior do intervalo de confiança (R$/m²);
• XLmin = limite inferior do intervalo de confiança (R$/m²).
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Estes são os procedimentos das etapas que compõem a parte principal de um processo de
avaliação de imóveis urbanos com a adoção do método comparativo direto de dados de
mercado com a utilização do Tratamento por fatores, conforme estrutura básica definida
neste artigo.
Os artigos subsequentes desta série abordarão o passo a passo de cada um dos demais
métodos e tipos de tratamento de dados, além de exemplos práticos de avaliação de imóveis.
Padrão rústico 5 0
Barraco
Padrão rústico 10 0
Padrão
60 0,2
proletário
Padrão
Residencial 70 0,2
econômico
Casa
Padrão simples 70 0,2
Padrão
70 0,2
superior
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Padrão
60 0,2
econômico
Padrão
70 0,2
econômico
Padrão
60 0,2
econômico
Padrão
80 0,2
superior
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Padrão
30 0,1
superior
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K
Estado de conservação
Idade em % da vida útil de
referência
A B C D E F G H
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Estado de conservação
Idade em % da vida útil de
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Estado de conservação
Idade em % da vida útil de
referência
A B C D E F G H
100 1 1 1 1 1 1 1 1
n d/S
3 1,38
4 1,54
5 1,65
6 1,73
7 1,8
8 1,85
9 1,91
10 1,96
11 1,99
12 2,03
13 2,06
14 2,1
15 2,13
16 2,16
17 2,18
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n d/S
18 2,2
19 2,22
20 2,24
21 2,26
22 2,28
23 2,3
24 2,31
25 2,33
30 2,39
50 2,57
100 2,81
t
n−1 c
c
n−1
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n−1
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n−1
Tabela 5: Valor percentual para a distribuição t de Student para n − 1 graus de liberdade e grau de
confiança c
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