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TIPOS DE CORROSÃO
Disciplina: Corrosão
VILA VELHA
JULHO - 2018
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autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 08/05/2023, 11:18:28
1. Introdução
A corrosão é um processo de deterioração de um material, geralmente metálico, e
resulta da interação físico-química entre este e um meio corrosivo. Apesar da estreita relação
com os metais, esse fenômeno ocorre em outros materiais, como concreto e polímeros
orgânicos, entre outros (GUIMARÃES et. al, 2004). Depende da composição do material,
bem como do meio corrosivo e das condições operacionais.
O conhecimento dos fenômenos corrosivos e seu mecanismo é de fundamental
importância para o mercado, visto que o comércio de metais, como matéria prima ou produto
final, movimenta a economia. Um estudo da NACE (National Association of Corrosion
Engineers – importante associação da área) estimou que apenas nos EUA são gastos por ano
mais de 270 bilhões de dólares com corrosão.
Esse processo pode ser classificado considerando a aparência ou forma do ataque
corrosivo ou pela diferença entre as causas da corrosão e seus mecanismos, sendo os
principais tipos de corrosão: uniforme, por placas, alveolar, puntiforme ou por pite,
intergranular, intragranular, filiforme, por esfoliação, grafítica, dezincificação, empolamento
por hidrogênio e corrosão em torno do cordão de solda.
2.8. Esfoliação
Processa-se em diferentes camadas e o produto de corrosão, formado entre a
estrutura de grãos alongados, separa as camadas ocasionando o inchamento do
material metálico. Ocorre em chapas ou componentes que sofreram achatamento
mecânico, criando condições para a ação corrosiva. O material é desintegrado na
forma de placas paralelas à superfície.
2.9. Grafitização
Essa forma de corrosão é do tipo seletiva. Ocorre em ferro fundido cinzento
em temperatura ambiente, usados para água, esgoto e drenagem. O ferro metálico
(ânodo) é transformado em produtos de corrosão resultando o grafite (cátodo) intacto.
A área corroída fica com um aspecto escuro, típico do grafite, que pode ser facilmente
retirada com uma espátula.
2.10. Dezincificação
Ocorre principalmente em em ligas de latão (Cobre-Zinco), sendo intensificada
em meio ácido. Assim como a corrosão grafítica, é um processo de corrosão seletiva,
onde o Zn é oxidado preferencialmente, resultando em resíduos de cobre e outros
produtos de corrosão. A cor da peça torna-se avermelhada, contrastando com a cor
original da liga, amarelada. O zinco é lixiviado para fora da liga de cobre, deixando-a
enfraquecida e porosa, suscetível a ataques.
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milímetros do local onde foi aplicada a solda e é mais comum em aços inox não
estabilizados ou com teores de carbono inferiores a 0,03 %. O processo se dá de forma
intergranular.
3. Estudo de caso
O estudo de caso selecionado para o presente trabalho trata-se da corrosão de
tubulação de água, parcialmente enterrada, sob asfalto de betume (GENTIL, 2007). As
tubulações que conduzem a água após o seu tratamento chamam-se adutoras. Essa condição
cria um tipo de corrosão chamada de aeração
diferencial. No caso do objeto de estudo, a
corrosão caracteriza-se por localizar-se na parte externa da tubulação, como exemplifica a
figura x, de forma longitudinal, com falhas no revestimento.
Esse tipo de corrosão apresenta como região catódica a área mais aerada, com maior
concentração de oxigênio, e como região anódica tem-se a área mais abaixo do solo, com
menor presença de O2.
As reações que ocorrem são as mesmas que ocorrem no fenômeno da gota salina, por
se tratar do mesmo mecanismo de corrosão. A figura x ilustra o mecanismo da gota salina e
corrosão do ferro por aeração diferencial.
4. Conclusão
A corrosão não é um processo isolado ou independente. Os diversos tipos de corrosão
estão interligados e dependem das variações das condições do meio ambiente em que
ocorrem, considerando fatores bióticos e abióticos, como ação de microrganismos,
temperatura, pH, composição da água, da atmosfera e do solo, dentre outros. Processos
corrosivos localizados são mais agressivos em relação aos demais. A compreensão desses
mecanismos facilita o entendimento e aplicação do conhecimento acerca dos processos
corrosivos no dia a dia, bem como a prevenção e análise de situações problema.
5. Referências Bibliográficas
● GENTIL, Vicente. CORROSÃO
. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011. 360 p. v. único.
● MERÇON, Fábio; GUIMARÃES, Pedro Ivo Canesso; MAINIER, Fernando Benedito.
Corrosão: Um exemplo usual de fenômeno químico. Química Nova na Escola, [S.l.],