Considerando o texto do livro "O Custo dos Direitos: Porque a liberdade depende

dos impostos" disponibilizado para leitura, responda por meio de texto dissertativo
as seguintes perguntas:

A) De acordo com os autores há uma espécie de falácia na compreensão de que

existem direitos que são negativos e não geram custos ao Estado. Explique tal
argumento, justificando o argumento com trechos do texto, bem como sua
associação com os modelos de Estado até então discutidos em sala.

No livro “O Custo dos Direitos: Porque a liberdade depende dos impostos”, os

autores Stephen Holmes e Cass Sunstein argumentam que a ideia de que existem
direitos negativos que não geram custos ao Estado é uma falácia. Eles defendem
que todos os direitos, sejam eles considerados negativos ou positivos, implicam em
custos para o Estado, pois sua proteção e garantia demandam recursos financeiros.
“...os direitos custam dinheiro e não podem ser protegidos nem garantidos sem
financiamento e apoio públicos..” (p. 5). Os autores explicam que uma sociedade
só alcançará seus objetivos de bem comum quando os cidadãos compreenderem
que suas obrigações fiscais serão recompensadas por meio de um sentimento de
vantagem mútua. Isso significa que, mesmo os direitos considerados negativos,
como a liberdade de expressão ou o direito à propriedade, requerem uma
infraestrutura estatal financiada pelos impostos para serem efetivamente
protegidos.

Além disso, Holmes e Sunstein observam que a falta de proteção aos direitos
fundamentais em países da Europa Oriental e da antiga União Soviética evidencia
a necessidade de pré-condições fiscais para a proteção eficiente dos direitos.
Portanto, direitos não podem ser protegidos ou cumpridos sem dinheiro público, o
que inclui tanto os direitos tradicionais quanto os novos direitos sociais, como a
segurança social. A associação desse argumento com os modelos de Estado reside
no fato de que um regime político baseado em direitos legalmente estabelecidos
pode se desintegrar sem uma proteção fiscal bem organizada e cuidadosamente
protegida contra o mau uso dos direitos fundamentais. Assim, os autores refutam a
noção popular de que o governo é um problema e não uma solução, destacando
que é ao governo que os cidadãos recorrem para exercer seus direitos.
B) “Os direitos individuais são, sempre e em todos os casos, expressões do poder e
da autoridade do Estado". Contextualizar a presente afirmativa apresentada pelos
autores, justificando a razão desta alegação, bem como manifestando qual a
função do direito e autoridade estatal na garantia de direitos e estabelecimento das
relações econômicas.

A afirmação presente no livro "O Custo dos Direitos" de que "os direitos individuais
são, sempre e em todos os casos, expressões do poder e da autoridade do Estado"
traz a discussão sobre a relação entre os direitos dos indivíduos e o papel do Estado
na sua garantia e proteção. A justificativa para essa alegação é que os direitos
individuais são estabelecidos e protegidos por meio das leis e regulamentações
criadas pelo Estado. O Estado, detentor do poder e da autoridade, tem a
responsabilidade de criar um sistema jurídico que possa assegurar os direitos e
liberdades fundamentais de cada indivíduo na sociedade.

A autoridade estatal por meio da legislação, busca estabelecer normas que

protejam os indivíduos contra qualquer forma de discriminação, violência ou
abuso. É por meio dessas leis que se busca promover a justiça, a igualdade e a
segurança para todos os cidadãos. Além disso, o Estado também tem o papel de
assegurar que essas leis sejam aplicadas de forma justa e imparcial e também é
responsável por garantir que os direitos individuais sejam respeitados e que
qualquer violação seja punida de acordo com as leis que estão em vigor.

No contexto das relações econômicas, o direito e a autoridade do Estado

desempenham um papel fundamental. O Estado estabelece regulamentações e
normas que visam garantir a livre concorrência, a proteção dos consumidores e a
estabilidade econômica. Essas regulamentações têm como objetivo criar um
ambiente econômico seguro e justo, onde as relações comerciais ocorram de
forma transparente e equilibrada. Além disso, o Estado também possui a
responsabilidade de estabelecer regulamentações econômicas que promovam a
estabilidade e a equidade nas relações comerciais. Dessa forma, o Estado exerce
um papel fundamental na construção de uma sociedade justa, onde os direitos
individuais sejam respeitados e as relações econômicas sejam realizadas de forma
ética.