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O interesse pela gestão no campo educacional tem sido crescente nos últimos
anos, refletindo-se tanto no incremento do número de publicações a respeito do
tema, quanto na oferta de cursos dos mais diversos matizes orientados para a
formação daqueles que, de uma forma ou de outra, estão às voltas com a direção
de escolas. O presente ensaio pretende contribuir para este debate, refletindo sobre
três dimensões da gestão - a gestão educacional, a gestão escolar e a gestão
democrática. Para tanto, recorre a elementos extraídos da base legal, situando
aspectos relativos a cada um desses temas. Em qualquer campo de atuação, a gestão
é atividade meio cuja existência articula-se a uma atividade fim. No caso dos sistemas
educativos, reporta-se sempre a iniciativas voltadas para o ensinar e o aprender em
espaços escolares. Compreender suas faces e interfaces é uma forma de situar •a
escola em relação a limites, possibilidades e desafios que lhe são postos.
Comecemos por observar algo bastante óbvio. A educação, tal como a saúde,
o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância e a assistência aos desamparados, é um direito social assegurado a todos os
brasileiros pela Constituição Federal (CF), promulgada em 1988 (Art. 6°). O direito
à educação se viabiliza por meio da escola. Embora existam manifestações e práticas
educativas as mais diversas no seio da sociedade, no mundo inteiro esta é a instituição
responsável pela transmissão do conhecimento e do saber sistematizado.
Escola, aqui , deve ser tomada em sentido amplo, significando o lugar
onde crianças, jovens e adultos reúnem-se em torno do cotidiano desafio de
Este texto foi publicado originalmente em Novos Paradigmas de Gestão Escolar. Secretaria da Educação
Básica do Estado do Ceará. Fortaleza. Edições SEDUC. 2005 (Coleção Gestão Escolar). sendo sua indusão
neste livro autorizada.
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r1hJnO'., t1;rna aprofundado por Da 11'.i & Grossbaum oo te-Ao ~Sucesso de todos,
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(JíX)5). Tendo r;m mr.:nt.r: e'iU: il'.:f.JP,..Ct/J fu('(Jarr~nt3J, pa5'lorl0'5 a OOJJtir o terna, situa,'ldo-
o nr; âmbítr., da orgiiním;,ão e d;i estrvwra d0 sí'Stffna OOI..K,31;:ícoal.
eficazes das política s educ acio · ·s, passan do a ges tão em seus diferentes matizes
nai
a configurar-se corno terna da ordem do dia.
ão de 1988 é o mais detalhaéo de
O capítulo da educação na Constituiç m da
, de uma forma ou de outra, tratara
todos os textos constitucionais que ,
, o esp1nto • da
educação no Brasil · A Le·1d e o·1retn·zes e Bases, por sua vez , ma.ntem
am inhar
ta Ma gna , det alh and o seu s prin cípios e avançando no sentido de enc
Car a base
cacional. A importância de conhecer
orientações gerais para o sistema edu ia do reaJ .
embora por si não altere a fisionom
legal decorre do fato de que esta ,
um cam inh o que a soc iedade des eja para si e quer ver materi alizado .
indica
como um direito de todos e dever
do
A Constituição define a educação ade.
incentivada com a colaboração da socied
Estado e da família, a ser promovida e a
intr odu z urn a prim eira noç ão imp ortante , a de que a educação é tarefa
Aqui se lico este
a Sociedade. Na esfera do Poder Púb
ser compartilhada entre o Estado e entais (a
re as diferentes instâncias governam
dever é uma atribuição repartida ent a
Dis trito Fed eral , os Estado s e os Municípios). A responsabilidade par
União, o eres,
também se concretiza por me io de dev
com a educação no âmbito da fam ília tir dos 7
end o aos pais ou resp ons áve is matricular seus filhos menores, a par
cab 0
l (LDB, Art. 6. ).
anos de idade, no ensino fundamenta
envolvimento da pessoa, seu preparo
A finalidade da educação é o pleno des
rcíc io da oda dan ia e sua qua lificação para o trabalho (CF. Art. 205 e
para o exe cação.
96 atr ibu i um sentido amplo à edu
LDB, Art . 2. º ). A Lei n. º 9.394/ v,da
inin do que est a abr ang e os pro ces sos formativos que se desenvolvem na
def
na con viv ênc ia hum ana , no trab alho, nas ins tituições de ensino e
familiar, e nas
e organizações da sociedade civtl
pesquisa, no s movimentos sociais ão
sta çõe s cult ura is. A edu caç ão esc olar é aquela disciplinada pela legislaç
mamfe soc ial,
ola , o mundo do trabalho e a prática
que define um vínculo entre a esc
1 • º).
importante inovação da LDB (Art. na
pri ncí pio s ori ent ado res da educação nac ional esta bel ec idos
Os (Art.
são reto mados e ampliados pela LDB
Constituição (CF. Art. 206, lnc. 1 a VII) es sobre
lnc. a XI) . É imp orta nte me nci oná-los , uma ve:z. que definem as bas
3.º, 1
e a estrutura do sistema educacional:
as qua is se orientam a organização
GESTÃO EDUCACIONAL
A gestão da educação nacional se expressa por meio da o rganização dos
sistemas de ensino federal, estaduais e municipais; das incumbências da União,
dos Estados e dos Municípios; das diferentes formas de articulação entre as ins1âncias
normativas, deliberativas e executivas do setor educacional; e da oferta de educação
escolar pelo setor público e privado,
No âmbito do Poder Público, a educação é tarefa compartilhada entre a
União. os Estados, o Distrito Federal (DF) e os Municípios , sendo organizada sob
a forma de regime de colaboração (CF, Art. 21 1 e LDB. Art . 8. 0 ), As competências
e atribuições dos diferentes entes federativos no que se relac iona às suas
responsabilidades educacionais estão determinadas em Lei (LDB, Art . 9 e 16, 1O
e 17, 11 e 18, 67), tendo sido objeto da Emenda Constitucional. antes referida
(EC n.º 14/96).
Nesse contexto destaca-se o papel coordenado r, articulador e redistributiv o
da União em relação às demais unidades federadas (LDB. Art, 8.0 ). situando- se
entre suas diversas incumbências também a responsabilidade pela educação dos
povos indígenas, tarefa a ser repartida com os sistemas de ensino (LDB. Art, 78 e
79). A lei parte do pressuposto de que a diversidade nacional comporta urna
organização descentralizada, em que compete ao governo federal definir e assegurar
as grandes linhas do projeto educacional do país ,
A educação básica é uma atribuição compulsória dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, A oferta do ensino fundamental é responsabi lidade
compartilhada dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sendo o ensino
médio uma atribuição específica dos Estados e do Distrito Federal e a educação
infantil uma atribuição dos Municípios. As incumbências de cada esfera da federação
relativas aos sistemas de ensino, bem como a sua composição , podem ser mais
bem visualizadas no Quadro 1 (LDB, Art. 9º , 1O e 1 1):
crs rAO ESCOLAR DtMOC AAriO.: COM:"l"'~(~
''
f \ 'IV<'NU <>.5
• '
Incumbências
---Composição dos Sistemas de Ensino
Organizar, manter edesenvolver osistem~ fede~I de Instituições de ensino mantidas !)'la
ensino edos territórios. Coordenar a política nacional União .
de educação, articulando níveis de sistemas.
Normatizar sobre cursos de graduação e p6s- lnstit~ições particulares de educação
graduação. Elaborar o Plano Nacional de Educação, superior.
em colaboração com os demais níveis de governo.
Estabelecer competências edefinir diretrizes curriculares Órgãos federais de educação.
para aeducação infantil, oensino fundamental emédio.
o ....J
1<{ Assegurar processo nacional de avaliação do ~
z rendimento escolar, no ensino fundamental emédio e w
:::, educação superior, em colaboração com os sistemas de o
w
ensino. Assegurar processo nacional de avaliação das LL
V)
Organizar, manter e desenvolver o seu sistema de Instituições de educação infantil e d,
o ensino, integrando-os às políticas eplanos educacionais ensino fundamental , médio mantidas ....J
da União edos Estados. Oferecer aeducação infantil,. l)'lo Hunidpio. <
u com prioridade, oensino fundamental. Exercer ~ a..
z redistributiva em relação às suas escolas. Baixar u
::J normas complementares para oseu sistema de ensino. Instituições particulares de ed~ o z
L Autorizar, credenciar e supervisionar os infantil. :::,
r:
estabelecimentos do seu sistema de ensino.
'-- -- '-- -- -- Órgàos municipais de ed~ o.
-- -- -- --- -1-__ __ __ _,.:___ __ _
G
[ DUCAçAo E GB-rAo ·
· [XTRAJNOO SIGNIFICADOS DA !!ASE LEGAL
GESTÃO ESCOLAR
A LDB de 1996 é a primeira das leis de educação a dispensar atenção particular
à gestão escolar, marcando um momento em que a escola passa a configurar-se como
um novo foco da polrtica educacional (Vieira & Albuquerque , 2002). O detalhamento
de suas incumbências pode ser visualizado a seguir:
ESCOLAR
GESTÃO EDUCACIONAL VERSUS GESTÃO
lo espectro de iniciativas
Como vimos, a gestão educacional refere-se a um amp
e Municípios, seja em termos
desenvolvidas pela União, Estados, Distrito Federal
ensino ou de outras ações que
de responsabilidades compartilhadas na oferta de
A gestão escolar, por sua vez,
desenvolvem no âmbito específico de sua atuação.
ito da escola e diz respeito a
como a própria expressão sugere, situa-se no âmb
e sentido, pode-se dize r que a
tarefas que estão sob sua esfera de abrangência. Ness
como a proposta pedagógica está
política educacional está para a gestão educacional
a gestão educacional situa-se na
para a gestão escolar. Assim , é lícito afirmar que
iza-se na esfera micro. Ambas se
esfera macro, ao passo que a gestão escolar local
e a partir da segunda. Noutras
articulam mutuamente, dado que a primeira justifica-s
a escola e o trabalho que nela se
palavras, a razão de existir da gestão educacional é
0
TICA ' CONCEPÇÕES E v1vtNCIAS
GESTÃO ESCOLAR DEM OCRÁ ·
realiza. A gestão escolar, por sua vez, orienta-se para assegur~r ~~uilo que é próp~o
de sua finalidade _ promover O ensino e a aprendizagem, v1ab1hz~nd_o_a educ~çao
como um direito de todos, conforme determinam nossa Const1tu1çao e Lei de
Di retrizes e Bases.
No âmbito do sistema educacional há um significativo conjunto de atividades
próprias da gestão educacional, a exemplo de orientações e definições gerais que dão
substância às políticas educativas, assim como o planejamento, o acompanhamento e
a avaliação. Outras se inscrevem no campo da gestão escolar, de modo específico
aquelas que envolvem a tarefa cotidiana de ensinar e aprender. Nesta esfera da gestão,
situam-se professores, alunos e outros membros da comunidade escolar - funcionários
que trabalham na escola, docentes que ocupam cargos diretivos, famílias e integrantes
da área de abrangência geográfica onde se localiza a escola. Muitos dos que atuam na
esfera da gestão educacional são também educadores e fazem parte de organizações
como secretarias de educação, órgãos normativos do sistema ou outras instituições
integrantes do sistema educacional, nas diversas esferas do Poder Público.
Por vezes existem problemas de comunicação acerca das responsabilidades de
cada parte entre os integrantes da gestão educacional e os da gestão escolar. Éverdade
que muito pode, precisa e deve ser feito no sentido de aproximar essas duas esferas da
gestão, mesmo porque sua finalidade última tem um norte comum - promover a
educação de qualidade para todos, conforme definem a Constituição e a LDB.
GESTÃO DEMOCRÁTICA
A gestão democrática é um dos temas mais discutidos entre os educadores,
representando importante desafio na operacionalização das políticas de educação e no
cotidiano da escola. Tal como os temas tratados anteriormente - a gestão educacional e
a gestão escolar - , sua base legal remonta à Constituição de 1988, que define a gest:ão
democrática do ensino público, na forma da !e,; como um de seus princípios (Art. 206,
Inciso VI). No mesmo sentido também se expressa a Lei de Diretrizes e Bases da Educação,
que detalha o caput do artigo da Constituição, que utiliza os termos na forma desta Le,:
acrescentando as palavras e da legislação dos sistemas de ensino (Art. 3, Inciso VIII).
O detalhamento da gestão democrática é estabelecido em outros artigos da
mesma lei , como se vê pelo texto:
da educação na elaboração
1- participação dos profissionais
;
do projeto pedagógico da escola
es escolar e local em
li - participação das comunidad
tes
conselhos escolares ou equivalen
rarão às unidades escolares
Art . 15. Os sistemas de ensino assegu
integram progressivos graus
públicas de educação básica que os
trativa e de gestão financeira,
de autonomia pedagógica e adminis
ito financeiro público .
observadas as normas gerais de dire
e def ine m os artigos sup rac itad os, a LDB remete a regulamentação
Conform
emas de ensino,
ges tão dem ocr átic a do ens ino público na educação básica aos sist
da com
pla aut ono mia às uni dad es fed eradas para definirem em sintonia
oferecendo am
es for ma s de ope rac ion aliz açã o de tal processo, o qual deve
suas especificidad dades escolar
sid era r o env olv ime nto dos pro fissionais de educação e as comuni
con ação
am bos os cas os, a par tici paç ão refere-se à esfera da escola : a elabor
e local. Em ivalentes. Na
ação em conselhos escolares ou equ
de seu projeto pedagógico e a atu aspectos
ctiv a da LD B, por tan to, a ges tão democrática circunscreve-se a alguns
perspe s.
dispositivos referidos e comentado
da vida escolar, tal como se viu nos sentido
mia escolar. O legislador é claro no
Outro aspecto a observar é a autono trativa
ma r a exi stên cia de pro gre ssiv os gra us de autonomia pedagógica e adminis
de afir i, o
fina nce ira, a ser em tam bém def inidas pelos sistemas de ensino . Aqu
e de gestão não é algo
de que a autonomia de uma escola
entendimento orienta-se no sentido autonomia
âne o, ma s con stru ído a par tir de sua identidade e história. Os graus de
espont to ao
a dife ren tes form as de exi stir da própria instituição - dizem respei
correspondem
seu cor po doc ent e, à obs erv ânc ia às diretrizes estabelecidas pelo
seu tamanho, ao
e gestão de recursos.
sistema de ensino, seu desempenho oo
da base legal, cabe perguntar com
Feitas essas considerações a partir de
eto u o prin cíp io da ges tão dem ocrática definido pela Constituição
Ceará interpr tar sobre os
1996. Temos uma história a con
1988 e referendado pela LDB de de Conselhos
ces sos sele tivo s de ges tor es esc olares, a criação e funcionamento
pro a. Tais
grê mio s est uda ntis e out ras modalidades de gestão democrátic
Escola res, ionais e
têm me rec ido ate nçã o de formuladores de políticas educac
iniciativas
a sua rele vân cia e na imp oss ibilidade de abordar todos nos limites
estudiosos . Pel e eleição de
aspectos do processo de seleção
deste ensaio , discutiremos alguns erno de Tasso
struído a partir do segundo gov
diretores, importante legado con ).
issati, sob a ges tão do Sec retá rio Arltenor Naspolini ( 1995-2002
Jere
Ili 1 l
Indicação (técnica ou política) AP, AH, RO, RR, 11A, PI, RH, PB, SE, ES e SC 1 li 1
Eleição direta pela comunidade AC, PA, PB, AL, Rj, RS, 11S, 111 e GO 1 9
Eleição direta após cumprimento PR, HG, CE, TO e PE s
de provas de seleção técnica
Seleção técnica BA, SP e DF 3
Levantam ento realizado por M aria Aglaê M edeiros Machado. Consultora do C onsed. 2.;)<esen12Go no Semir.áno
sobre Liderança Escolar (São Paulo , 09/ 06/2003).
l99S S~ pública dt dirig-tntts molam (Lei nª 12.861, de 18/11/98): Diretor, Coordenador Pedagógico,
(oorden~~r- Administrat_ivo-Financeiro, Coordenador de Articulação Comunitária e Secretário
Esrolar. _E!Nçao s~et.1 ed1rm, com sufrágio universal junto à comunidade escolar, destinada ape~as
lO andid.tto a d1ruor, que pode retornar ao cargo uma vez consecutiva ou duas alternadas. Opleito
plru a ser organiudo pelo Conselho Escolar.
lOOI ~1.lirlÇào de novo promso seletivo para a escolha de dirigentes escolares nos mesmos moldes da
~ dt 1998 {Lei nº 12.861, de 18/11/98).
2004 ~u~o eaperfeiçoamento do processo. Omandato de dirigentes escolares passa a m de 4anos,
mtroduzmdo-se a,,aliação de desempenho anual do Diretor edemais membros do Núcleo Gestor (Lei
n"' 13.513, de 19to7n004, e Decreto nº 27.556, de 13/09n004).
por dar continuidade a esta forma de acesso à direção dJs escolas, Con1 <rrtr111 h:1
muitos aspectos a aprimorar em relação ao processo de gestJo dérnocr,'1 l1t r1 1,.tr 1, ,
todavia, não dizem respeito à polftica de escolha de dirigentes em si, m,,,, 1ir1tt", 11
questões operacionais relativas sobretudo ao desenvolvimento e rrif'lhbr i11 tif'
mecanismos de acompanhamento, fiscalização e avaliação que t dbém iJ(1 Podtr
Público num processo de descentralização gerencial. Para que as esCôliJ(, pródULt1m
os resultados delas esperados em termos de sua gestão pedagógit d e findnccir"a, fdl
se necessário o adequado controle de qualidade sobre suas atividadés meio e Ítrt1.
Embora tenhamos avançado muito em matéria de gestão, seu vfnculo com o
sucesso da aprendizagem ainda está muito aquém do esperado , por"qu f.! ô
desempenho dos alunos não melhorou na proporção desejada, como moWarn os
resultados do Saeb, analisados por Farias & Vidal no texto "Saeb no Ceará: o desafo
de definir o foco na aprendizagem'', no livro Gestão para o sucesso escolar dt::.lá
mesma coleção (2005), Toda a equipe escolar é responsável pelo sucesso dos alunos
e este é um elemento central da gestão. Como antes enfatizamos, sua própria
razão de existir,
Outro aspecto que requer melhoria diz respeito ao controle que o [ stJdo
deve exercer sobre a gestão e a qualidade dos serviços prestados, próprio de todo
e qualquer processo de descentralização dos serviços públicos. Ainda é possível
identificar no interior de um grande número de escolas uma arraigada cultura de
que a autonomia escolar pode furtar-se a um cuidado especial com a execução
financeira, desconsiderando questões relativas a responsabilidade fiscal. É preciso
lembrar que a devida prestação de contas de recursos oriundos do contribuinte f:.
um dever do gestor público para com a sociedade,
É verdade que ainda temos muito por fazer e que os problemas identificados
merecem cuidado especial. Mas, por outro lado , é preciso lembrar o quanto
avançamos. A experiência de um caminhar coletivo é algo que se constróí
cotidianamente. Passo a passo. Com constância e determinação, Assim, há uma
inspiração a buscar no provérbio chinês que diz: Se a cada dia apanhares um punhado
de terra, ao final terás construído uma montanha. A educação é palco de muitos
atores; se cada um apanhar a sua porção de terra, a montanha será de proporções
inimagináveis. Juntos, poderemos fazer isto. Ou melhor, já estamos fazendo,
-~
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ovR_DE_,_=_-_P_>_ro_:_c_°'_ic_E_PÇ_ôt:_~_E_'~__
do Fed eral C
REFERÊNCIAS _ ,., 19,0 Repú bhca Feder ativa do Brasil . Brasília: Sena • entro
O 8·
BRASIL Con,t11u1ç,10 Feder,1/ ue
e
G •Mco . 1988 - Disp õe, sobr e o Fund o de Manu tençã o
Le , n º 9. 424. de 24 de dezem bro de 19:6 do Mag1steno , na form a preV1sta no art. 60 §
- -- · E F d ental e Valon zaçao . ·d, · . ·
Dese nvolvimen to do ns1no un am s provi enc1as. Brasília , 1996 a .
- Conrtrtucronais Transitónas . e dá outra . .
7°. do Ato das D1spos1çoes , Bases da Educaçao·
d, de dezem bro de / 996 - Estab elece as D ,retnz es e
Le, n. 9194
0
. . e 20
Nacro nal. Brasilia. 1996b . e dá outra s
200 / - Apro va o Plano Nacio nal de Educ ação
_ _ _ . Le, n. 0 1O. 172. de 09 de j,:meir o de
O' OVld é ncras Brasília . 200 1. saber 1 Brasilia:
CARNOY. Marun. Mund,aliução e reforma
na educação. o que os plane jador es deve m