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Tuberculose

Cuidados na
Assistência
Internos:
Anderson Medeiros – P12
Juliana Alcantara – P12

Orientação:
Daniela Figueiredo
Polyana Montenegro
O que é Tuberculose?

É uma doença infecto contagiosa causada por uma


micobactéria, o bacilo de Koch (BK, Mycobacterium
tuberculosis);

É transmitido por via aérea de uma pessoa com


tuberculose pulmonar ou laríngea, por exalação de
aerossóis da fala, tosse ou espirro;
Formas de Tuberculose
Meningoencefálica

Pulmonar Miliar

Laríngea Pleural

Osteoarticular Ganglionar
Risco de adoecimento por TB nas populações vulneráveis
Em geral, apenas 10% das pessoas que entram em contato com o bacilo de Koch irão adoecer

56 X Pessoas vivendo
maior em situação de rua

28 X Pessoas vivendo com o


maior
HIV

28 X
Pessoas privadas de
maior
liberdade
3X
maior Indígenas
SINAN, 2017
Sinais e Sintomas

Tosse Febre vespertina Emagrecimento


Por mais de 3 semanas
*porém populações Acompanhada ou não
vulneráveis deve ser de sudorese noturna
menos;
Busca Ativa de Sintomático Respiratório (SR)
É considerado SR todo indígena com tosse, independente
da sua duração;

É considerado Contactantes
SR todo
indígena com - Em geral: avaliar
todas as pessoa que
tosse, dormem no mesmo
independente cômodo;
Porém na população
da sua duração; indígena é preconizado
que todos que residem
Estes devem ser no mesmo domicilio.
submetido a investigação
laboratorial
SR e Contactantes

Avaliação do
Comunicar sintomas 1 2 profissional de saúde
*Contactantes
Registrar no Livro de Registro de
Pessoa com Sintoma Respiratório

Avaliação Laboratorial 4 3 Unidade de Saúde


Ficha de Notificação/Investigação
de Tuberculose

Tratamento 5 6 Acompanhamento
Risco aos Profissionais
A transmissão da tuberculose é um risco
frequente para os profissionais de saúde;

Quais atividades estão associadas a este


risco de adoecimento???

Procedimentos com produção de aerossóis,


tais como broncoscopia, intubação
orotraqueal, sucção, indução de escarro e
outros que induzem a tosse.
Diagnóstico
Todo sintomático respiratório deve ser submetido a avaliação laboratorial (Coleta do Escarro ou
Lavado broncoalveolar/gástrico)

Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB)

Cultura

Teste de Sensibilidade a Rifampicina;

Baciloscopia do escarro

Radiografia de tórax
Serve para avaliação inicial e para acompanhamento.
Infecção Latente pelo M. tuberculosis (ILTB)

Pessoas infectadas pelo M. tuberculosis


que não apresentam TB ativa

Prova tuberculínica (PT)


é um teste onde é aplicado na pele um derivado proteico
purificado do bacilo de Koch, e avaliado após 48-72h;

- identificar casos de infecção latente em adultos e crianças;


- auxiliar no diagnóstico de TB ativa em criança;
POPULAÇÕES COM INDICAÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE ILTB

● Profissionais de ● Pessoas com ● Baixo peso ● Insuficiência


(<85% do ideal) renal em diálise
● Contactantes* saúde, pessoas alterações
(nos últimos 2 que vivem/ radiológicas ● Diabetes
● HIV+ com
trabalham no
anos) adultos e fibróticas LT CD4+ ≥350 mellitus
crianças de TB sistema prisional sugestivas de cel/mm3 ● Tabagistas
pulmonar e ou em instituições sequela de TB
laríngea de longa ● Pessoas com (≥ 1 maço/dia)
permanência silicose ● Entre outros

•Contactante: contato intenso e prolongado; aquele que dorme no mesmo cômodo (em pop. vulneráveis: morador
do mesmo domicílio).
Formas de Transmissão
Ocorre por via aérea, pela exalação de aerossóis da fala, tosse ou espirro de um
doente com TB pulmonar ou laríngea, em sua fase bacilífera;
“Bacilífero”: pessoas com baciloscopia positiva e maior chance de transmissão
Outros tipos de tuberculose e outras vias de transmissão (pele e placentária)
são raros, por isso, desprovidas de importância epidemiológica.
Como evitar
Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15
dias, ela encontra-se muito reduzida.

Ventilação Luz Máscara Objetos


Deixando portas e Ao atender
janelas abertas O bacilo é pessoas com TB Compartilhamento de
para ventilação fotossensível; usar máscaras objetos em geral e/ou de
dos ambientes PFF2 ou N95; uso pessoal não transmite
TB.
Uso da máscara N95/PFF2
O que dita o prazo de utilização das máscaras N95 é o
cuidado com ela. Em média, dura em torno de 15 dias.
- Usá-la quando for entrar em contato com SR
- Devem ser descartadas após utilizadas em
procedimentos geradores de aerossóis;
- Devem ser descartadas caso sejam contaminadas
com sangue, fluidos corporais, secreções
respiratórias ou nasais;
- Sempre higienizar as mãos com água e sabão ou
com um desinfetante à base de álcool antes e
depois de tocar e ajustar a máscara;
- Evitar tocar o interior da máscara e, se isso ocorrer, a
mesma deve ser descartada e as mãos
higienizadas.
Vacinação

BCG
• Crianças de 0 a 4 anos, 11 meses e 29 dias de
idade:
Recém-nascidos com peso ≥ 2kg devem ser
vacinados o mais precocemente possível, de
preferência na maternidade, logo após o
nascimento

• Após 5 anos: apenas pessoas contatos de


hanseníase
Tratamento

1ª etapa 2ª etapa

RIFAMPICINA + ISONIAZIDA +
RIFAMPICINA + ISONIAZIDA
PIRAZINAMIDA + ETAMBUTOL;

Durante 2 meses; Durante 4 meses


Importância da Adesão ao Tratamento

O abandono do
É comum que os
tratamento pode
sintomas sumam
causar falha
após algumas Tratamento mínimo
terapêutica e risco de
semanas de preconizado é de 6
causar resistência
tratamento e o meses
aos fármacos
doente sinta-se
utilizados no
curado.
esquema padrão.

. . .
TDO – Tratamento Diretamente Observado

• Estratégia para vincular o indivíduo aos cuidados e ao serviço


• Identificar dificuldades enfrentadas pelo paciente e intervir oportunamente
• Monitoramento da adesão e identificação de faltosos
• Sensibilizar a equipe para acolhimento do paciente faltoso em seu momento de
retorno
Conclusão

• O estigma da TB como doença relacionada à


pobreza, à comportamentos desregrados e a
desinformação das formas de contágio, somados à
descrença de possibilidade de cura, são um grande
obstáculo para o doente assumir e seguir o
tratamento;
• Sucesso do tratamento vai além da sensibilidade
da infecção a medicamentos e normas técnicas, é
necessário uma abordagem multidisciplinar para
garantir a eficiência.
Importância da sensibilização do paciente
para obter adesão e encerrar o ciclo de
transmissão
Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância


1 das Doenças Transmissíveis. Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da
Tuberculose. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil. Brasília:
Ministério da Saúde, 2019.

2 BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema Universidade Aberta do SUS. Fundação Oswaldo Cruz.
Manejo da Tuberculose na Atenção Primária à Saúde para População Indígena. 2020

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução nº 1.638/2002. Define prontuário médico e


3 torna obrigatória a criação da Comissão de Revisão de Prontuários nas instituições de
saúde. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 9 ago.
2002, Seção 1, p. 184-5

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